Professional Documents
Culture Documents
Psicologia Do Consumo
Psicologia Do Consumo
Indaial – 2016
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Profª. Bianca Aparecida Grubert Gonçalves de Araújo
Prof. Tiago Pedro Nicchellatti
159
A658p Araújo; Bianca Aparecida Grubert Gonçalves de
165 p. : il.
ISBN 978-85-515-0026-2
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico! Bem-vindo à disciplina de Psicologia do Consumo!
Este Livro Didático será seu guia nesta disciplina, com o objetivo de
orientá-lo nos seus estudos e contribuir para ampliar seus conhecimentos
relacionados à Psicologia do Consumo.
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA............................................................ 1
VII
4 A VAIDADE E O CONSUMISMO..................................................................................................... 63
4.1 A VAIDADE DE ATINGIMENTO . ............................................................................................... 65
4.2 A VAIDADE FÍSICA......................................................................................................................... 66
4.3 O CONSUMISMO............................................................................................................................. 68
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 70
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 72
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 73
VIII
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 112
4 PSICOLOGIA DAS CORES.............................................................................................................. 114
4.1 HISTÓRIA DA PSICOLOGIA DAS CORES............................................................................... 114
4.2 SIGNIFICADO DAS CORES......................................................................................................... 115
RESUMO DO TÓPICO 1...................................................................................................................... 117
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 118
IX
X
UNIDADE 1
CONCEITOS BÁSICOS DA
PSICOLOGIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um deles, você
encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
Para compreendermos o que é a psicologia em si, precisamos conhecer
de onde ela veio. Assim, neste primeiro tópico vamos abordar os fatos históricos
que influenciaram a psicologia e que fizeram com que ela se tornasse o que é hoje.
3
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
2 CONCEITO DE PSICOLOGIA
Para darmos início aos estudos da psicologia do consumo, vamos começar
com a origem da psicologia e compreender o que significa a psicologia em si e
qual é sua funcionalidade.
Segundo Bock, Furtado & Teixeira (1999), a psicologia tem uma ligação
com o fato do surgimento das máquinas na era industrial. Você deve se perguntar,
mas como isso é possível?
FONTE: <https://anafigueredo.wordpress.com/2013/10/24/ah-revolucao-industrial/revolucao/>.
Acesso em: 7 jun. 2016.
4
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
5
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
a psicologia com as demais ciências, ela é considerada uma das mais novas
ciências existentes, com pouco mais de cem anos. Em função da psicologia ser,
podemos dizer que “tão nova”, é que a psicologia moderna tem forte ligação com
seu passado (GOODWIN, 2005).
Goodwin (2005, p. 23) ainda destaca que “O estudo dos vultos da história
e sua contribuição para o desenvolvimento da psicologia só poderá aumentar
a compreensão do que faz as pessoas agirem como agem”. Com isso, podemos
afirmar que o estudo da história da psicologia tem seu objetivo voltado ao
entendimento do comportamento do ser humano e o motivo de suas ações nas
mais variadas situações.
6
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
muitos “porquês” que vão aparecendo durante nossos estudos. Neste contexto,
pela necessidade de saber o “porquê” das mais variadas reações do ser humano é
que o Wilhelm Wundt decidiu estudar mais profundamente a psicologia.
FONTE: <https://funpsychology.wordpress.com/legends-of-psychology/wilhelm-wundt/>.
Acesso em: 22 maio 2016.
FILÓSOFOS INFLUÊNCIA
Para Pitágoras a sabedoria pertencia somente aos deuses, mas que
era possível o ser humano apreciá-la. O mundo se explicava por
Pitágoras
meio da matemática e que de alguma maneira essas explicações
matemáticas do Universo influenciam o ser humano.
8
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
4 EVOLUÇÃO DA PSICOLOGIA
Como vimos no tópico anterior, a psicologia teve sua origem por meio
dos famosos filósofos gregos que tentavam explicar o comportamento humano
de alguma forma. Cada um dos filósofos seguia uma linha de raciocínio que os
diferenciava dos demais, que por muitas vezes discordavam uns dos outros.
9
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
UNI
10
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Como vimos logo no começo desta unidade, Wundt foi um dos primeiros
estudiosos a realizar experimentos com seres humanos. Seus experimentos eram
voltados a descobrir como nós, seres humanos, reagimos nas mais diversas
condições.
E
IMPORTANT
Antes de a psicologia vir a ser de fato uma ciência, ela ficou conhecida
como psicofísica. Isso só foi possível graças aos estudos e experimentos realizados por
Wilhelm Wundt.
11
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
FONTE: <http://catalog.flatworldknowledge.com/bookhub/reader/127?e=stangor-ch01_s02>.
Acesso em: 1 jun. 2016.
12
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
E
IMPORTANT
De acordo com Bergamini (2005, p. 46) “Com sua nova forma de pensar,
os pesquisadores introduzem a anatomia e a fisiologia no domínio da psicologia,
marca fundamental das pesquisas atuais sobre comportamento”. Assim, nós
podemos identificar que essa escola procura estudar a estrutura física do nosso
cérebro, incluindo todos os seus componentes.
13
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
O processo de
Para que e por Estuda a aprendizagem
que o ser humano estrututa da só acontece por
age das mais mente humana. meio da associação
variadas formas.
de ideias.
FONTE: Os autores
Assim nos afirmam Bock, Furtado e Teixeira, (1999, p. 43), “Se antes a
Psicologia estava subordinada à Filosofia, a partir daquele século ela passa a ligar-
se a especialidades da Medicina, que assumira, antes da Psicologia, o método
de investigação das ciências naturais como critério rigoroso de construção do
conhecimento”.
14
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Gestalt é uma palavra alemã que não possui tradução exata, no entanto,
alguns estudiosos chamam essa teoria de Psicologia da Forma. De acordo com
Bock, Furtado e Teixeira (1999), essa é uma das teorias mais coesas de toda a
história da psicologia.
NOTA
A palavra ilusão quer dizer o engano dos sentidos, sendo assim, a ilusão de ótica
significa o engano da visão.
Para entendermos melhor o que estuda esta teoria Bock, Furtado e Teixeira
(1999), nos trazem o exemplo do cinema ou ainda de um desenho animado. Os
15
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
movimentos que vemos na tela é simplesmente uma ilusão de ótica, pois para que
o desenho seja animado, é necessário que as imagens sejam sobrepostas umas nas
outras, causando o efeito de movimento.
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu:
• O conceito de psicologia.
• Como a psicologia deixou de ser filosófica para se tornar uma ciência por meio
das pesquisas de Wundt.
17
AUTOATIVIDADE
1 Como vimos nos estudos até aqui, a psicologia percorreu um longo caminho
até chegar a ser a psicologia que é conhecida hoje. Sua origem foi por meio
do interesse de grandes filósofos, como Sócrates, em compreender melhor
o ser humano. Para isso, foi necessário começar a estudar o comportamento
humano e assim, aos poucos, foram surgindo as escolas de pensamento da
psicologia. Com relação a essas escolas, analise as sentenças a seguir:
2 A psicologia vem evoluindo com o passar dos anos, primeiramente, ela não
era reconhecida como uma ciência, mas como uma outra forma de filosofia.
Com sua evolução, a psicologia foi se desligando da filosofia e se tornando
cada vez mais uma ciência. Com todas essas mudanças que aconteceram na
psicologia, a partir de quando ela passou a ser uma ciência e como foi essa
transição?
18
( ) Essa teoria também é conhecida como teoria da forma.
( ) A psicanálise defende que toda ação gera uma reação, sendo assim,
podemos dizer que tudo o que acontece com o ser humano encadeará uma
reação.
( ) A psicanálise busca explicar como compreendemos a questão da ilusão de
ótica, pois nem tudo o que vemos é realmente o que é.
( ) A psicanálise tem por objetivo buscar o significado oculto nas coisas, por
meio de como elas se manifestam, seja por sonhos ou delírios.
19
20
UNIDADE 1
TÓPICO 2
PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior, compreendemos um pouco da história da psicologia.
De onde ela surgiu, suas raízes e qual é o objetivo principal dos estudos da
psicologia. Vimos, também, quais foram as figuras principais que marcaram a
história da psicologia e que são lembradas até hoje por sua importância na história
da psicologia.
21
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
1- Psicologia Clínica
2- Psicologia Organizacional
3- Psicologia Acadêmica
4- Psicologia Institucional
5- Psicologia Hospitalar
6- Psicologia Escolar
7- Psicologia Social
I- Psicologia Escolar/Educacional
II- Psicologia Organizacional e do Trabalho
III- Psicologia de Trânsito
IV- Psicologia Jurídica
V- Psicologia do Esporte
VI- Psicologia Clínica
VII- Psicologia Hospitalar
VIII- Psicopedagogia
IX- Psicomotricidade
Com isso, podemos dizer que essas pessoas formam uma organização,
empresa que desenvolve, produz e coloca no mercado os produtos e serviços que
satisfaçam as necessidades dos clientes e dos consumidores. Praticamente, todos
os bens de consumo são resultado de ações coletivas que são organizadas dentro
de organizações de negócio (CHILD, 2012).
Organizar Organização
Ordenar os
esforços coletivos Forma de organizar.
para o alcance A ação de organizar.
dos objetivos.
Organizações
Grupos ou sistemas
organizados.
23
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
NOTA
A palavra organização pode tanto descrever uma ação como pode também
caracterizar algo. Ex.: organização = empresa ou indústria.
24
TÓPICO 2 | PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
• Teoria essa formada por Taylor, defende que as pessoas precisam trabalhar
de forma organizada com descrição clara de suas tarefas e no ritmo adequado.
Teoria Administrativa
Teoria da Burocracia
• Teoria elaborada por Max Weber, salienta que nas organizações é necessário que
exista divisão de trabalho, hierarquia entre os setores, regras que determinam
o desempenho, seleção de pessoas qualificadas e emprego visto como carreira.
25
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
26
TÓPICO 2 | PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Uma das pesquisas mais conhecidas neste campo foi realizada por Elton
Mayo, por volta do ano de 1920. Suas investigações foram realizadas na empresa
Western Electric Company, com o objetivo de identificar se as condições de trabalho
influenciavam na reação dos funcionários. Essa pesquisa ficou mundialmente
conhecida como estudos de Hawthorne (ZANELLI et al., 2014).
DICAS
Para saber mais detalhes sobre a pesquisa de Hawthorne realizada por Elton Mayo,
acesse o site disponível em: <http://www5.fgv.br/ctae/publicacoes/Ning/Publicacoes/00-
Artigos/JogoDeEmpresas/Karoshi/glossario/ESTUDOS.html>.
27
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
28
TÓPICO 2 | PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
29
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
5.1 VALORES
Quando ouvimos falar de valores, uma das ideias que vem em nossa
mente é a ideia de precificação das coisas. O valor monetário que encontramos ao
comprarmos algum produto ou solicitar algum serviço. No entanto, o conceito de
valor pode variar dependendo do contexto onde está inserido.
Para ficar mais claro o que são valores, Bertoldi (2011, p. 36), explica que:
E
IMPORTANT
30
TÓPICO 2 | PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Os valores são algo abstrato, algo que não vemos e que normalmente não
são ditos. Podemos perceber os valores individuais pelas ações e atitudes. E como
já dito anteriormente, os valores individuais são a concepção que cada um tem do
que é certo ou errado.
5.2 PERCEPÇÃO
A percepção está diretamente ligada à teoria da psicologia do século XX,
a teoria Gestalt que conhecemos no tópico anterior. Essa teoria trabalha com a
visão de que nós seres humanos temos do mundo e que por muitas vezes não é
exatamente o que representa, ou seja, é a nossa percepção sobre as coisas a partir
dos conhecimentos preestabelecidos ao longo da vida.
31
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
5.3 INTELIGÊNCIA
A palavra inteligência tem sua origem na junção de duas palavras:
inter que significa entre e eligere que significa escolher. Assim, o significado de
inteligência condiz com a capacidade que nosso cérebro tem de compreendermos
as coisas no seu sentido mais profundo e escolher o melhor caminho para isso
(ANTUNES, 1998).
Um ser que contém inteligência não é somente aquele que tem a capacidade
de ter boas ideias e sim aquele que tem a capacidade de aplicar as ideias que lhes
surgem. Podemos compreender como inteligência as características de cunho
intelectual do ser humano. A capacidade que temos de conhecer, compreender,
raciocinar e interpretar (CUNHA, 2000).
Para que um ser humano seja reconhecido como sendo cada vez mais
inteligente, ele deve ter a capacidade de, segundo Cunha (2000):
32
TÓPICO 2 | PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
Todos esses fatores citados são formas pelas quais o ser humano é
considerado detentor de inteligência.
34
AUTOATIVIDADE
35
Assinale a alternativa CORRETA:
( ) As sentenças III e IV estão corretas.
( ) As sentenças I e IV estão corretas.
( ) As sentenças II e III estão corretas.
( ) Somente a sentença II está correta.
4 Todos nós somos diferentes e podemos dizer que este é um dos maiores
desafios da convivência em grupo. No entanto, para a psicologia, existem
algumas características por meio das quais conseguimos identificar as
diferenças entre os seres humanos, que são os valores, a percepção e a
inteligência. Com relação aos valores do ser humano, classifique V para as
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
36
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O ser humano é um ser complexo que, muitas vezes, é estimulado por
suas emoções e sentimentos. Assim, a psicologia na área do consumo busca
compreender a forma de pensamento do consumidor, o que faz com que ele
consuma ou deixe de consumir determinados produtos ou serviços.
A psicologia foi introduzida nesta área por volta no século XX. A partir
de então, as organizações começaram a voltar seu foco para o consumidor. A
importância do consumidor para a organização foi se tornando cada vez maior,
pois passou-se a compreender o consumidor como um dos responsáveis pela
sustentação das empresas. Isso se deu pela percepção de que sem clientes não há
necessidade de existir empresa.
37
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
DICAS
38
TÓPICO 3 | INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA DO CONSUMO
39
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
Esse processo acontece em nosso cérebro sem que percebamos, isso faz
com que a maioria das aquisições que fazemos seja de forma inconsciente. Estudos
mostram que 90% das compras realizadas são de forma inconsciente. Isso ocorre,
pois compramos os produtos ou marcas influenciados pelas sensações emoções
e sentimento. Todos esses itens não racionais estão muito próximos à área do
inconsciente do nosso cérebro (KIMURA, 2016).
40
TÓPICO 3 | INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA DO CONSUMO
3 A PSICOLOGIA E O MARKETING
Vimos até aqui um pouco da história da psicologia, para que é e como é
utilizada a psicologia. A partir de agora, veremos qual é a relação da psicologia
com a área de marketing e como é essa relação entre as duas áreas. Será que
para o marketing é necessário conhecimento da psicologia? Certamente, sua
resposta será não! No entanto, quando falamos em convencer o cliente a escolher
determinado produto ou serviço, será que neste ponto não precisamos ter o
mínimo que seja de conhecimento da psicologia?
AUTORES CONCEITOS
Marketing são as atividades realizadas dentro de uma organização de forma
Richers sistemática com o objetivo de troca com o ambiente onde a organização está
inserida, a fim de obter algum benefício.
Marketing é a área de conhecimento que busca uma relação de troca com
Las Casas o objetivo de satisfazer as necessidades do consumidor e ao mesmo tempo
alcançar os objetivos das organizações.
Marketing é um processo social em que as pessoas ou até mesmo grupo de
Kotler pessoas conseguem o que querem, com a criação e a oferta de produtos e
serviços em troca de um valor.
Lavitt Marketing é a arte de conquistar e manter clientes.
41
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
NOTA
Você sabe qual é a diferença entre consumidor e cliente? Pois bem, cliente é toda
pessoa que compra algum produto, já o consumidor é de fato quem consome os produtos,
ou seja, nem todo o cliente é um consumidor, e nem todo consumidor é um cliente.
P
Produto
P Mix de P
Promoção Marketing Preço
P
Praça
FONTE: Os autores
43
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
Visão do
Produto
Cliente
Custo para
Preço
Cliente
Conveniência
Praça
para o cliente
Comunicação Promoção
4 RECONHECENDO O CONSUMIDOR
Todas as técnicas e evoluções da psicologia que vimos até aqui nos
auxiliaram a compreender a mente do consumidor. Isso tudo para identificar e
satisfazer as necessidades desse consumidor. Essas técnicas normalmente são
usadas quando já sabemos quem são nossos clientes. Mas antes disso, é preciso
reconhecer um cliente ou consumidor potencial.
44
TÓPICO 3 | INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA DO CONSUMO
3- Quais são os canais de venda para chegar até eles e os meios para se manter
engajado com eles de forma contínua?
Como vou fazer para chegar neste cliente, quais as formas de divulgações
do produto e quais serão as estratégias de vendas?
5 TEORIAS MOTIVACIONAIS
A motivação, ao contrário do que muita gente pensa, é algo que vem de
forma intrínseca, ou seja, de dentro do ser humano. Sendo assim, não geramos a
motivação em ninguém a não ser em nós mesmos. O motivo é algo interno que
faz com que o ser humano oriente suas energias para a realização de um desejo. O
fenômeno externo que faz com que acenda a motivação interna podemos chamar
de incentivo (KARSAKLIAN, 2012)
46
TÓPICO 3 | INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA DO CONSUMO
47
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
Outra teoria que tem o mesmo objetivo da teoria de Dichter é a teoria dos
Motivos das Escolhas Individuais na Abordagem de Sheth, Newman e Gross, que
surgiu no ano de 1991. Ao contrário da teoria anterior que destacava os motivos
pelos quais as pessoas consomem, essa teoria destaca os motivos das escolhas dos
consumidores por produtos específicos (MERLO; CERIBELI, 2014).
Ainda segundo os autores, nesta teoria temos cinco motivos que levam as
pessoas a consumirem:
• Motivos Funcionais.
• Motivos Sociais.
• Motivos Emocionais.
• Motivos Epistêmicos.
• Motivos Situacionais.
LEITURA COMPLEMENTAR
• fisiológicas;
• de segurança;
• de participação e afeição;
• de estima;
• de autorrealização.
49
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA
Após satisfeito esse nível, ele passa para a necessidade de afeição. Aqui,
o convívio social toma conta do indivíduo e ele busca sentimentos como carinho,
amizade, relacionamento e aceitação. É neste nível que o faz sentir parte de um
grupo, em que se concretiza sua participação (e até contribuição) na sociedade.
50
TÓPICO 1 | HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Estes pontos podem ajudá-lo a entender melhor sobre “com quem você
está falando” e ao definir seu produto em cada um dos cinco níveis, poderá
proporcionar uma experiência única ao seu consumidor.
51
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu:
52
AUTOATIVIDADE
I – Preço.
II – Produto.
III – Praça.
IV – Promoção.
( ) Este P está relacionado com o valor que determinado produto tem para o
cliente.
( ) Este P está relacionado com o C que corresponde à facilidade que o cliente
encontra para adquirir o produto.
( ) Este P está relacionado com o C que diz respeito à percepção do cliente
com relação ao que é oferecido pela organização para satisfazer suas
necessidades.
( ) Este P está relacionado com a comunicação do produto ou serviço ao
cliente.
53
( ) Este estudo buscou identificar os motivos pelos quais as pessoas consomem.
Dentre esses motivos estão a recompensa particular, o status e a segurança.
( ) Esta teoria levanta cinco necessidades principais do ser humano, que estão
dispostas em uma pirâmide, sendo uma delas as necessidades fisiológicas.
( ) Essa teoria segue o mesmo pensamento da teoria de Maslow, porém
reduzida a três fatores motivacionais.
( ) Esta teoria tem por objetivo identificar os fatores individuais do ser humano
que fazem com que sintam a necessidade de comprar.
54
UNIDADE 2
COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR: PSICOLOGIA
APLICADA AO CONSUMO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dessa unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um deles você
encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
Ao final de cada tópico, você encontrará exercícios que possuem como
objetivo desenvolver sua avaliação crítica sobre os assuntos abordados.
55
56
UNIDADE 2
TÓPICO 1
COMPREENDENDO O CONSUMIDOR
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, neste tópico iremos estudar os diferentes perfis de
consumidores, suas motivações e de que forma podemos alcançar os potenciais
consumidores de um determinado produto ou serviço. Já sabemos que os fatores
psicológicos podem influenciar a escolha em adquirir algo, basta saber como
atingir o público desejado com base nas influências que podem atingi-lo.
DICAS
57
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
2 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
O comportamento do consumidor é um estudo complexo, que tem
ligação contínua com outras áreas do conhecimento, entre elas podemos citar
o Marketing, a Antropologia, a Administração, a Economia e especialmente a
Psicologia e a Sociologia.
58
TÓPICO 1 | COMPREENDENDO O CONSUMIDOR
Psicologia Psicologia
Sociologia
Geral Social
Indivíduo Grupo
Indivíduo no Grupo (de indivíduos)
Mínimo de Máximo de
Determinação Social Determinação Social
Diante deste novo cenário, com a tecnologia cada vez mais desenvolvida
e com o conhecimento disseminado de forma constante, os profissionais precisam
buscar identificar os desejos e as necessidades mais profundas dos consumidores.
O objetivo final é atingir o público-alvo e promover o consumo das ofertas.
59
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
60
TÓPICO 1 | COMPREENDENDO O CONSUMIDOR
Kotler (2000) fala que a satisfação do cliente que usufrui de um produto está
diretamente ligada às suas expectativas e ao seu rendimento. Se o produto atende
às expectativas, o consumidor fica satisfeito; se exceder, ele ficará encantado. É
desta forma que se consegue fidelizar o cliente a uma marca. Esse mesmo cliente
pode vir a fazer comentários favoráveis a outras pessoas. Se a experiência for
ruim, o oposto também é válido.
61
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
Segundo Pinter et al. (1970), a percepção das pessoas pode ser influenciada
por alguns fatores. O primeiro está relacionado ao fato de as pessoas poderem
ser influenciadas por situações que não podem ser identificadas; o segundo fator
refere-se às pessoas poderem aceitar mais prontamente a evidência perceptiva
de uma fonte que ela respeita do que a informação que vem de outras fontes; o
terceiro fator aponta para o fato de as pessoas deixarem se influenciar por fatores
emocionais; e o quarto diz que quando obrigadas a fazer julgamentos perceptivos
difíceis, as pessoas podem apoiar-se em pontos irrelevantes para chegar a um juízo.
62
TÓPICO 1 | COMPREENDENDO O CONSUMIDOR
Por fim, Gibson et al. (1981) afirma que as pessoas tendem a usar a si
mesmas como ponto de referência para perceberem os outros. Isso porque:
1 - O ato de conhecer a si mesmo torna mais fácil ver os outros com exatidão.
FIGURA 12 - AUTOIMAGEM
4 A VAIDADE E O CONSUMISMO
Não é novidade, que a sociedade vem passando por uma variedade
de transformações e que no meio destas mudanças a busca pela beleza tem
aumentado significativamente. As pessoas têm necessidade de serem bem vistas
e avaliadas, sendo assim, podemos avaliar a vaidade de dois pontos: Vaidade
Física e Vaidade do Atingimento.
63
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
64
TÓPICO 1 | COMPREENDENDO O CONSUMIDOR
UNI
UNI
Self estendido pode ser entendido como uma fixação do autoconceito, como
as crenças e avaliação de uma pessoa sobre seus atributos ou qualidades. O autoconceito
de uma pessoa em um determinado ponto no tempo é sua autoimagem, influenciada pelo
papel específico que representa naquele contexto.
65
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
A literatura econômica também aborda este tema. Kahlil (2000) diz que
a vaidade não surge somente a partir da percepção de outras pessoas sobre as
qualidades de alguém, mas também a partir do próprio indivíduo ao se comparar
com relação ao desempenho dos outros. Os bens de prestígio se tornam bens
vinculados à vaidade quando são utilizados como forma de ostentação.
FONTE: <http://www.ablogtowatch.com/wp-content/uploads/2016/03/Rolex-Datejust-41-
rolesor-watch-7.jpg>. Acesso em: 17 jun. 2016.
Assim, infere-se que uma pessoa vaidosa pode produzir e criar vaidade a
partir dos atos de consumo.
66
TÓPICO 1 | COMPREENDENDO O CONSUMIDOR
67
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
3) O uso hedônico de adornos poderia criar uma sensação positiva fora da esfera
da atratividade física, no caso se distanciando da vaidade e se aproximando do
narcisismo.
4.3 O CONSUMISMO
Falamos tanto de consumo, e nada mais justo do que falarmos um pouco
sobre o extremo deste assunto, que é o consumismo.
ATENCAO
68
TÓPICO 1 | COMPREENDENDO O CONSUMIDOR
Quando uma pessoa passa a ter uma necessidade excessiva por consumir,
pode estar diante de uma doença chamada oniomania, em que o tratamento se dá
por meio de terapia e medicação.
69
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
LEITURA COMPLEMENTAR
Uma das normas da publicidade é que ela seja facilmente reconhecida com
tal. Porém, nem sempre é isso que se observa, pois, a maioria das propagandas, em
vez de falar das características do produto, aborda valores, como beleza, alegria e
emoção. De acordo com Isabella, a criança é muito mais vulnerável a esses apelos.
Pesquisas mostram que somente por volta dos oito e dez anos é que os
pequenos conseguem diferenciar publicidade de conteúdo de entretenimento. E
somente depois dos 12 anos é que eles conseguem fazer uma análise crítica sobre a
mensagem comercial, relata. A diretora afirma que existem países, como a Suécia,
que proíbem publicidade voltada para menores de dez anos. Na Inglaterra, as
empresas que produzem alimentos com alto teor de sódio, açúcar e gordura só
podem ter propagandas voltadas para pessoas acima dos 16 anos.
70
TÓPICO 1 | COMPREENDENDO O CONSUMIDOR
71
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
72
AUTOATIVIDADE
3 Gibson et al. (1981) afirma que as pessoas tendem a usar a si mesmas como
ponto de referência para perceberem os outros. Por que isso acontece?
73
74
UNIDADE 2 TÓPICO 2
PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior, entendemos como o conhecimento do comportamento
do consumidor é fundamental para a tomada de decisão das organizações e seus
setores de planejamento e marketing. Foi possível avaliar o quanto as diferentes
influências norteiam o comportamento do consumidor.
75
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
Para Kotler (2000) a percepção não depende apenas dos estímulos físicos,
mas também da afinidade desses estímulos com as condições internas e externas
que as pessoas possuem.
De modo geral, a percepção pode ser definida como a forma que vemos
o mundo a nossa volta, e isto depende das características de estímulo e do
estado psicológico de quem está recebendo estes estímulos, pois estes estímulos
orientam o comportamento de compra.
76
TÓPICO 2 | PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR
Fatores Fatores
culturais Sociais
Culturais Grupos de
Referência
Subculturais Família
Comprador
Classe Papéis e
Sociais Posições Sociais
Fatores Fatores
Pessoais Psicológicos
Idade e
Estágios do Motivação
Ciclo de Vida
Percepção
Ocupação
Condições Aprendizagem
Econômicas
Crenças e
Estilo de Vida Atitudes
Com relação aos fatores pessoais, que devem ser considerados: idade,
gênero, profissão, momento de vida, datas comemorativas e festivas. Esses
fatores, se considerados no processo de relacionamento com os clientes, exercem
influência direta com relação ao consumo.
77
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
Nesta perspectiva, Kotler (2000) afirma que existem nove estágios no ciclo
de vida da família. Conforme o quadro a seguir:
78
TÓPICO 2 | PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR
Estágio Características
Poucos encargos financeiros. Líder de opinião em
1. Solteiro: jovem que não mora
moda. Voltado para atividades de lazer. Compras:
com a família.
equipamentos domésticos básicos, móveis e roupas.
2. Recém-casados: jovens e sem Maior quantidade de compras e maior média de
filhos. compra de bens duráveis: eletrodomésticos e móveis.
Compras para a casa no auge. Pequeno patrimônio
líquido. Interesse em produtos novos e anunciados.
3. Ninho cheio I: filhos com
Compras: lavadoras, secadoras, TV, comida de bebê,
menos de seis anos.
remédios contra a tosse, vitaminas, bonecas, carrinhos
de criança e patins.
Posição financeira melhor. Menos influenciada pela
propaganda. Compram embalagens maiores, com
4. Ninho cheio II: filho caçula
maior quantidade de unidades. Compram diversos
com seis anos ou mais.
tipos de alimentos, produtos de limpeza, bicicletas.
Fazem aulas de música.
Posição financeira ainda melhor. Alguns filhos
já têm emprego. Difíceis de serem influenciados
5. Ninho cheio III: casais mais pela propaganda. Média alta de compra de bens
velhos com filhos dependentes. duráveis: móveis mais caros, viagens de automóvel,
eletrodomésticos, supérfluos, barcos, serviços
odontológicos, revistas.
Casa própria no auge. Mais satisfeito com a situação
6. Ninho vazio I: casais mais financeira e têm dinheiro guardado. Interesse por
velhos, sem filhos morando viagens, atividades de lazer, educação. Dão presentes
com eles, chefe da família em e fazem contribuições. Não se interessam por produtos
atividade profissional. novos. Compras: pacotes de viagem, artigos de luxo,
produtos para a casa.
7. Ninho vazio II: casais ainda
Drástico corte na renda. Não costumam sair de casa.
mais velhos. Sem filhos em casa,
Compras: produtos médicos, remédios.
chefe de família aposentado.
8. Sobrevivente solitário em
Renda ainda boa, mas é provável que venda a casa.
atividade profissional.
79
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
Para Kotler (2000, p. 215) estilo de vida “é o padrão de vida expresso
em suas atividades, interesses e opiniões. O estilo de vida reflete a ‘pessoa por
inteiro’, interagindo com o seu meio”.
80
TÓPICO 2 | PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR
2.2.1 Cultura
Segundo Schiffman e Kanuk (2000, p. 286), cultura é “a soma das crenças,
valores e costumes aprendidos que servem para direcionar o comportamento de
consumo dos membros de determinada sociedade”.
De acordo com Kotler (2000, p. 162), “os fatores culturais exercem a mais
ampla influência sobre o comportamento do consumidor”. A cultura abrange
os conhecimentos, as crenças, a arte, as leis, a moral, os costumes e os hábitos
adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.
81
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
2.2.2 Subcultura
Segundo Churchill e Peter (2000, p. 156), “a Subcultura é o segmento
dentro de uma cultura que compartilha valores e padrões de comportamento
distinto da cultura geral”.
83
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
Motivação: quando uma pessoa deseja muito ter algo, mostra que ela está motivada; a
motivação muitas vezes tem como ponto central o impulso ou o hábito do dia a dia. O
consumidor não tem controle dos acontecimentos nem o que o influencia a efetuar a
compra. O ser humano possui necessidades que o motivam a comprar, como necessidade
de autorrealização, de estima, sociais, de segurança e necessidades fisiológicas.
Percepção: as pessoas costumam ver o mundo da sua maneira, muitas vezes deixando
a realidade de lado, são apenas percepções, não o que realmente é, mas o que os
consumidores pensam, o que realmente influencia suas ações, seus hábitos de compra,
onde o consumidor julga um produto com base em suas percepções, pode ser influenciado
pela marca, embalagem, design, tamanho, cor, entre outros.
Aprendizagem: é o ato de aprender qualquer ofício, arte ou ciência, onde os indivíduos
adquirem conhecimento e a experiência de compra e consumo.
Crenças e atitudes: é quando se acredita em algo, com ou sem fundamento. As
crenças dos consumidores devem ser consideradas numa estratégia de marketing, no
desenvolvimento do produto, no estabelecimento de preços, na determinação dos canais
de marketing, na comunicação ou promoção. Podem-se levar em conta três questões
subjacentes à atitude com relação a um objeto ela se baseia em algum conhecimento ou
crença, onde são eles o conhecimento, o sentimento e a ação.
84
TÓPICO 2 | PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR
2.4.1 Motivação
A motivação é uma necessidade importante o suficiente para levar a
pessoa a agir. Nós possuímos necessidades fisiológicas como fome, sede, sono; e
necessidades psicológicas, como de status, estima ou integração.
TUROS
ESTUDOS FU
2.4.2 Percepção
É importante ressaltar que as pessoas costumam ver o mundo da sua
maneira, muitas vezes deixando a realidade de lado, são apenas percepções, não
o que realmente é, mas o que os consumidores pensam, o que realmente influecia
suas ações, seus hábitos de compra, onde o consumidor julga um produto com
base em suas percepções. Ele pode ser influenciado pela marca, embalagem,
design, tamanho, cor, entre outros.
85
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
2.4.3 Aprendizagem
Podemos entender aprendizagem como o ato de aprender qualquer ofício,
arte ou ciência, em que as pessoas adquirem conhecimento e a experiência de
compra e consumo.
Elas podem ou não conter uma carga emocional. As atitudes são tão
importantes quanto as crenças na influência do comportamento de compra. Uma
atitude corresponde a avaliações, sentimentos e tendências de ações duradouras,
favoráveis ou não, a algum objeto ou ideia.
86
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
87
AUTOATIVIDADE
88
UNIDADE 2 TÓPICO 3
MOTIVAÇÃO DO CONSUMO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos as principais motivações humanas, e como
estas motivações influenciam nossas decisões como consumidores.
Solomon (2011) considera que essa necessidade pode ser utilitária, isto
é, um desejo de obter algum benefício funcional ou prático, como quando nos
alimentamos de forma saudável por razões nutricionais ou hedônica, ou seja,
uma necessidade de experiência, envolvendo respostas ou fantasias emocionais,
como quando pensamos com desejo em uma deliciosa torta de chocolate.
89
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
NOTA
2 FATORES MOTIVACIONAIS
Existe certo consenso entre diversos autores que apontam para o fato de a
década de 1950 ter sido um marco no desenvolvimento das teorias motivacionais.
As três principais teorias surgidas nesta época, embora sejam questionáveis
atualmente, foram usadas como base para as teorias modernas da motivação.
Segundo Robbins (2005), essas teorias da década de 1950 provavelmente são as
mais conhecidas e utilizadas pelos executivos. São elas: a Teoria da Hierarquia
das Necessidades de Maslow, as Teorias X e Y, de McGregor, e a Teoria de Dois
Fatores de Herzberg.
90
TÓPICO 3 | MOTIVAÇÃO DO CONSUMO
d) O ser humano comum aprende, sob condições adequadas, não só a aceitar
responsabilidades como procurá-las. A recusa de responsabilidades, a falta de
ambição e a busca de garantia são, geralmente, consequências da experiência e
não características humanas inatas.
91
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
92
TÓPICO 3 | MOTIVAÇÃO DO CONSUMO
93
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
94
TÓPICO 3 | MOTIVAÇÃO DO CONSUMO
95
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
Fatores motivacionais:
• O trabalho em si
Conteúdo do cargo
• Realização
(como a pessoa se sente
• Reconhecimento
em relação ao cargo)
• Progresso profissional
Presença: motiva
• Responsabilidade
Ausência: neutro
Fatores higiênicos:
• Condições de trabalho
Contexto do cargo
• Administração da empresa
(como a pessoa se sente
• Salário
em relação à empresa)
• Relações com o supervisor
Presença: neutro
• Benefícios e serviços sociais
Ausência: desmotiva
96
TÓPICO 3 | MOTIVAÇÃO DO CONSUMO
Necessidades de
Autorrealização
Fatores
Motivacionais
Necessidades de
Status e Estima
Necessidades
Sociais
Necessidades Fatores de
de Segurança Manutenção
Necessidades
Fisiológicas
97
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
Solomon (2011) cita nossos cinco principais sentidos como elementos que
podem estimular ações de marketing:
98
TÓPICO 3 | MOTIVAÇÃO DO CONSUMO
• Tato – Embora relativamente pouca pesquisa tenha sido feita sobre os efeitos
da estimulação tátil sobre o comportamento do consumidor, a observação
comum nos diz que este canal sensorial é importante. Estados de espírito
são estimulados ou acalmados com base nas sensações que atingem a pele.
As pessoas associam texturas de tecidos e outras superfícies com qualidade e
alguns profissionais de marketing estão explorando o modo como o tato pode
ser usado em embalagens para despertar o interesse do consumidor.
3 APRENDIZAGEM E MEMÓRIA
O processo de aprendizagem é constante. Nosso entendimento sobre
o mundo é constantemente alterado, enquanto somos expostos a novas fontes
de estímulos e recebimento de retornos contínuos. Retornos estes, que nos
permitem mudar o nosso comportamento diante de situações similares a outras
já vivenciadas.
99
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
100
TÓPICO 3 | MOTIVAÇÃO DO CONSUMO
LEITURA COMPLEMENTAR
101
UNIDADE 2 | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: PSICOLOGIA APLICADA AO CONSUMO
“Milhões viram a maçã cair, mas Newton foi quem perguntou por quê”.
Essa expressão utilizada pelo ex-conselheiro presidencial dos EUA, Bernard M.
Baruch, demonstra exatamente a intenção deste artigo, provocar a curiosidade.
102
TÓPICO 3 | MOTIVAÇÃO DO CONSUMO
103
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
• A motivação nada mais é do que os processos que fazem com que as pessoas
tenham determinados comportamentos, quando querem atingir algum objetivo.
No âmbito do consumo, ela ocorre quando uma necessidade é aflorada e o
consumidor deseja satisfazê-la, ou seja, uma vez que uma necessidade é
ativada, um estado de tensão impulsiona o consumidor a tentar reduzi-la ou
satisfazê-la.
104
• É possível fazer uma relação entre a Teoria das Necessidades de Maslow e
a Teoria dos Dois Fatores de Herzberg. Os fatores higiênicos correspondem
às necessidades de baixo nível ou primárias, como as fisiológicas e de
segurança, além de algumas necessidades sociais. Já os fatores motivacionais,
estão relacionados às necessidades de alto nível, ou secundárias, como as
necessidades de estima e autorrealização.
105
AUTOATIVIDADE
4 Frederick Herzberg é o nome por trás da Teoria dos Dois Fatores, esta teoria
teve por base entrevistas realizadas com diversos profissionais da área
industrial de Pittsburgh, que teve como objetivo identificar os fatores que
causavam a satisfação e a insatisfação dos empregados. Com base no que
foi estudado, descreva-as.
106
UNIDADE 3
INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO
CONSUMO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um deles você
encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
Ao final de cada tópico você encontrará exercícios que possuem como
objetivo desenvolver sua avaliação crítica sobre os assuntos abordados.
107
108
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, na unidade anterior vimos como exemplo que
fatores como meio social e influências pessoais influenciam na decisão e no
comportamento de compra. Já nesta unidade, vamos estudar quais as influências
psicológicas que direcionam o nosso comportamento como consumidores. Vamos
entender, também, de que forma o ambiente ao nosso redor nos impulsiona ao
ato de comprar.
Bom estudo!
109
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
2 INFORMAÇÃO E PERCEPÇÃO
A percepção pode ser entendida como um processo constante pelo qual
aquele que percebe atribui um significado a matérias oriundas do meio ambiente
à sua volta. O indivíduo não é um objeto, mas sim ator que observa, julga e atribui
valor às coisas que o cerca.
110
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS PARA O CONSUMO
3 AMBIENTE DE COMPRAS
Atualmente, os consumidores estão cada vez mais exigentes, e para que as
empresas consigam conquistá-los é preciso pensar em disponibilizar um ambiente
agradável, organizado e, principalmente, manter o respeito ao consumidor.
LEITURA COMPLEMENTAR
Aparência não é tudo na vida, mas quando falamos de loja virtual ela
tem grande importância, sim! Para que seu e-commerce possa convencer os
consumidores a comprar algum produto, é preciso passar credibilidade e
confiança. A maior parte dos casos em que os carrinhos são abandonados no
meio do processo se dá por conta da desorganização do layout, usabilidade ou
insegurança.
Antes de tudo, para garantir um bom design para sua loja virtual, é preciso
entender a diferença entre UI Design e UX Design, ambos são fundamentais para
um bom layout do seu site. O UI Design, User Interface Design, simplificando
a explicação, é o “desenho do site”, o mockup, que tem como função promover
a interação entre o site e o usuário por meio de botões, menus, fontes, cores
e toda harmonia visual. Já o UX Design tem como foco pensar no sistema de
forma holística. É baseado na sincronização dos elementos que proporcionam a
experiência dos usuários perante cada produto, influenciando suas percepções e
comportamentos.
Confira algumas dicas simples que podem tornar seu e-commerce mais
bonito, vendável, além de facilitar a navegação dos usuários:
Opte por um design clean para o seu e-commerce, menos é sempre mais. O
cliente quer visualizar o produto da maneira mais simples possível, sem muitos
cliques e animações. O foco dele é realizar a compra.
112
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS PARA O CONSUMO
Seu layout precisa se destacar dos demais, para ser lembrado de alguma
forma. Mas sua marca tem as características dela, cores, fonte, logo, fotos e
qualquer material conceito devem permanecer, mesmo diante das inovações.
Seus clientes precisam bater o olho e reconhecer a marca.
A compra realizada pela internet ainda assim passa menos confiança para
os clientes, então é preciso passar segurança a eles. Por exemplo, existem selos
que oficializam que sua loja está pronta para receber pagamentos por meio de
cartões de crédito, débito e transações bancárias.
113
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
Essa visão permaneceu até a época de Isaac Newton, que descobriu que a
luz branca, ao passar por um prisma, separava-se em diversas cores. Mais tarde,
descobrimos que a mistura e combinações das cores resultavam em outros tons,
por exemplo: se misturarmos o amarelo com o vermelho, teremos o laranja.
Mas foi o alemão Johann Wolfgang von Goethe que criou a Teoria da Cor,
da forma que a conhecemos hoje. Segundo ele, a cor não depende unicamente da
luz do ambiente, mas também depende da percepção que temos do objeto em si.
114
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS PARA O CONSUMO
Goethe publicou, em 1810, seu livro chamado Doutrina das Cores, que
até hoje é referência no estudo das cores e já foi traduzido para diversas línguas.
115
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
Roxo: esta cor reduz a ansiedade e o medo, agindo de forma direta nas
emoções, ela desperta a criatividade e está ligada à intuição. É considerada a cor
da realeza.
116
RESUMO DO TÓPICO 1
• As cores são um dos fatores externos que mais nos influenciam, pois nosso
cérebro reage de forma diferente a cada cor. A identificação dos tons é subjetiva,
porém os efeitos das cores são universais.
117
AUTOATIVIDADE
1 Para Schiffman e Kanuk (2000), a percepção pode ser entendida como sendo
o processo pelo qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta estímulos
visando seu entendimento significativo e coerente do mundo. Com base no
que foi estudado, disserte sobre o que é a percepção.
118
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) F - V - F - V - F - V - F.
( ) V - F - V - F - F - V - V.
( ) V - V - F - F - V - F - V.
( ) V - F - F - V - V - F - V.
119
120
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Na unidade anterior vimos que sofremos influências de diversas frentes,
incluindo as influências sociais. Neste tópico entenderemos um pouco mais
sobre as emoções e os sentimentos, suas funções, e veremos como nossas emoções
interferem nos processos de compra e em nosso dia a dia.
Outro ponto que abordaremos será a personalidade, que tem seu estudo
em três teorias: psicanalítica, sociopsicológica e de fator de traço. Dentro deste
tema estudaremos sobre: ID, EGO e SUPEREGO.
Bons estudos!
121
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
Ainda segundo o autor, a psicologia diz que o ser humano traz ao nascer
algumas emoções básicas, como o medo, a tristeza, a raiva e a alegria. Todas elas
têm uma função importante em nossas vidas, principalmente no que diz respeito à
sobrevivência da espécie. O estudo das emoções tem sido um assunto apaixonante
e envolvente, apresenta diversas reflexões que apontam a emoção numa interação
relacional humana, ou seja, das emoções como processo adaptativo da pessoa ao
ambiente, bem como um processo adaptativo do homem aos contextos dinâmicos
sociais. Durante muito tempo, as emoções foram ignoradas, mesmo por filósofos
e pesquisadores das ciências, em detrimento da razão ou do pensamento lógico.
As emoções eram consideradas processos menos importantes, primitivos e, até
mesmo, indicadores patológicos.
122
TÓPICO 2 | INFLUÊNCIAS SOCIAIS PARA O CONSUMO
123
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
124
TÓPICO 2 | INFLUÊNCIAS SOCIAIS PARA O CONSUMO
125
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
126
TÓPICO 2 | INFLUÊNCIAS SOCIAIS PARA O CONSUMO
127
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
3 GRUPOS DE REFERÊNCIA
O termo “grupos de referência”, segundo Bearden e Etzel (1982), foi
proposto por Herbert Hyman por volta de 1942, em um estudo sobre o status
social, no qual os indivíduos eram solicitados a indicar quais as pessoas ou
grupos com que se comparavam. Esse experimento de Hyman e o de Venkatesan
(1966), que testou as diferenças de submissão e reação em situações diversas
envolvendo a pressão de um grupo, definiram as principais classificações dos
grupos de referência, que são utilizadas ainda hoje na maioria dos livros sobre
comportamento do consumidor.
128
TÓPICO 2 | INFLUÊNCIAS SOCIAIS PARA O CONSUMO
São esses os grupos que tendem a exercer uma influência mais expressiva
sobre seus participantes, pois fazem parte de seu dia a dia, são importantes na vida
dos indivíduos e não podem ser facilmente ignorados. Geralmente, esses grupos
também são considerados referentes normativos, por serem mais utilizados como
fonte de atitudes, normas e valores (SCHIFFMAN; KANUK, 2003).
Com uma estrutura definida geralmente por escrito, os grupos formais são
carecterizados por possuírem uma lista de membros conhecidos e pela existência
de regulamentos para tornar-se um membro. Sua influência no comportamento
varia, dependendo da motivação do indivíduo para aceitar se submeter aos
padrões do grupo.
129
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
130
TÓPICO 2 | INFLUÊNCIAS SOCIAIS PARA O CONSUMO
131
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
132
TÓPICO 2 | INFLUÊNCIAS SOCIAIS PARA O CONSUMO
UNI
Kotler (2000, p. 191) diz que o estilo de vida representa a pessoa por inteiro,
interagindo com seu ambiente. Nesse contexto, é viável que empresas se posicionem
por meio de ligações entre seus produtos e serviços e o estilo de vida dos consumidores.
134
TÓPICO 2 | INFLUÊNCIAS SOCIAIS PARA O CONSUMO
UNI
Atividades: onde trabalha, o que gosta de fazer, o que faz nas férias, quais os passatempos
preferidos, esportes, compras, que programas gosta de assistir, tipos de música, eventos
sociais etc.
Interesses: que tipo de roupa usa, o que come, o que bebe, quais as realizações, como é o
comportamento em relação à família, a grupos sociais, na comunidade, no clube, no trabalho,
na escola etc.
O Modelo AIO acrescenta, ainda, uma série de fatores demográficos à classificação, entre
eles: faixa etária, nível escolar, ocupação, local onde mora, tamanho da cidade, tamanho da
famíla etc.
135
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
• Os grupos de referência podem ser quaisquer pessoas que sirvam como ponto
de comparação para um indivíduo na formação de seus valores, atitudes ou
comportamentos, tanto gerais quanto específicos, influenciando suas escolhas,
comportamentos e atitudes (SCHIFFMAN; KANUK, 2000).
• Os grupos por associação são aqueles nos quais um indivíduo que alega ser
um membro é reconhecido como tal pelo líder e/ou pelos membros-chave do
grupo.
• Já nos grupos simbólicos, por outro lado, não há regra ou procedimento para
garantir o pertencimento a um grupo, e o líder ou seus membros-chave podem
até negar essa função, mas se o indivíduo se considera membro e, voluntária e
discretamente, adota as normas e valores do grupo, identificando-se com ele,
será um deles.
137
138
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico iremos estudar algumas técnicas utilizadas para estimular o
consumo. Uma destas técnicas é o neuromarketing, que se baseia no funcionamento
do nosso cérebro. Vamos entender como as empresas podem fazer uso desta
técnica para atingir seus consumidores. A ideia é obter informações mais precisas
para ter sucesso nas ações comerciais.
Outra técnica que vamos abordar são os gatilhos mentais, que podemos
chamar de atalhos que nossa mente usa para tomar decisões ou ações.
139
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
140
TÓPICO 3 | MÉTODOS E TÉCNICAS PARA ESTIMULAR O CONSUMO
141
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
142
TÓPICO 3 | MÉTODOS E TÉCNICAS PARA ESTIMULAR O CONSUMO
143
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
144
TÓPICO 3 | MÉTODOS E TÉCNICAS PARA ESTIMULAR O CONSUMO
UNI
145
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
146
TÓPICO 3 | MÉTODOS E TÉCNICAS PARA ESTIMULAR O CONSUMO
147
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
148
TÓPICO 3 | MÉTODOS E TÉCNICAS PARA ESTIMULAR O CONSUMO
3 GATILHOS MENTAIS
Podemos entender os gatilhos mentais como grandes atalhos, muito
utilizados por nosso cérebro para tomar determinadas decisões, como a decisão
de comprar, ou não, um produto. São extremamente poderosos e influenciam
qualquer pessoa. Mesmo que você conheca todos os gatilhos mentais, eles ainda
irão te influenciar em suas decisões na hora em que forem utilizados.
Então, antes de tentar vender algo a seus clientes, procure entender o que
seu produto ou serviço pode evitar de dor, e para equilibrar, logo após apresente
o que seu produto irá evitar, apresentando o que ele proporcionará.
149
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
Para aplicar esse gatilho de forma eficaz em seu negócio, use depoimentos
de clientes, dados de pesquisas, fotos de pessoas que usaram e aprovaram seu
produto ou serviço etc.
Basicamente, esse gatilho é ter pessoas falando bem do seu negócio, pois
devido ao fato de sermos seres sociais, temos a tendência de concordar com a
maioria. Por esse motivo, as empresas buscam obter cada vez mais presença de
suas marcas nas redes sociais, pois essa presença acaba gerando uma credibilidade
maior, pois partimos do princípio de que “se muitas pessoas gostam, é porque
deve ser bom”.
3.3 URGÊNCIA
Este é o gatilho ligado diretamente às nossas ações por impulso. Quando
temos a sensação de urgência, precisamos de uma resposta praticamente
automática. É neste cenário de urgência que normalmente agimos sem pensar,
simplesmente fazemos o que queremos ou precisamos.
Segundo Carvalho (2015), para utilizar este gatilho leve em conta frases e
palavras do tipo: “Só amanhã”, “Últimas peças”, “Poucas vagas”, “Último dia”,
“Agora” e “Imediatamente”. Estas expressões remetem a uma resposta imediata
no comportamento e têm resultados positivos quando empregadas na função de
ativar o gatilho de urgência.
150
TÓPICO 3 | MÉTODOS E TÉCNICAS PARA ESTIMULAR O CONSUMO
3.4 ESCASSEZ
Este é considerado o gatilho mais efetivo, pois mesmo que não estejamos
certos sobre a compra de algum produto, ao recebermos a informação de que se
trata da última unidade ou última oferta, reexaminamos nossa posição no mesmo
momento, o que aumenta a chance de comprarmos na metade das vezes em que
isso ocorre.
Ainda segundo o autor, a escassez é assim tão poderosa por dois motivos:
primeiro, porque temos medo de perder uma grande oportunidade, e sugundo,
porque sabemos por experiência que o mais difícil é o mais valioso.
151
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
3.5 HISTÓRIA
Contamos histórias para criar conexão e empatia com nossos
interlocutores. As histórias contadas fazem com que o público enxergue
semelhanças entre o herói da história e ele mesmo. Você vende um curso que
ensina uma técnica em que aqueles que aplicarem esses conhecimentos terão
ganhos acima da média e se tornarão pessoas ricas, em no máximo dois anos.
No entanto, você nunca foi pobre, sempre foi bem de vida, ou pior, nunca
ganhou muito dinheiro na vida. Dessa forma, como esperar que seu público se
identifique com você, não é mesmo?
3.6 AUTORIDADE
Segundo Carvalho (2015), para que seja possível usar este gatilho em seu
negócio, é preciso mostrar que você entende bem sobre aquilo que se propôs
a escrever ou explicar e posteriormente vender. Antes de oferecer qualquer
produto pago ao seu público, ceda materiais úteis e gratuitos, mostrando para
as pessoas que você tem experiência no assunto, adquira a confiança delas e a
autoridade será uma consequência, juntamente com a reciprocidade (gatilho
que veremos adiante).
152
TÓPICO 3 | MÉTODOS E TÉCNICAS PARA ESTIMULAR O CONSUMO
3.8 GARANTIA
Quando nos deparamos com uma situação em que ficamos com medo
de tomar uma decisão errada, estamos evidenciando a nossa racionalidade. É
neste momento que fazemos uma análise dos riscos e a racionalidade vem à tona
(RAVANEDA, 2014).
Para que possamos lidar com este medo e sanar a questão, devemos passar
a mensagem de confiança e segurança. Como exemplo, podemos usar a garantia,
que é uma das formas mais eficazes de se fazer isso. Ao oferecer a garantia do
produto ou serviço, você consegue sanar a matriz do problema, que é o medo.
153
UNIDADE 3 | INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO CONSUMO
produto, ou então, alguém já deve ter lhe oferecido a famosa garantia estendida,
certo? Estes são exemplos de como empregar o gatilho da garantia.
3.9 RECIPROCIDADE
É natural do ser humano ter o desejo de retribuição. Este é um ponto que
podemos relacionar com o gatilho da reciprocidade. Exemplificando, podemos
dizer que se uma empresa nos oferece um serviço, atendimento ou produto
diferenciado, tendencialmente retribuímos o “favor” efetuando a compra.
Por conta disso, suas ações devem ter como princípio base tornar a vida
do seu cliente mais simples, e somente depois você deve pensar no lucro que isso
vai te gerar, e não ao contrário, pois as pessoas sentem isso. Você já deve ter em
algum momento feito alguma compra, pois foi extremamente bem atendido e se
sentiu estimulado pelo atendimento do vendedor.
UNI
FONTE: <http://marketingdeconteudo.com/o-que-e-inbound-marketing/#definição>.
Acesso em: 20 ago. 2016.
154
TÓPICO 3 | MÉTODOS E TÉCNICAS PARA ESTIMULAR O CONSUMO
3.10 NOVIDADE
Uma pesquisa realizada pela London Global University concluiu que a
região do cérebro responsável por regular o processo de motivação e recompensa
responde melhor a novidades do que a coisas familiares (RAVANEDA, 2014).
Quando nos deparamos com alguma novidade, nosso cérebro libera mais
dopamina, isto quer dizer que relacionamos esta novidade a uma recompensa e à
sensação de prazer. É por este motivo que as empresas constantemente renovam
seus produtos. A exemplo disto, podemos citar os novos modelos de uma linha
de carros, o novo modelo de celular, um novo produto de beleza etc.
155
RESUMO DO TÓPICO 3
• Os gatilhos mentais são atalhos utilizados pelo nosso cérebro para tomar
determinadas ações, são extremamente poderosos e influenciam qualquer
pessoa; mesmo que ela conheça todos os gatilhos.
156
AUTOATIVIDADE
157
158
REFERÊNCIAS
ABREU, C.; CANGELLI, R. A abordagem cognitivo-construtivista de psicoterapia
no tratamento da anorexia nervosa e bulimia nervosa. (on-line). 2005, vol.1, n. 1,
p. 45-58. ISSN 1808-5687.
159
BLACKWELL, R.; MINIARD, P.; ENGEL, J. Comportamento do Consumidor.
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
BLOCH, P.H.; RICHINS, M.L. You Look “Mahvelous”: The Pursuit of Beauty and
the Marketing Concept. Psychology & Marketing, Hoboken, v. 9, n. 1, p. 3-15,
jan. 1992.
CASH, T. F., DAWSON, K., DAVIS, P., BOWEN, M., & GALUMBECK, C. Effects
of cosmetics use on the physical attractiveness and body image of American
college women. The Journal of Social Psychology. 1989.
CHURCHILL Jr.; GILBERT, A.; PETER, J. Marketing: criando valor para o cliente.
São Paulo: Saraiva, 2000.
160
COSTA, M. Um breve resumo da história da psicologia. 2008. Disponível
em:<https://pt.scribd.com/doc/3050392/Um-Breve-Resumo-da-Historia-da-
Psicologia>. Acesso em: 22 maio 2016.
DARWIN, C. A expressão das emoções no homem e nos animais. São Paulo: Cia
das Letras, 2000.
ENGEL et al. Consumer Behavior. The Dryden Press, Chicago, IL, 1995.
FIRAT, A. Fuat & VENKA TESH Alladi. Liberatory Postmodernism and the
Reenchantment od Consumption. Journal of Consumer Research, v. 22,
December, 1995.
161
GAZZANIGA, M. S.; HEATHERTON, T. F. Ciência psicológica: mente, cérebro e
comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005.
KHALIL, Elias L. Symbolic Products: Prestige, Pride and Identity Goods. Theory
and Decision, v. 49, n. 1, Aug, 2000.
163
NEWEN, A.; ZINCK, A. O jogo das emoções: mentes e cérebro. n. 195, p. 38-45, 2009.
PINTER, R. et al. Educacional Psychology. New York: Harper & Row, 1970.
164
SCHIFFMAN, H. R. Sensação e percepção. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
SCHIFFMAN, L.; KANUK, L. Consumer Behavior. 7th ed. New Jersey: Prentice
Hall, 1999
WILSON, R.; GAINES, J.; HILL, R. P. Neuromarketing and consumer free will.
Journal of Consumer Affairs, 42 (3), p. 389-410, 2008.
165