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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II

PROFª LILIAN BRASILEIRO


ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ As rochas constituem, desde os primórdios da humanidade, os elementos em que as obras de


engenharia são construídas e os materiais utilizados na sua construção.

▪ Estiveram, e ainda estão presentes nas pirâmides do Egito, construídas há cerca de 4000 anos, e,
durante toda a antiguidade, nos edifícios e monumentos (pontes, estradas, aquedutos, palácios, castelos,
igrejas, túmulos) europeus, tanto pela sua abundância como pela resistência e durabilidade.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Por essas características e pela grande diversidade de padrões cromáticos e estruturais, as


rochas são utilizadas até hoje na construção civil.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Com o decorrer dos tempos, sua função estrutural foi sendo gradativamente substituída pela de
revestimento, seu principal uso atual, sendo utilizada ainda como fundação, agregados para concreto
e pavimento.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Com o decorrer dos tempos, sua função estrutural foi sendo gradativamente substituída pela de
revestimento, seu principal uso atual, sendo utilizada ainda como fundação, agregados para concreto
e pavimento.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Com o decorrer dos tempos, sua função estrutural foi sendo gradativamente substituída pela de
revestimento, seu principal uso atual, sendo utilizada ainda como fundação, agregados para concreto
e pavimento.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Rocha é definida como um corpo sólido natural, resultante de um processo geológico


determinado, formado por agregados de um ou mais minerais, arranjados segundo as condições de
temperatura e pressão existentes durante a sua formação.

▪ Mineral é uma substância sólida natural, inorgânica e homogênea, que possui composição
química definida e estrutura cristalina característica.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Três aspectos primordiais condicionarão praticamente todas as propriedades das rochas:

✓ Composição mineralógica: reflete a composição química e as condições de formação e de


alteração de cada mineral componente; tem influência decisiva nas propriedades da rocha e
na sua durabilidade
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Três aspectos primordiais condicionarão praticamente todas as propriedades das rochas:

✓ Textura: arranjo espacial microscópico dos minerais; está intimamente relacionado à mineralogia
e às condições físicas vigentes durante a formação; a porosidade/permeabilidade e as
resistências mecânicas, em parte, dependem da textura, que também reflete o grau de
coesão da rocha
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Três aspectos primordiais condicionarão praticamente todas as propriedades das rochas:

✓ Estrutura: compreende a orientação e as posições de massas rochosas em uma


determinada área.

As rochas ígneas, usualmente, são maciças, o que lhes confere características físicas e
mecânicas homogêneas (isotropia).

Estrutura isotrópica - granito


ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Três aspectos primordiais condicionarão praticamente todas as propriedades das rochas:

✓ Estrutura: compreende a orientação e as posições de massas rochosas em uma


determinada área.

A orientação mineral de rochas sedimentares confere-lhes anisotropia, entendida como


a variação espacial das propriedades mecânicas, conforme o plano de orientação dos
minerais e, consequentemente, da rocha. As maiores resistências mecânicas, em geral, estão
no plano ortogonal à estruturação geral da rocha.

Estrutura anisotrópica - gnaisse


ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ O estudo petrográfico estabelece a classificação da rocha e compreende a descrição macroscópica


(estruturação, cor) e microscópica (mineralogia, textura, granulação), com ênfase nas características
(alteração, deformação, padrão de microfissuramento e outros) que possam influenciar o
comportamento mecânico e a durabilidade sob condições de uso a que será submetida.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Propriedades físicas e mecânicas:

✓ Dureza: refere-se tanto à resistência ao corte e polimento quanto à resistência ao


desgaste abrasivo pelo trânsito de pedestres ou veículos, sendo este último importante
parâmetro para a escolha de materiais para revestimento de pisos.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Propriedades físicas e mecânicas:

✓ Densidade: fornece o peso da rocha, importante parâmetro para o cálculo de cargas em


construções, o dimensionamento de embalagens, os custos e meios de transporte, etc.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Propriedades físicas e mecânicas:

✓ Absorção e porosidade: fornecem indicação do estado fissural e de alterações de rochas;


fatores determinantes para a resistência e durabilidade da rocha.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Propriedades físicas e mecânicas:

✓ Capilaridade: a absorção depende do sistema poroso da rocha, que é responsável pela


permeabilidade à água, cujo grau depende da estrutura capilar. Isso torna mais importante
o conhecimento da distribuição e do tamanho dos poros do que a porosidade integral da
rocha.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Propriedades físicas e mecânicas:

✓ Dilatação térmica: as rochas, como vários materiais de construção, dilatam-se quando se


aquecem e contraem-se ao esfriarem, implicando variações nas dimensões e no
volume. Sendo assim, isto deve ser levado em consideração para o dimensionamento do
espaçamento das juntas em revestimento, destacadamente, de exteriores.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Propriedades físicas e mecânicas:

✓ Compressão: sua finalidade é fornecer parâmetros para o dimensionamento do material rochoso


utilizado como elemento estrutural; indica a integridade física da rocha
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Propriedades físicas e mecânicas:

✓ Flexão: solicitações ocorrem principalmente quando são utilizadas como telhas (ardósias), pisos
elevados, degraus de escada, tampos de pias e balcões; permite-se avaliar a sua aptidão para uso
em revestimento, ou elemento estrutural, possibilitando o cálculo de parâmetros, como
espessura
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Propriedades físicas e mecânicas:

✓ Flexão: solicitações ocorrem principalmente quando são utilizadas como telhas (ardósias), pisos
elevados, degraus de escada, tampos de pias e balcões; permite-se avaliar a sua aptidão para uso
em revestimento, ou elemento estrutural, possibilitando o cálculo de parâmetros, como
espessura
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Propriedades físicas e mecânicas:

✓ Flexão
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Propriedades físicas e mecânicas:

✓ Velocidade de propagação de ondas ultrassônicas: permite avaliar, indiretamente, o grau de


alteração e de coesão das rochas; ensaio não-destrutivo; valores mais altos indicam um
menor grau de alteração e uma maior coesão entre seus minerais formadores.
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Rocha Característica
- Homogeneidade textural e estrutural
Granitos - Maior uniformidade das propriedades físicas e mecânicas
- Maior facilidade de controle de qualidade e recepção de material
- Quantidade, dimensões, variedades e disposição tridimensional dos minerais respondem
Gnaisses /
pela heterogeneidade textural e estrutural e pela abundância de padrões estéticos
Migmatitos
- As propriedades diferem de acordo com os planos de orientação da rocha
- Cores claras com tonalidades pastéis: muito utilizada em interiores
Calcários /
- Menor resistência ao desgaste abrasivo, relativamente aos outros grupos
Mármores
- Nem todos os tipos e acabamentos são adequados para usos em exteriores
- Diferenciam-se dos calcários pela estrutura vacuolar (presença de cavidades)
Travertinos - Em geral, são submetidos a tratamentos com agentes químicos (resinagem)
- Mais adequados para interiores
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Rocha Característica
- Quartzitos foliados naturalmente exibem superfície rugosa e não são submetidos a
processos de processamento onerosos
Quartzitos - Acabamento naturalmente rústico das placas, aliado ao baixo desgaste abrasivo, torna-
os adequados para pisos e pavimentos de exteriores, de alto tráfego e áreas molhadas
(bordas de piscinas, por exemplo)
- Usadas principalmente como telhas, na Europa, por resistir à flexão suficiente para
suportar o peso da neve, e por proporcionar isolamento térmico
Ardósias
- No Brasil, são usadas principalmente no revestimento de pisos e pavimentos, aliando
seu padrão natural e baixo custo de extração e produção
- Mais porosos e menos resistentes que as outras rochas
Arenitos
- Necessitam de cuidadoso dimensionamento, especialmente da espessura
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
▪ Comparação simplificada das propriedades dos diferentes tipos rochosos, relativamente aos granitos
Peso Absorção Resistência Resistências
Rocha
(densidade) de água à abrasão mecânicas (*)
Granitos pretos > = ou < < = ou >
Granitos amarelos = ou < > < < ou << ª
Gnaisses e Migmatitos = = = = ou < ª
Mármores e Calcários = < << < a <<
Travertinos < >> a >>> < a << <
Quartzitos < =a> < =a>
Arenitos < a <<< > a >>> < <<
Ardósias < = < >º
Nota: são considerados, para comparação, “granitos verdadeiros”, homogêneos e inalterados; (*) resistências à
compressão e à flexão; ª propriedades determinadas segundo o plano de gnaissificação da rocha (de menor resistência
mecânica); º considera-se somente a resistência à flexão
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Usos: as rochas ornamentais podem tem funções estruturais (alvenaria, colunas e pilares) e de
revestimento.

▪ Observa-se, com relativa frequência, a ocorrência de problemas pós-obra ligados mais às


características do projeto do que às das rochas (uso em ambientes impróprios, práticas
construtivas inadequadas, associação de materiais incompatíveis e muitos outros).
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Principais solicitações em rochas para revestimento, que devem ser consideradas na escolha da rocha
ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Propriedades importantes para a escolha e utilização de rochas em revestimento, conforme o emprego


ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Alteração das rochas é um fenômeno natural que ocorre ao serem expostas na superfície terrestre,
em resposta às novas condições e pela atuação do intemperismo. Principais agentes intempéricos:

✓ Umidade: independente da origem (chuva, névoa, umidade relativa do ar, solo), é considerada um
dos agentes deletérios mais importantes, pois possibilita a reação química entre os constituintes
da rocha, o transporte de sais solúveis e a ação de poluentes atmosféricos;

✓ Temperatura do ar: pode acelerar as reações químicas;

✓ Insolação e resfriamento noturno: responsáveis pelos movimentos térmicos;

✓ Vento e energia cinética: promovem ação abrasiva sobre as paredes

✓ Constituintes do ar e poluentes atmosféricos: condicionam as taxas de ataque químico


ROCHA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

▪ Para a conservação das obras e dos materiais de construção empregados, existe atualmente uma
enorme oferta de produtos químicos (hidrofugantes, impermeabilizantes, consolidantes, entre outros)
de composição acrílica, epóxida, etc., que se propõem a preservá-los das intempéries e ações
antrópicas, dentre outros fenômenos.
AGREGADOS

▪ Os agregados devem ser compostos por grãos de minerais duros, compactos, estáveis, duráveis e limpos, e não
devem conter substâncias de natureza e em quantidade que possam afetar a hidratação e o endurecimento do
cimento, a proteção da armadura contra a corrosão, a durabilidade ou, quando for requerido, o aspecto visual
externo do concreto

▪ Contribuem com cerca de 80% do peso do concreto

▪ Não devem reagir perante o cimento e ser estáveis perante os agentes que irão entrar em contato com o
concreto

▪ “Agregados que apresentem variabilidade em suas características que ultrapassem os limites estabelecidos apenas
podem ser utilizados em concreto se aprovados por profissional responsável e em comum acordo entre o
proprietário da obra e o produtor de agregados”.
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Classificação:

✓ Segundo a origem:

• Naturais: os que já se encontram em forma particulada na natureza. Ex.: areia e cascalho


• Industrializados: os que têm sua composição particulada obtida por processos industriais. Nestes casos,
a matéria-prima pode ser: rocha, escória de alto-forno e argila. Ex.: brita.

✓ Segundo as dimensões das partículas:

• Agregado miúdo: agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm
• Agregado graúdo: agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam
retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Classificação:

✓ Segundo o peso específico aparente:

• Leves: massa específica < 2,0 g/cm³. Ex.: vermiculita, argila expandida
• Médios: massa específica entre 2,0 g/cm³ e 3,0 g/cm³. Ex.: calcário, granito, areia
• Pesados: massa específica > 3,0 g/cm³. Ex.: barita, hematita, magnetita
AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Composição mineralógica dos agregados – ABNT NBR 7389:2009. Dentre as rochas mais comumente exploradas
na construção civil estão:

Rocha Tipo Origem


Granito Plutônica Rocha ígnea intrusiva
Basalto Vulcânica Rocha ígnea extrusiva
Gnaisse Metamórfica Rocha formada a partir de outras rochas
Rocha formada a partir da solidificação de
Calcário Sedimentar
sedimentos e matérias orgânicas
Rocha formada a partir da solidificação de
Arenito Sedimentar
sedimentos e matérias orgânicas
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Matéria-prima:

✓ Granito: rocha plutônica ácida (~ 75% de sílica). Ordens de grandeza das constantes físicas:

• Densidade: 2,7 g/cm³


• Taxa de ruptura sob compressão: 90 MPa
• Taxa de ruptura sob flexão: 30 MPa
• Taxa de ruptura sob tração: 10 MPa
• Módulo de elasticidade: 34 GPa
• Coeficiente de Poisson: 0,28

OBS: Coeficiente de Poisson = lateral ou transversal / longitudinal

- Materiais convencionais tem Coeficiente de Poisson positivo, ou seja, contraem-se transversalmente


quando esticados longitudinalmente e se expandem transversalmente quando comprimidos
longitudinalmente
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Definições

• Dimensão máxima característica: grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado,


correspondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária na
qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em
massa

• Módulo de finura: soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da
série normal, dividida por 100

OBS:

✓ O módulo de finura da zona ótima varia de 2,20 a 2,90


✓ O módulo de finura da zona utilizável inferior varia de 1,55 a 2,20
✓ O módulo de finura da zona utilizável superior varia de 2,90 a 3,50
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019
Série normal Série intermediária

▪ Granulometria 75 mm -
ABNT NBR NM 248:2003 - 63 mm
- 50 mm
• Para o mesmo consumo de 37,5 mm -
cimento, uma certa distribuição - 31,5 mm
granulométrica dos agregados - 25 mm
faz com que o concreto tenha Conjunto de peneiras das
19 mm -
uma maior resistência à séries normal e intermediária
- 12,5 mm
ruptura e uma melhor 9,5 mm -
trabalhabilidade
- 6,3 mm
4,75 mm -
2,36 mm -
1,18 mm -
600 µm -
300 µm -
150 µm -
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Granulometria
Peneira
(mm) Massa Retida 1 % Retida 1 Massa Retida 2 % Retida 2 % Ret. Média % Ret. Acum. ∆% Ret. 1 e 2
12,5 0 0
9,5 12,87 20,13
6,3 11,67 13,12
4,75 19,56 18,9
2,4 81,92 108,11
1,2 185,32 216,99
0,6 325,18 312
0,3 273,2 237,15
0,15 77,19 63,23
Fundo 12,04 8,32
Total 998,95 997,95
Perda
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Granulometria
Peneira
(mm) Massa Retida 1 % Retida 1 Massa Retida 2 % Retida 2 % Ret. Média % Ret. Acum. ∆% Ret. 1 e 2
12,5 0 0,0% 0 0,0% 0% 0,0% 0,0%
9,5 12,87 1,3% 20,13 2,0% 1,7% 1,7% 0,7%
6,3 11,67 1,2% 13,12 1,3% 1,2% 2,9% 0,1%
4,75 19,56 2,0% 18,9 1,9% 1,9% 4,8% 0,1%
2,4 81,92 8,2% 108,11 10,8% 9,5% 14,3% 2,6%
1,2 185,32 18,6% 216,99 21,7% 20,1% 34,5% 3,2%
0,6 325,18 32,6% 312 31,2% 31,9% 66,4% 1,3%
0,3 273,2 27,3% 237,15 23,7% 25,5% 91,9% 3,6%
0,15 77,19 7,7% 63,23 6,3% 7,0% 98,9% 1,4%
Fundo 12,04 1,2% 8,32 0,8% 1,0% 99,9% 0,4%
Total 998,95 997,95
Perda 0,1% 0,2%
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Granulometria
Peneira
(mm) Massa Retida 1 % Retida 1 Massa Retida 2 % Retida 2 % Ret. Média % Ret. Acum. ∆% Ret. 1 e 2
12,5 0 0,0% 0 0,0% 0% 0,0% 0,0%
9,5 12,87 1,3% 20,13 2,0% 1,7% 1,7% 0,7%
6,3 11,67 1,2% 13,12 1,3% 1,2% 2,9% 0,1%
4,75 19,56 2,0% 18,9 1,9% 1,9% 4,8% 0,1%
2,4 81,92 8,2% 108,11 10,8% 9,5% 14,3% 2,6%
1,2 185,32 18,6% 216,99 21,7% 20,1% 34,5% 3,2%
0,6 325,18 32,6% 312 31,2% 31,9% 66,4% 1,3%
0,3 273,2 27,3% 237,15 23,7% 25,5% 91,9% 3,6%
0,15 77,19 7,7% 63,23 6,3% 7,0% 98,9% 1,4%
Fundo 12,04 1,2% 8,32 0,8% 1,0% 99,9% 0,4%
Total 998,95 997,95
Perda 0,1% 0,2% A perda deve ser menor do que 0,3% em massa. Nesse
caso, a massa inicial era de 1,0kg
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▪ Granulometria

Peneira (mm) % Retida Acumulada


Para este ensaio de granulometria:
OBS: Fundo não é peneira, 12,5 0,0%
Dmáx = 4,75mm
portanto não entra na 9,5 1,7%
Módulo de finura (MF) = 3,12
soma do módulo de finura 6,3 2,9%
4,75 4,8%
2,4 14,3%
1,2 34,5%
0,6 66,4%
0,3 91,9%
0,15 98,9%
Fundo 99,9%
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Agregado miúdo: distribuição granulométrica determinada segundo a ABNT NBR 248, deve atender aos limites
estabelecidos

100%

90%

80%

70%
Zona utilizável
% Ret. Acum.

60%

50%

40%

30%

20% Zona ótima


10%

0%
10 1 0,1

Abertura da peneira (mm)


AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Agregado miúdo: distribuição granulométrica determinada segundo a ABNT NBR 248, deve atender aos limites
estabelecidos
Distribuição
100%
100%
granulométrica
do exemplo 90%
90%

mostrado 80%
80%

acima. Se 70%
70%

enquadrou
% Ret. Acum.

60%
60%

preponderante 50%
50%

mente na zona 40%


40%

utilizável. Curva 30%


30%

montada em 20%
20%
escala 10%
10%
logarítmica 0%
0%
10
10 1 0,1

Abertura da peneira (mm)


AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Agregado graúdo - distribuição granulométrica determinada segundo a ABNT NBR 248 deve atender aos limites
estabelecidos
Zonas granulométricas
1

0,9

0,8

0,7

0,6

% Ret. Acum.
4,75/12,5
0,5 9,5/25
19/31,5
0,4
25/50
37,5/75
0,3

0,2

0,1

0
100 10 1 0,1
Abertura da peneira (mm)
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Agregado graúdo - distribuição granulométrica determinada segundo a ABNT NBR 248 deve atender aos limites
estabelecidos
Zonas granulométricas
1
100%

0,9
90%

0,8
80%

0,7
70%

0,6
60% Brita 19,0 mm

% Ret. Acum.
% Ret. Acum.
4,75/12,5
4,75/12,5
0,5
50% 9,5/25
9,5/25
19/31,5
0,4
40% 19/31,5
25/50
25/50
37,5/75
30%
0,3 37,5/75

20%
0,2

10%
0,1

00%
100
100 10 1 1 0,1 0,1
Abertura
Aberturada
dapeneira
peneira(mm)
(mm)
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Distribuição granulométrica:

✓ A distribuição granulométrica tem influência na trabalhabilidade do concreto fresco: alta porcentagem de material
fino (~ 0,15 mm) exige aumento da água de amassamento e, consequentemente, de cimento - para o mesmo fator
água/cimento - tornando o concreto mais dispendioso.

✓ Há ainda a considerar material ainda mais fino, inferior a 0,075 mm, portanto com finura da ordem da do cimento:
é ainda mais perigoso, visto que os grãos misturam-se com os do cimento, criando descontinuidade na argamassa e
reduzindo a resistência do concreto.

✓ Por outro lado, concreto sem finos (sem fração de 0,076 mm a 2,4 mm) são concretos pouco trabalháveis, sujeitos
a maior exsudação, com grande permeabilidade, muito sujeitos a agentes agressivos. Aumentando o teor de
cimento, reduz-se este inconveniente, mas aumenta-se a retração e o custo.

✓ Denomina-se granulometria ótima a que, para uma mesma trabalhabilidade e o mesmo fator água/cimento,
corresponde a um mínimo consumo de cimento.
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Exsudação:

▪ Segregação ▪ Coesão
AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Composição mineralógica dos agregados - ABNT NBR 7389


AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Forma dos grãos - ABNT NBR 7809:2019: relação comprimento/espessura não deve ser superior a 3

✓ A: comprimento
✓ B: largura
✓ C: espessura

• Cúbica = B/A > 0,5 e C/B > 0,5


• Alongada = B/A < 0,5 e C/B > 0,5
• Lamelar = B/A > 0,5 e C/B < 0,5
• Alongada-lamelar = B/A < 0,5 e C/B < 0,5
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Material fino que passa através da peneira 75 µm por lavagem (material pulverulento) - ABNT NBR 46:2003

Miúdo - Concreto submetido Miúdo - Concreto protegido


Graúdo
a desgaste superficial do desgaste superficial
3,0% 5,0% 1,0%

▪ Impurezas orgânicas - ABNT NBR 49:2001 a solução obtida no ensaio deve ser mais clara do que a solução padrão de
ácido tânico
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Durabilidade

Determinação Método de ensaio Limites


< 0,2% concreto simples
ABNT NBR 9917
Teor de cloretos (𝐶𝑙 − ) < 0,1% concreto armado
ABNT NBR 14832
< 0,01% concreto protendido
Teor de sulfatos (𝑆𝑂4 2− ) ABNT NBR 9917 < 0,1%
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2019

▪ Os sulfatos, também conhecidos como óxido sulfúrico, normalmente encontram-se diluídos na água, o que torna
os concretos destinados a obras marítimas, subterrâneas ou de condução de rejeitos industriais e esgoto os mais
vulneráveis a esses ataques. Quando os íons de sulfato reagem com o cimento hidratado, originam produtos
capazes de expandir o concreto. É a denominada Etringita tardia

▪ A corrosão das armaduras devido à ação dos cloretos é uma das principais causas de deterioração das estruturas
de concreto. A ação destes íons é especialmente agressiva, pois a despassivação da armadura pode ocorrer com
pH elevado (~ 12). Origina uma corrosão pontual, porém bastante intensa, reduzindo a seção resistente do aço
AGREGADOS PARA CONCRETO – ABNT NBR 7211:2009

▪ Desgaste - ABNT NBR NM 51: o índice de desgaste por abrasão “Los Angeles” deve ser inferior a 50% em massa
AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Reatividade álcali-agregado - ABNT NBR 15577


AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Reatividade álcali-agregado – ABNT NBR 15577

✓ A reação álcali-agregado (RAA) é uma reação química que se processa numa argamassa ou concreto, entre
os íons hidroxilas (OH-) associados aos álcalis óxido de sódio (Na2O) e óxido de potássio (K2O),
provenientes do cimento ou de outras fontes (água, aditivos, adições), e agregados potencialmente reativos,
em condições diferenciadas de temperatura, pressão e pH, na presença de água.

✓ Essa reação pode resultar em um gel expansivo, o qual ao se dispor nos vazios do concreto e na superfície
do agregado em contato com a pasta de cimento, pode resultar em fissuras generalizadas e, desta forma,
comprometer a qualidade da estrutura.

✓ É muito importante determinar a reatividade do agregado antes deste ser usado no concreto e, a partir
dessa avaliação, selecionar o cimento Portland mais adequado.
AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Reatividade álcali-agregado – ABNT NBR 15577


AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Reatividade álcali-agregado – ABNT NBR 15577


1
3
30 dias
2,5

2
Expansão (%)

1,5
7
2
1 4
6

0,5

Limite 30 dias 3
0 5
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (Dias)
AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Reatividade álcali-agregado – ABNT NBR 15577

7
1 - cimento padrão
1,2 2
2 - CP II E 32 RS
1
3 - CP III 40 RS
4 4 - CP II Z 32 RS
6
0,8 5 - CP IV 32 RS
6 - CP IV 32 RS
Expansão (%)

0,6
7 - CP IV 32 RS
30 dias
0,4

0,2 Limite 30 dias 3


5
0
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (Dias)
AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Massa específica dos agregados - ABNT NBR NM 52 (miúdo)

A massa específica
representa a massa
do agregado pelo
volume do agregado
AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Massa específica dos agregados – ABNT NBR NM 53 (graúdo)


AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Massa unitária dos agregados - ABNT NBR NM 45

A massa unitária
representa a massa do
agregado pelo volume
do recipiente
AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Massa unitária dos agregados – ABNT NBR NM 45 (índice de vazios)


EMPACOTAMENTO BRITA E AREIA
Massa
Composição entre Valor total Acréscimo de Massa agregado Massa unitária
Qtde de Qtde de específica Índice de
Proporção agregados (%) da mistura areia na (massa total - da mistura
brita (kg) areia (kg) da mistura vazios (%)
com brita areia
(kg) mistura (kg) massa recip.) (kg) (kg/dm³)
(kg/dm³)
menor 100 0 40,00 40,00 0,00 0,00 21,325 1,42 2,59 45,11
índice de 90 10 44,44 40,00 4,44 4,44 22,75 1,52 2,59 41,40
vazios: 60% 80 20 50,00 40,00 10,00 5,56 25,15 1,68 2,59 35,16
de brita e 70 30 57,14 40,00 17,14 7,14 27,00 1,80 2,58 30,34
40% de 60 40 66,67 40,00 26,67 9,52 28,10 1,87 2,58 27,45
50 50 80,00 40,00 40,00 13,33 27,90 1,86 2,58 27,91
areia
40 60 100,00 40,00 60,00 20,00 17,92 1,19 2,58 53,66
30 70 133,33 40,00 93,33 33,33 0,00 2,58 -
20 80 200,00 40,00 160,00 66,67 0,00 2,57 -
10 90 400,00 40,00 360,00 200,00 0,00 2,57 -
Vrecipiente = 15,00 dm³
Mesp brita = 2,59 kg/m³
Mesp areia = 2,57 kg/m³
AGREGADOS PARA CONCRETO

▪ Inchamento do agregado miúdo - ABNT NBR 6467

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