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Génese e classificação das rochas

sedimentares
ROCHAS SEDIMENTARES

Constituem apenas 5 a 10% do volume total da crosta


terrestre

Há rochas sedimentares sempre que haja uma bacia


de sedimentação

Temos também rochas sedimentares em ambientes de


transição (entre ambientes continentais e marinhos)

Delta, Foz dos rios,


praia e plataforma continental
Contudo cerca de ¾ da Terra são cobertos por este
tipo de rochas, que s podem encontrar quer em
ambientes continentais quer em ambientes marinhos.

ETAPAS DE FORMAÇÃO
As rochas quando expostas na superfície terrestre são
Meteorização e erosão – Normalmente em zonas continuamente alternadas por diversos fenómenos
continentais, zonas de declive acentuado ambientais.

Transporte e sedimentação promovidos pela água e


pelo vento – vão se depositar nas bacias oceânicas Rochas
Associações de minerais que se formam em
As correntes oceânicas transportam e depositam determinadas condições de pressão e
materiais pela corrente e pela precipitação química temperatura
À medida que se acumulam novos sedimentos, os
estratos inferiores transformam-se em rochas
ROCHAS SEDIMENTARES
sedimentares
Resultam da deposição de materiais provenientes de
GEODINÂMICA outras rochas preexistentes ou de materiais originado
pela atividade de seres vivos
Externa – calor solar fornece energia para que ocorra
a evaporação, iniciando-se o ciclo da água, a
meteorização e a modelação do relevo

Interna – calor do interior da terra aciona os


movimentos de convecção e o movimento das placas
tectónicas

CICLO DAS ROCHAS

Os materiais depois de depositados são geralmente


ligados e compactados.

METEORIZAÇÃO
Alteração química e/ou física das rochas sobrejacentes) expandindo-se, fraturando-se e
formando diáclases
Ocorre quando estas, superfície, estão sujeitas à ação
dos fatores climáticos e a condições de pressão e Disjunção esforidal – quando o alívio de pressão
temperatura diferentes das que presidiam á sua conjugado com a alteração química, provoca o
formação. aparecimento de camadas concêntricas.

Física – sempre que ocorre fracturação da rocha,


originando fraturas ou diáclases
Crescimento de minerais ou
haloclastia
Química – sempre que ocorre mudanças químicas nas
rochas Por vezes água que existe nas fraturas e nos poros das
rochas contém sais dissolvidos, que podem precipitar
METEORIZAÇÕ FÍSICA / MECÂNICA e iniciar o seu crescimento exercendo, assim, uma
Processos que fragmentam a rocha em pedaços cada força expansiva, aumentando a largura das fendas
vez mais pequenos
Ação dos seres vivos
Principais agentes – água, gelo, seres vivos, calor,
crescimento de minerais, e o alívio de pressão Por implantação de sementes nas fraturas, as raízes
das plantas que germinam e crescem em fendas
Há um aumento da área em contacto com o exterior contribuem para a separação dos blocos

Ação da temperatura ou termoclastia Alguns animais (bivalentes: colho, minhocas e


formigas) escavam tocas e galerias, favorecendo a
A dilatação (aumento da temperatura) e a contração degradação dos blocos rochosos
(diminuição de temperatura) alternadas dos minerais
que reagem de diferentes modos às oscilações Abrasão
térmicas diárias aumenta levando a uma grande
fracturação das rochas com formação de materiais Água correntes + vento + detritos
solos. Este tipo de meteorização é mais intenso em
locais com grandes amplitudes térmicas (desertos Embatem nas rochas e aceleram o desgaste e
quentes e secos). fragmentam-nas

Ação do gelo ou crioclastia Ação da água


Por diminuição de temperatura, a água acumulada A alternância de períodos secos com períodos de
nas fraturas e nas fendas das rochas acaba por passar forte humidade, resultantes da variação cíclica dos
do estado líquido par o estado sólido, expandindo-se teores em água das rochas, originam aumentos de
e o seu acréscimo de volume vai exercer forças volume e retrações gerando tensões que conduzem à
expansivas que vão aumentar as fissuras já existentes, fracturação e, eventualmente, à desagregação do
ou originam novas fissuras, contribuindo assim para a material rochoso
desagregação da rocha.
METEORIZAÇÃO QUÍMICA
Rochas porosa e fissuradas desagregam-se com mais
Alteração dos minerais primários da rocha com
facilidade
formação de novos minerais (neoformação), mais
estáveis á superfície
Alívio de pressão
É mais intensa quando a rocha está mais fraturada e
As rochas formadas em profundidade, quando desagregada e em regiões quentes e húmidas
afloram, são aliviadas da pressão exercida pelos
materiais que estavam por cima (rochas Ocorre mais facilmente na presença da água e do ar
atmosférico
Minerai são dissolvidos completamente A dissolução corresponde á reação dos minerais com
a água ou com um ácido. As ligações químicas entre
(Calcite e halite) posteriormente, podem os diferentes iões quebram, os iões livres ficam
precipitar formando os mesmos minerais dissolvidos na solução

Exemplo: Halite

A calcite presente nas rochas calcárias, não é solúvel


Minerais são alterados formando na água, mas reage facilmente com a água
novos minerais acidificada, formando produto solúveis

Esta reação de alteração e destruição química dos


Dissolução calcários designa-se carbonatação

Oxidação/ redução
Hidratação/ Oxidação – processo pelo qual um átomo ou ião
desidratação perde eletrões
Reações
químicas Redução – processo pelo qual um átomo ou ião ganha
eletrões
Oxidação/
redução Exemplo: O ferro é facilmente oxidado

EROSÃO

Hidrólise Processo de remoção dos materiais resultantes da


meteorização
Hidratação/desidratação
Os detritos ao chocarem com as rochas, provocam
Processo de meteorização que envolve a combinação desgaste, fragmentação e remoção
química da água com os minerais (hidratação) ou
remoção desta (desidratação) Agentes erosivos – água, gelo, vento ou gravidade

Na hidratação ocorre um aumento de volume dos Ação erosiva do vento


minerais o que facilita a desintegração das rochas
O vento é um agente erosivo importante,
Hidrólise especialmente nas regiões de baixa humidade, como
os desertos
Os catiões da estrutura do mineral, são substituídos
pelos iões de hidrogénio
Remoção de partículas
Os iões H+ e O- podem resultar da dissociação da
água ou de um ácido
O vento em conjunto com as partículas
Esta reação de substituição iónica forma novos e que transporta, degasta as rochas
diferentes minerais ou pode levar á total
desintegração do mineral original.

Caulinização minerais de argila Ação erosiva da água


Dissolução As águas da chuva são responsáveis pela formação de
sulcos profundos nos solos, que se designam ravinas,
principalmente quando os solos são desprovidos de
vegetação Aumento da calibragem

Mal calibrados Bem calibrados


Os glaciares são importantes agentes erosivos, (grandes) (pequeno)
transportando elevadas quantidades de sedimentos de
diferentes granometrias.

TRANSPORTE

Os materiais provenientes de meteorização, depois de


erodidos, podem ser deslocados para muito longe do
local de formação SEDIMENTAÇÃO

Agentes de transporte – gravidade terrestre, água e Em locais onde a ação dos agentes de erosão e
vento transporte se anula ou é de expressão muito reduzida,
ocorre a deposição dos materiais
Transporte pela ação da gravidade
Pode ocorrer:
A força exercida pela aceleração da gravidade faz
 No interior dos continentes (rios, lagos…)
com que muitos dos materiais se soltem e deslizem,
ao longo das encostas  Nas margens do continente-oceano (praias,
deltas…)
Transporte pelo vento  Oceanos (plataforma, planície abissal, …)

Desloca os materiais meteorizados e erodidos

O vento é um agente de densidade muito pequena, o


que significa que o seu poder de transporte depende
da sua intensidade e do tamanho das partículas a
transportar

Transporte pela água


É o principal agente de transporte

Pode encontrar-se no estado sólido (glaciares) ou


líquido (águas selvagens, correntes, rios oceanos,
águas subterrâneas)

As partículas dependendo da sua forma e tamanho


podem:

 Deslocar-se em suspensão (siltes, argilas)


 Saltar (areias)
 Rolar ou deslizar no leito do rio (cascalhos e
balastros)

Quanto mais longo for o transporte do sedimento,


maior será o grau de arredondamento

Aumento do grau de arredondamento

Angulosos arredondados
Quando os sedimentos se depositam, vão formando
superfícies mais ou menos paralelas que se designam
Areia – 0,063 – 2mm – arenito
por estratos ou camadas
Silte – 0,003 – 0,063mm – siltito
A deposição de sedimentos origina estratos
Argila – 0,002mm – 0,063 – Argilito
Consistem em camadas, de espessura variável, com
características litológicas distintas
ROCHAS DETRITICAS
DIAGÉNESE Os sedimentos são na maioria de origem detrítica
Conjunto de fenómenos físicos e químicos que
transforma os sedimentos móveis e incoerentes em
rochas sedimentares consolidadas
Não consolidadas Consolidadas
 Compactação
 Cimentação
 Recristalização Balastro Brecha e conglomerado

Aumento da pressão e da temperatura Areia Arenito

Silte Siltito
Compactação
Argila Argilito
Formados por restos de seres

concha, materiais derivados


Os sedimentos são sucessivamente comprimido por

Exemplo: fragmentos de
conchas e outras peças
Sedimentos de origem

ação dos novos sedimentos que sobre eles se vão vivos, nomeadamente

esqueléticas
depositando, o que vai provocar a expulsão da água, a

de plantas
biológica

diminuição da sua porosidade, com consequente


diminuição do seu volume
substâncias transportadas, em
solução, na água precipitam

Exemplo: Cloreto de sódio,

Cimentação
Sedimentos de origem

carbonato de cálcio

Nos poros pode ocorrer precipitação de substâncias


química

químicas dissolvidas na água

Agregação de sedimentos, com a ajuda de substância


precipitada

Recristalização
areia,
Fragmentos de dimensões
variadas desde partículas
muito finas até blocos de
Sedimentos detríticos ou

Alguns minerais alteram a sua estrutura cristalina


grandes dimensões

argila,

Este fenómeno ocorre devido a alterações das


clastos

condições de pressão e temperatura, bem como a


circulação de água e outros fluidos
Exemplo:
balastros

TIPOS DE SEDIMENTOS

Balastro - > 2mm Brecha


Conglomerado
Conglomerado – rocha detrítica agregada com
balastros arredondados ligado por cimentação

Brecha – Rocha detrítica agregada com balastros


angulosos ligado por um cimento Gesso – precipitação de
sulfato de cálcio
Siltitos – consolidação de siltes, depositados por evaporitos
correntes de baixa energia (Ex. lagos, planície de
inundação fluvial) e composição mineralógica Sal-gema – Precipitação de
variada cloreto de sódio, forma-se
halite
Rochas argilosas – Constituídas por minerais de
argila, quartzo, micas óxidos de ferro em partículas
muito finas

Por compactação originam os argilitos que:

 Quando bafejados, cheiram a barro


ROCHAS BIOGÉNICAS
 Quando saturados ficam impermeáveis

Quando as vasas argilosas empregadas de água ficam


expostas ao ar seco, a água evapora-se, diminui o Calcário recifal
volume do material argiloso e aparecem as fendas Edificação de esqueletos de seres vivos

ROCHAS QUIMIOGÉNICAS

Resultam de reações químicas de precipitação de


compostos existentes em solução aquosa. Calcário conquífero
Acumulação de conchas e carapaças de
Rochas sedimentares quimiogénicas organismos
carbonatadas
Resultam da precipitação de vários iões de
bicarbonato em meio aquosos, como resultado de Diatomito
variações de ph e na temperatura da água. Acumulação de “carapaças” de diatomáceas

Rochas sedimentares quimiogénicas


evaporiticas
Formam-se em bacias confinadas (mares pouco Carvões
profundos), em climas áridos, devido á evaporação de Acumulação e preservação de restos vegetais
água sobressaturada de sais

A precipitação da calcite depende de vários fatores


Resultam da acumulação de origem biológica como:
como:
 Restos de seres vivos
 Aumento de temperatura
 Substâncias resultantes da atividade de seres
 Diminuição da pressão
vivos
 Diminuição da agitação das águas
 Aumento da taxa fotossintética Carvões – resultam da decomposição lenta de restos
de plantas superiores, em ambientes aquáticos pouco
profundos e pouco oxigenados (pântanos)
Menor proporção de Maior precipitação
CO2 da calcite
Enriquecimento progressivo em carbono, este Alteação de minerais primários, e ocorre a
processo designa-se por incarbonização. transformação da rocha em areia granítica ou
quartzítica
Turfa  Lignite  Carvão betuminoso  Antracite
Quartzo é um dos minerais mais resistentes á
meteorização
+ água Aumento da pressão e temperatura
- água
+voláteis - Voláteis
- Carbono puro + Carbono puro

1º Fase do caos e blocos


Petróleo
Divisão do bloco do granito em blocos mais
Forma-se a partir de matéria orgânica, que migra para pequenos, rede de diáclases. (devido á diminuição de
os poros das rochas sedimentares sendo, por isso, pressão e ás variações de temperatura)
considerado um fluido de origem biogénica, com
uma percentagem variável de gases As diáclases vão aumentar a área de ação dos agentes
de meteorização e vão transformar os blocos iniciais
Mistura natural de hidrocarbonetos líquidos ou em blocos arredondados, dando origem á areia
gasosos granítica

Forma-se no seio de camadas sedimentares de


natureza argilosa ou carbonatada que por esta razão,
são designadas rocha mãe

Temperaturas na ordem dos 120º

Depois de formado, o petróleo tende a migrar para


níveis superiores, dado ser menos denso que os
restantes fluidos das rochas mãe

Porém o petróleo, na sua ascensão pode encontrar:

 Por um lado rochas-cobertura, de muito baixa


permeabilidade que impedem a ascensão do
petróleo (argilas e salinas)
 Por outro lado, rochas-armazém, porosas e
permeáveis nas quais o petróleo tende a
armazenar-se (arenitos e calcários)

Armadilhas petrolíferas – estruturas geológicas


favoráveis á acumulação de petróleo (falhas e dobras)

CAOS DE BLOCOS

Granito é uma rocha maciça

Este granito devido á remoção de camadas


suprajacentes, vai aflorar á superfície, ficando sujeito
aos agentes climatéricos, que vão alterar o granito
ROCHAS SEDIMENTARES

Estratificadas – Nas juntas de estratificação,


ocorrem frequentemente marcas que testemunham a
existência de pausas ou interrupções na sedimentação

Fossilíferas – Os fósseis contam a história da


evolução da vida e dão informações acerca dos
ambientes do passado (paleoambientes)

AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO

Ambiente Ambiente de Ambiente


continental transição marinho
Fluvial Delta ou Plataforma
estuário continental
Deserto
Praia Margem
Lago
continental
glaciar
Mar profundo
Minerais, materiais constituintes das rochas
MINERAL

 Sólido
 É um elemento ou um composto
inorgânico, de ocorrência natural (sem Sem faces externas formadas, informes
intervenção do ser humano)
 Com composição química definida, fixa ou
variável, dentro de limites bem definidos
 Com estrutura cristalina e distribuição
Cristais anédricos
regular no espaço (os átomos e moléculas
que os compões estão distribuídos de forma
regular)

Mineraloides - não apresentam arranjo cristalino


(partículas constituintes não têm uma distribuição Cristal subédrico ou subidiomórfico - limitado por
regular no espaço) (âmbar, obsidiana, …) faces parcialmente desenvolvidas

Sólidos amorfos – distribuição das partículas é


aleatória

Sólidos cristalinos – as partículas definem ma


distribuição regular no espaço.
cor
ESTRUTURA CRISTALINA

A composição química e o arranjo estrutural das risca


partículas constituintes dos minerais são próprias de óticas
cada mineral.
brilho
Físicas

Pode-se fazer a identificação e minerais recorrendo a


determinadas propriedades físicas ou químicas dureza

mecânicas clivagem
Arrefecimento lento

fratura
densidade
Formação de rede cristalina, faces planas
e bem delineadas

Cristais euédricos/idiomórficos

COR

Resulta da interação do mineral com a luz.

Arrefecimento rápido Minerais idiocromáticos – apresentam uma cor única,


constante (ex. malaquite, azurite, pirite)
Minerais alocromáticos – apresentam cor variável No caso dos minerais com dureza superior, para
(ex. quartzo) determinar a risca, reduz-se a pó uma pequena
amostra do mineral em estudo, num almofariz.
A cor de um mineral pode ser condicionada por
vários fatores, como, por exemplo, pela sua CLIVAGEM
composição química e pela presença de elementos
químicos designados cromatóforos. Ocorrência de superfícies lisas, que se repetem
regularmente.
BRILHO
É a tendência de um mineral se romper segundo
Modo como a superfície do mineral reflete a luz em planos preferenciais em presença de um esforço
intensidade e qualidade. Esta propriedade deve ser externo.
observada numa superfície de fratura recente no
mineral. Está relacionada com a estrutura cristalina do
mineral, resultando do arranjo dos átomos e do facto
 Brilho metálico – característico dos minerais de as ligações químicas serem mais fracas numa
opacos, com a aparência brilhante de um direção do que noutra. Separam-se mais facilmente
metal polido. As superfícies destes minerais os planos ligados entre si por forças mais débeis.
são bastantes refletoras Geralmente eles repetem-se paralelamente.
 Brilho submetálico – Característico dos
Há minerais que apresentam apenas uma direção de
minerais não opacos, mas menos intenso que
clivagem, enquanto outros podem apresentar várias.
o brilho metálico
 Brilho não-metálico – característico de
substâncias transparentes ou translúcidas e
sem aparência brilhante de um metal

DUREZA

A dureza de um mineral é a resistência que oferece


TRAÇO OU RISCA ao ser riscado por outro ou por um objeto.

Cor do mineral quando reduzido a pó Cada mineral apresenta valores característicos,


facilmente determináveis.
Para se determinar esta cor, risca-se com o mineral a
superfície despolida de uma porcelana. Este método é Esta propriedade depende da estrutura interna do
apenas aplicável nos minerais com dureza inferior à mineral, sendo tanto mais duro quanto mais fortes
da porcelana forem as ligações químicas.

A risca é constante, mesmo em minerais Quanto mais fortes forem as ligações químicas maior
alocromáticos. será a dureza do mineral.

Escala de Mohs – qualifica a dureza dos materiais por


ordem crescente de dureza constituída por 10
minerais de diferentes durezas existentes na crosta
terrestre

Diz-se que um mineral é mais duro do que outro se, e


só se, o riscar, sem se deixar riscar por ele; dois
minerais têm a mesma dureza se se riscam ou não se
riscam mutuamente.

Quando não se dispõe da escala de Mohs recorre-se a


outro tipo de objetos atendendo aos seguintes valores
de dureza:

 Unha – 2/2,5
 Alfinete/moeda de cobre – 3
 Canivete- 5/5,5
DENSIDADE
 Lima de aço – 6/6,5
 Vidro/porcelana – 6 ou mais Depende da sua estrutura cristalina, nomeadamente
da natureza dos seus constituintes e do seu arranjo,
mais ou menos compacto.

FRATURA

Forma como alguns minerais fragmentam quando m


d=
lhes é aplicada uma força. Os minerais com fratura V
fragmentam ao longo de planos sem direção definida. Uma densidade "média" é a densidade do quartzo ou
Ao contrário da clivagem, as superfícies de fratura da calcite (d = 2,7 g/cm3) Os minerais de brilho não-
não se repetem paralelamente a si mesmas. metálico têm, geralmente, densidades desta ordem de
grandeza.
fratura esquirolosa - se apresentar arestas cortantes
Os minerais de brilho metálico são geralmente mais
fratura concoidal - se ocorrer segundo superfícies densos e a sua densidade relativa pode ser
encurvadas. considerada, aproximadamente, a densidade da pirite
(d = 5,0 g/cm3)

MAGNETISMO

Corresponde à capacidade que alguns minerais têm


de atrair ou serem atraídos por um íman.

Isomorfismo e p
ISOMORFISMO

A composição química do mineral modifica-se,


embora a estrutura cristalina se mantenha idêntica –
isomorfos
EFERVESCÊNCIA

Alguns minerais reagem com os ácidos fazendo


efervescência, como a calcite.

É uma propriedade especifica dos minerais do grupo


dos carbonatos.

POLIMORFISMO

Minerais com a mesma composição química e redes


cristalinas diferentes designam-se por minerais
polimorfos.

Exemplo: a grafite e o diamante, apesar de


constituídos por carbono, têm origem e características
muito distintas.
Génese das rochas magmáticas
ROCHAS MAGMÁTICAS A placa mais densa é subductada e
consequentemente, destruída (placa oceânica). Dando
Plutónicas (intrusivas) – se o magma consolida no origem á formação de cordilheiras montanhosas, que
interior da crosta terrestre, de forma lenta e gradual. aparecem associadas a vulcanismo (o facto de nestas
Formam-se cristais observáveis à vista desarmada. zonas haver aumento de temperatura e de pressão faz
com que a rocha funda e ascenda á superfície dando
Estas rochas têm textura granular ou fanerítica.
origem ás cordilheiras vulcânicas).
Exemplo: Granito

Vulcânicas (extrusivas) – se o magma atinge a


superfície terrestre (lava) e consolida de forma
rápida. Neste caso, a cristalização é reduzida,
formando-se cristais que não são visíveis a olho nu.

Rochas de textura agranular ou afanítica. Caso não se


formem cristais, originam rochas de textura vítrea

Exemplo: basalto Uma placa vai submergir em relação á outra, dando


origem ás fossas, originando o arco insular
MAGMAS (cordilheira).

Os magmas são massas de rocha em fusão total ou


parcial com origem no mano e crosta terrestre.

São constituídos por uma mistura de silicatos em


fusão.

Possuem uma percentagem variável de gases


dissolvidos. (condicionam o tipo de erupção,
composição e textura que a rocha pode ter)
Ocorre choque entre duas placas continentais (por
Podem conter cristais em suspensão, constituídos por
vezes não existe zona de subducção) dando origem a
materiais que não atingem o ponto de fusão à
uma cadeia montanhosa.
temperatura a que se encontra o magma

LIMITES CONVERGENTES

Limites destrutivos – há convergência de duas placas, LIMITES DIVERGENTES


havendo destruição de uma das placas Limite construtivo – ocorre afastamento de uma placa
em relação á outra, ascensão de magma e construção
de crostas

Rifte – falha que vai libertar o magma, dando origem


a um vale.

Rifte intracontinental – afastamento de duas placas


continentais.
~
Formação dos magmas

TIPOS DE MAGMAS

PONTOS QUENTES

Puma térmica – ascensão de magma da zona mais Reduzido teor em sílica


profunda do manto que ascende, formando uma Magmas básicos
coluna de magma, e dá origem a um ponto quente á Baixo teor em gases
superfície. Originam lavas de baixa
viscosidade e elevada fluidez

Teor intermédio de sílica


Teor intermédio de gases
Originem lavas de viscosidade
intermédia
Incluem um mineral do grupo
dos feldspatos,
andesina ou
andesite

Elevado teor em sílica


Magmas ácidos
Elevado teor em gases
Originam lavas de elevada
viscosidade e baixa fluidez
FATORES QUE INFLUENCIAM A
FORMAÇÃO DOS MAGMAS
MAGMA BASÁLTICO
Em regiões tectonicamente ativas, o aumento da
temperatura com a profundidade é muito rápido, o Têm origem na fusão das rochas do manto –
que favorece a formação de magmas. peridotito, na ausência de água.

O peridotito tem uma composição semelhante à do


basalto, mas é rico em minerais ferromagnesianos
Movimento divergente entre placas e (rocha ultrabásica).
ascensão de plumas térmicas A sua constituição varia, dependendo dos
condicionalismos ambientais em que se geram, como
a pressão e a temperatura.
Diminuição da pressão
São característicos nas zonas dorsais, (limites
divergentes, o material ascende devido ás correntes
de convecção) e nos pontos quentes.

Fusão das rochas


Dão origem: gabro (rocha plutónica) e basalto (rocha
vulcânica)

MAGMA ANDESÍTICO

Associados a zonas de convergência entre uma placa


oceânica e uma continental.

Uma vez que as bacias oceânicas são grandes


depósitos de sedimentos, quando a placa oceânica
submerge, arrasta consigo os sedimentos, que se
encontram mergulhados na água, por isso quando
ocorre a subducção arrasta consigo não só os
sedimentos, mas também a água.

A água aprisionada aquece e movimenta-se para CRISTALIZAÇÃO


cima, os sedimentos fundem a temperaturas mais
O magma corresponde a uma mistura de compostos
baixas do que as restantes rochas do manto
sólidos, líquidos e gasosos.
envolvente.
Arrefecimento
A pressão da água vai fazer com que haja explosões e
daí termos a erupção mista, onde ocorre as escoadas Formação de cristais
de lava alternando com alturas de explosão.
A forma dos cristais depende das condições
envolventes. Mas a malha cristalina é constante.

Organização espacial dos


átomos que constituem o cristal

Classificação das roc


CLASSIFICAÇÃO MINERALÓGICA

Rochas magmáticas
Dão origem: andesitos (rochas vulcânicas) e dioritos Rochas ricas em minerais máficos (cor
(rocha plutónica) escura), rochas em que predominam os
minerais de ferro e magnésio
MAGMA RIOLÍTICO Exemplo: olivina, piroxena, anfíbolas e a
biotite
É característico das zonas tectónicas de convergência
entre duas placas continentais. Formam-se a partir de
rochas da crosta continental, na presença de elevada
quantidade de água (erupção explosiva). Rochas ricas em minerais félsicos (cor clara),
rochas em que predominam minerais ricos
Magma rico em voláteis e de temperatura em silício, alumínio, sódio e potássio.
relativamente baixa, e possui minerais que contêm Exemplo: quartzo, moscovite, feldspato de
água na sua estrutura (anfíbolas e micas). sódio e o feldspato de potássio.

Dão origem: Riólitos (rochas vulcânicas) e granitos


(rochas plutónicas)
Vítrea – rochas vulcânicas
Nenhum dos minerais
Minerais essenciais – permitem caracterizar a rocha e apresenta estrutura cristalina.
determinar a sua designação – quartzo, feldspato, Arrefecimento brusco à
moscovite, olivina, piroxena, anfíbola e biotite. superfície, o que não permite a
formação de cristais.
Minerais acessórios – ocorrem em diminutas
quantidades nas rochas, por vezes, são apenas COR DAS ROCHAS
visíveis ao microscópio – magnetite, apatite, zircão e
turmalina.
Rocha leucocrata – Granito e riólito
Rocha clara
Rica em minerais félsicos

Rocha mesocrata – Diorito e Andesito


Rocha de cor intermédia
Proporções idênticas de minerais félsicos e
É sempre característica de um determinado mineral. máficos
O cristal pode ter maiores ou menores dimensões.
Tem uma malha elementar que se repete nas três
dimensões do espaço.
Rocha melanocrata – Gabro e basalto
Rocha escura
Rica em minerais máficos

Rocha holomelanocrata/Ultramáfica –
TEXTURA DAS ROCHAS
Peridotito
Porfiroide – rochas plutónicas
Rocha muito escura
Cristais de grandes dimensões e
Muito Rica em minerais máficos
de forma bem definida no seio
de uma matriz com textura
fanerítica. FAMÍLIA DO GRANITO
Diferente ritmo de arrefecimento ou preenchimento
do espaço disponível pelo quartzo.
Granito e riólito
Granular ou fanerítica – rochas
plutónicas
Cristais visíveis a olho nu
Arrefecimento lento em
profundidade, o que permite o Biotite Feldspato Quartzo Moscovite
desenvolvimento dos cristais. A família é sempre constituida por uma rocha
Agranular ou afanítica – intrusiva e outra exrusiva.
rochas vulcânicas
Cristais muito pequenos, não Alto teor em potássio e sódio
visíveis a olho nu
Arrefecimento rápido à FAMILIA DO DIORITO
superfície, o que não permite o
crescimento dos cristais.
Andesito e diorito
A diferenciação magmática tem quatro tipos de
processos:

Plagióclase Piroxena Cristalização fracionada

FAMILIA DO GABRO Diferenciação gravítica


(densidade e disposição dos minerais
em termos de câmara magmática)
Basalto e Gabro

Olivina Piroxena

Rochas melanocratas, sem quartzo nem feldspato,


alto teor em ferro, magnésio e cálcio

Assimilação magmática
(assimilação de rochas fundidas que
vão contribuir para alterar a
composição do magma)

DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

Em alguns vulcões, verifica-se, por vezes, variação Mistura de magmas


do tipo de atividade vulcânica ao longo do tempo. A (se tiver câmaras magmáticas muito perto, pode
episódios efusivos seguem-se fases explosivas, haver canais de ligação entre as câmaras
associadas a magmas mais ácidos. magmáticas e levar á mistura de magmas)

Durante a arrefecimento do magma, a temperatura de


cristalização de diferentes minerais vai sendo
Magma Magma Magma
basáltico
atingida sucessivamente.
andesítico riolítico
Estes ao cristalizarem, retiram do magma os
elementos químicos que os compõem.

Diferenciação magmática – permite a formação de Deste modo, a composição do magma vai variando à
rochas de diferentes composições, a partir de um medida que arrefece.
magma inicial, e ocorre porque os minerais se
A génese dos minerais ocorre segundo uma ordem
formam a diferentes temperaturas (têm diferentes
definida que determina uma diferenciação
pontos de fusão).
magmática, por cristalização fracionada.
SÉRIES REACIONAIS DE BOWEN Atingida a temperatura de cristalização da anfíbola, a
piroxena formada reage com o líquido residual,
O geólogo, Norman Bowen, examinou o empobrecendo-o em ferro e magnésio.
comportamento dos magmas e com base nos seus
trabalhos laboratoriais, descreveu em duas sequências
a ordem de cristalização dos minerais das rochas
Se ainda houver fração magmática e a temperatura
magmáticas, conhecidas como as séries reacionais de
continuar a descer, forma-se a biotite, o último
Bowen.
mineral rico em ferro e magnésio a cristalizar.

Terminada a cristalização da biotite, o magma


residual não possui ferro nem magnésio e por isso os
minerais formados a seguir não conterão estes
elementos químicos.

SÉRIE CONTÍNUA / DAS PLAGIÓCLASES

Durante o arrefecimento, os minerais, ao reagirem


com o magma residual, originam novos minerais com
uma composição química diferente, mas com a
mesma estrutura cristalina.

Série descontínua – minerais cuja estrutura cristalina


e composição são diversas e não relacionadas
À medida que a temperatura vai diminuindo na rede
Série contínua – minerais isomorfos, ou seja, com a cristalina da anortite, o cálcio pode ser
mesma estrutura e variando gradualmente a sua progressivamente substituído por sódio, originando a
composição. Estes minerais pertencem ao grupo das série das plagióclases sucessivamente mais ricas em
plagióclases sódio.

SÉRIE DESCONTÍNUA/DOS MINERAIS O magma residual


FERROMAGNSIANOS
 Está empobrecido em ferro e magnésio
Durante o arrefecimento os minerais, ao reagirem usados na série descontinua e em cálcio e sódio
com o magma residual, originam novos minerais com utilizados durante a série continua
uma composição química e uma estrutura cristalina  Fica mais rico em potássio, alumínio e sílica
diferentes
Os feldspatos, a moscovite e o quartzo são os
Após a cristalização da olivina, a composição do últimos minerais a formarem-se, quando magma já
magma fica relativamente empobrecida em ferro e se tornou mais ácido, isto é, mais rico em sílica, e
magnésio está provavelmente mais próximo da superfície.

Assim estes minerais serão mais estáveis quando a


rocha aflora.
Com o arrefecimento progressivo do magma, atinge-
se a temperatura de cristalização da piroxena e a CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA
olivina formada previamente, reage com o líquido
residual formando piroxena. É natural que, simultaneamente à diferenciação
magmática, ocorra cristalização fracionada, isto é
separação dos minerais já formados do restante
magma, ainda fluido. Esta separação pode ocorre por
acumulação no fundo das câmaras magmáticas A tensão é a força/área necessária para produzir
(devido á força da gravidade) ou por migração do deformação (aplicando-se uma tensão num corpo será
magma, por exemplo devido a movimentos originada uma deformação)
tectónicos.

Falhas e dobras TENSÕES COMPRESSIVAS


TENSÃO E DEFORMAÇÃO
Associadas a limites convergentes
Os movimentos das placas litosféricas ou o peso das
camadas suprajacentes submetem as rochas a forças Á redução do volume da rocha na direção paralela à
de enorme intensidade – tensão atuação das forças

Força exercida nas rochas por unidade de área Existe alongamento na direção perpendicular

TENSÕES DISTENSIVAS

Como resposta a um estado de tensão as rochas Associadas a limites divergentes


apresentam deformação
Existe um alongamento (estiramento) da rocha, na
direção paralela á força

Modificação sofrida pelos corpos rochosos que pode No sentido perpendicular á força vai diminuir a sua
afetar a sua posição, orientação, volume e forma largura
inicial
TENSÕES DE CISALHAMENTO

Associadas a falhas transformantes


As falhas e dobras são o tipo de deformação mais
Há deformação devido a movimentos paralelos em
comum
sentidos opostos
As rochas estão sujeitas a tensões provocadas pela:

 Mobilidade das placas litosféricas


 Pressão das camadas suprajacentes

TIPOS DE TENSÕES
COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS

Comportamento elástico – a deformação é reversível


e proporcional ao estado de tensão aplicado

Quando cessa o estado de tensão, o material recupera


a sua forma ou o seu volume inicial

Verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha não


ultrapassou o seu limite de elasticidade

Associado á formação de falhas

Comportamento plástico – deformação é permanente


A tensão normal está orientada perpendicularmente e o material fica deformado sem rutura
ao plano considerado, enquanto na tensão cisalhante
a orientação é paralela a esse plano.
Verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha é
superior ao seu limite de elasticidade e inferior ao seu
limite de plasticidade

Associado á formação de dobras Parâmetros que variam com a profundidade e que


criam diferentes condições que afetam o
comportamento dos materiais geológicos:

Comportamento das rochas sob a ação de tensões  a composição química/mineralógica


Deformação em regime dúctil  a temperatura
Quando as rochas dobram sem  a pressão dos fluidos intersticiais,
partir. Em profundidades mais nomeadamente da água
elevadas. Está associado à formação
de dobras Rochas duras como as magmáticas e metamórficas
não foliada, porque possuem ligações químicas
fortes, tendem a manifestar um comportamento
frágil.

Rochas menos duras e porosas ou com planos de


Deformação em regime frágil ligações mais fracas, como as sedimentares e
Em condições de baixa metamórficas foliadas têm um comportamento mais
temperatura dúctil.
Quando, após alguma deformação
elástica, o material entra em rutura. As rochas com maior conteúdo em fluidos
Está associado à formação de apresentam uma maior plasticidade.
falhas
O aumento da temperatura aumenta a plasticidade das
rochas.

FATORES QUE CONDICIONAM A


DEFORMAÇÃO DAS ROCHAS

A tensão que atua sobre as rochas pode ser confinante


(litostática) ou dirigida (não litostática). A tensão
confinante resulta do peso das camadas suprajacentes
e aumenta a ductilidade da rocha, tornando-a mais
resistente à rutura.

Tensão não litostática ou dirigida – ocorre quando


um corpo está sujeito a forças de intensidade
diferente nas diversas direções.
ELEMENTOS DA DOBRA

Plano axial – plano que interseta todas as linhas de


charneiras das diferentes camadas da dobra

Núcleo – zona das camadas mais internas da dobra

Flancos da dobra – superfície lateral, de um lado e do


DOBRAS – REGIME DÚCTIL outro da charneira. A sua inclinação é dada pelo
ângulo que faz com um plano horizontal
Deformação que ocorre nas rochas e que resulta do
arqueamento de camadas rochosas, inicialmente Eixo da dobra – linha resultante da interseção do
planas, com comportamento dúctil, pela ação de plano axial com a charneira. Define a inclinação da
tensões compressivas. dobra.
Estas estruturas podem ser macroscópicas ou mesmo Charneira – linha que une os pontos de máxima
microscópicas. No entanto, são as dobras curvatura em cada superfície dobrada, em cada uma
macroscópicas aquelas que geralmente despertam das sucessivas superfícies de estratificação.
mais a atenção, dada a sua espetacularidade num
afloramento. Direção - é o ângulo entre a linha N-S e a linha de
intersecção do plano dado com o plano horizontal
Como a temperatura aumenta com a profundidade, [linha horizontal do plano].
tal como a pressão, as rochas mais profundas
manifestam um comportamento mais dúctil. Inclinação - é o ângulo definido entre a linha de
maior declive da superfície planar considerada com
um plano horizontal. O valor deste ângulo varia entre
0º e 90º.
FALHAS

Formam-se em regime frágil, a pouca profundidade e


num curto espaço de tempo, comparando com o
regime dúctil e formação das dobras.

A deformação pode originar dois tipos de fratura:

Diáclases
Fraturas ao longo das quais não existiu
movimento considerável dos blocos fraturados

Falha
Fraturas ao longo das quais ocorreu
movimento relativo dos blocos fraturados

ELEMENTOS DA FALHA

Direção – ângulo, em relação à direção norte-sul da


linha definida pela interseção do plano da falha com
o plano horizontal

Inclinação – ângulo agudo definido entre o plano da


falha e o plano horizontal

Muro – bloco que se situa abaixo do plano de falha

Teto – bloco que se situa acima do plano de falha

Plano de falha – plano ao longo do qual ocorreu o


movimento

Rejeito – distância, medida ao longo do plano da


falha, entre dois pontos que se encontravam unidos
Génese das rochas
METAMORFISMO

O processo geológico que consiste num conjunto de


transformações mineralógicas, químicas e estruturais
que ocorrem no estado sólido, em rochas sujeitas a
estados de tensão, a temperatura e pressão diferentes
da sua génese, denomina-se metamorfismo.

A maioria das modificações induzidas durante o


processo metamórfico depende da atuação de um
conjunto de fatores de metamorfismo.

 As tensões (pressões)
 calor
 composição dos fluidos
 tempo
TIPOS DE FALHAS
TENSÃO

Falha normal À medida que as rochas aumentam de profundidade


Quando o teto desce na crusta terrestre, são sujeitas a campos de tensões
relativamente ao quer devido ao peso exercido pela coluna de material
muro. É resultado das suprajacente, quer devido aos movimentos tectónicos.
forças distensivas
Tesão litostática - tensão exercida resultante do peso
da massa rochosa suprajacente, origina a diminuição
do volume dos materiais rochosos quando sujeitos a
Falha inversa
este tipo de tensão, por conseguinte, aumentando a
Quando o teto sobe
sua densidade
relativamente ao
muro. É resultado das Tensão não litostática - A maioria das rochas
forças compressivas metamórficas exibe, contudo, o efeito de um outro
tipo de tensão, uma vez que as forças não são
exercidas de igual modo em todas as direções
Falha de desligamento Este tipo de tensão produz uma orientação
Os blocos têm preferencial de certos minerais, que tendem a ficar
Movimentos horizontais alinhados perpendicularmente à direção da força.
Paralelos à direção do plano
de falha.
É resultado de forças de cisalhamento
CALOR

Os materiais geológicos, à medida que aprofundam


no interior da litosfera, ficam assim sujeitos a
Graben - Território afundado entre duas falhas mais temperaturas elevadas, que, mesmo não sendo
ou menos paralelas suficientes para os fundir, provocam alterações
importantes nos seus minerais constituintes.
Horst – Território elevado em relação ao território
vizinho, do qual está separado por escarpas de falhas Outra fonte de calor importante nos processos
normais. metamórficos provém do contacto entre rochas e
intrusões magmáticas.
FLUIDOS
Tipos de
Os fluidos libertados durante a instalação de um metamorfismo
corpo magmático são importantes para desencadear
ou acelerar processos de metamorfismo.

Estas soluções vão reagir com as rochas, alterando a


sua composição química e mineralógica, metamorfismo Metamorfismo de
substituindo, por vezes, totalmente certos minerais regional contacto
existentes na rocha.

TEMPO METAMORFISMO REGIONAL


Os fenómenos relacionados com o metamorfismo são O metamorfismo regional está intimamente ligado a
extremamente lentos, sendo, por isso, também de processos relacionados com a convergência de
considerar o tempo como um dos fatores relevantes placas, contexto tectónico onde podem ocorrer
para a formação de rochas metamórficas. condições de elevadas temperaturas e condições de
tensão que variam de moderadas a altas.
MINERALOGIA DAS ROCHAS
METAMÓRFICAS METAMORFISMO DE CONTACTO
Os minerais que constituem as rochas são mais Ocorre nas zonas próximas da instalação de rochas
estáveis em ambientes semelhantes àqueles que intrusivas. Antes de consolidar, o calor e os fluidos
estiveram presentes durante a sua formação. libertados pelo magma, ao propagarem-se às rochas
encaixantes, vão alterar os minerais existentes nessas
Quando essas condições se alteram, os minerais
rochas.
podem experimentar transformações.
Desta forma, este processo geológico também é
conhecido como metamorfismo térmico

RECRISTALIZAÇÃO Rocha metamorfismo Rocha


original originada
Face a estas novas condições termodinâmicas, os
materiais rochosos podem ser transformados, Silte Regional Ardosia
originando-se diferentes associações minerais, e/ou Argilito Regional Xisto
diferentes texturas, devido a novos arranjos de Granito Regional gnaisse
partículas, ocorrendo, desta forma, processos de Arenito Contacto Quartzito
recristalização.
Calcário Contacto Mármore
Quando um dado mineral permite inferir das Rochas contacto Corneanas
condições em que uma dada rocha metamórfica foi argilosas argilosas
gerada, é designado por mineral-índice.

TEXTURA

A textura de uma rocha é determinada pelo tamanho,


forma e arranjo dos minerais que a constituem.
Rochas metamórficas foliadas – Separam-se O aproveitamento desses recursos depende da sua
segundo superfícies regulares que se repetem em concentração na crusta terrestre, de modo a permitir a
planos paralelos. Resultam da orientação dos rentabilidade da sua exploração.
minerais durante o metamorfismo regional associado
a pressões tectónicas. Reserva - recurso geológico conhecido que possa ser
explorado, quer do ponto de vista legal quer
Rochas metamórficas não foliadas – não económico.
apresentam distribuição orientada dos minerais. Os
grãos de diferentes dimensões, distribuem-se RECURSOS RENOVÁVEIS E NÃO
aleatoriamente na rocha. Resultam da recristalização RENOVÁVEIS
dos minerais durante o metamorfismo de contacto
Recursos não renováveis – Este tipo de recursos têm
um processo de formação muito lento e, face às taxas
TIPOS DE FOLIAÇÃO
diversas de consumo, rapidamente se esgotam, não
Clivagem - tipo de foliação frequente em rochas que sendo possível a sua renovação à escala da vida
experimentaram deformação em condições de humana.
metamorfismo de baixo grau.
Outros recursos geológicos, como, por exemplo, a
Xistosidade - o aumento do grau de metamorfismo água, podem ser repostos à medida que são
permite a existência de significativos fenómenos de consumidos, sendo, por isso, considerados recursos
recristalização, verificando-se, um maior renováveis.
desenvolvimento dos cristais

Bandado gnáissico - tipo de foliação gerada por


diferenciação em bandas por efeito de tensões
dirigidas e por ser identificada, por exemplo, em

gnaisse. Recursos minerais, energéticos e


certas rochas de alto grau de metamorfismo, como o
ENERGIA GEOTÉRMICA

hidrogeológicos As zonas de elevado gradiente geotérmico, como é


o caso das zonas vulcânicas, são muito importantes
para o aproveitamento da energia geotérmica.
COMBUSTIVEIS FÓSSEIS O aproveitamento de recursos geotérmicos apresenta
Resultam de transformações da matéria orgânica múltiplas vantagens, uma vez que são pouco
poluentes e, desde que utilizados de uma forma
Podem ocorrer na crusta terrestre sob três formas: equilibrada, são recursos energéticos renováveis.

 petróleo bruto [líquido] Regras fundamentais, no sentido de minimizar os


 carvão [sólido] efeitos da sua carência:
 gás natural [gasoso]
 reduzir os consumos
Dada a morosidade dos processos que intervêm na  procurar energias alternativas renováveis.
sua génese, são considerados recursos não
renováveis. CICLO HIDROLÓGICO

O contínuo e interminável movimento da água no


RECURSOS GEOLÓGICOS
nosso planeta constitui o ciclo hidrológico.
Todos os bens de natureza geológica existentes na
crusta terrestre e que são passíveis de
aproveitamento.
Nos aquíferos cativos a pressão da água é superior à
pressão atmosférica.

Quando a captação de água subterrânea ocorre num


aquífero cativo, dado que a água se encontra a uma
pressão superior à pressão atmosférica, a água subirá
até à cota correspondente ao nível freático. – Uma
captação nestas condições designa-se por captação
artesiana.

Se a captação é feita num local onde o nível freático


ultrapassa o nível topográfico a água extravasa
naturalmente a boca da captação não sendo
AQUÍFEROS
necessário qualquer sistema de bombagem – Neste
Aquífero - formação geológica que permite a caso a captação é designada por captação artesiana
circulação e o armazenamento de água nos seus repuxante
espaços vazios, possibilitando geralmente o
aproveitamento desse líquido pelo ser humano de POROSIDADE
forma economicamente rentável e sem impactes
A porosidade é um parâmetro que quantifica o
ambientais negativos.
volume máximo de água que um dado material pode
As águas superficiais começam a infiltrar-se no solo comportar e que corresponde à sua saturação.
por ação da gravidade. Após a infiltração, a água que
A porosidade depende:
não fica retida no solo por capilaridade atinge a zona
de saturação das formações geológicas subjacentes,  do tamanho quer da forma dos grãos
onde se movimenta e onde pode ser armazenada, indo  do grau de compactação do material
fazer parte das águas subterrâneas. geológico.
Aquífero livre Quanto menos compactada for a rocha maior será o
espaço entre os vários grãos.
Neste tipo de aquíferos existe uma superfície em que
a água está em contacto direto com o ar, ou seja, à
PERMEABILIDADE
pressão atmosférica. A zona que contribui para a
realimentação do aquífero denomina-se zona de Permeabilidade - avalia a capacidade de
recarga. É através desta zona que ocorre a infiltração movimentação da água num dado aquífero
da água. Neste tipo de aquíferos a zona de recarga
corresponde às camadas superficiais. A qualidade de uma captação depende quer da
porosidade quer da permeabilidade do respetivo
Zona de aeração – constituída por poros com água e aquífero.
ar
As formações geológicas com alta porosidade e alta
Zona de saturação – apresenta os poros preenchidos permeabilidade constituem bons aquíferos.
por água
As rochas magmáticas e metamórficas fornecem
Estas zonas são separadas pelo nível hidrostático ou água de boa a excelente qualidade com baixas
freático concentrações em sais dissolvidos.

Aquífero cativo As rochas sedimentares fornecem água de boa


qualidade, mas as que são captadas em arenitos
Encontra-se limitado na base e no topo por rochas podem ser mais ricas em sódio e as provenientes do
impermeáveis, e a recarga ocorre a partir de áreas calcário mais ricas em cálcio e magnésio.
laterais
As formações sedimentares evaporíticas, como por
exemplo as de sal-gema, podem originar águas muito
salinas, impróprias para consumo doméstico. As
águas que se encontram a maiores profundidades
seguem percursos mais longos e, neste caso,
permanecem mais tempo em contacto com as rochas,
tornando-se, assim, mais ricas em sais dissolvidos.

Uma exploração sustentada dos recursos geológicos


tem de estar enquadrada num modelo global de
desenvolvimento que permita que as gerações atuais
satisfaçam as suas necessidades sem pôr em risco a
possibilidade de as gerações futuras virem a
satisfazer as suas próprias.

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