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SNES - Identificando Cartuchos Originais

Eduardo Souza – 2021 – 1.2


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ÍNDICE

INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 2

1º PASSO – ANALISANDO A LABEL (RÓTULO)........................................................... 3 a 11

2º PASSO – ANALISANDO A LABEL TRASEIRA......................................................... 11 a 15

3º PASSO – ANALISANDO OS TIPOS DE CARCAÇAS.............................................. 16 a 24

4º PASSO – ANALISANDO UMA PLACA 100% ORIGINAL......................................... 24 a 30

RECAPITULANDO.......................................................................................................... 30 a 31

CURIOSIDADES.............................................................................................................. 32 a 36

DICIONÁRIO RETRO GAMER........................................................................................ 37 a 38

CONCLUSÃO.......................................................................................................................... 39
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INTRODUÇÃO

Você é colecionador de jogos de Super Nintendo? É muito bom colecionar


e jogar, concorda? Quem viveu a época de ouro dos anos 90, hoje em dia já
passou da casa dos 30 anos de idade e sabe o quanto aquela época foi muito
especial!

É muito bom ver a nova geração conhecendo grandes jogos da época,


através de seus pais, irmãos, tios ou primos e aprendendo muito sobre esse
console e jogos que marcaram a infância de muitos “marmanjos” por aí!

Nós sabemos o quanto é prazeroso colecionar, afinal é maravilhoso sentir


aquela nostalgia, de ter e jogar aquele amado jogo que nos fazem retornar no
tempo! Seja para nossa casa de criação, lembrar de um amigo de infância que
jogávamos juntos, ou quem sabe, daquelas barraquinhas que faziam a troca do
seu cartucho usado por outro, através de um valor “X” de volta. Impossível não
lembrarmos também, das antigas locadoras da época, onde o final de semana
era tão esperado, para alugarmos “aquela fita”, que nos faziam jogar por horas
e horas, para tentar zerar e ver o grande final, antes de vencer a diária do aluguel.

Com o avanço das tecnologias e digitalização, infelizmente perdemos as


locadoras, mas o que sobrou foram as boas lembranças que colecionar nos
trazem de volta e que nos move em manter a coleção viva. A viajem no tempo
de lembranças que marcaram a infância das crianças dos anos 90!

Tudo muito bom, não é mesmo!? – Mas você que coleciona e já deve ter
visto milhares de cartuchos durante sua infância ou agora, quando resolveu
iniciar uma coleção. Seja em “caçadas”, nas locadoras e feiras por aí, se alguém
lhe fizer a seguinte perguntar – “Quais as características de um cartucho 100%
original?” – você saberia descrever e tirar essa dúvida? Pois bem, esse é o intuito
desse material, onde aprenderemos a identificar e descrever um jogo 100%
original!

Muito prazer, me chamo Eduardo Souza, tenho 36 anos (1986) e também


sou apaixonado por Retro Games, mas em especial, por esse console que
marcou a minha e de muitos que viveram na geração dos anos 90! Colocarei
aqui nesse pequeno guia/tutorial, tudo que aprendi e adquiri de conhecimento,
sobre a originalidade de cartuchos, afinal, porque não, entendermos um pouco
mais sobre esse amor que temos por essas relíquias e por esse console
maravilhoso, que até hoje, é amado e jogado por muitos!

Se tiver fácil alguns cartuchos originais e uma chave Gamebit 3.8, para
que você possa seguir todos os tópicos que iremos abordar, com certeza, o seu
entendimento, assimilação e aprendizado será muito mais fácil.
Espero que gostem e que esse conteúdo possa lhe agregar algum
conhecimento!
Boa leitura!
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1º PASSO – ANALISANDO A LABEL (RÓTULO)

Querendo ou não, é primeira coisa que vemos em um cartucho. – E cá


entre nós, existe cada Label, que nos deixam parados admirando-as por alguns
minutos! Uma mais linda que a outra, devido as belas ilustrações! Concorda?

Tirando essa beleza que vemos nas ilustrações, já parou para pensar que
elas, as labels dos cartuchos, nos trazem ricas informações sobre cada título que
ali está? Vamos entender melhor.

Em algum momento você já se perguntou, por qual motivo temos aquela


tarja Vermelha ou Lilás no canto superior direito de cada Cartucho/Label?
Acredito que muitos não saibam, mas a partir de agora, vamos juntos entender.

TARJA VERMELHA – Faz referência somente aos jogos Exclusivos da


Nintendo. Podemos citar grandes clássico como o Super Mario World, Super
Metroid, Donkey Kong Country, Killer Instinct, Zelda, Ilusion of Gaia, Star Fox,
entre outros ótimos títulos! São jogos que somente a Nintendo produz e tem
todos os direitos.

Outra exclusividade é que, todos os títulos dos jogos exclusivos, estão


com os seus devidos títulos escritos na cor verde e na mesma tipografia. Nesses
títulos, ao lado superior esquerdo da label, temos somente o logotipo da
Nintendo, como destacado abaixo:

Interessante, não é mesmo? Como esse simples padrão visual, pode nos
dizer a respeito daquele determinado título.
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TARJA LILÁS – Faz referência somente aos jogos Licenciados pela Nintendo.
Outra particularidade, é a inclusão de um “Licensed By” (Licenciado por) em
cima do logotipo da Nintendo, no canto superior esquerdo da Label, onde jogos
Exclusivos de Tarja Vermelha, não possuem essa informação.

Outra característica, é que os nomes dos games não seguem um padrão


de cor ou tipografia, conforme os exclusivos. Você poderá notar também que
muitos desses títulos, possuem games para outras plataformas, como por
exemplo, o concorrente de geração de 16-Bits, o Mega Drive ou Sega Genesis,
como é chamado no Japão.

Agora que já sabemos diferenciar quando um jogo é Exclusivo ou


Licenciado pela Nintendo, vamos falar de outro ponto muito importante, se não
o mais importante, que são chamados de Serial Code (Código Serial).

Você sabia que cada jogo de Super Nintendo possui um código único de
identificação? São mais de 1000 códigos diferentes, entre jogos Americanos,
Japoneses e Europeus. E para que você não seja enganado(a), é importante
saber disso na hora de identificar a originalidade de um cartucho/label e placa.

Mais uma vez, vamos usar o clássico Super Mario World como exemplo
– Quem não ama o bigodudo? – onde destacaremos a seguir, o seu Serial Code
que é SNS-MW-USA-1. Todo Serial de jogos americanos, começam com a
nomenclatura SNS, seguidos pelo Game Code ou se preferir, em português
- Código do jogo.

O Serial Code é identificado na Label, no canto inferior esquerdo,


conforme podemos ver na Label destacada a seguir:
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Nota 1: Cartuchos Nacionais (Playtronic e Gradiente) não seguem


esse mesmo padrão. Todas as Labels são de tarja Vermelha,
independente se são jogos exclusivos ou não. Ambos também não
possuem os Serial Code no canto inferior esquerdo, porém os títulos
de jogos exclusivos se mantem escritos na cor verde e com a mesma
tipografia.

Label Versão Gradiente Label Versão Playtronic

Além do Serial Code, as labels nos trazem informações sobre o local de


fabricação dos cartuchos, onde encontraremos até três opções: Made in Japan,
Made in Mexico e o Assembled in Mexico.

Nota 2: Alguns jogos são exclusivos Made in Mexico, onde podemos


destacar grandes títulos como The Mask, Captain Commando, Hagane
the Final Conflict, Chrono Trigger, Doom Troopers, Nosferatu e entre
outros. Se você encontrar algum jogo exclusivamente de fabricação
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Made in Mexico, mas com uma label contendo fabricação como Made In Japan,
você tem em mãos no mínimo, um cartucho relabel.

Um outro ponto que podemos destacar, são as diferenças entre materiais


e qualidade, em relação a fabricação de determinado cartucho/label. Se tiver
como fazer esse teste, separe um cartucho Made in Japan, um Made in Mexico
e um Assembled in Mexico, coloque-os lado a lado e observe que, claramente
veremos uma grande diferença na qualidade do material.

Começando analisando por esse ícone aqui:

Você deve conhecer esse selo, não?

Todos os cartuchos Americanos possuem o Selo de Qualidade da


Nintendo na cor Dourado, e é um outro ponto crucial, que podemos notar logo
de cara, se temos em mãos um relabel ou não.

Para entendermos melhor, a seguir iremos fazer um exercício, onde peço


que observe essas duas imagens com muita atenção, pois é uma situação que
acredite, você pode encontrar facilmente a venda cartuchos nessas condições.
E se você não souber analisar, pode sair no prejuízo, o nos fazer lembrarmos do
famoso ditado popular que diz: “Comprar lebre por gato”.

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Analisando os padrões, podemos ver que ambas seguem as mesmas


características de games exclusivos, onde temos: Tarja Vermelha, Título
destacados na cor verde, Serial Code de acordo com a região e o game – SNS-
MW-USA-1.

Aparentemente tudo certo, não é mesmo? Agora vamos olhar mais


de perto:

Olhe com atenção e note a diferença.

Muitas vezes não percebemos, pois são detalhes mínimos, mas que
fazem toda a diferença. Caso você tenha dúvida sobre a originalidade de uma
Label, além de tipo de material que é confeccionada, informações sobre cor de
tarja e se é exclusivo ou licenciado, em muitos casos, apenas com essas
informações, podemos identificar um relabel mal feito ou um cartucho paralelo.
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O selo de qualidade Original é de nº 2 conforme vemos abaixo:

Selo original de Cartuchos Americano

Uma observação para deixar claro, é que cartuchos de Super Famicom


Europeus também possuem o Selo de Qualidade da Nintendo conforme vamos
abaixo:

Selo original de Cartuchos Europeus

Podemos notar que ele é muito similar ao americano, porém ele é


circular/esfera e não em elipse como o americano. Ficarmos atento também à
essas informações é extremamente importante, pois pode nos ajudar a
identificar imediatamente a originalidade de uma label.

Nota 3: Nenhum desses dois Selos são apresentados em Labels de


cartuchos Famicom Japoneses. Caso encontre alguma que possua,
tenha certeza que se trata de um relabel mal editado.

Ainda falando sobre Labels, vamos falar um pouco sobre as diferenças


que temos em cada uma, mas em relação ao material, aparência e qualidade
dos tipos que temos de fabricação.
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Por exemplo:

• Cartuchos Made in Japan – Labels mais resistentes, onde podemos


ver claramente que a label do cartucho possui uma película, dando mais
brilho e proteção, como se fosse um adesivo plastificado.

• Cartuchos Made in Mexico – Labels mais frágeis, pois as mesmas não


possuem essa película brilhante que falamos que existem nas Made in
Japan

• Cartuchos Assembled In Mexico – Essas sãos os mais simples e de


fato, muito frágeis, pois aparentemente são papéis impressos sem
proteção alguma. São finas e todo cuidados para esse tipo de cartucho
e label, são essenciais.

• Cartuchos Nacionais Playtronic e Gradiente – Assim como as Made in


Mexico, são mais frágeis e sem película protetora que vemos nas Made
in Japan. Todos os cuidados para esse tipo de label, também são
essenciais.

Agora que conhecemos um pouco mais sobre cada tipo de Label


americana, vamos analisar brevemente os cartuchos do Super Famicom –
Japonês.
Podemos notar nas imagens a seguir, que o padrão é totalmente diferente
como vemos nos americanos. Os layouts e o local onde ficam situados o Serial
Code dos jogos, diferenciam-se de jogo para jogo. Agora que sabemos como
funciona e como é apresentado o Serial nos cartuchos americanos, já
conseguimos identificar os mesmos em qualquer cartucho/versão, certo?

Abaixo temos a Label de versão Japonesa de Super Mario World, onde


usaremos para exemplificar que todo o Serial Code de cartuchos Japoneses,
começam com a nomenclatura SHVC.

Versão Super Mario World – Super Famicom (Japonês)

Com isso, podemos reparar uma similaridade entre todas a Labels


apresentadas até aqui. Repare que o Game Code é o mesmo. No caso do
Super Mario World é MW. Porém o Serial Code varia de acordo com a região,
conforme abaixo:
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• Jogos Americanos – SNS


• Jogos Japoneses – SHVC
• Jogos Europeus – SNSP

Nota 4: Alguns jogos possuem o Game Code com mais de 2 dígitos,


como por exemplo, Mega Man X3 na versão americana, onde seu Game
Code é SNS-AR3E-USA e em Super Famicom, conhecido como
Rockman X3, seu serial é SHCV-AR3J-JPN.

Versão Megaman X3 (Rockman) – Super Famicom (Japonês)

No caso de Super Mario World, percebemos a mudança somente de início


do Serial Code, mas o Game Code permanece o mesmo. Mas fica um alerta,
pois não é uma regra!

Ainda usando o exemplo de Mega Man X3 (Rockman X3 – Japão) que


mostramos anteriormente, podemos ver que em certos casos, além do nome do
jogo ou personagem, à a alteração do Serial Code por completo, como veremos
a seguir:

N
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Acredito que conseguimos entender bem, mas claramente você não precisa
decorar todos esses códigos, até porque, são mais de mil códigos diferentes,
mas o interessante é entendermos como são apresentados, caso precisemos
confirmar essas informações em um cartucho adquirido.

• Recomendo acessar os seguintes sites:

www.snescentral.com

www.jensma.de/snes/

Neles temos acessos a todos os games lançados para Super Nintendo, a lista
completa de Serial Code, Tamanho da ROM, informações sobre Fabricante,
Produtoras ou até Tipos de Placas (Placa – PCB, item que falaremos mais a
frente), etc. Recomendo muito, pois eles possuem um conteúdo muito rico de
informações, caso queira se aprofundar melhor sobre o assunto.

Agora que já sabemos tudo sobre as informações de uma label frontal, não
podemos deixar de falar sobre a Label traseira de um cartucho, que também
seguem um padrão de originalidade.

2º PASSO – ANALISANDO A LABEL TRASEIRA

Em relação a Label traseira de Cartuchos Made in Japan, Made in Mexico e


Super Famicom (Japonesas e Europeias), elas também possuem características
distintas como por exemplo, a cor acinzentada com texto branco e a principal
característica delas, quando se trata de originalidade, todas possuem uma
numeração em baixo relevo de 2 dígitos (em alguns cartuchos até 3
dígitos), onde nas versão de cartuchos americanos, sempre aparecerá situado
na parte superior esquerda, entre a palavra de alerta “IMPORTANT” e o início
de texto “MODEL NO. SNS...”, como podemos ver abaixo:
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1 – Código de 2 dígitos em baixo relevo;


2 – Fabricação do Cartucho com Serial de Região;

Uma observação importante que deve ser feito ao canto superior direito, onde
temos a fabricação, é que essa informação deve estar de acordo com a Label
Frontal do Cartucho.

Exemplo: Se tivermos uma Label frontal com Serial Code e MADE IN JAPAN,
mas a traseira está como MADE IN MEXICO ou ASSEMBLED IN MEXICO,
algo está errado! Só podemos concluir que a traseira daquele cartucho foi
trocada ou inserido um Relabel. Por isso, atenção nesse ponto!

A seguir iremos destacar alguns tipos de Labels traseira que vamos encontrar
nos cartuchos americanos. Talvez você já tenha reparado, ou não, mas note que
temos 3 tipos de textos diferentes.

Se você tem muitos cartuchos em sua coleção, pode procurar que


encontrará esses três tipos de descrição de precauções, conforme a seguir:
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Podemos estar nos perguntando – “Mas o que os padrões de escrita de


uma Label traseira, tem a ver com a originalidade de um cartucho?” – Um ponto
curioso em relação a essa diferença de textos nas labels traseiras, é que, se
você for detalhista/perfeccionista, e quer seu cartucho perfeito, como ele deve
ser no padrão fabricado, você vai começar a repara nisso a partir de agora. Se
você pegar um jogo e pesquisar anúncios sobre ele ou até mesmo,
consultar aquele amigo que possuí um completo, com caixa, as famosas
CIB’s como chamadas (CIB – Complete in Box / Completo na Caixa) e
perceber que aquele determinado títulos, tem por padrão uma determinada Label
Traseira (texto específico entre os três tipos exemplificado), se o seu cartucho
estiver com outro padrão de escrita, pode significar que a traseira do seu
cartucho foi trocada. – Acredite, isso pode acontecer! – Você se importaria, se
descobrisse isso? Curioso, não?
Falaremos agora de características de Labels - Cartuchos Assembled
in Mexico, pois temos algumas diferenças nos padrões. Labels traseiras
temos acinzentadas e esverdeadas ou em outros casos, não existe uma
Label, mas sim, as informações são gravadas em alto relevo diretamente no
plástico da carcaça, como veremos nas próximas imagens. Assim como as
Made in Mexico, também não possuem 2 ou 3 dígitos em baixo relevo.

Vejamos:
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1 – Não possui código de 2 dígitos em baixo relevo;


2 – Fabricação do Cartucho com Serial de Região;

E para quebrar totalmente os padrões, a outra versão de Cartuchos


Assembled in Mexico são muito mais específicos, pois conforme falamos
anteriormente, alguns possuem as informações Gravadas em alto relevo na
carcaça, como vemos na imagem a seguir.

1 – Não possui código de 2 dígitos;


2 – Fabricação do Cartucho com Serial de Região;

Nota 5: Se você encontrar um cartucho com esse padrão, não quer dizer
que ele seja paralelo, pois é uma dúvida de muitos. Foram feitos dessa
forma provavelmente para economia, devido a qualidade de fabricação
e por sair totalmente fora dos padrões dos demais cartuchos. Essa é
uma dúvida frequente entre pessoas que começam a colecionar, mas
sim, é um dos padrões de originalidade nesse tipo de fabricação.

A seguir temos as Labels encontradas nos Cartuchos Nacionais – Playtronic


e Gradiente. São muito parecidas, onde a informação que se diferencia é o
Fabricante. Um outro detalhe nessas Labels nacionais, que talvez você já tenha
notado, é que as veremos sempre coladas acima de uma label americana.
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Nota 6: Jogos nacionais (Gradiente e Playtronic) não possuem a


numeração de 2 dígitos em baixo relevo e nem a informação Made In
Japan ou Mexico no canto superior direito, como são apresentadas nas
labels traseiras de cartuchos americanos. Todas as labels são em
português, com um aspecto um pouco mais simples como podemos ver.

E para finalizar, vamos falar da Japonesas, onde elas também possuem a


label com cor acinzentada e todas possuem a numeração em baixo relevo
de 2 ou 3 dígitos, assim como as americanas.

1 – Fabricação do Cartucho Exclusivo Super Famicom;


2 – Possui código de 2 dígitos em baixo relevo;

Agora que já conhecemos e somos expert em relação a identificação das


Labels, iremos falar sobre os tipos de Carcaças e suas características.
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3º PASSO – ANALISANDO O TIPOS DE CARCAÇAS

Na versão de cartuchos de Super Nintendo Americano, tivemos 2 tipos de


carcaças lançadas. O primeiro modelo de cartucho foi desenvolvido para a
primeira versão do Console Super Nintendo Americano, também conhecido
como o modelo SNS-001, onde podemos destacar uma de suas principais
características, que era possuir uma trava, que como o nome já diz, servia
para travar/bloquear os cartuchos ao ligarmos o console, evitando assim,
enquanto um console estava ligado/funcionando, não fosse possível retirar o
cartucho. – Uma questão de segurança.

Nota 7: Obviamente não é recomendado tentar retirar um cartucho do


console ligando e funcionando, independentemente se houver uma
trava ou não, pois pode danificar o slot do console ou até mesmo
componentes do próprio cartucho.

E claramente, como o console possuía essa trava, os cartuchos


inicialmente foram projetados de forma que se encaixassem, afinal, não fazia
sentido ter uma trava, se os cartuchos não fossem adaptados de acordo. Sendo
assim, todos os cartuchos lançados inicialmente seguiam as seguintes
características:
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Nota 8: Cartuchos com encaixe de trava, todos tem por padrão o


parafuso na cor prata. Sem exceção. Se você pegar um cartucho
nesse formato com parafusos dourados, fique atento, pois
provavelmente ele foi trocado.

Com o avanço e evolução do console, a Nintendo resolveu retirar a trava


de encaixe, onde os designers acabaram modificando também o formato dos
cartuchos, surgindo assim, o segundo e último modelo conforme vemos a seguir:

Nota 9: Sobre esse modelo de cartucho sem trava, em sua grande


maioria, possuem parafusos Gamebit 3.8 na cor dourado, mas
temos alguns casos que exceção, onde podemos encontrar alguns
jogos originas com os parafusos prateados. Exemplo: The Lost Vikings
(Interplay) é um jogo que vemos sempre com parafuso prateado. Isso
implica que, para alguns cartuchos de formato sem trava, essa característica não
é uma regra, mas com certeza, a maioria dos cartuchos que temos e vamos
encontrar nesse formato, estarão com parafusos na cor dourado.

E como já estamos falando deles, outra caracteristica de todos os


cartuchos lançados e originais, tanto Americanos, Japoneses, Europeis e
Nacionais, é o tipo de parafuso usado. Todos eles utilizam os parafusos
Gamebit 3.8.
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Nota 10: Ter uma chave Gamebit 3.8 para abrir seus cartuchos, é
obrigatório para verificar se o cartucho é 100% original. Item que
veremos no próximo assunto.

Seguimos com mais detalhes das carcaças americanas:

Nota 11: Um ponto importante, é que em muitas carcaças Paralelas,


não encontramos o logotipo de Nintendo conformo a imagem acima. É
um outro ponto que podemos logo encontrar e identificar uma carcaça
paralela.

Mais uma característica que podemos também analisar para evidenciar


se aquela carcaça/cartucho é original, onde todos eles possuem um código
na parte interna da carcaça. Esses códigos ficam localizados conforme o Zoom
a seguir:
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Na imagem ajuda a exemplificar e entendermos melhor, onde temos uma


carcaça frontal de um cartucho original, que apresenta o Código F(A) – 68.

Nota 12: Como um cartucho é composto por duas partes, sendo carcaça
frontal e carcaça traseira, ambas as partes possuem um código
diferente e em alto relevo. Sendo assim, são dois códigos no total,
diferenciando-se de cartuchos paralelos, que não possuem essa
marcação.

Esses códigos não seguem um padrão, não sabemos se é de acordo


com lote de fabricação e não temos como identificar o que significam, mas
somente carcaças originais possuem essas marcações em alto relevo.

Essas foram as principais características de uma carcaça original, e


rapidamente iremos ver as principais características de carcaças americanas
paralelas:
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• Textura do Plástico – Observe que as carcaças de cartuchos paralelos


são mais ásperas e possuem um acabamento mais “grosseiro”, além de
muitos casos, uma coloração mais escura.

• Parafusos – Muitas não possuem parafuso ou são de encaixe. Possuem


travas nas partes internas, que substituem os parafusos.

• Logotipo da Nintendo Traseira - Muitas carcaças paralelas não


possuem o logotipo de Nintendo na parte traseira.

• Detalhes - Carcaças paralelas não possuem o código em alto relevo nas


partes internas, conforme vimos no caso das carcaças originais e em
certos casos, no local da label traseira, os dados são gravados em alto
relevo, assim como em algumas carcaças Assembled in Mexico que
víamos anteriormente.

E não poderíamos deixar de falar da carcaça de jogos de Super Famicom


- Japonês, pois assim como o modelo de console americano SNS-001, o Super
Famicom também foi projetado com uma trava para prender/encaixar os
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cartuchos ao ligarmos o console. No entanto no Super Famicom, essa trava


sempre se manteve e não foi removida posteriormente, como aconteceu no
console americano.

Consequentemente, todos os cartuchos de Super Famicom, possuem a


abertura na carcaça para o encaixe dessa trava e também utilizam os parafusos
Gamebit 3.8. E para exemplificar, também veremos uma carcaça de um Super
Mario World de Super Famicom.
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Nota 13: Cartuchos Super Famicom, possuem abertura para


parafusos Gamebit 3.8, diferente dos paralelos que são de
encaixe/travas. Outro ponto característico de uma carcaça original é
que atrás do cartucho não possui uma abertura de encaixe no
console, como vemos nos cartuchos americanos, características que já
encontramos nos paralelos, que foram feitos para rodar em qualquer console
(Americano ou Japonês). - Demonstraremos mais à frente.

Assim como falamos anteriormente sobre o código na parte interna das


carcaças americanas, as carcaças originais Japonesas também possuem os
códigos em ambas as partes, ou seja, na carcaça dianteira e traseira.

A seguir uma imagem para exemplificar e entendermos melhor, onde


temos uma carcaça frontal como exemplo, que apresenta o Código WF-13.

Essas foram as principais características de cartuchos originais de Super


Famicom e rapidamente iremos ver também, as principais características de
carcaças Japonesas e Europeias paralelas:
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• Textura do Plástico – Observe que geralmente as carcaças de cartuchos


paralelos, possuem coloração diferente das originais e podem variar
também na textura.

• Parafusos – Muitas não possuem parafuso ou o mesmo são de encaixe


com travas/pinos, como acontece nas paralelas americanas.

• Logotipo da Nintendo Traseira – A maioria das carcaças paralelas de


Famicom, assim como americanas, não possuem o logotipo de Nintendo.
E casos mais específicos, você pode encontrar no lugar do logo da
Nintendo a palavra “Nintende”.

• Detalhes - Carcaças paralelas não possuem o código em alto relevo nas


partes internas, conforme vimos no caso das carcaças originais e no local
onde deveria constar uma Label impressa, as informações podem ser
gravadas no plástico em alto relevo, como citamos nas paralelas
americanas.

Nota 14: Sobre tonalidades de carcaças que citamos, não podemos


deixar de falar sobre o fenômeno de amarelamento que ocorre em
carcaças e consoles originais, pois diz respeito a uma reação química
que acontece no plástico, devido o tipo de material utilizado na
fabricação. Em relação ao seu armazenamento, o plástico fica amarelado
devido exposição em determinados locais, sendo necessário sempre deixá-
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los em local arejado, evitando ambiente/clima quente. Nota uma facilidade


maior de amarelamento, em casos de cartucho Made in Mexico e Assembled in
Mexico, pois a qualidade do material é inferior aos Made in Japan.

Agora que já temos bastantes informações sobre Label, Carcaças e suas


características em geral, temos um último ponto que é extremamente importante
para fecharmos a nossa análise de cartuchos originais por completo. E para isso,
te aconselho a pegar a sua chave Gamebit 3.8, se ainda não estiver com ela em
mãos, pois vamos precisar.

4º PASSO – ANALISANDO UMA PLACA 100% ORIGINAL

Chegamos a um dos pontos mais importantes, que nos trará mais


informações valiosas e juntos, poderemos entender e concluir nossa
avaliação/identificação de cartuchos 100% originais de Super Nintendo.

Antes de darmos andamento, você sabe o que é uma placa? Se não, segue
uma breve explicação:

• Circuito eletrônico miniaturizado construído sobre uma fina


superfície que contém materiais semicondutores e outros tipos de
componentes.

Pois bem, é na placa que encontramos informações valiosas para


definirmos nossa análise, além de admirarmos essa bela “placa de circuitos”, de
cor verde brilhante, com detalhes dourados, que todo colecionador de jogos
originais deseja encontrar quando abre o cartucho.
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Após abrir o cartucho e com uma placa em mãos, vamos precisa confirmar
as seguintes informações, que foram mapeadas na imagem abaixo:

1 – Logotipo da Nintendo em Dourado – Pode ser encontrado na parte


superior da placa, conforme nosso exemplo ou em muitos outros casos, nas
laterais. O importante é que você se depare com o ano de lançamento e o
logotipo da Nintendo, caso contrário temos um problema, afinal toda placa
original possui essa informação estampada na cor dourada.

2 – Código PCB (Printed Circuit Board ou Placa de Circuito Impresso) –


PCB diz respeito a uma placa trilhada com cobre, onde nessas trilhas correm a
eletricidade. Nela também encontramos espaços para solda de componentes
que são destinados para determinados fins/funções. Cada tipo de placa, é
identificada por esse serial, que diz respeito ao tipo de PCB da placa. Todas as
placas originais possuem essa codificação e elas ficam situadas próximas ao
logo da Nintendo (Item 1 do mapeamento da placa) e sempre começam com
as iniciais SHVC.

3 – Mask-ROM (Mask - Read Only Memory ou Máscara – Somente Leitura


de Memória) – É um tipo de chip de memória que armazena dados, mas
somente para leitura. Nele são gravados os dados pelo fabricante, onde a ideia
na época, era que os dados não pudessem ser alterados. É nele que são
gravados os arquivos/dados do jogo e o ponto mais importante para se analisar
em um Chip, onde conseguiremos identificar de fato, se o Serial Code está de
acordo com a Label do Cartucho.
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Mas antes de seguirmos, vamos deixar claro uma coisa que muitos
colecionadores tem dúvida, mas hoje iremos tira-la. Muitos falam sobre a
gravação dos Jogos serem em EPROM, porém o correto é Mask-ROM.

Vamos entender a diferença?

Mask-ROM (Mask - Read Only Memory ou Máscara – Somente Leitura de


Memória) – Conforme citamos, é um tipo de memória somente para leitura dos
dados gravados, onde (teoricamente) quando foram criados, foram projetados
para os dados não serem apagados ou substituídos.

Mask-ROM

Como estamos falando de um sistema de mais de 30 anos em utilização,


com o avanço da tecnologia, hoje em dia, existem equipamentos/softwares que
conseguem realizar essa alteração dos dados de uma Mask-ROM.

O que devemos sempre fazer para confirmar, se de fato tudo está de


acordo, é sempre confirmarmos se o Serial Code que está na label está igual
o Cadastrado na Mask-ROM – Calma, vamos falar disso na sequência, assim
que deixarmos claro a diferença entre esses componentes. – Isso vai garantir a
originalidade.

EPROM (Erasable Programmable ROM ou Memória Somente de Leitura


Programável Apagável) – Diferente da Mask-ROM, ele foi criado de forma que
seus dados possam ser apagados e substituídos. Note também que fisicamente
ele tem um grande diferencial, pois a EPROM possui um componente
chamado Chip Sílico, que fica visível por uma janela e que por dele, os dados
podem ser alterados por equipamentos/softwares, através de Luz Ultravioleta.
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EPROM - Chip Sílico

Acredito que tenha ficado claro agora, a diferença entra Mask-ROM e


EPROM, certo?

E um alerta, se você tiver algum jogo com placa original, mas com EPROM
no lugar de Mask-ROM, sinto lhe dizer, mas a placa foi alterada e não se trata
de uma placa 100% original! EPROM são utilizadas em protótipos ou games
Repro.

Agora que já sabemos diferenciar teoricamente e fisicamente uma Mask-


ROM de uma EPROM, vamos para a análise final das informações e conclusão
sobre os dados que precisamos confirmar em uma placa 100% original. E para
isso, vamos voltar lá no início de nossa análise de Labels, onde observarmos o
Serial Code, no começo do tutorial. – Se recorda?

Segue mais uma vez, a label de Super Mario World – Versão americana.

Propositalmente, estamos analisando uma placa, de um cartucho do


Super Mario World e para comprovarmos se realmente é original, temos que
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observar se o Game Code que consta na Label dianteira do cartucho (MW), é o


mesmo cadastrado na Mask-ROM.

Sabemos que o Serial Code cadastrado na Label de Super Mario World é


SNS-MW-USA-1, mas em uma Mask-Rom, as informações que devem ser
idênticas à Label, são os dígitos que estamos destacando a seguir:

• SNS-XX-USA

Sendo assim, o que é importante confirmar, são os dígitos SNS-XX, conforme


a seguir no demonstrativo:

SNS-MW

Repare que o Serial SNS-MW que consta na Label, é o mesmo cadastrado


no Mask-Rom. Isso é um bom sinal, afinal é o que queremos ver e constatar,
certo?

Esse mesmo procedimento também se repete nos cartuchos Japoneses,


Europeus e Nacionais, mas lembrando que a nomenclatura de cada Região é
diferente.

Recapitulando:

• Cartucho/Jogo formato Americano – SNS


• Cartucho/Jogo formato Japonês – SHVC
• Cartucho/Jogo formato Europeu – SNSP

Nota 15: Cartuchos Nacionais levarão a nomenclatura SNS, pois são


de formato Americano, porém desenvolvidos pela Playtronic e Gradiente
no Brasil.
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É importante conhecer as nomenclaturas, pois todos os Chips de memórias


originais possuem essas codificações/serial.

Vamos ver outro exemplo?

Vejamos a seguir uma placa original Japonês de um cartucho de Super


Famicom e do mesmo Jogo, no caso, o Super Mario World, onde destacamos o
Serial Code do Chip/Mask Rom:

SHVC-MW

Repare também que, assim como na versão americana, o Serial Code que
consta na label do cartucho (SHVC-MW), é o mesmo cadastrado no Mask-Rom.
Sendo assim, está correto!

Repare também, que o formato da placa americana e o japonesa, são


idênticos, mas o que nos faz perceber se um é americano, o outro japonês, é o
Serial Code da Mask-Rom.

Nota 16: Cartuchos nacionais (Playtronic e Gradiente) não


possuem o código do jogo na Label, mas no Chip que consta na
placa, sim. Sendo assim, você também consegue confirmar se a placa
é original, se a Mask-Rom está correta ou em caso que estiver dúvida,
basta pesquisar em www.snescentral.com ou www.jensma.de/snes/
o código da Mask-Rom, que conseguirá identificar qual jogo se refere.

E por último, mas não menos importante, vamos falar da bateria.


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4 – Bateria – Sobre a bateria, não são todos os jogos que possuem uma, pois
ela serve para manter os dados de jogos salvos, ou seja, para que possamos
continuar a jogar, do último ponto de salvamento.

Podemos destacar alguns jogos como o próprio Super Mario World, Super
Metroid, Donkey Kong Country (todos), Chrono Trigger, Zelda, Super Mario RPG,
Ilusion of Gaia, entre outros. São jogos que podemos ter Save Point (Ponto de
Salve).

Nota 17: Se você encontrar alguns desses jogos sem bateria verifique
os demais componentes, como a Mark Rom por exemplo, para constatar
uma reprodução.

Se você acompanhou todas essas informações com cartuchos abertos,


vendo e analisando passo a passo, com certeza conseguiu assimilar melhor as
informações, mas não se preocupe, pois é só retornar e ver as partes que ficou
em dúvida, mas com um cartucho em mãos.

Estamos chegando ao fim desse pequeno tutorial e se diante de todas


essas confirmações de dados que aprendemos, se tudo estiver de acordo no seu
cartucho, fiquemos felizes, pois temos a certeza que você tem em mãos, um
cartucho 100% ORIGINAL!

Antes de encerrarmos, a seguir faremos um breve resumo e traremos


também algumas curiosidades interessantes para que possamos aprender mais
algumas coisas sobre os cartuchos e o mundo retro game.

RECAPITULANDO

Considerando tudo que aprendemos, vamos fazer um breve resumo para


complementarmos as informações:

1 – Analise das Labels – Dianteira e Traseira;

• Podemos descobrir se um cartucho é Relabel pela cor da Tarja e se for


exclusivo, não deve ter o “Licensed By” acima do logo da Nintendo, no
canto superior esquerdo.

• Fiquem atentos ao Serial Code, pois alguns Relabels são mal editados,
onde o código está diferente do original gravado na Mask-ROM ou até
mesmo do com serial de outro jogo.

• Atenção ao padrão do Selo de Qualidade da Nintendo e o material da


label;
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• Fique atento a fabricação (Made in Japan, Made in Mexico ou Assembled


in Mexico). Conforme comentamos, alguns jogos são exclusivamente
Made In Mexico, onde podemos nos deparar com um jogo exclusivo Made
in Mexico, mas com Serial Code Made in Japan. Logo deduzimos que se
trata de um Relabel mal editado.

• Fique atento se o local de fabricação na label frontal, é replicado na label


traseira. Se estiver diferente, já temos indícios de um Relabel ou traseira
trocada;

• Lembre-se, Label traseira de Jogos Made In Japan e Made in Mexico,


Japonesas e Europeias, possuem o Código de 2 até 3 dígitos em baixo
relevo. Jogos Assembled in México possuem uma label geralmente
esverdeada e não possuem essa numeração.

2 – Tipo de Carcaça – Material e Padrões;

• Atenção a jogos com carcaças que possuem o encaixe de Travas do


console SNS-001 (Americanas), pois todos são de padrão Parafusos
Gamebit 3.8 na cor Prata. Se encontrar algum com parafuso na cor
dourado, é sinal que pelo menos, os parafusos forma alterados;

• Alguns jogos foram lançados na versão de carcaça com trava e na versão


sem trava. Podemos citar por exemplo o Super Mario World ou o Star Fox.
Caso encontrar algum com a carcaça nas duas versões, faça as análises
das demais informações que aprendemos, pois somente isso, não
determinará a originalidade.

• Caraças 100% originais, possuem o código na parte interior das carcaças,


sendo dois códigos, um na carcaça Frontal e outro na carcaça Traseira;

• 100% das carcaças originais de Cartuchos de Super Famicom (Super


Nintendo Japonês e Europeu), possuem parafuso Gamebit 3.8 e não
possuem abertura traseira de encaixe no console. Já as paralelas, são ao
contrário.

3 – Analise da Placa e suas Características;

• Deve possuir o ano de lançamento e o Logo da Nintendo em Dourado


na parte superior ou nas laterais;

• Deve possuir o Código do PCB em Dourado, com as iniciais SHVC-XX;

• A Mask-Rom, devem conter o código de serial, conforme a Label Frontal


- Exemplo: SNS-XX ou SHVC-XX

• Alguns jogos específicos como Super Mario World, Super Metroid,


Donkey Kong Country (todos), Chrono Trigger, Zelda, Super Mario RPG,
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Ilusion of Gaia, salvam seus dados para que possamos continuar jogando
de onde paramos. Então fique atento, se a placa possui uma bateria.

CURIOSIDADES

Também deixaremos algumas curiosidades que vamos encontrar e que


também fogem dos padrões que apresentamos. Acredito que em alguns casos,
assim como eu, você também irá se perguntar a mesma coisa: “Mas porquê?”.

Veremos algumas labels de grandes títulos que tem suas particularidades,


começando com esse lindo Selo. Em algum momento você deve ter visto algum
cartucho com esse Selo dourado na Label, não?

O Selo de Player Choice Million Seller da Nintendo, ou nada mais, nada


menos que em português: “Escolha do Jogador Vendedor de Milhões”.

Alguns grandes Títulos de Super Nintendo recebem esse título, pois foram
clássicos que venderam mais de 1MI de cópias! Devido a isso, a Nintendo
desenvolve essa edição especial, onde esses títulos, além da versão Black
Label, possuem as conhecidas Million Seller’s.

Reparemos que a tarja nessa versão é dourada, assim como o Selo e o Logo
da Nintendo. Podemos destacar jogos que possuem essa versão: Super Mario
World, Supe Metroid, Zelda, Donkey Kong Country, Super Mario All Star, F-Zero,
entre outros.
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Versão Player Choice Million F-ZERO – Americano

E por falar em clássico, quem nunca viu o cartucho de Killer Instinct Preto? –
Coisa linda não é mesmo!?

Reparemos que nele, comparados com as demais Labels, não temos a


mesma ordem de apresentação do Serial Code. Nos demais cartuchos temos
primeiro o Serial Code e abaixo Made in Japan ou Made In Mexico por exemplo.
Mas nessa versão não, acima temos a Fabricação e abaixo o Serial Code. Erro
de edição? – Vai saber.

Versão Killer Instinct – Americano (Cartucho Preto)

Mas esse pequeno detalhe, não é nada, quando nos referimos à versão
de Killer Instinct, mas produzido pela Playtronic no Brasil.

Além dessa versão preta, temos o cartucho cinza padrão, mas alguém
consegue explicar o motivo da label ter detalhes em rosa!?
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Versão Killer Instinct – Playtronic (Cartucho Cinza)

É a única versão que possui uma Tarja, Logos da Nintendo, Logo da


Playtronic e Selo de qualidade na cor rosa!!!

Diferente demais, não é? Mas temos que concordar que é linda e para
colecionadores, um prato cheio ter essa versão na coleção!

Outra curiosidade é Earthbound, jogo raro de ser ver hoje em dia e com a
sua procura, se valorizou demais também.

Mas a curiosidade sobre a label, é que ele não possui o local de fabricação
e sim, somente o Serial Code. É mais um que foge dos padrões que estamos a
costumados a ver por.

Versão EarthBound – Americano

O próximo que veremos é grande conhecido da comunidade gamer. Street


Fighter Alpha 2, considerado um milagre por ter sido lançado para Super
Nintendo.
Repare que, não se trata de um game exclusivo da Nintendo, mas ele
possui a tarja vermelha no canto superior direito. Outra particularidade, é que
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também não tem o “License By” no canto superior esquerdo, acima do Logotipo
da Nintendo.

Versão Street Fighter Alpha 2 – Americano

- Vai entender o que aconteceu aqui!

Um outro detalhe que foge dos padrões, é a Label de Mega Man X2.
Repare que aquele “Seta” Lilás que temos sempre no canto superior esquerdo,
abaixo do Logotipo da Nintendo – está lá em baixo, acima do Selo de Qualidade.
Erro de edição também? Dá a impressão que os itens não foram bem
organizados na Label e acabaram tudo “agrupado” no canto abaixo.

Versão Mega Man X2 – Americano

Temos também uma diferença nos padrões dos exclusivos, quando se


trata de Yoshi Island. Podemos ver que o título do game não está na cor verde
como padrão de jogos Exclusivos, mas sim em Amarelo.
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Versão Yoshi Island – Americano

- Estranho né? Mas tudo bem!


E para finalizar, outra particularidade – A mais esquisita na minha
opinião! – é Super Metroid Lançado pela Playtronic.

Versão Super Metroid – Playtronic

Todos sabemos que Super Metroid é um dos clássicos da Nintendo e


claro, um dos maiores títulos dos Exclusivos também, mas o que é muito
esquisito nessa versão, é o “Licenciado Pela”, escrito acima do logotipo de
Nintendo, no canto superior esquerdo.
É o único título que possui essa particularidade (Versão Playtronic) e que
nos remete a seguinte pergunta: “Se é um jogo exclusivo da Nintendo, como
explicar o “Licenciado pela”? Fica difícil de entender, mas se você encontrar
um desses, não deduza que se trata de um Relabel sem olhar os demais
componentes, pois todos os Super Metroid da Playtronic - 100% originais
possuem essa particularidade.
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DICIONÁRIO RETRO GAMER

Aqui resolvemos inserir algumas explicações do Dicionário que é usado


na comunidade de jogos Retro Game, onde podemos destacar os seguintes:

CIB (Complete in Box – Completo na Caixa) – Sigla criada para classificação


de jogos completos, ou seja, aqueles que possuem todos os itens de fabricação.
Exemplo:

• Caixa;
• Berço;
• Cartucho;
• Manual;
• Cartão Resposta;
• Panfletos;
• Poster (em alguns casos);

Loose (Solto) – Termo usado para qualquer item que esteja solto, ou fora da
caixa, blister ou embalagem. Essa denominação não somente é usada para
cartuchos, mas também para outros colecionáveis, como Action Figures por
exemplo – Chamava de hominho na minha época.
Então agora, se você ouvir a palavra loose, já sabe do que se trata.

Mint (Hortelã/Menta) – Faz referência a cartuchos impecáveis. Aqueles que


acabaram de sair da caixa, que cheiram a novo (daí o nome Menta – devido ao
cheiro), sem detalhes.

Near Mint (Perto de Hortelã/Menta) - Faz referência a cartuchos em ótimo


estado, porém que podem conter pequenos arranhões. Seria o mais próximo
de Mint ou impecável.
Se um cartucho tiver um risco na Label ou na carcaça, qualquer detalhe, o
mesmo já não se enquadraria na categoria Mint. Lembre-se MINT = SEM
DETALHES.

Label (Rótulo) – Conforme vimos durante o tutorial, são nada mais nada menos,
que os Rótulos dos cartuchos. Nela encontramos a arte/ilustração, Nome do
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Título, Serial Code, Produtora, entre outras informações. Em resumo, seria a


capa de um livro.

Relabel (Reetiquetado) – Termo usado para cartuchos que são feitos a troca
das labels. Muitas vezes uma label está muito danificada, desgastada e com
detalhes, podemos tomar essa decisão de troca-las, mas lembrando, esse
procedimento acaba retirando a originalidade do cartucho.
Há uma grande discussão entre colecionadores sobre esse tipo de
procedimento, onde muitos defendem que não se deve fazer, mas outros já não
se importam tanto com isso e fazem sempre que estão desconfortáveis diante
de um cartucho com labels desgastadas.

Serial Code (Código Serial) – Nome dado a nomenclatura e código do jogo


(Game Code) registrado na Label dianteira de cada cartucho e no Mask-Rom.
Também através dele, conseguimos confirmar se de fato o Game Code está
gravado na label ou na Mask-Rom está correto.

Game Code (Código do Jogo) – A tradução já diz respeito ao que se refere. O


Game Code é apresentado no meio do Serial Code, localizado na Label frontal
dos Cartuchos e na Mask-Rom
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CONCLUSÃO

Muitas informações, não é mesmo? E aí, achou difícil assimilar todas as


ideias apresentadas?
Acredito que muitas coisas você já sabia, mas se não, fico feliz de ter
contribuído com um pouco de conhecimento, sobre esse mundo que amamos e
acompanhamos diariamente seu crescimento, que é o Mundo Retro Game.
Acredito que após essa leitura, você passará a olhar os cartuchos, labels,
placas e chips de jogos de Super Nintendo com um outro olhar, onde ficará difícil
passar um cartucho paralelo ou relabel por suas mãos, sem uma conclusão de
sua originalidade.
Lembrando que a ideia desse tutorial, independente se você coleciona
cartuchos originais ou paralelos, é trazer informações que possam agregar
conhecimento do mundo retro game, que cresce cada vez mais no Brasil e no
Mundo. Afinal, retro games não somente nos trazem boas lembranças do
passado, aquela nostalgia boa da infância, mas também nos trazem novas
amizades nos dias de hoje, afinal temos a nova geração que vem chegando e
se apaixonando tanto quanto nós, as eternas “crianças dos anos 90”.
E lembrem sempre que videogame é diversão, lazer, cultura e muito, mas
muito aprendizado!
E deixo aqui uma frase que representa o que me motivou a criar esse
conteúdo.
“O conhecimento ninguém tira de você, entretanto compartilhar
sempre nos motiva a aprender mais!”
Adilson Alves Maranhão – Pensador

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