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Resumo Acerca Da História Da Filosofia
Resumo Acerca Da História Da Filosofia
- A filosofia não começa propriamente na Grécia continental, mas nas colónias gregas: na Jónia
(metade sul da costa ocidental da Ásia Menor) e na Magna Grécia (sul da península itálica e
Sicília).
- Os primeiros filósofos viveram por volta do século VI a.C. e, mais tarde, foram classificados
como pré-socráticos.
- Os primeiros filósofos, que viveram por volta do século VI a.C., procuram uma explicação
do universo, do “Cosmos”.
- A física jónica é a expressão de um pensamento filosófico racional e abstrato, pois é
justificado por argumentos, sem recorrer a explicações sobrenaturais.
- A contemplação e observação da natureza, isto é, dos fenómenos naturais, suscitou nos
primeiros filósofos gregos grandes interrogações:
- As respostas são muito variadas. Cada filósofo descobre um fundamento, uma unidade
que possa explicar a multiplicidade.
↓
- Já podemos observar aqui uma diferença entre o pensamento mítico e a filosofia nascente: não
há unanimidade de pensamento, mas divergências entre os pensadores e pluralidade de
explicações a respeito do princípio de todas as coisas.
- O mito (definição pág.31) é uma narrativa cujo conteúdo não se questiona, enquanto a
filosofia problematiza e, portanto convida à discussão.
Especificidade da filosofia
Radicalidade
“Defender que a Filosofia é radical significa, como a própria palavra indica, ser capaz
de ir à raiz, à origem das coisas, aos fundamentos últimos. Por isso, alguns filósofos
definiram a Filosofia como uma busca dos fundamentos últimos, como procura das
primeiras causas e dos primeiros princípios que estão na raiz, na origem de todas
as coisas.
É radical porque o questionamento constante, e a atividade crítica, abarcam toda a
realidade.”
Universalidade
“Defender que a Filosofia é universal significa, em primeiro lugar, aceitar que ela não é
feita exclusivamente por especialistas, os chamados filósofos profissionais, mas que
pode ser praticada por todos os homens e mulheres (todos os homens são filósofos e
toda a Filosofia se dirige a todos os homens). Como defende Gabriel Marcel (1889-
1973) encontramos em todo o ser pensante um rudimento de experiência filosófica,
aquilo que vulgarmente se designa como capacidade espontânea de filosofar e que é
diferente do chamado filosofar sistemático, próprio dos filósofos profissionais.
Aceitar que a Filosofia é universal significa, em segundo lugar, aceitar que o trabalho
da Filosofia é procurar compreender o real na sua totalidade ou na sua
universalidade e aceitar ainda que as reflexões do filósofo, enquanto cidadão do
Mundo, se destinam a todos os seres humanos e que os problemas filosóficos e as
respostas filosóficas são problemas e questões que preocupam e interessam a toda
a humanidade”
Os grandes problemas/questões são comuns a toda a humanidade.
Autonomia
“Defender que a Filosofia é autónoma é admitir que se rege pelas próprias regras, ou
seja, é admitir a independência relativamente a outros campos do saber. Por isso se
diz que a Filosofia é autónoma relativamente às ciências, às religiões, às ideologias, à
política, ao senso comum. Isto não significa que a Filosofia não tenha necessidade de
dialogar com estes campos do saber. Significa apenas que só uma razão
independente de dogmas, de ideias feitas e de preconceitos, pode ser apresentada
como verdadeira razão emancipada e livre”.
A Filosofia assume uma postura crítica, utilizando a dúvida para ultrapassar a
ignorância e as evidências – filósofo ousa pensar por si mesmo.
Historicidade
“Defender que a filosofia é histórica significa, em primeiro lugar, compreender que ela
se desenvolve (e continuará a desenvolver) ao longo do tempo ou ao longo da
história. Por isso se diz que o filósofo é filho do tempo e, como tal, todos os textos
filosóficos e algumas questões filosóficas, traduzem sempre as marcas próprias do
seu contexto económico, social, cultural e temporal.
Depois, embora cada filósofo construa o seu pensamento próprio, ninguém acreditará na
originalidade total. Por isso cada filosofar está inserido na tradição histórica.
Ninguém começa a filosofar a partir do zero”. (Adaptado a partir do manual Ensaio de
Filosofia para não-filósofos, Porto Editora.)
-Apesar da procura da compreensão da totalidade, ser uma das características mais comuns às
diferentes filosofias, a verdade é que se foram definindo diversas áreas de investigação, as
denominadas disciplinas filosóficas, exs. Antropologia filosófica; Ética; Estética; Lógica …