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Simulado 31 - Intensivo I - 2021

1. Sobre o tema da responsabilidade civil do poder público, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa
CORRETA: I. A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público e das pessoas jurídicas de direito
privado prestadoras de serviço público pelos danos causados à vítima, conforme previsto na Constituição Federal,
subsume-se à teoria do risco administrativo, podendo ser excluída somente quando comprovada a existência de
caso fortuito ou força maior. II. Ao apreciar o Tema nº 362, da repercussão geral, o Supremo Tribunal Federal
assentou que a responsabilidade civil do Estado por omissão no dever de vigilância, pelos danos decorrentes de
crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, é objetiva, sendo desnecessária a demonstração do
nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada. III. Conforme decidido pelo Supremo Tribunal
Federal, em regime de repercussão geral, Tema nº 246, o inadimplemento dos encargos trabalhistas dos
empregados do contratado transfere automaticamente ao poder público contratante a responsabilidade pelo
pagamento, em razão da responsabilidade solidária do Estado, nos termos da Lei nº 8.666/93. IV. O Estado possui
o dever, imposto pelo sistema normativo, de manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade
previstos no ordenamento jurídico, devendo ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos
detentos pela falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento, nos termos do art. 37, § 6º, da CF/88.

As assertivas I, II, III e IV estão corretas.

As assertivas I, II, III e IV estão incorretas.

Apenas a assertiva I está correta.

✔ Apenas a assertiva IV está correta.

2. Considerando a jurisprudência do STJ, julgue os seguintes itens, relativos à responsabilidade civil do Estado. I O
Estado responde civilmente por danos decorrentes de atos praticados por seus agentes, mesmo que eles tenham
agido sob excludente de ilicitude penal. II A despeito de situações fáticas variadas no tocante ao descumprimento
do dever de segurança e vigilância contínua das vias férreas, a responsabilização da concessionária é uma
constante, passível de ser elidida somente quando cabalmente comprovada a culpa exclusiva da vítima. III A
responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser comprovados
concomitantemente a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade entre o evento danoso e o
comportamento ilícito do poder público. Assinale a opção correta.
Apenas os itens I e II estão certos.

✔ Apenas os itens I e III estão certos.

Apenas os itens II e III estão certos.

Todos os itens estão certos.

3. De acordo com o entendimento majoritário e atual do STJ, a responsabilidade civil do Estado por condutas
omissivas é

objetiva, bastando que sejam comprovadas a existência do dano, efetivo ou presumido, e a existência
de nexo causal entre conduta e dano.

objetiva, bastando a comprovação da culpa in vigilando e do dano efetivo.

subjetiva, sendo necessário comprovar negligência na atuação estatal, o dano causado e o nexo causal

entre ambos.

subjetiva, sendo necessário comprovar a existência de dolo e dano, mas sendo dispensada a
verificação da existência de nexo causal entre ambos.

objetiva, bastando que seja comprovada a negligência estatal no dever de vigilância, admitindo-se,
assim, a responsabilização por dano efetivo ou presumido.

4. João cumpria pena em estabelecimento prisional do Estado Alfa quando foi morto por estrangulamento
praticado por outro apenado, sendo certo que, durante o homicídio, praticado no horário de banho de sol, não
interveio qualquer agente penitenciário, presente no local,para tentar impedir a morte de João. A família do
falecido João procurou a Defensoria Pública, que lhe esclareceu que a Constituição da República de 1988,em seu
artigo 5º, inciso XLIX, assegura aos presos o respeito à integridade física e moral. Assim, seguindo a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, os filhos de João:

não devem ajuizar ação indenizatória em face do Estado Alfa, porque o caso trata de culpa exclusiva
de terceiro, qual seja, o detento que praticou o homicídio;

não devem ajuizar ação indenizatória em face do Estado Alfa, porque não incide a responsabilidade
civil objetiva, e sim devem manejá-la em face diretamente dos agentes penitenciários que foram
omissos;
devem ajuizar ação indenizatória em face do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva,
sendo inaplicável ação de regresso pelo ente federativo em face dos agentes públicos, diante da
ausência de culpa ou dolo;

devem ajuizar ação indenizatória em face do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil objetiva pela
✔ inobservência do seu dever específico de proteção previsto no citado artigo inciso da Constituição da
República de 1988;

devem ajuizar ação indenizatória em face do Estado Alfa, por sua responsabilidade civil subjetiva,
diante da omissão específica no cumprimento do dever previsto no citado artigo 5º, inciso XLIX, da
Constituição da República de desde que comprovada a existência do elemento subjetivo.

5. Segundo o entendimento majoritário do STJ, no caso de ação indenizatória ajuizada contra a fazenda pública em
razão da responsabilidade civil do Estado, o prazo prescricional é

decenal, como previsto no Código de Processo Civil, em detrimento do prazo trienal previsto pelas
normas de direito público.

quinquenal, como previsto pelas normas de direito público, em detrimento do prazo decenal contido no
Código de Processo Civil.

trienal, como previsto pelo Código de Processo Civil, em detrimento do prazo quinquenal contido no
Código Civil.

quinquenal, como previsto pelas normas de direito público, em detrimento do prazo trienal contido no

Código Civil.

trienal, como previsto no Código Civil, em detrimento do prazo quinquenal contido no Código de
Processo Civil.

6. Analise as afirmativas a seguir sobre a responsabilidade civil do Estado e dos agentes públicos. I. Fulano sofreu
danos materiais decorrentes de uma ação estatal. Nesse caso, a ação de reparação de danos, fundada no art. 37,
§6º, CR/88 pode ser ajuizada conjuntamente contra a pessoa jurídica de direito público e o agente público
envolvido. II. O servidor público não pode ser punido na esfera administrativa se foi absolvido no juízo criminal. III.
Pela má execução da obra, a administração pública responde objetivamente, ao passo que, pelo “só fato da obra”,
a responsabilidade é subjetiva. IV. A responsabilidade civil de um servidor público e a de um empregado de
empresa privada concessionária de serviço público, ambos no exercício de suas funções, é objetiva e subjetiva,
respectivamente. Nesse contexto pode-se afirmar:

Estão corretas I e IV, apenas.


Estão corretas II e III, apenas.

Estão corretas I, II, III e IV.

✔ Todos os itens estão incorretos.

7. A respeito da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta.

Segundo o entendimento do STF, no caso de omissão da atuação estatal, a responsabilidade será


sempre subjetiva, ou seja, somente existirá quando demonstrado culpa ou dolo do agente estatal.

Para a configuração da responsabilidade civil do Estado por dano, é desnecessário que o ato lesivo seja
ilícito, bastando que haja nexo de causalidade entre a ação estatal e o dano anormal e específico, ou

seja, que o dano tenha ultrapassado os inconvenientes normais da vida em sociedade, em desfavor de
pessoas ou grupos determinados.

O poder público e os concessionários de serviços públicos respondem, objetiva e solidariamente, por


danos causados aos usuários.

A tese da reserva do possível é amplamente aceita pelos tribunais superiores, principalmente no


contexto de ações que busquem impor ao poder público a obrigação de efetivar políticas públicas
previstas em lei.

Segundo o STF e o STJ, o suicídio de pessoa em cumprimento de pena dentro de estabelecimento


prisional não enseja a responsabilidade civil do Estado, por consistir em ato de iniciativa exclusiva da
própria vítima.

8. João, que cumpria pena em estabelecimento prisional após ser condenado pela prática de inúmeros homicídios,
logrou êxito em fugir. Após alguns dias escondido na mata, invadiu uma casa e matou três dos cinco integrantes
da família que ali residia, sendo preso em flagrante delito. Os sobreviventes ajuizaram ação de reparação de
danos em face do Estado, argumentando com a omissão dos seus agentes na manutenção da prisão de João e na
sua não captura, de modo a evitar a ocorrência dos fatídicos eventos. À luz da sistemática constitucional, no caso
em tela, a responsabilidade extracontratual do Estado:

não deve ser reconhecida, já que ausente o nexo causal entre a omissão e o dano, embora a

responsabilidade, nesses casos, seja objetiva, com base no risco administrativo;

deve ser reconhecida com base na teoria da responsabilidade objetiva, de contornos absolutos, que
não admite as excludentes do caso fortuito e da força maior;
deve ser reconhecida com base na teoria da falta administrativa, tendo em vista a flagrante omissão
detectada e o seu nexo causal com o dano perpetrado;

não deve ser reconhecida, já que o Estado não pode ser responsabilizado pelo dano causado por João,
já que com ele não mantinha vínculo funcional;

deve ser reconhecida com base na teoria do risco integral, cujos elementos constitutivos estão
plenamente caracterizados.

9. No que diz respeito a desvio e excesso de poder e à responsabilidade civil do Estado, julgue o item subsecutivo.
É possível responsabilizar a administração pública por ato omissivo do poder público, desde que seja inequívoco o
requisito da causalidade, em linha direta e imediata, ou seja, desde que exista o nexo de causalidade entre a ação
omissiva atribuída ao poder público e o dano causado a terceiro.

✔ Certo

Errado

10. Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa incorreta:

Segundo o STF, a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço

público, em relação a terceiros não usuários do serviço, é subjetiva.

No caso de posse em cargo público determinada por decisão judicial, entende o STF que o servidor não
faz jus à indenização sob fundamento de que deveria ter sido investido em momento anterior, salvo
situação de flagrante arbitrariedade.

Como regra, o Brasil adota a teoria do risco administrativo, segundo a qual é possível excluir a
responsabilidade diante da ausência de qualquer de seus elementos definidores.

É possível constatar divergência doutrinária quanto ao reconhecimento do caso fortuito como


excludente da responsabilidade objetiva, uma vez que parcela dos autores, para os quais ele não pode
ser considerado uma excludente, afirma que pouco importa perscrutar o porquê de o Estado ter
praticado o ato.

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