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O Viuvo Por Quem Me Apaixonei - Jessica Driely
O Viuvo Por Quem Me Apaixonei - Jessica Driely
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Epílogo
Arthur White era um homem com propósito. Depois que sua
esposa faleceu, ele só queria cuidar de sua filha e construir obras
para ajudar crianças carentes por toda Europa.
Sua nova missão era Oxford, a cidade que sua falecida esposa
sempre amou, mas que nunca chegou a conhecer, pois levava uma
vida muito agitada de trabalho e viagens.
+18
Eu serei o herói com quem você tem sonhado
Viveremos para sempre juntos sabendo
Que nós fizemos tudo para a glória do amor
Acho que foi por isso que me tornei uma irmã para Amélia. Ela
foi a única família que consegui ter, minha irmã de vida, de
sofrimento, de tudo, menos de sangue.
Oi, diário!
O senhor que era dono do bar parecia muito sujo, mas ele ao
menos me acolheu e me empregou. O salário não dava para quase
nada, mas já era alguma coisa, eu trabalharia mais do que achava
permitido por lei, mas era dinheiro.
Então, era de garçonete mesmo que eu iria servir.
Oi, diário!
— Eu sei!
— Charles? — sussurro.
Ele ficou de costas para mim, por um momento, mas logo virou
em minha direção. Eu me sentei direito no sofá e fiquei o
observando, esperando que ele decidisse me contar o que havia
acontecido.
— Eu te amo, Meredith. — Uma lágrima escorreu pelo rosto de
Charles e eu achei mais estranho ainda.
Droga!
Meio zonza, com tudo que estava acontecendo, fui até meu
celular e mandei mensagem para a única pessoa que podia me
ajudar naquele momento.
Sabia que ela estava falando com Oliver, até porque ela não
apareceria ali sozinha, ainda mais que aquele homem a protegia
mais que tudo. Depois de um pouco mais calma, afastei-me de seu
corpo e encarei seus olhos.
— Oi! — Sorriu, mas ela sabia que algo ruim tinha acontecido.
— Me deixou — confessei.
Claro que mentia, ali não tinha paz alguma, mas ao menos
estava com Amélia e naquele momento era a única coisa que me
importava. A minha irmã segurando minha mão e passando a outra
por meus cabelos.
O apoio dela seria a única coisa que eu precisava depois de
todas as tragédias que haviam acontecido comigo naquele dia.
E era ali que aquela infeliz, que deveria ter pena de mim,
costumava cutucar a ferida quando queria me machucar.
— Florence…
— Titia Flô!
— Sélio, papai?
— Vamos, tia.
— Vamos, amorzinho.
Depois que me despedi da minha menina e de Florence,
observei enquanto elas saíam pela porta da frente para irem ao
shopping.
Não podia negar que minha irmã tinha uma aura de soberba
sobre ela, que nenhuma pessoa gostava, mas uma coisa eu podia
garantir, ela não era nada do que sua expressão passava.
Mas claro que estaria, ela estava toda molhada e ainda caiu
de forma humilhante no chão. Deixei os documentos da forma que
estavam, pois eles poderiam ser impressos novamente, e voltei na
direção da mulher.
Claro que não podia negar que a porra do homem que bateu
de encontro comigo, era quase um oásis a ser admirado. Só que o
idiota, além de ser o homem que queria destruir meu bem precioso,
ainda tinha me molhado, então o perdão era algo que eu não
direcionaria a ele.
Engoli em seco, pois percebi que poderia ser mais uma merda
vinda em minha direção.
— Chego em dez minutos.
— Estou te esperando.
Desliguei a ligação e fui direto para casa. Talvez com um
pouco mais de velocidade do que o necessário, mas acabou que
tudo ocorreu bem. Assim que cheguei em casa, subi os degraus que
levavam para o andar de cima e para o meu apartamento.
— Sim!
— Sim!
E naquele momento, esquecendo um pouco da minha vida, fui
contar para minha irmã a ousadia que gente rica tinha. E no fim, foi
até bom, pois até gargalhamos e ainda comemos brigadeiro.
Eu até podia sofrer, mas só por ter Amélia comigo a vida já
estava um pouco melhor.
Soltei uma lufada de ar, pelos meus lábios e mais uma gota de
álcool encontrou a minha garganta.
— Irei amanhã.
— Diana vai ficar sem você?
Por aquele motivo, decidi que o lugar que deveria seguir era
atrás daquela mulher.
Entrei no Pub e me assustei com a quantidade de gente que
estava no local, já tinha visto o quanto as pessoas amam aqueles
lugares, no entanto não pensava que ficaria abarrotado de gente
daquela maneira.
— Talvez a sua não fique tão boa… — Foi o que falou e eu fui
obrigado a ficar em choque, pois nada que saía de sua boca era
previsível.
— Vim aqui para conversar com você, não para ser atendido.
— Olha aqui, cara. — Gesticulou, mostrando em volta. — Você
acha que tenho tempo para bater papo com um cara rico que quer
destruir meu ganha-pão?!
— Acho melhor você dar o fora daqui, gato. Não vou mudar
minha opinião sobre a sua grande furada.
E também não podia negar que a ruiva era uma gata, e parecia
demonstrar sensualidade em seu jeito de agir. Aquilo era um ponto
fraco para qualquer homem. Até para um que ainda vivia um luto e
estava quase como um monge que nem sabia o que era sexo.
— Cai fora! — Saí dos meus devaneios com o que ela disse.
Talvez tivesse sido um erro ter vindo naquele pub. Assim que
o ar frio de Oxford bateu em meu corpo, do lado de fora, fui para um
canto mais afastado da entrada do pub, pegando meu celular em
seguida, para chamar um motorista por aplicativo.
— Já vai tarde. — Escutei a voz da ruiva, vindo um pouco
acima de onde estava.
Amélia: Mas por qual motivo você não fez o que te pedi?
Ele não estava online o que agradeci, mas como toda curiosa
que eu era. Acabei indo ao seu perfil e ali, eu meio que fiquei
encantada. Havia várias fotos daquele homem, que eu não podia
negar nem um pouco o quanto era gato.
— Oi, cunhadinho.
Retribuí o toque em sua mão e lhe abri um sorriso. No mesmo
momento que eu sempre desconfiava dele, eu também percebia que
eram somente minhas neuras ficando malucas.
Ela nem precisava falar mais nada, para eu saber a que aquilo
se referia. E mesmo que eu fosse uma intrusa naquele momento, fui
obrigada a gritar.
— Puta que pariu! É sério isso?
— Amélia…
Soltei Amélia e deixei que ela comemorasse o momento com
Oliver e Jack.
Foi um dia bom, que consegui relaxar das coisas que pesavam
meu coração e podia dizer que naquele momento estava leve.
Podia até estar com raiva daquele imbecil, mas não podia
negar que ele era uma pessoa que corria atrás do que desejava.
— Não, papai!
— Sei...
No fim, até agradeci, pois sabia que minha irmã iria falar
alguma besteira que não estava com a mínima vontade de ouvir.
— Maninho...
— O quê?
— Gostei de te conhecê.
— Eu amei te conhecer.
— Meredith, espera...
Droga!
Olhei por todos os lados, até que percebi aqueles olhos claros
me encarando na entrada do pub. Assim que vi Arthur parado, franzi
meu cenho e fiquei sem saber o motivo de estar ali.
Ele caminhou pelas pessoas, e novamente usava uma jaqueta
de couro, que o deixava quase um pecado na Terra.
Eu não tinha a mínima ideia do que ele fazia ali, até porque
mais cedo, em Londres nós tivemos uma conversa que não havia
terminado muito bem.
Ele soltou uma risada gostosa, que fez partes em meu corpo
darem uma leve esquentada.
Fui obrigada a sorrir para ele, pois se havia uma coisa que
admirava, era quando as pessoas faziam a coisa certa. Ainda mais
em se tratando de homens, afinal, eles sempre faziam algum tipo de
merda.
Fui até o freezer e peguei uma água com gás. Um copo com
gelo e uma fatia de limão, pra deixar aquela bebida um pouco
melhor.
— O quê?
— Quer sair comigo?
— Sim, senhora.
-a e ela sorriu para mim.
Assenti, mas me lembrei que Amélia não estava ali para ver
aquilo.
— Vou pensar.
— Diana…
— Mas se o senhor não quiser, eu entendo.
— Quer?
— Pala onde?
Fiquei esperando a resposta de Florence e ela comentou:
— Quem é? — sussurrei.
Mas se aquele idiota estava ali, naquela hora, ele teria que
aguentar uma Meredith toda dorminhoca.
— Oi!
— Oi, Meredith!
Tentei não esmurrar sua cara, por tamanho atrevimento e
murmurei:
— Claro que não! Ela que insistiu em vir te ver, não é mesmo,
Diana?
— Desculpa — pediu.
— Esse é o Jack, filho dela, mas eles não moram mais aqui.
Vivem em uma casa não muito distante, em dez minutos andando,
ou menos que isso de carro. Ela casou e agora vive com o amor da
vida dela.
— Tá bom!
Caralho!
Eu sentia que aquilo não era uma boa ideia e mesmo assim
queria saber o que a merda do destino estava querendo comigo.
— É um carro bom.
— Quer dirigir?
— Posso levar vocês em um lugar que fui uma única vez, mas
que achei incrível?
Perdição!
— Chegamos!
— Pois é!
— Vai ser maravilhoso para você brincar, princesa Diana.
Era época de chuva, mas naquele dia, não parecia que iria
chover, então era melhor ainda.
Sentamos à mesa, e enquanto Diana e Meredith escolhiam o
que queria, eu fiquei observando o lugar por um momento. Era
realmente lindo, a vista para o jardim impecável e talvez fosse até
um cenário perfeito para escrever uma cena de livro, ou gravar uma
parte de algum filme romântico.
— Sério?
— U-hum!
— Então, um dia que o pub não for aberto, ele não é para o
público da sua idade. Eu deixo você ir cantar lá, tudo bem?
— Adorei!
Dei de ombros.
Aquilo era algo que não gostava de comentar, mas como ela
estava curiosa, senti-me na obrigação de murmurar:
— Um acidente de carro.
— Sinto muito.
Encarei seus olhos e só consegui ver verdade. E sem nem
saber o motivo, já que desde que conheci aquela ruiva, eu estava
sentindo necessidades de coisas estranhas, acabei sentindo que
precisava me abrir com ela.
Fui traído pela única pessoa que pensei que seria impossível
ser traído e no final, ela morreu com seu amante, por ele estar
dirigindo embriagado, com ela não muito diferente dele.
E foi por aquele motivo que o amor morreu para mim e nunca
mais existiria.
Capítulo 15
Ok!
— Ah!
Desviei minha atenção para Diana que estava super feliz no
jardim do café e fui obrigada a abrir um sorriso para aquela menina
alegre. No entanto, nada tirava a sensação de que estava sendo
fuzilada com o olhar de Arthur.
— Ok!
— Poxa!
Encarei Arthur que tentava fingir que nem ouvia, para que eu
não o acusasse novamente de coagir uma criança.
— Quem sabe…
Fui me afastar, mas ele segurou meu braço e desceu sua mão
lentamente, por ele até que pegou minha mão e novamente deu um
beijo em minha pele.
Ser pai era uma das funções que sabia administrar super bem
e sempre tentava dar o máximo de amor para Diana. Por isso,
sempre me preocupava com ela, não queria perder a minha
menininha.
E foi só ver que ela tinha uma foto nova postada, que eu senti
mais vontade de vê-la novamente. Nos seus stories, ela incentivava
o pessoal a visitar o pub naquela noite e não pude deixar de engolir
em seco, quando vi que ela usava um cropped vermelho de renda,
que deixava sua barriga à mostra, algumas sardas desciam por sua
pele e talvez fosse uma tentação observar aquilo.
— Vou ali.
— É um lugar legal.
Sua boca parecia algo raro que nunca tinha sido profanada,
mas ao mesmo tempo uma boca experiente que me deixava com
mais desejo de devorá-la.
Caralho!
Ele podia não ter dito aquilo, mas acabou falando e eu... Eu
era uma tarada e agora queria aquele homem para mim. Queria de
todas formas, principalmente nu em minha cama.
— Então me beija…
E não precisou de muito mais para que ele avançasse
novamente em minha boca e outro beijo avassalador começasse
entre nós dois.
Aquele beijo era algo que sentia me devorar, fazia com que
um fogo subisse pelo meu corpo, além de me deixar completamente
rendida. Era vergonhoso admitir aquilo, mas sentia falta de ser
beijada, porém parecia que aquele era o primeiro beijo que estava
recebendo na vida, pois nunca me senti em completa plenitude
daquele jeito, nem quando tinha um orgasmo.
— O que quer?
— Vem!
E só isso importava.
Capítulo 18
E nem era por medo, mas sim, por eu estar como um monge
há muito tempo e naquele momento iria para a cama com uma
desconhecida. Porém, era uma mulher que chamou minha atenção
desde quando a vi pela primeira vez.
Meu pau quase pedia por misericórdia, só por ela estar nua à
minha frente. E claro que para me surpreender ainda mais, ela
parou no meio do quarto, ajoelhou a minha frente e me encarou com
seus olhos de uma raposa puro fogo.
— Deliciosa… — gritei.
Segurei seu rosto com minhas mãos e beijei sua boca, como
se ela fosse preciosa demais para eu me manter afastado por tanto
tempo. Minha língua brincou com a sua e nosso beijo continuou de
forma necessária, preciso, descontrolado.
— Não posso ter filhos, ao menos foi o que os exames que fiz
há alguns meses me provaram. Então se esse for o problema, pode
ficar tranquilo. Eu estou limpa, não faço sexo há algum tempo
também.
— Falando em terreno…
Encarei seus olhos que diziam muito sobre a mulher que era.
Por isso, não consegui evitar.
— Claro!
— Você disse sobre não poder ser mãe. Pode me contar o
motivo?
Fiz de conta que não havia ouvido e voltei a olhar para o meu
celular. Desbloqueei a tela e entrei em minha rede social, e para
variar o destino estava querendo me foder.
Não havia nem cinco segundos que Arthur havia postado uma
foto de um pôr do sol, da sua sala de escritório que reconheci bem e
a legenda era bem sugestiva.
“Talvez o vermelho raivoso do pôr do sol, seja um sinal para
nunca colocar um ponto final em algo que nem aconteceu”
Encarei-a e suspirei.
— Talvez seja por isso, que Arthur apareceu na sua vida. Pelo
jeito ele é tão ferrado com relacionamentos, como você.
— Vou, porque eu quero ver você feliz e você quer ser infeliz.
— Eu também.
***
Não foi tão difícil achar o endereço de Arthur. Tudo bem, que
eu havia aparecido na empresa e por sorte encontrei sua irmã
saindo do local. Aquela mulher que tinha cara de poucos amigos,
mas que era linda.
Ela adorou me ver na empresa e quando disse que estava
procurando Arthur, acabou ficando sem jeito de dizer que ele já
havia ido embora.
Sim!
— Sim?
— Espere aí.
— Arthur...
— Meredith!
— Tô bem e você?
— Tô bem também.
Diana fez uma careta, mas logo assentiu. Tudo para ela
estava bom, então nem tentei interferir mais.
— Então, vem brincar comigo.
— Meredith!
— Ah! Então você é a famosa Meredith que o senhor Arthur
tanto fala?
O quê?
— O tempo todo.
— Ficou maluca?
— Eu só não te demito...
Droga!
Queria muito.
Capítulo 21
— Você faz bem para minha filha e nem precisa de muito para
saber disso.
Abri um sorriso e respondi:
— Estou!
Caralho!
— Uma dose de clichê, para a mulher mais bela que já vi, não
é um crime.
Ele beijou meu pescoço e se afastou, logo puxou uma cadeira
para que eu me sentasse e sem me fazer de rogada, sentei-me no
lugar indicado e logo ele foi até um aparelho e colocou uma música
lenta para tocar, em um volume que não nos atrapalharia conversar.
— Fica empatado.
— Para quem não quer ser tocada, você está apelando.
— Eu disse que você não vai me tocar, não falei nada sobre
eu te tocar — ronronei, e mordi o lóbulo da orelha de Arthur.
Ah! Não deveria ter sentido minha calcinha molhar, mas senti e
percebi que talvez aquela noite estivesse realmente perdida para
mim.
Arthur depositou a Bannoffe Pie à minha frente, mas a colher
permaneceu em sua mão. Tirou um pedaço do doce e levou direto à
minha boca. Assim que senti o gosto delicioso tomar minha língua,
soltei um gemido e fechei meus olhos.
Droga!
Não queria ser clichê, mas era impossível, quando seus lábios
me deixavam extasiado, me levavam para outro patamar da
existência.
— Arthur — gemeu.
Ela levou uma de suas mãos, por cima da calça que usava e
pressionou meus dedos com mais força dentro dela e começou a
rebolar com mais veemência.
— U-hum!
— Darei!
E logo para mim que jurou que não acreditava mais em amor
e destino…
Estava mais do que claro que eu era um idiota por ter
acreditado naquilo antes e naquele momento, só queria mais uma
dose de Meredith.
Eu sabia que não era amor, mas o que podia ser. Por qual
motivo eu sentia meu coração um pouco mais descontrolado ao ficar
ao lado daquele homem, por qual motivo estava ali na cama dele,
trocando aquela intimidade que não deveria ser permitida para dois
amantes, que queriam só sexo.
— Diz pra mim que você tem uma banheira na sua suíte? —
Fiz uma expressão pidona.
— Olha quem fala. Perfeita, até quando quer ser uma diaba.
Ele me comeu com seus olhos, que me deixou até um pouco
desconcertada.
E mais uma vez, Arthur me fez ver estrelas com seus dedos e
a cada segundo que passava eu percebia que aquela noite era
realmente inesquecível.
— Vai ser difícil disputar com outra pessoa, Arthur —
murmurei, assim que terminei de me perder em um orgasmo.
— Meredith?
Fiquei em silêncio, mas Arthur não pareceu gostar da minha
atitude. Como era mais forte que eu, com um giro, conseguiu me
virar de frente para ele e encarou meus olhos.
— O que foi?
— Mas, Arthur…
Ele levou suas mãos ao meu rosto e declarou:
— Eu vou dizer tudo sobre mim e nem sei por qual motivo,
mas alguma coisa me diz para confiar em você e eu quero confiar,
mesmo não achando os homens confiáveis. Fui muito machucada e
deixei de acreditar em coisas, que um dia comecei a acreditar, então
se eu for estranha com você é só por não conseguir…
Um mês depois
Sim!
Droga!
Fiz um pouco mais de cócegas, até que parei para que ela
conseguisse dizer alguma coisa.
— Sim.
Eu sabia muito bem ao que ela se referia, e logo que disse as
palavras, minha mente voltou para a noite anterior, em que fui
buscá-la em Oxford para levá-la para minha casa.
— Vou pensar…
Foi a única coisa que disse, antes de entrar no carro e esperar
que eu tomasse a direção para irmos para Londres.
— Ah, caralho!
— Oi, Meredith!
— Oi, princesa. — Meredith a pegou no colo e apertou seu
nariz, algo que já tinha percebido que era sua mania. — Como
passou a noite?
— Bem, e você?
— Bem também!
Claro que tinha passado bem, tínhamos feito sexo igual dois
malucos que estavam há séculos sem fazer nada e olha que nem
tínhamos passado uma semana longe um do outro, foram somente
quatro dias.
— Fico feliz em saber disso. Você vai ficar aqui em casa hoje?
— Isso quer dizer que você estava pedindo a Deus para que
eu namorasse a Meredith?
— Eu tô tão feliz.
Abraçou Meredith com força e a ruiva me encarou. Talvez eu
estivesse na melhor fase da minha vida. Onde eu poderia amar
alguém que merecia ser amada e tinha certeza de que me daria a
quantidade de amor necessária para me tornar o homem mais
realizado daquele mundo.
— Fala, maninha?
Teve uma pausa para ele ouvir o que Florence queria. Desde
quando começamos a nos envolver vi sua irmã somente duas
vezes, mas nas vezes que a vi, ela demonstrou que só tinha a cara
de poucos amigos, mas que era uma mulher muito legal.
Adorava saber que ela tinha o gênio forte como o meu e que
também gostava de acabar com a vida dos homens.
— Se puder ser na segunda, pois esse final de semana estou
aproveitando com a Diana e a Meredith.
— Sim!
— Eu acledito em você.
Voltou a me abraçar e eu me senti melhor, depois de ver que
ela tinha se acalmado mais.
— Passa o celular!
— Arthur?
— Hum...
— E a Diana?
— Tá, ele pode falar comigo, mas antes eu vou ver o Arthur,
cadê ele?
— Eu também!
Arthur levou sua mão boa até meu rosto e secou uma lágrima
que escorreu.
Sorri para ele e lhe dei um selinho, que não demorou nada,
mas que ao menos fez com que eu percebesse que ele era real.
— Olha, tô achando super fofo, vocês se amando e tal, mas
que história é essa de namorado?
— Pois acho bom que volte, pois nós queremos o melhor para
o seu bebê, não é mesmo? Então a senhorita precisa de repouso.
Pois teve um momento muito traumático.
Olhei para ele sem entender e olhei para a Amélia.
Só que não tinha como ficar calma, eu não podia ser mãe…
E se eu pudesse em um piscar de mágica, só poderia ser um
milagre, certo?
— Vai mesmo.
— Mas...
— Não existe um "mas" Meredith. Você vai ser mãe, eu vou
ser pai e vamos cuidar do nosso bebê muito bem.
— Sim!
— Isso é verdade.
— Claro!
Seu olhar ansioso demonstrava que ela estava por um fio e se
fosse algo que ela não suportasse, iria desabar.
— Arthur...
Ela fez uma pausa, deixou que uma lágrima escorresse por
seu rosto e prosseguiu:
— O Arthur?
— Como assim?
— Ficou maluca?
— Claro que não! Ele pensou que poderia fazer uma idiotice
dessas comigo que eu nunca descobriria?
— Oi, Olivia.
— No que posso ajudar?
— Prometo.
Beijei o topo da sua cabeça e curti aquele momento, pois era
o que mais me importava naquele momento.
— O que é isso?
***
— Bebês?
A médica a olhou sem entender, mas logo comentou:
— Claro que não, você só está olhando como uma mãe boba
para sua prole — murmurou, assim que se sentou ao meu lado na
cadeira do resort que estávamos passando férias em família.
— Uma pena!
— Quem diria que você iria se deixar ser amada por uma
pessoa. — Amélia murmura, me implicando como sempre.
— Nem eu sei como me deixei ser, mas só sei que Arthur fez
várias coisas por mim e uma delas, foi fazer com que eu acreditasse
em seu amor, além de me fazer perder o medo de amar e de
demonstrar meus sentimentos.
— Vocês aguentam.
Fim
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