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Vamos resolver cada parte passo a passo:

1) Sistema com átomos em dois estados de energia: 0 e −ε


a) A entropia do sistema em função de U , N e ε:
Para um dado U , o número de átomos no estado −ε é n = U/ε. O número
de maneiras de escolher n átomos de N é dado pelo coeficiente binomial:
 
N N!
W = =
n n!(N − n)!
A entropia é dada por:

S(U, N, ε) = kB ln(W )
onde kB é a constante de Boltzmann.
b) A entropia em função de T , N e ε:
Usando a relação termodinâmica:
1 ∂S
T = ∂U
e a relação U = nε, podemos derivar S em relação a U para obter a tem-
peratura. No entanto, essa relação é complicada e não é trivial de resolver
diretamente.
Nos limites:

• T = 0: Todos os átomos estão no estado de menor energia, ou seja, −ε.


Portanto, S = 0, o que é consistente com a terceira lei da termodinâmica.
• T = ∞: Os átomos estão igualmente distribuídos entre os dois estados, e
a entropia é máxima.

c) Energia interna em função de T , N , e ε:


Usando o ensemble microcanônico, a energia interna é simplesmente U = nε.
Para relacionar n com T , precisamos usar a distribuição de Boltzmann. Nos
limites:

• T = 0: U = −N ε
• T = ∞: U = 0

Discussão:
Para T = 0: Todos os átomos estarão no estado de menor energia, ou seja,
−ε. Portanto, a energia interna será U = −N ε.
Para T = ∞: Os átomos estarão igualmente distribuídos entre os dois es-
tados, de modo que a energia interna média por átomo será zero. Portanto,
U = 0.
Estes resultados são intuitivos e podem ser obtidos sem calcular o número
de estados acessíveis. No zero absoluto, todos os átomos estarão no estado
de menor energia, enquanto em temperaturas infinitamente altas, os átomos
estarão distribuídos igualmente entre os estados disponíveis.

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