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Sob Os Olhos Da Clarividente
Sob Os Olhos Da Clarividente
Índice
INTRODUÇÃO....................................................................................................1
OS PRIMEIROS PASSOS....................................................................................3
O DESFALQUE...................................................................................................9
OS AMIGOS DA OUTRA DIMENSÃO.............................................................15
DANIEL.............................................................................................................24
O DESAPARECIDO...........................................................................................29
TRANSPORTE ESPIRITUAL..............................................................................33
MORTE COM HORA MARCADA.....................................................................45
OS SUICIDAS....................................................................................................59
EMERENCIANA................................................................................................66
HIPPIES.............................................................................................................72
OS PRECURSORES..........................................................................................79
MISSÃO............................................................................................................93
ELIETE.............................................................................................................106
POSSESSÃO OBSESSIVA...............................................................................111
A VIDA NUM CEMITÉRIO..............................................................................127
ABORTO.........................................................................................................140
SODOMIA......................................................................................................158
COMPENSAÇÕES CÁRMICAS.......................................................................165
A PORTA DO CÉU..........................................................................................172
EPÍLOGO........................................................................................................177
INTRODUÇÃO
Caro Leitor:
Este livro não é, apenas, um livro espírita. Ele é uma mensa-
gem descontraída, simples, que visa você, particularmente.
As estórias aqui contadas são experiências autênticas, vividas,
e mostram a relação natural e inexorável do ser humano com seu
passado transcendental, as vidas que viveu anteriormente, e, ao
mesmo tempo, com os que o cercam.
Ele irá responder, através da vida dos personagens registra-
dos, por que você veio parar neste planeta, o que você veio fazer
aqui e para onde você irá quando terminar seu estágio!
É possível que, nas várias estórias aqui contadas, você não se
encontre totalmente. Mas irá encontrar muito de você mesmo e
imensas possibilidades de identificação. De qualquer forma, ele,
o livro, não pretende torná-lo religioso; ele nem fala de uma reli-
gião! Pretende, apenas, mostrar o porquê do sofrimento e as cau-
sas ocultas do desequilíbrio humano. Essas causas são ocultas
por natureza, apenas estão ocultas pela própria cegueira que a
dor nos causa e que o bálsamo suave do Amor irá minorar. Sim,
no fundo, este livro é uma mensagem de Amor a você! Você que
vive com sua dor, incompreendido. Abra-o sem se preocupar em
ser convertido, crençado, proselitado; desinibido, sem medo de
ouvir a voz do seu próprio espírito! Sim, porque ao lê-lo, preso
aos enredos simples e humanos, você irá ouvir a voz do seu pró-
prio íntimo, o repositório transcendental que está presente no
seu coração.
É lógico que o livro pretende alguma coisa: pretende levá-lo a
ter esperanças no dia de amanhã, e, quiçá, no de hoje; a saber
que você, além de tudo, é molécula viva e encadeada num infinito
OS PRIMEIROS PASSOS
Sentamo-nos, a Clarividente e eu, aproveitando uma pausa de
nossos trabalhos mediúnicos.
A noite se alongava na madrugada quieta do Vale do Amanhe-
cer, e vacilávamos em nos entregar ao repouso, face às inquieta-
ções trazidas do mundo invisível, resíduos naturais das centenas
de pessoas que haviam passado por nós em busca de socorro es-
piritual.
– Em 1960, – dizia ela a, respeito do seu quadro espiritual e
missionário – sim, em 1960, eu não tinha uma conduta moral
adequada ao meu quadro mediúnico, embora minha clarividên-
cia fosse tão grande como agora. Apesar das advertências de
meus Mentores, aos quais dava pouca atenção, pensava que cari-
dade era revelar tudo o que ouvisse do passado ou do futuro das
pessoas que me procuravam. Não tinha qualquer preocupação
ou escrúpulo com o que essas revelações pudessem trazer a elas,
ainda que fosse a loucura. Já havia feito meu juramento espiritu-
al, no qual penhorara meus olhos ao Cristo em prol da verdade, e
julgava que isso bastasse.
Interrompi a narrativa:
– Mas, isso era assim tão mau?
– Com essa atitude, as pessoas saíam de perto de mim pior
do que quando chegavam! Fui, então, colocada ao lado de um vi-
dente, não clarividente, tão irresponsável quanto eu na ocasião.
– Percebo. – disse eu – Não tinha remorsos por impressionar
assim as pessoas?
– Não, – respondeu – exatamente ao contrário. Devido ao ju-
ramento, julgava que era obrigada a dizer tudo, desde que disses-
se a verdade.