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DO PROF.

Allan

Prof° Allan D. R. S. Montanhaur

Hematologia e alterações
sanguíneas: uma visão geral sobre
o sangue e suas alterações

2022
DO PROF. Allan
DO Prof. ANDERSON

SUMARIO
• Apresentação..............................................................................................04
• Objetivo.......................................................................................................05
• Sangue (série vermelha).............................................................................06
• Corantes hematológicos.............................................................................15
• Técnicas de realização do esfregaço sanguíneo.........................................22
• Problemas nos esfregaço sanguíneo..........................................................30
• Hematócrito................................................................................................39
• Reticulograma.............................................................................................60
• Anemias......................................................................................................64
• Identificação das células sanguíneas da série branca................................95
• Sindromes da série branca.......................................................................109
• Plaquetograma..........................................................................................174
DO Prof. ANDERSON

Apresentação
Apostila elaborada para ministrar aula de
Hematologia para turmas do curso de
Farmácia da Faculdade Anhanguera do Ouro
Verde, Campinas, ano de 2022.

Prof. Me Allan D. R. S. Montanhaur


Campinas, 2022
DO Prof. ANDERSON

Objetivo
Visão geral do sangue, suas formas de
coloração, preparação de esfregaço para
identificação das células sanguíneas.
Interpretação de um hemograma completo
para avaliação de suas possíveis alterações e
enfermidades

Prof. Me Allan D. R. S. Montanhaur


Campinas, 2022
O sangue é um tipo de tecido conjuntivo que se destaca por apresentar-se
como um fluído de cor vermelha e viscoso. Caracteriza-se por apresentar
uma matriz líquida (plasma), em que se encontram suspensos os elementos
celulares do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas).

Função:
O sangue apresenta diversas funções no corpo, garantindo, por exemplo:
- Transporte de nutrientes;
- Transporte dos gases respiratórios;
- Transporte de resíduos do metabolismo;
- Defesa e imunidade por meio da ação dos leucócitos;
- Coagulação sanguínea por meio da ação das plaquetas.
SÃO AS ÚNICAS CÉLULAS ANUCLEADAS, OU SEJA NÃO POSSUEM NÚCLEO E
DESSE MODO NÃO APRESENTAM MATÉRIAL GENÉTICO EM SEU INTERIOR.

POSSUEM UM TEMPO DE VIDA DE APROXIMADAMENTE 100 DIAS

EM UM HEMOGRAMA NORMAL SÃO ENCONTRADAS DE 3 A 4 MILHÕES/CM3


As hemácias apresentam como função principal o transporte do oxigênio
obtido pelo sistema respiratório e leva-lo para todo o corpo humano.
Também é papel das hemácias retirar o gás carbônico produzido pelas células
para que ele possa ser eliminado do organismo.
Hematose garante a remoção do gás carbônico e a incorporação do
oxigênio no sangue, promovendo a transformação do sangue venoso
em arterial.

A hematose ocorre nos alvéolos pulmonares. Hematose é o nome


dado às trocas gasosas que ocorrem nas superfícies respiratórias dos
seres vivos.
A hematopoese, também conhecida
como hemocitopoese ou hematopoiese é o processo de renovação
celular do sangue por meio de processos mitóticos, pois estas células
possuem vida muito curta. Esse processo ocorre nos órgão
hemocitopoéticos (ou hematopoéticos).

As primeiras células sanguíneas do embrião surgem muito


precocemente, no mesoderma do saco vitelínico. Posteriormente,
o fígado e o baço funcionam como órgãos hemocitopoéticos
temporários. Entretanto, no segundo mês de vida intra-uterina, já é
iniciado o processo de ossificação da clavícula e tem início a formação
da medula óssea, que se torna cada vez mais importante como órgão
hemocitopoético.
O azul de metileno é um corante básico que reage com componentes ácidos
das células e tecidos, assim o material fica predominantemente azul.

A eosina é um corante ácido que reage com componentes básicos das células
e tecidos, assim o material fica predominantemente vermelho ou rosado.
Eosina solução estoque
✔ Eosina alcoólica
Eosina a 1% (Solução Estoque)
1 g de eosina Y
20 ml de água destilada
80 ml de álcool etílico a 96%
✔ Eosina (Solução de trabalho)

100 ml de eosina a 1%
400 ml de álcool etílico a 96%
0,5 ml de ácido acético glacial
Para a preparação da solução estoque, diluir a eosina na água
destilada, filtrar após
adicionar o álcool. Já na solução para uso, após diluir a solução de
eosina 1%, adicionar
o ácido acético glacial e filtrar. O ácido acético permite ajustar o pH
da solução para
valores próximos de 5.
✔ Eosina aquosa

1 g de eosina Y
100 ml de água destilada
Após a dissolução da eosina na água, adicionar umas gotas de formol
para evitar
o crescimento de fungos. A adição de 0,5 ml de ácido acético a cada
500 ml de solução,
ajusta o pH para valores próximos de 5
✔ AZUL DE METILENO

Azul-de-metileno
Citrato de sódio, dihidratado
Água destilada
Dissolver o azul-de-metileno (aprox.1g) em água destilada (10ml).
Adicionar o citrato
de sódio (di-hidratado) (2g) e agitar até dissolução completa. Filtrar
com a ajuda de
um papel de filtro e adicionar o volume filtrado a 100 ml de água
destilada.
O objetivo do esfregaço é confeccionar uma lânima com uma fina camada
de sangue que posteriormente é corada de forma a permitir que as
diferentes células do sangue sejam examinadas ao microscópio

Uma gota de sangue é colocada diretamente sobre uma lâmina de vidro e


espalhada em uma camada fina pela sua superfície.

Isso é obtido espalhando-se a gota de sangue com a borda de uma lâmina


histológica ao longo de outra lâmina, com o objetivo de produzir uma
monocamada de células.
O hematócrito, também conhecido como Ht ou Hct, é um parâmetro
laboratorial que indica a porcentagem de células vermelhas, também
conhecidas por glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos, no volume
total de sangue, sendo importante para identificar e diagnosticar algumas
situações.
Valores de referência do hematócrito
Os valores de referência do hematócrito variam de laboratório,
mas geralmente o valor normal do hematócrito é:

Mulher: entre 35 e 45%. No caso das mulheres grávidas, o


valor de referência normalmente é entre 34 e 47%;

Homem: entre 40 e 50%;

Crianças a partir de 1 ano: entre 37 e 44%.


hematócrito baixo
O hematócrito baixo pode ser indicativo de:

Anemia;
Sangramento;
Desnutrição;
Falta ou diminuição de vitamina B12, ácido fólico ou ferro;
Leucemia;
Excesso de hidratação.
hematócrito alto
O hematócrito alto pode ser indicativo de:

O aumento do hematócrito pode acontecer principalmente


devido à diminuição da quantidade de água no sangue, havendo
o aumento aparente da quantidade de hemácias e hemoglobina,
sendo essa situação consequência de desidratação.
hematócrito alto
O hematócrito alto pode ser indicativo de:

Além disso, o hematócrito pode estar aumentado nas doenças


pulmonares, doenças cardíacas congênitas, quando há baixos
níveis de oxigênio no sangue ou nos casos de policitemia vera,
em que há aumento da produção e, consequentemente, excesso
de hemácias circulantes
o eritrograma também avalia a concentração de
hemoglobina, que é a proteína presente no interior das
hemácias responsável por transportar as moléculas de
oxigênio através da corrente sanguínea.

Isso ocorre porque esta proteína possui em sua estrutura


átomos de ferro que se ligam ao oxigênio.
O ferro da hemoglobina também é responsável pela
coloração vermelha do sangue.

Quando a concentração de hemoglobina em uma amostra


proveniente de um adulto registra valores inferiores a 12,5
gramas por decilitro pode-se considerar que esta pessoa
apresenta um quadro de anemia.
ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA

• VCM: VOLUME CORPULAR MÉDIO


• HCM: HEMOGLOBINA CORPULAR MÉDIO

• RDW: LARGURA DE DISTRIBUIÇÃO DAS HEMÁCIAS


ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA

• VCM: VOLUME CORPULAR MÉDIO

Teste em que é analisado o tamanho médio das hemácias,


medido em femtolitros (fl, que equivale a 1000 mL). Para
ser considerada normal, uma hemácia deve ter de 80 a 100
fl, sendo chamada de normocítica.
ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA

• E quando o VCM está baixo, o que significa?

Quando o nível do VCM está baixo, significa que


as hemácias estão pequenas e são denominadas
microcíticas, indicando, por exemplo, condições
como anemia por deficiência de ferro, talassemia e
doenças crônicas.
ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA

• E quando o VCM está alto, o que significa?

Quando o nível de VCM está alto significa que as


hemácias estão maiores que o tamanho habitual e
são denominadas macrocíticas e pode indicar
algumas condições, como, por exemplo, a anemia
por deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico.
ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA

• HCM: HEMOGLOBINA CORPULAR MÉDIO

representa o peso médio da hemoglobina nas hemácias, em


picogramas.

Seus valores de referência variam, para adultos, de 27 a 32 pg,


sendo chamado de normocromia.
ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA

• HCM: HEMOGLOBINA CORPULAR MÉDIO

HCM alto
Quando os valores estão acima de 34 picogramas no adulto, isso indica
hipercromia, de forma que a hemácia fica mais escura que o normal devido à
grande quantidade de hemoglobina por hemácia, o que pode acontecer
devido ao consumo elevador de álcool, uso de alguns medicamentos ou
alterações de tireoide.
ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA

• HCM: HEMOGLOBINA CORPULAR MÉDIO

HCM baixa
Quando os valores estão abaixo de 26 picogramas no adulto, é indicativo de
hipocromia, em que a hemácia apresenta cor mais clara que o normal devido
à menor concentração de hemoglobina por hemácia, o que pode ser devido à
anemia ferropriva devido a falta de ferro, e a talassemia, que é um tipo de
anemia genética.
ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA

• RDW: LARGURA DE DISTRIBUIÇÃO DAS HEMÁCIAS

RDW é a sigla para Red Cell Distribution Width, o que em português significa
Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos, e que avalia a variação de
tamanho entre as hemácias, sendo essa variação denominada anisocitose.

informa a variação média do tamanho das hemácias entre si, cujo resultado
esperado para adultos é de 11 a 15%.
ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA

• RDW: LARGURA DE DISTRIBUIÇÃO DAS HEMÁCIAS

Dessa forma, quando o valor está elevado no hemograma significa que os


glóbulos vermelhos têm um tamanho superior ao normal, podendo ser visto no
esfregaço sanguíneo hemácias muito grandes e muito pequenas.

Quando o valor é abaixo do valor de referência, normalmente não apresenta


significado clínico, somente se além do RDW outros índices estiverem também
abaixo do valor normal, como o VCM, por exemplo.
ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA

• RDW: LARGURA DE DISTRIBUIÇÃO DAS HEMÁCIAS

O RDW é um dos parâmetros que constituem o hemograma e, juntamente com


as outras informações fornecidas pelo exame, é possível verificar como está a
produção das células sanguíneas e o estado geral da pessoa.

Quando o resultado do RDW se encontra alterado, é possível desconfiar de


algumas situações, como anemia, diabetes ou problemas hepáticos, cujo
diagnóstico deve ser feito a partir da análise do hemograma completo e de
exames bioquímicos.
ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA
RDW alto
Anisocitose é o termo que se dá quando o RDW se encontra aumentado,
podendo ser visto no esfregaço sanguíneo uma grande variação de tamanho
entre as hemácias. O RDW pode estar aumentado em algumas situações,
como:

•Anemia por deficiência de ferro;


•Anemia megaloblástica;
•Talassemia;
•Doenças do fígado.
Além disso, pessoas em tratamento quimioterápico ou com algum antiviral
também podem apresentar RDW aumentado.
ÍNDICES AVALIADOS NO ERITOGRAMA
RDW baixo

O RDW baixo normalmente não apresenta significado clínico quando


interpretado isoladamente, no entanto caso sejam verificadas outras
alterações no hemograma, pode indicar anemia causada por doença crônica,
como doenças do fígado, problemas renais, HIV, câncer ou diabetes, por
exemplo.
Reticulócitos são eritrócitos (ou hemácias) imaturos, recém-emitidos na
circulação sanguínea.

Eles são produzidos na medula óssea e liberados na circulação e normalmente


amadurecem em um ou dois dias em hemácias, as quais têm uma vida útil de
aproximadamente 120 dias em circulação.

O valor de referência é de 0,5 a 1,8 % em relação às hemácias


Reticulócitos baixos

Reticulócitos baixos, com uma contagem de reticulócitos abaixo do normal,


podem indicar a presença de:

• Insuficiência da medula óssea causada por toxicidade de certos


medicamentos, tumores, radioterapia ou infecção;
• Cirrose hepática;
• Anemia causada por baixos níveis de ferro, folato ou vitamina B12;
• Insuficiência renal crônica.
Reticulócitos altos

Um nível de reticulócitos alto, com uma contagem acima dos valores normais,
pode ser sinal de:
• anemia hemolítica (tipo de anemia em que os glóbulos vermelhos são
destruídos antes do tempo),

• sangramento, eritroblastose fetal (doença do sangue presente no feto ou


em bebê recém-nascido)

• doença renal com aumento da produção do hormônio eritropoietina.


Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição
na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como
resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais.

As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como


ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas.
Porém, a anemia causada por deficiência de ferro, denominada anemia
ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima-se que 90% das
anemias sejam causadas por carência de ferro).

O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na


fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para
todas as células do corpo.
Crianças, gestantes, lactantes (mulheres que estão amamentando), meninas
adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais
afetados pela doença, muito embora homens adolescentes, adultos e os idosos
também possam ser afetados por ela.
Caracterizada pela sensação de cansaço ou fraqueza, a anemia
ocorre quando o número de hemácias (glóbulos vermelhos) e a
quantidade de hemoglobina (proteína das hemácias) se
encontram em níveis abaixo do normal.

Como estes glóbulos transportam oxigênio dos pulmões para o


resto do corpo, os tecidos e órgãos podem ser prejudicados se não
houver suprimento necessário dele.
O que nem todas as pessoas sabem é que a anemia pode ter
diferentes tipos e causas, além de diferentes intensidades.

Nos casos mais graves de anemia os sintomas podem incluir, além


da fraqueza, dor de cabeça, tontura, sensação de frio ou
insensibilidade nas mãos e pés, palidez, falta de ar, pulso rápido
ou irregular e dor no tórax.
Os reticulócitos duram cerca de 24/48 horas até serem
convertidos em hemácias sendo o hormônio envolvido nesse
processo a eritropoetina produzida no rim e fígado que estimula a
eritropoese a partir do nível de oxigênio tecidual.
A anemia pode ser consequência de três mecanismos principais:
•Diminuição da sobrevida dos eritrócitos (hemorragias
agudas/hemólise);

•Defeitos na produção medular (hipoproliferação);

•Defeitos na maturação dos eritrócitos (eritropoese ineficaz);


Na anemia por hemorragias as manifestações dependem da
velocidade de instalação do quadro.

Uma hemorragia aguda, como nos traumas, pode levar


rapidamente ao choque, enquanto a hemorragia crônica, comum
em sangramentos do trato gastrointestinal, pode haver uma
redução muito significante dos eritrócitos sem apresentar
sintomas.
O aumento dos reticulócitos, como compensação medular, não
ocorre inicialmente nas hemorragias agudas, devido ao curto
período para proliferação.

Diferente da anemia hemolítica que está associada a altos índices


de reticulócitos devido a compensação.
A anemia hipoproliferativa pode ser resultado da redução da
eritropoetina, como ocorre na insuficiência renal, pela carência de
vitamina B12, ferro e ácido fólico, fundamentais para o processo
de eritropoese, ou devido a doenças inflamatórias e neoplásicas.
ANEMIA HEMORRAGICA AGUDA

Esse anemia e denominada de Anemia hemorrágica aguda na qual


ocorre uma perda de sangue pontual, como por exemplo
pequenos cortes, mestruação ou no momento no nascimento,
desse modo os índices hematimétricos ficam ligeiramente
diminuidos.

Após a correção do sangramento os índices hematimétricos


tendem a se normalizarem.
ANEMIA HEMORRAGICA CRÔNICA

A anemia devido à hemorragia excessiva surge quando a perda de glóbulos


vermelhos excede a produção de glóbulos vermelhos novos.

Quando se perde sangue, o corpo absorve rapidamente água dos tecidos


para a corrente sanguínea, em uma tentativa de manter os vasos sanguíneos
preenchidos.

Consequentemente, o sangue fica diluído e o hematócrito (porcentagem de


glóbulos vermelhos presentes na quantidade total do sangue, ou volume de
sangue) é reduzido.
ANEMIA HEMORRAGICA CRÔNICA

Por fim, elevação da produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea


pode corrigir a anemia.

Com o passar do tempo, contudo, a hemorragia reduz a quantidade de ferro


no corpo, de maneira que a medula óssea não consegue aumentar a
produção de novos glóbulos vermelhos para substituir os perdidos.
ANEMIA HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA

Anemia Hemolítica Hereditária compreende um grupo de distúrbios nos


quais as hemácias de seus portadores apresentam um fenômeno conhecido
como “hemólise”, que é o seu rompimento prematuro, levando à anemia.
Sua herança é genética, ou seja, herdada dos pais, por isso são chamadas
“hereditárias”.

Há vários tipos diferentes de Anemias Hemolíticas Hereditárias, que variam


em severidade, algumas causando muitos problemas, e outras, quase
nenhum.
ANEMIA HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA

Na Esferocitose Hereditária há uma alteração da parede do glóbulo


vermelho.

O resultado deste defeito é que o glóbulo adquire um forma esférica


(esferócito), diferente da que apresenta normalmente. Estas células esféricas
são mais frágeis e não tão deformáveis, sofrendo destruição precoce e sendo
capturadas pelo baço, o que leva à anemia.

A Esferocitose também é chamada “Microesferocitose”, porque as hemácias,


nesta patologia, são menores que as normais.
Uma outra anemia hemolítica hereditária é a Eliptocitose ou Ovalocitose
Hereditária é uma doença hereditária variante da Esferocitose.

A herança genética é semelhante a da Esferocitose, podendo haver


também aparecimento de novos casos mesmo sem a presença da doença
nos pais. Na maioria dos casos há hemólise (destruição dos glóbulos)
discreta que é bem compensada, havendo pouca ou nenhuma anemia.
Entretanto, nos caso mais severos pode haver anemia, aumento do baço e
cálculos de vesícula.
ANEMIA HEMOLÍTICA ADQUIRIDA

A anemia hemolítica autoimune adquirida é um tipo de


anemia hemolítica, condição em que o corpo destrói os glóbulos
vermelhos mais rapidamente do que a medula óssea consegue
produzir novas dessas células.
Adquirida significa que as pessoas não nascem com essa anemia:
outra doença ou condição causou o problema. “Autoimune” significa
que o sistema imunológico do seu corpo ataca e destrói os glóbulos
vermelhos.
Mais de 70% dos novos casos são observados em pacientes com
mais de 40 anos de idade. O pico de incidência entre os 60 e os 70
anos de idade e a frequência do distúrbio é geralmente maior nas
mulheres do que nos homens.
ANEMIA HEMOLÍTICA ADQUIRIDA
Anemia Sideroblástica
Classificação: hipocrômica e microcítica (forma hereditária).
Causa / Etiologia
A anemia sideroblástica pode ter diversas causas, sendo classificada em dois grupos:
Hereditária: podendo apresentar a mutação em ALA-S no cromossomo x ou outro tipo de
mutação.
Adquirida: que é subdividida em
Primária: como a mielodisplásica (que é a causa mais comum de anemia sideroblastica); e
Secundária: como doenças malignas da medula óssea, fármacos, agentes químicos,
anemia hemolítica, artrite reumatoide, anemia megaloblástica, síndromes má absortivas,
etc.
ANEMIA HIPERPROLIFERATIVA DÉFICIT NUTRICIONAL
As anemias Hipoproliferativas podem ser classificadas de uma forma geral
em dois tipos:

• anemias carenciais

• Anemias causadas por doenças crônicas.


ANEMIA HIPERPROLIFERATIVA DÉFICIT NUTRICIONAL
As anemias carenciais são um grupo de anemias caracterizadas por
apresentar carência de elementos fundamentais para a eritropoese: ferro,
vitamina B12 ou folato.

Desse modo quando o organismo carece dessas sustâncias ocorre um


acentuado problema na produção de hemácias originando algumas das
anemias mais conhecidas.
ANEMIA HIPERPROLIFERATIVA DÉFICIT NUTRICIONAL
A anemia ferropênica é uma das doenças mais frequentes no mundo, já que
a deficiência de ferro é uma das deficiências nutricionais mais prevalentes.

É associada à redução da capacidade de trabalho em adultos e ao retardo no


desenvolvimento mental e motor da criança.

É a principal causa de anemia microcítica e hipocrômica.


ANEMIA HIPERPROLIFERATIVA DÉFICIT NUTRICIONAL
Etiologia
A deficiência de ferro ocorre quando sua demanda é maior que sua absorção
pela dieta, como por exemplo na gravidez e crescimento acelerado na
infância. As principais causas de deficiência de ferro são:

•Perda de sangue: perdas menstruais excessivas, doenças do trato


gastrointestinal (varizes, úlcera péptica, doenças inflamatórias intestinais,
etc); doadores habituais de sangue, distúrbios da hemostasia, hematúria, uso
de AINEs e anticoagulantes.

•Má absorção: doença celíaca, gastrite atrófica, gastrectomia, cirurgias


bariátricas.

•Dieta: vegetarianos, crianças entre 6 meses e 2 anos, idosos.


ANEMIA HIPERPROLIFERATIVA DÉFICIT NUTRICIONAL
ANEMIAS MEGALOBLÁSTICAS
Constituem um subgrupo das anemias macrocíticas caracterizadas por
anormalidades morfológicas típicas das células precursoras das linhagens
eritroide, granulocítica e megacariocitária da medula óssea. As principais
causas de anemia megaloblástica são as deficiências de vitamina B12 ou de
ácido fólico (folato).

Deficiência de B12
A vitamina B12 está presente somente em bactérias e alimentos de origem
animal, como carnes, vísceras, ovos e laticínios, sendo absorvida no íleo
terminal. Dietas vegetarianas, portanto, não são suficientes para manter
equilíbrio adequado.
ANEMIA HIPERPROLIFERATIVA DÉFICIT NUTRICIONAL
Etiologia e fisiopatologia

Deficiência de vitamina B12

•Deficiência nutricional: ocorre nos vegetarianos que não consomem


produto de origem animal e populações com hábitos vegetarianos impostos
pela pobreza.

•Má absorção da vitamina B12 dos alimentos: ocorre em pacientes com


cirurgia gástrica, uso de medicamentos supressores da secreção gástrica
(omeprazol).
ANEMIA HIPERPROLIFERATIVA DÉFICIT NUTRICIONAL
Etiologia e fisiopatologia

•Ausência de secreção gástrica: deficiência da produção do fator intrínseco


associada à produção deficiente de ácido clorídrico pode ser decorrente de
gastrectomia, gastrite atrófica crônica secundária à destruição autoimune
das células parietais da mucosa.

•Má absorção induzida por drogas: biguanidas, cloreto de potássio,


colchicina, neomicina.
ANEMIA HIPERPROLIFERATIVA DOENÇAS CRÔNICAS

Classificação: Normocítica e normocrômica (mais frequente) ou hipocrômica


e microcítica.
Causa / Etiologia
Pode ser dividida em dois grupos, como descrito a seguir:
Doenças Inflamatórias Crônicas. Sendo subdivididos em:
Infecciosas: como o abscesso pulmonar, tuberculose,
osteomielite, pneumonia, endocardite bacteriana.
Não Infecciosas: como artrite reumatoide, lúpus
eritematoso sistêmico, doença inflamatória intestinal, sarcoidose.

Doenças Malignas: as mais comuns são o carcinoma, os linfomas e sarcomas.


ANEMIA HIPERPROLIFERATIVA DOENÇAS CRÔNICAS

Anemia da Doença Renal Crônica


Classificação: normocrômica e normocítica (acompanha a severidade da
doença).
Causa / Etiologia: é provocada por deficiência na produção de eritropoietina
(EPO) em decorrência da redução da massa renal funcional ou produzida em
decorrência da diminuição da resposta à eritropoietina. Outras causas são:
deficiência de ferro, folato e vitamina B12.
ANEMIA APLÁSTICA POR INSUFICIÊNCIA MEDULAR
Este tipo de anemia ocorre quando há diminuição de todos os tipos de
células do sangue produzidas na medula óssea.

Sintomas específicos deste tipo de anemia incluem:


sangramento prolongado,

sangramentos nasais frequentes,

sangramento na gengiva,

esquimoses espontâneas (quando a pele fica roxa em áreas mesmo sem sofrer trauma),

além do aumento da frequência e da gravidade de infecções.


ANEMIA APLÁSTICA POR INSUFICIÊNCIA MEDULAR
A anemia aplástica ocorre quando houve danos às células-tronco na
medula óssea.
Estes danos podem ser causados por:
exposição a substâncias tóxicas (arsênico, benzeno e pesticidas),

radioterapia,

quimioterapia,

distúrbios autoimunes (como lúpus eritematoso sistêmico ou artrite reumatoide)

infecções virais como hepatites, vírus de Epstein-Barr, HIV, citomegalovírus ou parvovírus


B19.
Série branca do sangue
Os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos, são as células que
agem na defesa do nosso organismo, trabalhando para combater alergias,
infecções e, por isso, são fundamentais contra a presença de micro-
organismos que causam doenças como vírus, bactérias e parasitas.

Eles são produzidos na medula óssea, a nossa “fábrica” do sangue.

“Os leucócitos são tão importantes que algumas doenças são percebidas pelo
médico ao realizar o hemograma e ver o volume de glóbulos brancos no
sangue, como é o caso das infecções.

Leucócitos aumentados podem ser sugestivos de infecções, por exemplo.


Série branca do sangue
O número normal de leucócitos no sangue varia de 3.700 a 10 mil a
cada mm³ (microlitro) de sangue em média.

Quando há um número muito elevado, dizemos que há leucocitose,


e quando há um número mais baixo, a leucopenia.

Ambos os casos precisam ser investigados para descobrir a causa,


que pode ser uma falha na medula óssea, por conta de processos
inflamatórios ou outras causas menos comuns.
Série branca do sangue
Série branca do sangue
Os leucócitos são classificados, de acordo com a sua estrutura
vista em microscópio óptico, em granulosos e agranulosos.

Existem três tipos de leucócitos granulosos:

os neutrófilos,
os eosinófilos
os basófilos;

enquanto os leucócitos agranulosos podem ser de dois tipos:


os monócitos e os linfócitos.
Série branca do sangue
enquanto os leucócitos agranulosos podem ser de dois tipos:

os monócitos
os linfócitos.
Série branca do sangue
Os neutrófilos se originam das células-tronco mieloides e
representam aproximadamente de 60% a 70% dos leucócitos do
sangue humano.

Essas células têm como principal função fagocitar bactérias e


outros microrganismos que invadem o nosso corpo.
Série branca do sangue
Por terem grande mobilidade, essas células saem com extrema
facilidade dos vasos sanguíneos e entram nos tecidos
infeccionados para fagocitar microrganismos e outras partículas
estranhas.

O pus que observamos em alguns ferimentos é constituído


principalmente por neutrófilos.
Série branca do sangue
Os eosinófilos, também chamados de acidófilos, representam
cerca de 2% a 4% dos leucócitos do sangue humano.

Têm como principal função combater invasores de grande


tamanho, como vermes parasitas.

Eles combatem esses vermes liberando proteínas tóxicas, íons


peróxidos e enzimas, com o objetivo de destruir esses organismos.
Série branca do sangue
Os basófilos representam de 0,5% a 1% dos leucócitos do sangue
humano.

Apesar de liberarem histamina, ainda não se sabe ao certo a sua


real função.

A histamina é uma substância que desempenha papel muito


importante nas inflamações e respostas alérgicas, facilitando a
saída de anticorpos e neutrófilos para locais onde há invasores.
Série branca do sangue
Essa substância é a responsável pela vermelhidão, inchaço e
coceira nos ferimentos, além de promover o aumento da coriza e a
contração da musculatura dos brônquios.

Outra substância produzida pelos basófilos é chamada de


heparina, que tem propriedades anticoagulantes.
Série branca do sangue
Os monócitos são células sanguíneas grandes e representam de
3% a 8% dos leucócitos do sangue humano.

Assim que são produzidos na medula óssea, os monócitos migram


para os tecidos onde se transformam em macrófagos, fagocitando
microrganismos e células mortas.
Série branca do sangue
Os linfócitos representam de 20% a 30% dos leucócitos do sangue
humano.

Essas células podem ser de três tipos:


os linfócitos B ou células B;
os linfócitos T ou células T;
as células “natural killer”, chamadas de células NK.

Cada um desses linfócitos exerce uma função específica no


combate a infecções e também no combate ao câncer.
Em diversos momentos de nossa vida é possível verificar uma variação das
células da série branca do nosso organismo.

Isso ocorre devido a problemas pontuais que nosso organismo é submetido,


por exemplo em épocas mais frias do ano é comum circular entre a população
os famosos resfriados e as gripes.

Desse modo nossa séria branca pode acontecer a chamada leucositose


quando nosso organismo aumenta a produção de alguns leucócitos para a
defesa do nosso organismo.

É claro que leucositoses por um longo período de tempo ou leucopenia


prolongada deve ser analisada com critérios pois podem ser outros tipos de
enfermidades.
SÍNDROMES DA SERIE BRANCA
• SÍNDDROME MIELOPROLIFERATIVAS

• SÍNDDROME LINFOPROLIFERATIVAS

• LEUCEMIA AGUDA (MIELÓIDE E LINFÓIDE)


SÍNDDROME MIELOPROLIFERATIVAS
As síndromes mieloproliferativas (SMP) são um grupo de distúrbios nos
quais as células-tronco da medula óssea crescem e se reproduzem de
maneira anormal.

Na SMP, as células-tronco anormais produzem um número excessivo de


um ou mais tipos de células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos
brancos e / ou plaquetas).

Essas células anormais não podem funcionar corretamente e podem causar


sérios problemas de saúde, a menos que a condição seja tratada e
controlada adequadamente.
Como se Desenvolvem ?
Uma síndrome mieloproliferativa resulta de alteração ou mutação no DNA
de uma única célula-tronco do sangue.

Essa alteração leva ao desenvolvimento anormal das células sanguíneas e,


nesse caso, na superprodução dessas células

As SMPs são geralmente descritas de acordo com o tipo de célula sanguínea


mais afetada. Em alguns casos, um distúrbio pode se transformar ao longo
do tempo em outro ou em leucemia mieloide aguda.
QUAIS SÃO AS CAUSAS?
A causa exata permanece desconhecida, mas é provável que haja vários
fatores envolvidos. É por isso que, como a maioria síndromes, se tornam
mais comuns à medida que envelhecemos.

A exposição prolongada a altos níveis de benzeno ou doses muito altas


de radiação ionizante pode aumentar o risco de mielofibrose em um
pequeno número de casos.

Cerca de um terço das pessoas com mielofibrose foram previamente


diagnosticadas com policitemia ou trombocitemia essencial.
QUAIS AS PRINCIPAIS DOENÇAS
MIELOPROLIFERATIVAS
• Trombocitemia Essencial
• Policitemia Vera
• Mielofibrose
• Leucemia Mielóide Crônica
• Leucemia Eosinofílica Crônica
• Leucemia Mielomonocítica Crônica (LMMC)
• Mastocitose Sistêmica
Trombocitemia Essencial
A Trombocitopenia Essencial, é uma doença mieloproliferativa crônica,
caracterizada pela multiplicação de megacariócitos na medula óssea
(MO),

ocasionando um quadro elevado de plaquetas circulantes. Além disso,


é também caracterizada por causar um quadro de esplenomegalia,
episódios trombóticos e/ou hemorrágicos.
Trombocitemia Essencial
Apesar de existirem estudos epidemiológicos sobre a doença, a sua incidência
ainda é desconhecida.

No Brasil, não existem registros epidemiológicos que sejam próprios para a


trombocitopenia essencial.

Possui idade média relativa ao diagnóstico em torno de 60 anos, podendo


ocorrer também por volta dos 18-90 anos.
Trombocitemia Essencial
Os casos na infância são extremamente restritos, pois o diagnóstico
normalmente só é definido por volta dos 11 anos de idade.

A trombocitopenia possui uma discreta predominância pelo sexo feminino.

Os autores acrescentam que a doença é crônica, de duração prolongada,


caráter benigno e não possui cura.

As condições de risco relacionadas às complicações são: idade, história


pregressa, quadros hemorrágicos e trombóticos, e quantidade de plaquetas.
Trombocitemia Essencial
Os casos na infância são extremamente restritos, pois o diagnóstico
normalmente só é definido por volta dos 11 anos de idade.

A trombocitopenia possui uma discreta predominância pelo sexo feminino.

Os autores acrescentam que a doença é crônica, de duração prolongada,


caráter benigno e não possui cura.

As condições de risco relacionadas às complicações são: idade, história


pregressa, quadros hemorrágicos e trombóticos, e quantidade de plaquetas.
Como é o hemograma de uma pessoa com
Trombocitemia Essencial
O hemograma completo (exame de sangue) é o primeiro exame a ser feito,
para se constatar se há algo errado no organismo.

O paciente com Trombocitemia Essencial apresenta a contagem de plaquetas


acima do normal: geralmente em 600 mil,

sendo que o normal é estar entre 175 mil a 400 mil. Mas será necessário fazer
mais testes para se chegar ao resultado final..
TRATAMENTO
As terapias medicamentosas no tratamento da trombocitopenia essencial
existentes atualmente não possuem poder curativo, não aumentam a
sobrevida e nem têm a capacidade de impedir que a doença venha a se
transformar em outra ou seja curado.

O tratamento atua na redução dos sintomas e na precaução de manifestações


trombóticas e hemorrágicas variando de acordo com uma estratificação de
risco, que compreende pacientes que variam de risco baixo a risco alto.
POLICETEMIA VERA
A Policitemia Vera é uma doença crônica que afeta o sangue. Consiste em
um aumento de todas as células sanguíneas, especialmente dos glóbulos
vermelhos (eritrocitose).

PV é uma doença crônica que, com supervisão médica cuidadosa, pode


ser controlada de forma eficaz por muitos anos. Assim, recomenda-se a
permanente supervisão de um hematologista durante o seu tratamento.

Para alguns pacientes, a PV, entretanto, pode progredir para uma doença sanguínea mais
agressiva, como mielofibrose ou leucemia mieloide aguda.
O que pode causar a policitemia?
Uma mutação somática adquirida no gene JAK2 ocorre em cerca de 95% dos
pacientes com PV.
Como é o hemograma de uma pessoa com
Policitemia Vera?
•Aumento na contagem de hemácias (eritrócitos);
•Aumento significativo do hematócrito
•Aumento dos níveis de hemoglobina;
•Aumento do volume corpuscular médio (VCM);
•Distribuição volumétrica dos eritrócitos (RDW) pode estar
elevada;
Como é o hemograma de uma pessoa com
Policitemia Vera?

O principal objetivo da abordagem terapêutica de pacientes com PV é


evitar complicações trombóticas relacionadas ao aumento da massa
eritrocitária.

Esta medida em geral requer redução dos níveis de hemoglobina


TRATAMENTO

trombose cerebral, enfarte do miocárdio, tromboses venosas profundas)


devem ser tratadas da forma clássica, se necessário com o uso prolongado
ou crônico de anticoagulantes (heparina, warfarin)
Mielofibrose

A mielofibrose é um tipo de sindrome sanguínea incomum que atinge o


tecido fibroso da medula óssea.

Não é possível prevenir e a maioria dos pacientes são assintomáticos.


Quando desenvolvem sintomas, cansaço e fraqueza são os principais

Nela, o tecido fibroso na medula óssea substitui células produtoras de


sangue, resultando na produção de glóbulos vermelhos com formato
anormal, além de anemia e aumento do baço.

Trata-se de uma doença incomum.


Mielofibrose

Em uma medula óssea normal e saudável, células chamadas fibroblastos


produzem o tecido fibroso que suporta as células produtoras de sangue.

Quando ocorre a mielofibrose, essa produção é excessiva e expulsa as células


produtoras de sangue, e algumas delas migram da medula óssea para o baço
e o fígado.
Mielofibrose

A produção de glóbulos vermelhos diminui e o paciente desenvolve anemia.

Muitos desses glóbulos vermelhos são imaturos ou estão deformados, e


também são observadas quantidades variáveis de plaquetas (que geralmente
diminuem) e de glóbulos brancos (que podem aumentar ou diminuir)
imaturos no sangue.
Tratamento
O único tratamento capaz de curar em definitivo a mielofibrose é o
transplante de medula óssea, mas só deve ser considerado se o
paciente tiver até 65 anos, não apresentar outros problemas de saúde
significativos e a chance de sobrevida for de mais de cinco anos.

Os outros tratamentos possíveis atuam no sentido de controlar a


doença e evitar que o quadro se agrave, além de amenizar o
desconforto causado pelos sintomas.

São utilizados medicamentos para a redução do tamanho do baço, para


a normalização da contagem de plaquetas e para a melhora do quadro
de anemia.
Leucemia Mielóide Crônica
A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma neoplasia hematológica,
caracterizada como uma doença proliferativa do sistema hematopoiético na
qual ocorre expansão clonal de uma célula-tronco pluripotente ou stem cell.

Esta célula possui a capacidade de se diferenciar em células das linhagens


mieloide, linfocítica, monocítica ou megacariocítica.

A LMC corresponde a aproximadamente 15% a 20% de todas as leucemias, com


incidência de um a dois casos em cada 100 mil indivíduos.

Apresenta maior frequência em adultos, com faixa etária entre 40 e 60 anos,


principalmente do sexo masculino.
Leucemia Mielóide Crônica
O principal fator de risco para o desenvolvimento da LMC é a exposição à
radioatividade, que também é fator de risco para o surgimento de outros tipos
de câncer.

A maior incidência de LMC pode ser observada em pacientes submetidos à


radioterapia, bem como sobreviventes das regiões atingidas pelas bombas
atômicas durante a Segunda Guerra Mundial.

No entanto, mesmo com essa provável relação entre LMC e radiação


ionizante, na maioria dos casos não há fator predisponente conhecido.
DIAGNÓSTICO
A maior parte dos pacientes já apresenta sintomas ao diagnóstico, com a
doença já estabelecida.

No entanto, um número cada vez maior de pacientes está sendo


diagnosticado em exames periódicos através do hemograma,
DIAGNÓSTICO
No tratamento da LMC, pode ser utilizada a terapia celular por meio do
transplante de células-tronco hematopoiéticas, ou o tratamento
medicamentoso.

Atualmente, o mesilato de imatinibe, inibidor da tirosina-quinase, é


considerado tratamento de primeira linha para estes pacientes
Leucemia Eosinofílica Crônica (LEC)
A Leucemia Eosinofílica Crônica (LEC) é um tipo específico de leucemia
que atinge os eosinófilos. Eosinófilos são um tipo de glóbulo branco
que faz parte do sistema imunológico.

Estes têm um papel de imunidade protetora contra parasitas e


alérgenos.
Características da Leucemia Eosinofílica Crônica
Uma contagem de mais de 1.500 eosinófilos por µl de sangue está
associada a danos nos tecidos e é chamada de hiper-eosinofilia.

As síndromes hiper-eosinofílicas (SHEs) são um grupo de doenças raras


caracterizadas por uma superprodução contínua de eosinófilos por
mais de seis meses com danos nos órgãos, mas não explicado por
nenhuma causa óbvia.
Características da Leucemia Eosinofílica Crônica
A leucemia eosinofílica crônica pode ser diferenciada da SHE pela
presença de marcadores moleculares clonais (um grupo de células
idênticas está se multiplicando de maneira irrestrita) ou pelo aumento
do número de células imaturas.

Blasto é o nome dado a essas células imaturas da medula óssea, que


geralmente são cancerígenas se presentes em grande número.
Causas
Muito raramente, a LEC pode ser causada por uma mutação genética que se
desenvolve durante a vida de uma pessoa devido a fatores ambientais,
tabagismo e exposição a produtos químicos/radiação.

No entanto, para a maioria dos pacientes, nenhuma causa específica pode ser
encontrada.

Não há causa conhecida para leucemia eosinofílica crônica. Não foi associado
a um cromossomo específico ou anormalidade genética.
Diagnóstico
O diagnóstico geralmente começa quando um exame de sangue de rotina
sugere que há anormalidade no sangue.

• A atualização da OMS 2017 de distúrbios eosinofílicos definidos fornece as


características de um indivíduo com LEC como:

• Contagem de eosinófilos superior a 1500 por µl de sangue;


• O paciente não atende a nenhum dos critérios da OMS para as outras
leucemias
Diagnóstico
• Os testes de diagnóstico inicial incluem:

• Contagens completas de glóbulos para medir o número e a qualidade dos


glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas;

• Testes bioquímicos no sangue para verificar se o fígado, rins e baço estão em


tamanho normal e funcionando corretamente;

• Se a eosinofilia reacional/parasitária for improvável, podem ser investigadas


alterações nos sistemas cardiovascular e pulmonar.
Tratamento
Dado que a leucemia eosinofílica crônica é rara, o conhecimento atual é que se
desenvolve de maneira diferente em pessoas diferentes.

Pode ser estável por muitos anos e depois mudar rapidamente para outros
tipos de câncer de sangue.

Como resultado, não existe um plano de tratamento padrão. Seus médicos irão
criar um plano de tratamento individual, que pode envolver:

• Quimioterapia e terapia direcionada ou imunoterapia;


• Transplante de células-tronco;
leucemia mielomonocítica crônica
A LMMC é uma doença clonal de células-tronco hematopoiéticas caracterizada
por monocitose absoluta no sangue periférico em conjunto com sinais de
displasia e proliferação celular.

Esta doença pode ser classificada de acordo com o número de blastos e


promonócitos presentes no sangue periférico e na medula óssea
A idade média para o diagnóstico desta doença é de 70 anos e sua etiologia é
desconhecida,

podendo estar relacionada a fatores carcinógenos e radiação ionizante.

A LMMC compromete o sangue periférico e a medula óssea, assim como


outros órgãos como baço, fígado, pele e linfonodos.

Ela apresenta uma sobrevida mediana de apenas um ano.


Exame de Sangue para Leucemia Mielomonocítica Crônica

Os pacientes com LMMC tem um aumento no número de monócitos, com


uma contagem de pelo menos 1.000 por mm3.

Em alguns casos os pacientes apresentam baixo número de outros glóbulos


brancos.

Pode também existir baixo número de glóbulos vermelhos e de plaquetas.


Tratamentos da Leucemia Mielomonocítica Crônica (LMMC)

O tratamento da leucemia mielomonocítica crônica (LMMC) é baseado no


estadiamento da doença, idade do paciente e estado de saúde geral.

Os pacientes com LMMC são tratados por hematologistas ou oncologistas.


O tratamento da leucemia mielomonocítica crônica pode incluir:
Terapia de suporte.
• Quimioterapia.
• Fatores de crescimento.
• Radioterapia.
• Cirurgia.
• Transplante de células tronco.
O que é mastocitose sistêmica

A mastocitose sistêmica é uma doença rara, na qual ocorre uma produção em


excesso de glóbulos brancos do tipo ‘mastócitos’ na medula óssea, e que
podem se acumular na pele, no sistema digestivo, e outros órgãos.

Os mastócitos são responsáveis por auxiliar o sistema imune a combater as


doenças e a funcionar corretamente.

Na MS avançada, quando os mastócitos são demandados para realizar o seu


papel eles acabam liberando substâncias, como a histamina e a triptase, que
causam reações negativas ao corpo, como calafrios, febre, espirros, inchaços,
perda de apetite, manchas na pele e outros sintomas.
O que é mastocitose sistêmica

A causa da mutação ainda é desconhecida, no entanto, em poucos casos,


essa alteração no receptor c-KIT é herdada geneticamente.

A mutação faz com que os mastócitos fiquem mais sensíveis aos efeitos da
FCT, uma proteína sinalizadora chamada de fator de células-tronco.

Essa proteína é importante para estimular a produção e sobrevivência de


algumas células, como as células sanguíneas e os mastócitos, dentro da
medula óssea.
O que é mastocitose sistêmica

• Há alguns fatores, chamados gatilhos, que podem ajudar a desencadear os


sintomas, os mais comuns são:
• picadas de insetos
• consumo de álcool e/ou tabaco
• alguns tipos de alimentos (como os apimentados)
• estresse físico e emocional
• uso de certos medicamentos
O que é mastocitose sistêmica

• Tratamento para MS avançada

Não há cura para a mastocitose sistêmica avançada, mas existem tratamentos


que podem ajudar. Hoje, há duas abordagens:
• Tratamentos de suporte: São aqueles que tratam os sintomas, com o
objetivo de proporcionar melhora na qualidade de vida dos pacientes.
• Tratamentos para impedir a proliferação e a disseminação dos mastócitos:
Quando os mastócitos se proliferam muito rápido, eles podem impedir que
alguns órgãos do corpo funcionem adequadamente. Embora o tratamento
possa não conseguir reduzir o número de mastócitos em seu corpo, os
tratamentos tentam impedir que eles se espalhem.
QUAIS AS PRINCIPAIS DOENÇAS SÍNDDROME
LINFOPROLIFERATIVAS
• referem-se a várias condições em que os linfócitos se proliferam em
quantidades excessivas.

• Essas células invadem a pele e um dos primeiros sintomas pode ser pele
seca, escamosa com erupções e coceira.

• Os gânglios linfáticos e o baço podem inflamar e ser palpáveis.


QUAIS AS PRINCIPAIS DOENÇAS SÍNDDROME
LINFOPROLIFERATIVAS
• Linfomas
• Leucemia linfocítica crônica
Linfomas
é um tipo de câncer que se origina nos linfócitos B nos folículos dos
linfonodos e representa cerca de 20 a 30% dos Linfoma não Hodgkin.

Possui várias formas de manifestação e ainda não foi totalmente


sistematizado. Às vezes se origina de um distúrbio benigno no qual
células anormais se acumulam no tecido linfoide.

Geralmente é lento, pouco agressivo e responde bem ao tratamento


mesmo quando descoberto já em um estágio avançado. A apresentação
desse linfoma geralmente se dá com o crescimento dos linfonodos
Linfomas
A doença geralmente demora anos para manifestar sintomas e por isso
costuma ser descoberta em fases mais avançadas.

É um câncer considerado incurável, mas com baixo grau de malignidade e


bom prognóstico, por isso o tratamento imediato com quimioterapia pode
não ser necessário caso a doença não apresente sintomas debilitantes ou
infiltração da medula óssea.

Pode sofrer transformação maligna e tornar-se um linfoma de células B


difuso de alto grau ou grau intermédio.

O risco dessa transformação acontecer aumenta 3% ao ano.


CAUSA
É causado por uma mutação genética: em mais de 80% dos casos.

A excessiva produção da proteína de membrana mitocondrial, permitindo que se


multiplique fora de controle.

Quatro vírus aumentam o risco de desenvolver linfomas:


vírus de Epstein-Barr (EBV),
Vírus linfotrópico da célula T humana (HTLV) tipo I,
HIV
Herpesvirus humano 8
Epidemiologia
Aparecem com mais frequência entre os 60 e 70 anos, independente do
sexo, mais comum em brancos e menos comum entre orientais.

Linfomas de células B afetam entre 4 e 14 em cada 100.000 habitantes.


Tratamento
Respondem bem a radioterapia, quimioterapia e anticorpos monoclonais.

Nos estágios iniciais pode-se tratar apenas com radioterapia e rituximab.

Em estágios avançados ou quando retorna pode-se usar a combinação


RCDVP (rituximab, ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona).

Frequentemente desaparece com o tratamento, apenas para resurgir anos


depois, quando necessita tratamento similar e pode voltar a desaparecer.
Leucemia linfocítica crónica
Leucemia linfocítica crónica (LLC) é um tipo de câncer em que a medula
óssea produz linfócitos em excesso.

No início da doença geralmente não se manifestam sintomas.


Leucemia linfocítica crónica
O fator de risco mais comum são antecedentes familiares da doença.

Entre outros possíveis fatores de risco está a exposição ao agente laranja ou


a alguns insecticidas.

A LLC resulta na acumulação de linfócitos B na medula óssea, nos gânglios


linfáticos e no sangue.[4]
Leucemia linfocítica crónica
Estes linfócitos não funcionam corretamente e ocupam o espaço de outras
células sanguíneas saudáveis.

A LLC pode ser classificada em dois principais tipos, dependendo da presença


ou não de uma mutação do gene IGHV.

O diagnóstico tem geralmente por base análises ao sangue em que se


constante elevada concentração de linfócitos maduros e células manchadas.
Epidemiologia
Em 2015, a LLC afetava cerca de 904 000 pessoas em todo o mundo e foi a
causa de 60 700 mortes.

A doença é mais comum a partir dos 50 anos de idade e afeta com mais
frequência homens do que mulheres.

A LLC é muito menos comum em pessoas asiáticas.

Nos Estados Unidos, a taxa de sobrevivência a cinco anos após o diagnóstico


é de cerca de 83%.

A doença corresponde a menos de 1% de todas as mortes por câncer


PLAQUETOGRAMA
O PLAQUETOGRAMA se refere à dosagem das plaquetas, estas são
fragmentos de células responsáveis pelo início do processo de
coagulação.

Quando um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo


rapidamente encaminha as plaquetas ao local da lesão
https://www.youtube.com/watch?v=e4cQw70owYA
O QUE SÃO PLAQUETAS ?
As plaquetas, também conhecidas por trombócitos, são células
sanguíneas formadas na medula óssea derivadas da fragmentação dos
megacariócitos.

Possuem forma discóide, são anucleadas (sem núcleo) e tem um tempo


de vida médio de nove a doze dias.

É fundamental no processo inicial da hemostasia com participação na


coagulação sanguínea, ou seja, funcionam como tampões formando os
coágulos sanguíneos.
O QUE SÃO PLAQUETAS ?
Por isso a contagem de plaquetas e sua análise morfológica são muito
importantes.

Outra coisa importante também é a sua qualidade. Algumas doenças


relacionadas à má qualidade das plaquetas no sangue.

O valor de referencia normal de plaquetas em crianças e adultos fica


entre 150.000 e 450.000 mm3.
Contagem de plaquetas
Sinonímia: Contagem de trombócitos.
Material: Sangue com anticoagulante EDTA.
Preparo do Paciente: Jejum de 4 horas.
Contagem de plaquetas
1) Método de Fonio

Fazer esfregaços finos, secar e corar pelos métodos habituais. Examinar


ao microscópio com objetiva de imersão;
Contar 1000 eritrócitos em diferentes campos, anotando o número de
plaquetas encontradas.
Cálculo:
Nº de plaquetas X Nº de eritrócitos por mm3 /1.000= número de
plaquetas por mm3 de sangue
Contagem de plaquetas
2) Método Direto

É realizado utilizando-se a câmara de Neubauer.


• a) Líquido diliudor:
• Citrato de sódio…………………………………………. 3,8 g
Formol a 40% (formalina)…………………………… 0,2ml
Azul de Cresil Brilhante……………………………… 0,1g
Água destilada…………………………………………… 100ml

• Diluição

Pipetar 20 microlitros de sangue e diluir essa quantidade em 4,0 ml de líquido diluidor, dessa forma
obtém-se a diluição 1:200. Homogeneizar cuidadosamente;
Carregar a câmara de contagem, colocá-la em câmara úmida para evitar a evaporação (sobre um papel de
filtro molhado, cobrir a placa de Petri). Esperar 10 minutos para que as plaquetas se depositem.
Contagem de plaquetas
• Diluição

Pipetar 20 microlitros de sangue e diluir essa quantidade em 4,0 ml de líquido diluidor, dessa
forma obtém-se a diluição 1:200.

Homogeneizar cuidadosamente;
Carregar a câmara de contagem, colocá-la em câmara úmida para evitar a evaporação (sobre
um papel de filtro molhado, cobrir a placa de Petri). Esperar 10 minutos para que as
plaquetas se depositem.

Contagem:
Contar as plaquetas em 80 quadrantes (5 quadrados da divisão de eritrócitos) e multiplicar o
resultado por 10.000.
O QUE SÃO PLAQUETAS ?
Obtendo situações abaixo do mínimo normal (plaquetopenia) em que
induzem ao sangramento.
O QUE SÃO PLAQUETAS ?
Por outro lado o aumento do número de plaquetas acima de 450.000 mm3 é
denominado de plaquetose.

Plaquetoses até 700.000 mm3 podem ocorrer notadamente na anemia


ferropriva, hemorragias agudas, inflamações e infecções crônicas, anemias
hemolíticas, leucemias e policitemia vera

Entretanto há situações em que a contagem de plaquetas é superior a


700.000 mm3 podendo chegar até 3.000.000 mm3, como é o caso da
trombocitemia essencial – doença mieloproliferativa que desencadeia a
formação descontrolada das células precursoras das plaquetas, os
megacariócitos.
Plaquetopenia ou trombocitopenia
A plaquetopenia ou trombocitopenia é um nível excepcionalmente baixo de
plaquetas no sangue.

Pessoas com baixos níveis de plaquetas sangram e apresentam manchas


rochas com facilidade.
Plaquetopenia ou trombocitopenia
• Causas
As plaquetas e os glóbulos vermelhos e brancos são produzidos na medula
óssea, tecido esponjoso encontrado no interior dos ossos grandes.

Alguns tipos de quimioterapia podem danificar a medula de forma que ela


deixe de produzir a quantidade necessária de plaquetas.

A trombocitopenia causada pela quimioterapia é geralmente temporária.


Plaquetopenia ou trombocitopenia
• Causas
Outros medicamentos também podem reduzir o número de plaquetas, além
disso, o corpo de uma pessoa pode produzir anticorpos contra as plaquetas,
reduzindo o número de plaquetas.

A radioterapia sozinha não causa trombocitopenia, a menos que seja dada


uma alta dose de radiação na região pélvica, e o paciente esteja recebendo
quimioterapia, ao mesmo tempo, ou se o câncer disseminou para os ossos.
Plaquetopenia ou trombocitopenia
• Causas

A trombocitopenia, também, pode ocorrer quando as células de câncer, como


leucemia ou linfoma, diminuem o número de células normais da medula.

Apesar de raro, a trombocitopenia pode ocorrer quando outros tipos de


câncer, como próstata ou mama, disseminam-se para a medula.

E, embora menos frequente o câncer do baço também pode causar


trombocitopenia.
Plaquetopenia ou trombocitopenia
• Sinais e Sintomas
Pessoas com trombocitopenia podem:

• Apresentar sangramentos de forma inesperada.


• Apresentar manchas vermelhas ou roxas sob a pele.
• Ter sangramento pelo nariz ou gengivas.
• Vomitar sangue.
• Ter dor de cabeça.
• Ter dor nas articulações ou músculos.
• Sentir fraqueza.
Plaquetopenia ou trombocitopenia
• Diagnóstico e Tratamento

• A trombocitopenia é diagnosticada na contagem de plaquetas de uma


amostra de sangue.

• As pessoas com câncer ou em tratamento de câncer realizam exames de


sangue em intervalos regulares, para avaliar a trombocitopenia e outras
complicações.
Plaquetopenia ou trombocitopenia
• Diagnóstico e Tratamento

• As pessoas que apresentam queda de plaquetas durante o tratamento


quimioterápico podem ter necessidade de uma diminuição da dose ou um
intervalo maior entre os ciclos de quimioterapia.

• Devido ao risco de sangramento, a cirurgia é geralmente retardada até que a


contagem de plaquetas esteja num nível normal.
Plaquetopenia ou trombocitopenia
• Diagnóstico e Tratamento

• Devido ao risco de hemorragia, as pessoas com nível baixo de plaquetas


podem receber transfusões de plaquetas.

• No entanto, as transfusões de plaquetas só duram cerca de três dias, e


alguns pacientes podem necessitar transfusões múltiplas.
Plaquetose ou trombocitose
Trombocitose é o termo referente a um número excessivo de plaquetas no
sangue.

Quanto à origem, pode ser reativa ou primária.


Plaquetose ou trombocitose
Trombocitose reativa (secundária):

Na trombocitose reativa, a plaquetose é transitória e está associada a alguma


patologia de base como, por exemplo, associada à infecções e inflamações.

Apesar de frequentemente ser assintomática, pode provocar uma


predisposição para a trombose.
Plaquetose ou trombocitose
Trombocitose primária:

Síndromes mieloproliferativas podem ser a causa da plaquetose primária,


como a trombocitemia essencial e a policitemia vera.
Tempo de Sangramento - TS
O TS é um teste laboratorial realizado in vivo que avalia a função
hemostática das plaquetas.

O TS se refere ao tempo de duração do sangramento de uma pequena


incisão provocada com o auxílio de uma lanceta.

Há duas técnicas comumente utilizadas:

Duke, sendo posteriormente modificada por Ivy


Tempo de Sangramento - TS
https://www.youtube.com/watch?v=AcFtGtnYODU

https://www.youtube.com/watch?v=ODChhae1H8k
tempo de coagulação
A determinação de tempo de coagulação avalia a atividade dos fatores que
participam do processo intrínseco da coagulação. É exame útil na avaliação da
via intrínseca da coagulação, porém é teste de pouca sensibilidade.

Resultados normais, no entanto, podem ser obtida em pacientes com


deficiência leve ou moderada de um desses fatores.

O resultado mostra o tempo gasto para a homeostasia completa do sangue


quando colhido e colocado em condições padrão.
tempo de coagulação
Valores normais:
5 a 14 minutos. Interpretação: É exame útil na avaliação da via intrínseca
da coagulação.

O coagulograma deve ser feito com a pessoa em jejum de 2 a 4 horas e


consiste na recolha de uma amostra de sangue que é encaminhada para
análise, com exceção do Tempo de Sangramento (TS), que é feito na hora e
consiste na observação do tempo que leva para o sangramento parar.
tempo de coagulação
O tempo de coagulação pode estar prolongado em diversas coagulopatias
como:

deficiência de fibrinogênio, hemofilia A, hemofilia B, doença de Von


Willebrand, hepatopatia severa, deficiência de vitamina K, trombocitopenia, e
na presença de anticoagulantes circulantes.
Distúrbios de coagulação sanguínea
Distúrbios de coagulação ocorrem quando o organismo é incapaz de produzir
quantidades suficientes das proteínas que são necessárias para ajudar o
sangue a coagular, interrompendo a hemorragia.

Essas proteínas são chamadas de fatores de coagulação. Todos os fatores de


coagulação são sintetizados no fígado.

O fígado necessita de vitamina K para produzir alguns dos fatores de


coagulação.
Distúrbios de coagulação sanguínea
Distúrbios de coagulação ocorrem quando o organismo é incapaz de produzir
quantidades suficientes das proteínas que são necessárias para ajudar o
sangue a coagular, interrompendo a hemorragia.

Essas proteínas são chamadas de fatores de coagulação. Todos os fatores de


coagulação são sintetizados no fígado.

O fígado necessita de vitamina K para produzir alguns dos fatores de


coagulação.
Distúrbios de coagulação sanguínea
Os distúrbios de coagulação podem ser:

• Hereditários

• O resultado de algum outro distúrbio


Distúrbios de coagulação sanguínea
Os distúrbios de coagulação hereditários mais comuns são
• Hemofilias

A hemofilia é um distúrbio na coagulação do sangue.

Quando cortamos alguma parte do nosso corpo e começa a sangrar, as proteínas


entram em ação para estancar o sangramento.

No final dessa seqüência é formado o coágulo e o sangramento é interrompido. Em


uma pessoa com hemofilia, um desses fatores não funciona. Sendo assim, o coagulo
não se forma e o sangramento continua.
Distúrbios de coagulação sanguínea
As causas principais de distúrbios de coagulação que surgem em consequência de
outro distúrbio são:

• Deficiência de vitamina K

A deficiência, particularmente comum em crianças amamentadas ao peito.


Prejudica a coagulação. O diagnóstico baseia-se em achados de estudos rotineiros
de coagulação e se confirma pela resposta à vitamina K.

A deficiência de vitamina K diminui os níveis de protrombina e outros fatores de


coagulação dependentes de vitamina K, causando coagulação defeituosa e,
potencialmente, sangramento.
Distúrbios de coagulação sanguínea
As causas principais de distúrbios de coagulação que surgem em
consequência de outro distúrbio são:

• Doença hepática grave (incluindo cirrose, hepatite, insuficiência hepática


aguda ou esteatose hepática aguda da gravidez).

A cirrose hepática resulta em graus variados de déficit de fatores plasmáticos


da coagulação (com exceção do fator VIII), disfunção e diminuição do número
de plaquetas, disfunção endotelial e hiperfibrinólise.
Distúrbios de coagulação sanguínea
As causas principais de distúrbios de coagulação que surgem em consequência
de outro distúrbio são:

• Coagulação intravascular disseminada

A coagulação intravascular disseminada (CIVD) é uma síndrome adquirida


caracterizada pela ativação descontrolada da coagulação no espaço
intravascular levando à formação e deposição de fibrina na microvasculatura.
Na maior parte dos casos de CIVD, há inibição da fibrinólise, o que contribui
para a deposição de fibrina em diferentes órgãos.
Distúrbios de coagulação sanguínea
As causas principais de distúrbios de coagulação que surgem em consequência de
outro distúrbio são:

• Desenvolvimento de anticoagulantes circulatórios (anticorpos que diminuem a


atividade de um fator de coagulação específico).

Os anticoagulantes na circulação normalmente são autoanticorpos que neutralizam


fatores de coagulação específicos in vivo (p. ex., um autoanticorpo contra o fator VIII
ou fator V) ou inibem proteínas ligadas a fosfolipídios in vitro (anticorpos
antifosfolipídios). Ocasionalmente, o último tipo do anticorpo causa sangramento
por meio de ligação in vivo aos complexos de protrombina-fosfolipídico.
Tempo de protrombina
O tempo de protrombina ou TP é um exame de sangue que avalia a
capacidade do sangue para coagular, isto é, o tempo necessário para
estancar uma hemorragia.

A protrombina, também conhecida como fator II da coagulação, é uma


proteína produzida pelo fígado e quando ativada promove a conversão
de fibrinogênio em fibrina, que, juntamente com as plaquetas, forma
uma camada que impede o sangramento.
Valores de referência
O valor de referência do tempo de protrombina para uma pessoa
saudável deve variar entre 10 e 14 segundos.
DO PROF. Allan
Muito obrigado!
Prof° Allan D. R. S. Montanhaur

Allan.montanhaur@yahoo.com.br

2022

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