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Módulo 05:

Aterramento Elétrico (Mini Curso)

AULA 4: O ELETRICISTA PODE SER


RESPONSABILIZADO POR UM
ATERRAMENTO MAL FEITO

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AULA 4:
O ELETRICISTA PODE Especialista: André

SER RESPONSABILIZADO
POR UM ATERRAMENTO
MAL FEITO
Olá meu querido, bem vindo a mais uma aula do mini curso sobre
aterramento da Engehall Elétrica.
Você sabia que um eletricista pode ser responsabilizado civilmente
em caso de um acidente provocado pela falta, ineficiência ou até
mesmo a falha de proteção no sistema de aterramento que ele
tenha executado? Em casos extremos a ocorrência pode ser
seríssima, então fique atento!
Imagine a seguinte situação:
Uma pessoa lavando roupas,
com o chão todo molhado e
toma um choque ao encostar
na carcaça da máquina de
lavar por falta do aterramento
e morre, isso pode ocorrer?
Pode sim! E quem você acha
que será responsabilizado
por esse acidente caso os
familiares decidam procurar
seus direitos?
Todos os profissionais que projetaram (se houver projeto) e
executaram essa instalação poderão ser acionados judicialmente,
então se resguarde tecnicamente, ok? Esse será o assunto da
nossa aula, então vamos nessa que o assunto é bem polêmico.

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Diferença entre Negligência e
Imprudência
Então vamos ser práticos! Se existe uma norma que regulamenta
as instalações elétricas de baixa tensão no Brasil, no caso a
NBR-5410, você vai lá e fecha uma instalação elétrica com seu
cliente, vende essa prestação de serviço a ele e simplesmente
não faz um sistema de aterramento, que no caso é obrigatório
pela norma, você simplesmente está negligenciando essa
obrigatoriedade deixando de executar o sistema de
aterramento.
Agora vamos entender um pouco sobre esses termos jurídicos
para saber diferenciar:

Negligência: Você
sabe da
obrigatoriedade do
aterramento e não o
fez para seu cliente.

Imprudência: Você
até instalou o
aterramento, porém
utilizou material de
baixa qualidade ou
fora da norma.

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Imperícia

Exemplo: Suponhamos que você se dispôs a fazer a instalação


elétrica de uma residência sem conhecimento técnico o suficiente,
desrespeitando as questões normativas, como seções mínimas
dos cabos, cor de identificação, dispositivos de proteção e falta ou
ineficiência do aterramento.
Então fica claro que fazer instalação elétrica para um cliente, com
materiais ou até mesmo detalhes de execução fora da norma,
podem gerar problemas seríssimos, capazes de até tirar um bom
profissional do ramo, então, quando estiver atendendo um cliente
fazendo uma instalação nova, não tente dar aquele “jeitinho
brasileiro”, siga as normas!

E em caso de
reformas de instalação?
Agora em caso de reforma em um ponto específico de uma
instalação que não foi você quem fez, oriente o cliente sobre os
riscos da instalação dele, se possível até documente através do
registro de conversas, por whatsapp, email, termo de ciência ou
qualquer outro meio, mas procure documentar que você orientou a
fazer da forma certa, porém o cliente optou não executar, dessa
forma você transfere a responsabilidade pra ele.

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“Na Engehall Elétrica não instalamos
dispositivo DR em quadros que não
montamos, geralmente enviamos o
orçamento para o cliente do serviço
solicitado e deixamos como ponto de
observação que o cliente não concordou
em refazer a instalação e corrigir os pontos
que estavam fora de norma, assumindo
assim a responsabilidade pelo restante da Especialista
instalação. Inclusive a garantia que André Mafra

oferecemos de 90 dias, que é o prazo


mínimo legal, é referente a prestação de
serviço específica, e não da instalação
toda!”

Serei responsabilizado
civilmente?
Inicialmente sim. Caso o
reclamante prove que você
não seguiu a norma e você
não tenha provas de
defesa, automaticamente
você será obrigado a
reparar o dano causado
simplesmente pelo fato de
não ter seguido as normas.
Como sabemos, as NBR´s são normas técnicas que são
estabelecidas em consenso por um grupo de profissionais criadas
para estabelecer regras e orientações mínimas para execução de
alguma tarefa, então no caso de um processo judicial, a perícia irá
se basear nas normas para dizer se está certo ou errado a
execução daquele determinado serviço, e por fim o juiz tomará a
decisão em cima do inquérito entregue pelos peritos.
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E quais são as consequências?

Nesse caso há três


tipos de
consequência que
você poderá arcar:

1º Desde que não tenha como consequência a


perda de movimentos.
Nesse caso os custos do tratamento e demais indenizações que a
vítima solicitar deverão ser pagos até sua total recuperação.
Exemplo: Suponhamos que uma dona de casa tomou um choque na
lavadora de roupas, caiu e quebrou o braço, nesse caso ela pode te
acionar na justiça por não ter feito o aterramento na tomada da
lavadora!

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2º Em caso de perda de movimentos.
Além das indenizações citadas no item 1, você pode ser obrigado
a pagar pensão (no valor do salário que a pessoa recebia). E essa
pensão pode ser definida pelo juiz até o fim da vida dela, cabe
recurso? Cabe sim, porém é demorado e custa mais caro também,
infelizmente é assim.

3º Em caso de morte...
Além das indenizações do item 1, você terá despesas com o funeral,
luto da família, indenização à família da vítima durante 20 anos,
lembrando que isso é um prazo prescricional, podendo ser sentenciado
de acordo com cada juiz.
E como a decisão fica nas mãos de um tribunal, aí vem a pior parte, se o
pessoal da “capa preta” entender que pelos atos acima citados você
deverá ser punido criminalmente, assim será, e você pode até mesmo
pegar cadeia por homicídio culposo, quando não há intenção de matar!

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Nesta aula vimos:
• A responsabilidade de um eletricista durante uma instalação.
• Consequências por um aterramento mal feito.

AGRADECEMOS A SUA PARTICIPAÇÃO


Agradecemos a sua participação no mini treinamento na
Engehall Elétrica. Nos vemos em breve!

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