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Materiais Pétreos - Rochas e Agregados - Materiais de Construção II
Materiais Pétreos - Rochas e Agregados - Materiais de Construção II
▪ Estiveram, e ainda estão presentes nas pirâmides do Egito, construídas há cerca de 4000 anos, e,
durante toda a antiguidade, nos edifícios e monumentos (pontes, estradas, aquedutos, palácios, castelos,
igrejas, túmulos) europeus, tanto pela sua abundância como pela resistência e durabilidade.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
▪ Com o decorrer dos tempos, sua função estrutural foi sendo gradativamente substituída pela de
revestimento, seu principal uso atual, sendo utilizada ainda como fundação, agregados para concreto
e pavimento.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
▪ Com o decorrer dos tempos, sua função estrutural foi sendo gradativamente substituída pela de
revestimento, seu principal uso atual, sendo utilizada ainda como fundação, agregados para concreto
e pavimento.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
▪ Com o decorrer dos tempos, sua função estrutural foi sendo gradativamente substituída pela de
revestimento, seu principal uso atual, sendo utilizada ainda como fundação, agregados para concreto
e pavimento.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
▪ Mineral é uma substância sólida natural, inorgânica e homogênea, que possui composição
química definida e estrutura cristalina característica.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
✓ Textura: arranjo espacial microscópico dos minerais; está intimamente relacionado à mineralogia
e às condições físicas vigentes durante a formação; a porosidade/permeabilidade e as
resistências mecânicas, em parte, dependem da textura, que também reflete o grau de
coesão da rocha
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
As rochas ígneas, usualmente, são maciças, o que lhes confere características físicas e
mecânicas homogêneas (isotropia).
✓ Flexão: solicitações ocorrem principalmente quando são utilizadas como telhas (ardósias), pisos
elevados, degraus de escada, tampos de pias e balcões; permite-se avaliar a sua aptidão para uso
em revestimento, ou elemento estrutural, possibilitando o cálculo de parâmetros, como
espessura
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
✓ Flexão: solicitações ocorrem principalmente quando são utilizadas como telhas (ardósias), pisos
elevados, degraus de escada, tampos de pias e balcões; permite-se avaliar a sua aptidão para uso
em revestimento, ou elemento estrutural, possibilitando o cálculo de parâmetros, como
espessura
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
✓ Flexão
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
▪ Usos: as rochas ornamentais podem tem funções estruturais (alvenaria, colunas e pilares) e de
revestimento.
▪ Principais solicitações em rochas para revestimento, que devem ser consideradas na escolha da rocha
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
▪ Alteração das rochas é um fenômeno natural que ocorre ao serem expostas na superfície terrestre,
em resposta às novas condições e pela atuação do intemperismo. Principais agentes intempéricos:
✓ Umidade: independente da origem (chuva, névoa, umidade relativa do ar, solo), é considerada um
dos agentes deletérios mais importantes, pois possibilita a reação química entre os constituintes
da rocha, o transporte de sais solúveis e a ação de poluentes atmosféricos;
▪ Para a conservação das obras e dos materiais de construção empregados, existe atualmente uma
enorme oferta de produtos químicos (hidrofugantes, impermeabilizantes, consolidantes, entre outros)
de composição acrílica, epóxida, etc., que se propõem a preservá-los das intempéries e ações
antrópicas, dentre outros fenômenos.
AGREGADOS
▪ Os agregados devem ser compostos por grãos de minerais duros, compactos, estáveis, duráveis e limpos, e não
devem conter substâncias de natureza e em quantidade que possam afetar a hidratação e o endurecimento do
cimento, a proteção da armadura contra a corrosão, a durabilidade ou, quando for requerido, o aspecto visual
externo do concreto
▪ Não devem reagir perante o cimento e ser estáveis perante os agentes que irão entrar em contato com o
concreto
▪ “Agregados que apresentem variabilidade em suas características que ultrapassem os limites estabelecidos apenas
podem ser utilizados em concreto se aprovados por profissional responsável e em comum acordo entre o
proprietário da obra e o produtor de agregados”.
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019
▪ Classificação:
✓ Segundo a origem:
• Agregado miúdo: agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm
• Agregado graúdo: agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam
retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019
▪ Classificação:
• Leves: massa específica < 2,0 g/cm³. Ex.: vermiculita, argila expandida
• Médios: massa específica entre 2,0 g/cm³ e 3,0 g/cm³. Ex.: calcário, granito, areia
• Pesados: massa específica > 3,0 g/cm³. Ex.: barita, hematita, magnetita
AGREGADOS PARA CONCRETO
▪ Composição mineralógica dos agregados – ABNT NBR 7389:2009. Dentre as rochas mais comumente exploradas
na construção civil estão:
▪ Matéria-prima:
✓ Granito: rocha plutônica ácida (~ 75% de sílica). Ordens de grandeza das constantes físicas:
▪ Definições
• Módulo de finura: soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da
série normal, dividida por 100
OBS:
▪ Granulometria 75 mm -
ABNT NBR NM 248:2003 - 63 mm
- 50 mm
• Para o mesmo consumo de 37,5 mm -
cimento, uma certa distribuição - 31,5 mm
granulométrica dos agregados - 25 mm
faz com que o concreto tenha Conjunto de peneiras das
19 mm -
uma maior resistência à séries normal e intermediária
- 12,5 mm
ruptura e uma melhor 9,5 mm -
trabalhabilidade
- 6,3 mm
4,75 mm -
2,36 mm -
1,18 mm -
600 µm -
300 µm -
150 µm -
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019
▪ Granulometria
Peneira
(mm) Massa Retida 1 % Retida 1 Massa Retida 2 % Retida 2 % Ret. Média % Ret. Acum. ∆% Ret. 1 e 2
12,5 0 0
9,5 12,87 20,13
6,3 11,67 13,12
4,75 19,56 18,9
2,4 81,92 108,11
1,2 185,32 216,99
0,6 325,18 312
0,3 273,2 237,15
0,15 77,19 63,23
Fundo 12,04 8,32
Total 998,95 997,95
Perda
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019
▪ Granulometria
Peneira
(mm) Massa Retida 1 % Retida 1 Massa Retida 2 % Retida 2 % Ret. Média % Ret. Acum. ∆% Ret. 1 e 2
12,5 0 0,0% 0 0,0% 0% 0,0% 0,0%
9,5 12,87 1,3% 20,13 2,0% 1,7% 1,7% 0,7%
6,3 11,67 1,2% 13,12 1,3% 1,2% 2,9% 0,1%
4,75 19,56 2,0% 18,9 1,9% 1,9% 4,8% 0,1%
2,4 81,92 8,2% 108,11 10,8% 9,5% 14,3% 2,6%
1,2 185,32 18,6% 216,99 21,7% 20,1% 34,5% 3,2%
0,6 325,18 32,6% 312 31,2% 31,9% 66,4% 1,3%
0,3 273,2 27,3% 237,15 23,7% 25,5% 91,9% 3,6%
0,15 77,19 7,7% 63,23 6,3% 7,0% 98,9% 1,4%
Fundo 12,04 1,2% 8,32 0,8% 1,0% 99,9% 0,4%
Total 998,95 997,95
Perda 0,1% 0,2%
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019
▪ Granulometria
Peneira
(mm) Massa Retida 1 % Retida 1 Massa Retida 2 % Retida 2 % Ret. Média % Ret. Acum. ∆% Ret. 1 e 2
12,5 0 0,0% 0 0,0% 0% 0,0% 0,0%
9,5 12,87 1,3% 20,13 2,0% 1,7% 1,7% 0,7%
6,3 11,67 1,2% 13,12 1,3% 1,2% 2,9% 0,1%
4,75 19,56 2,0% 18,9 1,9% 1,9% 4,8% 0,1%
2,4 81,92 8,2% 108,11 10,8% 9,5% 14,3% 2,6%
1,2 185,32 18,6% 216,99 21,7% 20,1% 34,5% 3,2%
0,6 325,18 32,6% 312 31,2% 31,9% 66,4% 1,3%
0,3 273,2 27,3% 237,15 23,7% 25,5% 91,9% 3,6%
0,15 77,19 7,7% 63,23 6,3% 7,0% 98,9% 1,4%
Fundo 12,04 1,2% 8,32 0,8% 1,0% 99,9% 0,4%
Total 998,95 997,95
Perda 0,1% 0,2% A perda deve ser menor do que 0,3% em massa. Nesse
caso, a massa inicial era de 1,0kg
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019
▪ Granulometria
▪ Agregado miúdo: distribuição granulométrica determinada segundo a ABNT NBR 248, deve atender aos limites
estabelecidos
100%
90%
80%
70%
Zona utilizável
% Ret. Acum.
60%
50%
40%
30%
0%
10 1 0,1
▪ Agregado miúdo: distribuição granulométrica determinada segundo a ABNT NBR 248, deve atender aos limites
estabelecidos
Distribuição
100%
100%
granulométrica
do exemplo 90%
90%
mostrado 80%
80%
acima. Se 70%
70%
enquadrou
% Ret. Acum.
60%
60%
preponderante 50%
50%
montada em 20%
20%
escala 10%
10%
logarítmica 0%
0%
10
10 1 0,1
▪ Agregado graúdo - distribuição granulométrica determinada segundo a ABNT NBR 248 deve atender aos limites
estabelecidos
Zonas granulométricas
1
0,9
0,8
0,7
0,6
% Ret. Acum.
4,75/12,5
0,5 9,5/25
19/31,5
0,4
25/50
37,5/75
0,3
0,2
0,1
0
100 10 1 0,1
Abertura da peneira (mm)
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019
▪ Agregado graúdo - distribuição granulométrica determinada segundo a ABNT NBR 248 deve atender aos limites
estabelecidos
Zonas granulométricas
1
100%
0,9
90%
0,8
80%
0,7
70%
0,6
60% Brita 19,0 mm
% Ret. Acum.
% Ret. Acum.
4,75/12,5
4,75/12,5
0,5
50% 9,5/25
9,5/25
19/31,5
0,4
40% 19/31,5
25/50
25/50
37,5/75
30%
0,3 37,5/75
20%
0,2
10%
0,1
00%
100
100 10 1 1 0,1 0,1
Abertura
Aberturada
dapeneira
peneira(mm)
(mm)
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019
▪ Distribuição granulométrica:
✓ A distribuição granulométrica tem influência na trabalhabilidade do concreto fresco: alta porcentagem de material
fino (~ 0,15 mm) exige aumento da água de amassamento e, consequentemente, de cimento - para o mesmo fator
água/cimento - tornando o concreto mais dispendioso.
✓ Há ainda a considerar material ainda mais fino, inferior a 0,075 mm, portanto com finura da ordem da do cimento:
é ainda mais perigoso, visto que os grãos misturam-se com os do cimento, criando descontinuidade na argamassa e
reduzindo a resistência do concreto.
✓ Por outro lado, concreto sem finos (sem fração de 0,076 mm a 2,4 mm) são concretos pouco trabalháveis, sujeitos
a maior exsudação, com grande permeabilidade, muito sujeitos a agentes agressivos. Aumentando o teor de
cimento, reduz-se este inconveniente, mas aumenta-se a retração e o custo.
✓ Denomina-se granulometria ótima a que, para uma mesma trabalhabilidade e o mesmo fator água/cimento,
corresponde a um mínimo consumo de cimento.
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019
▪ Exsudação:
▪ Segregação ▪ Coesão
AGREGADOS PARA CONCRETO
▪ Forma dos grãos - ABNT NBR 7809:2019: relação comprimento/espessura não deve ser superior a 3
✓ A: comprimento
✓ B: largura
✓ C: espessura
▪ Material fino que passa através da peneira 75 µm por lavagem (material pulverulento) - ABNT NBR 46:2003
▪ Impurezas orgânicas - ABNT NBR 49:2001 a solução obtida no ensaio deve ser mais clara do que a solução padrão de
ácido tânico
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019
▪ Durabilidade
▪ Os sulfatos, também conhecidos como óxido sulfúrico, normalmente encontram-se diluídos na água, o que torna
os concretos destinados a obras marítimas, subterrâneas ou de condução de rejeitos industriais e esgoto os mais
vulneráveis a esses ataques. Quando os íons de sulfato reagem com o cimento hidratado, originam produtos
capazes de expandir o concreto. É a denominada Etringita tardia
▪ A corrosão das armaduras devido à ação dos cloretos é uma das principais causas de deterioração das estruturas
de concreto. A ação destes íons é especialmente agressiva, pois a despassivação da armadura pode ocorrer com
pH elevado (~ 12). Origina uma corrosão pontual, porém bastante intensa, reduzindo a seção resistente do aço
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2009
▪ Desgaste - ABNT NBR NM 51: o índice de desgaste por abrasão “Los Angeles” deve ser inferior a 50% em massa
AGREGADOS PARA CONCRETO
✓ A reação álcali-agregado (RAA) é uma reação química que se processa numa argamassa ou concreto, entre
os íons hidroxilas (OH-) associados aos álcalis óxido de sódio (Na2O) e óxido de potássio (K2O),
provenientes do cimento ou de outras fontes (água, aditivos, adições), e agregados potencialmente reativos,
em condições diferenciadas de temperatura, pressão e pH, na presença de água.
✓ Essa reação pode resultar em um gel expansivo, o qual ao se dispor nos vazios do concreto e na superfície
do agregado em contato com a pasta de cimento, pode resultar em fissuras generalizadas e, desta forma,
comprometer a qualidade da estrutura.
✓ É muito importante determinar a reatividade do agregado antes deste ser usado no concreto e, a partir
dessa avaliação, selecionar o cimento Portland mais adequado.
AGREGADOS PARA CONCRETO
2
Expansão (%)
1,5
7
2
1 4
6
0,5
Limite 30 dias 3
0 5
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (Dias)
AGREGADOS PARA CONCRETO
7
1 - cimento padrão
1,2 2
2 - CP II E 32 RS
1
3 - CP III 40 RS
4 4 - CP II Z 32 RS
6
0,8 5 - CP IV 32 RS
6 - CP IV 32 RS
Expansão (%)
0,6
7 - CP IV 32 RS
30 dias
0,4
A massa específica
representa a massa
do agregado pelo
volume do agregado
AGREGADOS PARA CONCRETO
A massa unitária
representa a massa do
agregado pelo volume
do recipiente
AGREGADOS PARA CONCRETO