 Apenas 1 conjurado (Tiradentes) foi condenado, foi enforcado e
CONJURAÇÃO MINEIRA teve seu corpo esquartejado no dia 21 de Abril de 1792.
No século XVIII, o ouro gerou muito lucro à Coroa Portuguesa por
meio de impostos e riquezas na região das Minas. Mas quando
sua produção começou a diminuir os mineradores passaram a ver
nos impostos a causa de seu empobrecimento.
CONSEQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO
A mineração de ouro e de diamantes contribuiu para uma série de
mudanças ocorridas no Brasil. Dentre elas cabe destacar:
 A ocupação e o povoamento de vastas áreas do interior
brasileiro;
 O florescimento da vida urbana;
 A mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro (1763);
 O crescimento do mercado interno.
O CONTROLE DA EXPLORAÇÃO DO OURO
A partir de 1760, as jazidas de ouro mineiras começaram a se
esgotar. Apesar disso, o governo português continuou cobrando
pesados impostos. Entre eles estavam:
 O quinto: 20 % de todo o ouro extraído deveria ser entregue
como imposto à Coroa Portuguesa;
 A Derrama imposto cobrado a todos os cidadãos das regiões
mineradoras para cobrir a cota mínima anual de ouro (1500
quilos) caso não fosse atingida.
MOTIVOS DA CONJURAÇÃO
 Reagindo à opressão do governo português um grupo de
colonos, parte da elite, planejaram uma rebelião contra a Coroa
Portuguesa.
 Muitos dos filhos desses colonos iam estudar na Europa e ao
retornar traziam na bagagem ideias revolucionárias como as
ideias de igualdade e liberdade.
 As notícias da independência dos Estados Unidos e da
implantação de um governo republicano também animaram os
colonos insatisfeitos.
A CONJURAÇÃO MINEIRA (1789)
O indivíduo que mais se destacou nesse movimento foi Joaquim
José da Silva Xavier (militar, tropeiro e garimpeiro) que por ser
dentista prático recebeu o apelido de TIRADENTES.
O QUE PRETENDIAM OS CONJURADOS?
 Separar a região das Minas Gerais e a criação de uma
República;
 O perdão das dívidas dos envolvidos;
 Criação de uma Universidade em Vila Rica;
 Criação de uma Casa da Moeda;
 A instalação de manufaturas em diversas regiões do Brasil.
 Os conjurados divergiam quanto à escravidão: a maioria deles –
senhores de terras, mineradores e grandes comerciantes – era
favorável à continuidade da escravidão.
O PLANO DOS REVOLTOSOS DENUNCIADO
A rebelião foi denunciada por vários indivíduos. Um deles, o
coronel Joaquim Silvério dos Reis (imagem ao lado), que contou
o plano dos conjurados ao Visconde de Barbacena (governador)
em troca do perdão de uma dívida que tinha com Portugal e foi
perdoado. Silvério dos Reis morreu rico quase 30 anos depois.
PRISÕES DOS LÍDERES
 O governador suspendeu a derrama e ordenou a perseguição
dos envolvidos;
 Tiradentes e os demais conjurados foram presos;
 A rainha de Portugal, D. Maria I, ordenou a abertura de dois
processos, um no Rio de Janeiro e outro em Minas Gerais.
O DESFECHO DA CONJURAÇÃO MINEIRA
Depois de um processo investigativo de 3 anos (1792), a sentença
aos conjurados foi:
 Todos tiveram seus bens confiscados; 9 foram exilados para a
África;
 11 conjurados foram condenados à forca, porém, destes, 10
tiveram sua punição transformada em exílio;
CONJURAÇÃO BAIANA
Poucos anos após o julgamento dos inconfidentes mineiros, na
Bahia, também ocorreu uma revolta inspirada nas ideias
iluministas, que diferentemente da Inconfidência Mineira e foi
praticamente esquecida.
A Conjuração Baiana (também conhecida como Revolta dos
Alfaiates ou Revolta dos Búzios) foi composta por intelectuais,
profissionais liberais e muitos afrodescendentes alfaiates,
soldados, escravos e mulheres, têm uma grande importância para
a história do Brasil - foi a primeira revolta popular onde os objetivos
eram a liberdade e uma sociedade igualitária.
OS AFRODESCENDENTES NA BAHIA
 No final do século XVIII a população da Bahia era
composta por cerca de 60 mil habitantes, onde cerca de
40 mil eram afrodescendentes;
 O racismo contra os afrodescendentes prejudicava a vida
em sociedade;
 Muitos negros eram livres e moravam na cidade, onde
exerciam profissões como soldados e alfaiates;
 Mesmo sendo a grande maioria da população, os
afrodescendentes sofriam com o preconceito racial.
O DESCONTENTAMENTO DA POPULAÇÃO
Ocorria falta de alimentos básicos e impostos abusivos para
população;
Gerando uma insatisfação generalizada;
Diferentes grupos da sociedade: alfaiates, escravos, médicos,
membros da igreja (passam discutir ideias revolucionárias).
INFLUÊNCIAS REVOLUCIONÁRIAS
 As ideias iluministas eram espalhadas por todos os
cantos da Bahia;
 A Revolução Francesa (1789) e as Lutas pela liberdade
de São Domingo (1791), atual Haiti, inspiraram a
conjuração baiana;
 Em especial, a luta pela abolição da escravidão, em São
Domingos.
OS CAVALEIROS DA LUZ
 Médicos, padres e intelectuais da Bahia espalharam os
ideais iluministas pelos mais diferentes setores da
sociedade - incluindo alfaiates, escravos, mulheres;
 Criaram a Sociedade Secreta chamada de Cavaleiros da
Luz;
 Pensadores como Cipriano Barata (médico) e o padre
Agostinho Gomes começaram a pregar suas ideias.
A ESTRATÉGIA DOS PANFLETOS
 A estratégia para a divulgação das ideias revolucionárias
do movimento se deu por panfletos;
 No dia 12 de agosto de 1798 apareceram panfletos
afixados nos espaços públicos;
 Esses panfletos chamavam as pessoas para um
movimento em favor da república e da liberdade e
igualdade entre todos.
OBJETIVOS DOS CONJURADOS
 O fim do domínio português na Bahia;
 A proclamação de uma república em que todos tivessem
igualdade de tratamento;
 A abertura do porto de Salvador para o livre comércio;
 A diminuição dos impostos e o aumento dos soldos
(salários) e da oferta de alimentos;
 O fim da escravidão.
DESFECHO DA REVOLTA
 A revolta não chegou a ocorrer;
 Dois conjurados foram pegos e delataram os demais
participantes;
 As palavras usadas pelos rebeldes, liberdade e república,
atemorizaram as autoridades dos dois lados do Atlântico,
por isso a repressão foi violenta.