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Criado no Brasil.
Sumário
Sinopse
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Epílogo
Epílogo 2
Desejo Proibido
Sinopse
Capítulo 1
Agradecimento
Davi
Eu era tudo que ela precisava, seria seu melhor amigo, seu
irmão, seu pai, seu namorado ou mesmo seu melhor marido. Desde
o momento que conheci Rachel, sabia que estava perdido por ela,
ou melhor, estava caído por ela. Seu sorriso, seu olhar que me
mostrava como ela era frágil, que nem uma pétala de flor.
Ela nunca percebia, mas seu olhar, às vezes, lhe traía, e eu
via que tinha alguma coisa que ela não me contaria nunca. Faria de
tudo só para ter o sorriso dela nos seus lábios em minha boca.
Mesmo descobrindo que ela frequentava o mesmo clube de BDSM
que eu frequentava.
Será que a minha feiticeira era uma submissa?
Raquel
No dia seguinte...
Depois que o Davi foi embora, eu juro por Deus que meu
coração parecia que iria se partir. Eu dei um pulo quando ouvi o
toque do meu celular e corri para atender e, quando vi o nome dele
no visor de chamada, meu coração ficou acelerado. Atendo a sua
chamada e ficamos conversando e, quando encerramos a ligação,
fico morrendo de saudades dele e sei que ele também.
— Que droga, Raquel, o homem foi trabalhar — chamo a
minha atenção. Sigo em direção à cozinha e preparo um chá para
ver se conseguia me acalmar. Enquanto colocava a água para
ferver, resolvo dar um pulo no quarto para ver como estava a Duda,
que, como sempre, dormia como uma pedra.
Essa menina era uma mistura da Nella e do Diogo, coitada
dessa criança que tinha um pai bem possessivo e um tio que
também era quase no mesmo nível de possessivo do amigo.
Ah, um dia eu quero ter um bebê meu e do Davi. Era cedo
para ficar sonhando com isso? Eu queria ser mãe, sentir o que a
Nella disse que sentiu na gravidez da Duda. Eu sou uma mulher que
tem, sim, essa vontade e quem sabe um dia, se Deus abençoar,
quero ter uma filhinha igual a Duda, se bem que do jeito que o Davi
se comporta, era bem capaz mesmo de querer um filho homem.
Verifico mais uma vez para ver como a Duda estava e desço
para verificar se água estava já fervendo. Pego o chá-mate e sei
que falei que deveria ser um chá tranquilizante, só que não consigo
tomar esse tipo de chá. E, quando termino de preparar, adoço e
começo a beber para ver se me ajudava a acalmar, mesmo sendo
difícil, sendo que ele contém cafeína. Ouço um toque no meu celular
e pego, vendo que era a Nella dizendo que estava chegando para
buscar a Duda. Mal dá tempo de eu responder e ouço o barulho da
campainha.
— Já vou! — grito, indo em direção à porta. Vejo no olho
mágico para verificar se era mesmo a Nella e, quando a vejo, logo
atendo.
— Oi, amiga, desculpa, demoramos? — Nella pergunta sem
graça e logo atrás dela chega o Diogo, que não consegue tirar as
mãos de sua esposa, me bate um pouco de ciúmes da forma como
ele a olha. Lembro que até há pouco tempo eu estava sentindo as
mãos do Davi em meu corpo. E me deu uma saudade dele imensa.
— Oi, Raquel, desculpa mesmo, vamos fazer de tudo para
não ficarmos te incomodando — Diogo fala, me cumprimentando
com um beijo no rosto, e ele era o único homem, tirando o Davi, que
eu deixava me tocar.
— Para gente! Vocês sabem que fico com maior prazer
cuidando da Duda! — respondo, me forçando a esquecer por ora
que o Davi esteve aqui. E abro mais a porta para eles entrarem.
Observo Nella subindo para o quarto e seguimos ela. Quando
chegamos lá, Nella ficou lá parada e olha para o Diogo.
— Ela está dormindo tão gostoso! — ela fala com dó, e a
entendo.
— Sim, ela está mesmo! — ele diz indo em direção a minha
cama e pega a Duda, que acorda e olha para Diogo, o
reconhecendo abrindo um belo sorriso.
Duda volta a dormir. E, Deus, meu coração praticamente
explode ao ver a fofura ali. E me fez desejar ter uma Duda ou um
Davizinho.
— Ah, Diogo, será que ela vai acordar novamente? — Nella
pergunta com um pouco de receio.
— Acho que não! Mas é melhor irmos logo, assim que
chegarmos em casa, já a colocamos no berço — ele diz, e olha para
mim e fala: — Obrigado, Raquel, por ter ficado com a nossa filha.
— Ah, para, Diogo! E você lembra sabe que pode contar
comigo, sempre! — declaro sincera para os dois.
— A gente sabe que a Duda tem a maior sorte do mundo por
ter uma madrinha maravilhosa como você! — Antonella declara e,
por Deus, quase choro, isso está virando rotina.
— Vamos parar com essa melação, Nella! — resmungo sem
graça, e o Diogo ri baixinho, sabendo como era a relação.
— Querida, vamos embora, amor! — ele pede, e olho para
ele agradecida. Sabia muito bem que a hora que eles saíssem,
acabaria chorando como uma manteiga derretida ou poderia ficar
deitada na minha cama, lendo um belo romance e pensando no meu
próprio príncipe encantado.
— Sim, vão embora que tenho que ler um livro quente aqui!
— peço, os enxotando. Diogo começa ri e a Nella me olha e diz:
— Você está tão estranha? — ela pergunta, curiosa.
— Eu, estranha? Mas é claro que não! — nego rápido.
— Sei... — ela diz, desconfiada.
— Ah, pelo amor de Deus, mulher, vai dormir, seu mal é
sono! — desconverso.
— Eu... vou, só que amanhã vamos ter uma conversa! — ela
diz como se não estivesse acreditando em mim, e ela estava certa,
só não queria contar ainda o que tinha acontecido.
— Você não tem nenhum livro para escrever, não? —
provoco.
— Na verdade, até tenho! Só que hoje fui à delegacia falar
com o Davi... — ela começa e fico ali esperando ela continuar. —
Falei que estava escrevendo uma história sobre padre e ele ficou
chocado! — ela fala rindo muito! E ri mais ainda quando a olho
chocada. Se bem que, da Nella, não deveria ficar espantada, essa
mulher é uma escritora fodona.
— Imagino a cara do seu irmão quando ouviu isso! —
comento, rindo depois do susto que levei e acabo sorrindo demais, e
a Antonella olha para mim e me puxa para fora do quarto e diz:
—Desembucha? — ela pede, quero dizer, pedir não, ela
praticamente ordena, e a largo no corredor, voltando para o quarto.
Olho para o Diogo e falo:
— Culpa sua! — aviso, brava com ele.
— Por que a culpa é minha? — ele pergunta, confuso, sem
entender nada.
— Você fica treinando-a para fazer perguntas? — pergunto
para ele com ironia.
— Eu não tenho nada a ver com isso! — ele se defende. E
olho para Nella, que me devolve o olhar e fala:
— Vamos, desembucha! — pede, cruzando os braços e
esperando eu contar.
— Nella, não tenho nada para falar com você! —
desconverso e, Deus, se ela não fosse a minha melhor amiga, eu a
mandaria para aquele lugar.
—Tem sim! E você ficou com os olhos brilhando e, também,
dando sorrisinho! — ela resmunga.
— Ah, Nella! Você está imaginando coisas! — declaro,
desconversando.
— Não mesmo! — Antonella fala com muita convicção e
continua: — Você está bem diferente da hora que chegamos aqui
para deixar nossa filha.
— Você está vendo coisas que não existem! — volto a
desconversar.
— Eu te conheço, dona Raquel, e sei que está mentindo! —
ela declara e olha para mim. — E vou descobrir o que é!
— Meu Deus, Antonella, pare de ficar lendo livros sobre
interrogatório — falo com ironia.
— Eu vou ficar no aguardo, você vai me contar mesmo! —
ela diz, e a olho dando um suspiro de alívio.
— Querida, temos que ir! — Diogo a chama, que revira os
olhos para mim, e olho para o Diogo e agradeço, mexendo os
lábios, ele sorri.
— Agora vai para casa, cuidar do seu marido e até amanhã!
— resmungo, querendo que ela fosse embora para poder pensar
sobre o que aconteceu hoje.
— Eu vou, só que amanhã a gente volta! — ela diz, e sei que
vai mesmo voltar, essa mulher era osso duro de roer. Quando Nella
coloca uma coisa na cabeça, só Deus nos acuda.
Saímos do quarto e os levo até a porta. Quando a Antonella
me abraça, ela sussurra em meu ouvido:
— Não vejo a hora de saber o que a senhorita está me
escondendo — ela avisa, sorrio e dou beijo neles.
Me despeço deles e fecho a porta. Volto para a cozinha e
pego um refrigerante, já que o suco que tinha feito acabou. Pego o
meu celular, que tinha deixado em cima da mesa, e começo a
verificar enquanto bebo o restante do meu refri.
E quase me engasgo quando reparo que tinha mensagem do
Davi e acabo sorrindo que nem uma adolescente apaixonada, sim,
acabo de me apaixonar por ele mais uma vez enquanto eu lia sua
mensagem que dizia:
Daniel
— Dani, me fode... — pede a minha garota, virando o rosto
para mim.
— Ah, com certeza, eu vou te foder, mas não agora! — aviso
para ela, que bufa, e sorrio.
— Você é tão mau comigo! — ela responde, choramingando.
E sorrio novamente, o meu sonho está se tornando realidade; ela,
ali na minha mesa do escritório, pronta para transarmos.
— Ah, meu amor, ainda você não viu nada ainda! — declaro,
piscando o olho para ela, e falo: — Agora seja uma boa menina e
afaste as suas pernas para mim!
— E se eu não quiser! — ela responde se fazendo de difícil,
isso que eu gostava nela, era tão má como eu.
— Ah, minha querida, você vai querer com certeza! —
declaro, puxo o seu rosto e ataco a sua boca sentindo o seu gosto
maravilhoso.
Enquanto estávamos ali, entregues ao nosso beijo, vou
descendo as minhas mãos pelo seu corpo até quando chego em
suas belas e maravilhosas pernas, as afastando.
Ouço um gemido rouco dela, quando eu levanto a sua saia e
a encontro ali, preparada, nua, sem nenhum pingo da maldita da
calcinha dela, eu tremo.
— Você é uma garota muito suja, não? — questiono quando
paro de beijá-la, me abaixo e fico ali, olhando para sua bela bunda,
e não me aguento, eu tenho que bater, e é isso o que eu faço, meto
a mão em sua bunda, ela geme e grita:
— Sim... — ela diz, ofegante.
— Eu sei que é! Você não tem ideia de como a sua linda
bunda está linda vermelha dos meus tapas — falo para ela quando
paro de espancar sua linda bunda.
— Me fode... — ela pede novamente, e resolvo atender o seu
pedido!
— Ah, sim, amor, vou te foder tanto, o que prefere? Meu pau,
meus dedos ou a minha boca? — provoco, sabendo que ela ia pedir
todos.
—Eu quero todos! — ela responde, choramingando, e sorrio
vitorioso, atendendo o seu pedido, começo primeiro com os meus
dedos e a ouço gritar: — Ah, porra!
Mateus
O dia começou como qualquer outro dia, estava ali, me
preparando para mais um dia na delegacia. Levanto-me cedo e sigo
para tomar um banho, assim que ligo o chuveiro, o jato de água
quente cai sobre o meu corpo, fazendo os meus ombros relaxarem
devido ao jato de água. Pego sabonete e passo pelo corpo, sentindo
ali o aroma que estava nele. Fico um pouco e, mesmo a
contragosto, saio do banho.
Puxo a toalha, me seco e a enrolo no meu corpo. Volto para o
meu quarto e sigo em direção ao meu guarda-roupa, abro as
gavetas e de lá pego uma cueca box, me visto logo. Puxo no cabide
ao lado uma calça Jeans, dava graça a Deus por não ter que usar
uniforme e poder usar roupas que gostava.
Fecho a gaveta que guardava as cuecas e abro a porta que
estava do lado, pego uma camiseta e me visto. Vou até o espelho
do meu quarto e me olho para ver se estava tudo ok.
─ Uau... ─ Ouço a voz da minha irmã Lais entrando no meu
quarto e sorrio para ela.
─ Gostou? ─ a provoco sorrindo e recebo um revirar dos
olhos dela.
─ Você está bonitão, hein... ─ ela responde sincera, sorrio.
─ Eu sei disso! ─ brinco, e ela revira os olhos novamente e
diz:
─ Sinceramente, eu não sei de quem você puxou tanto
convencimento? ─ ela declara e noto um tom ironia.
─ Sinceramente, acho que do papai... ─ brinco, e ela ri.
─ Ah, sim, com certeza... ─ ela responde em tom seco. E me
xingo na hora por tocar no assunto do meu pai.
─ Desculpa, querida, eu não queria... ─ começo a me
desculpar com ela, que sorri triste ao dizer:
─ Fique tranquilo, eu já superei... ─ ela declara, e nós dois
sabemos que ela estava mentindo.
O meu pai era um filho da puta rancoroso e homofóbico, que
não aceitava que seus únicos dois filhos, como ele mesmo gostava
de frisar, fossem gays. Sim, eu sou gay e a minha irmã também é.
Para ele, a culpa de sermos era da nossa mãe. Idiota, penso.
Vou até ela e a abraço, sentindo o seu corpo ficar um pouco
trêmulo, então, a abraço com mais força. Minha linda irmã era uma
menina infeliz, palavras dela, e não minhas. Para mim, a minha irmã
era perfeita e feliz.
─ Então, o que você está planejando fazer hoje depois do
trabalho? ─ ela pergunta, mudando de assunto, e sorrio.
─ Sinceramente, nada, vou fazer um plantão para um dos
rapazes, lá ─ respondo, dando ombros.
─ É que hoje não estou muito a fim de cozinhar, o que acha
de a gente jantar fora? ─ ela pergunta.
─ Uma ótima ideia, irmãzinha... E vou poder comer bastante,
né? ─ a provoco, piscando o olho para ela, que ri muito.
─ Hã... Não! Se eu for pagar a janta, vou estar com o meu
saldo em vermelho... ─ ela zomba, e dou risada.
─ Ah, com certeza isso é uma mentira, uma mulher que
trabalha tanto. Uma mulher que é uma advogada de primeira
categoria ─ a elogio brincando, mas, no fundo, falo com maior
admiração que eu tenho pela minha irmãzinha, ela merece tudo de
bom nessa vida.
─ Eu, não? Tem certeza de que não é você? Quem é que tem
grana guardada debaixo da cama? ─ ela provoca, olho para a minha
cama e ela faz a mesma coisa, sorrio ao dizer:
─ Minha cama é box, não dá para guardar nada, ao menos
que ela fosse aquelas com baú ─ declaro, dando ombros e levo um
tapa no ombro.
─ Ha... Ha... Ha... ─ ela responde com ironia e revira os
olhos.
─ Agora, o que acha de irmos tomar um café, hein? ─
pergunto, e ela sorri em concordância. E, de braços dados,
seguimos em direção à cozinha. Ao chegarmos lá, encontro a mesa
posta.
Minha boca se enche de água ao ver que ela tinha feito bolo
de milho, e não me faço de rogado antes de me sentar e comer que
nem um leão. Puxo a cadeira para Lais e ela me responde com um
revirar dos olhos. Pisco o olho para ela, começamos a comer e
conversar sobre como seria o nosso dia. Terminamos de tomar o
café da manhã, me levanto e começo a lavar a louça.
─ Olha só como estamos dispostos a lavar a louça... ─ ela
brinca, e rio dela.
─ Sim, você sabe é o mínimo que posso ajudar, você fez o
café... ─ a lembro.
─ Esse fim de semana, você vai sair? ─ ela me pergunta,
paro de lavar a louça e puxo na memória se tinha alguma coisa
programada.
─ Nada, não! Por quê? ─ pergunto, curioso.
─ Estou pensando em fazer uma faxina, o que acha? ─ Dou
um suspiro de pesar, ela nota, bate no meu braço e finjo gemer de
dor.
─ Está bem... Eu faço esse sacrifício... ─ declaro e levo outro
tapa. ─ Hei, irmãzinha, por favor, sem bater ─ brinco, e ela ri.
Volto a terminar de lavar a louça enquanto a Laís vai tirando
as coisas da mesa. Quando terminamos, cada um seguiu para o seu
quarto para terminar de se arrumar.
Pego a minha mochila, com um último olhar no espelho, volto
para a cozinha e vejo a minha irmã, que estava toda arrumada,
usando uma saia lápis, com uma blusa de seda e sapato com salto
agulha. Os seus longos cabelos estavam soltos em camadas, a sua
maquiagem, então, estava impecável.
─ Uau... Você está linda, irmãzinha! ─ respondo, sincero.
─ Obrigada, e você também, mas isso já sabe ─ ela brinca e
volto a rir dela.
E a observo ir em direção ao sofá e pegar uma bolsa tipo
pasta, no mínimo, tinha algum processo, ali. Ela pega a bolsa e
seguimos para a porta do nosso apartamento, fecho a porta e
vamos para o elevador, ficamos conversando enquanto o elevador
não chega.
─ La, não se esqueça da nossa janta, hein... ─ a lembro, que
revira os olhos.
─ Nossa, Mateus, foi uma vez só... ─ ela resmunga, e sorrio.
─ Sim... Eu sei disso, mas nunca se sabe, né ─ a provoco, e
ela revira novamente os olhos para mim. O elevador chega, abre as
portas e entramos, apertando o botão de térreo.
─ Mateus, estou pensando em ir para a balada nesse fim de
semana, o que acha? ─ ela pergunta, e a olho sem entender mais
nada.
─ La, você não falou que queria que fizéssemos uma faxina?
─ Mateus, e a gente vai ... ─ ela, começa e a olho com
desconfiança.
─ Ok, que horas iríamos para balada? ─ a questiono e,
quando a vejo abrindo aquele sorrisinho, já começo a levantar a
mão e declaro.
─ Não... Eu não vou me levantar cedo... ─ resmungo
contrariado, no final de semana, eu queria dormir até mais tarde.
─ Eu não quero saber, Mateus, mas você vai se levantar
cedo e ponto-final! ─ ela declara, e a fuzilo com um olhar. Se
pudesse matar, ela estaria morta, mas ela nem se abala. E, quando
estou para falar o que eu acho, ela fala: ─ Chegamos...
E vejo as portas se abrirem e seguimos para fora do
elevador, cada um para o seu carro. A observo destravar o alarme
do carro dela e faço o mesmo, antes de ela entrar no carro, a
chamo:
─ Essa conversa ainda não terminou... ─ declaro, e ela só
revira os olhos e me manda um beijo, retribuo e entramos nos
carros.
Dou partida e saio com o carro, a Laís faz o mesmo. Dou
passagem para ela, que agradece dando uma buzinada e segue em
direção ao seu destino, faço o mesmo. Enquanto seguia em direção
à delegacia, noto o quanto São Paulo está um trânsito tenso, não
via a hora de chegar logo na delegacia.
Viro em uma rua e a cena que se sucedeu não me preparou
pelo que estava a vim a acontecer. Um carro em alta velocidade
vem em minha direção na contramão e não dá tempo de desviar,
logo sinto um impacto, bato a testa no volante e apago.
─ Senhor ... ─ Ouço uma voz calma vindo de algum lugar.
Essa voz me transmitia uma paz que nunca tinha imaginado
encontrar. Tento abrir os olhos, mas não consigo, então, ouço a
mesma voz que tinha falado comigo ou acho que falou: ─ Hei...
Fique tranquilo, eu vou cuidar de você...
E, ouvindo essas palavras, sinto tanta verdade nelas que faço
um esforço sobre-humano para abrir os meus olhos e ver quem era
a pessoa que estava conversando comigo.
─ Fica calmo, por favor! Não faça esforço... ─ ele pede, e
sinto uma necessidade enorme de abrir os meus olhos e olhar para
a pessoa que tinha uma voz tão calma e, ao mesmo tempo, sexy.
Com um pouco de esforço, consigo abrir aos poucos os
olhos. Enquanto eu os abria, noto o quanto eles estavam
embaçados e os fechos novamente. Esforço novamente e
finalmente eu consigo, abro eles, que dão de cara com um rapaz
lindo, fico completamente encantado.
─ Hei... Bem-vindo de volta, senhor... ─ Fico ali sem entender
nada, eu estava completamente paralisado e, naquele momento,
sinto que estava surgindo um amor. ─ Senhor... Você está bem? ─ E
fico sem responder nada, acho que perdi a voz de tanta beleza que
estava ali na minha frente. Sinto uma dor de cabeça um pouco forte,
gemo, em seguida, ouço um grito desesperado e a vontade de
pegar em sua mão e dizer que iria ficar tudo bem se perdeu, tento
falar e ouço ele dizer: ─ Calma, querido, você vai ficar bem... ─ ele
declara e sorrio para ele, que retribui, e a escuridão vem e as
palavras dele e o seu sorriso são tudo que eu levo para a escuridão.
Agradecimento
Betânia Vicente
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