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Aes 2009 Lumertz
Aes 2009 Lumertz
Este artigo foi reproduzido do original entregue pelo autor, sem edições, correções e considerações feitas pelo comitê técnico deste evento.
Outros artigos podem ser adquiridos através da Audio Engineering Society, 60 East 42nd Street, New York, New York 10165-2520, USA,
www.aes.org. Informações sobre a seção brasileira podem ser obtidas em www.aesbrasil.org. Todos os direitos reservados. Não é permitida
a reprodução total ou parcial deste artigo sem autorização expressa da AES Brasil.
___________________________________
APLICAÇÃO CORRETA DA POTÊNCIA EM DRIVERS E TWEETERS:
UMA ANÁLISE DE DENSIDADE ESPECTRAL EM FILTROS APLICANDO SINAL DO TIPO
RUÍDO ROSA
RESUMO
Neste trabalho são apresentados conceitos que permitirão ao profissional de áudio determinar que
potência poderá ser aplicada, com segurança, nos terminais de um driver ou tweeter quando o
mesmo for utilizado em um sistema com crossover ativo, a partir da especificação de potência dada
pela normas especificadas com crossover passivo, e pela freqüência de corte mínima sugerida pelo
fabricante. Além disto, será possível calcular esta mesma potência para quaisquer combinações de
filtros associados em cascata. O presente trabalho também oferece subsídios para propor
modificações na atual norma em vigor.
LUMERTZ DENSIDADE ESPECTRAL EM FILTROS
0 INTRODUÇÃO 1
0.8
0.4
-0.2
-0.6
0.6
-0.4
-1
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0.8
0.4
-0.2
-0.8
permanentes. -1
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
1.1 Determinístico 2
2σ
-0.2
-1
0 50 100 150 200 250 300 350
7º CONGRESSO / 13ª CONVENÇÃO NACIONAL DA AES BRASIL, SÃO PAULO, 26 A 28 DE MAIO DE 2009
LUMERTZ DENSIDADE ESPECTRAL EM FILTROS
Watt
D = = Watt ∙ s = Joule = Energia
Hertz
(1)
Figura 5 Ruído branco em um analisador por bandas.
É importante observar que a função contém informação
de magnitude, porém não de fase.
A seguir é apresentada uma tabela com alguns dos 2.1.2. Ruído rosa:
ruídos mais conhecidos e as funções que as descrevem: O ruído rosa destaca-se por possuir um decaimento
constante de energia por banda de freqüência proporcional
Tabela 1 Funções de densidade espectral de ruídos conhecidos (espaçadas logariticamente). Por exemplo, a cada oitava
[1]. (2.f), temos um decaimento de 3 dB, ou para bandas de
décadas o decaimento é de 10dB.
Função de densidade Nome Exemplo
espectral
Ruído
Constante Térmico
1
branco
Ruído rosa Flicker
1 Ruído
Popcorn
marrom ou
(pipoca)
1
vermelho
.
Sem nome Ruído
genérico galáctico
Sem nome Ruído Figura 6 Ruído rosa em um analisador por freqüências.
Forma irregular
genérico atmosférico
Este ruído é muito útil no segmento do áudio pois, a
2.1.1. Ruído branco: maioria dos instrumentos analisadores de espectro
O nome vem da similaridade com o espectro de trabalham por bandas de oitava, sendo este então o sinal
freqüência da cor branca. Como exemplos de utilização ideal para este tipo de equipamento, pois o ruído rosa
pode-se citar medições de vibrações mecânicas, criação de mantém todas as bandas de oitava com a mesma energia,
efeitos especiais, na medicina, ou até para mascarar compensando e tornando-se um ruído de amplitude
propositalmente outros sons. constante para estes medidores.
Este tipo de ruído possui energia constante para qualquer
freqüência:
Figura 4 Ruído branco em um analisador por freqüências. Além do motivo acima citado, o ruído rosa é muito
utilizado no áudio pela sua semelhança no espectro de
Porém, ao ser analisado por um analisador por bandas freqüências com os sons da natureza, e inclusive com sons
proporcionais (espaçadas logariticamente), observamos que de instrumentos musicais, pois, em geral, as freqüências
a energia aumenta 3dB a cada oitava, ou 10 dB a cada fundamentais não passam de 5 kHz, acima disto existem as
década. Isto acontece pois as bandas de maiores harmônicas, que possuem energia menor a medida que sua
freqüências possuem mais energia do que as de menores ordem aumenta. Como exemplo, é possível observar, na
freqüências. figura 8, três tipos de instrumentos diferentes. Em todos
temos um espectro de freqüência similar ao do ruído rosa.
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Watt. s
P = = Watt = Potência
s
(3)
2.2.1. Exemplo:
Como calcular a densidade espectral de potência do
ruído rosa em uma banda de freqüências de 10Hz a 10KHz.
A função densidade espectral do ruído rosa é descrita
Figura 10 Configuração de montagem da norma NBR 10303 para
por: transdutores que necessitem algum circuito extra [5].
1
D).)*+, = Joules
f
Descrição: O sinal deve ser gerado por um gerador de
(4) ruído rosa com uma banda de 20 a 20000Hz, e então passar
por um circuito ceifador, com o objetivo de manter o fator
Para calcular a potência média em uma faixa de de crista em 6dB. O sinal então passa por um filtro passa-
freqüências definida, é necessário integrar em relação à banda de primeira ordem com faixa de trabalho entre 60 a
faixa de freqüência a função (4) acima: 4000Hz (o circuito esta descrito na norma). Então o sinal é
amplificado e entregue ao corpo de prova (transdutor). O
%----
1
sinal medido é a tensão RMS na saída do amplificador
P).)*+, = ∙ df
f E45+
(5)
%-
P=
Z578
(7)
10000
P).)*+, = ln . 0 = 6,91 Watts
10
(6)
Então, é possível dizer que a potência média desde sinal E45+ = 9P ∙ Z578 (8)
é 6,91W. É interessante observar que a área abaixo da
função do ruído rosa com seus limites estipulados é Caso o transdutor necessite de um circuito adicional,
análoga a potência média do sinal. como um filtro, que não faça parte integrante do mesmo, o
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E
P=
fabricante deve especificá-lo, passando a fazer parte
Z578
integrante do transdutor durante o ensaio (figura 10). (9)
E
filtro ativo todos aqueles dispositivos que filtram antes da
Z578 E P
amplificação (figura 13), e por sua vez, de passivo os
X= = = ∴ P = X ∙ P%
E% E% P%
filtros que são usados após a amplificação (figura 12).
(10)
Z578
Também como convenção a potência será ajustada a partir
do amplificador, e calculada a partir da tensão lida pelo
voltímetro em relação a impedância mínima da carga onde Onde X é o fator de multiplicação.
Então, : = 9(A% ∙ B) ∙ ;<=> = 9A ∙ ;<=>
será aplicado o sinal, de acordo com o que os ensaios de
potência especificam (9):
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5 CÁLCULOS
Como foi visto anteriormente, experimentalmente é
possível obter uma relação entre as duas formas de Figura 16 Ligação do transdutor ao filtro.
utilização. O presente trabalho apresenta duas formas de
----
1
P).)*+, = ∙ df
equacionar este problema (métodos I e II), bem como
f
fornece tabelas úteis para qualquer freqüência de corte ou (13)
associação de filtros. --
20000
Para realizar tal procedimento, será utilizado o conceito
AD.DEFG H=IJKGLE = MN . 0 = 4,60 P
200
de densidade espectral de potência, visto anteriormente. (14)
5.1 Método I.
Desta maneira, agora é possível calcular a relação
Basicamente, a idéia deste cálculo é comparar as
existente entre a potência média com e sem o filtro,
potências duas faixas de freqüências diferentes do sinal
obtendo assim um fator de multiplicação.
tipo ruído rosa da mesma forma feita no exemplo de
6,90 = 100%
cálculo de densidade espectral de potência realizando
4,60 = B %
anteriormente (item 2.2.1).
B = 66,67%
(15)
5.1.1. Exemplo prático: Método I.
Neste exemplo, um transdutor receberá um sinal do tipo
Isto significa que utilizando o filtro passivo, a carga
ruído rosa e será comparada a utilização ou não de um
recebe apenas 66,67% da potência média do sinal não
filtro passivo do tipo passa-altas e freqüência de corte em filtrado.
200Hz.
É de suma importância notar que não houve perda de
Em todos os exemplos o filtro é ideal, não apresentando
potência no filtro, pois ele é ideal. O que acontece é que a
perdas. A carga, representada pelo transdutor, será
impedância na saída do sistema muda quando o filtro é
considerada resistiva para facilitar o calculo.
conectado. Como o sinal aplicado é um ruído que contem
todas as freqüências, teremos uma tensão RMS menor na
carga (E2) em relação à entrada (E1) (figura 17).
No caso do amplificador ligado diretamente na carga Figura 17 Ruído rosa aplicado em um filtro LC passivo com uma
(figura 15), teremos a seguinte potência média: carga resistiva.
----
1
P).)*+, = ∙ df
Ou seja, não existe perda, apenas a corrente RMS do
f
(11) amplificador diminuí, pois a densidade espectral de
- impedância (Z) da carga ligada ao amplificador aumenta,
20000
reduzindo assim a potência média fornecida à carga.
P).)*+, = ln . 0 = 6,91 W
20
(12) Outro fato que é importante frisar: não foi utilizada a
resistência da carga em nenhum calculo, permanece a
mesma nos dois casos, e o objetivo é estabelecer um fator
Na segunda situação, onde o filtro passivo é conectado de proporcionalidade entre o uso ou não do filtro (16).
ao circuito (figura 16), a potência será (14):
:SE< H=IJKE
ASE< H=IJKE :SE< H=IJKE
= U = V W
AFT< H=IJKE :FT< H=IJKE :FT< H=IJKE
(16)
U
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ZKTF[IJ () = ZD.DEFG (). \]H=IJKE ()\
Filtro 12dB/oct
-20
Filtro ideal
(17)
-30
-50
rosa, não sendo realizável na prática, sendo necessário a
alocação de vários pólos e zeros intercalados [1]. Porém,
-60 para fim de calculo de potência, as funções são válidas.
Neste ponto será calculada a potência média integrando
-70
a equação acima em relação à faixa de freqüência do
gerador de ruído branco, neste caso, 20Hz a 20KHz.
-80
2 3 4
----
10 10 10
(18)
-
Figura 18 Comparação entre a resposta de um filtro ideal em
relação ao real.
Para modelar um sistema real, foi desenvolvido neste Desta forma, é possível fazer como mostrado
artigo um segundo método mais completo em que é anteriormente, calcular a potência com o ruído rosa puro, e
possível cascatear diversos filtros obtendo a resposta final. depois com o ruído rosa multiplicado pelo filtro.
----
AD.DEFG = ZD.DEFG () . _
5.2 Método II.
Como foi visto anteriormente, apenas integrar o sinal na - (19)
freqüência pode não representar completamente a
----
AD.DEFG H=IJKGLE = ZD.DEFG (). |]()| . _
realidade, já que o filtro pode ter diversas topologias. Para
isto, com o auxílio do Matlab®, foi desenvolvido um (20)
cálculo mais complexo que possibilita calcular o resultado -
AD.DEFG = 100%
do cascateamento (multiplicação) de filtros com quaisquer
AD.DEFG H=IJKGLE = B%
características. Para o presente trabalho, será utilizado o
filtro tipo Butterworth, que possui fator de qualidade igual (21)
a 0.7. A técnica a seguir pode ser aplicada a qualquer filtro,
desde que conhecida sua função de transferência, ou que,
Sendo X, novamente, a razão entre utilizar ou não o
ao menos, se tenha a curva de resposta em freqüência do
filtro passivo.
mesmo.
A vantagem neste caso é que é possível utilizar as mais
variadas topologias e quantidades de filtros.
5.2.1. Teoria
A idéia deste cálculo parte da anterior, onde era feita 5.2.2. Exemplo prático: método II
uma integral da função de densidade espectral do sinal em
um limite dado no domínio freqüência. Entretanto, agora, Para exemplificar este segundo método, será utilizado o
qualquer tipo de ruído será gerado a partir do ruído branco mesmo exemplo de filtro anterior, porém serão adicionadas
(densidade espectral constante) e então filtrado de acordo características reais de topologia. Então, o filtro será um
com suas características. Pode-se entender como um Butterworth de 2ª ordem com freqüência de corte em
cascateamento de filtros (figura 19). 200Hz.
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-10
O módulo da função de transferência pode ser descrita
da seguinte maneira: -20
1
|](`)| = ]() =
-30
a1 + .c 0
.>
-40
dB
(22) -50
-60
1
|](`)| = ]() =
Ruído Rosa
-70 Filtro 12dB/oct
a1 + .2000
.
Filtro ideal
-80
(23) 20 100 200 400 700
Log(Hz)
d g
0.01
Ruído Rosa
Filtro 12dB/oct
0.008 Filtro ideal
----
1
AD.DEFG = ∙ _
0.004
(25)
- 0.002
20000
AD.DEFG = MN . 0 = 6,91 P
20
0
(26) 0 100 200 300 400 500 600 700
Hz
a1 + .2000
- (27) potência em que os transdutores foram submetidos a um
d g
filtro passa-altas Butterworth com freqüência de corte em 5
6,90 = 100%
kHz) é para evitar efeitos mecânicos que possam interferir
4,60 = X%
no ensaio onde a análise é puramente elétrica, como, por
X = 66,67%
exemplo, a ventilação forçada provocada por um
(28)
deslocamento maior do conjunto móvel devido a baixas
freqüências.
5.2.3. Comparação dos resultados
Como é possível notar comparando os exemplos práticos
pelos métodos I e II, os resultados foram idênticos mesmo
com a adição de varias características do filtro. Ou seja, ao
observar o gráfico da figura 20, a área abaixo do gráfico do
filtro ideal (azul) é igual a área abaixo do gráfico do filtro
real (verde), apesar de, ao ser visualizado na escala
logarítmica, não parecer.
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80
60 gráfico do ruído rosa sem filtro (rosa).
40
Filtro HPF 5KHz 12dB/oitava
Ruído Rosa aplicado a filtros tipo passa-altas
20 Filtro HPF 5KHz 48dB/oitava -20
Ruído rosa
0 HPF 500Hz 12dB/o
-25
3
255
507
759
1011
1263
1515
1767
2019
2271
2523
2775
HPF 1000Hz 12dB/o
HPF 1200Hz 12dB/o
-30 HPF 2000Hz 12dB/o
Tempo (s)
-35
dB
Figura 22 Dois ensaios de potência comparando um transdutor
utilizando um filtro HPF com Fc em 5KHz com 12dB/oitava, e outro -40
com 48dB/oitava
-45
-9
Frequência
Método I Método II 20 60 4K 20K
de corte [Hz] Log(Hz)
500 53,40% 53,40% Figura 24 Filtro padrão da norma ABNT NBR 10303.
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6,91 P
∙ 100% = 300%
Ruído Rosa + Filtro da Norma ABNT aplicada a filtros tipo passa-altas
2,30 P
-20
Ruído rosa com filtro ABNT (32)
-25 HPF 500Hz 12dB/o
HPF 1000Hz 12dB/o
HPF 1200Hz 12dB/o Lembrando que esta proporção é simplesmente a
-30 HPF 2000Hz 12dB/o
potência do sinal ruído rosa em uma faixa de 20 Hz a 20
-35 kHz, em relação a uma década de qualquer faixa de
dB
0 -25
dB
-30
-5 -35
-40
dB
-10 -45
-50
0 1 2 3 4
10 10 10 10 10
-15 Log(Hz)
Filtro NBR
Filtro NBR + HPF 8KHz
Figura 27 Três filtros passa-faixa espaçados por décadas
-20 diferentes aplicados em um sistema da P.R AES2. Obs.: as três
20 60 4000 8000 20000
Log(Hz) décadas contem a mesma energia.
8 CONCLUSÕES:
7 UTILIZANDO O FILTRO DA P.R AES2-1984
(R2003) O consumidor deve ter em mente que é incorreto aplicar
a potência definida pelo fabricante através da norma NBR
Quando o transdutor é especificado pela prática 10303 diretamente no transdutor, no caso de drivers e
recomendada AES2-1984 (r2003), que é um ensaio tweeters, sendo necessário o entendimento do tema tratado
realizado por filtros ativos, a potência indicada é a mesma neste artigo.
que se deve aplicar diretamente na bobina. O interesse
pode surgir caso o usuário necessite utilizar um filtro Há como calcular, com precisão, a densidade espectral
passivo. Então, a tensão RMS calculada em relação a de potência nos mais diversos casos. E o resultado pode ser
impedância mínima será maior e, conseqüentemente, a
potência (P =
yz{|}
aplicado diretamente no caso de conversão entre um
~{
) será maior. Como nesta P.R os filtros sistema ativo e passivo.
são determinados em décadas de freqüência, todas contém
Transdutores em geral costumam falhar por duas
a mesma energia. Por exemplo, em uma década de 100 Hz
situações: alto deslocamento, onde a parte mecânica é
a 1000 Hz, temos:
afetada, e excesso de potência, em que a parte elétrica é
----
afetada. Todas as conclusões neste trabalho se referem
AD.DEFG = ZD.DEFG () . _ = 6,91 P
única e exclusivamente as falhas por motivos elétricos,
(30)
-
onde os valores de tensão e corrente eficazes produzem
grande influência na temperatura do transdutor. É
%---
imprescindível entender que ao utilizar freqüências mais
AéSGLG LE D.DEFG = ZD.DEFG () . _ baixas do que a especificada pelo fabricante, haverá efeitos
%--
= 2,30 P
(31) mecânicos (alto deslocamento) que anulam qualquer
conclusão tirada deste artigo.
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próximas à freqüência de corte do filtro a ser analisado, é passo-lhe a responsabilidade por qualquer eventual erro
possível que haja diferenças devido à assimetria do conceitual no presente trabalho.
espectro.
Porém, um filtro de baixo slope possui grande influência
sobre os defeitos mecânicos do transdutor, pois permite 11 REFERÊNCIAS
que mais componentes de baixa freqüência cheguem ao
corpo de prova, gerando um deslocamento excessivo. [1] FILHO, Sidney Noceti - Fundamentos sobre ruídos –
UFSC.
As equações e ferramentas geradas neste artigo podem [2] PIERSOL, Bendat – Random Data: Analysis and
servir tanto para configurar sistemas simples, como measurement procedures 2nd edition – John wiley &
também distribuir corretamente as potências médias entre Sons.
as vias de caixas acústicas. [3] Olson, Harry Ferdinand - Music, physics and
engineering - second edition, Courier Dover
É necessário rever a norma brasileira NBR10303 em Publications, 1967.
relação a sua faixa de freqüência, pois como foi visto nos [4] ABNT, NBR10303 MAIO/1988 – ALTO-
últimos tópicos, em vários casos o corpo de prova FALANTES – Comprovação de potência elétrica
(transdutor) trabalha em uma região fora da faixa de admissível.
freqüência do filtro da ABNT. [5] Audio Engeneering Society, Recomended pratice
AES2 1984 (r2003)
Com a utilização do filtro da ABNT é notável que filtros [6] SETTE, Homero – Crossovers passivos de 2a ordem
com freqüência de corte alta possuem uma densidade em sistemas duas vias. – Apresentado na IX AES
espectral muito pequena em relação ao mesmo filtro com Brasil (11 a 13 de abril de 2005).
ruído rosa puro, isto se deve ao filtro passa-banda da norma [7] SETTE, Homero – Potência “RMS” ou Potência
ser muito estreito. média ? - Apresentado na VII AES Brasil (7 a 9
junho de 2004).
Utilizar a relação com um sinal musical pode levar o [8] SETTE, Homero;FILHO, Sidney Noceti; Dalcastagnê,
transdutor a receber grandes potências instantâneas nas André Luiz – Um novo filtro para a norma ABNT.
freqüências de passagem do filtro, porém estas [9] SETTE, Homero; Limitando a Potência em Drivers e
representarão picos com duração ínfima, ou seja, possuem Alto-Falantes – Apresentado na IX AES Brasil (11 a
uma enorme potência, porem baixíssima energia, não 13 de abril de 2005).
afetando eletricamente o transdutor. Caso o filtro esteja
mal dimensionado em relação à freqüência de corte, poderá
haver danos devido à passagem de baixa freqüência com
grande amplitude, gerando deslocamento excessivo no
conjunto móvel.
9 TRABALHOS FUTUROS:
O autor sugere simulações de outras topologias e
associações de filtros, bem como utilizar a curva de
impedância do transdutor para calcular a curva de tensão
real da saída do filtro (com o transdutor ao invés de uma
carga resistiva).
10 AGRADECIMENTOS:
Agradeço a eletrônica SELENIUM pelo suporte,
equipamentos e conhecimentos adquiridos, e ao professor
Homero Sette pelas vastas discussões sobre o assunto, por
ensinar dia-a-dia a tão complicada lei de ohm, e pelas
grandes contribuições feitas ao assunto tratado. Também
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