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ARTIGO 264

ESTRESSE NUTRICIONAL E SUA INFLUÊNCIA NA PRODUÇÃO DE


MONOGÁSTRICOS1

Nutritional stress and its influence on production monogástricos

Mateus de Melo Lisboa2, Maria Magna S. Pereira2, Anderson Luiz N. da Silva3, Venício M.
Carvalho4, Everton S. Bastos4, Joanderson de O. Guimarães4, Gabriel C. Figueiredo4, Leonardo
G. Silva4, Maxwelder S. Soares4, João Wilian Dias Silva4

RESUMO: O objetivo deste artigo foi revisar os aspectos relacionados ao estresse térmico, tais
como natureza, locais envolvidos em sua resposta e efeitos sobre a produção animal. Na
produção animal é necessário que a genética, a nutrição e a ambiência e suas inter-relações
estejam o mais próximo possível da necessidade do animal. E, o Brasil sendo um país de
dimensões continentais, apresenta-se com grande diversidade climática, isto implica em que
uma técnica de criação utilizada em determinada região pode necessitar de adaptações para
utilização desta em outra região ou local. Fato este se deve aos efeitos da latitude e da altitude,
das correntes principais da ventilação, umidade entre outras causas. A formulação de rações
com base no conceito de balanço eletrolítico, bem como a adição de sais na água e/ou na ração
são práticas que podem ser implementadas para corrigir distorções no equilíbrio ácido-base
decorrentes do estresse calórico.

Palavras-chave: ambiência, calor, estresse

ABSTRACT: The purpose of this article, aspects related to heat stress, such as nature, sites
involved in its response and effects on animal production was review. In animal production is
necessary that genetics, nutrition and ambience and their interrelationships are as close as
possible to the needs of the animal. And though Brazil is a country of continental dimensions,
is presented with great climatic diversity, this implies that a rearing technique used in a given
region may necessitate adaptations to use this in another region or location. This fact is due to
the effects of latitude and altitude, the main currents of ventilation, humidity and other factors.
The feed formulation based on the concept of electrolytic balance as well as the addition of
salts in water and / or feed are practices that can be implemented to correct distortions in acid-
base balance resulting from heat stress.

Keywords: environment, heat stress

1
Estudo de Revisão; 2Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia/UESB lisboazoot@hotmail.com ; 3Doutor em Zootecnia pela
UESB; 4Graduando em Zootecnia, UESB - Itapetinga
INTRODUÇÃO arraçoamento e o manejo da água de
A evolução da avicultura resultou bebida. Uma das consequências do estresse
em um frango de corte precoce e com é a mudança no equilíbrio ácido-base com o
grande eficiência para converter diferentes aparecimento da alcalose respiratória.
alimentos em proteína animal. Apesar As recomendações sobre a nutrição
disso, uma série de problemas metabólicos e alimentação de frangos de corte são
e de manejo têm surgido, destacando-se realizadas para uma temperatura ambiente
entre eles o estresse calórico. de 21 a 22°C, temperatura considerada
O frango de corte comercial é hoje ideal para o crescimento das aves.
um dos animais com maior eficiência Entretanto, no sul e no sudeste
nutricional e rápido desenvolvimento. No durante o inverno é possível atingir
Brasil, a avicultura de corte está em temperaturas médias de 10 a 15°C dentro
constante crescimento. O que torna o país o do galpão e no verão atingir temperaturas
maior exportador e terceiro maior produtor médias de 26 a 32°C. Similarmente a
mundial. Este progresso no número de umidade relativa apresenta grande variação
animais possibilitou a indústria avícola um entre o dia e a noite e durante a época seca
notável potencial para prover aos e chuvosa (FURLAM & MACARI, 2002).
consumidores, uma fonte protéica saudável Assim, um dos métodos usados para
e a um custo mais baixo. o controle do estresse calórico é a
Na produção animal é necessário manipulação química do equilíbrio ácido-
que a genética, a nutrição e a ambiência e base das aves através de compostos como
suas inter-relações estejam o mais próximo bicarbonato de sódio (NaHCO3), cloreto de
possível da necessidade do animal. E, o potássio (KCl), cloreto de cálcio (CaCl2) e
Brasil sendo um país de dimensões cloreto de amônia (NH4Cl) na água e/ou na
continentais, apresenta-se com grande ração (BORGES, 1997).
diversidade climática, isto implica em que O objetivo desta revisão
uma técnica de criação utilizada em bibliográfica é fazer uma abordagem sobre
determinada região pode necessitar de os efeitos prejudiciais do estresse calórico
adaptações para utilização desta em outra nas aves e discutir algumas técnicas que os
região ou local. Fato este se deve aos minimizem.
efeitos da latitude e da altitude, das
correntes principais da ventilação, umidade ESTRESSE X NUTRIÇÃO
entre outras causas. As recomendações sobre a nutrição
A susceptibilidade das aves ao e alimentação de frangos de corte são
estresse calórico aumenta à medida que o realizadas para uma temperatura ambiente
binômio umidade relativa e temperatura de 21 a 22°C, temperatura considerada
ambiente ultrapassam a zona de conforto ideal ara o crescimento das aves.
térmico, dificultando assim a dissipação de Entretanto, no sul e no sudeste durante o
calor, incrementando consequentemente a inverno é possível atingir temperaturas
temperatura corporal da ave, com efeito médias de 10 a 15°C dentro do galpão e no
negativo sobre o desempenho. verão atingir temperaturas médias de 26 a
Algumas medidas podem ser 32°C. Similarmente a umidade relativa
tomadas para minimizar as perdas apresenta grande variação entre o dia e a
decorrentes do estresse calórico, podendo- noite e durante a época seca e chuvosa
se citar, entre outras, a utilização de (FURLAM & MACARI, 2002).
ventiladores e nebulizadores, manipulação Com o propósito de melhorar o
da proteína e energia da dieta, aclimatação desempenho de frangos de corte em
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das aves, utilização de antitérmicos, ácido ambiente quente tem se utilizado algumas
ascórbico, eletrólitos, manejo do técnicas que visa reduzir o incremento

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calórico ao corpo como à troca do se que os tratamentos influenciaram de
carboidrato por lipídeo, redução no nível de forma quadrática a taxa de deposição da
proteína bruta concomitamente a adição de proteína, que aumentou até o nível de
aminoácidos sintéticos (DL metionina, L 1,05% de lisina.
lisina e L treonina).
Oliveira et al. (2000) avaliaram o FISIOLOGIA DO ESTRESSE
efeito dos níveis de energia metabolizável CALÓRICO NAS AVES
(2850, 2925, 3000, 3075 e 3150 EM/kg), As aves, sendo animais
entre 1 a 21 dias, mantidos em ambientes de homeotermos, dispõem de um centro
alta temperatura (34ºC e 60% UR) e termorregulador, localizado no hipotálamo,
observaram que o ganho de peso, o capaz de controlar a temperatura corporal
consumo de energia metabolizável e as através de mecanismos fisiológicos e
deposições de proteína e gordura na carcaça respostas comportamentais, mediante a
aumentaram, enquanto a conversão produção e liberação de calor,
alimentar dos pintos reduziu de forma determinando assim a manutenção da
linear com os tratamentos. temperatura corporal normal (MACARI et
O rendimento de carcaça não foi al., 1994).
influenciado pelos níveis de EM da ração. Entre as respostas fisiológicas
Os níveis de energia metabolizável da ração compensatórias das aves, quando expostas
modificaram a composição da carcaça e ao calor, inclui-se a vasodilatação
aumentaram o peso da gordura abdominal. periférica, resultando em aumento na perda
O efeito da temperatura ambiente de calor não evaporativo. Assim, na
(21; 23,8; 26,6; 29,4; 32,2 e 35ºC) e dos tentativa de aumentar a dissipação do calor,
níveis de proteína (16, 18, 20, 22, 24%), a ave consegue aumentar a área superficial,
para frangos no período de 21 a 49 dias de mantendo as asas afastadas do corpo,
idade foi estudado por Cheng et al. (1997) e eriçando as penas e intensificando a
observaram que a alimentação com alto circulação periférica. A perda de calor não
nível teor protéico (>21,6%) prejudica o evaporativo pode também ocorrer com o
ganho de peso quando criados em aumento da produção de urina, se esta
temperatura entre 26,7 e 32ºC. Entretanto, perda de água for compensada pelo maior
Temim et al. (1999) verificaram que a consumo de água fria.
utilização da ração com 25% de proteína Outra resposta fisiológica é o
bruta para frangos na fase de crescimento aumento na taxa respiratória, resultando em
melhora o ganho de peso e a conversão perdas excessivas de dióxido de carbono
alimentar em relação a ração com 20% de (CO2). Assim, a pressão parcial de CO2
proteína para frangos expostos a 32ºC. (pCO2) diminui, levando à queda na
Borges et al. (2002) avaliaram o concentração de ácido carbônico (H2CO3)
efeito da exigência de lisina (0,88; 0,94; e hidrogênio (H+). Em resposta, os rins
1,00; 1,06 e 1,12% de lisina total) para aumentam a excreção de HCO3 - e reduzem
frangos de corte machos de 22 a 42 dias de a excreção de H+ na tentativa de manter o
idade, mantidos em alta temperatura (25,6) equilíbrio ácido-base da ave. Esta alteração
e observaram que os níveis de lisina da do equilíbrio ácido-base é denominada de
ração influenciaram o ganho de peso e alcalose respiratória.
conversão alimentar, que aumentaram e
melhoraram até os níveis de 1,05 e 1,03% ESTRESSE CALÓRICO X
respectivamente. PARÂMETROS SANGÜÍNEOS
O consumo de ração não foi O sistema sanguíneo é
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influenciado pelos níveis de lisina da ração. particularmente sensível às mudanças de


Quanto à composição da carcaça, observou- temperatura e se constitui em um

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importante indicador das respostas celular. Em condições ótimas, os conteúdos
fisiológicas da ave a agentes estressores. de água e eletrólitos são mantidos dentro de
Alterações quantitativas e limites estreitos. Mas a perda de eletrólitos
morfológicas nas células sanguíneas são (Na+ ou K+), sem alteração no conteúdo de
associadas ao estresse calórico, traduzidas água do corpo, reduz a osmolaridade destes
por variações nos valores do hematócrito, fluídos.
número de leucócitos circulantes, conteúdo O K+ está envolvido em muitos
de eritrócitos e teor de hemoglobina no processos metabólicos, incluindo o
eritrócito. antagonismo arginina-lisina, condução
No estresse calórico, ocorre nervosa, excitação, contração muscular,
aumento no hematócrito, podendo ser síntese de proteínas teciduais, manutenção
justificado por um acréscimo no número de da homeostasia intracelular, reações
hemácias. A relação heterófilo/linfócito é enzimáticas, balanço osmótico e equilíbrio
alterada como consequência do aumento de ácido-base. Consequentemente, mudanças
heterófilo e redução de linfócito, sendo que na homeostase de K+ podem afetar as
a relação heterófilo/linfócito tem sido funções celulares. Estudos com
proposta como um índice sensível de desidratação térmica, seguida de reidratação
estresse crônico em frangos de corte. Outra em humanos, demonstraram que o grau de
resposta é o aumento da concentração de déficit de água no fluído intracelular foi
glicose em resposta direta à maior secreção associada à perda de K+ intracelular e o
de adrenalina, noradrenalina e déficit de fluído extracelular foi ligada à
glicocorticoides (BORGES, 1997; perda de Na+ plasmático.
BORGES, 2001). O grau de reidratação intracelular
foi determinado pela restauração do K+
ESTRESSE CALÓRICO X (NOSE et al., 1988). A alcalose
ELETRÓLITOS ELETRÓLITO respiratória, em mamíferos, provoca a
Pode ser definido como uma redução da competição entre H+ e K+ para
substância química, que se dissocia nos excreção urinária e, portanto, aumenta a
seus constituintes iônicos, tendo como perda de K+ na urina. O excesso de íons K+
função fisiológica principal a manutenção compete com os ânions tampões do líquido
do equilíbrio ácido-base corporal. O sódio tubular renal, impedindo a remoção do H+,
(Na+), o potássio (K+) e o cloro (Cl-) são sendo este reabsorvido, podendo levar a
íons fundamentais na manutenção da uma acidose (BACILA, 1980). Tal
pressão osmótica e equilíbrio ácido-base mecanismo, quando presente em frangos,
dos líquidos corporais. Assim, os efeitos do pode aumentar a necessidade de K+ durante
balanço iônico da dieta no desempenho de o período de estresse calórico. Existem
frangos de corte podem estar relacionados evidências recentes de que as células
com as variações no balanço ácido-base intercaladas do ducto coletor, secretoras de
(MONGIN, 1981). ácidos, também secretam H+ e este
O K+ é o principal cátion do fluído processo é aumentado pela hipocalemia e
intracelular, enquanto que o Na+ e o Cl- parece ser um importante contribuinte para
são os principais íons do fluído extracelular. acidificação renal (CUNNINGHAM, 1999).
A osmorregulação é conseguida pela
homeostasia destes íons intra e extra
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Adaptado de BORGES (2003)

Os níveis de Na+, K+ e Cl- do fluído intracelular para urina, podendo


plasma são afetados pelo estresse calórico. carrear o K+. O aumento na ingestão de K+
A concentração de K+ e Na+ diminui à resulta em maior perda urinária, sendo que
medida que a temperatura aumenta a ave tem pouca capacidade de conservar o
(BORGES, 1997), enquanto que o Cl- K+ corporal. O nível sérico de K+ diminui
aumenta (BELAY & TEETER, 1993). durante o estresse (BORGES, 1997;
O aumento no Cl- deprime a SALVADOR et al., 1999).
excreção de H+ e a reabsorção de HCO3 A diminuição dos níveis plasmáticos
pelos rins. Isto poderia contribuir com uma de K+ é atribuído a um aumento na
acidificação do sangue, e esta parece ser excreção deste íon durante o estresse
uma resposta apropriada à alcalose. crônico e um aumento do K+ intracelular
Entretanto, há que se considerar o comumente encontrado durante o estresse
tempo de estresse já que, SALVADOR et agudo. Em humanos, a hipercalemia pode
al. (1999) observaram redução nos níveis resultar em acidose metabólica, tanto pela
séricos de Cl- quando submeteram frangos redução da excreção de amônia como pela
de corte à estresse crônico durante uma limitação da reabsorção de carbonato pelos
semana (42 a 49 dias de idade). rins (AITBOULAHSEN et al., 1995).
Os níveis séricos de K+ também são
influenciados pelo calor. A excreção de K+ MEDIDAS NUTRICIONAIS DE
é influenciada por fatores hormonais CONTROLE DO ESTRESSE
(aldosterona, hormônio antidiurético - ADH CALÓRICO UTILIZAÇÃO DE SAIS
e deoxicorticosterona), equilíbrio ácido- A utilização de sais via água de
base e balanço de cátions. bebida ou ração é uma alternativa
A taxa de excreção de K+ pela urina frequentemente empregada pelos
é variável, estando ligada à concentração produtores de frangos de corte para reduzir
plasmática de Na+ e ao estado de as perdas decorrentes do estresse calórico.
hidratação da ave, sendo que as perdas Entre os principais sais utilizados
podem ser causadas por um aumento no destacam-se o cloreto de potássio (KCl) e o
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consumo de água, já que o gradiente bicarbonato de sódio (NaHCO3). O K+ está


osmótico favorece o movimento de água do presente em abundância na maioria dos

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ingredientes das dietas dos animais, ao desempenho de frangos criados sob altas
contrário do Na+, que está presente em Por exemplo, o K, Na e Cl têm maior
quantidades nutricionalmente inadequadas potencial eletrolítico que Mg, S, P e Ca,
nos alimentos naturais destinados à nutrição sendo que potencial eletrolítico destes é
animal. maior que Fe, Mn, Zn, Cu, Se, Mo, Co e I.
A suplementação de KCl na ração Os elementos traços têm capacidade de
e/ou na água de bebida das aves tem sido funcionar como eletrólitos, mas, eles estão
proposta como uma forma de minimizar as presentes em pequenas quantidades nas
consequências das temperaturas elevadas rações e em baixas concentrações nos
sobre o desempenho (SMITH & TEETER, tecidos das aves o que, naturalmente, reduz
1993). seu impacto sobre o equilíbrio ácido-básico
Suplementando 0,50 e 1,00% de e balanço eletrolítico nas aves. Assim, a
KCl na ração de frangos de corte criados equação eletrolítica completa seria:
durante o verão, BORGES (1997) concluiu
que o ganho de peso melhorou (P<0,05) em (Na+ + K+ + Ca+++ Mg++) - (Cl- + SO4 =
3,5%. + 2PO4 = + HPO4 -) (BORGES, 2001).
O NaHCO3 tem sido usado pela
indústria avícola na tentativa de minimizar a) Em relação aos elementos não
as perdas por estresse calórico, considerados na equação resumida de
particularmente durante o verão. Resultados MONGIN (1981) pode-se dizer que:
de desempenho mostraram que o cátions bivalentes não são rapidamente
fornecimento de 0,5 e 1,0% de NaHCO3 absorvidos como os cátions monovalentes;
em rações de frangos de corte, submetidos a o magnésio (Mg) é comumente fornecido
temperaturas variando de 39 a 41ºC e 34 a nas rações; o fosfato é difícil de ser
36ºC, proporcionou uma tendência para quantificado, devido ser oriundo de várias
melhorar o consumo de ração, ganho de fontes; a taxa de absorção do cálcio é
peso e conversão alimentar (FISCHER DA controlada pelo sistema endócrino; o sulfato
SILVA et al., 1994). BORGES (1997), está presente em pequenas quantidades,
suplementando 0,5; 1,0 e 1,5% de NaHCO3 estando relacionado com a prevenção do
na ração de frangos durante o verão, não catabolismo da metionina.
observou efeito sobre o desempenho.
O ganho de peso de frangos de corte b) Interrelação entre íons minerais e outros
é melhorado após a suplementação de KCl, nutrientes, como entre Na e Cl e a relação
NaCl e K2SO4, via água ou ração, apesar arginina:lisina em frangos estressados pelo
do equlíbrio ácidobase das aves estar calor (BRAKE et al., 1998). Em frangos
alterado. A adição de NH4Cl a para entre 3 e 7 semanas de idade criados em
restaurar o pH do sangue a valores normais, estresse calórico, a relação arginina:lisina
não teve efeito sobre o desempenho das ótima foi 1,34, quando Na e Cl foram
aves (TEETER & BELAY, 1996). mantidos nas recomendações do NRC
(1994). Entretanto, quando os teores de Na
APLICABILIDADE DA TEORIA DO e Cl na dieta foram aumentados a relação
BALANÇO ELETROLÍTICO arginina:lisina ficou abaixo de 1,05,
O meio ambiente e a dieta mostrando que em situações de estresse
influenciam o equilíbrio ácido-base. calórico o ajuste do balanço eletrolítico
Inúmeros relatos apontam para os efeitos do para o máximo desempenho das aves pode
balanço eletrolítico da dieta sobre o estar relacionado à composição de
desempenho produtivo das aves. aminoácidos da dieta. HURWITZ (1981),
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A manutenção deste equilíbrio pode ao contrário de MONGIN (1981), propôs


ser uma medida importante para melhorar o que o balanço entre Na+ e Cl- é que

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determina primariamente a concentração de contendo Na+ + K+ - Cl- em diferentes
HCO3. proporções e ainda variando o nível de
O HCO3 - e as proteínas (incluindo cálcio, constataram que o pior e o melhor
a hemoglobina) constituem os tampões ganho de peso foram obtidos quando o
básicos, e assim como as BEecf são número de MONGIN. foi de 174 e
considerados componentes metabólicos do 215mEq/kg, com 1,38 e 0,95% de cálcio,
equilíbrio ácido-base. respectivamente. BORGES et al., (1999)
As BEecf expressam a quantidade observaram que o melhor balanço
de ácidos ou bases que, quando adicionadas eletrolítco variou com o eletrólito
em um litro de sangue, retornam o pH ao manipulado, o melhor ganho de peso foi
normal. observado quando as dietas apresentavam
O tampão básico é considerado por 199 mEq/kg e os íons Na+ e Cl- foram
ROOTH (1969) como uma junção entre manipulados.
equilíbrio ácido-base e balanço de Os autores recomendam que níveis
eletrólitos. O íon H+ não está presente no extremos de Cl- (0,15 e 0,71%), K+ (0,98 e
diagrama, uma vez que exerçe influência 1,21%) e Na+ (0,15 e 0,60%) devem ser
em menores concentrações do que o Cl-, evitados em dietas pré-iniciais. RONDÓN
K+ e outros íons. et al. (2000) também observaram uma
Com a variação dos níveis de Na+ e variação no melhor balanço eletrolítico de
Cl- na ração, observou-se melhor acordo com o íon manipulado. O melhor
crescimento das aves quando a relação balanço eletrolítico foi de 250 mEq/kg
Na:Cl foi de aproximadamente 1:1, com a quando os níveis de Na+ variaram e 319
utilização de rações contendo (Na++ K+ - mEq/kg quando o íon manipulado foi K+.
Cl-) a 200mEq/kg (HURWITZ et al.,1973). A fonte protéica utilizada na ração pode
As alterações no equilíbrio ácido- afetar o equilíbrio eletrolítico e ácido-base,
base e desequilíbrios na suplementação de pois certas fontes, principalmente as de
(Na+ + K+ - Cl-), causam inapetência, com origem animal, aumentam a produção de
redução no ganho de peso, prejudicando a ácidos orgânicos e reduzem a contribuição
conversão alimentar, queda da produção de de Na e K, aumentando a quantidade
ovos e quando os desequilíbrios não são relativa de Cl (PORTSMOUTH, 1984).
compensados determinam aumento na O fornecimento de rações
mortalidade (MONGIN, 1981). basicamente constituídas por farelo de soja,
Nas aves em alcalose, a que contêm baixos teores de Na e altos em
concentração sanguínea dos eletrólitos K, demonstrou uma resposta significativa
(Na+, K+) está diminuída. Uma redução no no desenvolvimento de frangos de corte,
estado de alcalose ocorre, quando a relação suplementados com 0,5 e 1,0% de NaCl
Na:Cl diminui, adicionando-se 0,5 e 1,0% (MARCH, 1984).
de CaCl2, melhorando 8,0% o desempenho O impacto da relação cátion/ânion
das aves (TEETER et al., 1985). sobre o equilíbrio ácido-base de frangos,
JOHNSON & KARUNAJEEWA pH sanguíneo e taxa de crescimento foi
(1985) concluíram que um balanço de avaliada por HURWITZ et al. (1973). A
eletrólitos na dieta menor que 180 mEq/kg taxa de crescimento de frangos foi máxima
e maior que 300 mEq/kg deprimiu o peso quando o pH sanguíneo era de 7,28 sendo
das aves, quando avaliado aos 42 dias de observado um declínio no crescimento
idade. Um ótimo balanço eletrolítico foi quando os valores pH foram acima de 7,30
encontrado para rações contendo de 250 a ou abaixo de 7,20.
300 mEq/kg. A relação eletrolítica da dieta para o
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Do mesmo modo, HULAN et al. máximo crescimento variou de 226 a 260


(1987), pesquisando o efeito de rações mEq/kg. Entretanto, se a resposta é devido

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inteiramente às alterações no pH ou a baixa profundidade respiratória, o que faz
outros efeitos eletrolíticos ou metabólicos, com que seja necessário aumento da
não está bem claro. TEETER et al. (1985) frequência de respiração para a eliminação
indicaram que durante o período de de calor. Esta respiração aumentada faz
ofegação, os valores de pH acima de 7,25 com que haja maior atrito entre músculos
deprimem a taxa de crescimento e a envolvidos na respiração, gerando desta
eficiência alimentar. forma mais calor ao corpo animal, ou seja,
Aumentos no pH sanguíneo podem os animais entram num estado de ofegação
ser reduzidos por uma diminuição da taxa com pequeno aumento da temperatura
respiratória das aves. Estes aumentos ambiente (MACARI et al., 1994).
podem ocorrer com temperaturas de Em condições de estresse por
aclimatação mas, durante o estresse agudo, excesso de calor, as aves ativam
a taxa respiratória pode ser reduzida e a mecanismos fisiológicos responsáveis pela
eficiência da perda de calor pode ser dissipação desse calor e diminuem a
melhorada pela manutenção da alta ingestão produção de calor interno. Ao mesmo
de água (BELAY & TEETER, 1993). tempo, alteram seu comportamento, com o
A mortalidade durante o estresse abrir das asas, mantendo-as afastadas do
calórico pode ser inversamente relacionada corpo e aumenta o fluxo sanguíneo para a
com o consumo de água (BRANTON et al., superfície corporal a fim de facilitar a
1986). BORGES (2001) concluiu que a dissipação do calor para o ambiente.
resposta ao balanço eletrolítico da dieta Se estas formas ainda não forem
depende da temperatura ambiente. suficientes, há o aumento da frequência
A ingestão de água está na respiratória resultando em perdas
dependência direta da idade da ave e da excessivas de dióxido de carbono (CO2).
relação Na+K-Cl na ração, sendo que o Assim, a pressão parcial de CO2 (pCO2)
aumento na ingestão de água provocado diminui, levando à queda na concentração
pela maior relação Na+K-Cl afeta de ácido carbônico (H2CO3) e hidrogênio
diretamente a umidade da cama e reduz a (H+) na tentativa de manter o equilíbrio
temperatura retal nas aves. ácido-base da ave. Esta alteração é
A relação eletrolítica da dieta denominada alcalose respiratória
interfere no desempenho das aves, sendo (MACARI et al., 1994).
que a relação ideal variou de 186 a Outro ajuste na produção de calor é
250mEq/kg. Balanço eletrolítico elevado a redução do consumo de ração, que por sua
(340 e 360mEq) pode resultar em alcalose vez pode ter os nutrientes desviados da
metabólica. Em estresse calórico, a ave produção para a mantença. O consumo de
retém mais eletrólitos (Na, K e Cl) na ração é reduzido em 1,72% para cada 1ºC
tentativa de manter o equilíbrio ácido base. de variação na temperatura ambiente entre
A quantidade de eletrólitos excretados via 18 a 32ºC e em 5% quando a temperatura
urinária depende da concentração destes na situa-se entre 32 a 38°C. Na tentativa de
ração e da temperatura ambiente. adequação fisiológica, o animal aloca
nutrientes que seriam direcionados para a
ESTRESSE FISIOLÓGICOS E produção (carne, ovos, etc.) para a
PARÂMETROS PRODUTIVOS mantença do seu conforto, que aliado à
As aves são animais redução do consumo de ração, afeta o
homeotérmicos, com penas na cobertura desempenho produtivo do animal (BAÊTA
corporal, que promovem certo isolamento & SOUZA, 1998).
térmico. Entretanto, possuem reduzida Em temperaturas elevadas, a ave
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capacidade de troca térmica, na forma proporcionalmente, reduz a ida ao


latente, com o ambiente. Além disto, tem comedouro e, aumenta a ida ao bebedouro e

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o tempo de ócio. Assim, o animal passa mais baixa (Tabela 1). Segundo Dale &
grande parte do tempo deitado, sem se Fuller (1980), os processos como ofegação
locomover. e abertura das asas na tentativa de dissipar
O que faz com que haja aumento de calor, requerem um gasto de energia extra.
problemas de pernas e no aparecimento de Assim, ocorre uma redução de eficiência no
calosidade de peito, aumentando assim a uso do alimento, tendo por resultado um
quantidade de condenações de carcaça no aumento na conversão alimentar geralmente
abatedouro. Além disto, com o maior nos frangos submetidos ao calor.
consumo de água, mais água será eliminada Segundo Savory (1986), o tamanho
o que eleva a umidade da cama. gastrintestinal foi reduzido em galinhas
Oliveira et al. (2006) avaliaram o expostas ao calor. O mesmo autor relata
efeito da temperatura ambiente (16, 20, 25 e pesos mais baixos de proventrículo e moela
32ºC) sobre o desempenho de frangos de em perus estressados pelo calor. Isto
corte no período de 22 a 42 dias de idade e explica parte da redução na digestibilidade.
observaram que o ganho de peso e consumo Hai et al. (2000), relataram que as
de ração aumentaram de forma quadrática atividades das enzimas digestivas
até as temperaturas estimadas de 24,4; 19,1 pancreáticas tripsina, quimiotripisina e da
e 19,1ºC. A conversão alimentar também amilase foram reduzidas em altas
variou de forma quadrática, melhorando até temperaturas (32°C) e não foram
a temperatura estimada de 26,3ºC. influenciadas no ambiente frio (5°C). O
aumento significativo no consumo de água
ESTRESSE X DIGESTIBILIDADE quando as aves foram expostas a 32°C pode
Durante o EPC há uma redução na ter influenciado a absorção de nutrientes
eficiência de utilização dos alimentos. Esta pelo aumento na taxa de passagem dos
redução pode ser devido à digestibilidade alimentos (BONNET,1997).

Tabela 1
-

CONCLUSÕES A temperatura elevada pode


A exposição de frangos de corte a comprometer a o desempenho, na
temperatura ambiente elevada resulta em digestibilidade e nos níveis hormonais dos
alcalose respiratória, provocando queda de frangos. O uso de níveis altos de energia
desempenho zootécnico. A formulação de bem como a suplementação de sais de 0,5 e
rações com base no conceito de balanço 1,0% são alternativas bastante interessantes
eletrolítico, bem como a adição de sais na durante o estresse por calor, pois
água e/ou na ração são práticas que podem proporciona melhor desempenho. Já o uso
ser implementadas para corrigir distorções de lisina (até o nível de 1,05%) melhorou o
no equilíbrio ácido-base decorrentes do ganho de peso, conversão alimentar e
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estresse calórico. composição da carcaça de frangos de corte


submetidos a altas temperaturas

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