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NÚCLEO DE ESTUDOS DELTA

Nome:______________________________________________ Data:___________________

1. A colonização da África pelos europeus remonta ao século XV, quando Portugal dominou
os primeiros territórios na costa atlântica do continente. Como se deu o início desse processo
de colonização da África pelos portugueses?
2. A mão de obra escrava era o carro-chefe da economia portuguesa na África. Explique com
suas palavras como se dava o tráfico negreiro entre os portugueses e os africanos.
3. A intensa exploração da mão de obra desarticulou as economias de vários povos africanos.
Quais foram os principais fatores que contribuíram para isso?
4. Além dos fatores econômicos existia outros interesses na colonização da África. Que
interesses eram esses?
5. Quais países exigiram participação da partilha da África na conferência de Berlim?
6. A partilha da África ocorreu de forma gradual a partir do início do século XIX. Sobre o
processo de partilha da África assinale (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as
falsas.
a) ( )Na costa ocidental da África a disputa foi acirrada, entre ingleses e franceses.
b) ( ) Os europeus procuravam estabelecer tratados com algumas aldeias e prometiam
melhorias estruturais na região.
c) ( ) Para aplacar os conflitos por territórios, os países interessados se reuniram na
Conferência de Berlim.
d) ( ) Ao final, as rivalidades imperialistas acabaram sendo um dos principais fatores
desencadeantes da Primeira Guerra Mundial
e) ( ) A Conferência acabou por desenhar as fronteiras da África segundo os interesses
dos africanos.
7. As colônias africanas eram vistas como fontes de recursos fundamentais para a economia
europeia. Elas estavam submetidas a diversos mecanismos de exploração, podendo-se citar,
em primeiro lugar, as formas de trabalho
a) ( ) assalariado
b) ( ) servil
c) ( ) compulsório
d) ( ) infantil
8. Preencha a lacuna de forma que a citação fique correta.
“Em segundo lugar, era comum o _______________________ por meio de guerras e
desapropriações.
Aproveitando-se do fato de muitas aldeias não possuírem registros de seu território,
latifundiários e autoridades coloniais avançaram sobre regiões ocupadas há centenas de anos
pelos africanos”.
9. A colonização africana nem sempre foi passiva, com base no texto descreva como aconteceu
os processos de resistências.
10. Descreva como se deu o processo de descolonização da África com destaque para que tipo
de classe social e pessoas participaram do movimento de independência, quais organizações
asseguravam esses direitos.
1) O processo de colonização da África pelos portugueses teve início no século XV quando
eles dominaram os primeiros territórios na costa atlântica do continente. Isso ocorreu
principalmente devido à busca por uma rota marítima para as Índias, que levou os
portugueses a explorar o litoral africano em busca de oportunidades comerciais. Eles
estabeleceram feitorias ao longo da costa para explorar recursos como metais preciosos,
marfim e produtos agrícolas.

2) O tráfico negreiro entre os portugueses e os africanos funcionava da seguinte maneira: as


elites locais africanas participavam do comércio de escravos, trocando cativos por
mercadorias trazidas pelos europeus, como tabaco, aguardente e produtos manufaturados.
Os portugueses, por sua vez, levavam os escravos capturados para as plantações de açúcar
nas ilhas do norte da África e, posteriormente, para o Brasil, que se tornou o principal
mercado consumidor de escravos a partir do século XVI.

3) A intensa exploração da mão de obra escrava desarticulou as economias de vários povos


africanos por diversos motivos. Primeiro, as rotas comerciais que atravessavam o Saara,
antes usadas para o comércio regional, começaram a escassear, pois os produtos e as pessoas
capturadas eram redirecionados para atender às demandas dos europeus estabelecidos na
costa atlântica. Além disso, grupos tribais que antes não estavam envolvidos na captura de
escravos passaram a se especializar nessa atividade, alterando as dinâmicas sociais e
econômicas das comunidades africanas.

4) Além dos interesses econômicos, outros fatores impulsionaram a colonização da África. Um


deles foi o desejo de explorar e converter os povos africanos ao cristianismo, levando ao
envio de missionários para o continente. Também houve o interesse em explorar as
potencialidades comerciais das diferentes regiões africanas, o que motivou a realização de
expedições exploratórias para o interior do continente. Por fim, a competição entre os países
europeus, na chamada corrida imperialista, levou-os a disputar territórios e estabelecer
políticas de ocupação efetiva do continente africano.

5)
6) VVVVF
7) c) ( ) compulsório
8) "Em segundo lugar, era comum o confisco de terras por meio de guerras e desapropriações.
Aproveitando-se do fato de muitas aldeias não possuírem registros de seu território,
latifundiários e autoridades coloniais avançaram sobre regiões ocupadas há centenas de anos
pelos africanos."
9) Pequenas formas de resistência cotidiana: Os povos africanos adotaram práticas como
trabalho lento e malfeito, fugas para a mata e destruição de ferramentas como formas de
resistir à dominação colonial.

Banditismo social: Em áreas rurais, grupos se organizavam para saquear armazéns e proteger a
população da polícia colonial, buscando resistir às imposições e abusos das autoridades
coloniais.
Resistência cultural: Houve manifestações de resistência cultural, como o caso dos povos Oyó,
que mantinham manifestações teatrais com função religiosa. Essas encenações foram proibidas
pelos colonizadores cristãos e pelos Peuhls, povo islamizado. O esforço para preservar as
antigas formas de teatro foi uma forma de resistência contra a imposição cultural dos
estrangeiros.

Essas formas de resistência demonstram que os povos africanos não aceitaram passivamente a
colonização, mas lutaram e resistiram de várias maneiras, preservando aspectos de sua cultura e
resistindo às práticas opressivas impostas pelos colonizadores.
10) A descolonização da África foi um processo complexo e multifacetado que ocorreu ao longo
do século XX. A luta pela independência foi conduzida por uma variedade de grupos e
organizações, envolvendo diferentes classes sociais e pessoas de diferentes origens.
Em geral, o movimento de independência na África contou com a participação de uma ampla gama
de pessoas, incluindo intelectuais, estudantes, trabalhadores urbanos e rurais, líderes políticos e
líderes tradicionais. A mobilização das massas foi crucial para a conquista da independência, com a
participação ativa de camponeses, operários e outros grupos marginalizados.
Diversas organizações desempenharam papéis significativos na luta pela independência. A União
Africana (UA) e a Organização da Unidade Africana (OUA) foram importantes fóruns políticos que
buscaram promover a independência e a unidade africana. Organizações de resistência, como o
Congresso Nacional Africano (CNA) na África do Sul, a Frente de Libertação de Moçambique
(FRELIMO) em Moçambique e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) em
Angola, lideraram movimentos armados e campanhas de resistência contra o domínio colonial.
Além disso, líderes proeminentes como Kwame Nkrumah em Gana, Jomo Kenyatta no Quênia e
Nelson Mandela na África do Sul desempenharam papéis-chave na liderança dos movimentos de
independência em seus respectivos países.
Em muitos casos, o desejo de liberdade e autodeterminação das massas africanas se tornou
irresistível, levando as potências coloniais a reconhecerem a necessidade de conceder a
independência. O processo de descolonização resultou na independência de vários países africanos
ao longo das décadas de 1950, 1960 e 1970.
No entanto, é importante ressaltar que a descolonização nem sempre trouxe a estabilidade política e
social desejada. Muitos países enfrentaram desafios significativos na construção de instituições
estáveis, enfrentando conflitos internos, crises econômicas e outros problemas relacionados à
transição pós-colonial.

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