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Diferenças entre movimentos coletivos e partidos políticos:

 Movimentos coletivos – descentralizados (não estão focados/centralizados numa única


pessoa); não hierárquicos (não existe uma relação de dependência, ou seja, o exercício de um
cargo não está dependente de um órgão considerado superior).

Esperam que o Estado responda às suas pretensões sociais. Visam lutar por alguma causa
social, através de manifestações, por exemplo. Ultrapassa todas as diferenças sociais, tendo
em conta que está a causa a satisfação de uma necessidade social.

Exemplos: um conjunto de moradores resolve organizar-se para se manifestar e exigir do


poder político a criação das necessárias infraestruturas que prossuponham bons acessos
rodoviários.
Caso se verifiquem as devidas melhorias, o movimento termina a sua ação. Caso contrário,
procura continuar o seu protesto com base noutras pretensões.
Varia consoante as suas reivindicações, isto é, quanto mais alargadas, maior será a adesão às
mesmas.

A adesão a estes movimentos é voluntária, não necessitando de qualquer filiação ao


contrário do que acontece com os partidos políticos.

 Partidos Políticos – estão presentes maioritariamente pessoas que adotam a mesma


ideologia, o que prossupõe um alinhamento político-partidário dessas pessoas.
Nota:
Quando os vários ministérios estão concentrados em Lisboa, o poder está centralizado.
Quando o poder político está dividido pelos vários ministérios o poder está descentralizado.
Caso um ministério tenhas as várias secretarias de Estado espalhadas pelas várias regiões do país,
falamos em desconcentração do poder político.
A única relação de dependência presente entre o governo e o presidente da república, diz respeito ao
facto do presidente poder destituir o governo.
Dentro do governo, os ministros estão dependentes do primeiro-ministro e os secretários de estado
estão dependentes dos ministros.

Sistemas Eleitorais:
- Regras estabelecidas pela constituição que permitem conhecer todos os candidatos que são
eleitos num sufrágio.
- Podem ser maioritários ou de representação proporcional.

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Sistemas maioritários – podem ser simples (superioridade numérica dos votos/ candidato
mais votado) ou maioritário a duas voltas.
Maioria absoluta- candidato obtém mais de 50% dos votos. Caso não se verifique
numa primeira volta, é necessário uma segunda volta na um dos dois candidatos mais votados
na volta anterior deverá obter um valor superior a 50% dos votos válidos.
Maioria quantificada – ocorre quando é necessária a aprovação por mais votos do que
os da maioria simples; diz respeito a 2/3 dos votos dispersos.
Sistema de representação proporcional – um partido é obrigado a entregar uma lista
onde conste a identificação dos possíveis eleitos. De acordo com os votos obtidos pelos
partidos será atribuído o número de mandatos correspondente, sendo para isso aplicado o
método HONDT.
É da aplicação do método HONDT que muitos partidos não conseguem eleger mais um
deputado porque faltavam apenas 100 ou 200 votos.
É usado sobretudo nas democracias ocidentais e para eleger os representantes das
várias assembleias: assembleia da república, assembleia municipal, assembleia da freguesia e
parlamento europeu.

Poder local e as regiões autónomas


Em Portugal existem três níveis de exercício do poder político:
- Nacional
- Regional
- Local

 Poder político nacional: é exercido pelo governo e pela assembleia da república; aplica-se a
todo o território nacional, excluindo-se os Açores e a Madeira, caso os assuntos sejam da
competência ou do parlamento regional ou do governo regional.

A assembleia da república e o governo têm competência para imporem a sua legislação a todo
o território continental, abrangendo as regiões autónomas, em questões de defesa regional.

 Poder político regional: é exercidos pelos órgão competentes das regiões autónomas
(governo regional e assembleia regional).

Os decretos regionais aplicam-se apenas à respetiva região autónoma e o mesmo acontece às


leis emanadas pelo governo regional.

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A constituição da república afirma que estas regiões têm características geográficas,
económicas, sociais e culturais próprias e o seu desejo sempre foi terem a necessária
autonomia, daí o facto de terem órgãos regionais.
Características geográficas próprias: afastadas do continente; clima diferente e necessidades
diferentes.
Características culturais próprias: tradições, costumes, gastronomia, hábitos de vida e
atividades profissionais.
Vivem sobretudo à custa da pesca e da agricultura (e turismo), podendo afixar um preço dos
bens e serviços mais reduzido do que o que se verifica no continente.
Sujeitam-se à constituição; possuem um representante da república nomeado pelo presidente
da república.
O presidente do governo regional e os vários secretários tomam posse perante o
representante da república.

 Poder político local: é exercido pelas autarquias locais.

 As autarquias locais são entidades que estão mais próximas dos cidadãos e por isso
estão mais aptas a satisfazer as necessidades e carências, podendo intervir em
diversas áreas de atividade, como é o caso da educação, por exemplo.

 As câmaras municipais têm uma intervenção decisiva no que se refere à proteção do


parque imobiliário (conservação e remodelação de imóveis antigos; criação de vias
rodoviárias e transportes…). Algumas tentam cativar o investimento estrangeiro ou
das grandes empresas internacionais a fim de beneficiarem a nível fiscal da presença
dessas empresas multinacionais.

 No que diz respeito às assembleias municipais, nelas poderão estar presentes os


cidadãos residentes no respetivo município. Aí são aprovadas ou reprovadas as
várias propostas apresentadas pelos cidadãos ou pelos vereadores.

 Cada vereador é responsável por uma certa área de atividade. Denomina-se de


pelouro (pelouro do ambiente), o cargo/competência que um determinado vereador
tem sobre uma determinada área social. Atuam no âmbito da sua competência,
estando sempre sujeitos às orientações do presidente da câmara.

 O número de vereadores que cada câmara pode ter depende da sua localização e
extensão.

 São eleitos por sufrágio direto universal, estando recenseados nesse concelho.

 No máximo são eleitos 5 vereadores por partido. Só através de uma maioria é que
grande parte dos projetos e das iniciativas poderão ter lugar.

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 Alguns presidentes, não tendo obtido a maioria e para obterem o apoio de outro
partido, atribuem um pelouro e em contrapartida recebem o apoio desse vereador.
 Caso mais de metade dos vereadores se demitirem, são realizadas novas eleições.
Acontece com frequência por desentendimentos entre vereadores ou entre estes e
o presidente da câmara.

Autarquias locais
 Autarquias locais: possuem uma autonomia patrimonial, financeira e pessoal.

 Nível patrimonial: possuem recursos materiais que se podem traduzir em bens móveis e
imóveis. As câmaras e a juntas possuem o seu próprio mobiliário adquirido com as receitas
camarárias.

 Receitas camarárias:

o coimas (violação de posturas/ género de uma multa, mas é aplicada por câmaras
municipais ou entidades administrativas),
o impostos (IMI – imposto municipal sobre imóveis; imposto direto que varia consoante
a localização e as condições do imóvel; é pago integralmente ou em duas prestações)
o taxas municipais (recolha do lixo, serviços de eletricidade…), …

 Muitas são as câmaras que adquirem imóveis para posterior arrendamento fazendo melhorias
– bem feitorias) ou para uso próprio. Muitas utilizam-nos para socorrer pessoas desalojadas,
vítimas de catástrofes ou refugiados. Permanecem nesses locais, durante um certo período,
até serem transferidas para outros locais.

 Refugiados vão para locais da propriedade da câmara ou para património remodelado


(escolas, seminários, monumentos…).

 Investem igualmente na aquisição de imóveis para serem arrendados a jovens casais ou para
alojamento de pessoas sem o mínimo de condições de habitabilidade.

 Habitação social- Bairros sociais; custos inferiores; rendas mais baixas; melhor opção para
utilizadores com baixos rendimentos.

 Ajuste direto – a execução de uma obra fica a cargo de uma empresa e por isso é ajustado um
valor entre a entidade pública que atribuiu a obra e a respetiva empresa. Não há
transparência, podendo ate favorecer empresas de amigos e conhecidos da câmara.

 Concurso público – cada empresa apresenta a sua proposta para execução de uma
determinada obra, havendo por isso uma maior transparência.

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 Cooperativas sociais – destinam-se à classe média que por ter dificuldades de pagar um tipo
de habitação que se encontra no mercado, beneficiam destas.

 Um elemento da família compromete-se a efetuar mensalmente o pagamento da renda, a


qual se pode basear no que consta na declaração de IRS.

 Muitas são as situações me que o valor obtido pelo agregado social é muito superior ao valor
que foi fixado para a renda. Muitos rendimentos podem não estar a ser declarados em IRS ou
podem ser obtidos através da concretização de atividades ilícitas. Por exemplo: beneficiam do
subsídio de desemprego, mas exercem outra atividade.

 Nível financeiro: o valor que cada autarquia irá receber é previsto. Varia consoante o número
de habitantes e dos projetos a iniciar ou já iniciados.

 É da competência da autarquia a gestão de recursos financeiros.

 É necessário verificar se as despesas calculadas e previstas não irão sofrer alterações (no final
serem superiores do que o previsto).

 A inflação pode contribuir para o aumento do valor das matérias primas; para o aumento do
valor pago a empreiteiros e fornecedores e para uma má gestão das verbas atribuídas.

 Caso se verifique um aumento exponencial do custo da obra, a responsabilidade pode recair


sobre o presidente da câmara ( responsável último). Terá que responder em tribunal, pelo
desvio de fundos, má aplicação dos mesmos e situações de corrupção ou frade.

 Prossupõe-se uma correta elaboração do orçamento camarário. Caso haja derrapagens ou


desvios, muitos projetos poderão ser cancelados ou adiados.

 Quem aprova o orçamento camarário é a respetiva câmara municipal.

 Podem utilizar as verbas do modo que bem entender, desde que as mesmas sejam
comprovadas aquando da sua utilização.

 As autarquias locais são constituídas pela câmara municipal, assembleia municipal, assembleia
de freguesia e junta de freguesia.

 Estão mais próximas das populações e por isso podem com maior facilidade satisfazer as
necessidades e carências das mesmas.

 As questões relacionadas com a educação, cultura, saúde, ambiente, (…) são competências
atribuídas às câmaras, podendo depois, na sua execução serem delegadas nas juntas de
freguesia. As grandes questões são da competência da assembleia municipal.
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 Nas assembleias poderão assistir os munícipes do concelho, podendo colocar as suas
questões sobre diversos temas, que afetam os moradores desse concelho.

 Os assuntos dos moradores são dados a conhecer na respetiva assembleia municipal ou ao


respetivo vereador.

 Para eleições autárquicas só podem concorrer partidos políticos.

 A única eleição em Portugal em que é permitida a presença de candidatos em nome individual


é apenas a presidencial.

 Não é permitida para a eleição presidencial a existência de partidos políticos porque quem vai
exercer o cargo de presidente deverá fazê-lo de uma forma totalmente imparcial, sem estar
ligado a qualquer partido. Muitos candidatos resolvem desfiliarem-se do respetivo partido.

 Para ser presidente da câmara ou da junta de freguesia basta possuir a maioridade e estar
inscrito na lista de um partido político.

 Caso um deputado decida demitir-se, quem o substituirá é o nome que se encontra


imediatamente a seguir na lista partidária que concorreu a essas eleições.

 Um partido que elege habitualmente entre 13 e 15 deputados ao colocar o nome de uma


pessoa num lugar superior a 15, faz com que essa pessoa não tenha a possibilidade de ser
eleita e por isso é considerada não elegível.

 Vantagem de se colocar numa determinada listas partidárias nomes de pessoas (sobretudo


famosas) que não poderão ser eleitas: expressam o seu apoio publicamente e estão por
dentro das mais diversas áreas sociais.

Relações Internacionais da Democracia Portuguesa


 Antes do 25 de abril: Portugal mantinha-se isolado internacionalmente devido aos seus
territórios ultramarinos aos quais não era concebida respetiva independência.

 Após o 25 de abril: Portugal reatou alguns laços diplomáticos, visando encontrar parceiros
para estabelecer um aprofundamento económico, social e político.

 Pertencia igualmente a algumas relações internacionais visando melhorar os laços culturais e


económicos entre os Estados que pertenciam às respetivas organizações.

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Comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP): criada em 1996; tem sede em lisboa.

 Fazem parte: Angola, Brasil, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e
Príncipe, Timor e Portugal.

 Em 2014 foi aprovada a adesão da Guiné-Equatorial, cuja língua oficial é a francesa. Foi
uma adesão polémica, visto que o seu presidente não respeitava os direitos dos
cidadãos e os direitos humanos, uma vez que a liberdade de expressão e manifestação
nem sempre se verificava e a pena de morte era permitida.

 Para a permanência deste país na organização, foi dado um prazo para que se
alterasse a norma que estabelece a pena de morte e que se abrisse a democracia.

Objetivo:

 melhorar a cooperação económica, científica, tecnológica, cultural e social entre os vários


estados membros, tendo sempre como finalidade promover e difundir a língua portuguesa.

Organização das Nações Unidas (ONU):


 foi criada em 1945 e aprovada por 7 países. Tem sede em Nova Iorque, não podendo os EUA
proibir a entra a qualquer estado-membro.

Objetivo:

 manter e assegurar a paz em todos os países que fazem parte desta organização;
 garantir o respeito pela dignidade da pessoa humana promovendo a igualdade de direitos
entre homens e mulheres;
 enviar ajuda alimentar ou técnica para populações necessitadas;
 assegurar a paz não só através de negociações como também pelo envio de soldados
pertencentes a vários países (capacetes azuis).

A ONU envia observadores militares e da polícia para fiscalizarem o decorrer de eleições em várias
partes do mundo. São nesses países onde irão decorrer eleições, que temendo pela insegurança dos
eleitores, são solicitados representantes da ONU para conferirem a credibilidade ao ato eleitoral.

 Constituída por dois órgãos principais: Assembleia Geral e Conselho de Segurança.

 Assembleia: composta por todos os estados-membros, tendo cada um direito a voto.


Existe um secretário-geral que é votado pelos membros de 5 em 5 anos.

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Reúne-se geralmente em outubro, na qual cada um dos membros pode fazer uma
análise sobre a situação económica e política em todo o mundo propondo uma
atuação concreta e eficaz.
Pode ser convocada para ser analisada uma questão de interesse mundial.

 Conselho de Segurança: Composto por 15 países, sendo que 10 são eleitos pela
assembleia de 2 em 2 anos e 5 são permanentes (Reino Unido, Federação Russa,
China, Estados Unidos e França), tendo direito a veto.

Direito a veto: um país tem um direito de impedir a aprovação de uma resolução que o inclua ou a
algum dos seus parceiros.
Devido ao veto russo nunca poderá ser aprovada qualquer resolução que diga respeito à guerra com
a Ucrânia, pois estes consideram que não estão a violar qualquer norma internacional e muito menos
a carta das Nações Unidas.
Vários países da assembleia geral, pediram uma reunião para que o caso fosse debatido e analisado,
visando que a Rússia fosse condenada. A maioria votou contra a invasão russa, dando a conhecer ao
mundo que a Rússia estava isolada na sua atitude.

Reforma das Nações Unidas:


 Têm sido alvo de críticas pela falta de igualdade nos elementos que constituem o Conselho de
Segurança e nas relações estabelecidas entre a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança.

 Existência de um grupo de 5 países que detém maior poder, aos quais foi concedido o direto
de veto, sendo por isso tratados de maneira diferente. Surgiram do período pós-guerra.

 São razões políticas que levam que muitos países sejam apoiados por estes 5 no
sentido de muitas das liberações a serem tomadas necessitarem do apoio dos mesmos
o que nem sempre acontece pois existe sempre o direito de veto.

 Exemplo: Os EUA usam o veto para condenar Israel nas suas atitudes para com os
palestinianos.

 Outra crítica: o Conselho de Segurança pode aprovar e impor resoluções que se destinam a
um Estado-membro tendo por base apenas 15 países.

 A questão prende-se com o facto de como é que uma decisão destas tem apenas por
base 15 países e não é discutida na Assembleia Geral, esta que é composta por 200
membros.

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 Muitos países consideram também incorreto o facto de um veto de um Estado
conseguir inviabilizar a aprovação de uma resolução que pode até contar com a
aprovação dos restantes 14 membros.

Eficácia do direito internacional:


 Têm sido aprovadas nas Nações Unidas muitas resoluções condenando vários países, porém
não são eficazes, pois nem sempre são implementadas.

 Exemplo: Um país é condenado a respeitar os direitos humanos (autoritários) ou a


respeitar o direitos das mulheres ao ensino (Afeganistão). Uma vez condenados, não
irão sofrer qualquer consequência do incumprimento dessa resolução.

 NATO: Criada em 1949, com o objetivo de fazer face ao Pacto de Varsóvia do qual faziam
parte a União Soviética, Hungria, Polónia e Checoslováquia.

 O Pacto de Varsóvia já não existe devido: à queda do muro de Berlim, à abertura dos países
do Leste e ao facto de muitos países que o integravam pertencerem atualmente à NATO.

 Finlândia e Suécia foram os últimos a pedir a sua adesão à NATO.

 Se um país for atacado, todos os restantes membros da organização deverão ajudá-lo na


defesa da sua integridade territorial. Apesar da Guerra Fria, a instabilidade permaneceu a
nível dos vários governos, traduzindo-se num nível de grande desconfiança dos países que
integram a NATO face aos que integravam o Pacto de Varsóvia, incluindo a União Soviética.
Este período traduziu-se assim numa constante corrida aos armamentos. Terminou com o
desmembramento da União Soviética e com a adesão dos restantes países à NATO.

 Atualmente, Portugal tem participado como membro da NATO através da ajuda e colaboração
dada aos vários Estados Membros e que se pode traduzir em ajuda militar e apoio logístico
(formação e fornecimento militar).

 Atualmente, a NATO tem sido solicitada a intervir através do fornecimento de material militar
à Ucrânia, apesar desta não ser membro da organização. Procura-se então evitar o domínio
total russo (expansionismo). Ajuda do ponto de vista financeiro mais barata (os vários Estados
Membros contribuem financeiramente e militarmente).

 Consequências caso a NATO não se insurgisse contra a questão da Ucrânia e da Rússia:


alargamento do território russo, implementação da ideologia comunista, limitação ao
exercício do direito de livre expressão e formação ideológica, repressão a qualquer
manifestação contra o regime.

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 Portugal tem colaborado com a NATO através da cedência de bases militares (Açores). Servem
como paragem obrigatória para aviões de carga ou com destino para os EUA mas servem
igualmente para reabastecimento.

 Antes do 25 de abril: Portugal tentou obter apoio da NATO na guerra colonial.

A NATO mostrou-se inviável, pois vários países que a integravam eram a favor da
autodeterminação (possibilidade que é dada a um país de se exprimir ou manifestar a sua
vontade no sentido de obterem uma autonomia política ou mesmo a independência).

Portugal temia a ideologia comunista e por isso não concedia a independência às colónias. Em
Angola e Moçambique foram várias as nacionalizações (passagem das empresas do setor
privado para o público) realizadas após a independência.

 A NATO tem como grande objetivo assegurar e manter os valores democráticos, sobretudo a
liberdade de expressão e evitar o expansionismo do comunismo ou das ideias adotadas pela
federação russa.

Organização para a cooperação e desenvolvimento económico (OCDE) –


 Foi criada em 1961(sede em Paris) e Portugal aderiu nesse mesmo ano.
 Permite apenas a adesão de países desenvolvidos e democráticos e procura incentivar o
desenvolvimento de setores considerados fundamentais para o funcionamento de uma
sociedade.

Sociedades pluralistas e multiétnicas


 Uma sociedade é pluralista quando há a possibilidade de os cidadãos poderem manifestar as
suas convicções e ideias a nível cultural, político, económico, social…

 Não encontramos esta situação nos países ditatoriais ou autocráticos.

 Portugal é um país pluralista pois os cidadãos podem manifestar as suas ideias de uma forma
livre e espontânea.

 A expressão máxima de Estado pluralista prende-se com a possibilidade que é dada aos
cidadãos de elegerem os deputados das várias assembleias.

 Uma sociedade que se diga pluralista deve aceitar e respeitar as várias minorias étnicas que
muitas vezes são discriminadas e como tal não têm os seus direitos totalmente reconhecidos
pelos cidadãos.

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 Principais grupos minoritários que fazem parte das sociedades pluralistas ocidentais: minorias
étnicas, não étnicas e sociais (MINORIAS NACIONAIS).

 Minorias étnicas: discriminação racial.

 Minorias não étnicas: mulheres, deficientes e homossexuais.

 Minorias sociais: grupos sociais que tendo rendimentos considerados inferiores não
conseguem subir na escala social (o que ganham apenas serve para comprar o suficiente para
satisfazerem as suas necessidades básicas e por vezes nem tanto).

 Principais argumentos a favor do reconhecimento de direitos diferenciados de grupos:

- Argumento da igualdade : visa eliminar as desigualdades e desvantagens que elas sofrem em


relação à maioria (ex: discriminações a nível salarial entre homens e mulheres).

- Argumento dos acordos históricos: os países ocidentais devem honrar os acordos históricos
que fizeram com minorias nacionais que se traduzem geralmente pelo direito à não
interferência no seu modo de vida.

- Argumento do valor da diversidade cultural: existência de diferentes estilos de vida e de


opções diversificadas ao dispor dos cidadãos. Toda a sociedade fica mais enriquecida se
houver diversidade cultural.

Os direitos das minorias étnicas


 Nem sempre as minorias étnicas foram respeitadas nos seus direitos, tudo dependente do
regime político. O poder político tem a necessária força para impor a sua vontade.

Caso do Brasil na defesa dos direitos dos índios e caso da Birmânia onde os direitos estão a
ser claramente violados.

Direitos de autogoverno
 Direitos de autogoverno: são um conjunto de normas jurídicas que têm como finalidade
reconhecer o direito das minorias nacionais e podem consistir na concessão de autonomia a
esse território.

Caso da Catalunha e do país Basco. Ambas possuem um governo próprio que deve obedecer à
constituição espanhola.

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Ambos os governos não podem aprovar um referendo no qual os cidadãos afirmem se
pretendem continuar a permanecer a Espanha, pois isso seria ilegal uma vez que não é
permitido pela constituição espanhola.
O mesmo acontece com os Açores e a Madeira no caso português.

 Caso alguma das regiões anteriormente referidas pretendesse tornar-se independente, tal
teria repercussões não só para essa região mas igualmente para o país em causa.

 O respeito pelo direito das minorias é desde logo garantido pela concessão de autonomia. Os
seus valores e o seu modo de vida fazem com que justifique essa tal concessão de autonomia.

Possuem sempre um governo e uma assembleia própria, estando sempre sujeitos à


constituição do país do qual fazem parte. Adquirir autonomia é então diferente de ser
concedida independência a uma determinada região.

Uma região que proclame a sua independência tem todas as condições para criar um governo
próprio, possuir a necessária soberania para manter laços diplomáticos com outros países,
manter relações internacionais e oficiais nas mais diversas áreas nomeadamente na cultura,
justiça, segurança, comércio (…).

Direitos Poliétnicos
 Direitos Poliétnicos: conjunto de normas jurídicas que têm como finalidade reconhecer os
direitos de várias minorias étnicas e os princípios culturais que as orientam.

 Medidas que visam satisfazer esses direitos:

 Todos os grupos étnicos a viver em Portugal têm direito à aprendizagem da língua e à


realização de uma prova que comprove o domínio da língua. Esta medida visa facilitar a
integração dos emigrantes e migrantes, sobretudo a nível de oportunidades de trabalho.

 Fornecer aos emigrantes nomes de instituições a quem poderão reconhecer para


verem os satisfeitos os seus direitos, reclamando ou reivindicando os mesmos.

 Garantir através da legislação própria alguns direitos próprios das suas comunidades,
os quais se estendem a festas, eventos, tradições dos seus países de origem, podendo
gozar de folgas em detrimento dessas atividades. Exemplo: jejum islâmico (ramadão).

 Isentar o cumprimento de certas regras. Ex: Tem- se presente o vestuário obrigatório


para as mulheres dos países árabes (estarem cobertas como manda a lei). Muitas dessas
mulheres passam então a poder adotar um traje ocidental bem diferente daquele
imposto no seu país (Irão, Afeganistão). Muitas tentam até regressar ao seu país de

 origem para impor esta mentalidade e esta mudança, sendo por isso perseguidas e
detidas.
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