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Objectivos
Definir cada tipo de RAM e dar exemplos práticos
Classificar as reacções adversas aos medicamentos;
Mencionar as principais diferenças entre as RAMs;
Compreender o processo de notificação de RAMs em Moçambique;
Preencher ficha de notificação de RAM usada em Moçambique.
Referências bibliográficas
Guimarães S, Moura D, Soares da Silva P. Terapêutica medicamentosa e suas bases
farmacológicas. 5ª Ed. Portugal: Porto editora; 2006.
Morón RFJ, Levy R M. Farmacologia Geral. La Habana: Editorial Ciências Médicas;
2002.
Organização mundial da saúde. The Uppsala Monitoring Centre. The Importance of
Pharmacovigilance Safety Monitoring of Medicinal Products. 2002, 48 p., ISBN 92 4
159015 7.
Laurence l. Brunton, bruce A. Chabner, björn C. Knollmann. As Bases Farmacológicas
da Terapêutica de Goodman & Gilman.12ª edição. Porto Alegre. 2012.
Silva, Penildon. Farmacologia. 8a edição. Guanabara koogan. Rio de janeiro. 2010.
FUCHS, Flavia; WANNMACHER, Levita. Farmacologia Clínica- fundamentos da
terapêutica Racional. 4a Edição. Rio de Janeiro: Editor Guanabara Koogan, 2014.
1. Introdução
Os medicamentos são considerados a principal ferramenta terapêutica para recuperação ou
manutenção das condições de saúde da população.
Desde os primórdios, que os medicamentos constituem um dos principais recursos de saúde do
Homem na luta contra a doença. A percepção de que os medicamentos podem comportar riscos
potenciais para a saúde é tão antiga quanto o seu uso, que remonta à pré-história.
II. Idiossincrasia
É uma reacção qualitativamente diferente dos efeitos usuais de um medicamento e que não
pode ser atribuída a uma reacção de hipersensibilidade, pois aparece desde o primeiro
contacto com o medicamento. Tem como base um mecanismo genético que condiciona
alterações enzimáticos responsáveis desta reacção. Em geral considera-se que as respostas
idiossincrásicas se devem ao polimorfismo genético.
Ocorre em minoria da população e não é previsível.
Exemplo
A anemia hemolítica por deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), pode
acontecer, por exemplo, em determinados indivíduos que utilizam o antimalárico
primaquina, que causa hemólise, que conduz a anemia grave.
III. Hipersensibilidade
Como consequência desta reacção podem aparecer transtornos tão sensíveis como a
urticária e prurido, até quadros muito mais graves como asma, choque anafiláctico e
morte.
São reacções inevitáveis, que aparecem sempre que se administra um medicamento, pois
dependem de suas acções farmacológicas e do mecanismo de acção.
Exemplos
Diminuição das secreções pelos anticolinérgicos.
V. Efeitos tóxicos
É a perda total da resposta terapêutica primária, inclusive as doses muito elevadas se toleram
sem toxicidade. Pode ser congénita ou adquirida.
VIII. Efeito paradoxal
X. Efeito teratogénico
São malformações ou anomalias provocadas ao feto pela administraão de medicamentos à mãe
durante a gravidez. Além disso, os medicamentos podem produzir alterações da gestação que
levem a transtoros funcioanis durate o parto.
Ex: talidomida, iodo 131, hipoglicemiantes oraies, reserpina, hormonas sexuais, citostáticos,
etc.
XI. Tolerância
Dependência ou habituação
Necessidade e desejo (não compulsão) de utilizar continuadamente um medicamento, cuja
supressão provoca transtornos físicos e psíquicos. Não há tendência a aumentar doses, não há
abstinência pela supressão, nem afecta a sociedade.
Adicção ou toxicomania
É muito mais grave. Há compulsão invencível pela toma do fármaco e para obtê-lo por todos
os meios. Aparece síndrome de abstinência e leva o indivíduo a uma conduta anti-social,
afectando portanto a sociedade. Ex: morfina, cocaína.
3. Farmacovigilância
A Farmacovigilância é a ciência e conjunto de actividades relacionados com a detecção,
avaliação, compreensão e prevenção de efeitos indesejáveis (ou reacções adversas) ou qualquer
outro problema de segurança relacionado com medicamentos, visando melhorar a segurança
dos medicamentos, em defesa do utente e da Saúde Pública.
Início das actividades de Farmacovigilância (CIMed) em Mocambique: 2003. Actualmente,
temos unidades de Farmacovigilância em Nampula, Zambézia e Maputo, estando as restantes
províncias com delegados de Farmacovigilância.
Diminuem as dúvidas;
A OMS não adopta um algoritmo específico, portanto, utiliza critérios para avaliação de
causalidade, considerando as seguintes condições:
a) Existência da relação temporal entre a exposição ao medicamento e o evento adverso
observado;
Definida >9
Provável 5a8
Possível 1a4
Duvidosa <0
3.3 Prevenção e tratamento de RAM
Embora existam reacções adversas imprevisíveis, a maioria das reacções adversas a
medicamentos podem ser evitáveis, incluindo as que motivam hospitalização.
As reacções adversas podem ser prevenidas pelo uso de menores doses possíveis, dentro de
intervalos de administração preconizados;
Avaliação de níveis séricos de electrólitos pode auxiliar em prevenção e detecção de
efeitos adversos como hipopotassemia e hiperglicemia;
Monitoramento da menstruação para casos do uso de contraceptivos.