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ANSIEDADE EM ACADÊMICOS DOS CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE DE UMA

UNIVERSIDADE PRIVADA

Juliana Barros de Moura¹


Kristyanne Liberato¹
Letícia Duarte Rodrigues Freitas¹
Mila Borba Kaizer¹
Orientadora: Ana Maria de Souza Germano²
Coorientadora: Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho³

RESUMO

A ansiedade tem como característica uma combinação complexa de sentimentos. É


benéfica quando, diante de um conflito interno, exerce a função de avisar e preparar
para um perigo iminente e tomar medidas preventivas para lidar com a ameaça.
Porém, aliada a estressores, desencadeia a ansiedade em sua condição patológica.
Este trabalho visa identificar os sinais e sintomas da ansiedade em acadêmicos (as)
dos cursos da área da saúde de uma universidade privada. Trata-se de uma
pesquisa básica, exploratória, explicativa e analítica, de caráter quantitativo,
aprovada pelo Comitê de Ética. Participaram da pesquisa os alunos dos cursos da
área da saúde da universidade privada em estudo, maiores de 18 anos, que
concordaram com o disposto no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Na
coleta de dados foram disponibilizados o protocolo digital e o Inventário de
Ansiedade de A Mente Vencendo o Humor. Os sintomas que caracterizam a
ansiedade estão presentes entre os acadêmicos da universidade em estudo,
destacando-se o nervosismo, a preocupação, o cansaço fácil, a tensão e a
irritabilidade. A população mostrou-se propensa a desenvolver sintomas ansiosos
durante o período acadêmico, considerado um ambiente gerador de situações
estressantes e conflituosas, fatores esses que podem impactar a vida profissional e
a qualidade de vida. Portanto, é necessária à adoção de estratégias que ajudem os
acadêmicos no enfrentamento dessa patologia, como, por exemplo, a criação de
espaços de convivência e de apoio, contemplando atividades que promovam o bem-
estar e que contribuem para uma melhor qualidade de vida e formação profissional.

Palavras-chave: Ansiedade. Ambiente universitário. Área da Saúde.

1
Graduandas do curso de Enfermagem da Universidade Vale Do Rio Doce – UNIVALE.
2
Especialista em Saúde Coletiva. Especialista em Saúde da Família. Especialista em Pedagogia da
Educação. Especialista em Saúde Mental; ana.germano@univale.br.
3
Mestre em Zootecnia. Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Especialista em
Administração Acadêmica e Universitária. Especialista em Gestão Estratégica de Cooperativas. Pós-
Graduanda em Psicologia. Graduanda em Psicologia pela Universidade Vale do Rio Doce –
UNIVALE; angelicaglc@uol.com.br.
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1 INTRODUÇÃO

A ansiedade tem como característica uma combinação complexa de


sentimentos, como medo, apreensão e preocupação, que podem estar associados a
transtornos psiquiátricos. Apesar de ser um problema universal vivenciado por todo
ser humano, é considerada benéfica quando determinada pela presença de um
conflito interno cuja função é avisar e preparar para um perigo iminente e tomar
medidas preventivas para lidar com essa ameaça (COSTA et al., 2017; MEDEIROS;
BITTENCOURT, 2017).
Aliada a estressores, tais como o excesso de atividades acadêmicas, falta de
motivação para os estudos e a carreira escolhida, a existência de conflitos com
colegas e professores, a apresentação de trabalhos, dificuldades na aquisição de
materiais e livros, dupla jornada e demais problemas familiares, financeiros e sociais,
podem desencadear uma situação de ansiedade maléfica, sendo caracterizada
como patológica (MEDEIROS; BITTENCOURT, 2017).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2017) transtornos de ansiedade
têm aumentado visivelmente. Cerca de 9,3% da população brasileira tem sido
afetada. A ansiedade é considerada o mal do último século, principalmente nos
jovens em fase de transição. Isso acontece normalmente durante a experiência de
algo novo ou de mudanças na rotina, entre o final da adolescência e o início da vida
adulta, que é marcada por mudanças psicossociais importantes, das quais o
estudante tem que lidar com diversos desafios (COSTA et al., 2017).
Viana et al. (2014) afirmam ser a ansiedade um problema de saúde pública e
é importante destacar que as atividades desenvolvidas no ensino superior envolvem
constantemente avaliação do desempenho dos estudantes. Como consequência, a
capacidade de realização acadêmica e profissional é questionada.
A pesquisa oferece uma contribuição para o aprofundamento da discussão
sobre a temática, fomentando a necessidade de implementação de ações voltadas à
saúde mental dos acadêmicos, que possibilitem a prevenção, uma vez que os
acadêmicos dos cursos da área da saúde estão mais suscetíveis a desenvolver
ansiedade, quando comparados ao restante da população (ALVES, 2014;
FERNANDES et al., 2018).
Nessa perspectiva, esta pesquisa tem por objetivo identificar os sinais e
sintomas da ansiedade em acadêmicos (as) dos cursos da área da saúde de uma
2

universidade privada, por meio do Inventário de Ansiedade de A Mente Vencendo o


Humor.
Em virtude dessa problemática, é possível observar que a vida universitária
requer uma atenção em relação ao assunto. Nesse contexto, justifica-se a realização
desta pesquisa, já que a população em estudo está propensa a desenvolver
sintomas ansiosos durante o período acadêmico, fatores esses que podem impactar
diretamente a vida profissional (MARCHI et al., 2013).

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O ingresso na universidade é uma fase importante na vida dos estudantes,


caracterizado como um processo de transição e desenvolvimento psicossocial,
marcado por mudanças consideráveis, que coincidem com o período de
descobertas, e ocasionam instabilidade emocional em relação ao processo de
ensino-aprendizagem. Portanto, faz-se necessário a adaptação à nova realidade
(CARDOZO et al., 2016).
As atividades desenvolvidas no ambiente universitário, tais como: atividades
específicas, aulas práticas, estágios, avaliações, competitividade, conflitos e
estresse, podem provocar transtornos de ansiedade e assim impactar diretamente a
saúde desses estudantes (COSTA et al., 2017).
A ansiedade, em conjunto com o medo, envolve diversos fatores cognitivos,
comportamentais, afetivos, fisiológicos e neurológicos que vinculam a percepção do
indivíduo ao ambiente, o que promove respostas direcionadas a algum tipo de ação
(LEÃO, 2018).
Esse transtorno evidencia-se como uma condição orientada para o futuro,
definida pela apreensão relativa à percepção de não poder controlar ou prever
eventos potencialmente aversivos, relacionados ao que está por vir (CARDOZO et
al., 2016).
Quando deixa de ser apenas um fator de proteção, a ansiedade passa a ser
prejudicial para o indivíduo e para sua qualidade de vida. Em sua condição
patológica, a ansiedade é apresentada de forma mais frequente e intensa, com
sintomas que podem causar grande sofrimento e prejuízo na vida cotidiana, como:
evasão escolar, abandono de emprego e abuso de substâncias psicoativas (LEÃO,
2018).
3

Apesar de não ser a mesma causa para todas as pessoas, a predisposição


genética, fatores ambientais, histórico familiar, situações estressantes de pressão e
cobrança são bem comuns e favorecem o aparecimento dessa patologia. Portanto, é
importante investigar qual etiologia da ansiedade existe em cada indivíduo
(MARGIS, 2003; CASTILLO, 2000).
Além disso, é importante abordar sobre os sinais e sintomas dessa
problemática, uma vez que os sintomas físicos da ansiedade são os que
amedrontam e despertam atenção para a busca de tratamento, visto que afetam o
desempenho do corpo e da mente de várias formas (BRANDTNER; BARDAGI,
2009).
A pessoa ansiosa constantemente procura e foca sua atenção nas possíveis
situações de ameaça o que afeta as relações familiares, conjugais e sociais, que se
desgastam, uma vez que o indivíduo possui dificuldade em demonstrar suas
emoções e comportamentos. O desempenho acadêmico também é afetado, haja
vista que, com a ansiedade, as capacidades de atenção, interpretação,
concentração e memória são reduzidas, dificultando o aprendizado e a retenção de
novas informações (COSTA et al., 2017).
Ressalta-se, ainda, que esse indivíduo sofre impacto profissional, pois
demonstra dificuldade em lidar com situações adversas, cumprir prazos, concentrar-
se e desenvolve problemas de memória. Ocorre também a desordem corporal
(CARVALHO; OLIVEIRA; ROBLES, 2012).
De acordo com o estudo realizado por Ariño e Bardagi (2018), cerca de 15% a
25% da população universitária está vulnerável a desenvolver algum transtorno
mental durante sua formação como: depressão, ansiedade e estresse. O transtorno
mental é maior em universitários do que na população em geral e em adultos jovens
não universitários.
Segundo Leão (2018), os estudantes da área da saúde não recebem
formação adequada sobre a saúde mental e são expostos à situação de estresse no
cotidiano. Isso leva ao adoecimento psíquico, risco de suicídio, dificuldade no
tratamento de pessoas por eles atendidas, justificando a abordagem do tema por
estudiosos da área, frequentemente.
Contudo, reforça-se a necessidade do investimento em pesquisas e
programas de intervenção que utilizem estratégias eficazes no controle da
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ansiedade na população universitária, para a melhoria da qualidade de vida desse


grupo (COSTA et al., 2017).
Para investigação dessa patologia na população em estudo, foi escolhido o
Inventário de Ansiedade de A Mente Vencendo o Humor. O primeiro escore do
referido Inventário é chamado de linha de base ou escore inicial. Mudanças podem
ser observadas (melhora ou piora) ao longo do tempo, enquanto se experimentam
diferentes estratégias para redução da ansiedade. Ele é composto por 24 itens, com
4 tipos de respostas possíveis em cada item. A avaliação consiste em fazer a
somatória; quanto maior o escore obtido, mais forte é a sintomatologia. O Inventário
de Ansiedade de A Mente Vencendo o Humor pode atingir um resultado máximo de
72 pontos (GREENBERGER; PADESKY, 2017).

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, de caráter quantitativo por


permitir mensurar e analisar as estatísticas, e qualitativo, por descrever e entender
determinado fenômeno (PEROVANO, 2016).
A proposta do estudo é identificar sinais e sintomas de ansiedade em
acadêmicos dos cursos da área da saúde de uma universidade privada, no
município de Governador Valadares (MG).
A referida área da saúde é composta pelos seguintes cursos: Psicologia,
Enfermagem, Fisioterapia, Odontologia, Farmácia, Educação Física, Medicina,
Biomedicina e Nutrição. A investigação sobre ansiedade abrangerá alunos
matriculados no 2° semestre do ano de 2019 dos cursos superiores citados
anteriormente, que se dispuseram a participar da pesquisa.
Para a seleção dos participantes, utilizou-se os seguintes critérios de
inclusão: alunos maiores de 18 anos, matriculados em qualquer curso superior da
área da saúde da universidade privada em estudo, que concordaram com o disposto
no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Para a coleta de dados foi utilizada a plataforma digital Google Formulários,
sendo disponibilizado o protocolo digital para os participantes da pesquisa, e
anexado o TCLE, o qual informa que o participante da pesquisa não será
identificado.
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Para a obtenção dos dados, optou-se por amostra aleatória simples, que é um
método adotado para populações homogêneas em relação ao interesse da pesquisa
e se baseiam na escolha inteiramente casual dos participantes (PEROVANO, 2016).
De acordo com Oliveira e Jacinski (2017), a ferramenta do Google
Formulários é muito útil para a coleta e análise de dados estatísticos, pois facilita o
processo de avaliação institucional, possibilita acesso em qualquer local ou horário,
gratuidade e facilidade de uso, pois não requer conhecimentos de programação.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
universidade, como número de autorização 19473019.8.0000.5157 a fim de
resguardar e proteger os indivíduos pesquisados, conforme regulamenta a resolução
nº 466 de 12 de dezembro de 2012.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a coleta de dados, foi utilizado o Inventário de Ansiedade de A Mente


Vencendo o Humor. Após a seleção dos acadêmicos e a aprovação do Comitê de
Ética, foi disponibilizado o link da pesquisa, em formato eletrônico, por um período
de 15 dias.
Do total de 1.514 acadêmicos, aceitaram participar da pesquisa 266
universitários com faixa etária entre 18 e 55 anos, que equivalem a 17,56% da
população, sendo 85,7% (228) do sexo feminino e 14,3% (38) do sexo masculino.
De acordo com Lantyer (2016), os níveis de ansiedade são superiores e os
indicadores de qualidade de vida são mais baixos entre as mulheres universitárias,
independentemente do curso.
Obelar (2016), em seus estudos, também afirma a prevalência de ansiedade
entre mulheres. Elas demonstram maior risco de desenvolver transtornos de
ansiedade durante a vida que os homens, de ter sintomas mais graves, maior
cronicidade e prejuízo funcional. Os motivos ainda são desconhecidos, porém alguns
estudos mostram que as causas podem estar relacionadas com as condições
genéticas e hormonais do sexo feminino.
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Gráfico 1 - Comparação do quantitativo entre matriculados e participantes

Fonte: Dados coletados pelos autores da pesquisa, 2019.

O curso de Enfermagem apresentou maior adesão à pesquisa, com o total de


166 alunos matriculados e 71 participantes. Acredita-se que esse dado justifica-se
por se tratar de uma pesquisa realizada pelos acadêmicos do 9º período do curso.
Em seguida, o curso de Medicina que contém 263 matriculados e 45 acadêmicos
participantes.
No ambiente universitário, pode-se destacar maior índice de ansiedade em
alunos das Ciências da Saúde, do que em alunos das áreas humanas e
tecnológicas. Essa ocorrência está relacionada às particularidades da área da
saúde, haja vista o envolvimento com pessoas acometidas por doenças graves, dor,
sofrimento, e compromissos acadêmicos que podem gerar, no estudante, conflito
entre o racional e o emocional (VIANA et al., 2014; BRANDTNER; BARDAGI,2009).
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Gráfico 2 - Sintomas de Ansiedade nos acadêmicos

Fonte: Dados coletados pelos autores da pesquisa, 2019.

Para melhor descrever os resultados obtidos, os sintomas de ansiedade,


contidos no inventário utilizado, foram divididos em 3 gráficos. O Gráfico 2, mostra
os resultados das perguntas de 1 a 8, estando o nervosismo presente com 42,9%
frequentemente, preocupação com 46,6% na maior parte do tempo,
tremores/palpitações com 44,4% às vezes, tensão/dores musculares com 35,3% às
vezes, cansaço fácil com 39,5% frequentemente, falta de ar com 44% nem um
pouco, batimento cardíaco acelerado com 49,2% às vezes, e transpiração com 38%
às vezes.
Pode-se destacar o sintoma da preocupação com 46,6% na maior parte do
tempo. Segundo Obelar (2016), a preocupação é considerada comum na crise de
ansiedade. Com o aumento dos sintomas físicos, o psicológico entra em estado de
alerta e tensão, acarretando aumento do fluxo de pensamentos negativos. O
indivíduo que sofre dessa patologia acaba por superestimar a probabilidade, o grau
de perigo e a sua capacidade de enfrentar uma determinada situação, o que faz com
que os sintomas fisiológicos apareçam.
Corroborando com os dados da pesquisa, Menezes, Moura e Mafra (2016);
Obelar (2016); Braga et al., (2010); Versiani, (2008) afirmam que a ansiedade pode
acarretar sintomas emocionais percebidos na forma de preocupação, sensação ruim,
incapacidade, irritabilidade, perseguição, medo, tristeza, timidez, isolamento social
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ou abandono, nervosismo, raiva e culpa. Também é possível observar os sintomas


fisiológicos que se manifestam através de taquicardia, sensação de formigamento,
boca seca, dispneia, sudorese, vertigem, cefaleia, mialgias e insônia.

Gráfico 3 - Sintomas de Ansiedade nos acadêmicos

Fonte: Dados coletados pelos autores da pesquisa, 2019.

No Gráfico 3, são apresentadas as perguntas de número 8 a 16, indicando


boca seca com 47% às vezes, tontura ou vertigem com 42,1% às vezes, náusea,
diarreia ou problemas estomacais com 44,7% às vezes, aumento de urgência
urinária com 50,4% nem um pouco, rubores (calores) ou calafrios com 41,7% nem
um pouco, dificuldade para engolir ou “nó na garganta” com 47% nem um pouco,
sentindo-se tenso ou excitado com 42,5% frequentemente e facilmente assustado
com 39,1% às vezes.
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Gráfico 4 - Sintomas de Ansiedade nos acadêmicos

Fonte: Dados coletados pelos autores da pesquisa, 2019.

No Gráfico 4, são apresentadas as perguntas de número 16 a 24, sendo


dificuldade de concentração com 38% às vezes, dificuldade para adormecer ou
dormir com 34,2% às vezes, irritabilidade com 40,6% frequentemente, evitando
lugares onde possa ficar ansioso com 34,6% às vezes, pensamento de perigo 32,7%
às vezes, sentindo-se incapaz de lidar com as dificuldades com 35,7% às vezes,
pensamentos de que algo terrível acontecerá com 34,2% às vezes.
Conforme estudos realizados por Batista e Oliveira (2005), além de sintomas
emocionais e fisiológicos, o indivíduo pode apresentar comportamento impulsivo,
agressivo, compulsão alimentar, esquecimentos, tensão, excesso de sono, dispneia,
xerostomia, dificuldades de se relacionar e com taquifemia, incapacidade de
resolução e pensamentos repetitivos, além de desenvolver sintomas cognitivos como
dificuldade de concentração e tomada de decisão.

5 CONCLUSÃO

De acordo com a aplicação do Inventário de Ansiedade de A Mente Vencendo


o Humor, conclui-se que os sintomas que caracterizam ansiedade estão presentes
entre os acadêmicos da universidade em estudo, destacando-se os sintomas de
nervosismo, preocupação, cansaço fácil, sentindo-se tenso, e irritabilidade, conforme
os dados obtidos.
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Nesse contexto, conhecer os sinais da ansiedade foi importante para o


reconhecimento do problema, haja vista que essa população pesquisada apresentou
sintomas que podem desencadear transtornos mentais, como a ansiedade. Contudo,
é notório que a saúde mental dos estudantes da área da saúde se encontra
vulnerável, sendo indispensável a compreensão do tema pelas instâncias
competentes, de modo a intervir tempestivamente.
Destaca-se a necessidade de adoção de estratégias que ajudem os
acadêmicos no enfrentamento dessa patologia, cada vez mais presente no ambiente
universitário, bem como a criação de espaços de convivência e de apoio aos alunos,
contemplando atividades que promovam o bem-estar, a fim de garantir melhor
qualidade de vida e, consequentemente, melhor formação profissional dos
acadêmicos.

ANXIETY IN SCHOLARS FROM COURSES IN THE HEALTHCARE FIELD AT A


PRIVATE UNIVERSIT

ABSTRACT

Anxiety has as characteristic a complex combination of feelings: it is beneficial when,


in the presence of an inner conflict, plays the role of warning and preparing for
imminent danger and taking preemptive measures to deal with the menace; however,
allied with stressors, triggers the anxiety in its pathological condition. This work aims
to identify the signs and symptoms of anxiety in scholars from courses in the
healthcare field at a private university. It is about a basic research, exploratory,
explanatory and analytical, of quantitative character, approved by the ethical
committee. Students from courses in the healthcare field participated in the research;
they were over 18 years of age, and agreed to the Terms and Condition of Free
Consent. In order to collect the data, a digital protocol and the Inventary of Anxiety
from The Mind Beating the Humor. The symptoms that characterizes anxiety are
present among the scholars of the university under study, highlighting nervousness,
preoccupation, easy fatigue, tension and irritability. The population in study is prone
to develop anxious symptoms during the academic period since it is an environment
which is a generator of stressful and confrontational situations, factors that can
directly impact their professional life and quality of life. It is concluded that it is
highlighted the need to adopt strategies that help the scholars face this pathology, as
well as the creation of spaces of coexistence and support for the students,
contemplating activities that promote the well-being, in order to garantee better life
quality and, consequently, better professional training.

Keywords: Anxiety. Scholars. Healthcare field.


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