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UNIVERSIDADE DE SOROCABA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO E ASSUNTOS ESTUDANTIS CURSO DE


GRADUAÇÃO - BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

FUNDAMENTOS DE CUSTOS

Andressa Carneiro Mendes


Fernanda Ribeiro Sarto
Gabriela Mendes
Gabriela Ribeiro
Maísa Mendes de Oliveira

Sorocaba- SP
2023
Andressa Carneiro Mendes
Fernanda Ribeiro Sarto
Gabriela Mendes
Gabriela Ribeiro
Maísa Mendes de Oliveira

FUNDAMENTOS DE CUSTOS

Profº. Robson José dos Santos

Sorocaba, 29 de setembro de 2023.

Sorocaba- SP
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4

2 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................... 4

2.1 Importância de custos em uma gestão...........................................................................4

2.2 Métodos de sistemas de custeio............................................................................5

2.2.1 Custeio de absorção....................................................................................................6

2.2.2 Custeio direto ou variável.............................................................................................8

2.2.3 Custos ABC..................................................................................................................9

2.2.4 Custos por departamentos.........................................................................................11

2.3 Formação de Preço............................................................................................. 11

2.3.1 Conceitos...................................................................................................................11

2.3.2 Aplicações..................................................................................................................12

2.4 Margem contribuição e ponto de equilíbrio entre custos x despesas = receitas..12

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................14

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 15
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1 INTRODUÇÃO

A gestão de custos é um pilar essencial para o sucesso e a sustentabilidade


de qualquer organização. Compreender e aplicar os fundamentos de custos torna-se
imperativo em um cenário empresarial cada vez mais competitivo e dinâmico. A
alocação e o controle eficazes dos recursos financeiros são determinantes para a
viabilidade e a lucratividade de um empreendimento.

O presente trabalho tem como objetivo explorar e aprofundar os princípios


fundamentais da contabilidade de custos, proporcionando uma visão abrangente e
prática sobre sua aplicação nas organizações modernas. Ao abordar conceitos como
custo por tomada de decisão, custo variável, custos diretos e indiretos, entre outros,
buscamos fornecer as ferramentas para uma gestão assertiva e estratégica dos
recursos financeiros.

Além disso, o estudo irá analisar a relevância da correta mensuração e


alocação dos custos na formação de preços, no processo decisório e na avaliação
de desempenho econômico-financeiro. A partir de exemplos práticos e estudos de
caso, será demonstrado como uma gestão de custos eficiente pode contribuir para a
maximização da lucratividade e para a competitividade no mercado.

Neste contexto, torna-se evidente a importância de um embasamento sólido


nos fundamentos de custos para gestores, contadores e profissionais envolvidos no
processo decisório das organizações. A compreensão dos conceitos e técnicas
apresentadas neste estudo fornece um diferencial estratégico, permitindo a tomada
de decisões embasadas em dados concretos e alinhadas aos objetivos e metas da
empresa.

Por meio da análise crítica e reflexiva dos temas envolvidos, espera-se


contribuir para o aprimoramento da gestão de custos nas organizações, promovendo
a eficiência operacional, a maximização dos lucros e a sustentabilidade a longo
prazo.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Importância de custos em uma gestão

De maneira geral custo é definido como os gastos realizados para o objetivo


principal da empresa, são estes gastos que farão os produtos da empresa serem
fabricados. Segundo Martins (2001) descreve que custo é o esforço financeiro
despendido para a aquisição de um bem ou serviço utilizado na produção de outro
bem ou serviço, e conforme Horngren, Foster e Datar (2000, p. 19), “recursos
sacrificado ou de que se abre mão para um determinado fim”.

Conforme Martins (2001), o custo diferencia-se da despesa, pois esta é o


valor dos bens ou serviços não relacionados diretamente com a produção de outros
bens ou serviços consumidos em um determinado período. A despesa, quando
incorrida, gera um desembolso de ativo ou de uma obrigação com terceiros, e é
registrada diretamente como uma conta redutora do patrimônio líquido.

A importância dos custos na gestão de uma organização é fundamental para


a tomada de decisões estratégicas e para o controle financeiro. Abaixo alguns
pontos que destacam a relevância dos custos na gestão:

Avaliação da Rentabilidade: Os custos são determinantes para calcular a


rentabilidade de produtos, serviços ou projetos. Ao analisar os custos envolvidos, a
empresa pode identificar quais atividades ou produtos são mais lucrativos e focar
seus esforços nesses aspectos.

Formação de Preços: Conhecer os custos é essencial para estabelecer


preços competitivos no mercado. Uma gestão de custos eficaz ajuda a determinar os
preços de venda que cobrem os custos e ainda proporciona margens de lucro
adequadas.

Controle de Despesas e Custos: Monitorar os custos é crucial para evitar


gastos desnecessários e controlar as despesas da empresa. Isso contribui para
manter a saúde financeira da organização e evitar surpresas lucrativas no futuro.

Identificação de Oportunidades de Redução de Custos: Uma análise


detalhada dos custos pode revelar oportunidades de otimização, como a
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identificação de processos ineficientes ou a negociação de melhores condições com


fornecedores.

Apoio à Tomada de Decisões: Informações precisas sobre os custos ajudam


os gestores a tomar decisões embasadas. Por exemplo, ao decidir entre a produção
interna ou a terceirização de um produto, é crucial entender os custos envolvidos em
ambas as opções.

Aprimoramento da Competitividade: Empresas que conseguem gerenciar


seus custos de forma eficiente têm uma vantagem competitiva. Isso porque pode
oferecer produtos ou serviços de qualidade a preços mais atrativos, o que pode
conquistar e fidelizar clientes.

Estabelecimento de Metas e Orçamentos: A gestão de custos é essencial na


definição de metas realistas e na elaboração de orçamentos precisos para a
empresa. Isso permite um planejamento mais apurado e facilita o acompanhamento
do desempenho financeiro.

Avaliação de Investimentos: Ao analisar projetos de investimento, é crucial


considerar os custos associados. Isso ajuda a determinar se o investimento é viável
e se trará os retornos esperados.

Portanto, a gestão eficaz dos custos é essencial para o sucesso e a


sustentabilidade de qualquer organização, independentemente do seu porte ou setor
de atuação. Permite uma alocação eficiente de recursos, tomadas de decisões
baseadas em dados concretos e a criação de uma vantagem competitiva no
mercado.

2.2 Métodos de sistemas de custeio

Os métodos de sistema de custeio têm a finalidade de apropriar custos a


produtos, serviços ou atividades de uma organização, eles auxiliam no cálculo do
custo total de produção e também auxilia na determinação do preço de venda de
produtos ou serviços.

De acordo com Viceconti e Neves (2017) o custeio por absorção consiste na


apropriação de todos os custos (fixos ou variáveis) na produção do período, os
gastos não fabris (despesas) são excluídos. A principal diferença no custeio por
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absorção é entre custos e despesas, é importante a separação pois as despesas


são contabilizadas imediatamente contra o resultado do período, enquanto somente
os custos relacionados aos produtos vendidos terão idêntico tratamento. Os custos
relacionados aos produtos em elaboração e aos produtos acabados que não tenham
sido vendidos estarão ativados nos estoques destes produtos. É de extrema
importância fazer a classificação correta dos custos, pois uma classificação incorreta
de um custo como despesa reduz o lucro líquido da empresa. O custeio por
absorção é o único aceito pela Auditoria Externa, pois atende aos princípios
contábeis da Realização da Receita, da Competência e da Confrontação. E também
é o único aceito pelo Imposto de Renda.

Segundo Viceconti e Neves (2017) o custeio direto inclui todos os custos


variáveis, diretos e fixos de produção no custo do produto, já o custeio variável
consiste na apropriação para a produção os custos variáveis, os custos fixos são
contabilizados diretamente contra ao resultado junto com as despesas com a
alegação de que estes ocorrerão independentemente do volume da produção da
empresa. Esse custeio fere os princípios contábeis da Realização da Receita, da
Competência e da Confrontação, pois os custos fixos são reconhecidos como
despesas mesmo que nem todos os produtos fabricados tenham sido vendidos,
esse método de custeio é indicado para tomada de decisões.

Ainda segundo Viceconti e Neves (2017) para maior controle e lucratividade


de uma empresa em todos os seus requisitos, sendo eles produtos, serviços ou
atividades que consomem recursos, o método ABC faz a apropriação dos custos de
acordo com as atividades que consomem os recursos e conta com uma abordagem
de contabilidade que por sua vez identifica os segmentos de custos de uma empresa
a fim de propor os custos indiretos de forma mais precisa, gerando uma visão muito
detalhada sobre os custos envolvidos na produção de produtos ou prestação de
serviços. Isso contribui para que os gestores de uma empresa saibam se organizar e
tomar decisões baseando-se nos melhores preços, produtos e eficiência
operacional, gerando assim uma maior confiabilidade nas atividades que a empresa
exerce redefinindo a forma como os custos são alocados e distribuídos.
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2.2.1 Custeio de absorção

O custeio por absorção é também chamado custeio integral. Isso porque ele
considera como custo do produto todos os custos com a fabricação, sejam eles
diretos ou indiretos, fixos ou variáveis.

Isso significa que o cálculo do custo de um produto vai considerar, além dos
gastos diretos, como matéria-prima, todos os outros custos envolvidos para
possibilitar a produção daquela mercadoria, como o aluguel do pavilhão onde se
encontra a fábrica, por exemplo.

Todos os produtos absorvem parte destes custos, permitindo que se obtenha


um custo total da produção desses produtos.

Esse método de custeio é derivado do sistema RKW (Reichskuratorium für


Wirtschaftlichkeit), desenvolvido na Alemanha, no início do século XX, que significa
“Conselho Administrativo do Império para a Eficiência Econômica”.

Por ser o único método de acordo com os princípios da contabilidade, é o


único sistema aceito pela legislação brasileira para a apresentação de relatórios
contábeis, como o DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício).
O custeio por absorção cumpre requisitos legais, mas também permite uma
gestão eficaz. O custeio por absorção serve para calcular o custo total de um
produto, considerando todos os custos diretos, como matéria-prima e tributações,
até custos compartilhados, como o aluguel do pavilhão, manutenção de
equipamentos etc.

Ele também serve para entender como a produtividade da empresa afeta nos
custos. Por exemplo:

Considerando que os custos fixos são distribuídos entre os produtos, fazendo


parte do custo do produto, quanto maior for a capacidade produtiva da empresa,
menor será o custo do produto.
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Por isso, além de cumprir a legislação, no que se refere à apresentação dos


relatórios obrigatórios, é uma forma do gestor tomar decisões a longo prazo,
especialmente no que se refere à produtividade da sua empresa.

Essas decisões podem ser tomadas, inclusive, em conjunto com outras


metodologias ou ferramentas, como a matriz GUT, nas quais o cálculo do custeio
por absorção pode servir como base.
Outra aplicação importante é em relação às apurações de custos com
produtos em estoque. Enquanto o custeio variável tem seu resultado baseado a
partir das vendas, o custeio por absorção tem o resultado a partir da produção.

Assim, produtos em estoque têm atribuídos em seus custos os custos fixos,


independente de quando estes aconteceram. Isto tem impacto no inventário de
estoque, que precisará ser formatado e controlado, a nível contábil, de forma
diferenciada.
Apesar de muitos materiais tratarem o custeio por absorção como rateio, ou
seja, uma distribuição igual entre os produtos, não é.

Isso porque o custeio por absorção, ainda que considere todos os custos fixos
como custo de produção, continua não considerando as despesas administrativas.

Portanto, a divisão dos custos fixos pode ser facilmente realizada utilizando
algum critério para a correta distribuição entre os produtos, coisa que as despesas
administrativas não permitem, pois é muito mais subjetivo.

Por exemplo, você pode dividir os custos fixos considerando o tempo de


produção de cada produto. Assim, a proporção entre eles se dará de acordo com o
tempo que a empresa investe na produção do item.

2.2.2 Custeio direto ou variável


O método de custeio variável ou direto é um método que considera como
custo do produto somente os custos de fabricação. Este formato de custos tem
como grande valia a formação da margem de contribuição devido aos custos fixos
não serem alocados aos produtos e sim confrontados com as receitas do período
sendo considerados como despesas.
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Lopes (1990, p. 108) diz que o custeio variável é, “o processo de apuração de


custo que exclui os custos fixos”.

O custeio direto, também conhecido como custeio variável, é um método de


apuração de custos que considera apenas as variáveis de custos como parte do
custo dos produtos ou serviços.

Nesse método, os custos variam são aqueles que variam diretamente com o
nível de produção ou atividade da empresa, como matéria-prima, mão de obra direta
e comissões de vendas. Por outro lado, os custos fixos são tratados como despesas
do período e não são alocados ao custo dos produtos.

O custeio direto é especialmente útil para análise de margem de contribuição,


formação de preços e tomada de decisões de curto prazo, pois fornece uma visão
clara dos custos que estão diretamente relacionados à produção ou venda de cada
unidade.

Por outro lado, o custo por tomada é outro método de apuração de custos que
considera tanto os custos variáveis quanto os custos fixos na formação do custo dos
produtos. Nesse método, os custos fixos são distribuídos e distribuídos entre os
produtos, o que pode influenciar o preço de venda e a rentabilidade.

A escolha entre custo direto ou por tomada depende das necessidades e dos
objetivos da empresa em relação à gestão de custos e à análise de resultados. Cada
método possui suas vantagens e vantagens, e a decisão deve ser baseada no
contexto e nas especificidades de cada negócio.

2.2.3 Custos ABC


O método de custeio ABC (Activity Based Cost – ABC), também chamado de
Custeio Baseado em Atividades, é um método que tem como princípio apurar quais
são os custos gerados pelas atividades que a empresa realiza.

Ele proporciona à empresa uma visão mais realista acerca dos gastos de
cada atividade, possibilitando uma melhor redução de custos e a percepção sobre
operações que podem ser otimizadas para diminuir as despesas.
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Essa metodologia é encarregada de rastrear os custos de cada etapa das


operações realizadas na empresa e verificar a relação entre essas atividades para,
assim, apontar quais são os causadores de custos na empresa.

Dessa forma, entendendo os gastos unitários de cada produto no negócio,


fica mais fácil para que a empresa consiga fazer uma boa precificação e cálculo de
rentabilidade. Além de ajudar os gestores a saber onde atuar para poder alavancar
os lucros.

Apesar de ser considerado um método mais complexo comparado aos


demais, o custeio ABC é vantajoso por proporcionar informações detalhadas sobre a
empresa e seus gastos unitários.

O custeio ABC funciona como um rastreador de custos para os produtos ou


serviços da empresa através da coleta de dados de todas as etapas de recursos
utilizados para a sua produção.

Assim, o custeio ABC parte da ideia de que os recursos são consumidos pela
atividade e não vice-versa. Para isso acontecer, a gestão da empresa deve mobilizar
o seu time para captar informações referentes aos custos de produção, juntar os
dados, fazer os cálculos e obter os resultados do custeio ABC para, dessa forma,
tomar as decisões corretas na otimização de processo do negócio.

O Custeio Baseado em Atividades tem como objetivo avaliar precisamente os


custos das atividades realizadas em uma empresa, por meio de direcionadores
capazes de dividir as despesas e custos indiretos (aqueles que não estão
diretamente relacionados à produção).

Por sua forte característica em atribuição de valores aos custos de produção,


seu propósito final é trazer informações suficientes para tomadas de decisões que
possibilitem à empresa se tornar mais competitiva no mercado.

Para exemplificar, se uma empresa consegue entender da forma mais clara


possível quais são seus gastos exatos na produção de um produto, fica mais
fácil precificar corretamente para ter uma melhor margem de lucro e competir com a
concorrência.
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Os direcionadores de custos, também chamados de “drivers de custeio”, são


os elementos que vão definir o custo de uma atividade. Sabendo que toda atividade
precisa de recurso para ser realizada, os direcionadores servem para apontar as
reais causas desses custos de produção.

Os direcionadores de custos dividem-se em duas categorias:

Direcionadores de custos de recursos

São responsáveis por revelar os custos dos recursos necessários para a


realização de uma atividade, isso quer dizer, que demonstram a relação entre as
atividades realizadas e os recursos consumidos durante esse processo.

Direcionadores de custos de atividades

Também chamada de direcionadores de custos de segundo estágio, essa


categoria mostra a relação entre as atividades e o produto, ou seja, demonstra quais
atividades são necessárias na fabricação de um produto ou na realização de um
serviço.

Embora seja um método eficaz, ele ainda é muito complexo e exige da


empresa uma boa organização antes de ser implementado. Há a necessidade da
coleta de muitos dados e alguns deles podem ser difíceis de conseguir.

Aplicar a metodologia de custeio ABC com informações imprecisas pode


acabar prejudicando a empresa ao invés de contribuir, por isso é preciso um
envolvimento e consciência de todo o time sobre a relevância da realização dessa
atividade.

Por fim, para que seja eficaz é necessária uma revisão constante, com a
mudança de preços de itens essenciais para a realização de uma atividade, também
se faz essencial a atualização de dados para o custeio ABC.

Por essas razões, a metodologia acaba se tornando difícil de ser aplicada em


empresas que não possuem uma boa organização.
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2.2.4 Custos por departamentos


2.3 Formação de Preço

2.3.1 Conceitos
A formação de preço é um processo crucial para as empresas, pois afeta
diretamente a rentabilidade e a competitividade. Aqui estão os conceitos e
aplicações essenciais:

Custos: Compreender os custos diretos (materiais, mão de obra) e indiretos


(despesas gerais) é fundamental para determinar o ponto de equilíbrio e a margem
de lucro desejada.

Demanda: Avaliar a demanda do mercado é importante para definir o preço


máximo que os clientes estão dispostos a pagar por um produto ou serviço.

Concorrência: Analisar os preços praticados pelos concorrentes ajuda a


posicionar seus produtos de maneira competitiva.

Valor percebido: O preço deve refletir o valor percebido pelos clientes,


considerando características únicas do seu produto ou serviço.

Estratégias de preço: Existem diversas abordagens, como preços de


penetração (baixos para conquistar mercado) ou preços premium (baseados em
qualidade e exclusividade).

2.3.2 Aplicações
Markup: É um método simples, em que você adiciona uma margem fixa ao
custo do produto para determinar o preço de venda.

Precificação dinâmica: Ajuste os preços com base na demanda, horário do


dia, sazonalidade e outros fatores para otimizar a receita.

Análise de sensibilidade: Avalie como variações nos preços afetam a


demanda e a lucratividade, permitindo uma precificação mais precisa.

Estratégias de pacote: Combine produtos ou serviços em pacotes para criar


valor adicional e aumentar a receita.

Monitoramento constante: Acompanhe de perto o desempenho da estratégia


de preços e faça ajustes conforme necessário.
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A formação de preço é um equilíbrio entre maximizar o lucro e atender às


expectativas dos clientes, sendo uma habilidade chave para o sucesso nos
negócios.

2.4 Margem contribuição e ponto de equilíbrio entre custos x despesas =


receitas
A Margem de Contribuição e o Ponto de Equilíbrio são conceitos cruciais na
gestão financeira de uma empresa. Eis um resumo sobre cada um deles:

Margem de Contribuição:

A Margem de Contribuição é a diferença entre a receita total e os custos


variáveis associados à produção ou venda de produtos ou serviços.

Ela representa a parte do faturamento que contribui para cobrir os custos fixos
e gerar lucro.

Ajuda a empresa a avaliar a rentabilidade de produtos específicos,


identificando aqueles que contribuem mais significativamente para os resultados
financeiros.

A fórmula da Margem de Contribuição é: Margem de Contribuição = Receita


Total - Custos Variáveis.

Ponto de Equilíbrio:

O Ponto de Equilíbrio é o nível de vendas em que as receitas são iguais aos


custos totais (fixos e variáveis), resultando em zero lucro ou prejuízo.

Ele é uma métrica fundamental para determinar quantas unidades de um


produto ou serviço precisam ser vendidas para cobrir todos os custos e começar a
gerar lucro.

Pode ser calculado usando a fórmula: Ponto de Equilíbrio = Custos Fixos /


(Preço de Venda por Unidade - Custos Variáveis por Unidade).

Em resumo, a Margem de Contribuição ajuda a entender o quanto cada


venda contribui para os resultados financeiros, enquanto o Ponto de Equilíbrio indica
o nível mínimo de vendas necessário para cobrir todos os custos. Ambos são
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ferramentas valiosas na tomada de decisões e no planejamento financeiro de uma


empresa.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo deste trabalho, exploramos os pilares fundamentais da contabilidade
de custos e sua aplicação prática no contexto empresarial contemporâneo. Ficou
evidente que uma gestão eficaz dos custos não é apenas uma necessidade, mas
sim um imperativo para a competitividade e a sustentabilidade das organizações.

A correta mensuração e alocação dos custos impacta diretamente na tomada


de decisões estratégicas, na formação de preços competitivos e na maximização da
lucratividade. A distinção entre custos fixos e variáveis, a utilização de métodos de
custeio direto ou por decisão, bem como a identificação de custos diretos e indiretos,
tornam-se ferramentas indispensáveis para gestores e contadores.

Além disso, evidenciamos que uma gestão de custos eficiente está


intrinsecamente ligada à capacidade da empresa de se adaptar e prosperar em um
ambiente de negócios em constante transformação. Organizações que dominam os
fundamentos de custos estão mais bem preparadas para enfrentar desafios, explorar
oportunidades e manter-se competitivas.

Por fim, ressaltamos a importância da constante atualização e aprimoramento


nesta área, dada a dinâmica do mercado globalizado. O conhecimento dos
princípios de custos não se restringe apenas aos profissionais de contabilidade, mas
abrange todos os envolvidos na gestão e no crescimento das organizações.

Num cenário onde a eficiência operacional e a maximização dos recursos são


cruciais, a gestão de custos se apresenta como um diferencial estratégico. É nosso
desejo que este trabalho contribua muito para a compreensão e a aplicação prática
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destes conceitos, fornecendo uma base sólida para a tomada de decisões


informadas e alinhadas com os objetivos organizacionais.

REFERÊNCIAS

BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Série Finanças na Prática - Gestão de


Custos e Formação de Preço. Atlas; 7ª edição, 2019.
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Custos: ferramentas de gestão. São Paulo, 2000. (Seminários CRCSP/IBRACON).
CRUZ, Tadeu. Princípios para organizar-se - Controles Financeiros. Revista
Filantropia: Voluntariado & Terceiro Setor. São Paulo, 2003.
MACARIO, Lívia. Contabilidade: entenda a importância da área no terceiro
setor. (2023). Disponível em:
https://www.contabeis.com.br/noticias/60349/qual-a-importancia-da-contabilidade-
no-terceiro-setor/
Acesso em: 18/09/2023.

MARQUES, Mano. Contabilidade do terceiro setor: como funciona para essas


empresas?. (2023). Disponível em:
https://blog.fortestecnologia.com.br/gestao-contabil/contabilidade-do-terceiro-setor/
Acesso em: 18/09/2023
MELO, Moisés; BARBOSA, Sérgio. Demonstrações Contábeis: da Teoria à
Prática. Freitas Bastos; 1ª edição, 2017.
MOURA, Ivanildo Viana. Contabilidade de Custos. Contentus; 1ª edição, 2021.
NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo. Contabilidade de Custos. Saraiva
Educação S.A. (2017).
SOUZA, Davidson Benicio de. Contabilidade do Terceiro Setor. Educacional S.A.;
Londrina, 2017.
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