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Definição e finalidade

A constante atualização da legislação brasileira referente à prevenção de


acidentes do trabalho é uma das principais ferramentas à disposição de
trabalhadores e empregadores para garantir ambientes de trabalho
seguros e saudáveis.

A Convenção Coletiva de Segurança e Saúde no Trabalho do Setor Elétrico,


aprovada após amplo debate e negociação entre representantes do
Governo, Empresas e Trabalhadores, estabeleceu diretrizes para melhoria
e modernização das atividades de geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica, visando prioritariamente valorizar a proteção do
trabalhador diretamente em contato com instalações e serviços elétricos.

O novo texto da Norma Regulamentadora Nº 10, instituída originalmente


pela Portaria 3214/1978 do Ministério do Trabalho, atual Ministério do
Trabalho e Emprego, em vigor desde dezembro de 2004, reflete em
grande parte as propostas emanadas do Grupo responsável pela
implantação da citada Convenção.

A principal novidade estabelecida na Convenção Coletiva foi a criação de


treinamento específico em aspectos de Engenharia de Segurança e Saúde
no Trabalho, definindo tópicos e duração mínima, cujo teor foi reforçado
no texto da NR 10.

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Introdução à Eletricidade

A eletricidade é a forma de energia mais utilizada na sociedade atual. A


facilidade em ser transportada dos locais de geração para os pontos de
consumo e sua transformação normalmente simples em outros tipos de
energia, como mecânica, luminosa, térmica, contribui em muito para o
desenvolvimento industrial.

Com características adequadas à moderna economia, facilmente


disponibilizada aos consumidores, a eletricidade sob certas circunstâncias,
pode comprometer a segurança e a saúde das pessoas.

A eletricidade não é vista, é um fenômeno que escapa aos nossos


sentidos, só se percebem suas manifestações exteriores, como a
iluminação, sistemas de calefação, entre outros.

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Perigos em Eletricidade

A eletricidade mata. Esta é uma forma bastante brusca, porém verdadeira,


de iniciarmos o estudo sobre segurança em eletricidade. Sempre que
trabalhar com equipamentos elétricos, ferramentas manuais ou com
instalações elétricas, você estará exposto aos riscos da eletricidade. E isso
ocorre no trabalho, em casa, e em qualquer outro lugar. Você está
cercado por redes elétricas em todos os lugares; aliás, todos nós estamos.
É claro que no trabalho os riscos são bem maiores. É no trabalho que
existe uma grande concentração de máquinas, motores, painéis, quadros
de distribuição, subestações transformadoras e, em alguns casos, redes
aéreas e subterrâneas expostas ao tempo. Para completar, mesmo os que
não trabalham diretamente com os circuitos também se expõem aos
efeitos nocivos da eletricidade ao utilizar ferramentas elétricas manuais,
ou ao executar tarefas simples como desligar ou ligar circuitos e
equipamentos, se os dispositivos de acionamento e proteção não
estiverem adequadamente projetados e mantidos.

Embora todos nós estejamos sujeitos aos riscos da eletricidade, se você


trabalha diretamente com equipamentos e instalações elétricas ou
próximo delas, tenha cuidado. O contato com partes energizadas da
instalação pode fazer com que a corrente elétrica passe pelo seu corpo, e
o resultado são o choque elétrico e as queimaduras externas e internas.

As conseqüências dos acidentes com eletricidade são muito graves,


provocam lesões físicas e traumas psicológicos, e em muitas vezes são
fatais. Isso sem falar nos incêndios originados por falhas ou desgaste das
instalações elétricas. Talvez pelo fato de a eletricidade estar tão presente
em sua vida, nem sempre você dá a ela o tratamento necessário. Como
resultado, os acidentes com eletricidade ainda são muito comuns mesmo
entre profissionais qualificados.

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No Brasil, ainda não temos muitas estatísticas específicas sobre acidentes
cuja causa está relacionada com a eletricidade. Entretanto, é bom
conhecer alguns números a esse respeito. No Brasil, se considerarmos
apenas o Setor Elétrico, assim chamado aquele que reúne as empresas
que atuam em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica,
temos alguns números que chamam a atenção.

Energia Elétrica – Geração, Transmissão e Distribuição

No Brasil a energia elétrica que alimenta as indústrias, comércio e nossos


lares é gerada principalmente em usinas hidrelétricas, onde a passagem
da água por turbinas geradoras transformam a energia mecânica,
originada pela força d‘agua, em energia elétrica. 80% da energia elétrica é
produzida a partir de hidrelétricas, 11% por termoelétricas e o restante
por outros processos como Usinas Nucleares e Aeólica.

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A partir da usina a energia é transformada, em subestações elétricas, e
elevada a níveis de tensão (69/88/138/240/440 kV) e transportada em
corrente alternada (60 Hertz) através de cabos elétricos, até as
subestações rebaixadoras, delimitando a fase de Transmissão.

Já na fase de Distribuição (11,9 / 13,8 / 23 kV), nas proximidades dos


centros de consumo, a energia elétrica é convertida nas subestações, com
seu nível de tensão rebaixado e sua qualidade controlada, sendo
transportada por redes elétricas aéreas ou subterrâneas, constituídas por
estruturas (postes, torres, dutos subterrâneos e seus acessórios), cabos
elétricos e transformadores para novos rebaixamentos (110 / 127 / 220 /
380 V), e finalmente entregue aos clientes industriais, comerciais, de
serviços e residenciais em níveis de tensão variáveis, de acordo com a
capacidade de consumo instalada de cada cliente.

Dados Estatísticos – Acidentes com Eletricidade

Em 2022, ocorreram 1585 acidentes fatais nesse setor, de acordo com a


Associação Brasileira para a Conscientização dos Perigos da Eletricidade
(Abracopel). Como exemplo desses contatos fatais, há os casos que
ocorreram em obras de construção civil, contatos com cabos energizados,
ligações clandestinas, instalações de antenas de TV, entre tantas outras
causas. Um relatório completo é divulgado anualmente pela Fundação
COGE.

Outro setor com muitas ocorrências de origem elétrica é o da construção


civil. Somente em 2022, em todo o país, ocorreram 73 mortes de pessoas
atuando nas profissões de pedreiro (38), pintor (18) e eletricista particular
(17).

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Sistema Elétrico de Potência

Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema


Elétrico de Potência (SEP), definido como o conjunto de todas as
instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica até a medição inclusive.

Com o objetivo de uniformizar o entendimento é importante informar que


o SEP trabalha com vários níveis de tensão, classificadas em alta e baixa
tensão e normalmente com corrente elétrica alternada (60 Hz).

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O que é Alta e Baixa Tensão
Conforme definição dada pela ABNT através das NBR (Normas Brasileiras
Regulamentadoras), considera-se baixa tensão, a tensão superior a 50
volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou
inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente
contínua, entre fases ou entre fase e terra. Da mesma forma considera-se
alta tensão, a tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500
volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

Atividades de manutenção nas unidades geradoras


(Hidrelétricas, Termelétricas, etc).
São atividades de intervenção realizadas nas unidades geradoras, para
restabelecer ou manter suas condições adequadas de funcionamento.

Essas atividades são realizadas nas salas de máquinas, salas de comando,


junto a painéis elétricos energizados ou não, junto a barramentos
elétricos, instalações de serviço auxiliar, tais como: transformadores de
potencial, de corrente, de aterramento, banco de baterias, retificadores,
geradores de emergência, etc. Os riscos na fase de geração
(turbinas/geradores) de energia elétrica são similares e comuns a todos os
sistemas de produção de energia e estão presentes em diversas
atividades, destacando:

• Instalação e manutenção de equipamentos e maquinários (turbinas,


geradores, transformadores, disjuntores, capacitores, chaves,
sistemas de medição, etc.);

• Manutenção das instalações industriais após a geração; – Operação


de painéis de controle elétrico;

• Acompanhamento e supervisão dos processos; – Transformação e


elevação da energia elétrica;

• Processos de medição da energia elétrica.

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As atividades características da geração se encerram nos sistemas de
medição da energia usualmente em tensões de 138 a 500 kV, interface
com a transmissão de energia elétrica.

Transmissão de Energia Elétrica


Basicamente está constituída por linhas de condutores destinados
a transportar a energia elétrica desde a fase de geração até a fase
de distribuição, abrangendo processos de elevação e rebaixamento
de tensão elétrica, realizados em subestações próximas aos
centros de consumo. Essa energia é transmitida em corrente
alternada (60 Hz) em elevadas tensões (138 a 500 kV). Os elevados
potenciais de transmissão se justificam para evitar as perdas por
aquecimento e redução no custo de condutores e métodos de
transmissão da energia, com o emprego de cabos com menor bitola
ao longo das imensas extensões a serem transpostas, que ligam os
geradores aos centros consumidores.

Atividades de Inspeção de Linhas de Transmissão

Neste processo são verificados: o estado da estrutura e seus


elementos, a altura dos cabos elétricos, condições da faixa de
servidão e a área ao longo da extensão da linha de domínio. As
inspeções são realizadas periodicamente por terra ou por
helicóptero.

Distribuição e Comercialização de Energia Elétrica


A distribuição é o segmento do setor elétrico que compreende os
potenciais após a transmissão, indo das subestações de
distribuição entregando energia elétrica aos clientes.

A distribuição de energia elétrica aos clientes é realizada nos


potenciais: – Médios clientes abastecidos por tensão de 11,9 kV /
13,8 kV / 23 kV;

• Clientes residenciais, comerciais e industriais até a potência


de 75 kVA (o abastecimento de energia é realizado no
potencial de 110, 127, 220 e 380 Volts);
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• Distribuição subterrânea no potencial de 24 kV. A distribuição
de energia elétrica possui diversas etapas de trabalho,
conforme descrição abaixo:

• Recebimento e medição de energia elétrica nas subestações;

• Rebaixamento ao potencial de distribuição da energia elétrica;

• Construção de redes de distribuição;

• Construção de estruturas e obras civis;

• Montagens de subestações de distribuição;

• Montagens de transformadores e acessórios em estruturas


nas redes de distribuição;

• Manutenção das redes de distribuição aérea; – Manutenção


das redes de distribuição subterrânea;

• Poda de árvores;

• Montagem de cabinas primárias de transformação; – Limpeza


e desmatamento das faixas de servidão; – Medição do
consumo de energia elétrica;

• Operação dos centros de controle e supervisão da


distribuição. Na história do setor elétrico o entendimento dos
trabalhos executados em linha viva estão associados às
atividades realizadas na rede de alta tenção energizada pelos
métodos: ao contato, ao potencial e à distância e deverão ser
executados por profissionais capacitados especificamente
em curso de linha viva.

Na comercialização grandes clientes abastecidos por tensão de 67


kV a 88 kV.

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Manutenção com a linha desenergizada (linha morta)
Todas as atividades envolvendo manutenção no setor elétrico
devem priorizar os trabalhos com circuitos desenergizados. Apesar
de desenergizadas devem obedecer a procedimentos e medidas de
segurança adequado.

Somente serão consideradas desenergizadas as instalações


elétricas liberadas para serviços mediante os procedimentos
apropriados: seccionamento, impedimento de reenergização,
constatação da ausência de tensão, instalação de aterramento
temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos,
proteção dos elementos energizados existentes, instalação da
sinalização de impedimento de energização.

Manutenção com a linha energizada (linha viva)


Esta atividade deve ser realizada mediante a adoção de procedimentos e
metodologias que garantam a segurança dos trabalhadores. Nesta
condição de trabalho as atividades devem ser realizadas mediante os
métodos abaixo descritos:

Método ao contato: o trabalhador tem contato com a rede energizada,


mas não fica no mesmo potencial da rede elétrica, pois está devidamente
isolado desta, utilizando equipamentos de proteção individual e
equipamentos de proteção coletiva adequados a tensão da rede.

Método ao potencial: é o método onde o trabalhador fica em contato


direto com a tensão da rede, no mesmo potencial. Nesse método é
necessário o emprego de medidas de segurança que garantam o mesmo
potencial elétrico no corpo inteiro do trabalhador, devendo ser utilizado
conjunto de vestimenta condutiva (roupas, capuzes, luvas e botas), ligadas
através de cabo condutor elétrico e cinto à rede objeto da atividade.

Método à distância: é o método onde o trabalhador interage com a


parte energizada a uma distância segura, através do emprego de

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procedimentos, estruturas, equipamentos, ferramentas e
dispositivos isolantes apropriados.

Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade – Choque Elétrico


Hoje em dia, com o domínio da ciência da eletricidade, o ser
humano usufrui de todos os seus benefícios. Construídas as
primeiras redes de energia elétrica, tivemos vários benefícios, mas
apareceram também vários problemas de ordem operacional, sendo
o mais grave o choque elétrico.

Atualmente os condutores energizados perfazem milhões de


quilômetros, portanto, aleatoriamente o defeito (ruptura ou fissura
da isolação) aparecerá em algum lugar, produzindo um potencial de
risco ao choque elétrico. Como a população atual da Terra é
enorme, sempre haverá alguém perto do defeito, e o acidente será
inevitável. Portanto, a compreensão do mecanismo do efeito da
corrente elétrica no corpo humano é fundamental para a efetiva
prevenção e combate aos riscos provenientes do choque elétrico.

Em termos de riscos fatais, o choque elétrico, de um modo geral,


pode ser analisado sob dois aspectos:

– Correntes de choques de baixa intensidade, provenientes de


acidentes com baixa tensão, sendo o efeito mais grave a considerar
as paradas cardíacas e respiratórias;

– Correntes de choques de alta intensidade, provenientes de


acidentes com alta-tensão, sendo o efeito térmico o mais grave, isto
é, queimaduras externas e internas no corpo humano. O choque
elétrico é um estímulo rápido no corpo humano, ocasionado pela
passagem da corrente elétrica. Essa corrente circulará pelo corpo
onde ele tornar-se parte do circuito elétrico, onde há uma diferença
de potencial suficiente para vencer a resistência elétrica oferecida
pelo corpo. Embora tenhamos dito, no parágrafo acima, que o
circuito elétrico deva apresentar uma diferença de potencial capaz
de vencer a resistência elétrica oferecida pelo corpo humano, o que
determina a gravidade do choque elétrico é a intensidade da
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corrente circulante pelo corpo. O caminho percorrido pela corrente
elétrica no corpo humano é outro fator que determina a gravidade
do choque, sendo os choques elétricos de maior gravidade aqueles
em que a corrente elétrica passa pelo coração.

Explicando ainda mais a fundo o choque elétrico é a perturbação de


natureza e efeitos diversos que se manifesta no organismo humano
quando este é percorrido por uma corrente elétrica.

Os efeitos do choque elétrico variam e dependem de: – percurso da


corrente elétrica pelo corpo humano;

– intensidade da corrente elétrica;

– tempo de duração;

– área de contato;

– freqüência da corrente elétrica;

– tensão elétrica;

– condições da pele do indivíduo;

– constituição física do indivíduo;

– estado de saúde do indivíduo.

Tipos de Choque Elétrico


O corpo humano, mais precisamente sua resistência orgânica à
passagem da corrente, é uma impedância elétrica composta por
uma resistência elétrica, associada a um componente com
comportamento levemente capacitivo. Assim, o choque elétrico
pode ser dividido em duas categorias:

Choque Estático: é obtido pela descarga de um capacitor ou devido


à descarga eletrostática.
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Descarga estática: é o efeito capacitivo presente nos mais diferentes
materiais e equipamentos com os quais o homem convive. Um exemplo
típico é o que acontece em veículos que se movem em climas secos. Com
o movimento, o atrito com o ar gera cargas elétricas que se acumulam ao
longo da estrutura externa do veículo. Portanto, entre o veículo e o solo
passa a existir uma diferença de potencial. Dependendo do acúmulo das
cargas, poderá haver o perigo de faiscamentos ou de choque elétrico no
instante em que uma pessoa desce ou toca no veículo.

Choque Dinâmico: é o que ocorre quando se faz contato com um


elemento energizado. Este choque se dá devido ao: – toque acidental na
parte viva do condutor; – toque em partes condutoras próximas aos
equipamentos e instalações, que ficaram energizadas acidentalmente por
defeito, fissura ou rachadura na isolação.

Este tipo de choque é o mais perigoso, porque a rede de energia elétrica


mantém a pessoa energizada, ou seja, a corrente de choque persiste
continuadamente. O corpo humano é um organismo resistente, que
suporta bem o choque elétrico nos primeiros instantes, mas com a
manutenção da corrente passando pelo corpo, os órgãos internos vão
sofrendo conseqüências.

Isto se dá pelo fato de o choque elétrico produzir diversos efeitos no


corpo humano, tais como:

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– elevação da temperatura dos órgãos devido ao aquecimento produzido
pelacorrente de choque; – tetanização (rigidez) dos músculos;

– superposição da corrente do choque com as correntes


neurotransmissoras que comandam o organismo humano, criando uma
pane geral;

– comprometimento do coração, quanto ao ritmo de batimento cardíaco e


à possibilidade de fibrilação ventricular;

– efeito de eletrólise, mudando a qualidade do sangue; –


comprometimento da respiração;

– prolapso, isto é, deslocamento dos músculos e órgãos internos da sua


devida posição;

– comprometimento de outros órgãos, como rins, cérebro, vasos, órgãos


genitais e reprodutores.

Muitos órgãos aparentemente sadios só vão apresentar sintomas devido


aos efeitos da corrente de choque muitos dias ou meses depois,
apresentando sequelas, que muitas vezes não são relacionadas ao choque
em virtude do espaço de tempo decorrido desde o acidente. Os choques
dinâmicos podem ser causados pela tensão de toque ou pela tensão de
passo.

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Tensão de Toque
Tensão de toque: é a tensão elétrica existente entre os membros
superiores e inferiores do indivíduo, devido a um choque dinâmico.

Exemplo de um defeito de ruptura na cadeia de isoladores de uma torre


de transmissão (tensão de toque): O cabo condutor ao tocar na parte
metálica da torre produz um curto-circuito do tipo monofásico à terra. A
corrente de curto-circuito passará pela torre, entrará na terra e percorrerá
o solo até atingir a malha da subestação, retornando pelo cabo da linha de
transmissão até o local do curto. No solo, a corrente de curto circuito
gerará potenciais distintos desde o “pé” da torre até uma distância
remota. Uma pessoa tocando na torre no momento do curto-circuito
ficará submetida a um choque proveniente da tensão de toque. Entre a
palma da mão e o pé haverá uma diferença de potencial chamada de
tensão de toque.

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Tensão de Passo – tensão elétrica entre os dois pés no instante da
operação ou defeito tipo curto circuito monofásico à terra no
equipamento.

No caso da torre de transmissão, a pessoa receberá entre os dois pés a


tensão de passo. Nos projetos de aterramento considera-se a distância
entre os dois pés de 1 metro. Observe que as tensões geradas no solo pelo
curto-circuito criam superfícies equipotenciais. Se a pessoa estiver com os
dois pés na mesma superfície de potencial, a tensão de passo será nula,
não havendo choque elétrico.

A tensão de passo poderá assumir uma gama de valores que vai de zero
até a máxima diferença entre duas superfícies equipotenciais separadas
de 1 metro. Um agravante é que a corrente de choque devido à tensão de
passo contrai os músculos da perna e coxa, fazendo a pessoa cair e, ao
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tocar no solo com as mãos, a tensão se transforma em tensão de toque no
solo. Nesse caso, o perigo é maior, porque o coração está contido no
percurso da corrente de choque. No gado, a tensão de passo se
transforma em tensão entre patas. Essa tensão é maior que a tensão de
passo do homem, com o agravamento de que no gado a corrente de
choque passa pelo coração.

Efeitos do Choque Elétrico – Contrações Musculares


O choque elétrico pode ocasionar contrações violentas dos músculos, a
fibrilação ventricular do coração, lesões térmicas e não térmicas, podendo
levar a óbito como efeito indireto as quedas e batidas, etc.

A morte por asfixia ocorrerá, se a intensidade da corrente elétrica for de


valor elevado, normalmente acima de 30 mA e circular por um período de
tempo relativamente pequeno, normalmente por alguns minutos. Daí a
necessidade de uma ação rápida, no sentido de interromper a passagem
da corrente elétrica pelo corpo. A morte por asfixia advém do fato do
diafragma da respiração se contrair tetanicamente, cessando assim, a
respiração. Se não for aplicada a respiração artificial dentro de um
intervalo de tempo inferior a três minutos, ocorrerá sérias lesões cerebrais
e possível morte.

A fibrilação ventricular do coração ocorrerá se houver intensidades de


corrente da ordem de 15mA que circulem por períodos de tempo
superiores a um quarto de segundo.

A fibrilação ventricular é a contração desritmado do coração que, não


possibilitando desta forma a circulação do sangue pelo corpo, resulta na
falta de oxigênio nos tecidos do corpo e no cérebro. O coração raramente
se recupera por si só da fibrilação ventricular. No entanto, se aplicarmos
um desfibrilador, a fibrilação pode ser interrompida e o ritmo normal do
coração pode ser restabelecido. Não possuindo tal aparelho, a aplicação
da massagem cardíaca permitirá que o sangue circule pelo corpo, dando
tempo para que se providencie o desfibrilador, na ausência do
desfibrilador deve ser aplicada a técnica de massagem cardíaca até que a
vítima receba socorro especializado.
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Além da ocorrência destes efeitos, podemos ter queimaduras tanto
superficiais, na pele, como profundas, inclusive nos órgãos internos.

Por último, o choque elétrico poderá causar simples contrações


musculares que, muito embora não acarretem de uma forma direta
lesões, fatais ou não, como vimos nos parágrafos anteriores, poderão
originá-las, contudo, de uma maneira indireta: a contração do músculo
poderá levar a pessoa a, involuntariamente, chocar-se com alguma
superfície, sofrendo, assim, contusões, ou mesmo, uma queda, quando a
vitima estiver em local elevado. Uma grande parcela dos acidentes por
choque elétrico conduz a lesões provenientes de batidas e quedas.

Choque Elétrico- Características e Fatores Determinantes


de Gravidade
Analisaremos, a seguir, os seguintes fatores que determinam a gravidade do
choque elétrico:

• percurso da corrente elétrica;


• características da corrente elétrica;
• resistência elétrica do corpo humano.

Percurso da corrente elétrica: tem grande influência na gravidade do choque


elétrico o percurso seguido pela corrente no corpo. A figura abaixo demonstra
os caminhos que podem ser percorridos pela corrente no corpo humano.

Características da corrente elétrica: outros fatores que determinam a


gravidade do choque elétrico são as características da corrente elétrica. Nos
parágrafos anteriores vimos que a intensidade da corrente era um fator
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determinante na gravidade da lesão por choque elétrico; no entanto, observa-se
que, para a Corrente Contínua (CC), as intensidades da corrente deverão ser
mais elevadas para ocasionar as sensações do choque elétrico, a fibrilação
ventricular e a morte. No caso da fibrilação ventricular, esta só ocorrerá se a
corrente continua for aplicada durante um instante curto e especifico do ciclo
cardíaco. As correntes alternadas de frequência entre 20 e 100 Hertz são as
que oferecem maior risco. Especificamente as de 60 Hertz, usadas nos
sistemas de fornecimento de energia elétrica, são especialmente perigosas,
uma vez que elas se situam próximas à frequência na qual a possibilidade de
ocorrência da fibrilação ventricular é maior.

Resistência Elétrica do Corpo Humano

Há diferenças nos valores da intensidade da corrente para uma determinada


sensação do choque elétrico, se a vítima for do sexo feminino ou masculino.

A tabela abaixo ilustra o que acabamos de Diferenças de sensações para


pessoas do sexo feminino e masculino:

A intensidade da corrente que circulará pelo corpo da vítima dependerá,


em muito, da resistência elétrica que esta oferecer à passagem da
corrente, e também de qualquer outra resistência adicional entre a vítima
e a terra. A resistência que o corpo humano oferece à passagem da
corrente é quase que exclusivamente devida à camada externa da pele, a
qual é constituída de células mortas. Esta resistência está situada entre
100.000 e 600.000 ohms, quando a pele encontra-se seca e não apresenta
cortes, e a variação apresentada é função da sua espessura. Quando a
pele encontra-se úmida, condição mais facilmente encontrada na prática,
a resistência elétrica do corpo diminui. Cortes também oferecem uma
baixa resistência. Pelo mesmo motivo, ambientes que contenham muita
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umidade fazem com que a pele não ofereça uma elevada resistência
elétrica à passagem da corrente. A pele seca, relativamente difícil de ser
encontrado durante a execução do trabalho, oferece maior resistência a
passagem da corrente elétrica. A resistência oferecida pela parte interna
do corpo, constituída, pelo sangue músculos e demais tecidos,
comparativamente à da pele é bem baixa, medindo normalmente 300
ohms em média e apresentando um valor máximo de 500 ohms. As
diferenças da resistência elétrica apresentadas pela pele à passagem da
corrente, ao estar seca ou molhada, podem ser grande, considerando que
o contato foi feito em um ponto do circuito elétrico que apresente uma
diferença de potencial de 120 volts, teremos:

Efeitos do Choque Elétrico – Queimaduras


A corrente elétrica atinge o organismo através do revestimento cutâneo.
Por esse motivo, as vitimas de acidente com eletricidade apresentam, na
maioria dos casos queimaduras. Devido à alta resistência da pele, a
passagem de corrente elétrica produz alterações estruturais conhecidas
como marcas de corrente. As características, portanto, das queimaduras
provocadas pela eletricidade, diferem daquelas causadas por efeitos
químicos, térmicos e biológicos.

Em relação às queimaduras por efeito térmico, aquelas causadas pela


eletricidade são geralmente menos dolorosas, pois a passagem da
corrente poderá destruir as terminações nervosas. Não significa, porém
que sejam menos perigosas, pois elas tendem a progredir em
profundidade, mesmo depois de desfeito o contato elétrico ou a descarga.

A passagem de corrente elétrica através de um condutor cria o chamado


efeito joule, ou seja, uma certa quantidade de energia elétrica é
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transformada em calor. Essa energia (Watts) varia de acordo com a
resistência que o corpo oferece à passagem da corrente elétrica, com a
intensidade da corrente elétrica e com o tempo de exposição, podendo
ser calculada pela expressão:

Queimaduras

É importante destacar que não há necessidade de contato direto da


pessoa com partes energizadas. A passagem da corrente poderá ser
devida a uma descarga elétrica em caso de proximidade do individuo com
partes eletricamente carregadas. A eletricidade pode produzir
queimaduras por diversas formas, o que resulta na seguinte classificação;

– queimaduras por contato;

– queimaduras por arco voltaico;

– queimaduras por radiação (em arcos produzidos por curtoscircuitos);

– queimaduras por vapor metálico.

Queimaduras por contato: quando se toca uma superfície condutora


energizada, as queimaduras podem ser locais e profundas atingindo até a
parte óssea, ou por outro lado muito pequenas, deixando apenas uma
pequena mancha branca na pele. Em caso de sobrevir à morte, esse
último caso é bastante importante, e deve ser verificado no exame
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necrológico, para possibilitar a reconstrução, mais exata possível, do
caminho percorrido pela corrente.

Queimaduras por arco voltaico: o arco elétrico caracteriza-se pelo fluxo


de corrente elétrica através do ar, e geralmente é produzido quando da
conexão e desconexão de dispositivos elétricos e também em caso de
curto-circuito, provocando queimaduras de segundo ou terceiro grau. O
arco elétrico possui energia suficiente para queimar as roupas e provocar
incêndios, emitindo vapores de material ionizado e raios ultravioletas.

Queimaduras por vapor metálico: na fusão de um elo fusível ou condutor,


há a emissão de vapores e derramamento de metais derretidos (em
alguns casos prata ou estanho) podendo atingir as pessoas localizadas nas
proximidades.

Relação dos Sintomas e Efeitos da Queimadura Devido


ao Choque Elétrico

Como já vimos anteriormente, quando uma corrente elétrica passa


através de uma resistência elétrica é liberada uma energia térmica. Este
fenômeno é denominado Efeito Joule. O calor liberado aumenta a
temperatura da parte atingida do corpo humano, podendo produzir vários
efeito se sintomas, que podem ser:

– queimaduras de 1º, 2º ou 3º graus nos músculos do corpo;

– superaquecimento do sangue, com a sua consequente dilatação;

– aquecimento, podendo provocar o derretimento dos ossos e cartilagens;

– queima das terminações nervosas e sensoriais da região atingida;

– queima das camadas adiposas ao longo da derme, tornando-se


gelatinosas.

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Estas condições citadas não acontecem isoladamente, mas sim associadas,
advindo, em consequência, outras causas e efeitos nos demais órgãos.

O choque de alta-tensão queima, danifica, fazendo buracos na pele nos


pontos de entrada e saída da corrente pelo corpo humano. As vítimas do
choque de alta-tensão morrem devido, principalmente, a queimaduras. E
as que sobrevivem ficam com sequelas, geralmente com: – perda de
massa muscular; – perda parcial de ossos; – diminuição e atrofia muscular;
– perda da coordenação motora; – cicatrizes; etc.

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Primeiros Socorros
Segurança e Proteção Individual, como agir:

1. Garanta a sua segurança

Antes de iniciar a avaliação, é necessário ter certeza de que não há


risco à sua segurança pessoal. Você poderá ser outra vítima!

2. Garanta a sua proteção


Em situações de urgência, o socorrista pode estar exposto a riscos
de contaminação com vírus HIV e da hepatite — transmitidos pelo
sangue, doenças respiratórias (tuberculose, gripes e resfriados) e
meningite, transmitidas pelas vias aéreas.

Para proteção, o socorrista deve utilizar, no mínimo, um par de


luvas, evitando assim o contato direto com o sangue da vítima.
Quando não for possível, podemos utilizar uma sacola ou saco
plástico.

3. Avalie as condições gerais da vítima


A avaliação do paciente é um procedimento rápido que auxilia a
identificação dos riscos à vida e ajuda o socorrista a tomar decisões
sobre os cuidados urgentes mais adequados.

A seguir apresentamos formas sistematizadas de atendimento conforme


necessário para as diferentes situações.

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Emergências Traumáticas

O trauma é a lesão corporal resultante da exposição à energia a


(mecânica, térmica, elétrica, química ou radiação) que interagiu com o
corpo em quantidade acima da suportada fisiologicamente. O trauma
pode ser intencional ou não intencional e varia de leve a grave.

É causado por agente agressor externo que atinge grande parte da


população e vem aumentando significativamente. Exemplos de trauma
são: colisões automobilísticas, atropelamentos, ferimentos por arma de
fogo, facadas, queimaduras, choque elétrico, quedas de altura, entre
outros.

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Avaliação e Cuidado com a Vítima

A avaliação de uma vítima de trauma consiste em examinar o


paciente em diferentes etapas, realizando manobras e cuidados
fundamentais para manutenção da vida.
Esta avaliação deve ser feita de forma sistematizada, priorizando os
cuidados mais urgentes seguindo os seguintes critérios:

(A) via aérea com controle da coluna cervical;


(B) ventilação/respiração;
(C) circulação;
(D) estado neurológico. (A, B, C, D)

Cuidados com vítima de trauma


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A = Via Aérea com controle da coluna cervical

Antes de o socorrista iniciar a avaliação da permeabilidade da via


aérea da vítima de trauma, ele precisa impedir os movimentos do
pescoço, segurando firmemente a cabeça da vítima com as mãos
(estas já devem estar com as luvas ou outra proteção possível).

Em casos de trauma, em que há possibilidade de lesão da medula


espinhal, qualquer movimento pode favorecer a lesão medular,
deixando sequelas importantes (tetraplegias).

A via aérea (espaço para a respiração = boca) precisa estar livre de


coágulos de sangue, vômitos, restos alimentares, e outros corpos
estranhos como fragmentos dentários, próteses, etc.

Se estes estiverem presentes, precisam ser retirados. Sendo assim:

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Figura 1*

*Estabilização manual da cabeça e pescoço, impedindo os movimentos da


vítima de trauma com possibilidade de lesão cervical (pescoço).

Vítima que está falando = via aérea liberada, permeável (continuar


segurando a cabeça da vítima, impedindo a movimentação).
A vítima não deve ingerir líquidos ou qualquer alimento.

Vítima que não está respondendo (desacordada), revisar a via aérea,


verificar se há algum objeto visível que precisa ser removido, sempre
mantendo a imobilização cervical (imobilização de cabeça e pescoço).

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Figura 2*

B = Respiração
*Após checar a via aérea (A), verifique se a vítima respira (B), ou seja, se o
tórax se eleva (quando o pulmão se enche de ar) e retorna a sua posição
(quando o ar sai dos pulmões).
Você pode observar movimentos de tórax ou abdome.

Verifique a qualidade e a frequência da respiração, se está muito rápida,


lenta ou se não respira.

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Figura 3* Compressão direta no local que está sangrando.

C = Circulação
Procure por sinais de hemorragia externa. Em caso de sangramento
externo, faça uma pressão forte sobre o local que está sangrando
(compressão local) e mantenha assim até a chegada do serviço de
emergência ou se orientado, transportá–lo até a emergência.

Não remova a pressão, nem fique “espiando” o local. A vítima não pode
perder mais sangue!!! Observe também a coloração da pele (pele
rosada, aquecida = sem grande perda sanguínea), (pele pálida, com = suor
frio = pode significar grande perda sanguínea).

ATENÇÃO: Você deve estancar qualquer sangramento Se o sangramento


não for contido apenas com a compressão a direta no local do ferimento,
como mostra a figura acima, você poderá elevar o membro afetado se
possível e aplicar pressão no vaso anterior à lesão.

Se o sangramento não for contido apenas com a compressão a direta no


local do ferimento, como mostra a figura anterior, você poderá elevar o
membro afetado se possível e aplicar pressão no vaso anterior à lesão
conforme figura abaixo:

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D=Avaliação Neurológica

A avaliação do estado neurológico é limitada. Entretanto, é possível


observar se o paciente está acordado (alerta); se ele consegue falar ou
abre os olhos mediante solicitação verbal do socorrista; se ele faz algum
gesto de agitação ou retirada da mão ou braço frente aos estímulos
dolorosos que aplicamos nele; ou, ainda, se ele não apresenta resposta
nenhuma, nem verbal, nem ao estímulo doloroso (está inconsciente,
desacordado).

Classificação do Trauma

Trauma Fechado
É o trauma em que não ocorre a ruptura da pele.
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Trauma Aberto
É caracterizado pela ruptura da pele devido a impacto no local (trauma).
Em ferimentos que apresentam sangramento, faça a PRESSÃO DIRETA.

Fraturas
É a perda da continuidade óssea, geralmente com separação de um (e
osso em dois ou mais fragmentos após um traumatismo.

As fraturas podem ser:

a) Fratura Exposta ou Aberta — quando há ruptura de pele (o osso


fraturado entra em contato com o meio externo).

b) Fratura Fechada — é quando o osso fraturado não entra em contato


com o meio externo, ou seja, a pele está integra.

Sinais e Sintomas de fraturas:


• Dor de intensidade variável;
• Deformidade no local;
• Hematoma Limitação da movimentação ou ausência de
movimentos;
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Contusão
É uma lesão produzida por impacto. A maioria das contusões é resultado
de uma pancada ou uma forte pressão em qualquer lugar do corpo, direto
nos tecidos moles, provocando dor, edema, equimose e possível
hematoma.

Entorse
É uma lesão dos ligamentos de uma articulação sem deslocamento das
superfícies articulares. A entorse é conhecida também como “torção”.
As entorses mais comuns são aqueles relacionados a tornozelos e joelhos.

Luxação
A luxação é o desencaixe de um osso da articulação. Junto com a luxação
poderá haver uma ruptura dos ligamentos.

Os sinais e sintomas mais comuns referentes às contusões, entorses e


luxações são:

• dor de intensidade variável


• deformidade no local
• edema (inchaço)
• hematoma (área arroxeada)
• limitação de movimentação

O que fazer:
A – Repouso
B – Gelo local
C – Elevação do membro

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D – Imobilização

TRM – Trauma Raqui-Medular (lesão da coluna vertebral


e medula espinhal).

A coluna tem a função de sustentar o corpo e proteger no seu interior a


medula espinhal, que liga o cérebro aos órgãos através de nervos. A
coluna cervical é o local mais comum de TRM.

As causas mais comuns de TRM são:


• Quedas
• Mergulho em água rasa
• Acidentes de motocicleta e automóvel
• Esportes
• Acidentes por arma de fogo.

O que fazer:

Em casos de trauma com risco de TRM, chamar ajuda (192) e aguardar a


chegada da ambulância imobilizando a cabeça / pescoço em posição
neutra (pescoço reto, cabeça sem virar para o lado).

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Figura 6 – fratura em vértebra da coluna cervical.

Imobilizações

O objetivo básico da imobilização provisória consiste em prevenir a


movimentação dos fragmentos ósseos fraturados.
Lembre-se- se: Em casos de dor e impossibilidade de movimentação, você
deve improvisar uma tala. A imobilização diminui a dor e pode ajudar a
prevenir outras fraturas, lesão de músculos, nervos, vasos sanguíneos, ou
ainda, da pele.

Princípios Básicos das Imobilizações:

1. Mantenha o local fraturado em repouso.

2. Corte a roupa para visualizar a lesão.

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3. Proteja lesões abertas com panos limpos e faça uma tala. Improvise!!
Utilize revistas, jornais, papelão, madeiras…

4. Em fraturas de braços, retire objetos que possam interferir na


circulação (relógio, anéis, calçados, braceletes e outros, se houver).

5. Coloque a extremidade afetada em posição anatômica e alinhada (o pé


não pode ficar caído, por exemplo). Se houver resistência imobilize na
posição encontrada.

6. Aplique a tala (sempre em duas pessoas — uma segura a perna ou


braço fraturado enquanto o outro coloca a tala). Movimente o mínimo
possível, até que a tala esteja colocada.

Figura 7 – Imobilização

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7. A tala deve ultrapassar a articulação acima e abaixo da (e lesão, ou seja,
tala em braço deve ultrapassar punho e cotovelo e em perna, ultrapassar
joelho e imobilizar também o pé.

8.

Queimaduras

A queimadura é uma lesão produzida na pele (tecido de revestimento do


organismo) por agentes térmicos, produtos químicos, radiação ionizante,
etc.

Classificação

Agente causador ou fonte da queimadura.

1 — Térmicas — (Calor) — fogo, vapor e objetos quentes.

2 — Químicas — diferentes substâncias cáusticas, como ácidos e álcalis.

3 — Eletricidade — incluindo raios.

4 — Luz — fontes de luz muito intensa, raios ultravioletas (inclusive a luz


solar).

5 — Radiação — usualmente de fontes nucleares.

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Atenção a qualquer queimadura (mesmo que seja de primeiro grau) que
atinja 15% do corpo ou mais.

Quanto à profundidade, as queimaduras podem ser:

1. Primeiro grau: atinge somente a epiderme (camada mais externa da


pele). Caracteriza-se por dor local e vermelhidão da área atingida.

2. Segundo grau: atinge a epiderme e a derme. Caracteriza-se por dor


local, vermelhidão e formação de bolhas d’água.

3. Terceiro grau: atinge o tecido de revestimento, alcançando o tecido


muscular, nervoso e ósseo. Caracteriza-se pela pele escurecida ou
esbranquiçada. Devido à lesão nervosa, o estímulo de dor é pouco
percebido, porém ao redor de queimaduras de 3º grau, haverá
queimaduras de 2º e 1º graus, que frequentemente serão motivo
de fortes dores.
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Figura 9: Classificação das queimaduras conforme profundidade.

O que fazer:

a. Se a vítima estiver com suas vestes em chamas, abafar com


cobertor ou rolar a mesma no chão.

b. Fazer avaliação da vítima.

c. Retirar as vestes com uma tesoura (apenas as partes que não


estiverem aderidas à pele).

d. Lavar em água corrente (temperatura ambiente) por


aproximadamente 10 a 15 minutos as pequenas queimaduras.

e. NÃO estourar as bolhas.

f. NÃO utilizar substâncias alternativas e/ou caseiras R


(manteiga, pasta de dente, café, babosa…)
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g. Proteger a área queimada até o atendimento médico. h —
Não oferecer bebidas alcoólicas.

h. Verificar as vias aéreas da vítima, e se houver sinais de


queimadura da face (sobrancelhas, cílios, pêlos das narinas
queimados) a procurar atendimento médico imediatamente.

Se a queimadura for superficial, resfrie o local com água, sem colocar


qualquer produto sobre o local.

Atenção: 95% das queimaduras são acidentes domésticos!!! A prevenção


é o melhor remédio!!!

Trauma Ocular
Causas: corpos estranhos, queimaduras, luminosidade excessiva, agentes
químicos, lacerações e contusões. Em traumatismos pode haver
exteriorização do globo ocular.

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1. Lavar o olho com soro fisiológico ou água durante vários minutos
em caso de lesão por agentes químicos ou na presença de corpos
estranhos.

2. Não utilizar medicamentos tópicos (colírios ou anestésicos) sem


prescrição médica.

3. Faça um curativo nos dois olhos, mesmo que a lesão seja a em


apenas um olho.

4. Em caso de exteriorização do globo ocular, não tente recolocá-lo.


Efetue a oclusão em ambos os olhos.

5. Não remova lentes de contato.

6. 6. Encaminhe a vítima ao atendimento médico.

O acompanhamento posterior é muito importante, pois alguns efeitos o


podem ser tardios e consequências do trauma.

Trauma Nasal

Causas: agressões físicas, corpos estranhos, queimaduras, lacerações e


contusões.

Sinais e Sintomas:
1. Sangramento

2. Dor local

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3. Tontura

O que fazer:

1. Coloque a vítima sentada com a cabeça levemente inclinada para


trás.

2. Comprima a narina no ponto de inserção das asas do nariz.

3. Aplique gelo no local.

4. Oriente a vítima a não assoar o nariz ou espirrar.

5. Encaminhe a vítima ao atendimento médico.

Insolação e Intermação

Insolação e intermação são distúrbios ligados ao aumento da temperatura


corporal devido a exposição ao calor excessivo.
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A insolação é decorrente de uma ação prolongada dos raios solares sobre
o indivíduo, enquanto a intermação corresponde à ação indireta do calor
sobre o organismo humano como acontece, por exemplo, com
trabalhadores de indústria metalúrgica, que trabalham próximos a
fornalhas.
Além do calor intenso do ambiente, outros fatores podem contribuir para
agravar a situação, como o grau de umidade do ar, o vestuário e
ventilação do ambiente.

Sinais e Sintomas

• Aumento da temperatura corporal

• Pele avermelhada, seca e quente.

• Dor de cabeça intensa

• Sede intensa

• Tonturas

• Desmaios

• Sudorese

• Insuficiência respiratória

• Náuseas e vômitos

• Convulsões

• Inconsciência e até coma profundo

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Hipotermia

A hipotermia ocorre quando a temperatura corporal está abaixo de 36ºC.


Mesmo em temperaturas não tão baixas, a exposição prolongada a
ambientes frios, roupas inadequadas e má alimentação podem determinar
o estado de hipotermia.

Sinais e Sintomas

• Sonolência

• Fraqueza

• Pele fria

• Confusão mental

• Perda da consciência

• Rigidez muscular

• Dificuldade respiratória

O que fazer:

Aquecer a vítima, mas sem utilizar objetos quentes, para não gerar
queimaduras.

Mantas, cobertores, papel alumínio e sacos plásticos são eficazes. Se a


vítima estiver consciente, deve-se dar alguma bebida quente, porém não
alcoólica.
Pode-se, também, aquecer a vítima com água quente (banho quente).
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Hipertermia

A hipertermia ocorre quando há um aumento da temperatura, geralmente


iniciado a partir dos 37,8ºC.
ATENÇÃO!!! Algumas crianças podem apresentar crises convulsivas com
temperaturas não tão elevadas. O aumento da temperatura deve ser
evitado com medicação e banho morno.

Sinais e Sintomas:

• Pele avermelhada

• Sede

• Calafrios

• Delírios

• Confusão mental

• Desmaios

• Convulsões

O que fazer:

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• Banhos com água morna (água fria gera um desconforto muito
grande, e a água muito quente não reduz a temperatura corporal,
que é o nosso objetivo);

• Fazer uso de antitérmicos prescritos pelo médico assistente.

Intoxicações e Envenenamentos

Intoxicações e envenenamentos são situações que podem ser causadas


através de ingestão, injeção, inalação ou contato com a pele, e sua
gravidade dependerá da sensibilidade da vítima, toxicidade do veneno,
tempo de exposição e quantidade. A intoxicação pode resultar em
doença grave ou morte em poucas horas se a vítima não for socorrida em
tempo hábil.
Muitas intoxicações ou envenenamentos ocorrem em ambiente
doméstico, com produtos de uso domiciliar, principalmente com crianças.
Cuidado com uso de materiais de limpeza acondicionados em utensílios
reutilizados como as garrafas pet (de refrigerante).

Formas de Envenenamento

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• Contato direto da pele com plantas ou substâncias químicas tóxicas

• Ingestão de qualquer tipo de substância tóxica, química ou natural

• Aspiração de vapores ou gases tóxicos

• Injeção de substâncias tóxicas.

Sinais e Sintomas:

• Náuseas

• Vômitos

• Dores abdominais

• Diarréia

• Salivação

• Sudorese

• Extremidades frias

• Alterações de pupilas

• Convulsões

• Sinais evidentes na boca, pele ou nariz de que a vítima tenha


introduzido substâncias tóxicas para o organismo.

• Hálito com odor estranho

• Dor, sensação de queimação na via respiratória ou digestiva.


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• Sonolência, confusão mental e outras alterações da
consciência.

• Estado de coma alternado com períodos de alucinações e


delírios.

• Lesões cutâneas, queimaduras intensas com limites bem


definidos

• Dificuldade respiratória

• Parada cardiorrespiratória

Informações a serem colhidas:

Diante de casos de envenenamento ou intoxicações por produtos


químicos (desinfetantes, perfumes, etc), medicações ou outras
substâncias, o socorrista deve ir à procura de respostas para algumas
perguntas fundamentais:

1. Qual o produto ingerido?

2. Quanto tempo faz”?

3. Qual a quantidade aproximada?

4. Houve vômito provocado ou espontâneo?

5. A vítima é criança ou adulto?

6. Existe a embalagem do produto?

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O que fazer:

• Considerar todo envenenamento como caso grave, até prova em


contrário.

• Acalmar a vítima e mantê-la em repouso (cabeceira elevada);

• Tentar responder as perguntas de 1 a 6;

• Não estimular o vômito e imediatamente entre em contato com o


centro de toxicologia local (Centro de Informações Toxicológicas =
CIT 0800-780200);

• Se a vítima estiver inconsciente, mantenha-a em posição lateral a de


segurança (deitada de lado);

• Não oferecer líquidos, exceto se orientado pelo CIT;

• Encaminhar para atendimento médico;

Hemorragias
Uma hemorragia é caracterizada quando existe perda de sangue devido ao
rompimento de vasos.
Além dos traumas, algumas enfermidades também podem causar as
hemorragias, como, por exemplo, úlceras do estômago.
Basicamente, a visualização do sangue é uma das características que serve
para classificar as hemorragias.
Um adulto “normal” tem em tomo de cinco litros de sangue, e este
volume deve ser mantido para que haja a função circulatória normal.

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Tipos de Hemorragia
A hemorragia pode ser externa ou interna.
Qualquer hemorragia externa (aquela que você consegue visualizar) deve
ser imediatamente contida com pressão direta sobre o local que está
sangrando.

Pressão local
Importante: Mantenha compressão no local que está sangrando até a
chegada ao hospital. Não fique “espiando”.

Já a hemorragia interna é aquela em que o sangramento ocorre, porém


não está aparente. Neste caso a vítima apresenta-se pálida, com suor frio
e pegajoso, com respiração acelerada e batimentos cardíacos mais
rápidos.

Nestes casos, em que a vítima está sangrando e você não pode conter o
sangramento, solicite o serviço de emergência (192), pois a vítima deverá
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ser deslocada o mais rápido possível a um hospital. Não ofereça líquidos
nem alimentos, pois é bastante provável que a mesma necessite de
cirurgia.

Todo sangramento que ocorrer em grande quantidade pode levar o


paciente ao choque hipovolêmico, portanto, a atuação do socorrista no
primeiro atendimento pode salvar a vida da vítima.

Emergências Clínicas

Uma emergência clínica é uma alteração de sinais vitais devido ao


desequilíbrio interno do organismo. As manifestações podem variar de um
simples mal-estar e desmaio até uma parada cardiorrespiratória.

Emergências Clínicas – Desmaio / Síncope

Refere-se à perda transitória da consciência e da força muscular.


Raramente se constituem em ameaça direta à vida, porém é importante
lembrar que a queda pode resultar em lesões.

Sinais e Sintomas

• Tontura

• Sensação de mal-estar

• Pele fria, pálida e úmida.

• Suor frio

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• Perda de consciência (transitória)

O que fazer

No pré-desmaio:

• Deve-se sentar a vítima em uma cadeira, mantendo suas


pernas abertas.

• Forçar sua cabeça para baixo, pressionando com as mãos a


cabeça e o pescoço, estimulando-a para que force a cabeça para
cima, respirando fundo.

Manobra pré-desmaio

No desmaio:

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• Deitar a vítima, elevar os membros inferiores proporcionando
assim, maior irrigação cerebral.

• Afrouxar as roupas da vítima;

• Manter o local “arejado”.

Manobra para desmaio

Emergências Cardiológicas

O “ataque cardíaco” ocorre quando há falta de irrigação sanguínea


ao músculo cardíaco, provocada por uma obstrução da artéria
coronária, principal artéria que irriga este músculo. São duas as
emergências cardiológicas mais frequentes:

Angina

Angina é a dor causada pelo estreitamento das artérias que


conduzem sangue ao coração. A limitação da irrigação sanguínea
provoca uma deficiência no suprimento de nutrientes e de oxigênio
nesse órgão. A dor é sinal de que o coração está recebendo menos
sangue do que precisa. Em geral, a dor toma-se mais intensa
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durante a atividade física e reduz com o repouso. Alguns tipos de
angina, entretanto, podem causar dor mesmo quando a pessoa está
em repouso ou dormindo. A dor da angina pode ser agravada pelo
estresse emocional, estômago cheio e exposição a baixas
temperaturas. Certos cuidados, contudo, são de importância
fundamental para a prevenção e controle da angina.

Características da dor na Angina

• Dura de 3 a 10 minutos;

• Alivia com repouso;

• Passa com o uso de medicamento vasodilatador (Isordil).

Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a necrose (morte) de uma parte do


músculo cardíaco causada pela ausência da irrigação sanguínea que leva
nutrientes e oxigênio ao coração.

Características da dor no IAM

• Dor que dura mais de 10 minutos

• Dor que não passa com repouso

• Dor que não passa com o uso de vasodilatador (Isordil)

Sinais e Sintomas no IAM

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• Dor no peito, que pode variar de fraca a muito forte, ou sensação
de compressão no peito que geralmente dura cerca de trinta
minutos;

• Ardor no peito, muitas vezes confundido com azia, que pode


ocorrer associado ou não à ingestão de alimentos;

• Dor no peito que pode irradiar para a mandíbula e/ou para ombros
ou braços (mais frequentemente para o lado esquerdo do corpo);

• Ocorrência de suor, náuseas, vômito, tontura e até desmaio;

• Ansiedade, agitação e sensação de morte iminente;

O que fazer:

• Deixar a vítima em repouso (sem realizar qualquer esforço físico)

• Importante impedir que a vítima caminhe!

• Afrouxar as vestes;

• Tranquilizar a vítima;

• Verificar se a vítima faz uso de ISORDIL e AAS infantil, e auxiliá- lo


(uso embaixo da língua).

Parada Cardiorrespiratória

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É a parada dos movimentos respiratórios e dos movimentos do coração,
de forma súbita e inesperada.

O coração para de bater e a circulação é subitamente interrompida.


Diante da perda da função de bombeamento cardíaco, a circulação cessa e
os órgãos vitais ficam sem oxigênio.

Como identificar uma parada cardiorrespiratória

1. A vítima não responde, está inconsciente (ou seja, após sacudir a


vítima que não responde, fazer estímulo doloroso; a vítima que está
inconsciente não tem nenhum movimento, ou seja, não mexe
nenhum braço ou perna, nem a pisca);

2. A vítima não respira (não apresenta nenhum movimento de


elevação do tórax, nem do abdome = barriga).

ATENÇÃO!!! A vítima em parada cardiorrespiratória não respira nem


apresenta nenhum movimento, está inconsciente. Caso apresente algum
movimento, não é parada cardiorrespiratória!

Reanimação Cardiopulmonar (RCP)

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A RCP É um procedimento aplicado quando as atividades do coração e do
pulmão param (vítima está inconsciente não responde à dor, nem respira).

O objetivo da RCP é fazer o sangue do paciente circular para os pulmões e


para o resto do corpo, oxigenando as células do cérebro.

Assim que você identificar a parada cardiorrespiratória, inicie as manobras


de reanimação.

Técnica de RCP em Adultos

1. Identifique A PCR: confirmando a inconsciência e ausência de


respiração.

2. Chame ajuda, acione o serviço de emergência (SAMU 192) —


preferencialmente peça para outros chamarem o socorro.

3. Posicione a vítima no chão. A vítima precisa estar em uma superfície


rígida (deitada de barriga para cima NO CHÃO). Não se pode
executar essas manobras com a vítima deitada em colchão ou numa
poltrona.

4. Inicie as compressões torácicas. Para que as compressões do tórax


tenham efeito (executadas com qualidade), você deverá: localizar o
ponto correto e esticar os braços durante as s compressões.

Não dobre os cotovelos, pois isto diminuirá a pressão. Colocar a


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base da mão no centro do tórax, ENTRE OS MAMILOS.
Este é o ponto de compressão. Cruzar as mãos, uma sobre a outra,
entrelaçando os dedos.

5. Posicione os ombros (o seu tórax fica em 90 graus com o tórax da


vítima, exatamente em cima) e execute todas as compressões para
baixo, de modo perpendicular ao chão. Mantenha seus dois joelhos
no chão.

Posição para manobra de RCP eficaz

As compressões são feitas de forma rápida e com qualidade, sem


interrupções, mantendo uma frequência mínima de 100 compressões em
um minuto.

A cada compressão o tórax deve descer no mínimo 5 cm.

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Após cada compressão (momento em que o sangue é impulsionado para a
corrente sanguínea), alivie a pressão, permitindo o retorno total do tórax
à sua posição original. Isto permite que o coração se encha novamente de
sangue (relaxamento).

A cada dois minutos, está indicada a troca do compressor (outra pessoa


assume o seu lugar, pois você já estará cansado).

Mantenha as compressões toráxicas até a chegada da ambulância. Não


pare até que o profissional da saúde assuma o seu lugar, isto manterá a
oxigenação do sangue e dos órgãos.

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Para o sucesso na RCP, todos os elos da corrente de sobrevivência devem
atuar de forma correta e rápida, só assim poderemos melhorar os índices
de RCP. Veja a figura a seguir:

Técnica de RCP em Crianças

Bebê (até um ano de idade)

Aplique as compressões no tórax em um ponto levemente abaixo de uma


linha imaginária entre os mamilos. Faça as compressões usando apenas as
pontas de dois dedos.

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Criança (de um a oito anos de idade)

Use apenas uma mão para fazer as compressões no centro do tórax, entre
os mamilos.

Parada Respiratória

Em algumas situações, pode ocorrer somente a parada da respiração da


vítima.

É a parada súbita dos movimentos respiratórios, sendo, a seguir,


acompanhada ou não de uma parada cardíaca. Para verificar se a vítima
respira, observe se o tórax ou o abdome (barriga) se movimenta.

Em caso de parada cardiorrespiratória (PCR), inicie a reanimação


cardiorrespiratória (RCP). Estes procedimentos de reanimação podem e
devem ser realizados por leigos, ou seja, quem não é profissional da
saúde. É o leigo quem estará próximo à vítima em PCR e os procedimentos
de reanimação (RCP) devem ser iniciados logo que identificada a PCR.
Lembre-se: não perca tempo, a vida da vítima depende de sua ajuda.

Quando interromper a Reanimação (RCP)

• Se você notar algum movimento da vítima (identificação errada de


PCR).

• A transferência da responsabilidade do cuidado para um


profissional da saúde;

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• A fadiga que o impeça de continuar;

Observação: se o socorrista possuir treinamento para suporte básico de


vida, e dispuser equipamentos de proteção individual (EPI), poderá
efetuar 30 compressões para 2 ventilações, conforme preconiza o
protocolo de RCP.

Obstrução de vias aéreas por corpo estranho

É o impedimento do ar de entrar nas vias aéreas superiores (garganta e


boca), frequentemente causada por corpos estranhos, e que em algumas
situações podem ser removidos.

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Vias aéreas humanas

Tipos de obstrução de vias aéreas superiores

A. Obstrução respiratória parcial (há passagem de algum fluxo de ar);

Sinais de Obstrução respiratória parcial: quando respiramos, não


emitimos nenhum ruído. A presença de ruídos pode significar uma
obstrução parcial da via aérea.

B. Obstrução respiratória completa (não há passagem de ar para os


pulmões);

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O paciente consciente tentará falar e tossir, mas não será capaz de
fazê- lo. Frequentemente, o paciente segurará o pescoço e abrirá
amplamente a boca num esforço que indica dificuldade para
respirar. O paciente inconsciente não apresentará qualquer
movimento respiratório.

Há muitos fatores que podem causar obstrução das vias aéreas, total ou
parcial. Em algumas situações podemos atuar e em outras podemos não
ter sucesso na desobstrução.

Causas de obstrução de via aérea

A. Obstrução causada pela língua — a queda ou relaxamento da língua


pode bloquear a passagem do ar pela garganta. Este problema é
comum e acontece frequentemente em casos de inconsciência
(vítima desacordada).

B. Obstrução causada por corpos estranhos (obstrução mecânica) —


pode incluir pedaços de comida, gelo, brinquedos, dentaduras ou
vômitos que se acumulam na parte posterior da garganta.

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Corrigindo a obstrução das vias aéreas

Queda da Língua

Em muitos casos a simples liberação das vias aéreas com a Hiperextensão


da cabeça já soluciona o problema.
Atenção! Esta manobra não pode ser executada em vítimas de trauma
pelo risco de lesão cervical.

Corpo Estranho

Nos casos em que o paciente estiver consciente (acordado), tentando


avisar que está engasgado, estimule a tosse, ou faça a Manobra de
Heimlich. Se a vítima estiver INCONSCIENTE (desacordada e SEM resposta
ao estímulo doloroso) e SEM RESPIRAR, realize as compressões torácicas
(ver procedimentos de RCP).

Manobra de Heimlich

É um movimento feito com as mãos de quem ajuda o corpo estranho a ser


expelido do interior da via aérea da vítima. Realização da Manobra em
Vítima Consciente.

1. Posicionar-se atrás da vítima e abrace-a;

2. Mantenha a mão esquerda aberta e a direita fechada; a mão


direita encontra a esquerda, sempre abraçando a vítima pelas
costas. Aplicar a compressão como um golpe para dentro e para
cima do abdômen.

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3. O objetivo é favorecer a saída de ar dos pulmões de forma
rápida, expelindo o corpo estranho e a vítima pode voltar a respirar
normalmente. Em caso de insucesso, repetir a manobra.

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Emergências Neurológicas

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

O AVC ocorre quando a circulação cerebral é interrompida por coágulos


sanguíneos (isquemia) ou hemorragias (sangramentos), causando após
algum tempo a necrose (morte), de uma área do cérebro.
Pode ser de 2 tipos: e isquêmico ou hemorrágico.

AVC Isquêmico é o tipo mais comum; acontece devido à oclusão de um


vaso sanguíneo que irriga o cérebro, em geral por um coágulo.

AVC Hemorrágico acontece com a ruptura de um vaso sanguíneo cerebral.

Sinais e Sintomas

• Podem ocorrer isolados ou em combinação;

• Alteração do nível de consciência (sonolência, torpor ou coma);

• Cefaleia (dor de cabeça) intensa de início súbito, associada à


alteração do nível de consciência; Fala incoerente, fala
incompreensível;

• Paralisia ou fraqueza facial em um lado do rosto. Fica evidente


quando pedimos ao paciente para sorrir;

• Falta de coordenação, fraqueza ou paralisia em um lado do corpo;


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• Perda de equilíbrio;

• Convulsões.

O que fazer

• Providenciar socorro médico imediato (se este paciente for


atendido rapidamente, poderá não ter sequelas);

• Se a vítima estiver desacordada, inconsciente, mantê-la deitada de


lado até a chegada do socorro;

• Remover prótese dentária solta.

• No AVC isquêmico, qualquer cidadão pode ajudar, detectando


rapidamente os sinais a seguir e acionando o SAMU.

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Convulsões

Convulsão é a manifestação física visível de uma atividade elétrica


anormal das células do sistema nervoso.

Caracteriza-se por contrações musculares involuntárias e generalizadas


(em todo o corpo) ou focais (localizadas em uma parte do corpo).

Características

• Contrações musculares involuntárias e generalizadas (em todo o


corpo) ou focais (em uma parte do corpo);

• Perda de consciência Lesões em língua ou bochecha (por


mordedura);

• Sialorréia (salivação);

• Perda do controle urinário ou fecal (com frequência, após a crise


convulsiva acorda urinada);

• Desorientação (vítima acorda desorientada, inicialmente pode não


dizer seu nome, não saber o que aconteceu).

Causas:

• Epilepsia

• Febre (em crianças)

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• Hipoglicemia Meningite / encefalite

• Traumatismo crânio-encefálico

• Intoxicação por remédios, drogas.

• Abstinência de álcool e drogas

• Alterações cerebrais (tumores, aneurismas, etc).

O que fazer

• Proteger a vítima de objetos ao seu redor, afastando tudo que


possa produzir lesões ou que ofereça algum risco;

• Não tentar impedir as movimentações. Você pode machucar a


vítima!

• Utilizar mantas, travesseiros, casacos e colocá-los de forma a evitar


que a cabeça da vítima fique batendo no chão durante as
contrações;

• Avaliar se a vítima respira;

• Mantê-la deitada de lado quando as contrações cessarem;

Encaminhar a vítima a um serviço de emergência.

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Estado Pós-Convulsivo:

Estado pós-convulsivo é o período que ocorre após a convulsão.


Em geral, a vítima apresenta-se bastante sonolenta após a crise convulsiva
e pode ter dificuldade de responder perguntas simples (nome, idade).

A crise (contraturas musculares) passa, em geral, em um ou dois minutos.


O período de sonolência, no entanto, pode ser bastante longo.

- Emergências Metabólicas -

Consumo excessivo de álcool e drogas

O uso e o abuso de drogas geram preocupação clínica. Este


comportamento é resultante de uma interação entre o indivíduo, sua
cultura, sua sociedade, a farmacologia e a disponibilidade de certas
substâncias.

Principais Sinais e Sintomas:

• Euforia

• Falta de coordenação motora

• Hálito forte característico de ingestão de álcool

• Dificuldade em falar

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• Tristeza

• Vômitos

• Dificuldade em fixar o olhar

• Desorientação

• Agitação

• Coma

O que fazer:

• Suspender a ingestão de bebida alcoólica ou droga;

• Aumentar a ingestão de líquidos doces;

• Deitar a vítima de lado se houver vômitos ou secreções;

• Atenção aos possíveis riscos (ex: ingestão alcoólica em fumantes


pode ocasionar incêndios pelo risco de dormir com o cigarro aceso).

Hipoglicemia e Hiperglicemia

Para funcionar bem, o corpo humano necessita estar em equilíbrio.


É assim, por exemplo, com a glicose e a insulina, metabolizadas no
pâncreas. O organismo está constantemente mantendo o equilíbrio entre
essas duas substâncias.
A glicose é um tipo de açúcar que gera energia para as células. Na
ausência de insulina, a glicose permanece no sangue, aumentando
progressivamente a concentração, levando à hiperglicemia (aumento da
glicose).
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Hipoglicemia:

A hipoglicemia significa baixo nível de glicose no sangue. Quando a


glicemia e está abaixo de 60 mg/dl, com grandes variações de pessoa para
pessoa.

Sinais e Sintomas:

• Irritabilidade/Mau humor

• Sudorese Confusão/Desorientação

• Palidez

• Tremedeira Inconsciência (vítima desacordada)

O que fazer:

• Se a vítima estiver bem acordada (consciente), fornecer líquido


doce (mel, água com açúcar, sucos, leite condensado, outros).

• Se a vítima estiver desacordada ou sonolenta, colocar açúcar


embaixo da língua.

• Aguardar alguns minutos e observar se acorda. Encaminhar a um


serviço médico.

• A pessoa que tem Diabetes e faz uso de insulina precisa alimentar-


se regularmente. Não pode abrir mão de nenhuma refeição, pois
utilizando a insulina sem ingerir alimentos a sua glicose sanguínea
vai baixar muito, podendo levá-la ao coma.

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Hiperglicemia

A hiperglicemia caracteriza-se pelo elevado nível de glicose no sangue. Em


geral, tal situação ocorre em pessoas com Diabetes.

Sinais e Sintomas

• Tontura

• Pele avermelhada

• Vômitos

• Hálito com odor de vinagre

• Respiração pesada Inconsciência (eventualmente)

O que fazer:

• Hidratar (ingestão de água)

• Repouso

• Caso o indivíduo faça uso de insulina e porte-a consigo, auxiliá-lo na


administração.

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Alterações Gastrointestinais

Diarreia

Diarreia é alteração da fisiologia intestinal que resulta em aumento do o


volume e frequência de evacuações com diminuição da diurese.

Causas

• Bacteriana Viral

• Parasitária

• Alterações anatômicas ou funcionais do intestino

• Deficiência enzimática congênita ou adquirida

Causas endócrinas

• Intoxicação alimentar

O que fazer:

• Suspender alimentos com lactose (leite e derivados), picantes, de


demorada digestão e os que formam gases;

• Aumentar a ingestão de líquidos;

• Se a diarreia for persistente, administrar “soro de reidratação oral”,


principalmente em crianças e idosos;

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• Bebês de 1 ano de idade Estimular o aleitamento materno.

Cólicas

A cólica é a dor devido à contração de uma cavidade ou órgão (ducto


biliar, ureter, intestinos, útero).

Causas:

• Cálculo biliar (“pedra na vesícula”)

• Cálculo renal (“pedra nos rins”)

• Flatos (gases)

• Gastroenterite

• Constipação

• Menstruação

Sinais e Sintomas:

• Dores abdominais

• Desconforto Mal-estar

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O que fazer:

• Dependendo da causa e intensidade da dor, encaminhar para uma


consulta médica ou uma avaliação em sala de emergência;

• Medicar conforme orientação médica;

• Posição de conforto, afrouxar vestes apertadas.

Emergências Respiratórias

A asma é definida pelo estreitamento dos brônquios e bronquíolos e


aumento da produção de secreção respiratória nos mesmos.
A dificuldade respiratória resultante pode ser de início súbito, muitas
vezes desencadeado por materiais do próprio ambiente que provocam
alergias, infecções respiratórias, mudanças de temperatura abruptas.

Sinais e Sintomas

• Esforço respiratório

• Chiados respiratórios

• Expectoração e tosse

O que fazer:

• Utilizar a medicação da própria vítima

• Manter a vítima sentada

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• Acalmar a vítima (o estresse da vítima aumenta ainda mais a
dificuldade respiratória), estimular a respiração profunda;

• Procurar atendimento médico com urgência.

Emergências Obstétricas

Parto de Emergência

Parto de emergências é a aquele que ocorre fora do ambiente hospitalar,


independente da gestação ter atingido o período normal de maturação do
feto (por volta da 40ª semana de gestação).

A grande maioria dos partos de emergência se resolve espontaneamente,


ou seja, a criança nasce sem a interferência de outra pessoa.

Sinais Indicativos de Trabalho de Parto

• Contrações fortes e regulares: de 3 a 4 contrações em 10 minutos

• Visualização da cabeça do bebê no canal de nascimento (em geral,


visualizam-se os cabelos da criança);

• Saída de tampão mucoso (uma “gosma” com sangue).


Obs: a saída de grande quantidade de líquido pela vagina indica a
ruptura da bolsa das águas (líquido amniótico) e a gestante deve ser
encaminhada ao hospital para avaliação, mas nem sempre o bebê
nasce logo;

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O que fazer:

• O processo de nascimento do bebê não poderá ser impedido,


retardado ou acelerado;

• Retirar todas as roupas que possam obstruir o canal de nascimento;

• Não permitir a presença de curiosos.

• Procurar ser o mais o discreto possível e manter ao máximo a


privacidade da gestante;

• Não permitir que a gestante vá ao banheiro quando se constata que


o bebê vai nascer;

Procedimentos com a gestante

a) Acomodar a gestante em um lugar mais reservado (para garantir


privacidade) e seguro para a criança nascer (ex: acomodar a
gestante na cama).

b) Oferecer um ambiente limpo à criança que vai nascer: lavar [a as


mãos (se possível calçar luvas), retirar anéis, relógios ou pulseiras,
colocar lençóis limpos.

c) À gestante deve ser orientada a fazer força para baixo durante as


contrações e a descansar nos intervalos, nunca esquecendo de
respirar profundamente para manter uma boa oxigenação do bebê.

d) O bebê deverá sair naturalmente, sem interferência de terceiros.


Você deve estar atento para ampará-lo (Atenção: o bebê, ao nascer,
vem acompanhado de líquidos e muco, ficando bastante
escorregadio. O parto, preferencialmente e, se possível, deve
acontecer com a gestante deitada — em pé, a criança corre o risco
de cair no chão).
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Procedimentos com o Bebê

a) Após a saída do bebê (nascimento), este deve ser mantido um


pouco mais baixo que a mãe (nunca erguer o bebê sem clampear o
cordão umbilical, pois o sangue do bebê descerá através do cordão
por ação da gravidade e o bebê perderá sangue).

b) Limpar (secar) o rosto e narinas do bebê delicadamente com N um


pano limpo; esta manobra deve ser executada com muita
delicadeza, [e mas sem perder tempo.

c) Amarre o cordão umbilical bem forte, deixando cerca de 15 cm da


extensão do cordão próximo ao umbigo do bebê.

d) Aqueça o bebê envolvendo-o em lençóis limpos e cobertor. Proteja


e cabeça do bebê para mantê-lo mais aquecido.

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