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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE DO CENTRO DE

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA DA UNIMONTES


PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO

Elaborada por: Thalita Ferreira Galvão Lima


ESTADO DE MINAS GERAIS

Romeu Zema Neto


GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Paulo Eduardo Rocha Brant


VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Julia Figueiredo Goytacaz Sant’Anna


SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES

Antônio Alvimar Souza


REITOR

Ilva Ruas Abreu


VICE-REITORA

Helena Amália Papa


PRÓ-REITORA DE ENSINO

Márcio Antônio Alves Veloso


DIRETOR DA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE DO CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - ETS/CEPT

Laura Maria Pinheiro Leão


COORDENADORA PEDAGÓGICA DA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE DO
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - ETS/CEPT

Jacqueline Maia Lima


ORIENTADORA PEDAGÓGICA DO PRONATEC/MEDIOTEC DA ESCOLA
TÉCNICA DE SAÚDE DO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA - ETS/CEPT

Kátia Cilene Gonçalves Maia


COORDENADORA GERAL DO PRONATEC/MEDIOTEC DA ESCOLA TÉCNICA
DE SAÚDE DO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA -
ETS/CEPT
DEMANDANTE Universidade Estadual de Montes Claros/Escola Técnica de Saúde do centro de
Educação Profissional e Tecnológica – ETS/CEPT/Unimontes
CNPJ 22.675.539.0001-00

ENDEREÇO Rua Coronel Celestino, 65 – Centro- Montes Claros

FONE 38 3229 8594

PROGRAMA Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC


SUMÁRIO

1.0 Fundamentos da Administração ..................................................................................................................... 9


1.1 As pessoas e as organizações ............................................................................................................................. 9
1.2 Funções da administração: planejamento, organização, direção e controle........................................................ 10
1.3 Trabalho em equipe, relacionamento interpessoal ............................................................................................ 15
1.4 Estrutura, cultura e comportamento organizacional .......................................................................................... 16
1.5 Áreas funcionais de uma organização (finanças, contabilidade, marketing /comercial; produção/logística e
recursos humanos). ............................................................................................................................................... 21
2.0 Empreendedorismo: conceitos básicos ......................................................................................................... 29
2.1 O Empreendedor: Perfil, Qualidades, Habilidades e os tipos de Competências. ................................................ 33
2.2 Empreendedorismo corporativo e inovação...................................................................................................... 34
2.3 Estudo de Mercado e tendências ...................................................................................................................... 38
2.4 Identificação de Oportunidades e Ameaças ...................................................................................................... 44
2.5 As avaliações e seus instrumentos ................................................................................................................... 47
2.6 Microempreendedor individual ........................................................................................................................ 50
2.7 Desenvolvimento do Espírito empreendedor .................................................................................................... 52
2.8 Economia solidária: conceitos e aplicação no desenvolvimento econômico social de país ................................ 54
3.0 Noção de Gestão de Empresas - Teorias gerais da Administração .............................................................. 58
3.1 Ambientes micro, meso e macro ...................................................................................................................... 59
3.2 O que é gerenciar ............................................................................................................................................ 62
3.3 Características de uma gestão eficaz ................................................................................................................ 64
3.4 Abordagem básica sobre Estratégia ................................................................................................................. 67
3.5 Noções de Administração Financeira e Orçamentária....................................................................................... 68
3.6 Supervisão dos procedimentos administrativos, as metodologias e rotinas utilizadas nas diversas áreas
funcionais da empresa ........................................................................................................................................... 69
3.7 Formação de preço e margem de produtos e serviços com base na identificação de custos diretos, indiretos, fixos
e variáveis, tendo como referência as estratégias da empresa ................................................................................. 74
3.8 Noções básicas de Contabilidade ..................................................................................................................... 77
3.9 Noções de Matemática Financeira ................................................................................................................... 89
3.10 Noções de Informática ................................................................................................................................... 94
4.0 O papel do Assistente administrativo no ambiente empresarial ................................................................ 119
4.1 As organizações no contexto atual. ................................................................................................................ 121
4.2 Organogramas funcionais .............................................................................................................................. 121
4.3 Rotinas de escritório ...................................................................................................................................... 124
4.4 Ética profissional........................................................................................................................................... 127
4.5 Comunicação Empresarial ............................................................................................................................. 133
4.6 Sistema de documentação e arquivos ............................................................................................................. 137
4.7 Modelos de colaboração e estilos de gestão ................................................................................................... 139
4.8 Cultura de excelência e Liderança ................................................................................................................. 144
4.9 Variáveis que afetam o comportamento organizacional .................................................................................. 145
4.10 O papel e os desafios do gestor .................................................................................................................... 147
4.11 Perspectivas teóricas e aplicadas de motivação ............................................................................................ 151
4.12 Tomada de decisão em administração .......................................................................................................... 154
4.13 . Equipes de alto desempenho ...................................................................................................................... 156
4.14 As diferentes naturezas das organizações ..................................................................................................... 159
4.15 As múltiplas estruturas organizacionais: definição, complexidade, formalização, tamanho. .......................... 159
4.16 Novas formas organizacionais ..................................................................................................................... 165
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................. 170
APRESENTAÇÃO

A Escola Técnica de Saúde do centro de Educação Profissional e Tecnológica –


ETS/Unimontes é uma instituição pública que tem como objetivo oferecer educação pública, gratuita
e de qualidade, buscando o desenvolvimento social, tecnológico e econômico do país e da região.
Visando atender a demanda local e regional é que propomos o curso de Curso de Formação Inicial e
Continuada (FIC) em Assistente administrativo.
Nesse sentido, a formação inicial e continuada se apresenta enquanto uma oferta
educativa, voltada particularmente para a educação profissional e tecnológica, que propicia
concomitantemente a qualificação, bem como a requalificação e o desenvolvimento profissional de
trabalhadores nos diversos níveis de escolaridade e de formação.
Para tanto, tal formação se alicerça em ações pedagógicas, de caráter teórico-prático,
instituídas como o intuito de solucionar demandas sociais e educacionais no que tange à formação e
a qualificação profissional, a partir de iniciativas que ofertem tanto a atualização quanto o
aperfeiçoamento profissional a indivíduos, quer eles estejam ou não executando alguma atividade.
Há ainda no leque de objetivos dos cursos FIC, o resgate ao ambiente formativo daquelas pessoas
que foram marginalizadas dos processos educativos formais e que demandam ações educativas
para dar prosseguimento aos estudos.
Nesse panorama, a oferta do curso em questão representa uma opção para a atualização
e qualificação profissional de trabalhadores para exercerem atividades no âmbito administrativo.
Mediante o constante avanço deste setor, o considerável número de empresas que buscam mão de
obra qualificada justifica a realização do curso proposto. Torna-se evidente a importância do papel
desempenhado pelo profissional escolhido para ser assistente administrativo em uma empresa,
posto que este prestará suporte na gestão desta, auxiliando principalmente gestores de finanças, de
logística, de pessoal e da área operacional na realização de atividades de controle e emissão de
documentos.
Nesse âmbito, o Assistente administrativo é o profissional que empreende, analisa,
interpreta e correlaciona de forma sistêmica os cenários sociais, políticos, econômicos e
sustentáveis, respeitando tipos de mercado, as tendências culturais, os nichos e a possibilidades de
integração das economias contemporâneas. Além disso, controla os recebimentos e remessas de
correspondências e documentos, coordenando as atividades administrativas, financeiras e de
logística da unidade, organizando os arquivos e gerenciando informações.
Desta forma, a oferta do curso FIC em Assistente administrativo se torna legítima ao
passo que este oportunizará a qualificação aos alunos, possibilitando que eles tenham domínio
quanto às estratégias e ferramentas que lhe possibilitem o ingresso no mercado de trabalho, ou
ainda a sua atualização nesse ramo. A contínua modernização do setor exige que seus profissionais
estejam em constante atualização quanto à área de informática, além de apresentarem boa
comunicação, responsabilidade, saberem administrar bem o tempo, lidar com números, terem
paciência e denotarem confiabilidade. Nesse horizonte, o curso ofertado pela ETS proporcionará aos
discentes o desenvolvimento de habilidades multidimensionais na realização das atividades
rotineiras e essenciais, gerando assim novas oportunidades para colaborar de forma qualitativa para
o desenvolvimento da região e para o aumento da renda dos participantes.
UNIDADE I

Fundamentos
da
Administração
1.0 Fundamentos da Administração

A Administração é a área de estudo que coloca pessoas atuando em vários segmentos,


seja qual for o tipo de negócio. Além disso, possibilita que uma pessoa consiga descobrir em que
segmento tem suas habilidades mais desenvolvidas e possa direcionar sua carreira a esse campo de
trabalho. Como exemplos há Marketing, Economia, Logística ou Contabilidade, entre outros temas
relacionados à ciência de administrar.
Quando pensamos na administração como ciência, nosso pensamento se direciona às
primeiras teorias, a quem começou a dar embasamento a essa ciência. Dificilmente pensamos em
séculos atrás, em como os povos antigos se organizavam e quais conhecimentos eles tinham nessa
área. Quantas civilizações conhecemos que tiveram grandes feitos e legados? Várias. Dinastias,
impérios, cidades, territórios, impostos, leis, navegação, arquitetura e vários outros exemplos de
organizações se ligam diretamente à administração. Como seria possível se não houvesse
planejamento, organização, coordenação e controle?
Como você pode ver, a administração foi praticada desde sempre e estudar a sua origem
é viajar no tempo e conhecer coisas incríveis feitas por povos antigos. Esse é um dos motivos pelos
quais cursos de administração são tão interessantes. Além disso, são ótimas ferramentas de
qualificação profissional e também pessoal, uma vez que a administração pode trazer soluções para
vários aspectos do nosso dia a dia.
A Revolução Industrial foi importante no estudo da ciência, pois desencadeou a
necessidade de que houvesse uma administração elaborada e praticada em busca da eficiência e da
eficácia de processos. Essa necessidade foi acelerada durante a Segunda Revolução Industrial que
trouxe transformações que causaram velocidade no ritmo das organizações, como o petróleo e a
energia elétrica. Empresas passaram a ganhar máquinas automatizadas, mercados se expandiram e
novos métodos de produção e organização do trabalho passaram a ser necessários, ou seja, era
preciso uma administração mais profissionalizada.
Administração é a ciência que estuda e sistematiza ferramentas utilizadas para gerenciar
organizações, recursos ou pessoas. É planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos, de forma
eficiente e eficaz, para alcançar objetivos e metas definidas. O objeto de estudo da administração é a
atividade organizacional, considerando as relações existentes entre as organizações e seus
ambientes.

1.1 As pessoas e as organizações

As pessoas são de extrema importância para o sucesso de uma organização, pois são
elas que gerenciam e comandam a empresa; são elas que executam, controlam atividades e
processos, são as pessoas também que consomem os produtos de uma determinada empresa.
Alguns autores afirmam que a empresa é um organismo vivo, pois a dependência e
influência das pessoas são enormes, é por esse motivo que deve ser dada atenção especial
ao desenvolvimento dos fatores humanos na empresa com o propósito de aproveitar
o talento dessas pessoas nas mais diversas atividades da organização.
Administrar pessoas significa governar aquilo que elas fazem como participantes da
organização, sendo que é justamente por meio das ações que é possível formular e atingir objetivos
organizacionais.
Gerir pessoas em contextos de trabalho significa controlar os fatores que interferem na
qualidade de trabalho e de vida dos funcionários, não no sentido de manipulação de sua conduta,
mas no sentido de identificar as melhores condições para cada tipo de serviço,
as competências necessárias a serem desenvolvidas, os fatores que motivam os trabalhadores, os
recursos e as estruturas necessárias para a execução das atividades.
As pessoas querem participar do que acontece a sua volta, principalmente quando
envolve o seu trabalho. O ser humano tem necessidade de participação, assim como o vestir e o
comer, uma necessidade básica, primária do homem social. É possível a utilização da participação
das pessoas na organização como instrumento ou ferramenta de solução de problemas em diversas
situações e em diferentes tipos de grupo. Mas, a importância da participação vai muito além do seu
aspecto utilitário para obter resultados práticos para o grupo.
O papel do líder nesse processo é de extrema importância assim como uma líder de
torcida faria toda a diferença na frente de um time incentivando todos a um objetivo comum.
Gerir pessoas em contexto de trabalho significa controlar os fatores que interferem na
qualidade de trabalho e de vida dos funcionários não no sentido de manipular sua conduta, mas sim
identificar as melhores condições para cada um como competências desenvolvidas e sua
necessidades, afinal pessoas não são robôs.

1.2 Funções da administração: planejamento, organização, direção e controle

Planejamento, organização, direção e controle são as palavras-chave para uma boa


administração de uma empresa. Colocar estas funções administrativas em prática, em um cenário
empresarial, é na verdade o segredo para a estabilidade, longevidade e sucesso de uma
organização.
Muito mais do que seguir uma série de passos para chegar a um determinado objetivo, a
atividade administrativa ensina como utilizar instrumentos valiosos para obter êxito em todas as
áreas da vida.
Imagine um professor na sala de aula, por exemplo, ele precisa administrar o conteúdo da
matéria, o aprendizado e acompanhamento dos alunos, além do próprio ambiente da sala de aula,
tudo ao mesmo tempo.
Neste cenário, as funções administrativas também podem ser aplicadas da mesma forma,
para que o professor, sendo aqui o gestor da classe, consiga atingir seus objetivos e identificar
estratégias e reformas a serem adotadas no futuro.
Em uma grande empresa os desafios são outros e até maiores, claro, com a exigência de
conquistas e pouco espaço para erros. Assim, para evitar prejuízos, as funções administrativas foram
desenvolvidas. Quando elas são aplicadas e integradas de maneira eficaz pelo administrador, as
chances de sucesso tornam-se invariavelmente maiores.
O termo "administração", em si, significa "direção" ou "gerência" e é uma área do
conhecimento fundamentada por um conjunto de normas e funções elaboradas para disciplinar os
fatores de produção, tendo em vista o alcance de determinados fins, como a maximização de lucros
de uma empresa, por exemplo.
A função administrativa, inclusive, é frequentemente utilizada como sinônimo de
“Administração de Empresas”. A associação, entretanto, somente é correta enquanto o termo
“empresa” considerar organizações de diversas espécies, uma vez que o trabalho do gestor pode ser
desenvolvido em organizações públicas, sociedades de economia mista, privada ou sem fins
lucrativos, como as ONGs.
As primeiras divisões das funções administrativas foram elaboradas pelo engenheiro
turco Jules Henri Fayol (1841-1925), em meados do século XX.
Em seu livro Administration industrielle et générale (Administração industrial e geral),
editado em 1916, ele estabeleceu os termos “prever”, “organizar”, “comandar”, “coordenar” e
“controlar” para designar as ferramentas necessárias para administração de uma organização.
Além de Fayol, se destacam na literatura os nomes dos engenheiros norte-americanos
Frederick Taylor (1856-1915), Henry Ford (1863-1947) e do sociólogo alemão Max Weber (1864-
1920), que contribuíram largamente com teorias nos primórdios da Administração.
Atualmente, sobretudo com as contribuições da Abordagem Neoclássica da
Administração, em que se destaca o professor austríaco Peter Drucker (1909- 2005), os princípios
foram atualizados e são hoje conhecidos pela sigla PODC, que significa: “Planejar”, “Organizar”,
“Dirigir” e “Controlar”.
Assim, nota-se que os conceitos clássicos permanecem válidos, tendo apenas evoluindo
para uma unificação de alguns termos e revisão de nomenclaturas. As palavras “comandar” e
“coordenar” foram aglutinadas no termo “dirigir” e “prever” foi substituída pelo termo “planejar”.
O renomado acadêmico Henry Mintzberg (1939 - 81 anos), entretanto, contesta essa visão
das funções administrativas divididas em processos. Para ele, o administrador, na verdade, atua
exercendo diversos papéis, como os interpessoais (papel de líder e de contato), informacionais
(papel de monitor, disseminador e de porta-voz) e decisionais (papel de empreendedor, manipulador
de interferências, alocador de recursos e negociador).
Apesar da modernização de conceitos e de possibilidades administrativas, a leitura dos
clássicos é imprescindível para entender a história e a evolução da Administração. Somente com o
domínio da teoria é que o administrador poderá aprender a colocar em prática, bem como
aperfeiçoar, as ferramentas utilizadas no dia a dia.
Com a teoria em mãos, o estudo avança para a compreensão das funções administrativas
seccionadas pelos quatro pilares do PODC (Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar), que compõe os
princípios básicos para uma Administração eficaz e eficiente de uma empresa.
Independente do tamanho da organização e do pessoal empregado, todo gestor deve
acompanhar e supervisionar as quatro funções administrativas essenciais para obter resultados
positivos em sua organização.
Dentro de cada função, encontramos ainda inúmeras atividades que devem ser
planejadas, organizadas, dirigidas e controladas pelo administrador, uma vez que ele precisa estar
envolvido e ciente do desempenho de a toda a cadeia do processo. Acompanhe:

 Função Administrativa: Planejar


Começando pela base das funções administrativas, encontramos em sua sustentação o
princípio de toda e qualquer atividade empresarial: o Planejamento.
É nesse processo que o administrador definirá as metas a serem alcançadas pela
organização, bem como plano e as ações necessárias para atingir o resultado desejado.
Dentro desta função administrativa, o gestor deve ter a capacidade de antecipar cenários
considerando as movimentações e oscilações do mercado. Para esta previsão, o administrador
utiliza estudos e dados concretos do mercado como referências de possíveis projeções.
Esse é o momento em que o administrador, em conjunto de seus colaboradores, coloca em
pauta os objetivos da empresa e estabelece meios para alcançá-los. Há de se considerar ainda que
esses cenários podem ser otimistas, realistas e pessimistas. Portanto, ao planejar, o administrador
está traçando um caminho mais seguro para obter os resultados almejados.
 Função Administrativa: Organizar
Organizar é o processo de arrumar o local, a autoridade, os membros e os recursos
disponíveis em uma organização, de modo que todo o conjunto, em uníssono, trabalhe para alcançar
o objetivo desejado.
Nesta função administrativa, o gestor coloca em práticas as ações que irão viabilizar a
realização do plano traçado. Esta é o momento do administrador definir o que deve ser feito, quem
irá ser responsável pelo trabalho, como esse trabalho deverá ser executado, a quem os empregados
devem se reportar e tudo que deve ser feito para a conclusão da tarefa.
Para tanto, o administrador desenha o projeto, delega atividades, pessoas responsáveis e
realiza investimentos para tirar do papel o projeto planejado.
Aqui também se iniciam as metas de produtividade e eficiência. Quanto mais pessoas
envolvidas nesse processo, maior o desafio. Cabe ao gestor manter o plano em ordem para que a
equipe e os recursos sejam aplicados de modo a extrair o melhor desempenho possível de cada
ferramenta.
Logo, "organizar” é a prática concreta do “planejar”. De nada adianta planejar se o gestor não
colocar em prática todas as tarefas que o processo exige. Isso significa que o administrador deve ter
todos os processos sob controle e trabalhar para que a empresa cresça constantemente, com
qualidade.

 Função Administrativa: Dirigir


A função administrativa da direção também pode ser apontada como “liderar”, “influenciar”
e “motivar” os empregados a realizar as tarefas essenciais do projeto. Para ser um bom líder, no
entanto, é importante que o gestor saiba distribuir tarefas, cobrar funcionários e resultados, além de
inspirá-los com segurança e determinação.
Nesta fase, a atividade está relacionada diretamente às lideranças de uma empresa, que
deve estar preparada para exercer as tarefas de delegar, acompanhar, cobrar e motivar a equipe da
instituição.
Mesmo em ambientes de hierarquia horizontal, ou seja, onde não existem superiores ou
um chefe, a direção administrativa deve ser transparente e coerente.
Dessa forma, as equipes multidisciplinares e autônomas poderão tomar decisões e
executar tarefas de acordo com os objetivos do negócio. Conclui-se então que, dirigir não é,
necessariamente, uma função de um cargo de gestor, mas uma diretriz administrativa, que deve ser
reconhecida e acompanhada por todos.
Em resumo, dirigir uma equipe exige habilidades que vão além da pura e simples autoridade.
A liderança precisa coordenar, gerenciar e facilitar o trabalho dos demais, garantindo que o pessoal
da organização avance e desenvolva o trabalho de maneira eficaz.

 Função Administrativa: Controlar


Por fim, a última função administrativa é a do controle. Nessa última etapa, o domínio dos
processos, do ambiente, documentos, estatísticas e equipe são responsáveis por garantir o resultado
esperado.
É aqui também que o administrador irá acompanhar relatórios, dados e tecnologias,
avaliar o desempenho dos profissionais, buscar soluções para os desafios e programar a melhoria
contínua da organização.
Em outras palavras, a função de controlar está associada diretamente ao monitoramento
dos resultados das estruturas administrativas anteriores. Mesmo que o planejamento seja excelente,
a empresa esteja organizada e as funções delegadas, ainda assim, o controle de todas as funções é
necessário para garantir que o trabalho está sendo executado corretamente.
O acompanhamento contínuo do desempenho de uma empresa é o fator que irá garantir a
execução do projeto e a correção de possíveis desvios, uma vez que o mercado está em constante
evolução e as organizações precisam se adaptar às mudanças, tendências e investimentos.
Neste sentido, o gestor deve caminhar junto aos processos administrativos da empresa. Para isso,
ele precisa estar em constante vigília, controlando, ajustando, comunicando, realocando e tomando
decisões que ditarão o sucesso do projeto.
Apesar de definirmos separadamente as funções administrativas, elas são codependentes
e executadas paralelamente dentro de uma organização. Cada uma delas envolve uma série de
atividades fundamentais para o processo como um todo.
Se uma das etapas, por acaso, não for bem desempenhada ou ignorada, o resultado de
um projeto pode não ser satisfatório, prejudicando os resultados dos demais, bem como a qualidade
e o futuro da organização. Por isso a importância de compreender e adotar as quatro funções
administrativas.
Quando bem adotadas, as funções administrativas garantem um ambiente de trabalho
agradável, o engajamento dos funcionários, a qualidade na prestação dos serviços, a satisfação do
cliente, o controle financeiro, a viabilidade e sustentabilidade da organização, bem como o controle
da operação, que irá proporcionar visão de futuro em novos projetos.
No mundo moderno e globalizado as funções administrativas provam sua relevância na
grande responsabilidade do administrador em manter constantemente a qualidade e a
competitividade de uma organização no mercado, onde o consumidor se mostra cada vez mais
exigente.
Além disso, as funções administrativas facilitam o processo complexo do dia-a-dia da
organização, transformando a condução árdua de um negócio em uma lógica mais eficiente e
simplificada.

1.3 Trabalho em equipe, relacionamento interpessoal

O trabalho em equipe pressupõe a existência de uma equipe. Equipe é um pequeno grupo


de pessoas com habilidades complementares que trabalham juntas visando atingir um propósito
comum.
Todo grupo é composto por pessoas com perfis distintos, sendo importante estar
consciente das diversas maneiras de agir destas pessoas, bem como as influencias e distorções que
podemos causar no ambiente de trabalho. Por isso é fundamental ter a capacidade de se colocar no
lugar do outro, facilitando a compreensão das suas atitudes, dificuldades e desejos. Para que haja
equilíbrio neste grupo se faz necessário um conjunto de elementos: normas bem definidas,
comprometimento da equipe com objetivos e metas a serem alcançados, e conseqüentemente, os
resultados desejados pela organização.
‘ O trabalho em equipe exige diálogo e respeito perante todas as idéias do grupo, ou seja
pressupõe um processo democrático onde os indivíduos se integram à equipe, decidem e
implementam ações em conjunto, agregando novos conhecimentos a organização. Já no trabalho
individual os integrantes não têm a possibilidade de dialogar sobre o assunto e chegar numa
conclusão comum, nem mesmo emitir opiniões ou realizar críticas.
Este modelo é formalmente definido, onde cada integrante representa o seu setor,
defende o seu espaço e se manifesta em nome dele prevalecendo o comportamento individualista.
Devemos lembrar que o trabalho em equipe é fundamental para o desenvolvimento
profissional de cada indivíduo. Então para saber trabalhar em equipe é necessário, respeitar o
próximo; saber ouvir o colega; ser cooperativo; compartilhar idéias e, sobretudo, respeitar a opinião
do próximo.
Uma equipe de sucesso deve se manter unida com respeito, confiança e honestidade para
que seja possível a realização de um bom trabalho.
A equipe será mais produtiva quanto mais inteligente for, quanto melhor tiver consciência
de suas emoções e souber lidar com elas.
Devemos lembrar que o trabalho em equipe proporciona o despertar do líder que há em
cada em cada um de nós, criando oportunidades de exercê-la com cooperação, comprometimento e
aprendizagem.
O bom relacionamento dentro da organização é um fator fundamental para se obter
sucesso na carreira profissional nos dias atuais.
O relacionamento interpessoal é o relacionamento entre as pessoas considerando a forma
de como se comunicar e como se tratar. Ele envolve conhecer aspectos internos de cada um de nós,
tal como o conhecimento dos próprios sentimentos, das emoções, do pensamento, das intuições, ou
seja, envolve sair de dentro de si e olhar-se como um “observador” de sua postura profissional. O
bom funcionário é aquele que objetiva conquistar esse papel de “observador”, bem como de
contribuir para construir um ambiente de respeito, com oportunidades de aprendizado e crescimento
profissional.
Saber trabalhar em equipe origina-se na aptidão intrapessoal: “se me conheço, consigo
estabelecer relacionamentos saudáveis e reconhecer o outro”.

1.4 Estrutura, cultura e comportamento organizacional

Estruturas organizacionais são os desenhos que evidenciam a forma como a empresa


está ajustada a fim de atingir seus objetivos estratégicos. Sendo assim, elas mostram a organização
das áreas, pessoas, hierarquia e fluxo de informação dentro de uma empresa. Portanto, ajudam a
entender a lógica por trás da alocação de recursos.
Por fim, as estruturas organizacionais possibilitam que se entenda/estimule alguns pontos
chave dentro da organização, como a Alocação de Recursos, Fluxo de Informações, Tomadas de
Decisão, Fluxo do Trabalho e Mecanismos de Controle.
Quando uma empresa tem um planejamento claro, ela entende os caminhos necessários
para o cumprimento de tal, incluindo as metas e objetivos. É imprescindível se alicerçar sobre
pessoas e um time bem qualificado, que entenda as suas funções dentro da organização, seja
eficiente nos processos de valor e com uma estrutura de despesas de pessoal compatível com o
tamanho da empresa.
Dessa forma, a importância de uma estrutura organizacional bem definida também se
reflete em uma cultura forte e um bom clima de empresa, onde as lideranças estão claras, a
comunicação é fluida e as tomadas de decisão são coerentes.
A cultura organizacional se refere a um conjunto complexo de valores, crenças e ações
que definem a forma como uma organização é conduz seu negócio.
Para melhor compreensão vamos lembrar o que é a cultura dentro da sociedade. A cultura
é moldada pela história, costumes, sotaques e tudo que aprendemos ao longo da convivência social
com determinado grupo.
Dentro de uma empresa a lógica será a mesma. A cultura da empresa funcionará como
um guia de comportamento e mentalidade para os funcionários. Ou seja, suas práticas, hábitos,
comportamento, princípios, política, crenças entre outros fatores.
A cultura organizacional não é relacionada apenas ao comportamento dos colaboradores,
mas também a forma com que as estratégias e os seus clientes são tratados. Um exemplo básico de
crenças organizacionais é a famosa frase “O cliente sempre tem razão”.
De nada adianta manter um cliente problemático que falta com respeito aos seus
colaboradores, e desmotiva toda a equipe, comprometendo assim o desempenho e a produtividade
da sua empresa. Vale lembrar aqui, que cultura organizacional está diretamente ligada a motivação
da sua empresa.
Não adianta dizer que as pessoas são movidas apenas a dinheiro, e que isso deve manter
todos os funcionários motivados, isso pode até ser parte do sonho, mas a verdade é que dinheiro por
si só não faz milagres.
Se uma organização não criar um cultura organizacional forte e capaz de motivar todos os
funcionários, ela provavelmente estará fadada ao fracasso.
O comportamento organizacional é a maneira como as pessoas, em níveis individual,
grupal e estrutural, agem dentro da empresa. Por isso, ao estudá-lo, buscamos entender, avaliar e
melhorar os processos mentais, comportamentos e atitudes.
Do ponto de vista individual, podemos analisar as motivações, necessidades,
responsabilidades, ética e outras características da pessoa no ambiente de trabalho. No grupo,
entendemos como são as pessoas vivenciando relações humanas, conflitos, autoridade, poder,
acordos, etc. Já no estrutural, analisamos questões ligadas aos processos e organizações em seu
conjunto, cultura organizacional, ambiente de trabalho, normas de conduta, etc.
Imagine, por exemplo, que a empresa passa por um momento de queda nas vendas. Ao
estudar o comportamento organizacional, levantaremos informações sobre como as pessoas agem,
quais são as motivações desses comportamentos, o que está causando a queda na produtividade,
etc.
O estudo, frequentemente, é conduzido em parceria com os profissionais de Psicologia
Organizacional e do Trabalho. Afinal, além destes comportamentos, é importante entender os
processos que levaram às atitudes dos colaboradores no trabalho.

O que acontece quando não olhamos para o comportamento organizacional?


Quando não olhamos para o comportamento organizacional, há grandes chances de
desalinhamento com os objetivos, estratégias e valores organizacionais.
É o caso, por exemplo, da empresa que deseja ser humanizada, mas os líderes
desrespeitam os colaboradores. Igualmente, daquela que quer se destacar como campeã em
vendas, mas os vendedores não têm motivação para dar algo a mais. Ou ainda, da organização que
preza pela excelência, mas existem erros, desperdícios e problemas de qualidade na linha de
produção.
Ao saber o que é comportamento organizacional, podemos entender suas causas e
consequências, respectivamente:

Por que as pessoas, grupos e organizações agem de certa forma?


Como isso afeta a produtividade, resultados financeiros, desenvolvimento da estratégia de
negócios e afins?
Ao compreender essas questões, aplicamos medidas corretivas com mais probabilidade
de sucesso, melhorando os resultados.

Quais são os tipos de comportamento organizacional?


O comportamento organizacional pode ser avaliado conforme diferentes critérios. A partir
deles, é mais fácil entender as causas e consequências da forma como pessoas, grupos e
organizações agem.

 Responsabilidade
A avaliação quanto à responsabilidade considera se as pessoas seguem obrigações
ligadas ao bom funcionamento da organização. Cumprir prazos, entregar tarefas, vestir-se
adequadamente para o local de trabalho e ter disciplina quanto à jornada de trabalho são exemplos.

 Ética
Ao usar a ética como critério, o comportamento é avaliado segundo a conformidade com
normas legais e morais de conduta. Entender se as pessoas tratam umas às outras de forma justa,
respeitam os direitos uns dos outros e são honestas em suas atividades são casos dentro desse
campo de estudos.

 Competitividade
A empresa pode analisar também se o comportamento é mais colaborativo ou competitivo
no ambiente de trabalho. Nesse caso, o objetivo não é buscar o certo ou errado, mas o caminho
ideal conforme a estratégia e valores organizacionais.
Um cuidado é verificar o grau desses dois comportamentos. É possível, para ilustrar, que
a empresa deseje a competição entre os colaboradores, sem deixar que ela se torne excessiva.

 Satisfação dos colaboradores


Outro critério de análise é entender se os colaboradores estão satisfeitos na empresa.
Será que o comportamento organizacional demonstra que os talentos são atendidos em suas
necessidades, como segurança, reconhecimento, saúde e alimentação?

 Perseguição
O diagnóstico sobre o comportamento organizacional pode ser voltado para entender se
as pessoas são perseguidas no trabalho. Dessa forma, assédio, excesso de cobrança, bullying e
diversas outras condutas podem ser mapeadas e tratadas para fornecer um ambiente de trabalho
adequado para as pessoas.

 Diversidade e inclusão
Os gestores podem considerar se a empresa se mostra aberta às diferenças e consegue
ser plural em relação às pessoas, valores, experiências, comportamentos, etc. É um tema, por
exemplo, que afeta a capacidade de inovação, pois a diversidade está ligada às formas pelas quais
podemos realizar algo novo.

Enquanto os tipos de comportamento organizacional são bastante variados, os níveis


geralmente são três: indivíduo, grupo e organização.

 Nível individual
Uma análise do comportamento no nível individual pode usar indicadores, avaliações de
desempenho, feedbacks do líder e outros recursos. Afinal, tentará entender a maneira como uma
pessoa age, suas motivações, necessidades, insatisfações, etc.

 Nível grupal
Outra forma de acompanhar o comportamento é avaliar os grupos formais, como equipes
de departamento, times de trabalho e integrantes de um projeto. Igualmente, pode analisar grupos
informais, construídos a partir do relacionamento entre colegas.

 Nível organizacional
O nível organizacional é o quadro geral em que estão inseridos grupos e pessoas. Aqui,
avaliamos conceitos abrangentes, como cultura da empresa, políticas de gestão de pessoas,
rotatividade de pessoal, absenteísmo, etc.
Um ponto importante é conectar o tipo de comportamento organizacional com o nível de
análise. Para exemplificar, considere uma empresa que deseja avaliar a diversidade e inclusão.
No nível individual, um líder pode ser orientado a exercitar as habilidades de escuta, em
vez de bloquear ideias das quais diverge.
No nível de grupo, avaliamos a consideração e respeito das pessoas com membros,
independentemente de crenças, valores, raça, etnia, etc.
No nível organizacional, podemos avaliar normas de crescimento na carreira, cultura e
políticas a respeito da diversidade.

Como avaliar o comportamento organizacional?


Os conceitos ligados ao comportamento organizacional ajudam os gestores a levantar as
questões certas. A partir de então, podemos usar essas perguntas em diferentes tipos de pesquisa e
avaliação para entender a situação e tomar decisões mais assertivas.

 Realize avaliações de desempenho


Uma delas é a avaliação de desempenho individual e coletiva. Nela, podemos verificar,
além da produtividade, questões ligadas à responsabilidade do colaborador e das equipes.
Considere uma tarefa de controle de qualidade, como os casos em que relatórios,
planilhas e comunicados passam por várias pessoas antes de serem aprovados. Nesse caso, a
avaliação de desempenho pode medir a responsabilidade de cada um ou da equipe na totalidade,
ajudando os gestores a fazer correções, por exemplo.

 Acompanhe indicadores de desempenho


Os indicadores de desempenho podem revelar tendências de comportamento
organizacional. Por isso, é muito importante que os gestores criem condições para medir os KPIs e
acompanhem essas métricas.
Uma variação no turnover, por exemplo, demonstra a tendência de permanecer ou deixar
a empresa. No absenteísmo, observamos o comprometimento com a presença no trabalho. No E-
NPS, analisamos satisfação e lealdade das pessoas.
Procure bons indicadores de desempenho e use-os como termômetro do comportamento
organizacional.

 Verifique se os colaboradores estão alinhados com a cultura e objetivos da empresa


Outro ponto importante é entender se os colaboradores têm o fit cultural. Se há um
choque entre o que a empresa espera e os valores do talento, a tendência é o comportamento
organizacional contraproducente, ao menos, ao nível individual.
É possível ilustrar com os três indicadores mencionados anteriormente. Se há um conflito
entre a pessoa e a empresa, em termos de cultura e objetivos, as chances de saída, baixo
comprometimento e insatisfação aumentam. Portanto, teremos inúmeras barreiras para conquistar o
melhor do colaborador.
Ao pensar sobre o comportamento, procure entender se existem indicadores de
alinhamento com valores e objetivos organizacionais.

 Elabore uma pesquisa de clima


A pesquisa de clima organizacional avalia como os colaboradores enxergam a empresa
enquanto lugar para trabalhar. Isto é, seria um ambiente com boas experiências, bem-estar,
perspectiva de crescimento e outras vantagens?
Essa avaliação contribui para uma análise precisa do comportamento organizacional. No
nível individual, por exemplo, podemos entender as causas dos comportamentos, esclarecendo a
relação dos colaboradores com líderes, satisfação com benefícios, qualidade de vida no trabalho e
diversos outros pontos que influenciam as ações individuais.
Além disso, a pesquisa de clima retrata as tendências de comportamento em grupos e
organizações. Isto é, se diversos colaboradores enxergam as atitudes da organização ou grupo de
uma forma, é provável que elas, de fato, correspondam a um comportamento coletivo.

1.5 Áreas funcionais de uma organização (finanças, contabilidade, marketing /comercial;


produção/logística e recursos humanos).

Independente do porte da empresa, as áreas organizacionais devem funcionar de forma


interdependente e interagente, em sinergia, trabalhando como sistema integrado. Pois, o resultado
da ação de uma área interfere diretamente nas demais e no resultado geral da organização.
Toda organização almeja o sucesso, óbvio! Ninguém cria uma empresa para ter prejuízo.
Porém, o caminho do sucesso é árduo, cheio de obstáculos e exige muito preparo.
Para começar é preciso, no mínimo, saber aonde quer chegar, ter um objetivo e traçar um
planejamento para poder alcançá-lo.

 Áreas organizacionais
Conforme cita o professor e autor MAXIMIANO (2004), “a organização divide-se em cinco
áreas comuns: Produção, Finanças, Recursos Humanos, Marketing e Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D).”
E cada área possui um papel fundamental, com cargos e tarefas específicas que vão
processar os recursos disponíveis em busca de alcançar as metas propostas e atingir os objetivos
organizacionais.
Este é um ponto de partida. Porém, grandes corporações têm muitas outras áreas, e
pequenas empresas não tem todas as cinco ou se tem não estão bem desenvolvidas.
Toda empresa, grande ou pequena, pode ir criando e desenvolvendo estas áreas aos
poucos, conforme sua necessidade de expansão. Outra forma também é ao perceber que os
colaboradores estão ficando sobrecarregados.

Produção
A produção trata da maneira pela qual a organização produz bens e serviços. É esta área
que executa a produção ou operações básicas da empresa. O Sistema de Produção pode ser
classificado por Processos:
 Contínuo;
 Repetitivo em Massa;
 Repetitivo em Lote; e
 Por Projeto.

Processo Contínuo
Exemplos:
 Produção de energia elétrica, de petróleo, de minério;
 Pouca diferença entre os produtos de empresas do mesmo ramo de atividade;
 Produtos são padronizados e uniformes;
 Geralmente produção é realizada de forma ininterrupta.

Processo Repetitivo em Massa


Exemplos:
 Empresas automotivas, de porcas e arruelas;
 Produção de bens em alto volume;
 Pequena variedade;
 Geralmente a estrutura produtiva é pouco flexível;
 Componentes padronizados;
 Mão de obra pouco qualificada.

Processo Repetitivo em Lote


Exemplos:
 Fábricas de roupas, de calçados;
 Produtos são fabricados em certa quantidade (por exemplo, lote de mil, lote de dez mil);
 Cada operação é feita por completa;
 Posteriormente, o item segue para ser executado no trabalho seguinte para se ter o trabalho
acabado.

Processo por Projeto


Exemplos:
 Construção civil, naval, alfaiataria;
 Produtos buscam atender à necessidade do cliente por determinado produto;
 Especificações são informadas pelo cliente;
 Geralmente, os recursos empregados são altamente flexíveis;
 Mão de obra é especializada.

Marketing
A área organizacional de Marketing envolve, “estímulos e geração de trocas em que duas
ou mais partes dão ou recebem algo de valor buscando mutuamente satisfazer suas necessidades”.
(URDAN; URDAN, 2006, p.5).
De um lado a empresa vendendo seu produto ou serviço e tendo retorno financeiro sobre
isso e do outro o cliente que compra o produto para satisfazer seu desejo, sua necessidade.
Segundo o professor e autor Philip Kotler uma das tarefas mais importantes de Marketing
é a criação de produtos ou promoção e fornecimento de bens e serviços a clientes. Já o professor
Maximiano nos apresenta as atividades de Marketing, que são:
 Pesquisa;
 Desenvolvimento de Produtos;
 Distribuição;
 Preço;
 Promoção; e
 Vendas.

Pesquisa
 Identificação de interesses;
 Necessidades de mercado;
 Tendência de mercado;
 Verificação da validade;
 Viabilidade de lançamento de produto;
 Melhoramento de produto.
De uma forma geral, a pesquisa de marketing estuda possibilidade de expansão de área
geográfica, entrada em novos segmentos de mercado, lançamento ou aperfeiçoamento de produtos
ou serviços, credenciamento de revendedores e distribuidores, escolhas de ponto comercial, entre
tantas outras ações.

Desenvolvimento de Produtos
 Gerar novos produtos e serviços;
 Criação de nomes;
 Criação de marcas; e
 Informações para desenvolvimento de produtos em laboratórios.
Quanto à criação de nomes, preferencialmente que sejam curtos, de fácil pronúncia, também
estudos de especificações técnicas do produto, identificação da marca, criação da embalagem,
estudo de cor.

Distribuição
 Desenvolvimento de canais de distribuição;
 Gestão de pontos de venda.
Uma das preocupações da gestão de marketing é como o produto vai chegar nas mãos dos clientes.

Preço
 Determinação das políticas comerciais;
 Estratégias de preço no mercado.
Importante ressaltar que o preço é único elemento do Composto (Mix) de Marketing,
também chamado de 4Ps, que produz receitas. Todos os demais produzem custos. Portanto, é
necessário que se façam análises de custos para produção do produto ou serviço, do preço da
concorrência, da demanda pelo produto e análise do consumidor para saber até que preço está
disposto a pagar por este produto.

Promoção
 Comunicação com o público-alvo;
 Propaganda;
 Publicidade;
 Promoção nos pontos de venda.
A promoção e o merchandising têm objetivo de motivar, incentivar, persuadir o cliente ou
consumidor, com ações em pontos de venda para dar maior visibilidade a marca ou aos produtos.
Para estas ações existem estratégias para definir os objetivos de comunicação, como elaborar a
mensagem, o orçamento, definir os meios de comunicação e, principalmente, mensurar os
resultados.
Vendas
 Criação de transações com o público-alvo.
Esta venda deve ser efetivada, sempre buscando conquistar, cativar e fidelizar o cliente.

Finanças/contabilidade
A área organizacional de Finanças tem como objetivo a proteção e utilização eficaz dos
recursos financeiros, bem como registrar nos livros contábeis de onde provêm e em que se utiliza o
dinheiro.
Proteção no sentido de evitar riscos ao fazer investimentos e manter o poder aquisitivo ou
o poder de compra da moeda. A utilização eficaz dos recursos financeiros é utilizar estes recursos de
forma racional e evitando desperdícios.
O professor Maximiano nos trás as distintas atividades da área de Finanças. São elas:

 Investimento;
 Financiamento;
 Controle; e
 Destinação de resultados.

Investimento
A atividade de Investimento faz a avaliação e escolhas de alternativas para aplicação de
recursos, entre elas, pode-se citar, a compra de uma área para aumentar a planta de uma fábrica,
aquisição de tecnologia, investimento no mercado financeiro, entre outros.

Financiamento
Na atividade de Financiamento a tarefa é a identificação e escolhas de alternativas de
fontes de recursos. Este financiamento pode ser captado em de instituições financeiras, públicas ou
privadas, através uma análise para buscar o recurso ideal, com o menor custo possível ou maior
prazo para pagamento com a menor taxa de juros possível.

Controle
Já a atividade de Controle é o acompanhamento e avaliação dos resultados financeiros da
organização.
Destinação de Resultados
A atividade de Destinação de Resultados faz a seleção de alternativas para aplicação dos
resultados financeiros da organização.

Recursos Humanos
A área organizacional de Recursos Humanos é responsável pelo gerenciamento da
relação das pessoas com a organização. Recursos Humanos, que no princípio tinha apenas a
atividade de Administração de Pessoal, aumentou sua relevância e passou a ser considerada área
estratégica da organização, inclusive o nome Recursos Humanos, em muitas organizações passou a
ser adotado como Gestão de Pessoas e muitas outras atividades foram adicionadas à área.
O professor e autor Maximiano (2004), apresenta as diversas atividades da área de
Gestão de Pessoas:
 Planejamento de mão de obra;
 Recrutamento e seleção;
 Treinamento e desenvolvimento;
 Avaliação de desempenho;
 Remuneração e compensação;
 Higiene, saúde e segurança;
 Administração de pessoal; e
 Função pós-emprego.

Planejamento de Mão de Obra


 Definição da quantidade de pessoas necessárias para trabalhar na organização;
 Competências que estas pessoas devem possuir.

Recrutamento e Seleção
 Identificar e atrair pessoas, conforme necessidade da organização;
 Escolher as mais qualificadas.

Treinamento e Desenvolvimento
 Capacitação acerca das responsabilidades dos profissionais;
 Desenvolver potencial para execução das tarefas;
 Aprimoramento.

Avaliação de Desempenho
 Identificar pessoas que precisam de aperfeiçoamento;
 Medir resultados;
 Descobrir talentos;
 Promover promoções.

Remuneração ou Compensação
 Mecanismo de recompensa pelo trabalho prestado à organização.

Higiene, Saúde e Segurança


 Proteção dos funcionários;
 Manutenção do bem estar físico, mental e moral.

Administração de Pessoal
 Registro de pessoal;
 Manutenção de arquivos;
 Folha de pagamento; entre outros.

Funções Pós-emprego
 Recolocação;
 Aposentadoria;
 Benefícios para ex-funcionários.

Pesquisa e desenvolvimento (P&D)


A área Pesquisa e Desenvolvimento está ligada à inovação, que se conduzida de forma correta:
 Cria desenvolvimento econômico;
 Gera emprego;
 Gera renda;
 Progresso das empresas;
 Progresso do país;
 Aumenta a competitividade.
Esta área é mais comum a partir de empresas de médio porte e é fundamental para o
desenvolvido do país. Pois, uma organização com P&D deve contar com capital intelectual
qualificado, que criará novos produtos ou serviços e dará vantagem competitiva a esta empresa.
UNIDADE II

EMPREENDEDORISMO
2.0 Empreendedorismo: conceitos básicos

Empreendedorismo significa empreender, resolver um problema ou situação complicada.


É um termo usado no setor empresarial e, muitas vezes, está relacionado com a criação de
empresas ou produtos novos.
Empreender é também saber identificar oportunidades e transformá-las em um negócio
lucrativo. Quando um empreendedor percebe uma necessidade dos consumidores, ele consegue
criar uma maneira de resolver o problema, oferecendo um produto ou serviço que dê uma
experiência de mais qualidade ao cliente (agrega valor). Essa solução pode ser transformada em um
negócio.
O conceito de empreendedorismo foi usado inicialmente pelo economista austríaco
Joseph Alois Schumpeter (1883-1945). Em 1942, ele publicou a Teoria da Destruição Criativa no
livro Capitalismo, Socialismo e Democracia. A teoria explica o empreendedorismo (criação de
produtos, serviços ou empresas inovadoras) como uma resposta a uma necessidade do consumidor
percebida pelo empreendedor.
O empreendedorismo é essencial nas sociedades, pois é através dele que as empresas
buscam inovação, transformando conhecimentos e ideias em novos produtos que serão colocados
no mercado.
A criação de empreendimentos contribui para a economia do país porque gera riquezas,
aumenta a circulação econômica e cria mais oportunidades de empregos.
Também pode influenciar a melhora da qualidade dos produtos ou serviços que são
oferecidos aos consumidores, por meio do aumento da concorrência entre empresas que oferecem
serviços parecidos.
O empreendedorismo também ganhou uma nova missão social: ajudar a preservar o meio
ambiente. Isso pode acontecer tanto pela conscientização dos consumidores sobre hábitos de
consumo sustentáveis, como pela criação de produtos ecológicos, direcionados à preservação dos
recursos naturais.
Quais são os 6 tipos principais de empreendedorismo?

Empreendedorismo corporativo
O empreendedorismo corporativo (ou intraempreendedorismo) acontece quando um
funcionário empreende dentro da empresa em que trabalha. Mesmo sem ser o dono, o funcionário
tem características de um empreendedor e consegue aplicar essa visão na empresa.
Os funcionários podem usar sua visão empreendedora para ajudar no crescimento do
negócio, apresentando ideias ou soluções criativas que ajudem a melhorar um produto ou algum
processo da empresa.
Senso crítico, criatividade, visão inovadora, boa comunicação, dedicação e liderança são
algumas qualidades de um empreendedor corporativo.
Algumas vantagens do empreendedorismo corporativo podem ser:
 ganho em agilidade e produtividade na empresa;
 melhora da comunicação interna entre os funcionários;
 correção em falhas de processos da empresa;
 diminuição de custos de manutenção e de burocracias.
Além de ajudar no crescimento da empresa, o funcionário empreendedor também pode valorizar sua
própria carreira, já que suas as ações empreendedoras podem ser reconhecidas por seus
superiores.

Empreendedorismo de pequenos negócios


É o empreendedorismo das pequenas empresas (familiares, individuais ou com poucos
funcionários). É comum que sejam empreendimentos locais que vendam bens ou serviços comuns.
A expansão do negócio não é foco principal desse tipo de empreendimento. Seus objetivos principais
são a fidelização e a criação de uma relação próxima com os clientes habituais, para garantir seu
lugar no mercado.
Essas empresas atendem necessidades simples e diárias do comércio local e participam
ativamente da circulação da economia na região.
Podem funcionar no formato de pequenos negócios (como padarias, mercearias e salões
de cabeleireiro) ou de empresas que oferecem serviços individuais (como costura, marcenaria ou
limpeza).
Os tipos mais comuns de empresas de pequenos negócios são:
 empresa de pequeno porte (EPP);
 microempresa (ME);
 microempreendedor individual (MEI).

Empreendedorismo startup
O empreendedorismo startup é o tipo de empreendimento que cria um novo tipo de
negócio. Normalmente, a ideia desse tipo de empresa nasce quando o empreendedor percebe que
existe uma necessidade que não é atendida no mercado.
Para atender essa demanda, o empreendedor cria um modelo de negócio com
características inovadoras, ele cria soluções diferentes das que já existem no mercado.
As startups podem atuar em qualquer área de venda de serviços ou produtos, e se
caracterizam pela inovação e criatividade na criação dos seus produtos.
A inovação tecnológica é uma grande aliada de empreendimentos desse tipo e pode
ajudar a startup a conquistar clientes, oferecendo serviços que se ajustem à necessidade dos seus
clientes.
Alguns exemplos de empreendimentos startup são:
 Uber: aplicativo de compartilhamento de transporte;
 Airbnb: plataforma de aluguel de casas e quartos;
 99 Táxi: aplicativo que conecta usuários e taxistas;
 Ifood: aplicativo de entrega de comida.

Empreendedorismo social
O empreendedorismo social é direcionado a causar um impacto positivo na sociedade.
Esse tipo de empreendimento oferece soluções para melhorar a sociedade, deixando o objetivo de
lucro em segundo plano.
O empreendedor que decide trabalhar nessa área tem a responsabilidade social como a
base do negócio, é da vontade de ajudar a sociedade que nasce motivação para empreender. Pode
atuar em vários setores, como proteção ao meio ambiente, educação, serviços sociais ou atividades
culturais.
Apesar de não ser o foco principal do empreendimento, a preocupação com o lucro não
deixa de existir, porque ele é importante para a manutenção do negócio.
Um exemplo são as organizações sem fins lucrativos (ONGs), que ajudam, defendem
direitos ou conscientizam os cidadãos sobre alguma causa social importante.
São exemplos de empreendedorismo social:
 Associação Curso Vencedor: empresa criada por alunos do Instituto Tecnológico da
Aeronáutica (ITA) que oferece curso pré-vestibular para estudantes carentes;
 Saúde Criança: entidade que atende crianças em situação de vulnerabilidade, com
acompanhamento médico e educacional;
 Ecodom: empresa que constrói casas populares a partir de plástico e cartão reciclado.

Empreendedorismo digital
O empreendedorismo digital aproveita as facilidades da tecnologia para oferecer produtos
ou serviços, é a aplicação da tecnologia digital para facilitar as atividades empresariais.
Essas empresas já “nascem na internet”, os negócios são mantidos online, e muitos dos
seus processos (como negociação e vendas) acontecem digitalmente.
Assim como acontece em outros empreendimentos, para começar no empreendedorismo
digital é importante escolher um nicho de mercado (área de atuação da empresa) e decidir quais
produtos ou serviços serão oferecidos aos clientes.
A escolha é importante para definir qual o público-alvo e garantir mais chances de se
tornar uma autoridade na área escolhida.
Também é preciso planejar ações de vendas, escolher a melhor plataforma digital para o
negócio, investir em estratégias de marketing digital e divulgação nas redes sociais, para atingir
clientes e engajar seguidores.
Algumas vantagens do empreendedorismo digital são:
 baixo investimento inicial;
 possibilidade de retorno financeiro mais rápido;
 a estrutura física da empresa pode ser reduzida;
 mais visibilidade do negócio e mais facilidade de conseguir clientes;
 possibilidade de trabalho remoto;
 custos de manutenção reduzidos.
São exemplos de empresas que seguiram o modelo de empreendedorismo digital:
 Amazon: site de comércio eletrônico, que oferece produtos variados;
 Coursera: empresa que oferece cursos e formações online;
 Netflix: plataforma de exibição de filmes e séries;
 Ebay: site de compras e leilões virtuais;
 Youtube: plataforma de compartilhamento de vídeos.

Empreendedorismo sustentável
No empreendedorismo sustentável (ou verde) as empresas se preocupam com a
sustentabilidade e a proteção ao meio ambiente.
As empresas sustentáveis oferecem serviços ou produtos voltados à proteção do meio
ambiente, e também podem atuar na conscientização da importância de adotarmos medidas
sustentáveis. Produtos ecológicos e mais duráveis estão entre os mais populares no
empreendedorismo sustentável.
Os empreendimentos desse tipo aplicam medidas sustentáveis no dia a dia, como:
 uso consciente e econômico de água e eletricidade;
 redução do uso de materiais em plástico;
 separação de lixo orgânico e lixo reciclável;
 reaproveitamento de embalagens e papéis;
 uso ou doação das sobras de matéria-prima para evitar o desperdício;
 conscientização dos funcionários e consumidores sobre a importância das medidas de
sustentabilidade.
São exemplos de empreendedorismo sustentável:
 Boomera: empresa que faz reciclagem de produtos difíceis (como fraldas descartáveis) em
parceria com cooperativas de catadores de lixo;
 Loop: aplicativo que conecta usuários para compartilhar bicicletas;
 Revoada: empresa de moda que cria produtos a partir de sobras de tecidos de guarda-chuva
e câmaras de pneus.

Diferença entre empreendedorismo por necessidade e por oportunidade


Esses dois tipos de empreendedorismo representam o motivo que leva uma pessoa a
empreender.
No empreendedorismo por necessidade, a ideia de um novo negócio nasce da falta de
outras oportunidades.
Acontece, por exemplo, quando uma pessoa está desempregada e opta por criar um
negócio para ter uma fonte de renda que possa garantir o seu sustento.
Já no empreendedorismo por oportunidade, o empreendedor cria um negócio porque percebe uma
necessidade no mercado. Ele vê nessa necessidade a chance de criar seu próprio empreendimento.
Por exemplo: um empreendedor percebe que uma falha nos serviços de entrega de comida e cria um
sistema que garante a cobertura de toda a área de entrega de uma região.

2.1 O Empreendedor: Perfil, Qualidades, Habilidades e os tipos de Competências.

Empreendedores são as pessoas que fazem o empreendedorismo acontecer, quando percebem


uma oportunidade de negócio e têm boas ideias para criar uma empresa e oferecer um produto ou
serviço de interesse do consumidor.
São conhecidos por serem pessoas que conseguem detectar oportunidades, com boa visão do
futuro e com coragem para testar ideias diferentes.
10 características importantes de um empreendedor:
1- capacidade de liderança e bom relacionamento com a sua equipe;
2- rapidez de raciocínio e facilidade para tomar decisões;
3- ter visão a longo prazo e não esperar por resultados imediatos;
4- criar ideias inovadoras;
5- saber unir criatividade (ideias novas) e praticidade (realizar ideias);
6- construir boas relações profissionais, saber fazer networking;
7- capacidade de motivação, para si mesmo e para a equipe;
8- habilidade para fazer planejamentos;
9- buscar sempre a melhora da qualidade do seu produto ou serviço;
10- ser flexível para adaptar seus planos à realidade.
O empreendedorismo é ligado à inovação, a capacidade de usar a criatividade para criar
soluções novas. Mas, inovar não é necessariamente criar um produto ou serviço. Inovar pode ser
encontrar uma forma diferente ou criativa de oferecer os serviços da empresa para ganhar a atenção
dos consumidores.
Essa característica pode ser decisiva para um empreendimento ter destaque em um
mercado concorrido, ao oferecer soluções mais atrativas que a concorrência.

2.2 Empreendedorismo corporativo e inovação

O empreendedorismo corporativo, também chamado de intraempreendedorismo,


significa empreendedor dentro da empresa na qual você trabalha.
Ou seja, você não é o dono do negócio, nem mesmo já começou como sócio. Porém,
atuará como empreendedor e utilizará as suas habilidades para que possam crescer juntos.
Para ficar mais fácil de entender esse conceito, basta lembrar dos filmes americanos
de advogados.
Já reparou que, na maioria deles, há sempre uma empresa de “advogados associados”,
ou algum profissional que faz de tudo para se tornar sócio do escritório onde trabalha?
Esse é um bom exemplo de empreendedorismo corporativo. Isso porque os profissionais
não começam com cargos de chefia ou com participação societária na empresa.
Porém, a sua atuação, relacionada à cultura da organização, permite que mudem a sua
forma de atuar dentro desse negócio.
Mas saindo da ficção e voltando para o mundo real, trouxemos alguns exemplos de
empresas que trabalham com esse tipo de empreendedorismo.
Elas conseguiram não só trazer mais inovação para os seus negócios, como também
valorizar e reter os seus talentos.
1. Google
O gigante Google, além de ser o mais conhecido e utilizado site de buscas, oferece ao seu
público uma série de produtos.
O que talvez você não saiba é que alguns deles foram criados por seus empreendedores
corporativos, como é o caso do Gmail.
A empresa tem a cultura de incentivar os seus colaboradores a utilizarem 20% do seu
tempo para se dedicarem a projetos pessoais. E foi justamente em um desses períodos que Paul
Buchheit criou um dos webmails mais necessário e utilizado do mundo.
2. Facebook
Sabe o botão “curtir” do Facebook, tão enaltecido por pessoas físicas e pessoas jurídicas
para validar e potencializar as suas postagens? Também foi criado em um programa interno de
ideias.
A empresa de Mark Zuckerberg também utiliza o intraempreendedorismo como caminho
para inovar constantemente. Com isso, consegue sempre trazer novidades para o seu público e
aumentar o seu poder de alcance.

3. DreamWorks
A DreamWorks é o estúdio de animação americano responsável por grandes sucessos de
bilheteria, tais como O Poderoso Chefinho, Monstros vs Alienígenas, Shrek, Gato de Botas e muitos
outros.
O empreendedorismo corporativo da empresa é extremamente democrático. Ele permite
que qualquer funcionário, independentemente do cargo, envie sugestões sobre os filmes que estão
sendo criados.
Somado a isso, a DreamWorks oferece cursos de desenvolvimento, o que potencializa os
seus talentos internos e motiva a atuação dos seus profissionais.

Qual o perfil de um empreendedor corporativo?


Mas para trabalhar dessa forma, quais seriam as características de um
empreendedor corporativo?
Entre as mais procuradas estão:

1. Visão sistêmica
Uma das primeiras competências que um empreendedor corporativo deve ter é
a capacidade de enxergar a empresa como um todo.
Isso quer dizer não pensar apenas em soluções para o setor no qual está inserido, mas
principalmente em melhorias que podem impactar positivamente outros pontos do negócio.
Para conseguir isso, é fundamental conhecer todos os processos da empresa, identificar
os seus pontos fortes e fracos, e a influência de cada um nessa jornada.

2. Espírito inovador e ousadia


Uma vez que se conhece bem o funcionamento da empresa, fica mais fácil identificar
quais situações podem ser melhoradas.
Mas para isso, é bem importante que o empreendedor corporativo tenha espírito inovador
e ousadia.
Essas duas características são essenciais para que se consiga enxergar “fora da caixa” e
entregar ideias que, em um primeiro momento, podem até parecer impossíveis, porém, a longo
prazo, farão todo o sentido.

3. Criatividade
Criatividade também é um dos atributos que não podem faltar no perfil desse tipo de
profissional. Afinal, se ele não tiver essa competência, dificilmente conseguirá encontrar soluções
novas para problemas antigos.

4. Foco
Por outro lado, é preciso manter o foco. Um dos motivos é que, por mais que se tenha
diversas boas ideias, pode não soar muito profissional mudar de perspectiva o tempo todo.
Assim, uma vez que sugerir uma inovação, é bastante indicado dedicar total atenção a
ela, preferencialmente até que seja implementada, ou mesmo descartada, deixando-o livre para
novos projetos.

5. Comunicação eficaz
Mas para conseguir transmitir todas essas ideias e sugestões de maneira clara é
imprescindível saber se comunicar.
Sim! De nada adianta ter vários projetos em mente se não conseguir transmiti-los às
outras pessoas de uma forma que consigam entender e, principalmente, se convencer da
importância dessa mudança.

6. Bom relacionamento interpessoal


Aqui, vale lembrar que o empreendedorismo corporativo vai além do setor onde você atua.
Ou seja, como dito anteriormente, é preciso conhecer a empresa como um todo.
Por conta disso, um bom relacionamento interpessoal é tão importante. Além de ajudar a
conhecer a dinâmica de outros departamentos, lhe dá a chance de identificar pontos que podem ser
melhorados.
Somado a isso, ainda pode ajudar para que a sua ideia de inovação seja aceita e
valorizada quando implementada.

7. Liderança
Em complemento à característica anterior, não podemos deixar de citar a importância de
ter perfil de liderança.
Independentemente de estar, ou não, em um cargo de chefia, o empreendedor corporativo
acaba atuando naturalmente como um líder.
Esse profissional não apenas identifica pontos de melhoria para a empresa e para os seus
colegas de trabalho, mas também os incentiva a buscar caminhos que colaborem com o crescimento
de todos.

8. Flexibilidade
Por fim, porém não menos importante, é bastante interessante que esse tipo de
empreendedor seja flexível.
É preciso ter em mente que nem sempre o projeto que apresentar será aceito como
esperado. Por vezes, ele pode ser recusado ou ser solicitado ajustes antes de ser implementado.
Outro ponto a se ter em mente é que o mundo está em constante e ininterrupta mudança. Com isso,
soluções que hoje parecem extraordinárias podem não ter o mesmo efeito amanhã.
Mas quando o profissional é flexível, consegue ajustar todas essas questões sem perder a
motivação e o espírito empreendedor.

O empreendedorismo corporativo é vantajoso?


A esta altura você deve estar se perguntando: “Será que ser um empreendedor
corporativo é realmente vantajoso para mim?”
Bem, para as empresas, as vantagens que mais se destacam são a redução de custos, a
retenção de talentos, o aumento da produtividade e, especialmente, conseguir estar em processo
constante de inovação.
Para os profissionais que atuam dessa forma, podemos dizer que é uma maneira de
empreender sem precisar lidar com algumas questões que envolvem ser dono do seu próprio
negócio.
Por exemplo, você não vai precisar se preocupar com capital de giro para manter o seu
negócio, ou com obrigações relacionadas à folha de pagamento.
Somado a isso, você tem a chance de se manter atuante em uma empresa que já
conhece e que acredita no potencial de crescimento, além de aprimorar os seus conhecimentos e
agregar mais valor à sua experiência tanto profissional quanto pessoal.

Como se tornar esse tipo de empreendedor?


Se tornar um empreendedor corporativo está totalmente relacionado à cultura da empresa
na qual trabalha.
Para isso, as organizações precisam tornar esse processo parte da sua cultura,
implementar programas de incentivo e capacitar as equipes.
Mas se a sua intenção é ter o seu próprio CNPJ, saiba que as mudanças ocasionadas
pela Reforma Trabalhista têm colaborado para que empresas contratem outras empresas para
realização de uma determinada atividade.
Aqui, é bem importante deixar claro que não se trata do processo de pejotização, ou seja,
aquele no qual funcionários CLT abrem um CNPJ para continuarem atuando na empresa.
Esse tipo de abordagem é considerada ilegal, uma vez que se mantém o vínculo
empregatício, mas a empresa se abstém de pagar os seus direitos trabalhistas.
No caso, estamos falando em terceirização, ou mesmo da contratação de profissionais
autônomos.
Essa prática permite firmar contrato entre empresas sem infringir a lei ou penalizar
qualquer uma das partes envolvidas.
A inovação requer do empreendedor a habilidade de perceber as necessidades do
mercado e dos clientes, e se planejar para oferecer seus serviços de modo que atendam os
interesses do seu público-alvo, ao mesmo tempo que se destaquem no mercado.
A inovação pode ser eficiente para:
 criar produtos ou serviços;
 ter métodos de produção mais eficazes;
 conquistar novos clientes;
 criar formas simplificadas de organização;
 gerar mais publicidade;
 melhorar o atendimento ao cliente.
Assim, se você quer ter a sua própria empresa, seja de prestação de serviços ou outro
segmento, sem precisar de sócios para isso e com um valor inicial de investimento baixo, se tornar
um empreendedor individual pode ser uma boa alternativa.

2.3 Estudo de Mercado e tendências

Estudo de mercado é uma pesquisa que tem por objetivo coletar dados importantes a
respeito de um determinado nicho, sejam eles fatores quantitativos ou qualitativos.
Envolve uma análise aprofundada sobre aspectos como:
 Público-alvo
 Comportamento de compra
 Concorrentes
 Ameaças e oportunidades
 Tendências.
Como permite uma visão completa do nicho escolhido, o principal objetivo do estudo de
mercado é orientar decisões.
Assim, quanto melhor você conhece o seu segmento de mercado, melhor será a
qualidade das suas estratégias. Ou seja, se tornam mais assertivas e eficientes.

Por que fazer um estudo de mercado?


Já ouviu aquela célebre frase de Sigmund Freud que diz que só o conhecimento traz o
poder?
Faz todo sentido quando o assunto é estudo de mercado. Quanto melhor você conhecer o
seu nicho, mais eficientes serão as estratégias para alcançar seus objetivos de negócio e maiores as
chances de sucesso.
Saber quem é seu público-alvo, como ele se comporta, o que os concorrentes estão
fazendo e quais oportunidades disponíveis torna as ações estratégicas muito mais assertivas.
A partir de informações reais, você forma uma base sólida para que possa enxergar o
negócio com mais consistência.
Na prática, fica melhor preparado para elevar a empresa a outros patamares. E os ganhos
não param por aí.
Aprender como fazer um bom estudo de mercado também contribui para o
melhor posicionamento da marca.
E isso acontece porque passa a conhecer mais e melhor o que pensam os clientes
e prospects e como eles se relacionam com a concorrência.
Assim, pode definir de forma mais assertiva as estratégias mais indicadas para se
diferenciar no mercado e para alcançar uma posição de destaque. E, claro, também na mente e no
coração do consumidor.
Além disso, não se pode negar que o estudo de mercado é uma forma de estimular uma
cultura de inteligência comercial.
É algo de extrema importância quando olhamos para a alta competitividade e para a
velocidade do mercado consumidor atual. Resumindo, para não ser engolido, você precisa estudar o
mercado.

Os 7 principais tipos de pesquisas para um estudo de mercado


Depois de entender a importância da ferramenta para os negócios, é hora de escolher um
tipo de pesquisa para chamar de seu. A seguir os 7 principais para realizar um estudo de mercado:
1. Diagnóstico de mercado
O diagnóstico de mercado é, geralmente, o primeiro passo para se fazer um estudo sobre
ele.
Mais abrangente que os demais tipos de pesquisa, é indicado para quem quer conhecer
os concorrentes, a demanda por produtos e os desafios do segmento.
Pode ser feito tanto com os consumidores quanto com as empresas que atuam no ramo.
Para definir os pontos a abordar, leve em consideração: o tamanho do mercado, o estágio
atual do seu negócio e as informações que deseja aprofundar.

2. Análise da concorrência
Com foco no estudo do posicionamento de marca, a análise da concorrência ajuda você a
entender como se posiciona em relação aos demais players de mercado.
É também um instrumento que contribui para descobrir os principais pontos fortes de cada
um deles e as suas fraquezas.
Tudo isso gera insights para que possa melhorar ou repensar suas estratégias de negócio.
Nesse tipo de pesquisa, são ouvidas as opiniões dos consumidores sobre as marcas que
atuam no mesmo nicho que o seu. Representa uma oportunidade para descobrir as respostas para
perguntas como:
 Quais as estratégias os concorrentes estão usando?
 O que está dando certo e o que está dando errado?
 Quais os produtos ou serviços da concorrência que os consumidores mais preferem? E com
quais marcas eles mais se relacionam?

3. Market share
Em tradução livre do inglês, market share quer dizer participação de mercado. Pode
parecer só mais um termo gringo para guardar em sua memória, mas vai muito além disso.
Market share é o indicador que mostra onde sua empresa está posicionada e qual o
potencial de expansão. Para calculá-lo, basta definir quais indicadores de mercado quer avaliar.

4. Buyer persona
Buyer persona é uma representação semi-fictícia do seu próprio cliente, que ajuda a
direcionar as suas estratégias de negócio.
Para construir um perfil ideal de consumidor, devem ser usadas informações reais sobre
eles e não “achismos” sobre quem são e o que desejam. Ao definir a sua buyer persona, leve em
consideração dados como:
 Idade
 Onde mora
 Profissão
 O que gosta de fazer nas horas vagas
 Desafios
 Frustrações
 Hábitos de compra
 Quais tipos de mídia consome mais
 Quais tecnologias mais utiliza
 Onde busca informação
 Quais critérios leva em consideração para a decisão de compra.
A lista de itens a considerar é muito mais longa, mas o que quero mostrar a você é um
ponto de partida.
Também é importante saber que você pode criar quantos perfis de personas fizerem
sentido para o seu negócio.
O que precisa ter em mente é que elas representam os tipos de consumidores que
interagem com a sua marca.
Apenas para que fique mais fácil de entender sobre definição de personas, imagine que
você quer produzir conteúdo para uma clínica de estética. E que, através de entrevistas com os
clientes, você identificou diferentes perfis de consumidores.
Entre eles: jovens que querem prevenir rugas, homens preocupados com a aparência e mulheres
que passaram dos 40 e querem rejuvenescer a aparência.
Cada um desses públicos precisa ser descrito em uma buyer persona.
Assim, terão as suas particularidades atendidas em todas as estratégias de marketing,
incluindo no conteúdo, no tom de voz utilizado, na escolha das palavras e na forma como oferece
seus serviços.

5. Tendências de mercado
Identificar as tendências de mercado é a melhor forma para preparar um negócio para
mudanças.
Funciona como um meio de prever novidades e se antecipar a elas. O que impulsiona
impactos positivos e reduz os negativos.
Um exemplo?
O aplicativo Rappi, que criou uma solução que entrega “tudo” para os consumidores no
conforto de seus lares.
Essa é uma inovação que afeta, inclusive, mercados e restaurantes que possuem seus
próprios e-commerces.
Com isso, muitos deixam de investir nas próprias lojas virtuais para se inserir dentro
do marketplace do aplicativo.

6. Intenção de compra
Com um estudo de mercado focado em entender a intenção de compra dos
consumidores, você pode identificar até mesmo quanto as pessoas estão dispostas a pagar por ele.
Esse é um tipo de pesquisa que ajuda:
 Na definição da precificação de produtos e serviços
 Na elaboração de estratégias de marketing e vendas
 Na identificação do ciclo de vida do produto
 Na validação de novos produtos para lançar no mercado.

7. Teste de produto
Com ela, você pode descobrir se já existe produto similar ao seu, quanto ele custa, se vai
ter saída e se os consumidores vêem potencial nele.
Então, funciona tanto para entender se vale a pena lançar um novo produto no
mercado quanto para melhorar aquele que já existe.
Como fazer um estudo de mercado em 7 passos simples, mas antes de explicar como fazer uma
pesquisa de mercado, veja quais informações você precisa levar em consideração para este estudo:
 Qual é o público-alvo a ser estudado?
 Quais as necessidades, interesses e preferências dos diferentes grupos de consumidores?
 Como os seus produtos, serviços e soluções podem suprir o que os clientes desejam?
 Quem são os concorrentes e o que eles têm oferecido para esse público?
 Quais barreiras podem dificultar a conquista dos seus objetivos de negócio?
 Quais as leis, normas técnicas e questões burocráticas envolvidas?
Com essas informações em mãos, basta seguir o passo a passo a seguir, onde falo sobre
todas as etapas de uma pesquisa de mercado:

Passo 1: Problema da pesquisa


Qual é o problema de negócio que você espera solucionar?
Melhorar o faturamento? Saber se vale a pena lançar um produto no mercado? Reduzir a taxa de
churn? Impulsionar a fidelização de clientes?
Para construir o problema da pesquisa, você precisa olhar para o problema de negócio.
Tenha em mente que ele precisa ser o “motivo” de fazer você querer realizar um estudo
de mercado. Por isso, deve servir como um guia para todo o processo.

Passo 2: Objetivos da pesquisa


Objetivos da pesquisa nada mais são do que soluções para resolver o problema que
acabou de definir no passo 1.
Você precisa ter um objetivo geral e outros específicos.
O objetivo geral deve responder à questão levantada no problema de pesquisa.
Já os específicos são os passos que precisa dar para alcançar o objetivo geral ou seus
complementos.
Se o objetivo geral é, por exemplo, reduzir a taxa de churn, alguns objetivos específicos
podem ser:
 Entender por que os clientes cancelam
 Identificar clientes com maior chance de ir embora
 Estruturar uma equipe de Customer Success.

Passo 3: Público-alvo da pesquisa


Para definir o público-alvo do estudo de mercado, leve em consideração quais pessoas
são impactadas pelo problema identificado.
Podem ser clientes, colaboradores, fornecedores, parceiros e até mesmo sócios e
investidores.

Passo 4: Amostra da pesquisa


Depois de definir o público-alvo, você precisa delimitar o universo que deseja representar
no estudo de mercado.
Afinal, não pode ser tão abrangente porque é preciso “ter braço” para isso.
Por outro lado, também não deve ser mínimo porque precisa gerar insights consistentes.
Para determinar a amostra da pesquisa, pense que é para essa fatia do público-alvo que
será direcionado o seu estudo.

Passo 5: Metodologia da pesquisa


A metodologia de pesquisa pode tomar como base os dados primários e secundários.
Na primeira categoria, se encaixam as entrevistas e os questionários, por exemplo. Na
segunda, as informações de bancos de dados já existentes e que você possa aproveitar.
Feito isso, é preciso estabelecer, em seguida, a abordagem da pesquisa, que pode ser
quantitativa, qualitativa ou mesmo mista.
Vamos relembrar as diferenças entre elas para que faça a melhor escolha possível?
Pesquisa quantitativa é aquela que envolve um volume maior de dados numéricos e
estatísticos, o que facilita o entendimento dos resultados
Pesquisa qualitativa é a abordagem que extrai informações subjetivas como emoções,
opiniões, percepções e reações
Já a mista envolve um pouco de dados quantitativos quanto qualitativos.

Passo 6: Coleta de dados


O sexto passo do estudo de mercado é coletar os dados. Ou seja, obter as informações
valiosas que você precisa para alcançar seus objetivos.
Uma tarefa que envolve atenção, tempo e dedicação, mas que pode ser simplificada com
o uso de plataformas de pesquisa automatizada.
Algumas delas, como o Google Forms, facilitam muito a criação de questionários e a
apresentação de resultados.
Se preferir, pode recorrer a métodos mais tradicionais para a coleta de dados, como a
entrevista presencial ou por telefone. Vai do seu gosto, preferência e, claro, do tempo disponível.
Após levantar os dados, é só organizar as informações extraídas para avançar para o
último passo.

Passo 7: Análise dos resultados


É aqui que a mágica acontece: você vai olhar para os dados coletados e transformá-los
em informações de valor para o seu negócio.
Elas devem ir de encontro com a solução para o problema da pesquisa lá do passo 1.
Para visualizar e interpretar melhor os resultados levantados, crie um relatório de estudo
de mercado para continuar aprimorando seus processos.
Nele, você pode registrar gráficos, mapas e tabelas com as informações recolhidas para
que nada seja perdido depois.
Muito usado por gestores eficientes, o estudo de mercado fornece tudo o que você precisa
para embasar melhor suas estratégias.

2.4 Identificação de Oportunidades e Ameaças

O nome FOFA é um acrônimo Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. É uma


ferramenta de análise da situação atual da empresa que por meio de uma análise interna e externa,
identifica os pontos positivos e negativos em cada contexto.
Apesar de abordar tantos aspectos, a ferramenta é bem simples de usar. Além de sua
simplicidade, ela é extremamente eficiente para analisar o potencial do seu empreendimento e lhe
ajudar a montar uma estratégia de sucesso.

Como fazer uma Matriz SWOT?


A matriz SWOT é basicamente quatro quadrados dois em cima e dois embaixo. O
interesante é que ela lhe permite fazer uma análise interna e externa da situação atual.
Na parte de cima, analisamos os aspectos internos da empresa: quais são as nossas
forças e ameaças. Já na parte inferior, olhamos para o mercado, os aspectos externos:
oportunidades e ameaças.

A maneira mais simples de fazer o uso dela é por meio de perguntas básicas. Em cada
quadrado você preencherá com as respostas em relação a sua empresa ou projeto.

Forças
Nesse quadrante, você vai identificar quais são as suas forças, aquilo em que o seu
negócio se destaca. As atividades que a empresa desempenha melhor. Liste todas as características
positivas internamente da empresa e que contribuem com o crescimento.

Fraquezas
É o oposto da pergunta anterior: quais são as grandes fraquezas da sua empresa. Neste
quadrante, serão listados todos os pontos fracos do seu negócio. Uma maneira de identificar as
fraquezas é pensar tudo aquilo que a empresa não tem ou aquilo que precisa melhorar para ser bem
sucedida. Liste tudo que atrapalha internamente o crescimento da empresa. O importante do
exercício é justamente identificá-las.
Oportunidades
Para descobrir as oportunidades, pergunte-se quasi os caminhos de crescimento que você
enxerga para a sua empresa. É bom olhar para o mercado e ver para que lado as coisas vão indo.
Talvez tenham um evento acontecendo que possa favorecer o aumento de vendas.
Olhe também para o contexto interno da sua empresa. Os itens que foram identificados
como forças e fraquezas podem ser oportunidades de crescimento para o seu negócio.
Analise os itens listados no quadrante de força e questione quais as oportunidades que
eles lhe proporcionarão. O mesmo pode ser feito em relação as suas fraquezas. Pegunte-se: o que a
sua empresa não tem hoje, mas poderia alcançar se tivesse? Quais os mercados o negócio poderia
atingir? Quais parcerias poderia ter. Esse é o quadrante das possibilidades.

Ameaças
As ameças dizem respeito a problemas que podem prejudicar a sua empresa. Uma boa
dica para identificar ameaças é começar olhando para a concorrência; em que aspectos os seus
concorrentes são melhores que você ou lidam melhor. O preço é uma ameaça? É um comparativo
da sua empresa e a concorrência.
Aspectos do mercado em geral também impactam. Se houver uma outra greve de
caminhoneiros isso trará problemas para o seu negócio? Algumas empresas são mais impactadas
do que outras nas questões econômicas, verifique se esse é o seu caso.
Um outro ponto é olhar para as suas fraquezas. As fraquezas são questões internas que
se não desenvolvidas podem se transformar e ameaças. E uma ameaça é algo mais difícil de lidar e
pode ser bem mais perigoso para a empresa.
Ao termos uma visão do quadro geral do projeto não basta para resolver algum problema
ou criar uma estratégia. Saber é apenas parte do trabalho. A vantagem é que agora você tem uma
visão da sua empresa com o pontencial para criar uma estratégia que priorize as oportunidades.
O próximo passo é analisar a matriz SWOT e traçar uma estratégia ou desenvolver planos de ação.
Tente fazer uma cruzada com as forças que a empresa possui e oportunidades que surgem a partir
dessas forças. Talvez surja desse exercício um projeto para um novo produto ou a identificação de
um novo segmento.
Da mesma maneira, dê atenção para as suas fraquezas e ameaças. Desenvolva planos
de riscos para mitigar as ameaças ou eliminá-las. Se houver fraquezas que impactam muito no
negócio, crie um projeto para resolver o problema.
Embora seja muito comum usá-la para analisar empresas, ela pode ser usada em
diferentes cenários como lançamento de produto, posicionamento de uma marca ou até mesmo para
buscar uma oportunidade de emprego.

2.5 As avaliações e seus instrumentos

Atualmente, podemos afirmar que informação é poder. É algo fundamental para que as
empresas tenham sucesso. Através de uma avaliação de mercado, é possível tomar decisões mais
assertivas e criar melhores condições para o crescimento da empresa de uma maneira geral.
O grande desafio, entretanto, consiste em obter informação não apenas em quantidade,
mas também de qualidade, que seja confiável e que ofereça uma visão concreta do que acontece no
mercado. Para que isso seja possível, fazer uma avaliação de mercado é uma prática recomendada,
que permite que as empresas se conheçam melhor e aquilo que as rodeia. Para que os benefícios
sejam aproveitados, é importante fazê-la de maneira correta.
O estudo de mercado entra em contato com quem mais interessa para a empresa: o
cliente. Este tipo de pesquisa pode incluir perguntas diretas sobre os níveis de serviço esperados, as
expetativas sobre o negócio e sobre o mercado.
É uma forma mais eficaz de conhecer quais as transformações e desejos dos clientes, de
forma a se manter atualizado. É uma ferramenta especialmente útil para a empresa que pretende
lançar um produto e deseja validar a ideia baseando-se na adesão do público.

Como fazer uma boa avaliação de mercado?


No geral, uma boa avaliação de mercado inclui uma análise dos principais fatores que
influenciam o negócio. Isto significa que ter em conta esses fatores de maneira integrada permite que
se tenha uma visão muito mais ampla do mercado, o que ajuda a tomar decisões mais assertivas.
Assim, as etapas para uma análise de mercado bem-sucedida incluem:

1- Análise ao público-alvo
A análise ao público-alvo deve ser o principal foco, porque é através dele que acontece a
maior captação de receitas. É necessário conhecer muito bem a quem vai oferecer o seu produto ou
serviço. É através desta análise que o negócio se pode desenvolver com o lançamento de produtos
mais adequados e com a realização de um atendimento que resulte num melhor posicionamento no
mercado.
Com a mudança das relações de consumo, especialmente num mundo cada vez mais
digital, fazer uma análise do público-alvo é indispensável para estar sempre a par do que querem os
clientes.
Esse tipo de avaliação, inclusive, permite que se identifiquem novas necessidades de
mercado, de forma a atendê-las. Sem esse conhecimento, por outro lado, a empresa torna-se
progressivamente menos relevante e deixa de conseguir boas oportunidades de negócio e de
crescimento.
Em primeiro lugar, é preciso determinar qual é o público-alvo mais importante, tendo em
conta que, em muitos casos, existe mais do que um segmento de pessoas. Certamente, quanto mais
conhecimento se tem sobre os potenciais clientes, mais eficaz e eficiente vai ser o seu negócio.
Para conhecer o público-alvo, é necessário contratar uma empresa especializada de
estudos de mercado, que aplique questionários estruturados, entrevistas ou que observe
atentamente os seus concorrentes.
Inicialmente é necessário identificar as características gerais do seu possível
cliente: saber a faixa etária e o género, o rendimento familiar, o tipo de trabalho, o agregado familiar,
onde mora e quais as suas habilitações.
O próximo passo é a identificação dos interesses e comportamentos do cliente.
Compreender qual a frequência e a quantidade que o seu público-alvo compra ou usa determinado
tipo de produto ou serviço que está a oferecer, e saber onde costuma adquirir e qual o preço que
paga. Também é importante perceber o que os leva a comprar, por exemplo, se é por causa do
preço, da qualidade dos produtos e/ou serviços, da marca ou dos prazos de entrega e pagamento.
Por último, identificar onde estão os seus clientes. Determinar o tamanho do mercado
onde a sua empresa atuará: na sua rua, no seu bairro, na sua cidade, na sua região, no país ou
mesmo internacionalmente. Nesta etapa, também é importante fazer uma análise ao posicionamento
do seu negócio na internet e definir o mais importante, que é potenciar a facilidade do público-alvo o
encontrar.

2- Avaliação dos concorrentes


Além de pensar nos clientes, uma boa análise de mercado também é responsável por
avaliar os concorrentes.
Não olhar para os seus “adversários” faz com que se torne menos competitivo e menos
atraente para um mercado que é cada vez mais dinâmico. Embora a atuação do seu negócio não
deva ser maioritariamente baseada na atuação de outros do mesmo setor, é fundamental reconhecer
a situação da concorrência.
É importante identificar quais soluções que os concorrentes estão a utilizar, qual a fatia do
mercado ocupada e, principalmente, quais nichos que não estão a ocupar.
Por meio dessa avaliação é possível identificar novas formas de atender os seus clientes,
aproveitando brechas e nichos desocupados. Através dessa avaliação pode reconhecer ameaças
como produtos ou serviços substitutos, preços mais competitivos e posicionar-se com mais
qualidade.
Depois dessa análise ser integrada à do público-alvo, é possível realizar ajustes e
melhorias que favoreçam a empresa.

3- Estudo das previsões do mercado


Não menos importante, a avaliação do mercado em si, economicamente falando, permite
que a empresa se torne mais robusta e se prepare para encarar os principais desafios apresentados.
Por exemplo, uma análise de setor permite conhecer qual será o provável crescimento em
determinadas condições financeiras.
A análise dos mercados favorece a realização do planeamento de investimentos e
rentabilidade, além de demonstrar uma necessidade de capital para determinados períodos.
Especialmente num momento de crise, o estudo das projeções de mercado torna-se um grande
aliado para fortalecer a empresa e permitir que consiga atravessar as adversidades que possam
surgir.

Quais as ferramentas necessárias?


Uma boa análise de mercado também exige a utilização das ferramentas corretas, já que
são responsáveis por oferecer a confiança necessária nos dados apresentados. Quanto mais
adequada for a ferramenta e quanto mais qualidade apresentar, melhor e mais assertiva é a análise.
Os estudos de mercado são necessários para compreender melhor os clientes. É definido um
orçamento, o tamanho do público-alvo de interesse e suas características.
Mediante os dados obtidos, é possível realizar uma análise mais aprofundada do que os
clientes desejam. A grande vantagem de utilizar esta técnica é que a metodologia se torna mais
assertiva, o alcance aumenta e os custos diminuem, fazendo com que ter informações dos clientes
se torne numa tarefa mais simples.
Num estudo Quali-Quanti, feito pelo IMR aos serviços CEP (Courier Express Parcels) de
uma marca, foram aplicadas entrevistas individuais aprofundadas e entrevistas telefónicas através do
sistema CAPI (Computer Assisted Personal Interviewing).
Tanto nas entrevistas individuais aprofundadas (40 entrevistas) como nos inquéritos
telefónicos (300 entrevistas), foram entrevistados clientes e operadores de mercado.
Os objetivos deste estudo foram: quantificar e enumerar as características estruturais do
mercado CEP, a caracterização dos operadores e a análise dos comportamentos dos clientes destes
serviços.
Numa primeira fase, fez-se uma análise ao crescimento deste mercado e à sua evolução
de vendas totais, como por exemplo, a quantificação do mercado de encomendas CEP em conjunto
com a banca. Analisou-se também a evolução das vendas e a evolução das quotas no mercado de
encomendas. O estudo também explorou a repartição por destino, divididos por nacional e
internacional, para perceber a evolução das vendas totais e das vendas por operador dentro e fora
de Portugal. Nesta etapa, foram avaliados os valores de repartição por padrão de entrega e por tipo
de destinatário. O posicionamento estratégico dos operadores e os seus eixos de evolução e de
ação estratégica também foram estudados.
Numa segunda fase, através dos resultados, foi feita uma caracterização de cada um dos
principais operadores.
Numa terceira fase, foi efetuada a pesquisa aos comportamentos dos clientes destes
serviços, através da análise às características da utilização de serviços, aos motivos de envio do
cliente, às características dos envios e aos critérios de seleção das operadoras. Por fim, a
recetividade aos serviços da marca também foi analisada.
No final deste estudo destacaram-se os seguintes resultados: os CEP continuam a
aumentar a intensidade de utilização, assim como os fluxos internacionais. A marca está a ganhar
importância e a recetividade dos clientes a novos serviços está a aumentar. No entanto, a fidelidade
dos clientes está a diminuir.
Concluiu-se também que os clientes continuam a não externalizar os serviços logísticos e
o conceito self-service (o cliente efetua o serviço) revela potencial para captar clientes.
Posto isto, através desta análise de mercado a marca passou a conhecer as necessidades
do seu público-alvo, dos seus operadores e o perfil da concorrência, de forma a poder aperfeiçoar o
seu plano de negócio e a conseguir um melhor posicionamento no mercado num contexto em que a
fidelização é cada vez mais difícil de conquistar.

2.6 Microempreendedor individual

O microempreendedor individual – MEI é a pessoa que trabalha por sua própria conta e
que se legaliza como microempreendedor. A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp128.htm), foi a responsável por criar a possibilidade
do trabalhador informal se legalizar e passar a ter benefícios.
Trata-se de uma categoria com burocracia reduzida e facilidade para abertura e
manutenção.
Para se enquadrar na categoria de microempreendedor individual – MEI, você deve ter,
atualmente, como limite de faturamento, R$ 81.000,00 por ano. Além disso, não pode ter
participação em outra empresa como sócio ou titular e pode possuir no máximo um empregado com
salário limitado ao mínimo vigente ou o piso da categoria, sendo, portanto, diferente do Simples
Nacional.
Essa é uma ótima opção para o trabalhador informal. Como MEI você passará a ter CNPJ,
o que lhe proporcionará maior facilidade para abertura de conta bancária, contratos com órgãos
públicos, financiamentos e emissão de notas fiscais.
O microempreendedor individual – MEI está isento de tributos federais (Imposto de Renda,
PIS, Cofins, IPI e CSLL), contudo, após a realização do cadastro
gratuito no https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br o pequeno empreendedor deverá pagar
sua DAS mensal até o dia 20 de cada mês.
A DAS mensal do MEI possui os seguinte valores:

MEIs – Atividade INSS – R$ ICMS/ISS – R$ Total – R$

Comércio e Industria – ICMS 60,60 1,00 61,60

Serviços – ISS 60,60 5,00 65,60

Comércio e Serviços – ICMS e ISS 60,60 6,00 66,60

O valor de INSS corresponde a 5% do salário mínimo e, portanto, pode ser reajustado.


Além dele, o MEI paga R$ 1 de ICMS e R$ 1 de ISS, dependendo da atividade. Podem ser cobradas,
também, taxas estaduais/municipais, mas essas dependem de seu estado e município e da atividade
exercida.
Os valores acima descritos referem-se ao ano de 2022 e podem varia ano a ano, de
acordo com o salário mínimo.
Com esse pequeno pagamento mensal, o microempreendedor individual – MEI além de trabalhar de
maneira legalizada, tem direito a benefícios previdenciários como auxílio-maternidade, auxílio-
doença, aposentadoria, entre outros.

Cadastro MEI – Passo a passo


Antes de tudo, você deve verificar se a atividade que exerce está dentro das permitidas
para inscrição como MEI. Confira aqui a lista: Atividades permitidas.
Sua atividade está entre as permitidas? Ótimo. Siga os passos abaixo para cadastro.
Lembre-se, o procedimento é totalmente gratuito.
 Acesse o site Portal do Empreendedor
 Clique em “formalize-se” e, novamente, em “formalize-se”;
 Será aberto um formulário pedindo CPF e data de nascimento. Preencha essas informações e
as que forem solicitadas a seguir.
 No final, confira se as informações estão corretas. Confira, também, as declarações.
 Preenchido tudo corretamente, você já estará cadastrado como MEI.
Com esse cadastro você obtêm o CNPJ MEI, Certificado de Condição de
Microempreendedor Individual e Alvará provisório.

MEI precisa contratar contador?


Caso você vá se cadastrar como MEI, o procedimento inicial de abertura pode ser
realizado, gratuitamente, por um contador. Ressaltamos que a gratuidade refere-se exclusivamente
ao registro inicial, caso você queira permanecer sendo acompanhado pelo contador deverá negociar
os valores dos serviços contábeis diretamente com o mesmo.
Para as declarações que o MEI deverá preencher após ter seu negócio aberto, a
contratação de um contador não é obrigatória. Contudo, você pode contratar um contador caso
queira, principalmente em caso de dúvidas.

Quais as obrigações do Microempreendedor Individual?


Pois bem, após realizar a formalização, o Microempreendedor Individual MEI deve ficar
atento à suas obrigações.
Mensalmente, o microempreendedor deverá pagar a guia DAS MEI. Essa guia é como um
boleto que, pago mensalmente, deixa o MEI em dia com suas obrigações fiscais, ou seja, refere-se
ao pagamento de impostos.
O cadastro como MEI é gratuito, no entanto, como qualquer empresa, quando o negócio
estiver em funcionamento, os impostos referentes deverão ser pagos. Os valores são os descritos
anteriormente neste artigo.
Além disso, anualmente, o MEI deverá apresentar sua declaração.

2.7 Desenvolvimento do Espírito empreendedor

Começar um novo negócio ou fazer uma nova ideia acontecer não é simples, mas quando
você aprende a desenvolver o seu espírito empreendedor, as chances de obter sucesso são reais. A
boa notícia é que isso pode ser feito por todos nós – basta estarmos dispostos a aprender novos
hábitos e modificarmos a nossa mentalidade.
O espírito empreendedor é um conjunto de habilidades que permitem que uma pessoa
consiga identificar e aproveitar oportunidades. É a capacidade de superar obstáculos e obter
sucesso em diversos cenários, inclusive nos adversos.
Embora estejamos acostumados a pensar no mundo dos negócios quando ouvimos o
termo “empreender”, a verdade é que ele pode ser aplicado em todas as atividades e profissões.
Porém, para que isso aconteça, é preciso abraçar os desafios e erros, acreditar na sua habilidade de
aprender, crescer e se adaptar.
Como desenvolver o espírito empreendedor
1 – Encare suas limitações
O primeiro passo para desenvolver esse conjunto de habilidades é também o mais
importante: ter coragem de encarar os seus pontos fracos. Por exemplo, um bom empreendedor
precisa acreditar nas suas ideias e ser capaz de vendê-las. Para isso, é necessário que ele seja
muito bom em falar em público.
Portanto, se você tem medo de se expor, pode começar se desafiando a fazer um curso
de oratória. O importante é que você mapeie suas principais limitações e comece a trabalhar para
superá-las.

2 – Aprenda a definir objetivos


Pessoas com espírito empreendedor sabem muito bem onde querem chegar. Então, se
você sente que não tem objetivos claros, comece a dedicar tempo para defini-los. Faça brainstorms,
escreva seus objetivos e comece a contar para amigos e família. Quando você compartilha suas
metas, as pessoas ao seu redor começam a te perguntar sobre elas – e isso te influencia a trabalhar
mais para alcançá-las.

3 – Adote um mindset positivo


Um dos fatores que mais favorecem o espírito empreendedor é manter uma atitude
positiva. Isso não significa ignorar ou subestimar os problemas, mas mudar a forma como você reage
a eles. Para conseguir desenvolver esse mindset, quando estiver diante de problemas e conflitos,
comece a pensar: “o que eu posso fazer para resolver isso?” É importante que você comece a olhar
para os desafios e problemas como formas de aprender e evoluir.
4 – Pratique a tomada de decisões
Se você quer desenvolver o seu espírito empreendedor, precisa melhorar sua capacidade
de tomar decisões. Comece analisando as situações, filtre os dados e informações mais relevantes
e, em seguida, será capaz de tomar uma decisão mais assertiva.
Se você tem dificuldade ou fica indeciso quando precisa se posicionar e fazer escolhas,
por exemplo, comece a praticar tomando pequenas decisões no dia a dia, inclusive na sua vida
pessoal. Pode ser na hora de escolher um restaurante ou de planejar uma viagem.
Sem dúvida, essa prática te preparará para quando você precisar tomar decisões mais
importantes, principalmente no seu negócio.

5 – Exercite a criatividade
A criatividade é uma das principais características de empreendedores bem-sucedidos.A
mente de quem deseja empreender precisa estar sempre procurando novas ideias para transformá-
las em produtos ou serviços. Para que isso aconteça, você precisa estimular a sua mente
constantemente, realizando atividades que te façam sair da zona de conforto.
Pode ser consumindo conteúdos sobre um assunto totalmente desconhecido para você,
aprendendo um hobby novo ou escrevendo o que vier à mente. Enfim, existem muitas formas de
exercitar a criatividade. Você só precisa encontrar as que funcionam bem para o seu perfil.

6 – Desenvolva o mindset de crescimento


Para finalizar, vamos falar sobre o mindset de crescimento. Como já vimos, um dos
principais fatores que contribuem para o desenvolvimento do espírito empreendedor é a capacidade
de crescer, especialmente diante de desafios. Antes de tudo, é importante saber que existem dois
tipos de mindset: o fixo e o de crescimento.
As pessoas que têm mindset fixo possuem uma inteligência estática, querem ser
consideradas inteligentes, mas não gostam de se esforçar para aprender. Já quem tem mindset de
crescimento acredita que pode aprender tudo o que deseja, gosta de se desafiar e perseverar
mesmo diante da frustração.
Logo, se você quer ter essa mentalidade, precisa adotar novos hábitos como estes:
 Valorizar o processo e não somente o resultado;
 Encarar feedbacks como uma oportunidade de ser melhor;
 Valorizar o esforço ao invés do talento;
 Começar a reconhecer as suas imperfeições.
Enfim, essas são apenas algumas formas de treinar o cérebro rumo à essa mentalidade.
Com certeza você encontrará outras que poderão te ajudar.

2.8 Economia solidária: conceitos e aplicação no desenvolvimento econômico social de país

Para entendermos o que é a economia solidária, precisamos visitar alguns conceitos


econômicos e de gestão para começarmos essa conversa. Mas pode ficar tranquilo, nós vamos
explicar tudo para que não restem dúvidas.
Basicamente, Economia Solidária é o nome dado ao conjunto de atividades econômicas,
seja de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito organizadas sob a forma de autogestão
(forma de organização onde a administração da empresa é feita pelos seus participantes, com
democracia direta, sem a figura do “patrão” e com igualdade entre seus membros).
Os historiadores e estudiosos dizem que o termo surge na Grã-Bretanha, durante a
Primeira Revolução Industrial. Foi uma reação dos artesãos que perderam seus empregos para as
máquinas à vapor e na passagem do século XVIII para o século XIX surgiram os primeiros sindicatos
e as primeiras cooperativas (símbolo da economia solidária).
Porém, podemos dizer que a economia solidária já existe e acontece muito antes desta
data. Partindo da visão intercultural, e baseando-se no conceito de movimentos econômicos
fundados na solidariedade, foram reconhecidas práticas solidárias milenares no campo econômico
muito antes da Revolução Industrial.
A Economia Solidária, por definição, tem a pretensão de diminuir a desigualdade na
sociedade, logo, é uma forma de economia colaborativa ao invés de competitiva. Só pode ser
concretizada se houver plena igualdade entre todos que se unem para produzir, consumir, comerciar
ou trocar, pensando nisso, a Economia Solidária visa a união entre iguais em vez do contrato entre
os desiguais.
Neste sentido, não existe competição entre os sócios, caso a cooperativa precise de
diretores, estes são votados diretamente e se a cooperativa conseguir acumular capital, a divisão do
lucro é igual entre todos os participantes.
Porém, mesmo com a igualdade entre os participantes e cooperação entre as
cooperativas, é inevitável que uma tenha o desempenho melhor que a outra, por isso, de tempos em
tempos, deve acontecer uma nova equiparação entre elas por meio de incentivos do governo ou
linha de crédito.
Por fim, as decisões importantes sempre são tomadas em assembleias pelos sócios,
utilizando o princípio que “cada cabeça é um voto” não importando o cargo ou posição que o sócio
ocupa na organização.

Economia Solidária no Brasil


Mundialmente falando, a Economia Solidária tem crescido de forma muito rápida, porém,
pensar em nisso no contexto brasileiro é algo realmente significativo.
O aumento deste modelo de negócio deve-se à diferentes fatores internos como o
desemprego, o êxodo rural e a constante exclusão. Nos últimos anos, notou-se a Economia Solidária
brasileira, muito mais do que organizações isoladas, como um movimento. Movimento esse que tem
influenciado ações políticas como a aprovação do Projeto de Lei PLC 137/2017 pelo Senado.
Hoje, a criação da PNES (Política Nacional da Economia Solidária) auxilia e regulamenta
o desenvolvimento de mais empreendimentos no modelo de Economia Solidária para que sejam
verdadeiramente solidários, pois os empreendimentos precisam cumprir uma série de requisitos para
entrarem na PNES.
Mas nem tudo são flores. Hoje em dia, existem diversas falsas cooperativas em atividade
no Brasil. E o que são as falsas cooperativas?
Por se tratar de um modelo de negócio em que não existem funcionários, apenas sócios,
os pagamentos são feitos pro forma, ou seja, não são obrigados a pagar nenhum direito trabalhista
que os brasileiros possuem numa forma de contratação formal como décimo terceiro, fundo de
garantia, férias, etc. Portanto, os empresários criam pseudocooperativas e diminuem quase pela
metade o seu gasto com salários, retirando apenas os direitos trabalhistas adquiridos.
Existe um projeto de lei em tramitação, para exigir das cooperativas o pagamento dos
direitos trabalhistas básicos para os sócios, assim diminuiriam as cooperativas de fachada e
aumentaríamos o desenvolvimento da Economia Solidária no Brasil.
UNIDADE III

Noção
de Gestão de
Empresas
3.0 Noção de Gestão de Empresas - Teorias gerais da Administração

Até o início do século XX, a administração evoluiu a pequenos passos e de forma muito
lenta. O surgimento e a consolidação da economia capitalista industrial ocorreu de forma bem
gradual. Iniciou-se com o declínio das bases do sistema feudal, seguido do surgimento da produção
de manufaturas e das corporações de ofício que gerou uma consequente emergência
da burguesia mercantil como classe dominante e a consolidação do Estado Absolutista apoiado por
ela. Percebendo que o poder real e absoluto dos monarcas emperrava seu crescimento, essa
mesma burguesia passou a defender teorias do liberalismo econômico e até conseguir consolidar
seu poder.
Progressivamente, as corporações de ofício passaram a ser substituídas pelo trabalho
assalariado entre os séculos XVI e XVIII. Foi somente após uma maior modernização da sociedade
através da Revolução Industrial que o pensamento administrativo teve início.
Foi nesse contexto entre os séculos XIX e XX que os Estados Unidos se tornaram a
principal potência industrial do planeta. Simultaneamente, tornaram-se o berço para o surgimento
uma das primeiras Teorias da Administração: a Administração Científica (Taylorismo).
As Teorias da Administração podem ser agrupadas segundo suas ênfases (nas tarefas, na
estrutura, nas pessoas, no ambiente e na tecnologia). É importante destacar que as teorias não são
contrárias umas às outras, mas antes, se complementam. Pode haver uma crítica aos conceitos
defendidos por uma teoria anterior. No entanto, essa crítica vai gerar o desenvolvimento de
proposições mais complexas, mas que ainda integram muito o defendido anteriormente, porém de
forma mais aperfeiçoada.
Podemos citar como principais teorias administrativas:
 Administração Científica (Taylorismo): com ênfase nas tarefas, buscava a racionalização do
trabalho no nível operacional, ou seja, o foco era no empregado. Apesar de apresentar como
vantagens a produtividade e a eficiência, não levava em consideração as necessidades
sociais dos funcionários.
 Teoria Burocrática (Weber): com ênfase na estrutura, tinha como objetivo a racionalidade
organizacional e a organização formal (baseada em regras e normas). Focava na organização
inteira. Apresentava muita rigidez e lentidão, apesar de ter como vantagens a consistência e a
eficiência.
 Teoria Clássica (Fayol): também apresentava ênfase na estrutura. No entanto, o foco estava
no gerente (visão de cima para baixo). Defendia o planejamento como uma das funções
principais do administrador, o qual teve a profissionalização de seu papel como gerente.
 Teoria das Relações Humanas: como o próprio nome já indica, sua ênfase estava nas
pessoas. Iniciada a partir da experiência de Hawthorne (análise das relações da produtividade
com a iluminação da fábrica de equipamentos eletrônicos de Hawthorne), defendia um
enfoque na organização informal, na comunicação, liderança, motivação e dinâmicas de
grupo.
 Teoria Estruturalista: apresenta ênfase tanto na estrutura como no ambiente. Sendo assim,
ela tem uma abordagem plural que observa a organização, tanto no seu aspecto formal
quanto informal, e também o ambiente e como a organização interage e aprende com ele.
 Teoria Neoclássica: ênfase na estrutura. Sustenta-se na prática da Administração, na
reafirmação dos princípios da Teoria Clássica e gerais da Administração, porém de forma
redimensionada.
 Teoria Comportamental: ênfase nas pessoas. Apresenta um enfoque behavorista. Apesar dela
ser decorrente da Teoria das Relações Humanas, ela oferece uma visão do comportamento
inserido no contexto organizacional.
 Teoria Contingencial: ênfase no ambiente e na tecnologia. Defende tanto que não há uma
melhor maneira de organizar, como também que uma forma de organizar pode não ser eficaz
da mesma forma em todas as situações.

3.1 Ambientes micro, meso e macro

Microambiente e Macroambiente empresarial fazem parte de uma proposta defendida por


Philip Kotler, considerado o “pai do Marketing”. Ele diz que no meio empresarial, mais
especificamente no ambiente de Marketing, existem diversas variáveis que podem afetar a
competitividade e rentabilidade de uma organização.
Ou seja, micro e macroambiente dizem respeito a fatores internos e externos de uma
empresa e impactam diretamente nas operações do seu negócio, por exemplo, planejamento,
administração, funcionários, clientes e fornecedores e, também, ambiente econômico, político e
cultural de determinada região.
Para compreendermos melhor qual a relevância disso tudo para uma empresa,
separamos alguns tópicos importantes, e iniciamos com o microambiente empresarial.

O que é Microambiente empresarial?


O Microambiente é composto por fatores próximos à empresa.
São fatores ou forças internas que tornam a empresa um negócio positivo e influenciam
em sua capacidade competitiva. Como por exemplo, a política interna, fornecedores, prestadores de
serviço, clientes concorrentes, seu portfólio e etc.
Dentro do conceito de Microambiente, há uma outra divisão que resulta em Microambiente
interno e Microambiente externo.
 Microambiente interno
É a união das variáveis internas que são controláveis por estarem dentro do negócio e que
afetam diretamente o modo de operação da empresa.
No Microambiente interno podemos incluir os setores da empresa (recursos humanos,
recursos financeiros, área de produção e operações, marketing e etc.), onde você tem várias áreas
que podem ser controladas porque estão dentro do negócio.

 Microambiente externo
O Microambiente externo é composto pelas variáveis que não são controladas pela
empresa.
São variáveis próximas que, em até certo ponto, podem ser controladas. Mas não
diretamente. Como por exemplo, os concorrentes, os fornecedores, os clientes e etc.
É muito importante ter conhecimento dessas variáveis, pois é uma variável que impacta na
sua atuação dentro do mercado e, caso não sejam tratadas de forma adequada, podem prejudicar o
negócio.

O que é Macroambiente empresarial?


O Macroambiente diz respeito a tudo o que é externo à empresa e que vão muito além do
controle do negócio. Ou seja, fatores econômicos, políticos, culturais, tecnológicos e etc. Para a
empresa, cabe apenas a adaptação.
O Macroambiente representa oportunidades e ameaças para o negócio.
São fatores externos que influenciam nos resultados e decisões do empreendimento.
Conjunto de forças no mercado como um todo, e não em determinado lugar, espaço ou região.
Algumas empresas acompanham as reações dos consumidores no macroambiente para
lançar tendências, já que são elementos que afetam diretamente o desejo de compra do cliente.

Características do Macroambiente
Como o Macroambiente é composto por muitos fatores que fogem do controle da
empresa, vamos listar abaixo algumas características para facilitar seu entendimento.

 Ambiente demográfico
O ambiente demográfico, refere-se ao estudo da população (tamanho, sexo, idade, etnia e
outros dados estatísticos). Ele é necessário para entender o comportamento dos indivíduos que são
influenciados pelas questões econômicas, mudando seus hábitos de compra.
 Ambiente econômico
O ambiente econômico é o que define o poder de compra dos consumidores baseado na
saúde econômica do país.

 Ambiente político
O ambiente político afeta o ambiente econômico e, também, afeta diretamente o
macroambiente empresarial. É desta variável que surgem as leis, as exigências governamentais,
tributações e etc. O ambiente político também é um dos principais responsáveis por gerar
estabilidade ou instabilidade econômica.

 Ambiente cultural
Nesse quesito, estamos falando sobre as questões sociais que nos dão uma ideia do que
as pessoas esperam da empresa. Posicionamentos quanto às questões debatidas na mídia, por
exemplo. E também, as questões políticas e legais determinam a atuação da organização.

 Ambiente natural e tecnológico


O ambiente natural é composto pelos recursos naturais necessários para a produção de
uma empresa. Já o ambiente tecnológico refere-se às pesquisas e desenvolvimentos realizados pela
equipe interna de uma empresa.

Análise do Microambiente e Macroambiente e sua importância


A necessidade da análise do Microambiente empresarial é saber como os setores de uma
empresa comportam-se. Por exemplo, recursos humanos, comercial, marketing, financeiro, etc. Essa
análise deve levar em consideração todas as informações de cada departamento. E o objetivo?
Simples: a elaboração de estratégias mais eficientes para a empresa atingir seus objetivos.
Já a análise de Macroambiente demanda estudos e pesquisas aprofundadas com o
objetivo de desenvolver ações mais inteligentes de Marketing. Além de saber se posicionar e
adaptar-se diante das mudanças.
Entendendo a fundo os dois ambientes, e como eles funcionam, pode ajudar o seu
negócio a se desenvolver ainda mais, seja através de estudos ou experiências do dia a dia.
Identificar ameaças, enxergar oportunidades e gerenciar mudanças, ajudam a ter vantagem
competitiva.
Afinal, a principal finalidade é entender todos os dados e promover as ações que gerem o
crescimento do seu negócio.
O que é Mesoambiente empresarial?
O mesoambiente é o cenário entre as oportunidades macro e micro. Ele molda a estrutura
de um negócio ou organização e pode ser considerado como sua infraestrutura: políticas,
procedimentos operacionais padrão, regras e diretrizes. Um bom exemplo de onde a maioria das
empresas falha é com suas políticas de TI.

3.2 O que é gerenciar

Segundo a definição do dicionário, o termo significa: organizar, planejar e executar


atividades que facilitem o processo de trabalho. Este ato é realizado por um administrador, gerente
ou líder e consiste na gestão de processos e de pessoas.
Na prática, o gerente tem a responsabilidade de:
 Elaborar planejamentos estratégicos de alta complexidade considerando os recursos
humanos e financeiros, prazo e outros elementos inerentes à cada segmento;
 Tomar as decisões mais importantes estando sob pressão ou não;
 Delegar as tarefas para o time;
 Filtrar demandas que venham de outras áreas para que estas não atrapalhem o objetivo geral
da empresa;
 Acompanhar a execução de atividades,
 Cuidar para que seus colaboradores atendam as demandas de modo correto;
 Zelar pelo bem-estar físicos e mental dos funcionários;
 Liderar as pessoas desenvolvimento um conjunto específico de habilidades e competências
que ajudem o crescimento profissional individual e o os resultados das empresas.
Como você pode perceber, o trabalho de um gerente não é fácil. Por isso, se você está se
tornando um ou se pretende é importante que você se prepare tanto no quesito técnico, quanto
emocional.

10 dicas para ser um gerente de sucesso


Além das responsabilidades já mencionadas, em sua própria carreira é importante que o
gerente saiba o que administrar para conquistar a alta performance em sua atuação, tanto no que
tange à gestão de processos quanto a de pessoas. Continue lendo e conheça algumas das
competências necessárias para conquistar o sucesso na gerência! Confira quais são as 10
principais:

1. Faça uma comunicação assertiva


A atuação estratégica precisa ter uma comunicação clara e aberta, que lhe permita
explicar as demandas e delegar as tarefas com assertividade, motivar sua equipe constantemente e
tomar decisões congruentes e que impactem positivamente.

2. Sustenta bons relacionamentos interpessoais


Construir bons relacionamentos, ter atitudes positivas e coibir comportamentos negativos
no que tange a sua relação e a relação entre os colaboradores são elementos essenciais do dia a dia
de um gerente. Esta proximidade traz mais confiança à equipe que, tendo o líder mais sensível a
assuntos que os sensibiliza, sabe que pode contar com ele sempre que precisar. Além disso, o
gerente também deve ter um bom relacionamento com líderes de outras áreas da empresa.

3. Estude constantemente
Se você quer ser gerente ou pretende se tornar um profissional melhor, não importa qual
seja o cargo, invista sempre na sua evolução contínua. Isso pode ser alcançado por meio de
treinamentos, cursos, especializações, workshops, livros, palestras, leitura de portais de notícias,
leitura de sites do segmento, compartilhamento de conhecimento com outros profissionais da área e
muito mais. Tudo isso contribui para o aprimoramento da sua atuação profissional como gerente e
que te ajuda a desenvolver competências técnicas e comportamentais necessárias.

4. Identifique e elimine seus gaps


Conheça seus pontos técnicos fracos e os aspectos emocionais que precisam progredir
positivamente para ser um gerente ainda melhor. Para isso, é importante que você desenvolva uma
autocrítica que te permita compreender suas limitações e orientar suas ações para que estas não se
tornem pontos sabotadores do seu cotidiano.

5. Crie um processo de feedback


A cada seis meses ou sempre que considerar necessário, faça uma avaliação 360° com
todos que você trabalha. Peça que os seus liderados, os pares e os superiores avaliem sua gestão
em diversos âmbitos. Todos os retornos, sejam positivos ou negativos, devem ser usados por você
como forma de crescimento profissional técnico e emocional. Aproveite para estabelecer o processo
para todos os seus liderados. As críticas construtivas vão melhorar o trabalho deles também, o que
só traz consequências boas para você.

6. Tenha metas e objetivos claros


Isso é importante para continuar crescendo e para manter sua motivação no trabalho.
Defina suas metas pessoais na empresa e também o que objetiva para sua equipe, porém, seja
exato, específico e realista. Trabalhe com o tangível e não com o impossível.

7. Dê bons exemplos
Como líder você sempre será uma referência para o grupo. Por isso, esteja atento aos
seus comportamentos e seja um bom exemplo para a equipe, respeite os horários, as pessoas, os
prazos, os processos e demonstre, na prática, como agir de modo honesto e empático. Outras
características como o bom humor, a educação e a cordialidade são essenciais para profissionais
nesse tipo de posição.

8. Exerça comprometimento
Tenha compromisso com os resultados, evite desviar-se de suas metas, mantenha o foco
e comprometa-se com seu desenvolvimento e também com o crescimento dos seus colaboradores.
Cada passo que der adiante leve junto sua equipe. Gerente que é gerente cresce junto, nunca
sozinho!

9. Tenha uma visão sistêmica


Procure desenvolver uma visão sistêmica das pessoas e dos processos e esteja sempre
presente. Lembre-se de que também é muito importante investir no desenvolvimento da sua
inteligência emocional, na resiliência, na habilidade de lidar com momentos de crise e de resolver
conflitos.

10. Reconheça talentos


Não adianta ser líder e ter medo de alguém “querer pegar o seu lugar a toda hora”. Uma
boa liderança promove o desenvolvimento técnico e emocional de cada um do time, assim como
celebra quando alguém é promovido por méritos próprios.

3.3 Características de uma gestão eficaz

O maior diferencial competitivo de uma empresa está no potencial intelectual e criativo de


seus profissionais, por isso as práticas relacionadas à gestão de pessoas já estão entre as
prioridades de todos os empresários e gestores.
De fato, é preciso investir em ações que garantam a atração e retenção de talentos, a
formação de equipes de alta performance, a preparação de novos líderes e, claro, mais
produtividade e eficiência.
Entretanto, uma gestão eficaz deve estar apoiada em 5 pilares básicos, que são:
1. Motivação
Motivação é a dose de energia que provoca o movimento e que gera a disposição para
enfrentar desafios maiores. Em geral, está intimamente relacionada ao desejo de realização e à
busca pela satisfação pessoal.
No ambiente de trabalho, a motivação é o estímulo para o aprendizado contínuo e para a
superação de barreiras. E, quando é intrínseca, faz com que o indivíduo abandone a sua zona de
conforto e procure a excelência.
Ao mesmo tempo, a falta dessa energia causa apatia e acomodação, o que afeta o
desempenho do colaborador. Na verdade, essa estagnação bloqueia posturas importantes para o
mundo corporativo, tais como a proatividade, a persistência e o engajamento.
Por isso, a motivação é o pilar mais importante da gestão de pessoas. Assim, é preciso
entender o que motiva cada profissional. Nessa lista, costumam estar a remuneração e os incentivos
financeiros, os benefícios inteligentes, um plano de carreira consistente, a identificação com a cultura
organizacional, uma liderança inspiradora e, também, as políticas de reconhecimento e valorização.
Então, para alavancar os índices de motivação das equipes, é preciso apostar em práticas efetivas,
que envolvam um plano de metas, avaliações de desempenho, delegação, feedback e oportunidades
reais de crescimento. Além disso, é essencial garantir uma gestão mais humanizada, com base na
meritocracia, na coerência e na transparência.

2. Processos De Comunicação
Para manter o time motivado, também é preciso assegurar uma comunicação interna
eficiente. Para tanto, já é possível contar com diversas soluções tecnológicas que agilizam e
simplificam o fluxo de informações — como os aplicativos de mensagens, os e-mails, a intranet e os
sistemas integrados.
No entanto, a recomendação é evitar a total virtualização dessa comunicação e, por isso,
as reuniões gerenciais devem ser bem exploradas. Esses encontros servem para manter a equipe
atualizada sobre novas demandas, pendências e urgências.
Mas também precisam incentivar o diálogo, a participação e a colaboração. Nesse caso, o
gestor tem papel especial, pois além de ser um excelente comunicador, deve saber ouvir com
empatia. Assim, consegue estabelecer um clima mais colaborativo e agregador.

3. Trabalho Em Equipe
Para que a empresa atinja seus objetivos, é essencial que haja uma forte integração entre
departamentos e times. Porém, essa união depende da capacidade de trabalhar em equipe.
Muitas iniciativas favorecem essa cooperação. Dentre as principais, estão a criação de
grupos multifuncionais, responsáveis por conduzir determinados projetos. A definição de metas
coletivas também promove essa aproximação e, ao mesmo tempo, evidencia a importância da
complementariedade.
Algumas habilidades específicas são indispensáveis ao trabalho em equipe, como
flexibilidade, humildade, ética e autoliderança, além da capacidade de mediar conflitos e de buscar
consensos.
Os softwares de compartilhamento de tarefas são outra excelente opção, já que
funcionam como uma plataforma gerencial, em que é possível listar atividades, organizar agendas,
monitorar indicadores e mensurar o rendimento de todos.

4. Conhecimento e Competência
A capacitação dos profissionais é mais um dos pilares de uma gestão eficaz de pessoas,
por isso, é essencial implementar ações voltadas à construção de times mais fortes e competentes.
Paralelamente, o ideal é realizar a avaliação de desempenho por competências. Para isso, é preciso
definir quais são as competências mais importantes para a empresa e para cada setor — como
resiliência, negociação, disciplina e persuasão. Depois dessa etapa, é necessário estipular pesos,
métricas e critérios de medição.
O feedback também é uma importante ferramenta de gestão, destinada ao
desenvolvimento e amadurecimento dos colaboradores. Por meio de conversas francas e
estruturadas, o líder deve orientar e corrigir desvios. Porém, o feedback precisa ser baseado em
fatos e acontecimentos, evitando o lugar-comum e os comentários superficiais e generalistas.
A delegação é mais um recurso a ser utilizado e deve estar presente no dia a dia de
gestores e de suas equipes. No entanto, é fundamental monitorar e apoiar esses profissionais, de
modo que todos possam aprender, evoluir e, claro, atingir os resultados esperados.
Outro fator importante é a padronização dos processos de recrutamento. Afinal, uma
gestão eficaz começa com a formação dos times. O primeiro passo deve ser sempre a definição do
perfil ideal para a vaga, abrangendo uma série de aspectos técnicos, gerenciais e comportamentais.
Assim, o recrutador passa a atuar com parâmetros claros de seleção, eliminando a subjetividade das
escolhas.

5. Treinamento e Desenvolvimento
Um programa de treinamento verdadeiramente eficiente deve contemplar as necessidades
da empresa — que podem envolver processos críticos, variáveis externas, reciclagens obrigatórias e
a chegada de novas tecnologias, por exemplo.
Entretanto, é fundamental considerar também os valores e cultura organizacional, além do
perfil dos profissionais, incluindo habilidades, preferências, ambições, vocações e deficiências.
Assim, é mais fácil elaborar um programa personalizado, respeitando as características de cada
colaborador.
É importante atingir um ponto de equilíbrio, de modo que tanto a empresa quanto as
equipes estejam satisfeitas com o programa. Por isso, é preciso identificar quais são os cursos mais
requisitados internamente. Uma pesquisa online é suficiente para coletar essas informações, a fim
de criar um planejamento mais completo e atrativo para todos.
É preciso salientar, ainda, que treinamentos pontuais não bastam. O programa deve ser
absorvido pela cultura corporativa, de modo que o aprendizado e a qualificação se tornem uma rotina
para os profissionais.
Então, é essencial que esse planejamento estratégico contemple todas as demandas
corporativas em curto, médio e longo prazo. Dessa maneira, a empresa garante a qualificação das
equipes e estabelece uma relação de confiança com seus colaboradores.
Considerando esses 5 pilares, é possível consolidar uma gestão eficaz, com foco no capital
humano. Dessa maneira, é possível garantir mais produtividade e competitividade.

3.4 Abordagem básica sobre Estratégia

Estratégia é o conjunto dos grandes propósitos, dos objetivos, metas, políticas e planos para
concretizar uma situação futura desejada, considerando as oportunidades do ambiente e os recursos
da organização.
 Refere-se às decisões de mais alto nível;
 Mobiliza a empresa como um todo;
 Tem foco no médio e longo prazo;
 Pode ser corporativa ou de unidades de negócios.

É como a empresa pretende alcançar os objetivos almejados na Administração


Estratégica que é o processo de planejar, executar e controlar. Abrange as áreas de marketing,
operações, pessoas e finanças, conduzidas a partir de uma estratégia ampla da organização.
Pensar estrategicamente é fundamental para quem quer alcançar o sucesso empresarial,
sobrevivendo às mudanças constantes do mercado.
Muitas empresas nascem e crescem de forma desordenada, podendo até sobreviver por
certo período no mercado. Mas, em tempos de tantas mudanças nos aspectos políticos, econômicos,
sociais e tecnológicos, em um mercado altamente competitivo, sobreviver com resultados
diferenciados exige muita organização, controle e inovação.
Se a empresa está iniciando, definir a estratégia que vai trilhar no mercado fará grande
diferença, pois, ao conhecer as potencialidades e as limitações para operação, falhas podem ser
evitadas, alcançando resultados mais consistentes com a sua razão de existir.
Se a empresa já está no mercado, é fundamental repensar a forma de operação. No
ambiente de constantes mudanças, pode ser necessário efetivar processos de reestruturação para
sobrevivência e competitividade. As reestruturações podem ser na forma organizacional, financeira,
mas também dos produtos e serviços oferecidos no mercado.

Alternativas estratégicas
 Estratégias de Crescimento: estratégia empresarial para aumentar os lucros, as vendas, ou a
participação do mercado, aumentando o valor da empresa.
 Estratégias de estabilidade: quando há operações em diversos setores, a empresa pode
querer concentrar suas operações, seus esforços administrativos, nas empresas existentes,
sem aumentar suas unidades.
 Estratégias de redução: quando os resultados estão abaixo do esperado, ou a sobrevivência
está desafiadora, a redução pode ser uma estratégia de melhoria da situação negativa,
podendo ser de reviravolta – mudanças para melhoria; desinvestimento ou liquidação se for o
caso.
Para elaborar as estratégias empresariais, é importante seguir um roteiro, organizar o
pensamento de forma estratégica, orientando a empresa rumo ao futuro.
Para isso, é utilizada a técnica de Planejamento Estratégico, que engloba análise do
cenário; identificação de crenças e valores; enunciado na missão da empresa, sua razão de existir
no mercado, o que vai entregar e como será reconhecida.
Dessa forma, será preciso traçar as estratégias para atuação no mercado de forma
competitiva, buscando os melhores resultados.

3.5 Noções de Administração Financeira e Orçamentária

Gestores, empreendedores e profissionais que atuam no ramo contábil, financeiro e


administrativo precisam ter familiaridade com os conceitos da administração financeira e
orçamentária (AFO), primordial para qualquer empresa. Trata-se de uma área que cuida de todas as
operações financeiras das organizações e possui diversos pontos, dos mais básicos aos complexos,
que envolvem um bom planejamento e tomada de decisão baseados em diversos cenários.
Como você já deve imaginar, a economia passa por uma série de modificações de acordo
com as tendências do mercado, o poder de compra dos consumidores, a disponibilidade de recursos,
entre outros. Logo, é praticamente impossível chegar a um grau de estabilidade perfeito, com total
equilíbrio financeiro. Nem aquelas consideradas as melhores corporações do mundo possuem esse
status: frequentemente, elas trabalham com ações e movimentos que visam garantir uma posição
mais consistente, já que há muitas oscilações.
É nesse contexto que destacamos o papel de uma boa administração financeira e como
ela pode fazer a diferença no ramo corporativo e em variados aspectos. Inclui-se nessa área uma
diversidade de ações, como transações financeiras, fluxo de caixa, pagamentos, operações de
crédito, investimentos, entre outros.
A regra básica da economia é gerenciar a escassez dos recursos frente necessidades
infinitas das pessoas. Saber o que e como produzir visando um equilíbrio e sua melhor utilização.
Esse fato se aplica totalmente às noções de administração financeira e orçamentária, na qual os
responsáveis pelo setor devem pensar em métodos inteligentes para uso do capital, com foco em
três objetivos principais:
 criar valor para os acionistas;
 expandir o valor de mercado;
 maximizar a riqueza.
É claro que existem outras variáveis dependendo do cenário. De modo global, a gestão
otimizada de recursos em qualquer corporação leva aos benefícios rentáveis. Se realizada de modo
desordenado e sem o mínimo planejamento, acontecem desperdícios, investimentos falhos, crises
gigantes e até a falência.
Portanto, mais do que um departamento financeiro competente e qualificado, qualquer
organização deve contar com toda uma administração disposta a trabalhar com as melhores
decisões e competências, atuação conjunta e boas ações empresariais. O setor contábil pode ser
perfeito, mas se não há uma administração excelente que valorize seu trabalho, qualquer corporação
está fadada ao fracasso.

3.6 Supervisão dos procedimentos administrativos, as metodologias e rotinas utilizadas nas diversas
áreas funcionais da empresa

A importância das funções administrativas é muito clara no dia a dia estratégico e


operacional: sua correta execução facilita o dia a dia do empresário e dos seus gestores, tornando a
condução do negócio uma tarefa muito mais produtiva, eficiente e segura.
Ao observar a estrutura de uma empresa contemporânea, é fácil entender que a gestão de
pessoas e do negócio é uma atividade complexa. Talvez por isso, a vida útil de uma pequena
empresa muitas vezes é tão curta.
Não existe uma fórmula mágica para crescer e se destacar, mas é certo que a adoção de
métodos de gestão eficientes e que visam a organizar melhor o funcionamento do negócio faz toda a
diferença.
Para sobreviver, a organização deve ser bem gerenciada e isso exige muita estratégia.
Em outras palavras, o gestor deve agir com profissionalismo e encarar a sua função com
responsabilidade, apostando em técnicas eficazes e nas ferramentas adequadas.
A administração da empresa nunca foi tão importante como é atualmente. Afinal, o
consumidor se tornou mais exigente, as relações comerciais estão cada vez mais globalizadas e o
mercado exige uma atuação voltada para a produtividade e excelência.

Os objetivos das funções administrativas


O objetivo das funções administrativas é dividir as competências e responsabilidades
dentro da gestão de uma empresa. Desse modo, fica mais fácil entender e medir o desempenho do
negócio, bem como entender quais ações tomar para que a empresa possa crescer.
Veja bem: as 4 funções administrativas funcionam como os pneus de um automóvel. Se há um
problema em uma delas, o carro não performa como poderia — não pode acelerar suas vendas ou
aumentar sua produtividade.
Desse modo, ao compreender as 4 funções administrativas, o gestor amplia seu espectro
de entendimento sobre como funciona a empresa.
Assim, pode realizar seu trabalho de maneira mais eficaz, visando:
 Melhor controle financeiro;
 Maior índice de satisfação dos clientes;
 Maior produtividade e menor desperdício;
 Criação de um ambiente de trabalho agradável;
 Otimização da cadeia produtiva e de suprimentos;
Enfim, esse entendimento capacita o gestor para que ele possa mapear o negócio e
entender exatamente como está sua operação, seus pontos fortes e oportunidades de melhoria.
Assim, é mais fácil, por exemplo, criar planos de ação, prever resultados e conduzir uma
operação continuamente eficiente.

As quatro funções administrativas


Como já mencionamos, são 4 funções administrativas mapeadas: planejamento,
organização, direção e controle ou também PODC.
Em primeiro lugar, você precisa entender que a administração de uma empresa tem como
objetivo o alcance das metas previamente traçadas.
Para que isso seja possível, é necessário investir na melhoria dessas quatro funções
básicas.

 Planejamento
O planejamento é a base de toda e qualquer atividade empresarial. É por meio dele que o
seu negócio definirá as metas a serem alcançadas e as ações que serão necessárias para atingi-las.
Peter Drucker, o pai da administração moderna, também afirma essa necessidade,
destacando que “o planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com o futuro
das decisões presentes”. Ou seja, sem um bom planejamento estratégico, as chances de fracassar
são grandes.

 Organização
A segunda função administrativa — e um dos pilares da administração — é a organização.
De nada adianta planejar se o gestor não se organizar para colocar em prática todas as tarefas
necessárias.
Por esse motivo, é preciso que você compreenda que organizar está relacionado ao ato
de colocar em prática o planejamento feito.
Isso significa que o gestor deve ter todos os processos sob controle e trabalhar para que a
empresa cresça em um ritmo constante e saudável.

 Direção
A terceira função a ser destacada é a de direção ou liderança. Entenda que somente as
empresas que têm verdadeiros líderes conseguem se destacar no mercado, pois, infelizmente, a
maioria dos gestores são apenas chefes.
Em resumo, dirigir uma equipe exige habilidades que vão além da pura e simples
autoridade.
É preciso se portar como exemplo e facilitar o trabalho dos demais, garantindo que eles
sigam motivados e se desenvolvam profissionalmente.

 Controle
Por fim, a última função administrativa é a de controle. Como você sabe, é função do
gestor tomar decisões, sejam elas pequenos detalhes ou grandes estratégias.
São essas escolhas que ditam o destino da empresa, mas é o controle dos processos e
das pessoas que garante o resultado esperado.
Explicando melhor: a função de controlar está associada ao monitoramento dos resultados
e das equipes.
É vital que exista esse acompanhamento, já que o mercado está em constante evolução e
um empreendimento de sucesso deve se adaptar às tendências e necessidades.
Assim sendo, sempre que o controle é bem desempenhado, os funcionários se tornam
mais produtivos, a empresa caminha na direção correta e oferece aos seus clientes exatamente o
que eles precisam.
A melhor forma de desempenhar as funções administrativas é conciliando-as no dia a dia
organizacional, compreendendo o que compõe cada uma e buscando qualificação para que você
possa dominar suas tarefas diárias. É claro: nem sempre esse será um processo com que você terá
que lidar sozinho.
Conforme a empresa cresce, é natural que sócios ou funcionários assumam várias dessas
funções, pois sua complexidade vai crescer junto com o negócio.
Sua missão, portanto, será direcionar as ações do negócio, delegando tarefas e definindo
metas para a empresa.
Para melhorar as funções administrativas em sua empresa, é essencial compreender a
gestão como um processo de melhoria contínua. Seu objetivo é, portanto, encontrar as melhores
ferramentas e metodologias para complementar sua administração.

 Utilize ferramentas
Hoje, manter uma operação 100% manual é uma certeza de que o seu negócio vai ficar
para trás na corrida contra a concorrência.
É por isso que recomendamos que sua empresa, desde o primeiro dia, conte com
ferramentas para ajudar a realizar as tarefas rotineiras.
Além disso, recomendamos que aposte em soluções que agreguem valor aos seus
processos.
Uma simples análise de dados dos seus clientes pode fazer maravilhas pelo seu negócio,
podendo servir de base para otimização das suas estratégias de vendas, marketing, entre outros.
Em geral, porém, a primeira escolha de um negócio é optar por um ERP: um sistema de
gestão empresarial, que capacite seu controle de processos e dos setores, como o financeiro.

 Automatize
Com sistemas de gestão integrados, você conecta setores, centraliza o fluxo de dados e
utiliza de recursos tecnológicos para automatizar incontáveis tarefas rotineiras.
Assim, contribui para a padronização do modo de trabalho, redução de erros humanos e
consequente economia de custos de retrabalho.
Tudo isso permite que seus funcionários possam focar em tarefas que realmente sejam
estratégicas e essenciais para o crescimento do negócio.
Desse modo, com auxílio da automação, sua empresa tem todo potencial para se tornar
mais competitiva.
Considere sua aplicação em uma lógica de passado, presente e futuro. Isso tem a ver
especialmente com sua dinâmica na rotina da empresa. Vamos explicar a seguir, confira:

 Passado
Quando você controla o seu negócio, você está de forma direta lidando com o passado
(ou informações do passado), absorvendo tudo que aconteceu no histórico recente da organização
para entender como proceder no futuro — com projeções, por exemplo.

 Presente
Já no presente, o gestor organiza e dá uma direção ao andamento das operações,
levando em conta suas demandas imediatas. Ele deve obedecer o planejamento, levando em conta
as projeções e limites predefinidos.

 Futuro
Já ao analisar o aspecto futuro, o gestor está essencialmente planejando os próximos
passos do seu negócio. Ele senta para conferir tudo que aconteceu no passado recente, bem como o
que está definido no presente do negócio.
Assim, pode criar novas estimativas e estipular novos objetivos, sempre em relação ao
potencial de crescimento do negócio.

Objetivos e áreas da administração


Quando falamos dos setores administrativos, nos referimos a:
 Produção;
 Finanças;
 Marketing;
 Recursos Humanos;
 Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
Essas são as chamadas “áreas organizacionais”, que devem processar os recursos da
empresa em busca de suas metas.
O objetivo de uma boa administração é mover todos esses setores em uma mesma
direção, guiados por objetivos corporativos e setoriais.
3.7 Formação de preço e margem de produtos e serviços com base na identificação de custos
diretos, indiretos, fixos e variáveis, tendo como referência as estratégias da empresa

Um dos maiores desafios de quem deseja empreender é definir quanto cobrar pelos
produtos ou serviços oferecidos. Afinal, essa não é uma tarefa das mais fáceis, sendo necessário
considerar uma série de fatores para realizar a formação de preços de forma equilibrada.
Esse processo é importante pois permite cobrar um preço que seja, ao mesmo tempo,
competitivo com relação aos concorrentes, mas também atrativo para os clientes, cobrindo os custos
e permitindo que a empresa seja lucrativa.

O que é formação de preços?


O processo de formação de preço nada mais é do que a análise realizada pelo
empreendedor ao definir qual será o valor cobrado por determinado produto ou serviço oferecido por
ele, levando em consideração alguns fatores, como custos, margem de lucro, despesas fixas e
variáveis, dentre outros elementos.
Para que o negócio possa ser lucrativo, é necessário que o empreendedor contabilize
detalhadamente todos os custos antes de definir o preço de venda de seu produto ou serviço. Isso
significa levar em consideração todas as despesas envolvidas, sejam elas matéria-prima, custos
fixos, custos variáveis, mão-de-obra, deslocamento, dentre outros, para que os valores cobrados
cubram essas despesas e ofereçam lucro para que a empresa possa crescer.

Como funciona o cálculo da formação de preço?


O primeiro passo para calcular a formação de preço de seu serviço ou produto está em
delimitar todos os custos e despesas envolvidos na produção ou oferta destes. Vale destacar que é
fundamental também saber diferenciar custos e despesas, já que eles são conceitos distintos,
conforme explicamos abaixo:
Os custos são aqueles que estão diretamente relacionados à operação, ou seja, são os
gastos essenciais para que a atividade principal da empresa possa ser executada, como a compra
de matéria-prima, o pagamento de fornecedores e outros gastos do mesmo tipo. Eles podem ser
subdivididos entre diretos ou indiretos, fixos ou variáveis.
 Custos diretos: são aqueles que podem ser atribuídos sem dificuldades diretamente a um
produto/serviço. Não há a necessidade de se utilizar critérios de alocação para distribuí-los.
Para exemplificar, podemos imaginar o caso de uma produção de sucos, dentre eles, de
limão, abacaxi e laranja. Fica claro que o custo do limão, no caso, deve ser atribuído ao
produto suco de limão, o custo do abacaxi ao suco de abacaxi e a laranja ao suco de laranja;

 Custos indiretos: são aqueles que necessitam de um critério de distribuição para serem
atribuídos a um produto. Por exemplo, quando em um sistema produtivo são produzidos
diferentes produtos, o salário de um trabalhador da produção não deve ser atribuído no fim a
um desses produtos apenas. É mais correto que esse custo seja rateado entre todos os
produtos do qual participa na produção. Para isso, geralmente é utilizado algum critério de
rateio (exemplo: quantidade de horas despendidas pelo trabalhador na produção de cada
produto);

 Custos fixos: são aqueles que não dependem do volume produzido. Ou seja, mantém- se
constantes mesmo que a produção aumente. São facilmente previstos e costumam se repetir
ao longo do tempo. Exemplos de custos fixos são: o aluguel do imóvel da fábrica, o salário de
profissionais de cargos gerenciais da fábrica, seguros.

 Custos variáveis: são os custos que variam direta e proporcionalmente ao volume de


atividade da empresa. Ou seja, quanto mais unidades de um produto ou serviço são geradas,
maior será o custo variável. Exemplos são a matéria prima e os insumos produtivos.

Outros conceitos relacionados a custos importantes são “custo de produção”, “custo de


produção acabada” e “custo de produtos vendidos”. Eles são utilizados para fins e cálculos
gerenciais, agregando exatidão sobre o valor de custo a considerar ao se fazer o planejamento e
relatórios financeiros.
O custo de produção diz respeito à soma de todos os custos incorridos em um período na
fábrica ou local de produção.
O custo de produção acabada se diferencia do anterior ao considerar apenas a soma dos
custos de produtos que tiveram a produção finalizada dentro do período considerado.
Já o custo de produtos vendidos (CPV) considera nos cálculos apenas os produtos
vendidos no período considerado, não importando a data de produção e quanto tempo ficou em
estoque. Ter consciência de qual desses indicadores utilizar em seus cálculos é importante para não
repetir o mesmo valor do custo de um produto e otimizar as análises e previsões financeiras.
Já as despesas são os gastos vinculados à administração, ou seja, correspondem aos
investimentos realizados para que a empresa possa alcançar seus objetivos e manter sua estrutura
ativa, como é o caso do pagamento de salários.
Vale destacar que tanto os custos quanto despesas devem estar incluídos no cálculo de
formação de preços, já que ambos impactarão no preço de venda. Uma boa prática para facilitar a
mensuração dos gastos é separá-los em gastos fixos e variáveis. Confira alguns exemplos:
Exemplos de gastos fixos
 Aluguel de imóvel ou de equipamentos
 Limpeza, conservação e manutenção
 Salários
 Honorários de contador
 Telefonia, energia elétrica, internet

Exemplos de gastos variáveis


 Matérias-primas
 Comissões de vendas
 Mão de obra
 Impostos
 Fretes de vendas
 Taxas de cartão de crédito

Para garantir que os preços cobrados pela sua empresa não estejam abaixo dos custos
de operação, o que geraria prejuízo, e que façam sentido com os objetivos da empresa, a realidade
de mercado e possibilitem o crescimento saudável do neǵocio, é recomendado usar um dos métodos
de formação de preços.
Esses métodos, que consistem em fórmulas para a composição dos preços a serem
cobrados por produtos ou serviços, permitem realizar a formação do preço de forma técnica,
baseada em dados concretos e que garantirão que os preços cobrados permitam à empresa manter
sua saúde financeira e operar com tranquilidade.

Principais métodos de formação de preços


Existem diversos métodos para a formação de preços, sendo que cada um deles
apresenta vantagens e recomendações, variando de acordo com a necessidade da empresa, seu
momento de mercado e também de acordo com as informações de custo disponíveis. Explicamos
abaixo os principais. Confira:

 Margem de contribuição
A margem de contribuição é o principal método de formação de preços e também a mais
recomendada de acordo com quesitos técnicos. Por meio dela é possível determinar qual o lucro,
dentro do custo de venda, após descontar os custos e despesas.
Ela é interessante por permitir que a empresa defina quanto quer ganhar a cada venda,
sendo muito útil para a tomada de decisão. Além disso, ela permite ajustar a margem de acordo com
a realidade de mercado e objetivos da empresa. Ela é calculada pela seguinte fórmula:
Margem de contribuição = Valor de venda - Custos e Despesas variáveis

Caso a empresa deseje obter a porcentagem da margem de contribuição, deve ser usada
a seguinte fórmula:
Margem de contribuição = (Valor de venda - Custos e Despesas variáveis) / Valor de venda

Além de garantir que a empresa cubra suas despesas de operação, esse método também
permite que o empreendimento ajuste seus preços de acordo com o momento de mercado, sua
competitividade e concorrência.

 Pesquisa de preços
A pesquisa de preços é um método de precificação que leva em consideração os preços
praticados pela concorrência na venda direta. Ele permite que a empresa entenda quanto cobrar
para se destacar no mercado com relação aos concorrentes e também quanto custa cada item.
Para isso, serão analisados os concorrentes diretos e indiretos da empresa, visando compreender
quais os preços cobrados por eles e também qual a média de mercado para determinado produto ou
serviço, o que servirá para entender melhor se os preços da empresa estão dentro ou fora dessa
realidade.
É necessário, porém, destacar que a pesquisa de preços não deve ser o único fator
considerado na precificação, já que ela pode levar a prejuízos caso o preço cobrado esteja abaixo
dos custos fixos e variáveis, servindo mais como um elemento auxiliar na precificação.

Importância da formação de preços correta


Como é possível perceber, é fundamental que você realize os cálculos adequados à
realidade de sua empresa para realizar a formação de preços de forma correta. Além de garantir que
você esteja cobrando preços compatíveis com seus custos e com o mercado, isso também contribui
para a saúde financeira do seu negócio.

3.8 Noções básicas de Contabilidade

A Contabilidade é a ciência que estuda e interpreta o patrimônio de pessoas e de


organizações. Não apenas contadores utilizam os conceitos contábeis, por exemplo, uma dona de
casa ou um empresário podem no seu cotidiano utilizar conceitos de contabilidade para diversos fins.
Por isso, é necessário que pessoas com diferentes formações tenham conhecimentos dos conceitos
básicos de contabilidade. Neste estudo, vamos expor de forma simples e resumida vários conceitos
básicos de contabilidade para que pessoas não contadoras possam entender e conhecer melhor as
noções básicas de contabilidade.
A definição mais comum para contabilidade é: é a ciência que estuda a variação
patrimonial (quantitativo/qualitativo) de uma entidade (pessoa física/ pessoa jurídica).
O objetivo da contabilidade é registrar, informar, analisar e interpretar as mudanças dos
bens, direitos e obrigações (patrimônio) da entidade.

O que é Exercício Social?


O exercício social de uma entidade é estabelecido no contrato social. É exigido que o
período seja de doze meses, porém não é obrigatório por lei iniciar em uma data específica. Isso
quer dizer que de acordo com as necessidades administrativas da entidade, os sócios poderão
definir no contrato social qualquer data para que seja iniciado o exercício social.
Lei 6.404/76, art. 175: O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada
no estatuto.
Por exemplo, pode-se estabelecer que o início do exercício social seja em 20 de agosto. Assim
sendo, o fim deste exercício será no dia 19 de agosto do ano seguinte. No entanto o mais comum é
que o exercício social se inicie no dia 01 de janeiro e se encerre no dia 31 de dezembro do mesmo
ano.
Ter o exercício social iniciando em 01 de janeiro e encerrando em 31 de dezembro, dentro
do mesmo ano, facilita a elaboração das demonstrações contábeis, pois conforme é determinado
pela legislação tributária, essas demonstrações devem ser elaboradas dentro deste período.

Quais os tipos de Sociedades e suas Obrigações?


Sociedade é a união de duas ou mais pessoas com um fim específico. A união de pessoas
com conhecimentos e interesses em comum, faz com que haja fortalecimento e um bom resultado do
negócio, pois cada sócio passa a se organizar de acordo com suas tarefas e responsabilidades.
O tipo de sociedade deve ser descrita no Contrato Social da entidade, que é um
documento oficial que apresenta todas as normas, regras e informações relevantes da entidade.
Entre os principais tipos de sociedade podemos citar:
 Sociedade Simples A sociedade simples é utilizada por profissionais prestadores de serviços

ou de cooperativas. Por exemplo, um contador formado pode abrir uma sociedade simples,
desde que tenha o registro de classe (CRC). O registro deve ocorrer no Cartório e Registro
Civil de Pessoas Jurídicas.
 Sociedade Limitada As sociedades limitadas (LTDA) são registradas nas Juntas Comerciais

por dois ou mais sócios. Os sócios, e/ou outras empresas, são as pessoas físicas/jurídicas
que investem dinheiro na empresa e são responsáveis pelos pagamentos das obrigações de
acordo com o montante de capital investido.
 Sociedade em Nome Coletivo Nesse tipo de sociedade, todos os sócios todos os sócios são

solidários e respondem pelas dívidas de forma ilimitada. A formação desse tipo de sociedade
é exclusiva para pessoas físicas, não podendo ter a participação de pessoas jurídicas.
 Sociedade em Comandita Simples Este tipo de sociedade é caracterizado por ter dois tipos de

sócios (Sócios comanditários e sócios comanditados). Os sócios comanditários, não


participam da administração da empresa, respondendo apenas pela integralização das quotas
subscritas, tendo assim responsabilidade limitada. Os sócios comanditados, são responsáveis
pela administração da empresa, tendo participação ilimitada, devendo saldar as obrigações
contraídas pela sociedade.
 Sociedade Comandita por Ações Este tipo de sociedade é caracterizado por ter o capital da

sociedade dividido por ações, de forma semelhante à sociedade anônima, porém os


acionistas respondem de forma limitada, respondendo apenas pelo preço de suas ações
adquiridas. Já os administradores da sociedade, tem responsabilidade ilimitada, devendo
saldar as obrigações contraídas pela sociedade.
 Sociedade Anônima Esse tipo de sociedade, tem seu capital social dividido por ações, sendo

de capital aberto ou fechado. Os lucros desse tipo de sociedade são distribuídos aos
acionistas proporcionalmente ao número de cotas de cada acionista. A responsabilidade dos
acionistas será limitada ao valor das ações subscritas ou adquiridas.
 De Capital Aberto É um tipo de sociedade, fiscalizada no Brasil pela CVM (Comissão de

Valores Mobiliários), que obtém recursos de pessoas físicas (trader, investidores, etc) ou
jurídicas (bancos, corretoras, etc) através das bolsas de valores.
 De Capital Fechado Possui a entrada de capital fechado apenas para quem já é acionista da

sociedade.
 Sociedade Cooperativa É uma associação de pessoas com interesses comuns, organizados

através de assembleias democráticas para execução de serviços de acordo com a finalidade


da entidade. Os membros deste tipo de sociedade são conhecidos como cooperados. Os
cooperados são ao mesmo tempo donos e usuários dos serviços.
 Sociedade de Advogados Este tipo de sociedade é caracterizado por ter um ou mais sócios,

exclusivamente advogados. Todos os sócios devem ter registro no Conselho Regional da


OAB e seguir todas as regras para este tipo de sociedade.
Quais as Funções da Contabilidade?
Toda empresa necessita ter um serviço de contabilidade. Esse serviço pode ser próprio,
tendo contadores internos à empresa (funcionários) ou externo através da contratação de uma
empresa de serviços contábeis. A contabilidade tem como principal função: receber, administrar e
processar os dados financeiros e econômicos da empresa. De posse desses dados, a contabilidade
pode realizar o análise e gerar as demonstrações financeiras (relatórios).
As funções contábeis podem ser divididas em função econômica (lucro) e função
administrativa (patrimônio). Com a apresentação dos resultados dos relatórios contábeis aos
administradores da empresa, podem ser tomadas decisões importantes como a capacidade de
passivos financeiros da entidade, aumento ou redução da produção, venda de ativos, descontos,
redução/aumento custos, etc.
A informação contábil gerada pelo setor contábil não necessariamente é utilizada apenas
pelos administradores da entidade (usuários internos). Existem usuários externos à empresa que
também tem interesse nessas informações, por exemplo:
 Acionistas, investidores: analisam os riscos da entidade e os retornos financeiros prováveis

que poderão ser obtidos com a compra ou venda de ações.


 Fornecedores: analisam a capacidade de pagamento à prazo da entidade.

 Bancos: analisam a capacidade de pagamento de créditos financeiros.

 Governo, fisco: analisam a tributação devida e a tributação paga pela entidade para

determinar se os tributos foram pagos corretamente.

O que é Patrimônio?
É comum se definir patrimônio como sendo: conjunto de bens, direitos e obrigações de
uma pessoa física ou entidade jurídica. Em suma, realmente podemos definir que o patrimônio são
as partes que compõem o balanço patrimonial da entidade, o ativo (conjunto de bens e direitos), o
passivo (obrigações) e patrimônio líquido (obrigações).

Quais os Princípios da Contabilidade?


Os princípios contábeis são conjuntos de regras, normas e conceitos que definem como a
contabilidade deve ser aplicada. Esses princípios são importantes para que haja uma padronização
das informações contábeis e que demonstrações de diferentes entidades possam ser comparadas,
inclusive de países diferentes.
Existem seis princípios da contabilidade:
 Princípio da entidade: o patrimônio da entidade é da própria entidade. Não devem os
administradores usar recursos da entidade para pagamentos de despesas pessoais, pois não
deve ser confundido o patrimônio pessoal com o da entidade. “O Princípio da ENTIDADE
reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a
necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por
consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou
proprietários, no caso de sociedade ou instituição” (CFC 750/93, art. 4).
 Princípio da continuidade: ao avaliar ou realizar lançamentos contábeis para geração de

relatórios é necessário sempre considerar que a empresa existirá no futuro, desde que haja
uma evidência muito clara em contrário. É provável que quando alguém abra um negócio, a
intenção é que este permaneça por tempo indeterminado.
 Princípio da oportunidade: este princípio está ligado às características qualitativas
fundamentais (relevância e representação fidedigna), pois pelo princípio da oportunidade, as
variações patrimoniais devem ser registradas de maneira tempestiva e integras, ou seja,
imediatamente e de forma integral de acordo com os fatos.
 Princípio do registro pelo valor original: todos lançamentos devem registrados pelo valor

original da transação e na moeda do país onde a empresa se situa, mesmo que a transação
seja feita com outros países.
 Princípio da competência: o lançamento contábil deve ser realizado no momento em que o

fato gerador for realizado, independente de haver o pagamento ou recebimento confirmado.


 Princípio da prudência: quando após a mensuração de um Ativo ou Passivo, houver dúvidas

ou várias alternativas sobre o valor real desse componente, se for do Ativo deve ser registrado
pelo menor valor obtido e for do Passivo pelo maior valor. Isso evitará supervalorização do
Ativo ou subvalorizarão do Passivo.

O que é Balanço Patrimonial (BP)?


O Balanço Patrimonial é uma demonstração obrigatória para todos os tipos de entidades.
Tem como objetivo mostrar a posição financeira e patrimonial da organização ao final de cada
exercício social. Apresenta os resultados dividindo-os em três categorias: bens, direitos e
obrigações.
De acordo com o art. 178 da Lei nº 6.404/76, as contas do Balanço patrimonial são
classificadas:
No Ativo, as contas são dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez dos
elementos nela registrados, sendo agrupadas em:
 Ativo circulante;

 Ativo realizável a longo prazo, ou não circulante;

 Ativo permanente, dividido em investimentos, Ativo imobilizado e Ativo diferido.

No Passivo, as contas são dispostas em ordem decrescente de exigibilidade dos


elementos nele registrados, sendo agrupados em:
 Passivo circulante;

 Passivo exigível a longo prazo, ou não circulante;

 Resultados de exercícios futuros;

 Patrimônio líquido, dividido em capital social, reserva de capital, reservas de avaliação,

reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

O que é DRE (Demonstração do Resultado do Exercício)?


Essa demonstração apresenta a composição dos resultados da empresa em determinado
período. Se este resultado for positivo, houve lucro e se for negativo, houve prejuízo.
A DRE segue basicamente o seguinte estrutura:

DRE
Receitas
(-) Custos
(-) Despesas
(=) Resultados

A Lei nº 6.404 de 15 de Dezembro de 1976, dispõe sobre as Sociedades por Ações:


Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro
bruto;
III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas
gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela
Lei nº 11.941, de 2009)
V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na
forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em
moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e
rendimentos.
§ 3º), somente depois de realizado poderá ser computado como lucro para efeito de distribuição de
dividendos ou participações.
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de
2007)

O que é Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)?


A DLPA é uma demonstração que complementa o BP e a DRE, pois analisa as mutações
patrimoniais da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” do Patrimônio líquido, evidenciando o
aumento do lucro ou do prejuízo acumulado.
A DLPA é um demonstrativo entre o saldo inicial e o final do lucro/prejuízo da empresa
para o período definido. Deve-se constar nesse relatório:
 Saldo inicial e final do lucro/prejuízo ajustados do período analisado;

 Pagamento de dividendos;

 Mutações patrimoniais que alterem o lucro/prejuízo da entidade.

DLPA
Saldo anterior de lucros acumulados – R$ 10.000,00
(+) Lucro líquido (exercício 2xxx) – R$ 6.500,00
(-) Dividendos distribuídos (ex. 2xxx) – R$ 5.500,00
(=) Saldo final L.A. (ex. 2xxx) – R$ 11.000,00

O que é Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)?


A DMPL é uma demonstração que analisa as movimentações patrimoniais, durante
determinado período, das contas existentes dentro do Patrimônio liquido, indicando as causas das
movimentações.

O que é Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC)?


A Demonstração de Fluxo de Caixa – DFC – é uma demonstração que apresenta a
posição financeira da entidade em determinado momento, detalhando toda entradas (recebimentos)
e saídas (pagamentos) no caixa.
Esta demonstração é obrigatória (Lei nº 11.638/2007) para empresas de Capital Aberto ou
com faturamento superior a R$ 2.000.000,00 (Dois milhões de reais).
O Pronunciamento Contábil CPC 03 estabelece a estrutura desta demonstração:

FLUXO DE CAIXA

Atividades Operacionais

(+) Recebimento de venda de produtos

(-) Pagamento de impostos sobre faturamento

(-) Pagamento à fornecedores

(-) Pagamento de salários

(-) Pagamento de impostos e encargos

(-) Pagamento de custos indiretos


(-) Pagamento de juros

(-) Pagamento de despesas operacionais

(=) Subtotal

Atividades de Investimentos
(+) Recebimento de vendas de Ativo Imobilizado

(-) Pagamento de compras de Ativo Imobilizado

(=) Subtotal
Atividades de Financiamento
(+) Captação de empréstimos

(+) Aportes de capital

(-) Amortização de empréstimos

(-) Reduções de capital


(-) Pagamento de dividendos

(=) Subtotal
Fluxo de Caixa Total = Atividades Operacionais + Atividades de Investimentos + Atividades de
Financiamento

A Demonstração de Fluxo de Caixa – DFC – Pode ser elaborada de forma Direta, quando
é considerado as entradas/saídas brutas, registrando de forma diária, semanal ou mensal. A
elaboração pode ser também Indireta, quando as informações são geradas analisando o lucro líquido
e seus efeitos sobre o caixa, com informações do Balanço Patrimonial e da DRE.
O que é Demonstração do Valor Adicionado (DVA)?
A Demonstração do Valor Adicionado – DVA – é um demonstrativo que tem como função
mensurar o valor da riqueza (lucro) gerada pela entidade em um determinado período. Essa
demonstração apresenta detalhadamente todos os elementos que contribuíram para essa geração
de riqueza (empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza
não distribuída).
O resultado obtido na Demonstração do Valor Adicionado – DVA – deve ser a diferença
entre os custos com produção e o que foi produzido ao final do processo.
Essa demonstração é obrigatória a todas as empresas de capital aberto (Lei 11.638/2007).
Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado – DVA:

FLUXO DE CAIXA

Valor Adicionado
(+) Receitas (Receitas brutas de mercadorias, produtos e serviços)

(-) Insumos Adquiridos de Terceiros (Custos e Despesas)

(-) Retenções (Depreciação, amortização e exaustão)

(=) Valor Adicionado Líquido


(+) Valor Adicionado Recebido em Transferência

(=) Valor Adicionado Bruto à Distribuir


Distribuição do Valor Adicionado
1 – Pessoal (Folha de pagamento dos funcionários)

2 – Governo (Impostos, taxas e contribuições)

3 – Financiamentos (Remuneração de Capitais de Terceiros)

4 – Remuneração de Capital Próprio

5 – Retenção de Lucros

O que é Capital de Giro?


Capital de Giro são os recursos financeiros (dinheiro) necessários para que a entidade
possa manter-se e garantir que haja continuidade dos negócios da empresa.
Os recursos financeiros que são englobados no Capital de Giro são os valores em caixa,
em contas bancárias e de outras fontes que podem ser facilmente convertidas em dinheiro para
pagar as dividas da empresa.
Para entendermos melhor como funciona o Capital de Giro, imaginemos a seguinte
situação: você comprou mercadorias para uma loja; essa mercadoria é colocada no estoque e nas
prateleiras a medida que o produto é vendido; no momento que todo o estoque daquela mercadoria
for vendido a entidade passa a ter o retorno financeiro daquela compra de mercadorias. Mas é
preciso entender que desde o tempo que foi comprado a mercadoria, até o momento que ela for
vendida, houveram muitas despesas incorridas como pagamento das mercadorias e do frete, água,
energia, salários, aluguel, etc. O Capital de Giro é justamente o valor financeiro necessário para que
a empresa consiga se manter em continuidade enquanto aguarda o retorno do capital investido.
O cálculo do Capital de Giro é muito importante para a continuidade da empresa, pois é
necessário haver recursos para financiar clientes (compras a prazo), manter os estoques e garantir o
pagamento de fornecedores, impostos, salários, despesas operacionais e outros custos. O
administrador precisa analisar os custos diários e o tempo de venda e recebimento dos estoques
(Payback) para projetar o valor necessário de Capital de Giro.

O que são Custos?


Custos é um sacrifício financeiro para a produção de bens ou serviços. É preciso entender
que os custos são gastos que a entidade realiza até tornar o seu produto pronto para ser
comercializado (aquisição ou produção).
Para que um valor entre no custo da mercadoria, é necessário que aquele gasto tenha
sido realizado exclusivamente no processo produtivo e que não possa ser desmembrado desse
processo. Por exemplo, uma empresa de picolés deverá incluir nos custos de produção a água que
foi gasta para produzir o lote de picolés; no entanto, a água consumida nos banheiros da
administração não pode ser incluída no custo, pois é algo desmembrado do processo produtivo, e
este trata-se de uma despesa.
Exemplos de Custos na Contabilidade:
 Água (utilizada no processo produtivo);

 Energia elétrica (utilizada no processo produtivo);

 Depreciação de Máquinas e Equipamentos;

 Embalagens;

 Mão de obra;

 etc.

O que é Despesa?
Despesas são os gastos com a administração da empresa. As despesas são gastos com
o funcionamento da empresa que não podem ser confundidos com os gastos de produção dos
produtos ou serviços.
Exemplos de Despesas na Contabilidade
 Água;

 Energia elétrica;

 Internet;

 Telefone;

 Material de escritório;

 Aluguel do prédio;

 Material de limpeza;

 etc.

Quais os Regimes Tributários?


No Brasil são três os Regimes Tributários em vigor:
 Lucro Presumido

O Lucro Presumido é um regime tributário simplificado, onde há presunção do lucro da empresa no


período de recolhimento. Os cálculos são realizados de acordo com as características da empresa,
com a aplicação de uma alíquota sobre o seu faturamento bruto para encontrar a base de cálculo do
IRPJ e da CSLL. Existe uma tabela apresenta as alíquotas do Lucro Presumido, de acordo com a
atividade desenvolvida, que variam entre 1,6% e 32%.
 Lucro Real

O Lucro Real tem uma apuração feita com base no lucro líquido auferido no período (3 meses ou 12
meses). É um regime tributário complexo e obrigatório para certos tipos de empresas.
 Simples Nacional

O Simples Nacional é um regime tributário para micro e pequenas empresas com um faturamento de
até R$ 4.800.000,00 durante o ano. Este regime facilita muito o trabalho de recolhimento de
impostos, pois em uma única guia são recolhidos todos os impostos da empresa, como PIS,
COFINS, INSS, IPI, ICMS, ISS, CSLL, IRPJ. Incluído dentro do Simples Nacional está o MEI que é
destinado à empresas com faturamento de até R$ 81.000,00 (Oitenta e um mil reais) por ano.

Quais os Regimes Contábeis?


Regime Contábil são critérios adotados para a apuração das receitas e despesas da
entidade de forma a conseguir obter o resultado do período (Lucro x Prejuízo). Os três critérios
adotados são: Regime de Caixa, Regime de Competência e Regime Misto.

 Regime de Caixa

No Regime de Caixa, os registros são realizados no momento em que o capital é retirado ou dado
entrada no caixa. Nesse regime, toda entrada (recebimentos) ou saídas (pagamento) é registrada
dentro do período em que foi realizado. Toda receita / despesa não efetuada, mesmo que já
empenhada deve ser lançada no período seguinte, pois deve ser considerado a data do
efetivo recebimento ou pagamento, e não a data do fato gerador. Este tipo de regime tem
característica financeira e não contábil, pois é um análise bancário das ocorrências.
 Regime de Competência

O Regime de Competência tem característica contábil e não financeira, pois todos os fatos
contábeis são registrados no momento em que acontecem e não apenas quando ocorre
o desembolso ou o recebimento do capital, mesmo que essa saída/entrada ocorra apenas em um
período posterior. Exemplo: Se uma empresa faz a compra de insumos no mês de setembro e o
pagamento deste será para outubro, pelo regime de competência o lançamento desta compra deve
ser realizado em setembro e não no mês de outubro.

Quais as Técnicas Contábeis?


Técnicas contábeis são procedimentos adotados pelos contadores para realizarem os
registros das alterações patrimoniais de forma a obterem os resultados pretendidos. existem
quatro técnicas contábeis principais:

 Escrituração Contábil

Escrituração contábil é técnica utilizada para se fazer os registros dos fatos administrativos do dia a
dia da entidade que alteram o patrimônio. Esses registros são realizados em livros próprios (Diário,
Razão, Caixa e Contas Correntes) ou em outros livros auxiliares.

 Demonstrações Contábeis

As Demonstrações Contábeis são relatórios técnicos de um determinado período que são derivados
da escrituração contábil que permitem avaliar a situação econômica e financeira das entidades.
As Demonstrações Financeiras mais utilizadas são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do
Resultado do Exercício.

 Auditoria Contábil

Auditoria Contábil são procedimentos técnicos utilizados para avaliar se as demonstrações contábeis
foram elaboradas conforme os Princípios Fundamentais da Contabilidade e de acordo com
determinações legais pertinentes.

 Análise de balanços

O Análise das Demonstrações Contábeis são metodologias de comparação dos dados das
Demonstrações Financeiras com o objetivo de transformar esses dados em informações uteis que
demonstrem a situação patrimonial e financeira da empresa.

O que são Atos e Fatos Contábeis?


Os Fatos Contábeis são transações que alteram a situação patrimonial da empresa,
podendo alterar ou não a situação líquida desta. Os Atos Contábeis são atividades administrativas,
não registradas em livros, apenas em contas de controle.
Conforme a transação, o Fato Contábil pode ser classificado em três
grupos: permutativos, modificativos e mistos.
 Fatos permutativos representam fatos contábeis que não alteram o valor do patrimônio líquido.

 Os fatos modificativos alteram o patrimônio líquido.

 Os fatos mistos são permutativos e modificativos ao mesmo tempo.

Qual a função da Contabilidade para a Sociedade?


Desde os primórdios da civilização, o homem utiliza formas de realizar a contabilização do
patrimônio. Era um modelo de contabilidade simples, mas que atendia às necessidades do período.
Hoje, com a modernização dos procedimentos contábeis e com a influência da era digital,
a Contabilidade passou a ter capacidade de gerir e obter informações de forma imediata e assertiva
de qualquer tipo de entidade.
A função da Contabilidade não é apenas suprir o governo de informações tributárias, mas
tem uma função social de contribuir para o desenvolvimento humano, social, econômico.
A Contabilidade auxilia os administradores a cuidar das organizações e desenvolver a economia
dando qualidade de vida às pessoas.
Para que essa função seja alcançada, o contador deve trabalhar com ética,
responsabilidade profissional e obediência à lei. Todas as informações registradas devem ser fiéis a
realidade, pois contador é corresponsável por qualquer ação dolosa praticada.

3.9 Noções de Matemática Financeira

A matemática financeira é a área da matemática que, como o nome sugere, diz respeito
ao trabalho com as financias. Trabalhar com dinheiro nem sempre é uma tarefa fácil, pois exige-se
domínio de porcentagem, de conceitos importantes, de análise de gráficos. Por meio da
porcentagem, do aumento, do desconto, do juros ou dos rendimentos, a matemática financeira traz
ferramentas para lidar com situações-problemas que envolvem dinheiro.
Para a realização dos cálculos na matemática, existem fórmulas específicas para o juros
composto e para o juros simples. Os conceitos básicos da matemática financeira são: capital,
acréscimos, descontos, lucros, juros, taxa de juros e montante.

Para que serve a matemática financeira?


Não sabemos ao certo quando surgiu a matemática financeira, porém seu
desenvolvimento acompanha o desenvolvimento das civilizações. Desde as primeiras relações
comerciais até a sociedade atual, o domínio da matemática financeira tem sido de fundamental
importância para estabelecermos nossas relações financeiras, sendo uma ferramenta para a tomada
de decisão nesse sentido.
Muitas vezes precisamos escolher entre o serviço A ou o serviço B, levando sempre em
consideração a relação custo-benefício. Diante dessa realidade, a matemática financeira é uma
grande viabilizadora de decisões mais coerentes com a realidade e o orçamento disponível.
Nas relações comerciais e financeiras são muito comuns as expressões: lucro, desconto, prejuízo,
rendimento, juros, entre outras.
A matemática financeira está presente desde uma simples compra na farmácia até em
investimentos nas bolsas. O objetivo de educar-se financeiramente vai de encontro com o desejo de
melhor qualidade de vida. Quando uma conta de água vem cara, tomamos a decisão de verificar se
tem algum vazamento na casa ou de rever os gastos e economizar; quando queremos contratar um
plano de internet, analisamos o preço e os benefícios oferecidos por diferentes serviços antes de
realizarmos a compra. Desse modo, a matemática financeira está em grande parte de nossas vidas.
Conceitos básicos da matemática financeira
Para entender-se bem a matemática financeira, é necessário o domínio dos seus
principais conceitos, sendo eles: capital, acréscimo, desconto, lucro, montante, juros e taxa de juros.

 Acréscimo

É o valor acrescentado de uma transação comercial em relação à taxa percentual do capital.


O acréscimo ocorre devido às demandas do mercado de subir o preço de certos produtos e serviços,
por uma série de fatores, e, muitas vezes, com o interesse de aumento do lucro ou de imposto, o
acréscimo é utilizado também em investimentos de capital.
Exemplo
Uma companhia de distribuição de água encanada cobra pela reativação do abastecimento R$ 150.
Para o mês seguinte, a empresa anunciou um aumento de 10% na taxa de reativação. Qual será o
valor dessa taxa após o acréscimo anunciado?
Calculando 10% de R$ 150.
A → acréscimo
A= 0,1 · 150 = 15
Assim, o acréscimo é de R$ 15.

 Desconto

É o valor retirado de uma transação comercial em relação à taxa percentual do capital. Geralmente o
desconto é utilizado como meio de potencializar as vendas ou premiar clientes que pagam a conta
em dia. Além disso, ele é utilizado na contribuição de impostos, como o INSS e o FGTS.
Exemplo
Um carro popular é vendido, a preço de custo, por R$ 26.000. No dia dos pais, houve queda dos
preços para R$ 24.950. Paulo, que resolveu presentear seu pai, terá qual valor de desconto sobre o
preço carro?
Resolução
D = 26.000,00 – 24.950,00 = 1050,00
Veja também: Multiplicação de números decimais: como resolver?

 Lucro

É o valor ganho em uma transação comercial, considerado como o rendimento positivo obtido por
meio de uma negociação. É de utilidade para calcular-se o rendimento positivo em relação a uma
venda, e também para calcular-se os ganhos diários ou mensais de uma empresa ou um de pequeno
negócio.
Exemplo
Paulo comprou um aparelho telefônico por R$ 900. Ao chegar em casa, seu irmão mais novo
interessou-se pelo aparelho, então ele decidiu vendê-lo para o irmão por R$ 1.150. Qual foi o lucro
que Paulo obteve com a venda?
O lucro é definido pela diferença entre o valor de venda e o valor de compra:
1150,00 – 900,00 = 250,00

 Taxa percentual

É a unidade utilizada para representar partes de um todo. Serve para o cálculo do rendimento
em porcentagem de ganhos e perdas de negociações. Para encontrarmos a taxa percentual, basta
dividirmos o valor novo pelo valor de referência.
Exemplo
Um carro popular é vendido, a preço de custo, por R$ 26.050. No dia dos pais, houve queda dos
preços para R$ 25.000. Para Paulo, que resolveu presentear seu pai, qual será o valor da taxa
percentual de economia?
Seja i → taxa de juros
Assim, a taxa percentual é de 4,2%

 Juros

São os rendimentos de aplicações de capitais num certo período ou o valor a ser pago pela utilização
de recursos de terceiros. Os juros são classificados em simples e compostos.
Montante
É a soma do capital com o juros ou o dinheiro adquirido após uma transação.
Para calcular-se o montante e o juros, existem fórmulas específicas.
Principais fórmulas da matemática financeira
Juros simples
Para calcular os juros simples, utilizamos uma fórmula que relaciona capital, juros, taxa de juros e
tempo:
J= C·i·t
J → juros
C → capital
i → taxa de juros
t → tempo
Há também uma fórmula que relaciona montante, juros e capital.
M=C+J
M → montante
C → capital
J → juros
Exemplo
Qual será o montante gerado por um capital de R$ 8500 aplicado em um fundo de investimento a
juros simples com a taxa de 2% ao ano, após 5 anos?
i → 2% = 0,02
t=5
C = 8500
Usando a fórmula do juros simples, vamos calcular o juros.
J=C·i·t
J = 8500 · 0,02 · 5
J = 8500 · 0,1
J = 850
Sabendo-se que o montante é a soma do capital com o juros:
M=C+J
M = 8500 + 850 = 9350
Então o montante será de 9350.
Veja mais: Regra de três simples – processo utilizado em problemas que relacionam duas ou mais
grandezas

 Juros compostos

Já para os juros compostos utilizamos a fórmula:


M = C · (1 + i)t
M → montante
C → capital
i → taxa de juros
t → tempo
Exemplo
Um capital de R$ 2500 foi aplicado, a juros composto, em um investimento de grande risco, durante
2 anos, a uma taxa de 30% ao ano. Qual será o montante gerado ao término desse tempo?
Resolução
i → 30% = 0,3
t→2
C → 2500
Usando a fórmula de juros compostos:
M = C · (1 + i )t
M = 2500 · (1 + 0,3)²
M = 2500 · 1,3²
M = 2500 · 1,69
M = 4225,00
3.10 Noções de Informática

Os computadores que usamos em casa ou no trabalho se dividem em dois tipos: os


computadores de mesa, conhecidos também como desktops, e os notebooks, também chamados de
laptops.
Os desktops se subdividem em dois tipos:
 Computador do tipo torre

Ele possui o gabinete separado do monitor. O gabinete é


o espaço onde estão alojados os componentes
necessários para o funcionamento do computador:
memórias, placas, processador, cabos, dentre outros .

 Computador do tipo All in One (tudo em um)

A primeira vista este modelo de desktop parece um


monitor apenas, não é? Mas não se engane, ele possui o
gabinete, ou seja, memórias, placas, processador, cabos,
dentre outros componentes, todos acoplados na parte de
trás do monitor, o que torna o All in One um modelo de
desktop mais prático e fácil de acomodar.

 Os notebooks
Os notebooks são computadores muito versáteis,
leves e podem ser transportados com facilidade. É
uma ótima opção para quem quer levar o
computador para escola ou mesmo para o trabalho.
Nele, o teclado, a tela (monitor) e os componentes
estão todos acoplados formando uma peça única.
Seja um desktop ou notebook, um computador é composto por duas parte sbásicas: softwares, que
são as partes lógicas, isto é, programas, aplicativos e sistemas operacionais, e hardwares, que são
as partes físicas e que muitas vezes podem ser manuseadas pelos usuários. A seguir, vamos
conhecer melhor essas duas partes.
 Hardware
Gabinete
O gabinete é o espaço onde estão alojados os componentes necessários para
o funcionamento do computador. Memórias, placas, processador, cabos, dentre
outros componentes compõem o gabinete. Costumamos dizer que o gabinete é
o próprio computador.

Mouse
É um dispositivo bastante simples, porém de muita importância. Com o mouse
o usuário manuseia o cursor (seta que aparece na tela do computador) para
selecionar os objetos desejados, abrir arquivos (com duplo clique), copiar e
colar textos, selecionar pastas, figuras, imagens, etc. O mouse é composto
normalmente por 2 botões: um esquerdo e um direito e, ao meio, uma rodinha
(scroll). Mas qual a função deles?
Botão esquerdo: O botão esquerdo é usado normalmente para selecionar,
abrir arquivos, arrastar, marcar, posicionar o cursor, entre outras funções. Isto
vai depender de qual ferramenta você está usando no computador.

Botão direito: O botão direito do mouse é usado, em geral, para acessar


propriedades da ferramenta, ver opções de ajustes, acessar submenu com
informações de edição (copiar, colar e recortar). Portanto este botão assume
várias funções dependendo do momento e do local em que é acionado.

Rodinha (scroll): Tem a função de movimentar o cursor rapidamente na tela,


seguindo o movimento que é feito com ela. Girá-la, por exemplo, na sua
direção, fará com que o conteúdo da tela se movimente para cima (seja em um
texto ou página web). Ela tem a função de clique também, e isso fará com que
a navegação seja feita em câmera lenta.
Teclado
É o periférico em que se encontram os principais comandos para operar um computador. É pelo
teclado que os textos são digitados. Ele está dividido em cinco partes:
A) Teclado alfanumérico: com letras e números como em uma máquina de escrever;
B) Teclado numérico: como em uma calculadora.
C) Teclas de controle: são teclas que (F1, Home, Alt e Shift, Insert, Delete, Page Up, Page Down,
por exemplo), usadas isoladamente ou em conjunto com outras, executam funções específicas.
D) Teclas de direção: essas teclas possuem setas indicando o sentido de direção do cursor.
E) Teclas de função: realizam funções específicas, que mudam de acordo com o programa ou
sistema operacional utilizado. Elas também podem ser ativadas em conjunto com outras teclas.
Função das principais teclas no teclado
A tecla Enter é utilizada para iniciar parágrafo, quebrar uma linha no texto ou
efetuar confirmações.

A tecla Shift é utilizada para iniciar caracteres especiais ou ativar


momentaneamente as teclas maiúsculas do teclado (mantendo a tecla Shift
pressionada).

Tab é usada na edição de textos. Serve como marcador de parágrafos. Ela é


útil também quando precisamos movimentar o cursor de um campo a outro, ou
seja, para preencher cadastros, entrar no e-mail, etc.

Chamada de Backspace, essa tecla serve para retroceder o cursor, apagando


os caracteres à esquerda do cursor.

A tecla Caps Lock ativa/desativa as letras maiúsculas do teclado.


A Print Screen é utilizada para capturar imagens que são exibidas na tela do
computador.

A tecla Control tem utilidade principalmente quando usada em conjunto com


outras teclas, nos chamados “atalhos do teclado”.

A Alt é uma tecla de controle alternativo. Libera o uso do menu para trabalhar
com o teclado e também pode ser combinada com outras teclas para executar
funções.

A tecla Esc ou escape é usada para abandonar uma tela, programa ou menu.

A Delete ou Del apaga um caractere à direita do cursor. No Windows, deleta


arquivos ou pastas.

Monitor
O monitor é outro periférico bastante importante, pois é através dele
que vemos as imagens que são projetadas pelo computador.
Atualmente, muitas TVs vêm com função de monitor, portanto,
possuem saídas específicas para ligar à CPU e assim projetar a
imagem.
Como as TVs, quanto melhor a resolução do monitor, melhor será a
visualização da imagem projetada.
Webcam

Anteriormente considerada apenas um acessório para os


computadores, a webcam se tornou essencial para as gravações de
videoaulas e participação nas aulas on-line.
Como periférico, a webcam pode estar vinculada ao computador ou notebook de 2 formas:

Acoplada ao computador, como normalmente já vem nos


notebooks e desktops do tipo All in one.

Individual, conectada ao computador por meio de um cabo do tipo


USB.

Kit Multimídia

Assim como a webcam, o kit multimídia é um periférico do


computador que se tornou bastante utilizado pelos usuários nos
últimos anos. Com função de recepção e transmissão de voz e
áudio, os kits têm se tornado cada vez menores, porém mais
robustos quanto à qualidade de captação.
O avanço das tecnologias têm permitido aos equipamentos uma melhor captação de voz, quando
falamos dos microfones, e uma melhor transmissão de áudio, quando falamos da reprodução de
sons vindo dos computadores. Em computadores mais antigos esses periféricos eram conectados
aos computadores por meio de saídas externas, no entanto, hoje, muitos computadores já vêm com
o dispositivo de áudio e microfone acoplado a eles, deixando de ser apenas um periférico adicional.

Conexões e portas dos principais periféricos


Agora que conhecemos alguns dos principais periféricos de um computador, vamos
aprender como eles podem ser ligados ao computador.
Software
Os softwares são essenciais para o funcionamento dos computadores, pois é a partir
deles que são feitas operações e comandos que são interpretados para depois serem executados. O
principal software de um computador é o sistema operacional. É a partir dele que as instruções de
inicialização dos periféricos são comandados.
Além disso, o sistema operacional é a
base para que outros softwares
(programas) sejam executados no
computador. Conheça os principais
sistemas operacionais disponíveis
atualmente:
Mas o que significa dizer que um sistema
é código aberto ou fechado? Pago ou
gratuito?
Todo o sistema (software) é desenvolvido
através de uma enorme sequência de
instruções de computador, a qual
denominamos código fonte. Ter um
sistema de código fonte aberto significa
dizer que é possível realizar
modificações no produto sem a
necessidade de pagar uma licença
comercial. Essa é justamente a
explicação para alguns softwares serem
considerados pagos ou gratuitos.

Um sistema operacional gratuito e de código aberto, é construído pela comunidade por


meio de um modelo colaborativo de produção intelectual. Nesse modelo, a construção do software
não é feita por uma empresa, mas sim por uma comunidade de pessoas ao redor do mundo. A
construção coletiva e colaborativa é a base dos sistemas operacionais abertos e gratuitos.
Agora que já vimos o que são os softwares e os sistemas operacionais, vamos conhecer as
principais ferramentas e programas (softwares) que podem ser usados no dia a dia.
Pacotes Office
Os Pacotes Office são um conjunto de
ferramentas imprescindíveis para os
usuários de computadores de forma geral.
É com eles que se elabora, edita, cria,
exporta ou importa os mais variados
textos, planilhas e apresentações de
slides.
Atualmente encontramos vários pacotes
Office, sendo os principais: principais:
O Microsoft Word é a principal
ferramenta usada pelos usuários dentre as
disponibilizadas pelo pacote, pois através
dele é possível criar textos, trabalhos
escolares, relatórios, cartas, ofícios,
currículos, entre outros e formatá-los para
posteriormente fazer a impressão, se for o
caso.
Programas básicos
Todo computador, seja em casa ou no trabalho, deve ter instalado alguns softwares que
são indispensáveis no dia a dia. Citaremos aqui os principais!

1) Leitor de PDF: abre e executa arquivos com extensões .pdf, como: Adobe
Reader, Foxit, Sumatra, Pdf Xchange, entre outros.

2) Compactador/descompactador de arquivos: juntam vários


arquivos alocando em um único arquivo de tamanho menor
para melhor transportar em um pendrive, enviar por e-mail ou
arquivar, como: Winzip, Winrar, 7Zip, entre outros.

3) Software antivírus: protege o computador contra outros programas


potencialmente danosos. Ele detecta, impede e atua na remoção de programas
maliciosos, como vírus e worms. Existem vários softwares antivírus no
mercado, os mais famosos são: Kaspersky, Norton e McAfee, todos pagos.
Uma boa alternativa para usuários de Windows é o antivírus Windows defender.
É gratuito e já vem instalado nas versões mais atuais desse sistema
operacional.

4) Navegador de internet: software necessário para acessar sites na internet.


Atualmente três navegadores se destacam no mercado: Google Chrome,
Mozilla Firefox e Microsoft Edge. Mais adiante falaremos especificamente sobre
esses navegadores.

Conhecendo o Windows 10
O Windows 10 é o sistema operacional mais utilizado no mundo, isso porque, mesmo se
tratando de um sistema operacional pago, ganhou adeptos no decorrer dos anos por ser mais
amigável aos usuários e também por fornecer maior suporte.
Por ser o sistema operacional mais usado no momento, apresentaremos a seguir alguns
espaços, ferramentas e funcionalidades importantes para que você utilize o Windows 10 sem
complicações!
Área de Trabalho
Esta é a área de trabalho do Windows. É o espaço de trabalho da tela do usuário no
qual aparecem os ícones como, “lixeira” e “meus documentos”, que são componentes da área de
trabalho, além das janelas de aplicativos e as caixas de diálogo. Aqui ficam também os atalhos de
programas para realizar inicializações rápidas e onde é possível salvar arquivos que você queira
encontrar rapidamente.

Recomenda-se evitar o acúmulo de muitos atalhos e arquivos na área de trabalho, pois


isso pode tornar mais difícil encontrar algo quando necessário. Para isso, o computador pode ser
dividido em pastas, como explicaremos mais adiante.
A imagem que aparece ao fundo é o “papel de parede” padrão do Windows 10 que pode
ser alterada pelo usuário. Na parte inferior está a “barra de tarefas”. Nela é possível encontrar o
relógio, os programas de inicialização rápida, que ficam do lado direito, e os ícones dos programas e
pastas de acesso rápido, que ficam mais ou menos no meio da barra de tarefas.
Ainda na barra de tarefas, encontra-se também o botão “iniciar”, um dos mais utilizados
pelos usuários. Possibilita localizar e abrir documentos, inicializar rapidamente um programa, alterar
as configurações do computador ou desligar/reiniciar o computador.
Painel de Controle
Outra área bastante utilizada pelos usuários do Windows é o “Painel de Controle”.
É nesse espaço que você localiza praticamente toda e qualquer alteração que queira
executar no seu computador.
Para acessar o Painel de Controle, clique no botão iniciar e digite na caixa de pesquisa
"Painel de Controle".
O aplicativo aparecerá na busca conforme imagem a seguir:

Por meio do Painel de Controle é possível: alterar o sistema de segurança, realizar o


controle de usuários, ativar e desativar opções de rede e internet, verificar opções de sons e
hardwares, adicionar e remover programas, alterar aparência e personalização do Windows, alterar o
horário do relógio e região, entre outras opções. A imagem a seguir mostra o painel por completo.
As principais pastas no Windows 10
Em um sistema operacional, as pastas servem para armazenar/compartimentar arquivos
ou programas. O Windows 10 disponibiliza pastas que são padrão em todas as instalações, portanto,
é importante que você conheça melhor quais são elas e para que servem:
Navegadores e Internet
Para navegar na internet através do seu computador é necessário um software específico
conhecido como navegador web. Existem hoje no mercado várias opções de fabricantes diferentes.
Veja no infográfico a seguir os principais:
Google Chrome

Desenvolvido pelo Google, o Chrome é o navegador web mais usado


no mundo, atingindo quase 70% dos usuários.

Mozilla Firefox
Desenvolvido pela Mozilla Foundation, o Firefox é um navegador
bastante utilizado. Embora tenha perdido espaço para o Chrome,
continua sendo uma ótima opção para navegação.
Microsoft Edge
Desenvolvido pela Microsoft, o Edge é o mais novo dos três
navegadores. É uma evolução do antigo Internet Explorer e foi
lançado pela Microsoft no ano de 2015. É também uma boa opção
para navegação.

Navegando na Internet
Ao acessar a área de trabalho do seu computador, procure pelo ícone do navegador
preferido. Ele pode ser encontrado na barra de tarefas, no menu iniciar ou mesmo na tela, caso
tenha sido adicionado como um atalho. Ao executá-lo, o programa abrirá a página de navegação,
que normalmente é carregada em branco, aguardando que você, usuário, digite o endereço
correspondente para navegação ou pesquisa. A imagem abaixo mostra o navegador Google Chrome
aberto com as numerações de alguns campos indicados. Veja o significado de cada um deles:
Dicas de segurança para navegação na web
Tendo em vista a grande utilização da internet para realização de
compras, pagamentos, transferências e outras aplicações, se faz
necessário aumentar a segurança dos usuários durante esta
navegação, pois vários são os riscos que se corre ao inserir dados
pessoais e de pagamento em sites da internet.
O Centro de Estudos, Respostas e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil
(https://www.cert.br/), é uma página que disponibiliza informações sobre a segurança durante a
navegação na internet em forma de cartilhas e/ou vídeos.
Recomendamos acessar o site e verificar as dicas e materiais para aprender formas de se
manter seguro sem deixar de aproveitar todas as facilidades que a internet pode nos proporcionar.
Destacamos a seguir algumas dicas importantes em relação a segurança:
O navegador Google Chrome, por exemplo, apresenta em sites
seguros um cadeado antes do endereço: https. Este cadeado indica
que ali há certificados de segurança que garantem que os conteúdos
digitados e trocados estão seguros.
Outra forma de manter a segurança durante a
navegação é usar o navegador em modo
janela anônima, pois as páginas visitadas não serão armazenadas no histórico do navegador,
serão armazenadas no histórico do navegador, nos cookies, nem no
nos cookies, nem no histórico de pesquisa histórico de pesquisa depois que todas as
depois que todas as abas forem fechadas. abas
Porém, os arquivos que o usuário fez download e seus favoritos são mantidos. Todos os
navegadores de internet oferecem a opção de navegação anônima. No Google Chrome, por
exemplo, para ativar o modo de navegação anônima, basta digitar no teclado, quando o navegador
estiver aberto, o comando Ctrl+Shift+N.
Ou, ao clicar nos três pontos verticais na barra
superior à direita, clique em nova janela navegação do seu empregador, provedor de
anônima. Vale lembrar que essa seleção acesso à internet, nem dos sites visitados.
mantém apenas esta janela anônima e que,
navegando em modo anônimo, o usuário não usuário não fica invisível. Ou seja, a
fica invisível. Ou seja, a navegação anônima navegação anônima não oculta sua
não oculta sua navegação do seu empregador, navegação do seu empregador, provedor de
provedor de acesso à internet, nem dos sites acesso à internet, nem dos sites visitados.
visitados.
Seja cuidadoso ao clicar em links, independente de como foram recebidos e de quem os
enviou. Desconfie de links enviados por pessoas desconhecidas. Leia atentamente a mensagem e se
parecer um golpe, não clique!

Armazenamento e trabalho na nuvem


Aposto que você já ouviu expressões do tipo: “Meus arquivos estão na nuvem”, ou
“quando tiro uma foto no meu celular ela vai direto para nuvem”, ou mesmo “costumo trabalhar na
nuvem”. Mas o que realmente isto significa?
De acordo com o blog da weblink, o armazenamento na
nuvem é uma tecnologia recente que permite que o
usuário de internet guarde todos os seus dados em um
servidor on-line em vez de salvar nas pastas e discos
rígidos de seu computador. Este tipo de armazenamento
pode trazer muitas vantagens, como:

1 - Redução de custos e menos dispositivos. pagar nada por isso, inclusive.


Armazenar arquivos em discos rígidos físicos e mais espaço recebido, muitas vezes sem
(HDs) está cada vez mais ultrapassado. Na pagar nada por isso, inclusive.
nuvem, tudo fica em um servidor digital, o que acessórios para
faz com que o usuário não precise investir guardar seus arquivos. O resultado é menos
dinheiro comprando novos eletrônicos ou gastos, menos
acessórios para guardar seus arquivos. O dispositivos e mais espaço recebido, muitas
resultado é menos gastos, menos dispositivos vezes sem
e mais espaço recebido, muitas vezes sem pagar nada por isso, inclusive.
pagar nada por isso, inclusive.

2 - Dinamismo e mobilidade. Usar um serviço de armazenamento na


nuvem garante muita praticidade, dinamismo e mobilidade nas
tarefas do dia a dia. Você pode acessar arquivos de qualquer lugar e
de qualquer tipo de aparelho compatível. É recomendado ter uma
conexão estável à internet.
3 - Segurança de dados. Uma das grandes
preocupações dos usuários quanto ao
armazenamento em nuvem é a segurança de
dados. Ninguém quer pôr em risco seus
arquivos pessoais e profissionais. Porém, na
nuvem, apenas o usuário tem acesso ao seu
próprio material (por meio de login e senha
pessoais) e nem mesmo as empresas que
oferecem esses serviços sabem o quê esses
conteúdos são.

4 - Projetos colaborativos. Se o usuário quiser, pode permitir o


acesso de outros usuários aos seus arquivos. Essa é uma maneira
de compartilhar e desenvolver projetos colaborativos que precisem
de muitas pessoas envolvidas. E os participantes do projeto nem
precisam sair de casa para trabalhar, já que tudo é feito em conjunto
pela internet.

5 - Dispensa instalação. A grande maioria dos


aplicativos e softwares exigem instalação no
dispositivo do usuário para funcionar. Esse não
é o caso do armazenamento em nuvem. É
possível acessar planilhas, editores de texto,
calendários, agendas, editores de imagens e
multimídias sem precisar instalar nada.

Várias plataformas atualmente oferecem o serviço de armazenamento on-line e de forma


gratuita, veja algumas destas opções:
GOOGLE DRIVE
 15GB de espaço gratuito para usar;
 Alta compatibilidade com sistemas operacionais para desktops e
(Windows, Mac, Linux) e dispositivos móveis (iOS e Android);
 Acesso aos arquivos armazenados em qualquer hora, de qualquer
lugar, de forma simples e intuitiva. O usuário apenas precisa estar
conectado à internet para acessar as últimas atualizações;
 Possibilidade de se editar arquivos off-line. As alterações são feitas
sem problemas e, quando o usuário se conectar à internet, as
atualizações são feitas automaticamente.

ONE DRIVE
 5 GB de espaço gratuito para usar;
 Compatível com sistemas operacionais para desktops e dispositivos
móveis
 É possível criar e editar arquivos do pacote Office sem precisar estar
conectado à internet. Quando o usuário ficar on-line, as alterações
são atualizadas automaticamente
 Arquivos podem ser acessados de qualquer lugar, a qualquer hora e
de qualquer dispositivo compatível. Não requer instalação no
dispositivo do usuário
ICLOUD DRIVE
 5 GB de espaço gratuito para usar;
 Planos simples para usuários únicos e projetos iniciantes e contas
familiares com até 5 usuários conectados e projetos colaborativos;
 Sincronização de dados e backups automáticos não só de
documentos, arquivos, fotos e vídeos, mas também de documentos,
contatos, agendas e aplicativos;
 Compatível com dispositivos eletrônicos da Apple que se conectam à
internet. Inclui as linhas de computadores e notebooks, iPhone, iPad
e iPod Touch. Também pode ser usado no Windows;
 Sistema de criptografia de proteção dos dados do usuário, em que
apenas o donos dos arquivos armazenados em nuvem pode acessar
e mexer neles como quiser.
Principais ferramentas que podem ser usadas na nuvem
Aplicativos Google
O Google Drive concentra os programas de criação e edição do
Google como o Documentos, Planilhas, Apresentações, Desenhos,
dentre outros. É uma ferramenta de armazenamento em nuvem e
sincronização do Google que possibilita ao usuário elaborar diversos
tipos de documentos por meio da web gratuitamente, podendo
acessá-los a qualquer momento e em qualquer lugar utilizando um
smartphone, tablet ou computador. Para tanto, o usuário precisa ter
uma conta de e-mail registrada no Google (a mesma do Gmail).
Além disso, o Google Drive é uma ferramenta colaborativa em tempo real, ou seja, permite que um
grupo de pessoas construam documentos simultaneamente on-line e o mais importante, sem se
preocupar com o botão “salvar”, pois as alterações nos documentos são salvas automaticamente.

Documentos Google
É um editor de texto compatível com o Word (.DOC e .DOCX), com
Open Document Format (.ODT) e Páginas Apple (PAGES). Com ele
você pode elaborar documentos a partir de uma página em branco
ou utilizar formatos pré-existentes, tais como: Planos de Aula,
Relatórios, Proposta de Projetos e muito mais.
É possível fazer download do documento em vários formatos, sendo
os mais comuns: .DOCX, .ODT e .PDF.
Planilhas Google
É um editor de planilhas compatível com o Microsoft Excel (.XLS e
.XLSX) e Open Document Format (.ODS). Com ele você pode criar e
editar tabelas, gráficos coloridos e planilhas de cálculo com fórmulas
integradas e uma série de opções de formatação que podem tornar o
documento dinâmico e de fácil compreensão. É possível fazer
download da planilha em vários formatos. Os mais comuns são:
.XLSX, .ODS e .PDF.
Apresentações Google
Compatível com o Microsoft Power Point (.PPT e .PPTX) Open
Document Format (.ODP). Com o Apresentações Google você pode
criar apresentações com diversas formatações, podendo incluir
vídeos, animações e vários outros recursos de modo a dinamizar e
proporcionar interatividade aos seus trabalhos e apresentações. É
possível fazer download da apresentação em vários formatos. Os
mais comuns são: .PPTX, .ODP e .PDF.

Desenhos Google
Com o Desenhos Google você pode criar imagens, formas,
diagramas, fluxogramas e adicioná-los posteriormente a outros
documentos. É uma ferramenta muito simples de usar, similar ao
tradicional “Paint” do Windows. É possível fazer download da
imagem nos formatos .JPEG, .PNG, .PDF e até mesmo .SVG
(gráficos vetoriais escaláveis).

Microsoft Office 365


Similar ao Google Drive, o OneDrive é o
serviço de armazenamento de dados
(documentos) em nuvem da Microsoft. Por
meio dele é possível criar, armazenar e
compartilhar todo tipo de documento através
de dispositivos (smartphone, tablet ou
computador), desde que o usuário possua uma
conta de e-mail registrada na Microsoft e
esteja conectado à rede de internet. No
OneDrive temos o Office online.

Ele é a versão online dos aplicativos de edição de documentos da Microsoft Office, ou seja, a versão
on-line do Word, Excel, PowerPoint, OneNote e Calendário. Como no Google Documentos, no Office
online o usuário pode criar, editar e também trabalhar em equipe simultaneamente, sendo que as
edições nele realizadas são salvas automaticamente e de forma segura.
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Word online

Com uma seleção de diversos modelos à disposição do usuário, no


Word online é possível criar e editar documentos através de
ferramentas muito similares àquelas presentes no Word como, por
exemplo, adicionar imagem, tabela, símbolos, formatar a fonte da
letra, adicionar recuo de texto e espaçamento entre linhas e muito
mais.
Excel online
No Excel online são muitos os modelos que o
usuário tem a sua disposição. Para elaboração
de material didático é possível criar diversos
tipos de gráficos e tabelas, formatando-as com
o uso de ferramentas similares às utilizadas no
Excel.

PowerPoint online

Nele encontramos uma variedade de templates, por meio dos quais é


possível criar apresentações dinâmicas e interativas com os alunos.
Suas ferramentas de formatação são similares às encontradas no
PowerPoint, de modo que na versão on-line você pode, dentre outros
tipos de formatação, inserir imagem, gráficos, animações e vídeos
on-line.

Aplicativos diversos
Existem diversos aplicativos on-line que podem ser úteis no dia a dia para estudos ou
mesmo para realizar tarefas no trabalho. Listaremos alguns a seguir:

Combinar ou dividir arquivos no formato PDF


É comum precisarmos separar páginas em arquivos PDF ou mesmo juntar arquivos
distintos em um único PDF. Para isso, há alguns serviços disponíveis na internet, como o Smallpdf,
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por exemplo. Tudo é feito no próprio site, sem necessidade de download e instalação de aplicativo,
também não é necessário cadastro no site.
Endereço:
Juntar arquivos PDF: https://smallpdf.com/pt/juntar-pdf
Dividir arquivos PDF: https://smallpdf.com/pt/dividir-pdf
Existem outros serviços disponíveis na internet e que realizam a mesma função.

Canva
É uma plataforma on-line de design gráfico que permite que você crie, por exemplo, infográficos,
apresentações, pôsteres, banners, apostilas, livros e diversos objetos gráficos para o uso tanto na
escola quanto no trabalho. A plataforma possui uma versão gratuita que é limitada, mas dispõe de
muitos recursos para iniciantes.
Endereço:
https://www.canva.com/

Padlet
É uma plataforma on-line voltada para criação de murais,
documentos, projetos colaborativos e páginas da web de forma
simples e intuitiva. O Padlet é uma ferramenta colaborativa e permite
que seus murais sejam publicados na internet e fiquem disponíveis a
outras pessoas.
Endereço:
https://pt-br.padlet.com/

Boas práticas para o uso internet em geral


Netiqueta
O termo se refere às regras básicas que norteiam a boa convivência entre os sujeitos na
internet.
 Nada de gritos!
Sabe aquela sensação desagradável de conversar com alguém que só fala gritando? Na internet
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isso também acontece quando alguém escreve EM CAIXA ALTA. Por isso, evite usar a caixa alta,
optando pelo negrito ou sublinhado quando quiser destacar algo em seu texto.
 Vá com calma!
Faça pausas ao expor suas ideias. Não se esqueça de pontuar frases ao enviar mensagens e/ou
comentários. Sempre que possível, revise seu texto a fim de evitar erros gramaticais e/ou
ortográficos. Isso facilitará a compreensão por parte do seu leitor, tornando o diálogo mais eficiente e
objetivo.
 Lembre-se, menos é mais!
Textos muito coloridos, com muita alternância de fontes e tamanhos das letras pode se tornar um
incômodo para o seu leitor(a). Para quebrar a monotonia, desmembre textos grandes em blocos
menores, utilize espaços em branco entre os parágrafos, seja objetivo.
 Impessoalidade na medida certa.
Mesmo o AVEA (“Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem) sendo um espaço formal, o uso
moderado de expressões idiomáticas, emoticons e até mesmo gírias podem tornar o diálogo mais
leve, além de trazer sutileza a determinada sentença. O excesso de formalidade tende a causar
distanciamento e ser interpretado como frieza e antipatia.
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UNIDADE IV

Gestão
Organizacional
O papel do
Assistente
Administrativo no
ambiente
empresarial
119

4.0 O papel do Assistente administrativo no ambiente empresarial

A função do assistente administrativo está diretamente ligada aos processos operacionais,


burocráticos e comunicacionais de uma empresa.
O assistente administrativo tem papel fundamental no acompanhamento e controle das
rotinas de trabalho das empresas e organizações. Atua muitas vezes como secretário, auxiliando
gestores e líderes na condução dos processos operacionais e na interface com demais setores da
empresa, como o público externo. Sua especialidade é a gestão administrativa.
Para deixar a definição desta função de trabalho em termos mais práticos, elencamos a
seguir as principais atividades que um assistente administrativo precisa cumprir nas empresas que
trabalha:

Principais atividades de um assistente administrativo


 Receber e enviar correspondências e documentos.
 Controlar contas a pagar e receitas.
 Emitir notas fiscais.
 Elaborar relatório financeiro.
 Acompanhar o trabalho de logística da empresa.
 Manter arquivos e cadastros de informações atualizados.
 Assessorar gerentes e líderes com questões práticas da rotina de trabalho, como preparar
documentos, prestar informações ao público, responder e-mails.

Setores que um assistente administrativo atua


O cargo de auxiliar administrativo dá uma boa visão sobre as rotinas administrativas da
empresa e pode ser a porta de entrada para uma carreira de sucesso em vários departamentos de
uma companhia.
Se a empresa possuir um plano de carreiras, o assistente administrativo também pode
subir de cargo e seguir linhas de atuação profissional específicas, dependendo, claro, do perfil e da
estrutura da empresa para a qual trabalha. Confira alguns exemplos:
 Assistente de Compras
 Assistente Comercial
 Assistente de Logística
 Assistente de Departamento Pessoal (Recursos Humanos)
 Assistente de Atendimento
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Diferenças entre auxiliar administrativo e assistente administrativo


Dentro da hierarquia de cargos, o assistente administrativo normalmente tem funções
mais complexas que um auxiliar administrativo. O assistente é visto como um “braço-direto” da chefia
e cumpre as funções mais complexas.
Normalmente, para o cargo de assistente administrativo, as empresas exigem curso
técnico ou superior em Administração. Por precisar de mais qualificação, a remuneração é maior do
que a de um auxiliar.
As funções normalmente delegadas ao auxiliar administrativo são de atendimento e
recepção primária por telefone e e-mail, preenchimento de planilhas e documentos, organização de
papéis, entre outros.

De quais habilidades um assistente administrativo precisa?


Para o exercício da profissão é importante que o Assistente Administrativo desenvolva as
seguintes habilidades:
 Capacidade de Concentração
 Organização
 Autonomia
 Dinamismo
 Administração do Tempo
 Comunicação
Além disso, por lidar muitas vezes com documentos e informações sensíveis, é fundamental
que esse profissional demonstre grande senso de responsabilidade e tenha postura ética.

Onde um assistente administrativo pode trabalhar?


O mercado de trabalho para assistentes administrativos é favorável em todos os setores
da economia, pois estes profissionais são essenciais a qualquer negócio como redes de lojas,
hospitais, escolas, indústrias, escritórios de contabilidade e assessorias.

O Assistente Administrativo atua em:


 Empresas privadas do ramo comercial, industrial e de serviços.
 Empresas e instituições públicas.
 Organizações sem fins lucrativos.
 Instituições de ensino.
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4.1 As organizações no contexto atual.

O atual contexto das organizações configura‐se em um painel humano determinado por


mudanças aceleradas e significativas nas dimensões social, política, cultural, econômica, dentre
outras. Essas mudanças tem originado um choque na sociedade de forma geral, como conseqüência
na gestão das organizações. No contexto empresarial, esses impactos e seus reflexos estão
presentes na tecnologia, no conhecimento, na globalização, na informação, no cliente, nas pessoas
de um modo geral que interferem no meio.
O mundo encontra‐se em um processo de globalização dos mercados, produtos e
serviços, negócios, informação, conhecimento, profissionais, dentre outros que constitui um ambiente
de competição acirrada. O grande desafio competitivo é o de criar capacidades organizacionais no
mundo todo, gerando produtos e serviços competitivos, considerando a diversidade, cultura e
especificidade local, o que demanda rapidez e flexibilidade na atuação das empresas.
O trabalho em si vem se tornando cada vez mais eficiente e eficaz com a sistematização
dos dados da empresa, o que a torna mais organizada e rápida no acesso as informações sem
recisar estar na própria organização para visualizar as mesmas. O colaborador pode ter acesso às
informações desejadas em casa, no transito, no cliente ou em qualquer lugar, apenas estando
conectado na tecnologia telecomunicação á empresa, tecnologia essa que permite grandes
transformações na sociedade que gera processo e evolução. A tecnologia é uma importante
ferramenta que auxilia o trabalho nas organizações.
O que move as organizações são as pessoas. O que faz as mesmas venderem seus
produtos e ou serviços são os seus clientes que estãos cada vez mais exigentes com a qualidade,
preço e diversificação dos produtos, atendimento, dentre outros, visto que os mesmos estão mais
conscientes e possuem maior conhecimento dos seus direitos como connsumidor. Com isso,
acabam cobrando mais e despertando nas empresas a busca da inovação, a ser mais veloz na
tomada de decisão e a maximizar seus recursos, serviços e competências.
Para exercitar a criatividade, inovar e atuar com qualidade, a empresa precisa trabalhar
com capital intelectual, ou seja, com conhecimento, que faz com que as empresas competem e se
diferenciem no mercado, que está presente nos sistemas de informação das mesmas e nos próprios
colaboradores, O conhecimento é apontado como o capital em circulação mais valioso de uma
empresa.

4.2 Organogramas funcionais

Organograma é uma representação visual da estrutura organizacional de uma empresa.


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Ou seja, o organograma serve para descrever como a empresa se organiza internamente a nível de
cargos e departamentos. Também é conhecido como gráficos hierárquicos.
Sabemos que diversos processos atravessam a organização de uma empresa e o bom
funcionamento dela. Para que haja harmonia e lógica nas rotinas realizadas, alguns métodos são
adotados para o alinhamento de toda a equipe. Um deles é o organograma.
Essa estrutura é uma peça fundamental para a gestão de um negócio, pois delimita
os cargos e traça as linhas de hierarquia que são adotadas.
O organograma é um método de estruturação de equipes dentro de uma empresa. O
objetivo dessa ferramenta é organizar os espaços nos quais cada profissional estará inserido, além
de esclarecer a qual nível cada um dos outros níveis deve se comunicar e prestar contas.
Ele deve fazer parte do planejamento estratégico de uma organização, na medida em que
é por meio dele que as relações de responsabilidades ficam evidentes.
Um organograma é elaborado com caixas que contêm, cada uma, os cargos existentes na
corporação, como CEO, vice-presidente, diretor, gerente, auxiliar, estagiário, entre outros. Linhas
ligam as caixas para demonstrar as hierarquias.
Uma ferramenta como essa oferece uma visão panorâmica sobre a organização e é
interessante não apenas para os gestores, mas também para os colaboradores em todos os níveis.

Quais são os principais modelos dessa ferramenta?


Apesar da proposta de organização permanecer a mesma em todos eles, existem
diferentes modelos de organograma. Na sequência, separamos alguns dos principais utilizados no
mercado corporativo.
1. Clássico
O modelo clássico dessa ferramenta é vertical e coloca o presidente ou CEO no topo da pirâmide.
Abaixo, aparecem diretores, como o comercial, o administrativo ou o técnico, sendo seguidos pelos
gerentes e suas equipes.
2. Horizontal
O organograma horizontal também deixa marcadas as hierarquias da empresa. No entanto, a
estruturação é feita para a lateral, e não de cima para baixo. O intuito é mostrar que as relações de
poder têm menos importância, sem que se perca a ideia de organização.
3. Circular
Nesse modelo, a relevância do trabalho em equipe é acentuada ao expor os cargos lado a lado em
forma de círculo. No centro do círculo está o CEO ou presidente, e o restante da hierarquia caminha
para as extremidades da figura.
4. Setorial
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O organograma setorial obedece ao mesmo padrão do tradicional, com a diferença de fazer


referência a um setor específico da empresa. Isso é adequado para grandes corporações que
contam com times bem estruturados e muitos profissionais.
5. Matriz
Pode ser usado em projetos específicos para demonstrar quais setores vão trabalhar juntos e a
quem prestarão contas.

Por que o organograma funcional é interessante para o RH?


Existe ainda um outro modelo que se apresenta com grande relevância para o trabalho da
área de Recursos Humanos. É o organograma funcional, que tem como principal diferença a
classificação por funções e não por cargos hierárquicos.
O conceito de organograma funcional se mostra muito interessante para empresas que
estão desenvolvendo uma cultura organizacional mais sólida e com foco na valorização de pessoas.
Modelos tradicionais tendem a exaltar as relações de poder, criando, muitas vezes, a sensação de
inferioridade nos cargos que estão mais baixo na hierarquia.
Já na estrutura funcional, a proposta é valorizar as atividades exercidas por cada pessoa e
mostrar, de maneira integrada, como o profissional se insere no desempenho total da empresa.
Isso é valioso pois mostra, de forma clara, a atuação de cada um no sucesso coletivo e
permite maior aproximação entre todos os setores, fomentando, inclusive, uma comunicação mais
horizontal e clara.

Como elaborar um organograma funcional?


A grande diferença do organograma tradicional para o funcional é a importância dada às
funções em detrimento dos cargos hierárquicos. Entretanto, a estrutura para elaborar o modelo do
segundo permanece a mesma.
Para criar um organograma funcional, é fundamental seguir alguns passos. Entenda
abaixo cada uma dessas etapas.

1. Estudo das funções


Primeiramente, é necessário que haja um entendimento profundo do funcionamento de
todas as áreas da empresa e, para isso, é crucial fazer um mapeamento minucioso.
É preciso entender quais são as funções desempenhadas por cada colaborador e como elas se
posicionam na construção de resultados da equipe e da empresa.
A fim de realizar esse estudo, é possível fazer um acompanhamento das rotinas dos
times, incluindo entrevistas com os profissionais e com os gestores.
124

2. Identificação de líderes
Durante esse processo de observação, também é importante identificar os profissionais
que são líderes das equipes, ou seja, é preciso pontuar os responsáveis pelas estratégias e pelo
direcionamento das ações.
Além disso, recomenda-se conversar com esses profissionais em posição de liderança
para entender quais são suas responsabilidades.

3. Oficialização
Para finalizar a elaboração do organograma do seu negócio ou organização, é preciso
conferir a legitimidade das informações com os gestores das equipes e o setor administrativo,
garantindo que o documento represente a realidade da empresa.
Por fim, compartilhe essa estrutura com todos os profissionais da empresa e use-a
estrategicamente para pensar em melhorias e formas de integração.

Como criar um organograma empresarial


Algumas dicas valiosas que podem ajudar você a criar um organograma funcional:
 Separe os níveis por cores diferentes;
 Use ferramentas digitais para elaborar o organograma;
 Conte com profissionais externos que tenham especialização no assunto e fiquem
responsáveis pela identificação das funções;
 Reveja organogramas antigos da empresa para entender como o funcionamento da
organização mudou;
 Garanta que os profissionais estarão integrados ao processo de elaboração;
 Desenvolva formas de apresentar as informações de forma clara e objetiva.
Elaborar um organograma é um passo importante para uma empresa que deseja ter uma
visão ampla sobre as relações e o processo do ambiente corporativo.
Ele é uma excelente ferramenta para tomada de decisões e entendimento de estruturas. O
modelo de organograma funcional é uma alternativa estratégica para organizações que buscam
aproximar e valorizar as pessoas, mostrando como todas estão integradas e são valiosas para o bom
funcionamento da companhia.

4.3 Rotinas de escritório

As rotinas administrativas são processos repetitivos que dão apoio às atividades principais
125

dos departamentos. Assim, são formadas por etapas e tarefas que, sempre que realizadas, dão
andamento ao dia a dia: pagamentos, documentação, atendimento etc.
Imagine que, após entrevistar um candidato, você encontra o talento certo para vaga
disponibilizada pela sua empresa. Então, será preciso realizar uma série de atividades de apoio para
tocar a operação até que ele esteja efetivamente no trabalho:
 assinar um contrato;
 registrar a carteira de trabalho;
 fazer o cadastramento no e-social (plataforma do governo);
 alterar os livros de funcionários;
 comunicar o líder do departamento sobre a contratação;
 integrar o profissional à equipe.
Nesse exemplo, ao lado da atividade principal de gestão de pessoas (selecionar o
candidato), temos as rotinas administrativas que dão andamento à operação e concretizam a escolha
do novo talento. Além disso, o conjunto dessas rotinas administrativas formam o processo de
contratação.

Qual é a importância das rotinas administrativas?


As empresas funcionam com a criação de sistemas e processos. O empresário ou
administrador não fica a todo momento dizendo o que os profissionais devem fazer, mas organiza os
recursos materiais, os financeiros, as pessoas e a tecnologia para andarem por si mesmas.
Essas partes atuam em conjunto e são vistas como uma coisa só para atingir uma
finalidade, formando o sistema. E como as pessoas é que movem as finanças, tecnologia e recursos
materiais, são definidas tarefas e etapas que elas precisam realizar para alcançar os resultados
desejados, que são os processos.
As rotinas administrativas, portanto, são tarefas que precisam ser realizadas, mais ou
menos, do mesmo jeito sempre. Com isso, as decisões e planos das empresas avançam. Afinal, as
rotinas dão o apoio para as atividades principais, que são aquelas mais ligadas à tomada de decisão,
inteligência e estratégia.

Quais são os pilares das rotinas administrativas?


As rotinas administrativas de algumas áreas da empresa merecem um cuidado especial
dos administradores, porque estão mais próximas do funcionamento do negócio.

Gestão financeira
O primeiro pilar é a gestão financeira, que diz respeito ao uso dos recursos da
126

organização. Essa área cuida principalmente do que a empresa recebe (receita) e paga (despesa),
gerindo o fluxo de caixa (dinheiro disponível para fazer frente às despesas).
Gestão de pessoas
A gestão de pessoas cuida dos talentos na empresa. Aqui, existem diversas rotinas
administrativas ligadas ao RH, como folha de pagamento, avaliação de desempenho, processos de
contratação e demissão.

Marketing
O marketing está ligado a atrair pessoas dispostas a comprar os produtos e serviços das
empresas. Para isso, temos rotinas ligadas à comunicação, campanhas, pesquisa e uma série de
outras atividades.

Atendimento ao cliente
As empresas também precisam manter os canais de diálogo com o cliente, que pode
buscar o serviço para tirar dúvidas, realizar compras, receber reclamações, solucionar problemas,
dar sugestões etc.

Como estruturar as rotinas administrativas?


A qualidade das rotinas administrativas não é igual em todas as empresas. Por isso, os
profissionais de administração são valorizados pelas organizações, que ganham vantagens
competitivas quando são eficientes nessa área.

 Definir padrões e documentar as atividades


A eficiência costuma ser medida pelo nível de maturidade. Isto é, rotinas administrativas
aleatórias e informais seriam piores do que atividades padronizadas e documentadas para serem
conhecidas por todos.
Por exemplo, precisamos de um jeito certo de guardar os documentos, pagar as pessoas,
assinar os contratos etc., em vez de cada um fazer da maneira como bem entende.

 Melhorar continuamente
As empresas também precisam pensar em como funcionam as rotinas administrativas, buscando
formas de economizar o tempo, o dinheiro e a quantidade de trabalho necessários para tocar o dia a
dia.
Uma vantagem de fazer a graduação em Administração é atuar em funções mais ligadas ao
planejamento e melhoria das rotinas. Nas empresas, administradores e analistas
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administrativos costumam atuar nessas funções de tomada de decisão, estratégia e inteligência,


enquanto os técnicos em Administração e auxiliares administrativos participam mais da execução.
 Usar a tecnologia
Outro ponto importante é que os softwares de gestão assumem diversas etapas e tarefas. Assim,
rotinas administrativas que, antes exigiam um grande esforço, atualmente dependem de poucos
cliques.
A tecnologia é fundamental na vida dos administradores. Aqui na Unopar, por exemplo,
oferecemos conteúdos exclusivos para que os alunos desenvolvam habilidades digitais, indo da
alfabetização digital até os comportamentos e mindsets exigidos pelo mercado de trabalho.

Quais são as principais atividades das rotinas administrativas?


Após entender o conceito de rotinas administrativas, podemos dizer que o trabalho dos
profissionais de Administração inclui planejar, executar, controlar, avaliar e melhorar essas
atividades. Além disso, algumas são frequentes:
 levantamento de informações;
 documentação de eventos e atividades;
 arquivamento de documentos;
 cadastramento de dados nos sistemas de gestão;
 tarefas para dar andamento às decisões e planos dos departamentos;
 fiscalização e controle de atividades.

4.4 Ética profissional

É o conceito moral e de cultura social que são considerados aceitáveis dentro do universo
corporativo. Cada empresa ou ramo possui códigos de ética diferentes, mas com o mesmo intuito de
fazer prevalecer o respeito e integridade.
Os valores praticados dentro do ambiente de trabalho de uma empresa devem prezar pela
bem-estar e desenvolvimento coletivo, freando determinados impulsos humanos que se salientam
perante situações conflitantes. Estamos nos referindo à ética profissional.
De forma simplificada, ética profissional nada mais é do que todo o conceito moral e cultura social
que foram considerados aceitáveis dentro do universo corporativo. No ambiente colaborativo
a cultura organizacional envolve o respeito às normas de conduta, à área de trabalho e às demais
pessoas que o integram.
Pela perspectiva jurídica, cada organização tem o seu próprio código de condutas éticas,
isto é, um documento que determina as atitudes e posturas que se esperam tanto dos funcionários
128

quanto da administração, determinando os padrões de comportamento que devem ser praticados no


cotidiano.
Existe, ainda um outro ponto de vista sobre a ética profissional. Estamos falando sobre as
posturas individuais que definem como cada empregado lida com as relações de trabalho e com sua
própria profissão, agindo conforme seus princípios, o que pode dar ou não ênfase às características
de uma conduta ética.
Já no que se diz respeito aos ramos de atuação, a ética profissional rege uma série de
comportamentos que conferem homogeneidade entre os colegas de equipe, líderes e demais
pessoas envolvidas no ambiente organizacional. Com isso, é proporcionada uma ascensão de
valores como honestidade, justiça e respeito.
Consequentemente, a ética profissional protege os colaboradores de situações desconfortáveis,
pressões e outras posturas inadequadas onde existem conflitos de interesse, impedindo que alguém
possa tirar proveito de informações privilegiadas ou cargos dentro da companhia.

Quais as diferenças entre ética e moral no ambiente de trabalho?


O conceito de ética profissional permite que associemos a ideia à formação do caráter do
indivíduo. Ou seja, um colaborador humano e, por isso, empático. Porém, essas qualidades não
estão necessariamente relacionadas à moralidade.
Embora os conceitos de ética e moral no ambiente de trabalho pareçam similares, a
realidade é que ambos têm significados diferentes. Enquanto moral é pautada e regida pela
legislação trabalhista, além de normas, regras padrões, a ética, por sua vez, envolve
comportamentos que vem de dentro para fora.
Uma conduta antiética pode contrariar a moral almejada dentro do ambiente
organizacional. Por exemplo, se um trabalhador furta de seu colega de trabalho, a atitude fere os
dois conceitos.

Quais são as características da ética profissional?


Como você pôde entender até esta parte do conteúdo, a ética profissional abrange uma
série de comportamentos e condutas que regem não apenas as relações humanas no ambiente de
trabalho, como também as rotinas operacionais.
Veja agora quais são as características que integram a ética profissional.

 Honestidade
A honestidade não deve ser considerada um diferencial, mas sim uma postura básica que
deve fazer parte da formação e do caráter de todo ser humano. Um profissional honesto mantém a
129

verdade independentemente da complexidade da situação. Portanto, essa característica deve ser


incentivada sempre que possível.

 Altruísmo
A preocupação com os interesses alheios de forma positiva e espontânea, isto é,
o altruísmo, gera valores imensurável para a organização como um todo e faz parte de toda uma
cultura baseada em ética profissional.

 Respeito
Qualquer relação saudável entre dois ou mais indivíduos é totalmente fundamentada no
respeito. Basicamente, o respeito traduz um sentimento de apreço e preocupação com o bem-estar
do próximo. Dentro do contexto da ética profissional, essa característica assume duas variantes: o
respeito à legislação e o respeito ao próximo.

 Valores
Os valores de um indivíduo podem ser definidos como ações e atitudes que uma pessoa
realiza em seu dia a dia. Sendo assim, a ética profissional preza por colaboradores que tenham bons
valores pessoais, como respeito, devoção, empatia e dedicação.
Esses atos tornam o profissional muito mais valioso para a organização, pois dizem muito
sobre as possibilidades de comportamentos que uma pessoa pode ter diante de diferentes cenários,
assim como as qualidades responsivas que ela pode demonstrar durante o cotidiano no ambiente de
trabalho.

 Integridade
Um indivíduo íntegro é aquele que age em prol do que é certo, independentemente de
ocorrem coações para que ele faça o contrário. Além disso, ele não se omitirá diante de uma causa
moral.
Quando um colaborador mostra que tem integridade em um ambiente organizacional,
significa que ele tem potencial para ser uma pessoa de confiança, da mesma maneira como pode ser
alguém honesto. Afinal, honestidade e integridade são diferentes lados de um mesmo conceito,
sendo ambos indispensáveis para a empresa.

 Justiça
A justiça é a pedra angular que deve sustentar as políticas internas, relações trabalhistas
e demais questões que integrem os padrões de comportamentos almejados dentro de uma empresa.
130

Colaboradores que se tratam com igualdade e aceitam a diversidade são compromissados com a
ética profissional.

 Lealdade
Esse conceito abrange fidelidade e compromisso com uma determinada causa. No
contexto da ética profissional, a lealdade pode desencadear grandes efeitos positivos para a
companhia. Afinal, contar com uma equipe de profissionais leais não apenas reduz o índice de
absenteísmo como também diminui o turnover, visto que os melhores talentos do mercado são
mantidos dentro da companhia por acreditarem em suas causas.

 Virtude
Virtude é um termo que pode ser descrito como a essência da excelência do ser humano
ou o que o torna autêntico e pleno. Essa característica está ligada à conformidade com o ato de fazer
sempre o que é certo diante de qualquer situação, mantendo a moralidade.

 Solidariedade
Por fim, indivíduos solidários contribuem para que o todo seja beneficiado por meio da
empatia. A solidariedade integra os princípios que orientam a convivência harmônica entre as
pessoas que, no contexto profissional, impacta diretamente na realização do trabalho em equipe.
Dessa forma, valores como gentileza e compaixão se mostram indispensáveis para a ética
profissional, além de colaborar para o desenvolvimento da humildade.

Qual a importância da ética profissional?


Agora que você já entende de uma maneira muito mais ampla o que é ética profissional,
mostraremos os principais motivos pelos quais é tão importante que esse conceito seja muito bem
estabelecido nas políticas internas da empresa.

 Melhora o clima organizacional


Quando a empresa conta com políticas eficientes de ética profissional, todo o ambiente de
trabalho é beneficiado, visto que os profissionais aprendem a conviver em harmonia, compartilhando
suas responsabilidades e objetivos diariamente.
Pense no caso de um boato que começa a se espalhar pelos corredores da organização, por
exemplo. Colaboradores íntegros não apenas impedem que as fofocas se perpetuem, como também
têm a tendência de orientar os colegas de trabalho a não incentivarem esse tipo de prática.
131

 Melhora a reputação da empresa


Em tempos de transformação digital, a imagem de uma marca diante da sociedade tem
muita importância, visto que basta uma opinião negativa — vinda de dentro da empresa e publicada
na internet — pode fazer com que informações negativas se espalhem em proporções inimagináveis
em questão de minutos.
Sendo assim, uma das grandes vantagens da ética profissional bem estabelecida nos
regulamentos da organização é o fato de seu conceito impedir que a empresa corra riscos de ter sua
imagem prejudicada.
Afinal, uma companhia ética tem menores chances de que ocorram posturas abusivas por
parte da liderança, metas irrealistas, práticas tóxicas dentro do ambiente de trabalho e quaisquer
outras situações que abram margem para escândalos que se tornem públicos.

 Aumento da produtividade
Não são raros os casos de empresas que adotam políticas operacionais rígidas para
tentar "forçar" seu time de colaboradores a aumentar o desempenho e gerar mais resultados em
menos tempo. No entanto, um ambiente de trabalho tóxico pode causar justamente o efeito contrário,
o que consequentemente aumenta o índice de insatisfação dos profissionais, abrindo margem para:
 aumento do turnover e absenteísmo;
 perda de talentos para a concorrência;
 clima organizacional negativo;
 baixa produtividade.
Isso também significa que a ética profissional, quando bem estabelecida por meio de uma
gestão de equipe eficiente, pode elevar os resultados da organização, visto que colaboradores que
se sintam respeitados e acolhidos pela empresa tendem a se dedicar muito mais a bater suas metas
individuais e, é claro, trazer melhores resultados para a companhia.

 Maior clareza nos processos


Você sabia que a ética profissional também implica as questões relacionadas à
comunicação no ambiente de trabalho? Pois bem, uma equipe gerenciada por líderes éticos sabe
que tem liberdade para dar e receber feedbacks, pois não temem represálias por parte da hierarquia
administrativa.
Sendo assim, uma das consequências naturais da ética profissional é a melhoria da
comunicação entre colaboradores e gestores, o que gera uma clareza muito maior nos processos
operacionais. E, com isso, a companhia é beneficiada como um todo.
132

 Aumenta o engajamento da equipe


Por fim, um dos motivos pelos quais a ética profissional é indispensável para as empresas
está no fato dela contribuir para que o engajamento da equipe melhore. Isto é, os colaboradores
sentem-se parte da organização e se envolvem voluntariamente em suas causas. Além disso,
profissionais engajados contribuem para que todos os benefícios que citamos anteriormente sejam
intensificados dentro do ambiente de trabalho.

Como construir um ambiente de trabalho ético e profissional?


Não basta compreender a importância da ética profissional. É preciso também saber quais
são as melhores práticas para construir um ambiente de trabalho ético, harmonioso e saudável para
todos os envolvidos.
 Ofereça e aceite feedforwards
Feedforwards são tão importantes quanto os feedbacks. É fundamental que haja liberdade
para que exista uma troca de pontos de vista, resoluções e críticas construtivas sobre situações
corriqueiras do cotidiano da empresa. Por mais que possa gerar um incômodo inicial, a comunicação
aberta é a chave para o engajamento e o desenvolvimento de um clima organizacional saudável.
 Reforce o código de conduta da organização
O código de condutas éticas e morais esperadas dentro da empresa deve ser apresentado
aos profissionais já nas etapas iniciais de contratação (divulgação da vaga e processo seletivo), isto
é, desde o momento em que eles ainda são apenas candidatos aos cargos da empresa.
O padrão de comportamento desejado dentro da companhia deve ser reforçado sempre que
possível, por meio de palestras, cursos e até mesmo nas posturas adotadas pela liderança da
organização.
 Desenvolva soft skills dos colaboradores
Existem determinadas habilidades que não podem ser medidas por meio das
mesmas métricas usadas para determinar o índice de desempenho técnico e profissional da equipe.
Estamos nos referindo às soft skills.
Resumidamente, são características internas como inteligência emocional, empatia e
capacidade de ouvir e compreender. O mercado de trabalho procura cada vez por colaboradores que
tenham soft skills bem desenvolvidas, visto que elas estão ligadas de forma direta à ética
profissional.
É claro que também é possível trabalhá-las por meio de cursos, palestras, treinamentos
corporativos e no dia a dia, ao enfrentar os pequenos desafios do cotidiano organizacional por meio
de uma liderança firme e íntegra.
133

4.5 Comunicação Empresarial

A Comunicação empresarial ou corporativa é uma estratégia eficiente para diretores e


presidentes das empresas. A comunicação corporativa é o todo o processo comunicacional entre a
empresa e o público, seja interno ou externo. Ela pode ser utilizada para transmitir informações,
melhorar a imagem da corporação, aumentar o engajamento do público com a empresa e alcançar
resultados ainda melhores.
Com o passar do tempo e fatores como a popularização da internet, as novas tecnologias
e aumento da concorrência em todos os setores, a comunicação empresarial vem se transformando,
expandindo, e ganhando novas formas, cada vez mais criativas, simples e eficientes – como os
vídeos.
A comunicação empresarial, ao contrário do que muitos pensam pelo senso comum, não é
uma forma de manipulação das organizações para favorecer sua imagem ou simplesmente uma
maneira de espalhar coisas boas e esconder as ruins. A comunicação empresarial é algo bem mais
amplo e se relaciona diretamente com a sobrevivência e manutenção da empresa, tanto interna,
quanto externamente.
Diversos profissionais são envolvidos nesse processo de comunicação empresarial, como
jornalistas, publicitários, relações públicas, e, principalmente, os gestores e pessoas estratégicas da
empresa, uma vez que conhecimentos específicos da área e da corporação são essenciais para uma
boa comunicação empresarial.
Estabelecer uma boa comunicação empresarial nem sempre é uma tarefa fácil. Existem
uma série de barreiras, de ordem física e pessoal, que podem acabar prejudicando o bom
funcionamento desse processo e dificultar o andamento de outros. Portanto, é importante conhecer
os principais desafios que a comunicação empresarial pode enfrentar e estar preparado para lidar
com eles.

 Barreiras Semânticas
As barreiras semânticas ocorrem quando alguém tenta transmitir uma mensagem a outra
pessoa ou grupo em uma linguagem que não é comumente utilizada por eles.
Em termos práticos, imagine, por exemplo, se colocássemos um advogado formado para
conversar com um estudante de ensino médio e, durante a conversa, o profissional usasse termos
extremamente formais, complicados ou jargões da profissão. Provavelmente existiria aí uma barreira
semântica, uma vez que o estudante dificilmente entenderia o significado daquilo que está sendo
dito, mesmo que no fundo fosse algo realmente simples.
Portanto, para evitar esse tipo de barreira na comunicação empresarial, é importante que
134

o receptor tenha sempre claro em sua mente o tipo de público com o qual ele está lidando, e adapte
a mensagem para que ela seja compreendida de forma fácil e eficaz.

 Barreiras Psicológicas e Pessoais


Esse tipo de barreira na comunicação empresarial ocorre por fatores intrínsecos às
pessoas e aos seus sentimentos, preconceitos e personalidade.
Nós temos uma barreira pessoal quando, por exemplo a pessoa vai trabalhar estando de
mau humor e então não consegue aceitar bem as opiniões alheias, ordens ou chegar a um acordo
com seus colegas.
As barreiras pessoais são as mais difíceis de se eliminar, uma vez que dependem apenas
da própria pessoa para existir ou não. Porém, com conversas e os incentivos certos, você pode
ajudar seus colaboradores a lidar melhor com problemas pessoais, com seus defeitos, e a manter
um bom clima na empresa como um todo.
Já as barreiras psicológicas na comunicação empresarial estão mais relacionadas com os
preconceitos e os sentimentos de uma pessoa em relação a outra ou a um grupo.
Por exemplo, imagine que o setor de tecnologia de uma empresa não compreende o papel
das pessoas do marketing e acha seu trabalho irrelevante e desnecessário para a corporação como
um todo, e que essas pessoas do marketing acham o setor de tecnologia chato, complicado e
distante. Se em alguma ocasião você precisar colocar os dois times para trabalharem juntos, de
forma direta, vai ter problemas na certa, gerados por essas barreiras psicológicas e pelo preconceito
de cada pessoa em relação a outra área.
Portanto, para evitar esse tipo de barreira e dificuldade na comunicação empresarial e
entre os times, é necessário que cada área tenha pelo menos um conhecimento superficial sobre o
trabalho do outro e que todos tenham acesso aos resultados de cada setor, para que vejam que
todos são importantes de alguma forma e trazem coisas boas para a empresa.

 Barreiras Físicas e Geográficas


Por fim, a comunicação empresarial também sofre com fatores físicos e geográficos como distância,
interrupções, ruídos e dificuldade de deslocamento.
Principalmente no caso de empresas com atividade em mais de uma cidade ou país, ou em que os
funcionários precisam viajar constantemente, pode ficar bem difícil estabelecer uma comunicação
eficaz se ela for feita apenas de forma presencial ou por emails e mensagens de texto.
Portanto, é importante que sua empresa tire o máximo proveito de todas as ferramentas tecnológicas
disponíveis hoje, como os vídeos online, sistemas EAD corporativos e as videoconferências, para
tornar a comunicação empresarial mais próxima, completa e eficiente e não ter prejuízos em nenhum
135

nível operacional.
Fluxos da Comunicação Empresarial
A comunicação e a troca de informações que ocorre internamente, entre os próprios
colaboradores da empresa, segue alguns fluxos que podem definir seu tom, linguagem, e
abordagem.

 Fluxo descendente.
Em uma empresa com forte hierarquia, é quando a comunicação ocorre das posições
mais altas, dos cargos mais importantes, às mais baixas.
Nesse tipo de comunicação empresarial, o emissor deve tomar cuidado para não soar
autoritário, ou agir de uma forma que possa desgastar sua relação com o receptor.

 Fluxo ascendente
É exatamente o contrário do descendente. Nele, a comunicação empresarial ocorre das
posições mais baixas às mais altas.
Aqui também é importante tomar cuidado com a abordagem usada na comunicação, já
que nesse caso o emissor está se dirigindo a alguém, teoricamente, com mais poderes do que ele.

 Fluxo horizontal
Este, como o nome já diz, é o fluxo que ocorre em um mesmo nível dentro da empresa, ou
seja, entre colaboradores na mesma posição ou com a mesma importância.
Este tipo de comunicação empresarial tende a ser mais leve e dinâmica, mas ainda assim,
é importante levar em conta fatores como o assunto e a realidade da sua empresa na hora de se
comunicar.

 Fluxo transversal
O fluxo transversal se dá em todas as direções e permite que pessoas de todos os níveis
participem da comunicação empresarial e possam intervir em outros níveis ou áreas.
Este tipo de comunicação facilita a interação e aproxima pessoas de diferentes setores,
porém deve ocorrer de forma minimamente organizada, para que não haja conflitos entre pessoas
com especialidades diferentes.

 Fluxo circular
Este tipo de comunicação é mais comum em empresas informais, uma vez que abarca
todos os níveis e não segue as direções tradicionais.
136

No fluxo circular, a comunicação empresarial é mais dinâmica, o que pode favorecer a


efeciência no ambiente de trabalho.

A quem se destina a Comunicação Empresarial


A comunicação empresarial ocorre em diversos níveis e atinge pessoas diferentes, com
personalidades, crenças e necessidades diferentes. Por isso é importante conhecer seus públicos e
elaborar, de forma adequada a cada um deles, uma comunicação que seja eficiente.

 Público interno
Um dos principais públicos a quem a comunicação empresarial serve e se dirige, é o
público interno, ou seja, os colaboradores, fornecedores, parceiros e formadores de opinião da
própria empresa.
Esse é um dos públicos mais importantes, uma vez que toda sua empresa depende do
bom trabalho dele para sobreviver. Afinal, não adianta nada você se posicionar de forma maravilhosa
para as pessoas lá fora se os próprios funcionários não vestirem a camisa da empresa e trabalharem
em prol dela.
Portanto, investir na comunicação empresarial interna, apresentando resultados, pedindo
sugestões, sendo transparente e prezando pelo trabalho em conjunto, é uma das melhores formas
de fazer sua empresa crescer e prosperar.

 Público externo – Sociedade e Consumidores


O público externo talvez seja o mais difícil de trabalhar, uma vez que você precisa lidar
tanto com seus consumidores e simpatizantes, aqueles que estão satisfeitos e compram sua marca,
tanto com aqueles que não gostam de forma alguma de sua empresa, seja por seu serviço, produto,
posicionamento ou por causa da concorrência.
É importante saber se posicionar frente à comunidade, utilizar a comunicação empresarial
para passar suas mensagens da forma certa e saber lidar tanto com as pessoas que amam, quanto
com as que odeiam sua marca, entendendo que, às vezes, tudo que o público quer é atenção. Ser
ouvido e ter seu problema levado em conta pode valer mais do que a solução no fim.

 Autoridades e Sindicatos
Por fim, sua empresa precisa prestar contas com as autoridades, o governo, e outros
orgãos como sindicatos de trabalhadores.
Portanto é importante estar preparado para esse tipo de situação e adequar sua
comunicação empresarial, mensagem e linguagem ao contexto exigido.
137

4.6 Sistema de documentação e arquivos

O assistente administrativo pode ser responsável, em alguns casos, por classificar,


organizar e arquivar documentos do setor em que trabalha. Isto pode ser feito em um arquivo físico,
como armários, ou virtual , em pastas no computador.
A palavra arquivo deriva do grego archeion, que significa documento. Na língua
portuguesa arquivar significa guardar documentos de maneira ordenada. No caso do assistente
administrativofinanceiro, significa guardar de forma organizada a documentação relativa ao seu
trabalho e seu setor. O arquivamento garante a integridade dos documentos e de seu conteúdo. Veja
algumas perguntas que o chefe do departamento financeiro pode fazer a você:

1. Onde está a conta de telefone de 3 meses atrás? A operadora entrou em contato dizendo que está
em débito e preciso verificar o comprovante de pagamento.
2. Onde você guardou a pasta de currículos para a vaga de gerente de compras?
3. Me passe a relação de clientes que estão com débito em aberto nos últimos 6 meses.
Nestas situações, vemos que organizar os documentos poupa o tempo e o stress da
procura por algo que não sabe onde está. Antes de aprender como organizar, vamos entender os
diferentes tipos de arquivo:
 No Arquivo Ativo são guardados os documentos de uso frequente em uma empresa, como o
contrato social e suas alterações, o CNPJ, as guias de impostos pagos.
 O Arquivo Inativo guarda documentos que são consultados apenas em certas ocasiões: o
comprovante de inspeção da vigilância sanitária e o recibo de imposto de renda são exemplos
de documentos a serem guardados no arquivo morto.
 Já o Arquivo Histórico guarda documentos importantes sobre a história e memória da
instituição, como a ata de fundação e reportagens. Algumas empresas centralizam a
organização de seus documentos em um único setor, especializado neste trabalho. É o
chamado arquivo centralizado. Quando o armazenamento é feito por cada setor, é
denominado de arquivo descentralizado.

MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO
Para organizar um arquivo, o primeiro passo é definir um critério ou método para o
arquivamento. Veja os métodos mais comuns: O Método alfabético guarda a documentação segundo
o nome da empresa ou cliente, a cidade ou país, o assunto ou, ainda, diversos outros critérios. As
pastas são ordenadas em ordem alfabética. Veja alguns exemplos de catalogação em ordem
138

alfabética:
 _ Alfa Divisão de Fatutamento LTDA - Drop night Artigos Esportivos S/A - Walmart
Distribuidora de Alimentos S/A
Também é possível ordenar alfabeticamente por nomes de clientes:
 - Alexandre Matos - Mateus Bonfin - Wagner Amancio de Lima Ou ainda organizar pela cidade
do estabelecimento: - Curitiba - PR - Guarapuava - PR - Porto Alegre – RS
A escolha do método de arquivamento vai depender do tipo da empresa, das informações
a serem arquivadas pelo departamento e, também, da sua decisão sobre a melhor forma de
trabalhar.
No Método numérico as pastas são numeradas e o responsável pelo arquivo elabora um
índice relacionando o número de cada pasta ao tipo de documento que consta em seu interior.
Vamos ver um exemplo?
Uma empresa que organiza de forma numérica seus arquivos pode ter a seguinte
classificação: Na pasta 44 constam as contas pagas de telefone, água e luz. Na pasta 116 constam
os documentos pessoais do diretor financeiro.
O Método alfa-numérico combina os métodos alfabético e numérico. Por exemplo: As
pastas 1 a 10 contém documentos referentes a pagamentos. No interior destas pastas, nas letras
A,B,C estão relacionados setores da empresa. A= almoxarifado / B= tesouraria / C = Escritório.

TEMPO DE RETENÇÃO DOS DOCUMENTOS


Um arquivo bem organizado também descarta documentos desnecessários. Para isso,
além de saber os tipos de arquivo e os métodos de arquivamento, você deve conhecer os tempos
adequados de retenção dos diferentes tipos de documento. Alguns documentos são de guarda
eventual. São documentos que não possuem valor jurídico, histórico, financeiro ou administrativo e,
por isso, o interesse por eles é passageiro. É o caso dos convites para eventos.
Notas fiscais, por exemplo, tem valor administrativo apenas por um período de tempo e,
por isso, são documentos de guarda temporária.
Os documentos de guarda permanente são os de caráter histórico, ou que provam alguma
situação, como contratos, atas, estatutos.

PROCEDIMENTOS PARA ARQUIVAMENTO


Para selecionar informações, arquivar e disponibilizar os documentos quando necessário,
é preciso ter boa organização. Vamos conhecer alguns passos básicos para se organizar?
1. O primeiro passo é classificar. Para isso, você precisa ler toda a documentação.
2. Adote um método de classificação e faça uso deste mesmo método para todo o material, do início
139

ao fim.
3. Numere ou codifique de acordo o método escolhido, depois de classificar a documentação.
4. Agrupe os materiais de acordo com o código ou com a numeração.
5. Guarde os papéis no arquivo sempre de forma organizada.

SUGESTÕES PARA ARMAZENAR E ORGANIZAR


O objetivo de uma empresa, ao manter um arquivo, é garantir o fácil acesso à
documentação e as boas condições de uso desse material. Desta maneira, é preciso estar atento
para que o local de armazenamento não seja úmido e não tenha insetos. As gavetas ou pastas não
devem ficar cheias, para não comprometer a conservação de cada documento. Sempre que os
documentos começarem a acumular, atualize o arquivo, verifique se algum documento deve ser
descartado e, se necessário, abra uma outra pasta com o mesmo código. Se um documento rasgou,
conserte com fita adesiva.
Assim, você evita que o uso contínuo danifique ainda mais o material. Mas atenção:
manter um arquivo organizado não significa somente guardar corretamente os documentos, mas
retirar de maneira organizada também.
Quanto retirar um material, deixe uma identificação no local de onde retirou, para guardar
no mesmo lugar. Caso o documento seja entregue a alguém, faça protocolo de entrega e devolução,
para que você sempre tenha o controle de onde está o documento.
É importante lembrar que na sua ausência seu superir tem que saber como encontrar um
documento. Por isso, ele também deve saber como o arquivo é organizado. Mantenha-o atualizado.
Uma outra orientação importante é: sempre atualize o arquivo! Descarte o que não for necessário e
reordene os documentos de acordo com sua importância e utilização. No caso dos arquivos virtuais,
a forma de organização é a mesma, mas as pastas não são físicas, mas sim eletrônicas.
No entanto, a classificação e organização dos documentos é feita da mesma maneira, e o
método de codificação também pode seguir a orientação alfabética ou numérica.

4.7 Modelos de colaboração e estilos de gestão

As práticas de gestão e liderança vem evoluindo constantemente com o passar dos anos
e as organizações buscam sempre adaptar seus métodos e práticas para atender aos novos
preceitos sociais e necessidades organizacionais.
Sendo assim, vários modelos de gestão de pessoas tomam forma e se solidificam, criando
opções administrativas para situações e tipos diferentes de empresas.
Não há uma fórmula correta ou mais eficiente para conduzir o capital humano de uma
140

empresa. Os gestores podem criar estratégias baseadas em vários fatores como o tamanho e
idoneidade da equipe, cultura da empresa ou tipo de projeto, entre outros fatores.
A seguir, vamos conhecer 12 modelos de gestão para ajudar você a alcançar o melhor
potencial da sua equipe de trabalho:

1. Gestão democrática
Esse é um o modelo de gestão que valoriza muito os talentos organizacionais. A
tendência do líder democrático é manter a equipe sempre unida em torno de objetivos comuns,
consultando-os sempre que novos desafios e demandas surgem na empresa.
A abertura encontrada para uma participação mais ativa, onde sua voz é ouvida e suas
ideias valorizadas, faz com que os profissionais busquem, com mais afinco, adquirir conhecimentos e
desenvolver suas habilidades para poderem dar contribuições cada vez mais efetivas para a equipe.

2. Gestão inspiradora
Aqui está um modelo de gestão baseado em uma importante premissa: se somos
positivamente inspirados, fazemos melhor e nos tornamos melhores naquilo a que nos propomos.
Um líder inspirador precisa dedicar grandes esforços para ser um exemplo para sua
equipe em todos os sentidos. Não é apenas a metodologia de trabalho e o empenho com as tarefas
que conta, mas principalmente, suas habilidades humanas e seu comportamento em relação à sua
equipe.
O líder que consegue inspirar consegue criar equipes de alta performance sem precisar
usar sua autoridade de forma autocrática ou coercitiva. Ele cria em torno de si ponto de apoio e de
desenvolvimento para a equipe e desperta neles o desejo de crescer e seguir os seus passos.

3. Gestão meritocrática
A meritocracia representa um modelo justo e bem direcionado de gestão de pessoas.
Aqui, cada profissional tem seu valor baseado no esforço que empenha e nos resultados alcançados
em favor da organização.
A busca pelo reconhecimento pode gerar um ambiente altamente competitivo dentro das
organizações, demandando muito jogo de cintura do líder para que os resultados sejam positivos.
No entanto, se bem planejada e administrada, a gestão por mérito traz grandes benefícios
aos colaboradores, que se sentem motivados a desenvolver suas habilidades, e para a organização,
que certamente colhe os frutos desse empenho.
O comportamento do líder deve ser sempre pautado na imparcialidade e transparência,
para que nenhum colaborador se sinta desfavorecido pelo sistema.
141

4. Gestão com foco em resultados


Na gestão com foco em resultados, como o próprio nome já sugere, os passos trilhados
pelo profissional não são tão importantes quanto os resultados que ele alcança.
Há uma tendência de se fortalecer o trabalho em equipe, pois juntos eles conseguem
encontrar soluções inovadoras e fora de suas zonas de conforto para as questões e demandas da
empresa.
O líder precisa ser claro quanto a seus objetivos e deixar que a equipe tenha liberdade
criativa para que os resultados sejam alcançados.
Também é fundamental que a trajetória dos profissionais seja acompanhada e que eles
recebam o devido feedback ao final de cada empreitada para entender seu desempenho e trabalhar
os pontos de melhoria.

5. Gestão autoritária ou autocrática


O líder autocrático é aquele que centraliza todas as decisões em suas mãos e apenas
ordena que os colaboradores cumpram tarefas pré-estabelecidas por ele.
Em qualquer modelo de gestão ou cultura organizacional podem haver momentos em que
uma liderança autocrática seja necessária, para superar algum momento de crise em que o líder
esteja mais preparado para atuar de modo eficiente.
No entanto, esse modelo de gestão, quando aplicado de forma contínua, gera
desmotivação na equipe e barra o desenvolvimento dos talentos, deixando a organização estagnada,
com equipes de baixo desempenho, alta rotatividade e dificuldades em atrair bons profissionais no
mercado.

6. Gestão por cadeia de valor


Nesse modelo de gestão por cadeia de valor, a eficiência do colaborador é medida com
relação ao valor que ele agrega para os clientes e negócios da empresa. Portanto, ele exige que o
líder tenha um grande entendimento das necessidades do mercado e do nível de satisfação dos
clientes.
As equipes são preparadas e motivadas a buscar as melhores soluções estratégicas para
servir e cativar os clientes, aumentando a competitividade da organização no mercado.

7. Gestão flexível
A ideia da gestão flexível é a descentralização dos processos organizacionais, de forma
que haja maior participação dos colaboradores nas tomadas de decisão.
142

Há um grande empenho das empresas em treinamento e desenvolvimento e avaliação de


desempenho, para que as equipes se provem capazes de uma responsabilidade tão grande.
Esse modelo não significa exatamente que o fluxograma seja horizontal, mas busca
fortalecer os aspectos da interação humana e se conectar, de forma eficiente, com todos os
stakeholders do negócio.

8. Gestão por desempenho


Nesse ponto, precisamos entender que gestão por desempenho e avaliação de
desempenho são duas coisas distintas. Embora uma complemente a outra, a avaliação não está
restrita à gestão por desempenho e é utilizada também nos outros modelos de gestão de pessoas
para monitorar e estimular o crescimento dos colaboradores.
Esse modelo de gestão é focado em conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA), que
tornam o profissional apto para exercer suas atividades de modo eficiente na organização.
A empresa investe no aprendizado constante, criando planos de desenvolvimento
individual (PDI) para promover o crescimento dos colaboradores e utiliza as avaliações para
monitorar e aprimorar os resultados.

9. Gestão comportamental
A gestão comportamental propõe o reconhecimento do trabalhador além de seu valor
econômico. Ela visa descobrir ou despertar no colaborador um valor como ser humano que lhe
permita se adaptar às tarefas propostas no trabalho.
Com os avanços da psicologia organizacional, um novo tempo nasceu na gestão de
Recursos Humanos. As tarefas deixaram de ser o foco, assim como os custos e os resultados
imediatos, para que o olhar da gestão se foque no comportamento das pessoas.
Esse modelo está intimamente ligado às teorias da motivação e é preciso conhecer
profundamente os colaboradores para entender seu comportamento e estimular a obtenção dos
melhores resultados.

10. Gestão por competências


O foco do modelo de gestão por competências é o desenvolvimento, avaliação,
e certificação de competências para aumentar a produtividade e competitividade de uma
organização. Os profissionais são valorizados pela detenção de competências que agregam valor ao
negócio com alto nível de excelência.
Esse é um modelo de gestão estratégica, que exige do líder um olhar clínico sobre suas
equipes. Assim é possível identificar as melhores oportunidades de desenvolvimento de
143

competências individuais e coletivas e investir nelas de modo eficiente, garantindo a retenção dos
talentos e o crescimento da empresa.

11. Gestão colaborativa


Em geral, o gerenciamento colaborativo é um método que descentraliza a tomada de
decisão. No modelo tradicional, um líder é responsável por ditar as regras e estratégias sozinho. Na
gestão colaborativa, todos contribuem para uma decisão final.
Os millennials estão posicionados no centro dessa estratégia, já que entre eles há uma
maior necessidade de desafios, inovação e reconhecimento. Esses profissionais preferem trabalhar
em um ambiente mais colaborativo e dinâmico, onde todos possam crescer juntos de maneira
coordenada.
Muitas ferramentas participativas, como o brainstorming, são parte importante da gestão
colaborativa. Assim os profissionais conseguem extrair as melhores ideias nas decisões e buscas
por novas soluções no trabalho.

12. Gestão centralizadora


A gestão centralizadora gira em torno da figura do líder, que detém para si o máximo de
atribuições, crendo ser apenas ele capaz e fazendo pouco uso das habilidades de sua equipe.
Embora ainda haja empresas e gestores que atuam desse modo, ele já se provou ineficiente frente a
tantas novas formas de gestão que surgiram com o passar do tempo.
Esse modelo é prejudicial por gerar desmotivação dos trabalhadores, que não conseguem
enxergar oportunidades de crescimento na organização, não se empenham como poderiam para o
alcance dos resultados e deixam a organização na primeira oportunidade.
Podem haver momentos em que centralizar as tarefas seja a melhor opção, como em uma
crise, mas o ideal é apostar em modelos de gestão de pessoas que promovam a participação de
todos, valorizando os talentos, as ideias e o trabalho de cada profissional.
As relações de trabalho no mundo atual não são favoráveis a modelos autoritários e
centralizadores de gestão de pessoas. Os profissionais buscam fazer parte de algo em que
acreditem e pelo que possam trabalhar com prazer, agregando suas habilidades e atribuições de
trabalho com suas crenças e pretensões pessoais.
Sendo assim, preferem atuar em organizações flexíveis, abertas e inovadoras, onde
possam desenvolver suas habilidades e competências e cooperar para uma mudança positiva no
mundo.
Os novos modelos de gestão, baseados na participação e diálogo, devem ser priorizados
sempre que possível, possibilitando o engajamento no trabalho em prol dos objetivos comuns da
144

empresa. Afinal, os colaboradores são a porta de entrada para a inovação e segredo para a atração
e retenção dos melhores talentos.

4.8 Cultura de excelência e Liderança

Em pleno século XXI, ainda vivemos o grande dilema de profissionais que acreditam que
um cargo de gestão lhe confere o status de líder. Pensar em liderança é basicamente ter em mente
uma pessoa que inspire e que motive as pessoas a serem melhores.
Liderança não tem nada a ver com cargo, poder e controle. Enquanto essa visão
ultrapassada não for modificada, ainda veremos muitos acreditando que seus anos de empresa e a
quantidade de pessoas que fazem gestão é sinônimo de quem são.
Liderança não é sobre quem grita mais alto, mas é sobre quem mesmo em silêncio
consegue conduzir as pessoas rumo a um objetivo comum.
Mas, diante de tanto chefe que age na base da imposição e ditando as regras, como
desenvolver a capacidade de liderança? É possível se preparar para influenciar pessoas e de algum
modo fazer a diferença nas organizações e na vida das pessoas ao nosso redor?
Infelizmente, algumas organizações não têm se atentado para a importância de se ter
pessoas capacitadas e que saibam desenvolver o que há de melhor em toda e qualquer
organização: as pessoas.
Por isso, a necessidade de desenvolver habilidades relacionais e que contribuam para um
ambiente mais sinérgico e com oportunidades.
O grande desafio do líder do futuro está em saber delegar as atividades de forma
estratégica, saber administrar os conflitos e estar em constante atualização, visto que essas ações
podem de algum modo contribuir para um melhor clima organizacional, engajamento da equipe, e
consequentemente aumento da produtividade.
O ser humano não nasce totalmente pronto para liderar, e ninguém tem o pleno domínio
de todas as competências de um líder.
E embora algumas crianças apresentem comportamentos assertivos e nos fazem imaginar
que futuramente podem ser boas líderes pela capacidade que possuem de influenciar e juntar outras
ao seu redor, é preciso deixar claro que ainda assim algumas características precisarão ser
desenvolvidas para que a função seja desempenhada com qualidade.
Por isso, veja algumas dicas que podem te auxiliar a desenvolver a capacidade de liderar:
 Busque autoconhecimento – um líder que não se conhece e não compreende quais são os
145

seus pontos fortes e suas vulnerabilidades, terá dificuldade em liderar. Visto que,
compreender o funcionamento de cada membro da sua equipe e quais são as melhores
formas de trabalhar as potencialidades, exige também o conhecimento por parte do líder das
suas próprias habilidades e limitações;
 Conhecimento nunca é demais – estude e esteja sempre se atualizando, o mundo muda e
com ele os paradigmas que foram criados. O que era ontem, hoje já pode não mais ser. Esteja
aberto a mudanças tecnológicas, invista em assuntos para além da sua expertise, busque
cursos e livros que possam potencializar o seu desenvolvimento enquanto líder;
 Aprenda com quem é referência na área – quem te inspira enquanto líder? Quem são os seus
exemplos? Busque profissionais da área que fazem ou fizeram a diferença, leia suas histórias,
conheça seus legados, ou se possível, busque com essas pessoas mentorias que te auxiliem
nesse aprendizado.
 Saiba ouvir – escutar os que os outros têm a dizer é importante e essencial para quem busca
ser um bom líder. O mundo não se baseia nas suas verdades, o ponto de vista do outro pode
ampliar o seu campo de visão. Ter humildade e saber reconhecer que a contribuição dada é
importante, não te faz menor, ao contrário, faz com que as pessoas te admirem ainda mais;
 Entenda sobre a organização e cultura que você atuará – entender o funcionamento da
empresa vai te ajudar a direcionar de forma assertiva os colaboradores quanto ao seu
desenvolvimento, além de poder proporcionar uma visão sistêmica sobre a empresa, um bom
líder entende que o seu trabalho impacta no todo e ter essa visão ajuda a ser estratégico e
atingir os resultados.
Brené Brown, em seu livro “A coragem para liderar”, diz que “Liderança não tem a ver
com cargos, status ou poder. Um líder é qualquer pessoa que se responsabiliza por reconhecer e
desenvolver o potencial das pessoas e de suas ideias”. Sendo assim, pode-se afirmar que existe sim
a possibilidade de se tornar um líder.

4.9 Variáveis que afetam o comportamento organizacional

Comportamento Organizacional é um campo de estudo que investiga o impacto que os


indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o
propósito de utilizar este conhecimento para melhorar a eficácia organizacional. Em resumo, o
comportamento organizacional se preocupa com o estudo do que as pessoas fazem nas
organizações e de como este comportamento afeta o desempenho das empresas (ROBBINS,
2005).
Um modelo básico de comportamento organizacional identifica suas variáveis em
146

dependentes e independentes.
As variáveis dependentes são os fatores chaves que pretende explicar ou prever e que
são afetados por algum outro fator. Os estudiosos do assunto tradicionalmente enfatizam a
produtividade, o absenteísmo, a rotatividade e a satisfação no trabalho como as variáveis
dependentes básicas no comportamento organizacional, e uma quinta variável recentemente incluída
nessa lista, a cidadania organizacional (ROBBINS, 2005).
 Produtividade: Uma organização é produtiva quando consegue atingir seus objetivos
transformando matéria prima em produto ao mais baixo custo possível.
Assim sendo a produtividade implica uma preocupação tanto com a eficácia como a eficiência.
 Absenteísmo: Definido como o não comparecimento dos funcionários ao trabalho.
 Rotatividade: Permanente saída e entrada de pessoal da organização, de forma voluntária
ou involuntária. No mundo empresarial atual, sempre em mudança, certo nível de rotatividade
voluntária de trabalhadores aumenta a flexibilidade organizacional e a independência dos
funcionários, diminuindo assim a necessidade de demissões por parte da empresa. Mas a
rotatividade sempre implica a perda de pessoas que a organização não gostaria de perder.
Portanto, quando a rotatividade é muito grande ou envolve a perda de pessoal valioso, ela pode
ser um fator de ruptura, prejudicando a eficácia da organização.
 Satisfação no trabalho: Podemos definir como o conjunto de sentimentos que uma pessoa
possui com relação ao seu trabalho. A satisfação com o trabalho é mais uma atitude do que
um comportamento. Ela é considerada variável dependente básica por duas razões: ela tem
uma relação clara com os fatores de desempenho e com outros valores preferidos por
diversos pesquisadores do comportamento organizacional. A premissa de que funcionários
satisfeitos são mais produtivos do que os insatisfeitos foi uma doutrina básica entre os
executivos durante anos.
 Cidadania Organizacional: É um comportamento discricionário que não faz parte das
exigências funcionais de um cargo, mas que ajuda a promover o funcionamento eficaz da
organização.
 As organizações bem sucedidas precisam de funcionários que façam mais do que seus
deveres usuais e apresentem um desempenho que ultrapassem as expectativas. No
mundo empresarial de hoje, na qual as tarefas são cada vez mais realizadas em equipe e a
flexibilidade é critica, as organizações precisam de funcionários que adotem um
comportamento de “bom cidadão” - como fazer declarações positivas sobre o trabalho
de seu grupo e da empresa, ajudar os colegas em suas equipes, oferecer-se
voluntariamente para tarefas extraordinárias, evitar conflitos desnecessários, mostrar
cuidado com o patrimônio da empresa, respeitar as leis e regulamentos e ser
147

tolerantes com ocasionais aborrecimentos e imposições relacionados com o trabalho.


As organizações querem e precisam de funcionários que façam coisas que não constam
de suas tarefas formais (ROBBINS, 2005).
Variáveis independentes são as supostas causas de algumas mudanças em variável
dependente, incluem: variáveis no nível do indivíduo, variáveis no nível do grupo e variáveis no nível
do sistema organizacional.
 Variáveis no nível do indivíduo: As pessoas entram para as organizações com determinadas
características que vão influenciar seus comportamentos no trabalho. As características
mais óbvias são as pessoais ou biográficas, como idade, sexo, estado civil; características de
personalidade; sua estrutura emocional; seus valores e atitudes; e seus níveis básicos de
capacitação.
Essas características já estão essencialmente colocadas quando o indivíduo entra para o
quadro da empresa, e na maior parte das vezes, podem ser pouco alterados pelo esforço do
gerenciamento. Ainda assim, elas têm sem dúvidas, um grande impacto sobre o comportamento do
funcionário (ROBBINS, 2005).
 Variáveis no nível do grupo: O comportamento de um grupo é mais do que a soma das ações
dos indivíduos que fazem parte dela. A complexidade de nosso modelo aumenta quando
compreendemos que o comportamento das pessoas é diferente quando elas estão sozinhas e
quando estão em grupos.
 Variáveis no nível do sistema organizacional: O comportamento organizacional alcança seu
mais alto nível de sofisticação quando somamos a estrutura formal ao nosso
conhecimento prévio sobre o comportamento dos indivíduos e dos grupos.
Da mesma forma que os grupos são mais que a soma de seus membros individuais, a
organização também é mais que a soma dos grupos que a compõem. O desenho da organização
formal, os processos do trabalho e as funções; as políticas e práticas de recursos humanos da
organização e a cultura interna, tudo isto tem impacto sobre as variáveis dependentes (ROBBINS,
2005).

4.10 O papel e os desafios do gestor

De acordo com o Portal IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, o papel do gestor


organizacional é:
 Deter ampla visão de negócio para identificar pontos negativos e positivos nas atividades
executadas;
 Conhecer aspectos da gestão de pessoas para poder preparar as equipes durante situações
148

de pressão e conflito;
 Saber liderar com flexibilidade e comunicar-se de forma clara e objetiva;
 Ser colaborativo e estar sempre disponível para auxiliar os colaboradores em seus eventuais
problemas;
 Desenvolver tarefas da forma mais tranquila e proveitosa possível, para contribuir com o
ambiente de trabalho e a evolução dos profissionais envolvidos.

Dessa forma, podemos concluir que o bom desempenho do papel do gestor garantirá que
sejam estabelecidos laços de confiança entre aqueles que estão acima do líder e as equipes,
fortalecendo o desempenho da organização.
Até porque, precisamos levar em consideração que um gestor não existiria sem a sua
contrapartida – a equipe. Isso significa que o líder também é dependente da expertise técnica e
operacional de seus colaboradores para desempenhar melhor seu papel na criação de um
planejamento inteligente.
Quais são as principais características de um bom gestor?
1. Disciplina: são muitas atividades que você vai precisar desempenhar durante o dia, além da
conciliação dos prazos e entregas que devem ser feitas ao cliente, então, também faz parte do papel
do gestor estar comprometido e ter disciplina para cumprir tudo e não deixar sua equipe ou seus
superiores na mão.
2. Atenção e sensibilidade: além da disciplina, é preciso também atenção em todos os passos do
processo e para com a sua equipe, além de sensibilidade para entender o contexto de cada um.
3. Capacidade de trabalhar em equipe: como já mencionamos acima, não existe gestor sem
equipe. Portanto, essa capacidade é fundamental no papel do gestor, até mesmo para evitar as
consequências negativas de uma microgestão.
4. Equilíbrio emocional: outra peça essencial para que o pessoal não interfira no seu trabalho e
você não acabe em esgotamento mental, conhecido como burnout.
5. Preparação para dar e receber feedbacks: nesses momentos, talvez, seja até mais interessante
saber o que não dizer, do que se perder em um discurso clichê. Faz parte do papel do gestor se
aproximar do seu colaborador, ser honesto, respeitador e, claro, educado.
6. Visão estratégica e de futuro: como uma das principais atribuições de um gestor, é muito
importante exercitar essa visão, até mesmo para facilitar a tomada de decisão.
7. Gestão de conflitos: conflitos existem em qualquer área do trabalho e são inevitáveis. O que faz
a diferença é a sua postura e forma com que você lida com os envolvidos, principalmente quando
falamos em um conflito de gerações, ainda mais com a chegada da geração Z no mercado de
trabalho.
149

8. Boa comunicação: a comunicação é a chave para o sucesso dos processos da sua equipe. Faz
parte do papel do gestor certificar-se de que foi claro e que tudo está alinhado.
9. Capacidade de motivar e inspirar colaboradores: um líder transformador entende os desafios
da equipe, não se acha superior e é capaz de motivar o time.
10. Gerenciamento de crise: seja uma crise econômica, política, social, ou problemas internos,
como a retenção de talentos, o papel do gestor envolve ter maturidade e expertise para lidar com
elas, da melhor forma possível.

Situações clássicas na vida de um gestor


Assumir e delegar responsabilidades, determinar metas e objetivos, organizar e direcionar
atividades, controlar, avaliar e prever novos projetos… Liderar um time não é fácil.
E como se não bastasse tudo isso, há a necessidade de lidar com os funcionários
carentes e de evitar problemas, como fofocas, no ambiente de trabalho, tarefas também atribuídas
ao papel do gestor.
Pensando nisso, reunimos agora uma série de dicas para lidar com essas situações que,
se você não viveu ainda, com certeza vai viver um dia.
1. Colaboradores muito dependentes e repassando responsabilidades
Um artigo da Harvard Business Review (HBR) revelou que, quando um líder assume
responsabilidades no lugar de sua equipe, na verdade, está falhando em compreender o verdadeiro
papel do gestor. Observe alguns exemplos que demonstram esse tipo de situação:
 Quando funcionários falham em obter dados de outros departamentos;
 Quando o cliente atrasa o envio de especificações, mas cobra que não seja adiada a data de
entrega;
 Quando o profissional de uma equipe é constantemente desviado para auxiliar outra equipe
em caráter de função extra;
 Quando um diretor responsável pela cascata de aprovações está embargando o processo e
implicando com o funcionário responsável para que ele inclua outras funcionalidades ao
documento;
 Quando funcionários reclamam de sempre perderem e-mails por não estarem incluídos na
lista de envios.

Esses são casos típicos em que o líder deveria abdicar de sua responsabilidade para que
a própria equipe tomasse resoluções por conta própria. O papel do gestor, nesse sentido, é o de
prover autonomia e entendimento do que deve ou não ser resolvido pelas próprias equipes.
150

2. Dificuldade de dividir corretamente as responsabilidades


Em vez de abordar determinado assunto com a equipe dizendo “como podemos resolver
esse problema”, diga “quem deveria ser encarregado disso?”, mostrando que você está à parte, e
não incluído como fator para a resolução do problema.
Ensine os funcionários que eles têm relativa autonomia e que devem saber impor limites
mesmo na sua ausência;
Permita que a sua equipe se envolva ao máximo nos processos de resolução, intervindo
somente em pontos críticos, como atraso de entregas, etc. Ainda assim, intervenha de forma a ser
visto como colaborador, e não como aquele que irá solucionar o problema;
Tenha sempre em mente que o papel do gestor é o de interferir minimamente. Ainda que
você se sinta tentado a se mostrar útil e colaborativo, quanto mais puder orientar e menos fizer pelo
andamento do processo, melhor para o seu papel de gestor.

2. Dificuldade de dividir corretamente as responsabilidades


Em vez de abordar determinado assunto com a equipe dizendo “como podemos resolver
esse problema”, diga “quem deveria ser encarregado disso?”, mostrando que você está à parte, e
não incluído como fator para a resolução do problema.
Ensine os funcionários que eles têm relativa autonomia e que devem saber impor limites
mesmo na sua ausência;
Permita que a sua equipe se envolva ao máximo nos processos de resolução, intervindo
somente em pontos críticos, como atraso de entregas, etc. Ainda assim, intervenha de forma a ser
visto como colaborador, e não como aquele que irá solucionar o problema;
Tenha sempre em mente que o papel do gestor é o de interferir minimamente. Ainda que
você se sinta tentado a se mostrar útil e colaborativo, quanto mais puder orientar e menos fizer pelo
andamento do processo, melhor para o seu papel de gestor.

4. Fofocas no escritório
Victor Lipman, articulista da HBR, afirma que a fofoca no escritório floresce tão
naturalmente quanto o capim. Caberá ao papel do gestor criar estratégias para limpar o terreno. Eis
algumas orientações para isso:
 Mantenha-se afastado, retirando-se com mensagens rápidas como “estou atrasado”, “tenho
uma tarefa a terminar” etc.;
 Troque de assunto. Uma boa ideia é mudar o foco para os negócios da empresa, em vez de
assuntos pessoais;
 Se parecer razoável, foque no lado positivo da questão. Exemplo: “estranho, isso não me
151

parece ser algo que Fulano faria”.

5. Funcionários carentes
O gestor pode, muitas vezes, sentir-se tentado a prover todos os funcionários com a
atenção necessária. Rebecca Knight alerta, no entanto, em seu artigo para a HBR, que deve-se
atentar àqueles funcionários que sistematicamente buscam pela sua atenção, seja pedindo
numerosos feedbacks ou vindo constantemente à sua mesa para conversar.
Confira algumas dicas para lidar melhor em tais situações:
1. Tente compreender o que está ocasionando a carência desse profissional. Diagnosticando a
causa, você talvez identifique um problema dentro da própria empresa, como a microgestão. A causa
também pode estar relacionada à insegurança e ao medo de que as atividades deem errado. Como
anda o quadro empresarial? A empresa está enfrentando períodos de crise ou de demissão de
funcionários? Todas essas questões podem interferir na confiança da equipe.
2. Converse com seus funcionários e faça isso de forma delicada, sem usar tom de voz alto,
impaciente ou desdenhoso. Isso principalmente quando precisar alertar sobre um comportamento
inadequado, como visitas constantes ao seu escritório, sempre procurando compreender o motivo
por trás dessa necessidade.
3. Utilize-se do combo “conectar-se, elogiar, tranquilizar, oferecer apoio e estabelecer novos
objetivos” para lidar com funcionários que estão obviamente enfrentando situações de carência e
insegurança.

4.11 Perspectivas teóricas e aplicadas de motivação

A motivação é aquilo que movimenta a natureza humana na busca pela concretização de


algum objetivo, assim como a energia necessária para praticar qualquer ação. Dessa forma, as
atividades e obrigações nos mais variados setores da vida precisam desse impulso para serem
realizadas.
Não é a toa que muito se pesquisa sobre este tema, no sentido de compreender melhor
suas nuances e de desenvolver mecanismos assertivos para que nós mesmos possamos nos manter
sempre motivados a realizar nossas atividades diárias, em prol de nossos sonhos e objetivos, e
também de encontrar formas de motivar as pessoas ao nosso redor.
Tudo isso porque a motivação é fundamental em nossa vida, não só pessoal, mas
também profissional e até mesmo empresarial, já que precisamos de uma grande dose diária deste
importante elemento, para que assim tenhamos disposição de tornar concretos os objetivos
propostos.
152

Assim, sabendo da importância deste assunto, hoje vou me aprofundar um pouco mais
sobre ele, falando de algumas das Teorias Motivacionais de maior relevância já desenvolvidas.
Acompanhe-me e confira:

A importância das Teorias Motivacionais


Dada a sua importância no cotidiano das pessoas, a motivação tem sido objeto de estudo
de diversas áreas. Um dos resultados mais efetivos dessas pesquisas foram as Teorias
Motivacionais. Elas começaram a ser desenvolvidas na segunda metade do século XX, e ainda hoje
recebem complementações. Muitos estudiosos classificaram essas teorias como estudo da
“Satisfação”, pois visam medir o índice de motivação das pessoas, baseadas em suas necessidades
e aspirações.
As Teorias Motivacionais objetivam identificar e analisar os fatores que estimulam o
comportamento das pessoas. No geral, a base para elaboração dessas hipóteses são as teorias
hedônicas desenvolvidas pelos filósofos gregos, que enxergavam o comportamento humano como
atitudes voltadas para a realização de algum prazer. Elas consideram três estímulos principais do
comportamento humano: ganho material, reconhecimento social e realização pessoal.
Muitas destas teorias foram elaboradas para analisar as necessidades internas que
influenciam o comportamento humano. Elas são utilizadas por diversas áreas como ferramentas para
compreender, prever e influenciar as atitudes das pessoas. Isso não é diferente na gestão
empresarial, que utiliza-se desses estudos para atrair talentos, estimular a alta produtividade e
garantir a satisfação dos atuais colaboradores com o objetivo de retê-los.
Apesar de existirem diversas teorias motivacionais, vamos conhecer melhor aquelas
elaboradas por dois pensadores que influenciaram e continuam influenciando grandes
administradores: Herzberg e Maslow.

Teoria da Motivação de Frederick Herzberg


Segundo a Teoria da Motivação, desenvolvida pelo psicólogo Frederick Herzberg, o nível
de rendimento dos profissionais varia de acordo com sua satisfação no trabalho, ou seja, depende de
como se sentem em determinado ambiente corporativo e dos fatores que influenciam em sua
motivação e desmotivação.
Frederick Irving Herzberg foi um psicólogo e influente professor de gestão empresarial
americano. Nascido dia 18 de abril de 1923 em Massachusetts, ele graduou-se na City College em
Nova York e fez a pós-graduação na Universidade de Pittsburgh. Quando não estava estudando,
dava aula de psicologia na Case Western Reserve, em Cleveland. O professor ficou um tempo
afastado dos estudos para servir como sargento no exército. De acordo com ele, foi essa experiência
153

que o levou a se interessar por motivação.


O psicólogo acreditava que o enriquecimento do trabalho é um processo de
gerenciamento contínuo que impacta diretamente na satisfação do funcionário. O seu trabalho de
maior relevância é a Teoria dos Dois Fatores que foi publicada no livro “A Motivação para Trabalhar”.
Na obra, ele explica que existem dois tipos de fatores responsáveis pela satisfação das pessoas em
um ambiente corporativo: os motivadores e os higiênicos.

 Fatores motivadores
Como o nome já diz, são fatores que quando presentes causam motivação, e quando
ausentes provocam insatisfação. Eles estão relacionados aos objetivos do próprio funcionário tanto
em relação a sua carreira, quanto ao seu cargo atual e atividades que exerce.
Aqui, se encaixam reconhecimento, crescimento profissional, autorrealização, grau de
desafios aos quais são expostos e a capacidade de realizá-los, liberdade para decidir como realizar
suas atividades e uso pleno de suas habilidades pessoais. Quando sanados, a empresa consegue
aumentar a produtividade e satisfação dos seus colaboradores, e, consequentemente, alcançar o
sucesso que almeja em seu mercado de atuação.

 Fatores Higiênicos
Esses fatores estão relacionados às ferramentas e estruturas oferecidas pela empresa.
Quando ausentes, causam insatisfação, mas quando presentes, apesar de satisfatórios, não causam
necessariamente a motivação do funcionário. Eles têm mais a ver com o ambiente que o rodeia e à
conduta da organização do que com as funções do funcionário em si.
São eles: salário, ambiente de trabalho, política da empresa, relação dos superiores com os demais
funcionários e os benefícios, por exemplo. Segundo Herzberg, os “fatores de higiene operam
independentemente dos fatores de motivação. Um indivíduo pode ser altamente motivado em seu
trabalho e estar insatisfeito com o ambiente corporativo”.
Essa teoria mostra como um funcionário pode ser impactado dentro da empresa e o que
causa satisfação e motivação. Os líderes das equipes e o RH podem usar essas informações tanto
para prevenir a insatisfação por parte de seus colaboradores como para elaborar estratégias para
motivá-los. Como resultado, os funcionários usufruirão mais felicidade e bem-estar, o que refletirá no
aumento da produtividade e crescimento da organização como um todo.

Hierarquia das Necessidades de Maslow


A Hierarquia das Necessidades, desenvolvida por Abraham Maslow, é uma das
ferramentas mais utilizadas pela gestão empresarial. Como classifica as necessidades humanas de
154

forma lógica e prática, contribui para resultados organizacionais mais assertivos. O psicólogo
americano considerava que as carências humanas eram classificadas desde as mais básicas,
indispensáveis para a sobrevivência e bem-estar do organismo, àquelas mais elevadas, referente à
autorrealização pessoal.
Para esquematizar sua teoria, Maslow utilizou os graus de uma pirâmide. Cada um deles
abriga um nível de necessidades: as primárias em sua base, seguida das necessidades secundárias
no meio e as necessidades de realização pessoal, ocupando o topo da estrutura.
Para Maslow, as pessoas se esforçam para satisfazer a necessidade que estiver
precisando com urgência em dado momento. Os indivíduos tendem a seguir uma sequência para
realização dessas carências, partindo das necessidades fisiológicas, que precisam ser pelo menos
parcialmente saciadas para possibilitar ao indivíduo desejar a realização de outras classificadas em
níveis acima.
No âmbito empresarial, podemos citar o exemplo tradicional do colaborador que precisa
sobreviver e fica satisfeito apenas com o salário, suficiente para pagar as contas, comprar alimentos
e abrigar a si mesmo e a sua família. Quando já usufruir do benefício que sane as suas
necessidades básicas, procurará por um emprego que ofereça condições de estabilidade profissional
e ambiente de trabalho seguro. Ao alcançar esses objetivos, ele vai buscar por oportunidades de
crescimento e incentivos que proporcionem mais autoestima e realização. Por fim, tenderão a querer
mais participação e reconhecimento por parte da empresa.
Caso a empresa não ofereça as recompensas adequadas aos trabalhadores, eles se
sentirão frustrados e não responderão adequadamente às oportunidades e incentivos oferecidos. Por
isso, é necessário identificar em que nível da pirâmide eles estão, de modo a investir nas estratégias
mais adequadas às suas necessidades.

4.12 Tomada de decisão em administração

A tomada de decisão nas organizações consiste em fazer uma escolha importante para
trazer mais resultados e melhorar a performance da empresa. Essas ações podem desdobrar em
consequências para o futuro, tanto do negócio quanto dos colaboradores e clientes.
Dentro das empresas, a tomada de decisão implica em grande responsabilidade e é
essencial para a gestão do negócio. Decisões estruturadas e planejadas são fundamentais para o
crescimento e o sucesso de uma organização.
Por outro lado, se esse processo apresentar falhas, pode gerar graves consequências e
prejuízos.
O processo de decisão é contínuo e combina uma junção de conhecimentos, habilidades
155

e experiência. Deve ser trabalhado constantemente e ter seus riscos analisados para que os
problemas sejam solucionados da melhor forma possível.

Tipos de tomada de decisão


Na posição de liderança, as decisões não podem surgir aleatoriamente, pois a partir delas
é que se garante o bom funcionamento de todos os processos e operações da empresa.

 Decisão baseada em valores


Essa tomada de decisão empresarial se apoia nos valores pessoais do gestor,
considerando seu guia moral de certo e errado e nos conceitos que o acompanham há muito tempo,
bem como suas influências e referências.
Está ligada diretamente as influências que cada pessoa tem ao longo da vida, sendo que
valores positivos procuram ter um olhar mais abrangente de todas as situações, enquanto os valores
negativos estão relacionados à parcialidade e individualidade.

Decisão baseada em crenças conscientes e subconscientes


Essa decisão está muito ligada à experiência do gestor e pode se manifestar
com insights gerados a partir de situações passadas. A reflexão dá lugar à análise, considerando
como uma escolha atual se manifestará no futuro.
As crenças subconscientes não permitem uma decisão 100% racional de certa forma. A
decisão baseada na intuição consiste em um tipo de sabedoria que não pode ser explicada
cientificamente, mas que vem de uma percepção interna e pessoal.

 Decisão baseada em dados


Nas rotinas empresariais, muita coisa está envolvida em uma decisão. Por isso, os riscos
devem ser minimizados ao máximo, e basear-se em dados, pode ser a melhor maneira para isso.
Esse tipo de decisão traz mais segurança ao gestor a partir de dados concretos e confiáveis e, nesse
sentido, é ideal manter uma rotina de organização e armazenamento de documentos para que
estejam disponíveis para consulta a qualquer momento.

Como aperfeiçoar esses estilos de tomada de decisão?


 Identificação do problema e análise das escolhas
Na tomada de decisão empresarial, o primeiro passo é conhecer o impasse a ser resolvido
e procurar enxergar a situação com a maior clareza possível, considerando todos os pontos.
A seguir, faça uma boa análise das alternativas possíveis, separando os pontos positivos e negativos
156

de cada uma delas. Também é válido projetar os possíveis desdobramentos das opções
selecionadas. Se preferir, procure um especialista no assunto.

 Definição de planejamento estratégico


A tomada de decisão gerencial exige que o gestor pense nos objetivos e na missão da
empresa, levando em consideração os produtos ou serviços que ela oferece, o perfil do cliente
atendido, situação da concorrência e do mercado.
É a partir desse ponto que pode ser traçado um planejamento estratégico que seja claro e
detalhado. Dessa forma, a chance da decisão seguir rumos certeiros é maior, visto que
estão alinhados com a política do negócio.
 Conhecimento de todas as áreas da empresa
A tomada de decisão nas organizações torna-se muito mais assertiva quando se obtém o
conhecimento de todos os setores da empresa. Quanto mais informações o gestor possuir, melhor.
Dados referentes à área financeira, de recursos humanos e vendas, por exemplo, enriquecem o
processo decisório.
Nesse sentido, contar com um sistema de gestão que organize e faça a integração de
dados é fundamental para facilitar decisões.

 Avaliação de resultados
As decisões tomadas e suas consequências são uma fonte muito rica de experiência e
aprendizado. Registre suas decisões passadas e as revisite em momentos diferentes quando
enfrentar situações parecidas novamente.
Vale lembrar que mesmo com total confiança em suas escolhas, é importante manter um
plano B. Imprevistos podem acontecer a qualquer momento e dependem de inúmeros fatores, então
é indicado estar seguro em uma emergência.

4.13 . Equipes de alto desempenho

Podemos definir o que são equipes de alto desempenho como um conjunto de


profissionais dotados das habilidades e conhecimentos necessários para atingir os objetivos do
grupo e da empresa e que trabalham em conjunto, buscando por resultados robustos, competitivos e
constantes.
Em um time de alta performance, os colaboradores dão sempre o melhor de si, estão
comprometidos com os resultados que são esperados deles e trabalham em sinergia, com as
habilidades e os conhecimentos individuais se complementando.
157

Um dos segredos do alto desempenho de equipes de marketing e vendas é alinhar esses


dois times para trabalharem de forma colaborativa, o chamado smarketing.

Quais as principais características das equipes de alto desempenho?


Existem algumas características que toda equipe de alta performance precisa ter:

 Multidisciplinaridade: profissionais de diferentes áreas, com experiências, conhecimentos e


especialidades variadas;
 Complementaridade: as competências dos colaboradores devem se complementar;
 Colaboração: os profissionais trabalham de maneira colaborativa, com um ajudando o outro;
 Alinhamento: os colaboradores estão alinhados entre si;
 Comunicação: a comunicação é clara e com o mínimo possível de ruídos;
 Autonomia: os colaboradores têm autonomia na execução de suas tarefas;
 Confiança: há confiança mútua entre líder e liderados;
 Comprometimento: os colaboradores se comprometem profundamente com os resultados.

8 dicas de como desenvolver equipes de alto desempenho


Com mercados cada vez mais competitivos, poder contar com times de alta performance é
um grande diferencial competitivo.
Confira a seguir 8 dicas fundamentais de como criar equipes de alto desempenho e se destacar no
mercado:
1. Recrute bons talentos para compor a sua equipe
O desenvolvimento de equipes de alto desempenho começa no recrutamento e na
seleção de talentos.
Portanto, tenha bem definido o perfil de colaborador que você quer para compor o seu
time e que competências ele precisa ter.
Neste sentido, recrutar com guias específicos de habilidades e competências desejadas é
fundamental para evitar que elementos subjetivos sejam determinantes para a escolha do melhor
candidato – podendo resultar em resultados insuficientes no futuro.

2. Conheça os seus colaboradores


Não há como desenvolver equipes de alto desempenho se o gestor não conhecer a fundo
o perfil de seus colaboradores.
Ao entender os pontos fortes e as limitações de cada integrante do time, é possível delegar tarefas e
atribuir responsabilidades de maneira mais assertiva.
158

3. Conte com processos bem definidos


É de extrema importância que os processos internos sejam bem definidos, com etapas e
fluxos de trabalho claramente estabelecidos.
Isso contribui para produtividade da equipe e redução de falhas e retrabalhos.

4. Estabeleça metas realistas e desafiadoras


Procure estabelecer metas que estejam de acordo com a realidade da equipe e que as
desafiem a dar o melhor de si.
É importante que as metas não sejam nem muito fáceis, nem praticamente impossíveis de
serem alcançadas. Apenas desafiadoras na medida necessária para o crescimento e para a
motivação da equipe!

5. Faça uso de indicadores de desempenho


Os indicadores de desempenho são ferramentas que permitem mensurar e acompanhar a
performance da sua equipe.
Eles permitem identificar gargalos e fazer as melhorias necessárias.

6. Implemente a cultura do feedback na sua equipe


O feedback é algo extremamente poderoso para o desenvolvimento de equipes de alto
desempenho.
Reúna-se frequentemente com seus colaboradores (em grupo e individualmente) para
apresentar os resultados, mostrar o que pode ser melhorado e também fazer elogios.

7. Trabalhe a motivação dos seus colaboradores


O desempenho dos colaboradores está diretamente atrelado ao grau de motivação e
engajamento deles com as atividades e as metas.
Tendo isso em vista, procure reconhecer os esforços da equipe. Crie programas de
incentivo, com prêmios relevantes para quando as metas forem alcançadas.

8. Invista em treinamentos para os colaboradores


Para que sua equipe possa alcançar o alto desempenho, promova treinamentos sobre as
melhores práticas que envolvam suas funções, novas técnicas e estratégias, como fazer a gestão de
tarefas etc.
A intenção é que o conhecimento adquirido nos treinamento seja convertido em uma
159

performance cada vez melhor no trabalho.


Lembre-se de que isso não acontece da noite para o dia. Mas com muito trabalho e
dedicação, é possível criar times com excelentes resultados.

4.14 As diferentes naturezas das organizações

As organizações são criadas para prover produtos e serviços, segundo Moraes (2004), e
podem ser de natureza econômica ou social.
a) de natureza econômica são as organizações que têm caráter específico de empresa e buscam
finalidade lucrativa. Estas assumem riscos, e são dirigidas por uma filosofia de negócios.
b) de natureza social são as organizações voltadas às ações comuns ou de utilidade pública,
fundamentam-se na aceitação dos valores e das normas sociais, sem finalidade lucrativa.

4.15 As múltiplas estruturas organizacionais: definição, complexidade, formalização, tamanho.

A maneira como essas pessoas estão alocadas dentro da empresa, com divisão de
setores, cargos e tarefas, é chamada de Estrutura Organizacional. Indo um pouco mais além, a
estrutura organizacional trabalha com níveis hierárquicos e determina a relação entre líderes e seus
liderados.
Graças à estrutura organizacional é possível ter uma visão mais ampla sobre como os
recursos estão distribuídos pelas áreas e como a empresa caminha para atingir objetivos
estratégicos.

Como a Estrutura Organizacional influencia a eficiência de uma empresa?


Para que tudo ocorra dentro dos conformes, é preciso que existam pessoas com papéis
bem definidos para realizar tarefas de acordo com suas especialidades e, com isso, andar em
sintonia com o planejamento estratégico. Mais ainda, é preciso que essas pessoas estejam no local
certo, exercendo a função certa.
Este é o primeiro ponto a observar quando tratamos de Estrutura Organizacional:
ela identifica claramente as tarefas necessárias, organiza funções e determina responsabilidades.
Afinal, uma empresa eficiente conta com pessoas que sabem quais são seus papéis dentro da
organização.
Com uma estrutura organizacional bem estabelecida, é possível traçar medidas de
desempenho por colaborador que sejam compatíveis com os objetivos da área e da empresa.
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Falando em colaboradores, a estrutura permite trabalhar com a questão motivacional e com a


integração entre os funcionários.
Uma boa Estrutura Organizacional reflete também na produtividade e na excelência da
gestão empresarial. Com a estrutura adequada é possível desenvolver e gerenciar melhor
os indicadores de desempenho, controlar estoques, coletar e analisar diferentes dados, além de
verificar em quais áreas há excesso/escassez de recursos e qual está gastando mais.
Tudo isso permite à alta gerência e ao departamento de Recursos Humanos tomar as
ações necessárias. Já a equipe Administrativa consegue ter um panorama mais amplo para
fazer projeções orçamentárias de forma correta.

Tipos de Estrutura Organizacional


A Estrutura Organizacional mostra a relação entre empregados e seus líderes, bem como
as responsabilidades de todos os recursos da empresa. Primeiro, quando falamos em estrutura de
uma organização pensamos em:
 Estrutura Vertical
 Estrutura Horizontal
Em uma organização vertical, o CEO (principal chefe de uma companhia) encontra-se no
topo e, abaixo dele, estão as divisões com os respectivos diretores. Ou seja, a escada desce até
chegar aos departamentos mais baixos. Na verticalização, a relação líderes e liderados é bem
definida. Neste caso, as decisões são tomadas em níveis hierárquicos. Por ter uma estrutura mais
rígida, a comunicação tende a ser mais lenta.
Já em uma organização horizontal as pessoas são agrupadas com base em
conhecimentos similares. Assim, há também a maior propagação do conhecimento entre as pessoas
de uma mesma área. Por outro lado, enquanto a comunicação entre membros de um setor melhora,
à medida que a empresa cresce a comunicação entre os departamentos fica enfraquecida.
Ainda falando sobre tipos de estrutura organizacional, podemos mencionar:

 Estrutura Funcional
A estrutura mais indicada para pequenas empresas, tem como “dono” o pai da Teoria
Clássica da Administração, Henri Fayol. Na estrutura funcional os recursos estão organizados em
departamentos. Por exemplo: administrativo, contábil, marketing, desenvolvimento, produção, etc.
Os recursos alocados em cada departamento respondem a um único chefe. Além disso, cada área
tem pessoas que compartilham de conhecimentos e habilidades similares.

Vantagens
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 Departamentos formados por pessoas que falam a mesma língua. Com isso, a comunicação
dentro de cada área (intradepartamental) é facilitada.
 A especialização é valorizada.
 Níveis hierárquicos são bem definidos. Desse modo, cada colaborador consegue visualizar
qual é o próximo degrau a atingir.
 Incentiva as especializações, pois dentro de cada área há os especialistas.
 Orientação de cada pessoa para atividades que utilizem sua capacidade com eficácia.

Desvantagens
 Se a comunicação intradepartamental é rápida, o mesmo não ocorre entre as
diferentes áreas (interdepartamental). Por esse motivo, a empresa demora a dar
uma resposta rápida ao mercado. Essa é uma das razões pelas quais empresas
dinâmicas podem ter problema com a estrutura organizacional funcional.
 Não exista a preocupação da empresa com um todo. Cada área se preocupa em cumprir seus
objetivos e prioridades.
 As pequenas empresas tendem a se beneficiar dessa estrutura porque geralmente não têm
problemas de comunicação.

 Estrutura Divisional
Mais indicada para empresas que trabalham com diferentes mercados e uma carteira de
clientes variada. É formada por divisões separadas e autossuficientes. Cada divisão é responsável
por um produto ou serviço de acordo com os objetivos organizacionais.
A estrutura pode ser por: clientes, produtos ou serviços, localização geográfica, por projetos ou por
processos.

Vantagens
 Maior autonomia para cada unidade.
 Marketing é pensado de acordo com o mercado de atuação de cada unidade.
 Tomadas de decisão mais independentes, que permitem uma resposta mais rápida ao cliente.

Desvantagens
 Aumento de custos, pois como cada unidade é uma operação, precisará de recursos próprios.
 Portas abertas para desculpas. Como as divisões são autossuficientes, há o risco de a culpa
pelo baixo número de vendas de um produto ser atribuído à região, por exemplo.
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 Estrutura Matricial
Na matricial a regra de Fayol cai por terra e cada colaborador tem dois chefes: o do
departamento ao qual se encontra e o chefe do projeto em que está alocado.
Portanto, a Estrutura Matricial envolve um pouco da estrutura funcional (chefe do
departamento) e um pouco da divisional (chefe do projeto).
Como cada departamento possui dupla subordinação, aqui o princípio de comando deixa
de existir. Por esse motivo, a matriz destaca a interdependência entre as áreas e apresenta para a
empresa a necessidade de lidar com ambientes mais complexos.
A Estrutura Matricial tem como proposta satisfazer ambas as necessidades: de
coordenação e de especialização. Seu objetivo é o de obter o maior rendimento possível. Esta é a
forma mais utilizada especialmente em grandes empresas, pois cada área tem o tipo de estrutura
que melhor se adapta à execução de suas tarefas.
Inclusive, quando falamos de Gestão Orçamentária, temos uma das
principais Metodologias Orçamentárias que é 100% embasada pelo conceito de Estrutura Matricial.
Estamos falando aqui do Orçamento Matricial.

Vantagens
 Possibilita um ambiente mais participativo, pois depende da colaboração de muitas pessoas
diferentes.
 Colaboradores têm mais participação ao tomar decisões nos níveis mais baixos da hierarquia.
 Enfatiza a interdependência entre os departamentos, proporcionando oportunidades de
delegação, maior contribuição pessoal e participação na tomada de decisão nos níveis mais
baixos da hierarquia.
 Mais facilidade em controlar os resultados.

Desvantagens
 A dupla subordinação (chefes funcionais e divisionais) pode criar conflito de interesses.
 Rixas entre chefes de departamentos.
 Dificuldade de adaptação por parte de alguns funcionários.
 Comunicação deficitária.

 Estrutura em Rede
Como a Estrutura em Rede permite a contratação de funcionários em estilo home office, a
ligação de cada serviço com a organização é eletrônica. Por esse motivo, as contratações podem vir
de qualquer parte do mundo.
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Esta estrutura pode ser utilizada por pequenas empresas, tornando-as mais competitivas
globalmente, pois permite que recursos e fornecedores sejam alocados de qualquer lugar.
Adicionalmente, possibilita a venda de serviços e produtos em todo o mundo.

Vantagens
 Competitividade global.
 Contratação de serviços somente quando necessário.
 Custos administrativos baixos.
 Dois ou três níveis hierárquicos.

Desvantagens
 Sem uma cultura corporativa corre-se o risco dos profissionais não terem o comprometimento
desejado.
 Falhas eletrônicas podem interferir com o andamento do projeto.
 Organização não tem controle imediato de todas as operações da empresa.

 Estrutura por Projetos


Este tipo é aplicável em construtoras, consultorias e empresas que trabalham por projetos.
Dessa maneira, o tamanho da estrutura vai depender do número de projetos. Como o nome sugere,
aqui o projeto tem importância equivalente às atividades de rotina.

Vantagens
 Gerente de Projetos tem total autonomia.
 Melhor visão holística do projeto.
 Demandas do projeto são rapidamente atendidas.
 O diferente número de especialidades na equipe aumenta a possibilidade de resultados
positivos.

Desvantagens
 Ociosidade dos recursos, considerando que em alguns momentos haverá um menor grau de
exigência de algumas áreas.
 Insegurança na equipe ao término do projeto.

Atenção! O modelo de Estrutura por Projetos é adotado juntamente com a Estrutura Funcional por
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empresas que trabalham com o tipo Matricial. Quando isso ocorre, equipes de projetos (coordenados
por gerentes de projetos) ficam sob a responsabilidade de gerentes funcionais. É o que chamamos
de Estrutura Híbrida.

Tipos de Estrutura Organizacional: como escolher e montar a ideal


O que vai ditar o modelo de Estrutura Organizacional é o tipo do negócio. Pequenas e
médias empresas, por exemplo, devem se atentar a estruturas mais simples com baixas hierarquias
nos níveis de gestão.
A questão mais importante na hora de criar a Estrutura Organizacional é evitar que cargos
e funções se sobreponham uns aos outros. Em outras palavras, é definir quais são os níveis
hierárquicos para que cada colaborador entenda seu papel na empresa.

Analise seu negócio


O seu negócio precisa de uma estrutura hierárquica horizontal, com incentivo à
participação dos funcionários e ambiente colaborativo? Ou requer uma estrutura verticalizada, com
uma diretoria mais acima dos demais níveis hierárquicos e com poder de centralização?
Não existe certo ou errado. Uma empresa cujo cerne do negócio é a criatividade, optará
por uma hierarquia horizontal. Já uma que dependa de processos de trabalho, regras e
procedimentos, e que prefira manter uma visão mais conservadora, optará pela verticalização.
Saber o que a empresa faz, qual produto vende, que objetivos quer atingir e qual é sua
cultura organizacional dá um direcionamento melhor na análise entre as estruturas.

Estrutura organizacional adaptável ao seu negócio


Estrutura e planejamento estratégico têm que estar alinhados. Preocupe-se com a
comunicação entre os níveis.
Quem conta um conto, aumenta um ponto. Sabe aquela brincadeira de telefone sem fio?
Imagine se o CEO inicia a conversa. Agora imagine essa conversa chegando a diversos níveis até
atingir a linha de frente. A mensagem com certeza chegará totalmente distorcida. Por isso, o
recomendado é que entre o CEO e a linha de frente não haja mais do que três níveis de hierarquia.
Então, elimine gerências desnecessárias do seu organograma.
Todos devem caminhar para um mesmo objetivo certo? Tenha em mente, então, que a
comunicação interna é uma ferramenta importantíssima nesse quesito. Ou seja: quanto mais clara
ela chegar em todos os níveis, mais bem direcionado será o trabalho de todos.
A decisão sobre o tipo de Estrutura Organizacional a ser adotado pela empresa depende
do tipo e tamanho do negócio. Não existe fórmula mágica e o que funciona para um, pode não ser
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um caso de sucesso para outro. O importante é pensar sempre na cultura organizacional e no


planejamento estratégico, pois um precisa atender ao outro. Com base nisso, você poderá analisar
melhor não apenas a estrutura, mas que valores são necessários que seus colaboradores tenham
para que se encaixem no modelo adotado.
Ela precisa ser compostas de pessoas que saibam ser líderes e gestores. Que saibam
estimular e também gerenciar. E se todo negócio caminha para metas e objetivos definidos, a
estrutura deve ser estabelecida de maneira a estimular os colaboradores a se sentirem motivados
para gerar o resultado esperado.
Então, pense nos valores, metas, objetivos e cultura da sua empresa. Ela adotou a
estrutura mais adequada? Caso contrário, sempre há tempo de corrigir a rota.

4.16 Novas formas organizacionais

Qualquer modificação, para que seja bem-sucedida, requer planejamento, principalmente


quando se trata de alguns tipos de mudanças organizacionais, o que exige esforços de toda
aempresa, afetando, de formas variadas, cada colaborador durante o processo. Os impactos
decorrentes desse tipo de transformação podem ser muito positivos, mas por vezes tendem a gerar
conflitos e instabilidade no ambiente de trabalho, algo que todo líder busca evitar.

O que é mudança organizacional?


Para que uma empresa seja bem-sucedida diante de todos os desafios que ocorrem ao
longo do tempo, é preciso que ela se adapte às novas exigências dos clientes e do mercado. E para
que uma organização se mantenha sempre competitiva, os gestores e administradores devem
observar as alterações externas e internas, bem como o modo que elas influenciam o negócio,
sempre de acordo com as necessidades dos seus clientes. A partir dessa análise, surgirão algumas
possibilidades para melhorar a gestão. Demandando, assim, uma mudança organizacional, que pode
ser planejada ou simplesmente acontecer de forma espontânea.

Quais são os tipos de mudanças organizacionais?


Existem 4 tipos de mudanças organizacionais atualmente, e cada um deles tem suas
particularidades. Essas modificações podem ser:
 incrementais: o seu objetivo é acrescentar ou incluir algo à cultura da organização. Costuma
ocorrer de maneira espontânea, sem planejamento, e é a mais comum entre os 4 tipos de
mudança;
 transformacionais: o foco desse tipo de mudança é na alteração de algum processo já
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existente. É a que costuma gerar mais conflitos entre os colaboradores, já que afeta a maneira
como eles estão acostumados a trabalhar;
 evolucionárias: nelas existem a definição de um propósito bem delineado, com o objetivo de
atender uma necessidade interna ou uma demanda externa;
 revolucionárias: o propósito dessa mudança é mais estratégico, e parte de uma revolução do
“alicerce” da empresa.

Como a mudança costuma gerar conflitos?


O processo de mudança organizacional tende a gerar impactos, visto que as
transformações ocorrem de dentro para fora. Por isso, muitos colaboradores são resistentes ao
abandono de velhos hábitos. Novas contratações, implantação de novidades em tecnologias, assim
como alterações nos salários ou nos planos de carreira são algumas novidades que podem causar
um sentimento de instabilidade em muitas pessoas. Imagine, por exemplo, uma mudança
transformacional em uma empresa com funcionários que trabalham há mais de 10 anos da mesma
forma. Mesmo com treinamento técnico adequado, muitos deles vão demorar a adotar a nova
metodologia, o que afeta temporariamente a produtividade. Assim, empresas costumam enfrentar
conflitos internos. Por isso, a melhor maneira de estabelecer uma mudança organizacional é fazendo
um planejamento antecipado de todas as fases, para que a transição seja a mais eficaz possível.

Como é feita uma mudança organizacional?


Com as constantes evoluções da tecnologia e das demandas do mercado,
inevitavelmente, sua empresa precisará passar por algumas mudanças durante a sua existência.
Abaixo, separamos aquelas que costumam ocorrer de forma mais natural e às quais a maioria das
organizações ficam obrigadas a se moldarem.

 Gerenciamento de processos internos


Se uma empresa quiser se manter competitiva no mercado, ela precisará modificar os
seus processos interno sem algum momento. Isso porque, até mesmo uma pequena alteração em
um processo existente, já é considerada uma mudança organizacional. Para aperfeiçoar os
processos internos, é feito o mapeamento e o monitoramento dos resultados, a fim de identificar
quais etapas funcionam bem e quais não são eficazes, de modo a alterá-las.

 Automatização das atividades


A automatização das atividades, apesar da sua simples definição, tem um impacto
gigantesco em relação à produtividade de uma empresa, e podem ser implantadas do início da linha
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de produção até as funções administrativas. Com o passar do tempo, toda organização sentirá a
necessidade de instalar máquinas mais modernas e novos sistemas de softwares para aumentar sua
produção. Essa é uma consequência natural da evolução tecnológica.

 Organização do pessoal
Estabelecer uma nova organização de pessoal talvez seja um dos tipos de mudança mais
complexos de se fazer, pois pode envolver a reorganização de equipes e dispensa de funcionários.
Essas são alterações que podem gerar conflitos, mas fornecem muitas melhorias para a empresa,
quando bem executadas. Assim, é necessário que haja uma boa comunicação com todos os
colaboradores e, principalmente, que os gestores tenham sensibilidade e inteligência emocional para
conduzir bem a situação.

 Redefinição de metas
A definição de metas é um tipo de mudança organizacional evolucionária, ou seja, surge
naturalmente e conforme a organização evolui. Muitas empresas costumam redefinir seus objetivos
em situações de dificuldade para que consigam sobreviver às crises, e é exatamente por isso que
elas costumam ser mais flexíveis que as demais.

 Reposicionamento diante do mercado


Por ter como foco aspectos estruturais, o reposicionamento de marca é considerado uma
mudança organizacional revolucionária e exige muito estudo e análises minuciosas.Em muitos
casos, ele é utilizado por empresas que desejam novos caminhos, pois consiste na avaliação do
cenário com foco em ocupar ramos diferentes, com maior demanda, ou uma área mais especializada
dentro do mesmo ramo.

 Integração de setores
Ao traçar qualquer meta e objetivo para a empresa, é essencial que os setores estejam
interligados e sejam alinhados para que o planejamento estratégico seja cumprido de maneira
eficiente. Sendo assim, uma mudança organizacional necessita que haja essa união entre as áreas
para evitar falhas e para que as ações sejam cumpridas de acordo com o plano preestabelecido.
Para isso, faça reuniões periódicas e demonstre a cada colaborador o quanto o seu trabalho é
essencial para o desenvolvimento do negócio. Isso permitirá que ele tenha uma visão mais ampla
sobre as suas tarefas e esteja mais engajado em fazer com que a organização fique em constante
crescimento. Além disso, haverá um senso de trabalho em conjunto. Isso traz, como consequência, a
redução do aspecto de competitividade interna, que podeser bastante prejudicial para o
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desenvolvimento das equipes.

 Capacitação dos colaboradores


Motivar a capacitação dos colaboradores permite muito mais do que apenas uma
mudança organizacional de forma efetiva, como também aumenta a motivação, diminui a taxa de
turnover, retém talentos e reduz o absenteísmo.Além disso, é possível fornecer treinamentos que
desenvolvam as habilidades de cada profissional, contribuindo também para um clima mais amistoso
dentro das empresas, permitindo decisões mais efetivas.

Qual é o papel do líder na mudança organizacional?


Com o objetivo de que todas as estratégias para a mudança organizacional sejam
cumpridas de forma positiva, é preciso um importante papel da liderança nessa gestão. É ele quem
conduzirá as transformações e fará com que as etapas sejam elaboradas de acordo com o
planejamento. Essa presença é essencial, pois a figura do líder é quem conhece de forma mais
exata os processos internos da empresa. Além disso, é esse profissional que orientará os
colaboradores com as novas ferramentas e os novos formatos, englobará o planejamento e as
finanças, além de contornar os conflitos já mencionados. Além disso, é o próprio líder que terá uma
visão mais ampla sobre os resultados da mudança organizacional, buscando estabelecer estratégias
que contarão com a adesão dos colaboradores para que as metas sejam alcançadas. É a partir
desse exemplo que os profissionais da empresa, independentemente do setor, buscarão por se
desenvolver profissionalmente— contando com o apoio da empresa—, terão iniciativa e pró-atividade
para contornar as situações adversas, além de estarem 100% comprometidas com os novos
processos. Conforme abordado, é essencial contar com reuniões de equipe que vão permitir que
todos estejam cientes do que está sendo feito e o por quê. E é o líder quem definirá os melhores dias
e horários, as pautas e como transmitir para aquelas pessoas o que é necessário ser feito de
maneira que vai impactar positivamente o dia a dia de todos naquele local.

Como agir diante da mudança organizacional?


Pudemos perceber que as mudanças organizacionais costumam gerar conflitos, sendo
que algumas são mais impactantesdo que outras. Apesar disso, também ficou fácil notar a
importância do papel de uma liderança durante essa transformação. Além de motivar os demais
funcionários e de apontar o melhor caminho para todos os envolvidos, o gestor precisa cuidar do
processo para garantir que a mudança seja adotada pelos colaboradores. A mudança organizacional
é uma necessidade inquestionável se você deseja sempre alcançar resultados melhores. É
necessário traçar uma boa estratégia e saber conduzir todos de forma sábia. Conforme percebido, é
169

essencial contar com treinamentos para que os colaboradores possam desenvolver as suas
habilidades, além de estarem mais engajados a contribuírem para essas novas soluções. A partir das
capacitações, os profissionais entenderão qual é o seu papel naquele contexto, além de trabalhar de
maneira mais efetiva para que as metas almejadas sejam alcançadas. Assim, o sucesso de cada um
dos tipos demudanças organizacionais se torna cada vez mais concreto, desenvolvendo a empresa e
colocando-a nos trilhos do crescimento.
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