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—— =a ——— re TCU) eae Parlituras e Jabliluras Viola Caipira ok ACR MW ES DAWA, So HEY RA SK ot NOD MwiCewmecowl fo“ Dpiw wh ome Gow th EM Owe Cre Gog C682) TO Se SK, 8 ORR AW HD BAAS oH O violeiro de Iturama Viola caipira, viola sertaneja, viola matuta, viola cabocla, viola de 10 cordas Nao importa a sinonimia, A palavra magica é: deslumbramento! Um convite a0 exuberante ¢ instigante universo de caudalosos e inebriantes sons, ora cortantes, feito ago de navalha, ora esvoagantes como os passaros a perpetrarem intermindveis evolugées pelos céus anis, ora pés-no-chdo como as plantinhas a forrarem as planicies, ora claros qual o sol do meio-dia, ora misteriosos como a noite ¢ suas inquietagdes, ora exultantes como o coragdo dos amantes, ora plangentes como as ave-marias Nao hé dtivida, a nossa violinha regateira 6 deveras extraordindria! Dos tempos em que se julgava fosse ela meramente coisa de cafumango desocupado até nossos dias, acolhida com toda pompa e circunstdncia nas altas esferas, nas melhores salas de concerto, nos austeros Ambitos académicos, muito chao empocirado teve de percorrer, muita batalha contra o preconceito, intolerancia ¢ ignordncia careceu travar. Insere-se aqui o nosso violeiro de Iturama. Desde que deixou 0 torrao natal, vem combatendo o bom combate, empenhando os melhores esforgos & pesquisa e ao ensino da viola, editando farto material didatico em livros e videos, além de CDs de obras préprias e releituras. E com incontida alegria que vé hoje a excepcional expansio do instrumentinho de dez cordas, dado aele conhecer pelo velho Rodolfo, o finado pai, Do capiau ao doutor, especialmente a juventude, todos querem riscar a barriga da danada. E uma imensa honra para um violeiro de Iturama ter plena consciéncia de que o seu trabalho vem contribuindo decididamente, nas devidas proporgées, é Sbvio, para tudo isso. Tal qual o filho prédigo, retorna, neste exato ¢ glorioso dia, as origens. A dessemelhanga, neste passo, com a parabola biblica, € o inabalavel designio de compartilhar com seus concidadaos prédigas emogoes. ESTE E O TEXTO DE APRESENTACAO DO RECITAL DE VIOLA CAIPIRA QUE MARCOU O REGRESSO DE ENUBIO DIVINO QUEIROZ A SUA TERRA NATAL, APOS LONGOS ANOS DE AUSENCIA. Ao tomar a decisdo, jd se inicia o processo. — Perfect Liberty asbio Quiet Copyright © DGD - D’ ANGELO GESTAO DE DIREITOS 2015 Produgao Executiva Entibio Queiroz e Felipe Medeiros Capa JRC Designer Editoragio Bletrénica Daniel G. Jeric6 Revisio Vandelvick Carlos de Souza Todos os direitos desta edigao reservados 4 Editora DGD ‘Telefax: (17) 3234.4769 | 3233.6716 e-mail: enubio@enubioviola.com br - danubioinstramentos @hotmail.com Site: wwy.enubioviola.com.br Queiroz, Enihio MATERIAL DESENVOLVIDO PARA FINS DIDATICOS SS v YN PRZFACIO com imensa alegria e sensagao do dever cumprido, que entregamos ao piblico este trabalho, esperando contribuir para a propagagio cada vez maior da viola caipira no seio da sociedade dos nossos dias. A outrora ‘io desprestigiada violinha matuta, experimenta hoje uma crescente valorizacao, despertando expressivo interesse em tomo de si. Isso nos conduziu a pesquisar 0 que havia de repert6rio especifico para viola caipira no mercado editorial brasileiro. Constatamos, com alguma estupefagio, que é bastante reduzido o mimero de publicagdes de qualidade nessa 4rea. Assim, assumimos, sem nenhuma pretensio ou soberba, a responsabilidade de langar alguma luz sobre o tema, entregando-nos de corpo e alma a essa misao, que vemos, agora, concluida e materializada nestas paginas O amante da viola desfrutard de um bom aliado no seu desenvolvimento técnico e artistico, uma vez que terd A sua disposicao uma coleténea de arranjos ¢ adaptagdes especificos para o nosso querido instrumento, além de varias composigées de nossa prépria lavra, sob a forma de partitura ¢ tablatura, num conjunto de trés Albuns. O primeiro revela dezesseis composigdes inéditas, sendo quinze de nossa autoria e um choro caipira de Timéteo Machado. O segundo aborda doze cléssicos populares moldados & viola caipira. O terceiro traz, também, dozes peas do nosso grande cancioneiro sertanejo de raiz. Preocupamo-nos, ainda, em trazer aqui alguns conceitos bisicos de teoria musical para que a pauta se torne mais palatdvel aos nao iniciados, dispensaveis, evidente, aos jé familiarizados com tais cédigos. Figue claro, nao pretendemos esgotar © assunto, Ademais, seria impossivel em brevissimas anotagdes. O interessado deve para tal socorrer-se da boa literatura musical e principalmente dos bons mestres. Contudo, o suporte on-line que subsidia este trabalho, constitui um auxilio luxuoso nessa empreitada. Oxalé possa esta publicacao alcangar seu intento, repercutir em todo 0 Brasil (e quicé fora dele), como um acorde aberto de uma violinha bem afinada, langar sGlidas ratzes e render bons frutos. Como diria 0 célebre ¢ saudoso Renato de Andrade, a quem homenageamos com uma de nossas composicées presentes no élbum I: - VAM’ MEXE? Grande abrago a todos! Sao José do Rio Preto, outono de 2014. ENUBIO@DIVINO DE QUEIROZ asbio Quer SUMARIO Exercicios.... 1 - Na linha do Tempo 2 - Cordas Caipiras .. 3 - Um Cowboy no Arrastapé 4 - Viola a Tarantela. 5 - Viola de 80 Baixo: 6 - Violeiro de Abaeté . 7 - Capital da Viola... 8 - Revoada das Andorinhas 9 - Rafzes Paraguaias 13 - Serenata Portuguesa 14 - Riacho dos Passarinho: 15 - Rastros de Minha Infancia. 16 - Pepe..... Consideragées sobre os termos técnicos empregados neste trabalho: Para que no pairem dividas a respeito das convencées aqui empregadas, é bom esclarecermos certos pontos. Iniciaremos com nogées bem planas sobre teoria musical TEORIA MUSICAL BASICA Musica: é arte de organizar e combinar sons de maneira a expressar os diversos afetos de nossa alma. Som: é uma vibrag&o acistica que se propaga por meio de ondas sonoras. O som possui quatro propriedades, as quais se apresentam simultaneamente. Sao elas: Altura: é a propriedade que determina a frequéncia sonora numa escala do grave ao agudo, Os sons dividem-se em graves, médios e agudos, da menor para a maior frequéncia. Frequéncia é 0 numero de vibracées por minuto de um determinado som. Durago: é 0 tempo em que 0 som permanece soando. Intensidade: é 0 grau de intensidade com que o som é produzido, que o leva a ser mais fraco ou mais forte, numa progressiva graduacao. Timbre: é a caracteristica sonora peculiar a cada instrumento ou voz humana que 0 define como tal. Poderiamos facil mente denomina-lo a “cor do som", E pelo timbre que reconhecemos se um determinado som foi gerado por voz humana, piano, flauta, sax, clarineta, bandolim, violino ou viola caipira. Quando um compositor escreve uma pega musical, ele combina ao mesmo tempo diversos elementos musicais, os quais compdem a musica. Falaremos aqui dos mais importantes: melodia, harmonia e ritmo. Existem outros, os quais sdo dispensaveis ao propésito deste trabalho asbio Queer Melodia: Todo mundo tem alguma nocao intuitiva do que seja a melodia, a qual, para a maioria é 0 componente mais importante de uma peca musical, No entanto, precisar com exatidao seu significado, nao é tarefa simples. Os dicionarios de musica sugerem que “é uma sequéncia de notas, de diferentes sons, organizadas numa dada forma de modo a fazer sentido musical para quem escuta”. © que faz sentido musical para um pode, entretanto, ser inteiramente fora de propésito para outro, o que se revela interessante e belo para uma pessoa, pode induzir outra a sufocante tédio. Harmonia: Numa breve definicao, sao as relagées existentes entre os sons produzidos simultaneamente. A palavra harmonia é empregada em dois sentidos. Pode referir-se a selecdo de notas com as quais se formam os acordes e, por outro lado, ao modo como se encadeiam numa progresséo harménica, investindo-se aqui do status de disciplina especifica da ciéncia musical e estudada a parte. O acorde, todos sabem, ocorre quando trés ou mais notas diferentes soam ao mesmo tempo. Ha dois tipos de acorde: o consonante, cujas notas que o constituem concordam perfeitamente entre si e 0 dissonante, no qual as notas dissonam em maior ou menor grau, trazendo o elemento de tensdo a frase musical, o qual deve ser resolvido, de acordo com determinadas regras estudadas em Harmonia Ritmo: é 0 resultado da organizagao sistematica da duragdo e da acentuacéo dos sons em suas miltiplas possibilidades. Um compositor quando escreve uma peca musical, organiza as notas musicais de tal maneira que elas evoluem numa variedade de diferentes sonoridades, duracées e acentuacées. Essa variedade de combinagées sonoras resulta a melodia, da qual falamos anteriormente. Ocorre que as notas da melodia ndo soam iguais. Umas séo mais breves e mais numerosas, outras mais longas e, consequentemente, em menor numero; umas mais intensas, outras menos. A essa multiplicidade de possibilidades de divisdo, subdiviséo e acentuacéo das notas musicais denominamos ritmo. Podemos deduzir que a melodia e 0 ritmo sao umbilicalmente acoplados. Quando entoamos uma melodia, cantamos também o ritmo. Sé existem dois tipos de ritmo: o bindrio eo terndrio, O binario caracteriza-se por dois momentos de igual duragdo, um forte, outro fraco, enquanto o ternario, por trés momentos, também, de igual duragao, um forte e os outros dois fracos. O acento forte tem cardter de repouso e os acentos fracos, cardéter de movimento. & importante ressaltar que 0 momento do acento forte, por sua primazia sobre os outros acentos, representa o ponto de atragao sobre o qual deve concluir cada sucesso ritmica. No tépico sobre 0 compasso esse conceito seré mais bem compreendido. Notas Musicais: sao simbolos que empregamos para representar os sons através de um sistema de notacao musical. Temos sete notas musicais ditas naturais, Assim denominam-se exatamente por se encontrarem inalteradas (em estado natural). S8o elas: DO - RE- MI- FA- SOL-LA- SI. asbio Queer 10 Podemos estabelecer aqui uma analogia, visualizando uma espécie de escada em que cada degrau expresse uma nota musical, 14— sol—Fom me tom | semitom oitava Na viola a distancia de um tom é assim: 10M — Obs.: Completa-se uma oitava, quando uma nota se repete no final da escada. A nota dé no topo da escada tem o dobro da frequéncia da nota dé na sua base. Desse modo, soa uma oitava mais aguda. A esta ordem de sons dé-se o nome de escala diaténica, ascendente ou descendente. Entre as notas ditas naturais, vale dizer, aquelas que constituem a escala diaténica, hd notas com alteracdes em sustenidos (#) ou beméis (b). Vejamos: dé#, ré#, fa#, sol# e la#, na ordem ascendente, e sib, lab, solb, mib e réb, na ordem descendente. Neste caso, a diferenca entre uma nota natural e a proxima é sempre de um semitom. Denominamos essa sequéncia de notas escala cromatica. Adicionando-se as notas alteradas as naturais, temos, pois, doze sons, cuja combinacao propiciou tudo quanto se conhece na histéria da musica ocidental até nossos dias. asbio Queer 11 Na escada fica assim: dé ascendente NN descendente Na viola, a distancia de meio tom é assim: 1 SEMITOM ZN asbio Queer Sinais de Alteragao ou Acidente: sao sinais que alteram 0 som natural das notas. Os mais utilizados sdo estes: H Suster jo: eleva a nota em meio tom (um semitom) Bemol: abaixa a nota em meio tom (um semitom). Dobrado Sustenido: eleva a nota em um tom (dois semitons). b x bb Dobrado Bemol b baixa a nota em um tom (dois semitons). Bequadro: anula 0 efeito de todos os sinais anteriores. Pauta ou Pentagrama: é 0 conjunto de cinco linhas horizontais paralelas onde representamos as notas musicais, Entre uma linha e outra, como se pode facilmente perceber, forma-se um espaco. As notas musicais (representadas por bolinhas ovais cheias ou vazias, conforme 0 caso) sao desenhadas, cortando as linhas ou preenchendo os espacos, de maneira tal que as mais graves so colocadas na parte inferior do pentagrama eas mais agudas, na sua porcao superior. linhas espagos Linhas e Espacos Suplementares Inferiores e Superiores: Quando a pauta for insuficiente para conter notas mais graves ou mais agudas nao abarcadas por ela, langamos mao dessas linhas extras. = linhas e espagos suplementares superiores: notas agudas linhas e espacos suplementares inferiores: notas graves 13 asbio Queer Clave: para que os simbolos gréficos acima descritos (bolinhas) representem efetivamente sons musicais, ¢ imprescindivel que, na extremidade esquerda do pentagrama, instalemos a devida clave. E ela que dd nome as notas musicais. Existem as Claves de SOL, FA e DO, as quais se distribuem entre as cinco linhas do pentagrama. Numa peca ou trecho musical dominado por uma dessas claves, todas as notas sio nomeadas a partir daquela encontrada exatamente na linha em que se assina a respectiva clave. Tal nota recebe o nome da clave e a partir dai, pela sucesso natural das notas (Dé — Ré - Mi - Fa - Sol - La - Si), so nomeadas as demais. E mais frequente hoje o emprego da Clave de Dé na terceira e quarta linhas do pentagrama, da Clave de Fé na quarta linha e da Clave de Sol na segunda linha, a qual é apropriada para a viola caipira. Armadura de Clave: é 0 conjunto de sinais de alteracdo (sustenidos [#] ou bemédis [b]), 0 chamados acidentes fixos, que inserimos logo apés a clave para definir a tonalidade do trecho ou da peca musical como um todo, de modo a ocupar cada um deles o lugar de uma nota musical, determinando que tal nota seja alterada em todo o decorrer da peca musical, a ndo ser que surja 0 bequadro, 0 qual, como vimos, anula todos os sinais de alteracao. Quando nao ha acidentes, significa que predomina a tonalidade de Dé Maior ou Ld Menor, segundo o contexto. Exemplo em Mi maior (toda nota f, dé, sol e ré no decorrer da peca musical seré sustenizada, a nao ser que o bequadro determine o contrario) Valores ou Figuras da Nota e da Pausa: sao simbolos com os quais indicamos a duracéo relativa do som e do siléncio. Na_ primeira hipstese, ocorrem os chamados valores positivos e na segunda, os valores negativos. Ainda que existam outros, raramente empregados, atualmente, temos os seguintes valores positivos: © Sembreve JQ semetere J sta ys J senna D coeneia } semitsa asbio Queer 14 Constatamos que a figura da nota representativa da duracdo relativa do som divide-se em trés partes: _ cabeca a haste —_— colchete ou bandeirola Por convencao, estabelecemos que a semibreve seja a figura de maior valor. Na sequéncia, encontramos a minima, a qual vale a metade da semibreve, a seminima, cuja durac3o é a metade da minima e assim Sucessivamente, como dispée 0 grafico abaixo. o__ uma semibreve oO etuivatio' J | 2 minimas —_— TH 1 J J + 4 seminimas ou mY Wd J 8 colcheias ou mH WA FIFI 16 semicoicheias ou FT TTT STITT STITT 32 tusas ou 64 semifusas Os chamados valores negatives, como mencionamos na pagina anterior, representam o siléncio (pausas). Eles guardam a mesma nomenclatura e a divisdo e subdivisdo dos valores positivos, diferenciando- se to somente quanto ao sinal grafico da figura. pause do Sembrve FJ pousa da Semictrin pausa da Minima j pause do Fuse paso seminna asbio Queer Ponto de Aumento: é um ponto acrescido a direita da nota musical ou da pausa, determinando um acréscimo de metade de seu == valor. Hd também o duplo ponto de aumento, colocado oa a direita da nota ou pausa, estabelecendo um aumento de 3/4 de sua duracao. = Ponto de Diminuigao: é um ponto acima ou abaixo da cabeca da nota, impondo uma diminuicéo de metade de seu valor. Nao ocorre nas pausas. O ponto de diminui¢do indica também uma maneira especial de emitir 0 som, chamada staccato, termo italiano que significa destacado, o qual estabelece que as notas por ele marcadas sejam emitidas destacadas, cortando-se metade do seu valor. NM Ligadura: é caracterizada por uma linha curva, a qual une duas notas da mesma altura, somando as suas duracées, por isso = mesmo denominada ligadura de valor. Podem suceder- se duas ou mais ligaduras. Neste caso, somente a primeira -@—#— nota, aquela de onde parte a ligadura, é emitida; as ~ demais constituem um prolongamento da primeira. Esse sinal de forma semicircular que se coloca sobre ou sob as notas, unindo-Ihes a cabeca, segundo exige o contexto, emprega-se em diversas situagdes. Constitui um dos recursos para marcar as articulagées (as diferentes maneiras de se emitirem as notas) num discurso musical. Dentre varios outros empregos, pode unir, na musica vocal, as notas entoadas por uma sé silaba, indicat, nos instrumentos de sopro, as notas a serem tocadas por um sé félego, nos instrumentos de arco (violino, viola, violoncelo e contrabaixo), a arcada (as notas emitidas num Unico movimento de arco) e, ainda, as frases musicais ou fraseado. Aparece, também, no legato, do qual falaremos a seguir. Legato: é justamente uma das possibilidades de articulaco, em que as notas se sucedem ligadas, conservando o seu valor integral, nao se admitindo “buracos” entre elas. E indicado @ pela linha curva da qual falamos acima ou pelo préprio “FF temo legato, no inicio da frase musical em que ele ocorre, Non Legato: outra forma de articulago em que as notas ocorrem nao ligadas, sem chegarem, contudo, a ser soltas como no staccato, vez que, também, assim como no legato, conservam a sua duracao integral. E indicada pela prépria expressao non legato. asbio Queer 16 Quidlteras: sdo grupos de notas que ndo se enquadram & divisdo e subdivisdo regular do compasso ou de seus tempos. Assim, podem aparecer constituidos de valores iguais ou no e até incluirem pausas. As quidlteras sdo nomeadas de acordo com o ntimero de notas que as compéem. Desse modo, podemos ter duas-quidlteras, trés-quidlteras (também denominadas tercinas) cinco-quidlteras, sete-quidlteras, etc. Elas vam marcadas pelo numero que as compéem, abarcado pela linha curva ou um colchete. Signos de Repeticéo: existem diversos sinais de repeticao. Falaremos aqui apenas do Ritornello e das chamadas Chaves de Volta. Ritornello: delimita um trecho musical que deve ser tocado mais de uma vez. Normalmente, enquadramos o trecho a ser repetido entre dois sinais de ritornello, um voltado para o outro, como se vé da ilustracdo. Quando desejamos voltar ao inicio, geraimente, combinamos a expressdo Da capo (D.C.) com o ritornello final. Chaves de Volta: elas sempre atuam em conjunto com o ritornello, portanto, est&o inseridas no processo de repeticdo. [7] Tocamos, normaimente, uma vez, 0 trecho enquadrado pelo ritornello, em cuja porcao final inserimos a chave 1. 2. Ao repeti-lo, no devemos ultrapassar o ponto de inicio da chave 1 e sim saltarmos direto para a chave 2 e dai prosseguirmos, segundo as especificagées da partitura. os naturais: so encontrados no braco da viola sobre os trastes 4, 5, 7, 12, 19 e etc. Sao obtidos encostando-se suavemente o dedo 4 da mao esquerda na corda desejada, Harm. enquanto a mao direita tange a corda. Tanto melhor definidos seréo, quanto mais préxima ao cavalete for tocada a corda. Os harménicos artificiais sao encontrados em toda a escala do brago da viola, provocados pelo indicador e executados com o polegar ou anelar da mo direita, uma oitava acima da casa pressionada. - Sinal de percussao: a] Patidanstampa da viele asbio Queer 17 42.3 4 ~Dedos da mao esquerda que pressionam as cordas nas casas do brago da viola. | - Tocar das graves para as agudas | - Tocar das agudas para as graves - Tocar a primeira nota e, sem tirar 0 dedo da corda, - 2%~4- arrasté-la até a casa da segunda nota indicada. Neste caso, arrastar da segunda para a quarta casa -7 pressionar e tocar a corda na primeira casa indicada, dar um ligeiro toque na casa entre paréntesis de modo que o som tre desta retorne ao spm da primeira, Neste exemplo, tocar a nota da sétima casa e, sem soltar 0 dedo da corda, tocar rapidamente a nota da nona casa, ligando-a com a da 749)?" sétima Pestana: com o dedo 1, pressionamos todas as cordas na casa indicada, mantendo a pressdo, enquanto houver cs pontilhado apés o sinal de pestana. Executamos com os dedos 2, 3 e4.as notas determinadas. Obs.: Quando houver o sinal de pestana, mas téo somente duas cordas para se tocar (cada qual com uma nota), subentendemos que o dedo 1 deve pressionar apenas as duas notas indicadas. - Meia pestana: 5e executar a pestana somente nas trés cordas de baixo. 0 dos dedos num dado acorde; neste exemplo, pressionamos em ordem ascendente os dedos 2, 1,3 e4. retardando: indica a redugao gradual do andamento da pega musical. retardando Geralmente, aparece no final da misica. - Pizzicato: repousamos a palma da mao direita levemente sobre as cordas, a medida que executamos um determinado trecho PM. musical, a fim de obtermos um som “abafado”; assim permanecemos enquanto perdurar o pontilhado. asbio Queer 18 - Vibrato: tocamos as notas e com os dedos da mao esquerda ainda wee i: pressionados, empurramos as cordas para cima e para baixo. @ @ =E ® © =B _ Afinagdo da viola “ceboldo” em mi maior @ =G# @=E @=E ® © =A AfinacGo da viola “boiadeira” @ =G# Let Ring - Campanella: deixar as cordas soltas, soando. Compasso: nao é sendo o agrupamento ordenado de diversos momentos, sujeitos naturalmente a lei do ritmo (diviséo ordenada do tempo), como ensina Ettore Pozzoli, grande musicista italiano, jé extinto. Ao ouvirmos atentamente uma musica, percebemos que hd nela uma espécie de pulsag&o, manifesta a intervalos regulares. Distinguimos, pois, de espaco em espaco um acento forte, o qual sempre retorna de momento em momento. Isso é facilmente perceptivel numa bateria de escola de samba em que 0 surdo de primeira impde sua vigorosa presenca. Graficamente, assinalamos 0 acento forte com uma pequena linha vertical, nomeada barra de diviséo (também chamada travessao), a qual introduzimos antes da nota carregada com 0 acento forte. E como tais acentos ocorrerao muitas vezes no decorrer do periodo ritmico, ao marcé-los, delimitamos os compassos. O acento forte, pois, a génese do compasso. Contudo, nao vive ele somente de acento forte. HA outros momentos em seu bojo: os acentos fracos. Desse modo, temos um acento forte e outros fracos. Cada um desses momentos caracteriza, assim, um tempo do compasso. Ao agrupa-los ordenadamente, como dissemos no inicio deste tépico, definimos 0 compasso. Podemos ter compassos de dois, trés, quatro, quinto, sete ou mais tempos. Contudo, os mais usuais so os trés primeiros, chamados, respectivamente, binarios, ternarios e quaternarios. Nos binarios temos um acento forte, o qual, como dissemos, determina o inicio do compasso e um frac (0 segundo tempo). Nos ternarios ocorrem um forte (0 primeiro tempo) e dois fracos (0 segundo e terceiro tempos). Nos quaternéarios, os quais, na verdade, sdo © resultado da juncao de dois bindrios, o primeiro tempo é forte, o segundo, fraco, o terceiro, meio forte (nao fosse assim, prevaleceriam dois bindrios) 0 quarto, fraco. Esses acentos, devemos esclarecer, aparecem, também, da mesma forma, nas subdivisées e nas divisdes dessas. Existem compassos simples e compostos. O que os diferenciam sao as subdivisées das notas que preenchem os tempos dos compassos (unidade de tempo). Nos simples a subdiviséo é bindria (duas a duas) e nos compostos, ternéria (trés a trés). A unidade de tempo, podemos constatar, é um valor simples (nota nao pontuada) nos compassos asbio Queer 19 simples e um valor composto (nota pontuada) nos compassos compostos, travessao duplo barra final barra ou travessao Férmula de Compasso: sao dois niimeros introduzidos logo apés a armadura de clave, os quais informam o nuimero de tempos ea figura da nota adotada como unidade de tempo no compasso. Nos compassos simples, 0 nimero inferior da formula de compasso revela a figura da nota que preenche um tempo no compasso (unidade de tempo), a qual se origina do fracionamento da semibreve. 0 numero superior, por sua vez, di a conhecer 0 ntimero de tempos do compasso, Nos compassos compostos, doutro lado, 0 numero inferior indica a figura da nota na qual se subdivide a unidade de tempo e o superior, o total dessas notas. Nos Compassos Simples a subdivisio da unidade de tempo é binaria e nos compostos, terndria, como ja mencionamos no item anterior. Desse modo, verificamos que a férmula de compasso representa uma fragdo da semibreve. Num trecho musical gerido por uma férmula de compasso quatro por quatro (simples), por exemplo, temos quatro quartos da semibreve, vale dizer, quatro seminimas por compasso e num seis por oito (composto), seis oitavos da semibreve ou seis colcheias por compasso. E evidente que nesses compassos néo reinam solitarias a seminima e a colcheia. As miltiplas combinagdes das notas que os constituem sao expressas pelas figuras resultantes da fragmentacdo da semibreve, como ja dissemos, de modo que, a partir da unidade de tempo, preenchemos toda a variedade de emissao das notas registradas pela partitura. Num compasso cuja unidade de tempo a seminima, como o dois por quatro (3), 0 trés por quatro (3), o quatro por quatro(4), etc. ela soa um tempo, a minima, dois tempos, a semibreve, quatro tempos, a colcheia, meio tempo, a semicolcheia, um quarto de tempo, a fusa, um oitavo de tempo e a semifusa, um dezesseis avos de tempo. Essa mesma sistematizagao ¢ aplicada as demais formulas de compasso. Unidade de Compasso: Assim como ha uma figura da nota que preenche um tempo no compasso (unidade de tempo - ut), como explanamos acima, também ha outra que da conta de todo o compasso, a unidade de compasso (uc) asbio Queer 20 Os compassos binarios possuem dois tempos e sao representados pela férmula de compasso: 2 4 Exemplo ut ut uc Os compassos ternarios possuem trés tempos e sao representados pela férmula de compasso: 3 4 Exemplo ut ut ut uc Os compassos quaternarios possuem quatro tempos e sao representados pela formula de compasso: 4 4 Exemplo: ut out out ut uc Distingdo entre Compasso, Ritmo e Andamento: é muito comum as pessoas confundirem esses conceitos. Os trés coexistem na musica, mas diferem entre si. Como vimos, 0 compasso é 0 agrupamento ordenado de diversos momentos (tempos), sujeitos @ lei do ritmo (divisdo ordenada do tempo), delimitado por um acento forte (primeiro tempo), 0 qual da start ao compasso, e outros acentos fracos (demais tempos), que dao movimento ao compasso até um novo acento forte, o qual dispara um novo compasso e assim sucessivamente. Hé mesmo quem confunda tempo com compasso. asbio Queer 21 O ritmo, também, ja vimos, é a multiplicidade de possibilidades de diviséo, subdivisdo e acentuacao das notas musicais sistematicamente organizadas. O andamento nada mais é que a velocidade com a qual executamos determinada musica, Tradicionalmente, indicamo-lo por termos italianos, no inicio do trecho musical, sobre o pentagrama. Podemos graduad-lo com outros termos (também italianos), os quais acentuam ou aliviam-lhe o impeto e por outros ainda (igualmente italianos), que exprimem o cardter da musica. Hoje & comum o andamento vir indicado na lingua materna do compositor. Para medi-lo com precisao, langamos mao do metrénomo, qual dé a sua medida exata, fixando o numero de seminimas por minuto que ocorrem no compasso. No andamento moderato, por exemplo, hd 110 seminimas por minuto. Numa partitura, apareceriaassim: | Moderate J =110 Assim, constatamos que tais conceitos sao bem distintos entre si e nado podem ser baralhados. asbio Queer 22 ee $e - + 0 c ALS? ee Tablatura (TAB): é uma das mais antigas formas de notacao musical, anterior mesmo a partitura tal qual a conhecemos hoje. Funda-se na analogia entre as cordas do instrumento e a sua representacao gréfica, No caso da viola caipira, é como se ela estivesse deitada de “boca” para cima com as tarraxas 4 esquerda (fig. 1). Assim, as linhas da tablatura, de cima para baixo, representam, respectivamente, os pares de cordas de 1 a 5, de modo a que sobre elas se colocam determinados ntimeros, os quais remetem a casa da viola onde se localizam as notas representadas na pauta. Para as cordas soltas, emprega-se 0 zero (fig.2). & preciso atentar aqui a um detalhe: ainda que a tablatura correspondente a viola caipira e a pauta guardem semelhanca, uma vez que ambas possuem o mesmo numero de linhas, ndo se pode pensar que uma éa reproduco fiel da outra. A primeira constitui uma forma especifica de representacao das notas musicais emitidas pela viola e a segunda compreende um arcabouco bem mais amplo de possibilidades, uma vez que atende a todos os instrumentos musicais e mesmo a voz humana. E bom ter claro que para se executar uma tablatura, necessariamente, impde-se um conhecimento prévio da misica focalizada, enquanto a pauta, por si s6, jd contempla todos os elementos essenciais para que seja cumprida a sua finalidade, dispensando-se completamente qualquer audiéncia prévia da peca musical em questo. brago da viola tablatura senda i = EG Obs.: para cordas soltas, emprega-se o zero e para cordas pressionadas, determinado numero, o qual estabelece a casa em que se localiza a nota desejada. Ex: 0 —$<— coca sot ) ————— @ 2 SS © corde 4 case. o o @ @ 6 o Fig. 2 asbio Queer 23 Afinacao da Viola Afinar a viola significa 'calibrar' as cordas, dando a cada uma delas sua ‘altura’ na escala cromatica, esticando (apertando as tarraxas) ou afrouxando (soltando as tarraxas) as cordas até encontrar a altura exata, baseando-se no |4 440Hz. A viola tem cinco pares de cordas, contadas do agudo para o grave. Popularmente, o som agudo é “fininho” e o som grave é“grosso”. Atualmente, com 0 auxilio do afinador eletrénico afinamos qualquer instrumento, inclusive a viola. O afinador, encontramos nas diversas casas do ramo. Alguns instrumentos ja vém com ele acoplado. Hoje é comum baixa-lo da internet. Na viola fica assim: (1°) par de cordas: E mi unissonos (2°) par de cordas: B si unissonos (3°) par de cordas: G# sol sustenido oitavados (4°) par de cordas: E mi oitavados (5°) par de cordas: B si oitavados 0 polegar e dedo 1 da mao esquerda (indicador) giram a tarraxa para frente ou para tras, até o ponteiro chegar ao meio da nota e a cor verde aparecer na tela (em alguns modelos). Quando a nota estiver 4 esquerda, continuar apertando, se estiver a direita, soltar até ficar no meio (verde). Para afinar, comegamos pelo 5° par (B) ¢ afina-se uma corda por vez Exemplo na pauta e tablatura fy a 6) 4) 6) @) a) o— _————) Ex————o. ———— 0 Esta afinagdo é conhecida pelo nome de "ceboléo" mi maior Obs.: A nossa experincia pessoal recomenda afinar 0 3° par com a frequéncia 438Hz, pois estas cordas dio sempre a impressao de soar um pouco acima da escala, no final, checar base do ouvido. Lembrete: Todas as mUsicas destes dlbuns tém a afinacao diagramada logo abaixo do titulo de cada uma. asbio Queer 24 ( ) ra Uso das maos a Para a execucao da viola caipira, utilizamos as maos direita e esquerda _--—~"_ geralmente, em sincronia. Os dedos da mao esquerda séo representados por numeros: indicador 1, médio 2, anelar 3 e minimo 4, enquanto o polegar permanece atrés do braco da viola, sustentando a postura dos dedos, os quais sdo responsdveis pela digitacao das notas no braco da viola. Os dedos da mao direita so representados por letras minusculas: polegar p, indicador i, médio m e anelar a; sao os dedos que tangem ou tocam as cordas. A mao direita é responsdvel pelo ritmo, tanto na harmonia como na melodia. A mao esquerda, de seu turno, em alguns ritmos, pode exercer a funcdo de contraponto, ajudando a ferir as cordas Obs.: Devem-se manter as unhas da mao esquerda rentes as pontas dos dedos, para facilitar a execugao de certos ritmos. Recomendamos deixar as unhas da méo direita um pouco além das pontas dos dedos, uma vez que as notas rapidas sao tocadas com as unhas e as longas, com apoio das digitais. Para canhotos, basta inverter a ordem das maos. 123 ami 4 P mio esquerda mao direita ANATOMIA DA VIOLA CAIPIRA Latent ‘Tanrachas on Cravelhas Pesan do Bago ‘ou Caporasie Cina Harménicn asbio Queer 25 yrs SA EXERCICIOS Exercicios progressivos para desenvolver a técnica da mao direita EOE 4 o ® ® B =G# Moderate J =120 1° Polegar, para baixo = = NO AO 2° Polegar, alternado para cima e para baixo. = T I OF IHF 40000 oo asbio Queer 27 Exercicios progressives para desenvolver a técnica da mao direita 3° Indicador e médio, com apoio a ete OH +0 Oo E FO 4° Médio e anelar, com apoio 040 4040: pro ¥I—+0: pO fe ee ee ee 4 —¥0- 5° Com o polegar tocar 2 pares de cordas asbio Queer 28 Exercicios para mao esquerda e mao direita asbio Queer 29 Exercicios para mao esquerda e mao direita asbio Queer 30 Exercicios em escalas Obs: executar com 0 p, im ema Sod % em aoe a. oa Escala diaténica de dé maior: segundo caso 4 oo Escala diaténica de dé maior: terceiro caso pte 2p tbe aces Escala menor harménica de 14: segundo caso asbio Queer 31 Exercicios em escalas Escala menor harménica de la: terceiro caso gene 24 24 peas 324-4 2 1a 2 34 —i— oo Escalas maiores e suas relativas menores com armadura de clave Mi menor Relativa Os im) 2° RéMaior Si menor Relativo é 53 6s 3 asbio Queer 32 Exercicios em escalas La Maior 2 13 a4 1s 8 4 86 3& FA sustenido menor D6 sustenido menor 2 3 2 4 2 4 2 ® ® 9,27 © 2188 © © asbio Queer 33 Exercicios em escalas Sol sustenido menor ©@ 66 2g S32 66 6 % & be Escala de mi maior com intervalos de sextas 22 233 oer bid 42-0 asbio Queer Exercicios de arpejo para a mio direita Exercicios de arpejo para a mio direita asbio Queer Exercicios de arpejo para a mio direita 10° am! asbio Queer 36 Parabéns Pra Vocé Valsa Aste 694) 09 ¢0% pes asbio Queer 37 Mulher Rendeira Xaxado - Folclore Nordestino site ceo snes her ndea em sess dees de aan eo dvi poawsonen Dea 0p We sues f-61pa e ® be @-c8 Moderate J =160 asbio Queer 38 asbio Queer 39 NaLinhado Tempo jos) sou, 2020 EnUbio Queiroz - 2014 - Hornenagem ao Facebook 2000 2018 ‘Vaneraio Moderate J =160 SEER Sey Sa = i ie a Taba Qacrer NALINHADOTEMPO | Endbio Queer | Homenagem aaFacebook | Yanerdo asbio Queer 41 Tirnéteo Machado 6 pao para vl Choro Caipira o2 o- Oo 68 @ 6+ das 2320 22 TST ot 2 = 7 ps T=! = 3 = oi acer 42 Cordas Caipiras | Tméteo Machado | Enublo Queree | Choro Cai 24204 Cee Pe 5 asbio Queer Cordas Caipiras | Tméteo Machado | Enublo Queree | Choro Cai atc Sopo rtd asbio Queer 44 Um Cowboy no Arrastapé Enubio Queiroz omeragem 2 Glia Marques Tomaz-stuama 1959 Country asbio Queer Um Cowboy ne Arrastapé | En | Homenagem a Olio Morguez Tomaz| hurama 1969 | County asbio Queer 46 Viola a Tarantela Enubio Queiréz - 2005 Tarantela asbio Queer 47 Viola Tarantela | Enibio Queitoz-2005 | Tarantela 10 ie, 442-20 asbio Queer 48 Viola de 80 Baixos Enubio Queiroz - 1980 Choro Caipira ‘Moderate J =80 asbio Queer 49 Viola de 80 Baixos | En asbio Queer asbio Queer Violeiro de Abaeté Enubio Queiroz - 2005 Fomenagem a Renato 52 Violeta de Abaeté | Endvio Qu 15 | Homenagem a Rena asbio Queer Violeta de Abaeté | Endvio Qu Andrade 15 | Homenagem a Renato asbio Queer Andrade 2005 | Homenagem a Renato de. Violeiro de Abaeté | Enivio Queiroz: —<—_ c = oS 1 8 EE r — f= =—S—: CEE z n z 5 n ro —— ———— a = Fy asbio Queer 55 Capital da Viola Enubio Queiroz - 1995 Fomeragem 2 1056 do Ro Presa Pagode Piracicabano Moderate J =90 Capital da Viola |Enio'o Que 995 [Homenagem a Sto José do Ro Preto | Reduto dos Volekos | Pagode Pracicabano asbio Queer Capital da Viola |Enio'o Que 995 [Homenagem a Sto José do Ro Preto | Reduto dos Voleros | Pagode Pracicabano Ham 9 1 stetitity asbio Queer Revoada das Andorinhas Enubio Queiroz - 1985 Quadrilha asbio Queer Revoada das Andorinhas | Enubio Que'r | Quadtiha CF ae ch eres: —1—0—2—2—« Sg a 5: ‘ =e 8—— Ip 879 3. & ripe ——s Oe: r —— 0 =r 7. 7 7—t—1=1. i i — 0 asbio Queer 60 Revoada das Andorinhas | Enbio Queiroz 1985 | Quadttha 0 (=I ITF os eres asbio Queer 61 das Andorinhas | Enibio Queroz-1985 | Quadtiha UCUUUY CwUYU 3— 3353 59 —— 3: 8 3 i TOOTS OO OOo jth. asbio Queer 62 Raizes Paraguaias Enubio Queiroz - 1987 Pola Paraguaia fan flan flan pop oF ft r mt 5 QD, a a r a ey Pree ii 9—"- 5 i —s at “0° tf = 7 7 Raizes Paragualas | Enisio Queioz-1987 | Polea 0-0 ii HEE : ¢ 64 GER eS eS et “ Raizes Paragualas | Enis'o Queioz-1987 | Polca Paraguala asbio Queer 66 Raizes Paragualas | Enisro Queior-1987 | Poe — 40 ah Ixy I= 1 — 1 (EE {=i =I o z r z 7 | 0 2 0 | a 0 o o 2 7 z a pe 67 QuartodeMilha #« Enuibio Queiroz - 1990 % Pagode o2 o- Oo 68 @ 6+ Moderate J =95 asbio Queer 68 asbio Queer 69 agode BEM PPE OPP PE Hes 200 | Quarto de ilha. | Enc o. i peo 3 : Spat bebo] tt $ 7 fate Sp bitetige: : ri = +3 gus 8 Th gO OO. D4 4 Op Op Og. i Oy asbio Queer 70 O Voo da Juriti Enubio Queiroz - 1996 Chamamé o2 a8 2-5 O-0 Gr Moderate J =120 1202 7 r 7 S| asbio Queer | Enibio Queiro2= 1996 | Chamamé fr 1242-2) z asbio Queer 72 Vos faduritl | Encbio Que'roz-1986 | Chamamé = oo to oa 484 = HI SE 805 7 7 oS asbio Queer 3 O Andar do Tuiuit Enubio Queiroz - 1994 Chamamé asbio Queer 74 OAndardo Tuiuld | Encbio Queirax-1984 | Chamamé asbio Queer OAndardo Tuiuld | Encbio Queirax-1984 | Chamamé asbio Queer 16 OAndardo Tuiuld | Encbio Queiro2-1984 | Chamamé asbio Queer 17 (Andar do Tuiulé | jo Queror- 1984 | Chamamé asbio Queer 78 Enubio Queiroz - 1996 betas Fado asbio Queer +0 ep | o He 80 asbio Queer Serenata Portuguesa | Enit asbio Queer 81 Riacho dos Passarinhos "+ Enubio Queiroz - 2001 Querumana rrr rr AHH MOOT SOS ES — — = adbio Qucrer Riacho dos Passarinhos || Enibio Queiroz -2001 | Querumana 7 eT 7 7+ ry f $=} Z {i iS = rey % 42 0 rr asbio Queer Riacho dosPassarinhos | Enibio Queiraz-2001 | Querumana asbio Queer 84 Rastros de Minha Infancia Enubio Queiroz Ook OB @ 6+ ‘Moderate J =100 Tam “1 Fam, arm, 0 71-99-17 11a 1 asbio Queer 86 Rastros de Minha Infancia | Enibio 1, se yy rath tl fei Tats, on Basal asbio Queer 87 Rastros de Minha Infancia | Er asbio Queer 88 Rastros de Minha Infancia Enubio Queiroz - 22/06/2014 Moda de Viola | Quando eu deixei minha terra Querida Minas Gerais Do Triangulo Mineiro Eu nao esqueco jamais Preparamos a mudan¢a Com a ajuda da vizinhanga Deu-se inicio a partida Em cima do caminhao Eu rezei uma oracdo E foi acenando a mao Que fiz minha despedida i Com um baita né na garganta Jurando um dia voltar Que eu e minha familia Tivemos de aceitar Pois naquela ocasido Nao encontramos solugao Ando ser ter que mudar Numa pesquisa informal Descobri o grande mal Foi 0 &xodo rural Que nos tangeu de la pra ca Ml A vida aqui na cidade Nao foi facil acostumar Com o grande objetivo Trabalhar e estudar Mas os nossos pensamentos Sempre mudam Voa, voa e descontrola Como um cao que cai da mudanga Sem dono e sem esperanca Eu vivo as minhas lembrangas No braco desta viola Iv Um certo dia eu pensei Minha terra visitar Mas tive uma informagao Para que eu nio fosse ld Guarde em sua lembranca O seu tempo de crianca Onde viveu com seus pais La nao tem mais vizinhanga E sé cana em toda estancia E os rastros de sua infancia Vocé no encontra mais asbio Queer Enubio Queiroz Outona de 2012 asbio Queer 90 asbio Queer 91 asbio Queer 92 Pepe | Enibo 0 Outono de 20 asbio Queer Pepe | Enibic Queiroz | Outono de 2012 Pepe Enubio Queiroz Tom: E Ritmo: Balango Intro: E, £7, A/E, B7, E, C#m, C#m/B, Fim, B, BS+, E £7M F6 Fim? A/E Um cachorrinho labrador me elegeu B7 BS+ E Pra ser seu lider, e faz arte sem parar c#m c#m/B Fim7 —A/E Morde em tudo, pega as coisas e sai correndo 87 Ebdim E Na certeza que alguém vai te procurar E7M F6 Fim? A/E Pepe, Pepe, cachorrinho, volte aqui Bo oBSt+ OE Late ai para te localizar C#m — C#m/B Fim? A/E Meu chinelo meu sapato ou os meus ténis B7 Ebdim = E Com certeza vocé vai estragar Fam7—A/E Corre, corre, cachorrinho vai correndo B7 BS+ E Na disputa ele s6 quer se divertir Bm ET A Atdim Quando tiro 0 objeto do seu dente — OB E &7 A/E B7 E Cim Cim/B Fim B B5S+ E Ele protesta, e comega a latir 7M E6 Fim7 — A/E Na hora do almoso ele desperta 87 BS+ E Ainda meio com cara de sono c#m = CHm/B Fim7 — A/E Cheira tudo, na rago ele nem toca 87 Ebdim E Se nao for com mistura ele ndo come E7M —6 Fm7 = A/E Pepe, Pepe, come ai sua ra¢do By BS+ E Sendo os passarinhos consomem cm Cim/B = Fm7 = A/E Ele encosta no seu canto, fica triste asbio Queer 94 Pepe | Enibic Queiroz | Outono de 2012 Pepe Enubio Queiroz B7 Ebdim E Sem carne, ele faz greve de fome Fum7 —A/E Pepe, Pepe, cdochorrinho nao fica triste 87 Ebdim E Vou preparar e misturar sua ra¢3o Bm £7 ‘A Atdim Aiele come rapidinho E B E €7 A/E 87 E Clim Cim/B Fim B BS+ E De sobremesa, dou banana ou mamao EM £6 Fam? A/E A tarde ele sai para um passeio 87 BS+ E Muito feliz, com cara de alegrinho C#m = C#m/B Fim? AE Minha esposa leva ele com cuidado 87 Ebdim E Dando aten¢ao, amor e muito carinho E™M £6 Fim7 — A/E Pepe, Pepe, Pepe anda devagar 87 B+ OE Sendo caimos e a coisa fica pior cm == CHm/B Fim? A/E Se ele vé gato, cachorro ou passarinho 87 Ebdim E Ele apronta e faz forrobodé Fim? A/E Anda, anda, cachorrinho vai andando 87 B5+ E Na verdade ele adora caminhar Bm E7 A Attdim ‘Ao retornar bebe agua e vai deitando E B E Para dormir com uma cangdo de ninar asbio Queer 95 Um Sonho contecet no final da primavera de dois mil e dez, um pouco antes do Natal. Meu filho ganhou de presente da namorada um filhote de labrador e chegou com esse cachorrinho em casa. Adivinhe quem teve de tomar conta e arcar com as despesas? Eu e minha esposa. Na verdade, eu nao gostava de cachorro, O cheiro e a sujeira me incomodavam, principalmente nos dias de chuva. Inclusive, minha esposa sempre me convidava a visitar minha cunhada, e eu encontrava uma desculpa para nao ir. Fla tinha dois cachorros, ¢ eu ndo me sentia a vontade com eles. Esse cachorrinho labrador, no entanto, mudou radicalmente minhas antigas conviccdes sobre os ces. Chegou em casa no comego da noite de um sabadoe {j4dormiu em cima de uma camiseta minha, No decorrer dos dias, ele me elegeu como Ifder. Tudo 0 que Ihe ‘ocorria, nas suas demandas caninas, cle buscava em mim a solug3o, como querendo dizer: voc’ é meu porto seguro, ninguém toca em mim!!! Nés nos tomamos grandes amigos, a tal ponto de partilharmos até os sonhos. Vejam: numa noite eu sonhei que estava caminhando com ele. De repente, a avenida na qual famos, foi subindo e 14 do alto avistei um vale verde cheio de pés de maga. Um rio cortava o vale ¢ havia sobre o rio uma ponte curva, lembrando aquela famosa ponte de Detroit, nos Estados Unidos. Lé do alto, era possivel avistar-se intimeros pontinhos pretos nas éguas do rio. Descemos A entrada da ponte, estava escrito: “ponte escorregadia, quem passar, estard salvo”. Nesse momento, duas méos entregaram-me duas galochas de borrachas, ¢ eu as coloquei nos pés. Ato continuo, as maos entregaram-me mais quatro galochinhas, com as quais caleei as patas do cachorro. Como todo cdo que odeia tudo quanto lhe incomode, ele comegou a mordé-las, tentando retiré-las. Consegui conté-lo, entretanto, Entramos na ponte e safmos do outro lado, ‘Um detalhe: os pontinhos pretos no rio eram crocodilos. Quando vencemos 0 aclive do outro lado do vale, avistamos milhares de casinhas braneas, semelhantes, a0 que parecia, &s edificagdes do famoso “Minha ‘casa, minha vida” e uma seta no chao com uma placa com os seguintes dizeres: “a casa de vocés tem seus nomes, é s6 seguir a seta”. Seguimos a seta por muitas e muitas horas de caminhada. As casas foram se tornando de grande porte. Avistamos a nossa casa, Era uma mansio com uma arquitetura muito bonita, miuitas flores de varias cores no jardim. Ao longe, jé foi possfvel distinguir que a porta da sala estava abertae a casa estava decorada para uma festa. Havia um bolo sobre a mesa ¢ pessoas na casa. Quando eu levei a mio no portio de entrada, o qual estava apenas encostado, um louva-deus pousou em minha mo. Nesse exato instante, acordei e o cachorrinho Pepe, que dorme ao meu lado, externava claros sinais de que vivia ‘um sonho bem agitado também. Esse foi, sem diivida, o fio condutor que me trouxe a composigao da miisica Pepe. Entibio Divino de Queiroz verso da contra capa Em Branco Biografia Eniibio Divino de Queiroz, 01/10/1953 eC aCe cue i do Oeste - MG", Radicado hd 30 anos em ees aa Formacio Musical: Conservatério Renato Fretesch (Uberaba-MG) Conservatério Carlos Gomes (So José do Rio Preto-SP) re ec ree ee eral g Ceram) Te ee aCe) OMB (5.946/96) SICAM: 6239 Dla 1997 -CD Viola Refinada vol. 1 (Movie Play do Brasil) 1998 - CD Viola Refinada vol, 2 (Movie Play do Brasil) 1999 - Repertorio de Ouro para Viola Caipira (Ricordi Brasileira S.A.) 2000 - Video-Aulas Viola Caipira Basico/Intermediario/Avancado (Aprenda Musica) Pree cree Mn eee nS ec ee a oan WoT ure Car nee} 2002 - CD Dantibio e Felipe Queiroz (Live Music) 2003 -CD Viola Riacho dos Passarinhos (Live Music) 2004 - Pedagogia da Viola Caipira (Ricordi Brasileira) Peer Wt ete ge Gait saa) Pen Ce Meare ise eur cues) 2006 - DVD Aula Viola caipira Avancado (Aprenda Musica) 2006 - CD Instrumental Viola Caipira vol. 4 (Arlequim) 2008 - CD/DVD A Viola e um Violeiro PCE NDA ogee eut ea) 2012- CD Instrumental Enuibio Queiroz In Concert (Independente) Pye Neha eee ae) Seu eee ae Chee eRe Rec Od ENateLge 4 Puiiturase Jablituras Viola Ceipirg www. enubioviotha.com.br

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