Universidade Federal de Mato Grosso

Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia

Departamento de Engenharia Elétrica

Prof. Rogério Lima

Aula 12: Relé de distância (Função 21)

15 de agosto de 2023

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Apresentação

1 Relé de Distância (Função 21)

Introdução
Tipos de relés de distância
Esquemas lógicos de proteção
Definição da zona de atuação
Critérios de coordenação

2 Referências Bibliográficas

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Relé de Distância (Função 21)

Introdução
As funções 50/51 são tradicionalmente usadas na transmissão.
Restrições às funções 50/51:
Afetados por variações na geração e configuração do sistema;
Tempos de atuação variáveis em diferentes pontos de C.C.;
Tempos de atuação elevados coordenação aos demais relés;
Não reconhecem se o fluxo de corrente é um C.C. ou sobrecarga;
Exigem estudos contínuos das correntes de C.C. para reajustes.

Solução: Relé de distância - Função 21.

Tempo de atuação proporcional ao local do relé X defeito;
Alimentados por tensão e corrente do circuito protegido.

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Relé de Distância (Função 21)
Introdução
Princípio básico de funcionamento

Figura: Princípio de funcionamento de um relé de distância.

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Relé de Distância (Função 21)
Introdução
Característica do relé ⇒ plano R-X.

Figura: Características dos relés de distância.

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Relé de Distância (Função 21)

Figura: Representação de um sistema de potência.

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Tipos de relés de distância

Famílias dos relés de distância:

Relés de impedância;
Relés de admitância ou MHO;
Relés de reatância;
Relés blinder.
A aplicação está condicionada às características do sistema:
Relé de Impedância - LTs de comprimento médio;
Relé de Reatância - LTs de comprimento curto;
Relé de Admitância - LTs de comprimento longo.

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Tipos de relés de distância
Relé de impedância

Figura: Relé de impedância.

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Tipos de relés de distância
Relé de reatância

Figura: Relé de reatância.

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Tipos de relés de distância
Relé MHO

Figura: Relé MHO.

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Tipos de relés de distância
Relé de impedância deslocado

Figura: Relé de impedância deslocado.

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Tipos de relés de distância
Relé MHO deslocado para acomodar R, falta muito elevada

Figura: Relé de impedância deslocado para acomodar um R de falta elevada.

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Tipos de relés de distância
Relé MHO deslocado invertido

Figura: Relé MHO deslocado invertido.

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Tipos de relés de distância
Relé MHO com unidade de reatância

Figura: Relé de MHO com unidade X.

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Tipos de relés de distância
Relé tipo blinder

Figura: Relé tipo blinder.

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Tipos de relés de distância

Figura: Relé tipo blinder duplo.

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Esquemas lógicos de proteção
a) Atuação por distância escalonada
Aplica-se temporizador ajustável a cada zona de proteção;
Não há sistema de teleproteção;
Demais esquemas são complementares.
b) Esquema de comparação de fase
Compara ângulos de fase das correntes nos 2 terminais consecutivos;
Aplicação:
LTs com resistência de contato a terra é muito elevada;
LTs de pequeno comprimento (baixa impedância);
LTs com compensação série.

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Esquemas lógicos de proteção
c) Transferência de atuação direta com subalcance
Direct Underreach Transfer Trip - DUTT
DJs são desligados pelo sinal recebido pelo sistema de teleproteção;
Aplicados em LTs de comprimento médio e longo.

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Esquemas lógicos de proteção
d) Transferência de atuação permissiva com sobrealcance
Permissive Overreach Transfer Trip - POTT
Relés de 1a zona podem apresentar deficiência na atuação;
Atuação local depende da permissão da outra extremidade da LTs;

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Esquemas lógicos de proteção

e) Atuação por comparação direcional com bloqueio

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Esquemas lógicos de proteção

f) Atuação por comparação direcional com desbloqueio

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Definição da zona de atuação
Critérios para a atuação por distância escalonada:
a) Proteção de 1a zona:
Defeitos entre fases ⇒ Zlinha = 80% a 90% de L;
Defeitos monopolares ⇒ Zlinha = 80% de L.
b) Proteção de 2a zona:
Não sensível a carga máxima, Cmax ;
Ajuste para 65% da Z de Cmax (ângulo + sensível);
Defeitos bi e trifásicos ⇒ Zlinha = 130 a 150% de L;
Defeitos monopolares ⇒ Zlinha = 160% de L;
Insensível a defeitos no secundário dos transformadores.
c) Proteção de 3a zona:
Backup da 2a zona;
Defeitos bi e trifásicos ⇒ Zlinha = 120% de L;
Defeitos monopolares ⇒ Zlinha = 130% de L;
Insensível a carga máxima, Cmax ;
Ajustar relé p/65% da impedância de Cmax (ângulo + sensível).

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Definição da zona de atuação
c) Proteção de 3a zona
Abrange o secundário dos transformadores?
Se sim, limitar-se em:
Defeitos bi e trifásico: 90% da Z(+) ;
Defeitos monopolares: 80% da Z(+) .
d) Proteção de 4a zona
Sentido oposto as demais proteções;
Proteção a defeitos para trás;
Proteger barra de subestação, resistência a arco;
Ajuste: não exceder 80% da impedância dos transformadores.

3a Zona

A 2a Zona
C D
a
1 Zona
21
80%LTAB B 50%LTBC 30%LTBC

Figura: Zonas de atuação do relé A.

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Critérios de coordenação
Coordenação
Intervalo de tempo entre duas proteções consecutivas:
Intervalo de coordenação: 0,30s a 0,40s;
Intersecção de tempo entre zonas: 0,20s (barras consecutivas).

a) Proteção de 1a zona
Não há temporização intencional;
Tempo de operação é intrínseco ao equipamento.
b) Proteção de 2a zona
Sistemas de 138kV a 230kV: ajustada em 0,40 a 0,60s;
Sistemas de 69kV: ajustada em 0,80s.
c) Proteção de 3a zona
Sistemas de 138 a 230kV: atuação de 0,8 a 1,0s;
Sistemas de 69kV: 1,2s.
d) Proteção de 4a zona
Sistemas de 138 a 230kV: 1,0s;
Sistemas de 69kV: 1,5s.
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Referências Bibliográficas

MAMEDE FILHO, J.; MAMEDE, D. R. Proteção de sistemas

elétricos de potência. LTC, Rio de Janeiro, 2013.
CAMINHA, A.C. Introdução à proteção dos Sistemas Elétricos.
Edgard Blücher, São Paulo, 1977.
PHADKE, A. G.; THORP, J. S.; Computer relaying for power
systems. John Wiley & Sons Inc, West Sussex, 2009.
ANDERSON, P. M. Power system protection. Wiley-Interscience,
Nova York 1998.

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 Próxima Aula (13):
Relé de Distância - Função 21
Obrigado!!!
Bons estudos!!!

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