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Manual Workover IADC WellSharp MTC Training & Simulation
Manual Workover IADC WellSharp MTC Training & Simulation
Workover (Intervenção)
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1 – Introdução
O curso de Well Control é mandatório para as operações descritas acima, e sabendo que
compete à ANP deve fazer cumprir as melhores práticas da indústria do petróleo e que as
empresas detentoras dos direitos de exploração e produção de petróleo e gás natural obedeçam
às normas e procedimentos técnicos de segurança operacional e de preservação do meio
ambiente para perfuração, completação, avaliação, intervenção, produção e abandono de poços
de petróleo e gás natural (Resolução ANP Nº 46 DE 01/11/2016). Sendo assim, é de grande
importância que todos os funcionários envolvidos das operações de perfuração, completação e
intervenção de poços de petróleo estejam devidamente treinados e certificados para operar com
seguranças as atividades nas sondas.
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2 – Princípios e Procedimentos de Controle de Poço para Operações de Workover
2.1 - Conscientização e Gerenciamento de Riscos
2.1.1 – Impactos Potenciais de Eventos de Well Control
Os riscos associados as operações de completação e intervenção de poços são
evidenciados quando existe a possibilidade de fluidos da formação atingir a superfície de forma
descontrolada. Quando o fluido de completação e o fluido de intervenção estão no poço é criado
uma pressão hidrostática, mas se essa pressão hidrostática não for suficiente para manter os
fluidos da formação dentro dos poros então ocorrerá um kick, e se esse kick não for controlado
poderá ocorrer um blowout. Além disso, pode ocorrer durante a completação ou intervenção uma
previsão errada da pressão da formação (pressão de poros). Isso resultará em risco para a
operação de controle de poço. As atividades de intervenção que necessita aprofundar mais o poço
pode fazer com que um novo reservatório seja encontrado com pressões desconhecidas, e isso
também aumentará o risco no controle de poço.
Após a perfuração do poço ele é completado, ou seja, equipado para produzir óleo ou gás.
Enquanto o poço estiver produzindo petróleo dentro do índice de produtividade satisfatória ele é
chamado de poço “vivo”. Entretanto, com o passar dos anos o índice de produtividade do poço irá
diminuir. Essa diminuição na produção pode levar a intervenção do poço para melhorar a sua
produtividade ou o abandono definitivo. Sendo assim, podemos dizer que o poço pode estar
“morto” definitivamente, ou seja, pode não ter mais hidrocarbonetos no reservatório onde o poço
foi perfurado, nesse caso recomenda-se o abandono definitivo do poço. Além disso, o poço pode
está “morto” temporariamente, ou seja, existem hidrocarbonetos no reservatório mas o poço
precisar passar por intervenções para ajudar na produtividade.
É muito importante que haja um plano de risco e que a equipe tenha conhecimento e
também a oportunidade de discutir o assunto com antecedência. A comunicação operacional para
discutir o risco e enfatizar a responsabilidade de cada membro da equipe pode minimizar os
problemas com a segurança operacional.
É importante que a equipe seja avisada com antecedência quando ocorrer mudança de
maquinas e equipamentos, movimentação de carga, visita de pessoas na sonda para diminuir o
risco de acidentes. Além disso, é muito importante que a sinalização de segurança esteja visível
e funcionando perfeitamente durante todo o tempo.
Os procedimentos de Emergência devem ser feito por cada empresa, retratando a realidade
de cada sonda, além disso, a equipe deve ser treinada sem simulados de evacuação de
emergência para saber identificar a rota de fuga. Geralmente um sinal sonoro é emitido para
informar a necessidade de evacuação de emergência. Os procedimentos de emergência devem
ser desenvolvido para diversas situações tais como vazamento descontrolado do BOP, gás tóxico,
H2S, fogo, mal tempo, possibilidade de queda da torre, colisão da embarcação, etc.
É muito importante que haja um plano de risco e que a equipe tenha conhecimento e também
a oportunidade de discutir o assunto com antecedência. A comunicação operacional para discutir
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o risco e enfatizar a responsabilidade de cada membro da equipe pode minimizar os problemas
com a segurança operacional.
a) Análise Preliminar de Riscos – APR: Técnica indutiva estruturada para identificar perigos
decorrentes de falhas de instalações ou erros humanos, bem como suas causas e
conseqüências e avaliar qualitativamente seus riscos impactando a Segurança Pessoal,
Meio Ambiente, Instalação e Imagem da Empresa. Na Figura 1, é mostrada a planilha para
a elaboração da APR.
Figura 1
Figura 2
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c) Estudo de Dispersão de Gases: Esta análise deve ser desenvolvida com o objetivo de
avaliar o comportamento dos vazamentos de gás e definir o número e a localização
otimizada de detectores de gás hidrocarboneto em áreas abertas.
O estudo deve definir pontos de detecção que atendam principalmente a liberações iniciais
(inicio de vazamento) que devem ser monitorados preliminarmente antes mesmo da detecção dos
instrumentos do processo e da ocorrência dos eventos de incêndio e de explosão. O estudo é feito
com simulação dos casos em fluidodinâmica computacional considerando as 4 direções de
vazamento e 8 direções de vento a fim de validar a locação dos detectores.
A companhia pode iniciar o plano de ação de emergência quando for constatado que a equipe
e a sonda correm risco de segurança. Os membros da tripulação devem ser conduzidos com
segurança pelos responsáveis pela evacuação.
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Um especialista em Análise de Riscos, ao verificar o projeto, deve indicar qual(ais)
estudo(s) deverá ser elaborado ou revisado. A indicação da necessidade de um estudo deverá ser
acompanhada da metodologia a ser aplicada e em qual fase do projeto o mesmo será
desenvolvido.
A segunda prioridade envolve a segurança do poço. O plano também deve ser projetado
para minimizar o risco de explosões e outros fatores que poderiam criar problemas. Esta exigência
de projeto deve ser seguida rigorosamente em todos os aspectos do plano.
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2.2 –Princípios de Controle de Poço & Cálculos
a) Pressão
b) Pressão Hidrostática
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Figura 4 - TVD (True Vertical Depth) e MD (Measured Depth)
C) Pressão de Superfície
Quando um poço é fechado devido a um kick e suas pressões são estabilizadas, duas pressões
são importantes para o controle de poço:
SICP (Shut Casing Pressure): Pressão de fechamento pelo casing (revestimento) ou anular
O Valor da pressão SITP = 320 psi será usado para calcular a lama
de matar e também a pressão de bombeio para matar o poço.
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c) Pressão de Bombeio
A pressão de bombeio é a soma das perdas de cargas por onde o fluido escoa.
Circulação direta (convencional): O fluido é bombeado pela coluna e retorna para a superfície
pelo espaço anular.
Circulação inversa (reversa): O fluido é bombeado pelo alunar do poço e retorna para a
superfície pela coluna.
O sentido da pressão de circulação não irá mudar a pressão de bombeio. Mas irá mudar a
pressão no fundo do poço devido ao ECD (Densidade Equivalente de Circulação).
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Sabendo que Pressão no Fundo do Poço (BHP) = PH + Perda de carga no anular.
- O fundo do poço sente maior pressão quando a circulação é inversa. Isso porque as perdas de
carga na coluna tem maior pressão do que as perdas de carga no anular.
Na circulação direta o fundo do poço sente a pressão das perdas de carga do anular do poço.
Na circulação inversa o fundo do poço sente a pressão das perdas de carda da coluna.
Sabendo que:
Respostas:
TVD Topo dos Canhoneados 2800 m
PH = ρlama x 0.1704 x TVD(topo dos canhoneados)
Peso do fluido no poço 9.6 lb/gal. PH = 9.6 x 0.1704 x 2800 = 4580 psi
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e) Pressão Trapeada
A pressão trapeada em um poço de produção geralmente ocorre quando existe gás entre a
coluna de produção e o packer.
Quanto mais distante o packer estiver assentado do final da coluna maior a possibilidade de
ter gás trapeado.
Além disso, pode ocorrer alguma pressurização abaixo de válvulas assentadas na coluna,
como por exemplo DHSV ou também em plugs.
Quando estamos fazendo uma manobra para puxar a coluna para fora do poço ou descendo a
coluna para dentro do poço pode ocorrer:
- Swabbing (pistoneio para fora): Isso pode ocorrer quando o operador puxa a coluna muito
rápido e principalmente se o packer estiver na coluna. Ao puxar a coluna rápido fluidos da
formação podem entrar no poço devido a diminuição de pressão no fundo do poço. O pequeno
espaço entre o anular do poço e o packer pode favorecer na ocorrência do pistoneio (Swab).
- Surge pressure (Pistoneio para dentro): Isso pode ocorrer quando o operador desce a coluna
muito rápido e principalmente se o packer estiver na coluna. Ao descer a coluna rápido os fluidos
de completação ou intervenção podem ser empurrados para entrar nos poros poço, e isso pode
aumentar de pressão no fundo do poço. O pequeno espaço entre o anular do poço e o packer
pode favorecer na ocorrência do surge.
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g) Pressão da Formação (PF)
ou
PF = PH coluna + SITP
i) Pressão de Fratura
A pressão de fratura é a pressão que pode fraturar a rocha da formação. Uma formação
possui uma certa resistência para não fraturar. Se for aplicado no poço uma pressão
acima da máxima pressão permitida, o poço irá fraturar. A pressão de fratura de uma
rocha pode ser calculada da seguinte maneira:
Pfratura = Gfratura x TVD (topo dos canhoneados)
Gfratura – é o gradiente de fratura
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j) Pressão no Fundo do Poço (BHP)
Podemos classificar a relação entre Pressão no Fundo do Poço (BHP) com a Pressão da
Formação (PF) da seguinte maneira:
l) Cálculos
Muitas vezes podemos nos deparar em situações que precisamos determinar o peso de
fluido ideal para gerar uma pressão hidrostática (ou BHP) no poço para manter os fluidos da
formação contidos em seus poros.
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G = ρfluido x 0.1704 (unidade: psi/m)
Exemplos:
Exemplo: Calcule o BHP para o poço abaixo com três tipos de fluidos:
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j) Pressão Máxima antecipada na Superfície (MASP)
Podemos ter como exemplo o principal equipamento de segurança de poço “BOP”. Esse
equipamento é fabricado para diversas pressões. Sendo assim um BOP de 10 K é um preventor
de erupção que foi fabricado para suportar uma pressão de 10 000 psi. Mas se na sonda ele foi
testado na superfície antecipadamente antes da operação com uma pressão máxima de 8000
psi, significa que a pressão máxima antecipada deste equipamento é MASP = 8000 psi.
𝐹𝐹 = 𝑃𝑃 𝑥𝑥 𝐴𝐴
Unidade de força – lb
Para calcular a força de uma pressão trapeada, usamos a mesma forma acima. Apenas a
pressão P será chamada de pressão trapeada.
𝐹𝐹 = 𝑃𝑃𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑥𝑥 𝐴𝐴
Exemplo: Após um teste de pressão numa árvore de natal a 2-Way back pressure valve ficou com
uma pressão trapeada de 3000 psi. Sabendo que a área de contato da válvula que mantem a
pressão contida é de 7,79 pol2.
𝐹𝐹 = 𝑃𝑃𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑥𝑥 𝐴𝐴
F = 23362 lb
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m) Densidade equivalente de Circulação
BHP = PH + ∆P anular
Então a densidade que equivale a pressão total no fundo do poço é chamada de ECD, que pode
ser calculado usando as seguintes fórmulas:
Exemplo: Pressão no fundo do poço é igual à soma da pressão hidrostática mais qualquer pressão
que venha a ocorrer na superfície durante o fechamento de um poço em produção:
fundo do poço:
Se um poço está em kick significa que a densidade do fluido não foi suficiente para manter
os fluidos da formação dentro da rocha, isso significa que a primeira barreira foi perdida e que o
poço encontra-se em underbalance (SITP). Então, além de tirar o kick do poço, também
precisamos substituir a lama leve por uma lama mais pesada chamada lama de matar. A lama de
matar deve ser calculada usando a seguinte formula:
𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆
ρ𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇
+ ρoriginal
o) Efeito de Flutuação
• Quando o peso da coluna é maior que o empuxo haverá uma tendência de a coluna descer
para o fundo do poço (pipe heavy).
• Quando o peso da coluna é menor que o empuxo haverá uma tendência de a coluna subir
em direção a superfície (pipe light)
• Mas quando o peso da coluna é igual ao empuxo significa que o ponto de equilíbrio foi
atingido, então a coluna ficará estática no ponto de equilíbrio.
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p) O efeito do tubo em U: O equilíbrio hidrostático entre a coluna de produção e o anular
(considerando o packer aberto) ocorre mantendo a pressão no fundo do poço constante. Veja
abaixo o efeito Tubo em “U”:
P1 = P2 ∴h1 = h2
P1 = P2
Ps + ρ1 ∙ h1 = Ps + ρ2 ∙ h2
ρ1 ∙ h1 = ρ2 ∙ h2
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2.2.2 – Cálculos: Volumes e capacidades
a) Volumetria
𝐼𝐼𝐼𝐼2
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 = bbl/ft (barril por pé)
1029.4
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c) Calculando o volume interna do tubo (Drillstring)
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c2) Cálculo da Capacidade externa ou Capacidade do Anular
Um poço possui MD=4700 ft, a sapata está a 2500 ft (revestimento ID = 12.615’’) e tubo com
500 ft de Drill Collar (OD = 8’’) no poço e drill pipe de 5”. O poço aberto possui diâmetro de
12.25”.
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d) Capacidade Externa (ou Anular) e Volume:
Capexterna e volume do anular DrillPipe x Casing
Sabendo então que volume da coluna pode ser calculado com a seguinte fórmula:
V = capacidade x altura
Então é importante saber que para calcular o número de strokes que a bomba deve dar para
circular um dado volume usamos a seguinte fórmula:
𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽
Nº Strokes =
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 𝒅𝒅𝒅𝒅 𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩
Para encontrar o tempo que a bomba levará para bombear um certo volume de fluidos é
necessário saber a velocidade da bomba, sendo assim podemos usar a seguinte fórmula:
𝑵𝑵º 𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺
Tempo =
𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽𝑽 𝒅𝒅𝒅𝒅 𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩𝑩
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Para calcular o volume de um tanque devemos multiplicar as 3 dimensões do tanque:
Comprimento x Largura X altura. Estando estas dimensões na unidade de medida metros,
precisamos então usar as constantes de conversão para o volume dos tanques ficar nas
unidades usadas nas sondas: bbl (Barril)
Para converter m3 para bbl, usamos as constantes de conversão 0.1589 (dividindo) ou 6.29
(multiplicando).
Algumas operações podem aumentar a pressão interna na coluna de produção, como por
exemplo, a utilização do método de controle de poço Bullhead, onde precisa-se de alta pressão
para bombear o fluido invasor (kick) de volta para a formação. Esse procedimento pode levar a
um aumento na pressão interna na coluna de produção e causar uma ruptura. Para evitar isso,
podemos aumentar a pressão no anular do poço, considerando o packer fechado. Esse
procedimento fará com que a pressão interna se iguale a pressão externa, fornecendo
praticamente um diferencial de pressão próximo de zero.
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Além disso, pode também ocorrer o contrário, se o anular tiver altamente pressurizado um
colapso pode ocorrer na coluna de produção. Mas a equalização das pressões internas e
externas á coluna de produção pode evitar tal problema.
É importante mencionar que uma alta pressão no anular acima do packer assentado com
total vedação pode levar a ruptura do revestimento e isso pode causar muitos problemas para a
operação. Sendo assim devemos ter muito cuidado para não pressurizar o anular do poço com
packer fechado e vedado para evitar tanto o colapso da coluna de produção quanto a ruptura do
revestimento.
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2.2.4 – Informações prévias do poço (Pre-recorded)
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2.2.5 – Condições de Segurança de Poço
Na figura abaixo podemos ter uma visão geral do poço em especial a cabeça do poço, os
equipamentos de cabeça de poço e as válvulas da árvore de natal.
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a) Válvula do Revestimento – Uma válvula de revestimento é instalada logo acima das porções
mais superiores do poço onde o revestimento começa. Esta válvula é parte integrante do conjunto
da cabeça do poço. Um revestimento é um tubo de aço usado na operação de perfuração para
evitar que a parede de um poço perfurado seja desmoronada, de modo a permitir a perfuração da
próxima seção seja feita com segurança e proteger a água potável de contaminação (operações
em terra).
b) A válvula na parte superior é chamada de válvula Swab (pistoneio) e fica no caminho usado
para intervenções em poços, como cabo de aço(wireline) e flexitubo (coiled tubing). Para tais
operações, um lubrificador é montado no topo da árvore e o fio ou bobina é baixado através do
lubrificador, passando pela válvula de swab e para dentro do poço. Esta válvula é normalmente
operada manualmente.
c) Wing Valve – É uma válvula localizada na lateral de uma árvore de Natal ou equipamento de
fluxo superficial temporário, que pode ser usado para um teste da coluna. Geralmente são duas
válvulas laterais wing que são instaladas em uma árvore de Natal. Uma válvula wing de fluxo é
usada para controlar e isolar a produção, e a válvula wing de matar instalada no lado oposto da
árvore de Natal está disponível para tratamento ou controle de poço.
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d) Master Valve: É uma válvula localizada na árvore de Natal que controla todo o fluxo do poço.
Uma válvula mestra funcionando corretamente é tão importante que duas válvulas mestras são
instaladas na maioria das árvores de Natal. A válvula principal superior é usada rotineiramente.
Mas a válvula principal inferior fornecendo backup ou função de contingência no caso de a válvula
de serviço normal estar vazando e precisar ser substituída. Sendo assim, a válvula mestra inferior
só deve ser usada em situação de emergência. VÁLVULAS MESTRE (Master Valve) são as
principais válvulas de corte (shut off valve). Elas estão abertas na maior parte da vida útil do poço
e são pouco usadas, especialmente a válvula principal inferior. O Tubing Hanger é um suspensor
de coluna que suspende ou apóia a coluna de tubulação, veda o anel do revestimento e permite
o fluxo para a árvore de Natal.
e) O choke é o dispositivo, estacionário ou ajustável, usado para: Controlar o fluxo de gás, também
conhecido como volume, ou criar pressão a jusante, também conhecida como contrapressão
através de seu fechamento ou maior restrição a passagem de fluido ou para diminuir a
contrapressão através da abertura ou diminuindo a restrição de passagem de fluxo. A válvula
choke (válvula de estrangulamento), é um tipo de válvula de controle, usada principalmente em
poços de produção de petróleo e gás para controlar o fluxo de fluidos de poço sendo produzidos.
Outro propósito das válvulas choke é matar a pressão do reservatório e regular a pressão a jusante
nas linhas de fluxo.
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2.3 – Barreiras
a) Definições:
• CSB (Conjunto Solidário de Barreiras): É um conjunto de um ou mais elementos com o
objetivo de impedir o fluxo não intencional de fluidos da formação para o meio externo e
entre intervalos no poço, considerando todos os caminhos possíveis.
• CSB Combinado: CSB com extensão suficiente para constituir os CSBs primário e
secundário para um mesmo intervalo pertinente.
• CSB Permanente: Conjunto cujo objetivo é impedir o fluxo não intencional atual e futuro
de fluidos da formação, considerando todos os caminhos possíveis. O CSB permanente
deve estar posicionado numa formação impermeável através de uma seção integral do
poço, com formação competente na base do CSB. Cimento ou outro material de
desempenho similar (incluindo formações plásticas selantes) devem ser usados como
elementos de CSB.
• CSB Primário: Primeiro CSB estabelecido para o controle do fluxo não intencional
(controle primário do poço).
• CSB Secundário: Segundo CSB estabelecido para o controle do fluxo não intencional
(controle secundário do poço).
• CSB Temporário: Conjunto de um ou mais elementos interligados para formar uma
envoltória cujo objetivo é impedir por um período determinado o fluxo não intencional de
fluidos da formação, considerando todos os caminhos possíveis.
• Elemento de CSB Combinado: Elemento de CSB estabelecido em operação única e que
representa dois elementos em um, compondo um CSB combinado. Exemplo: trecho de
tampão de cimento com extensão dobrada em relação àquela requerida para composição
de um único elemento de CSB.
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• Elemento de CSB Compartilhado: Elemento de CSB que faz parte simultaneamente dos
CSBs primário e secundário para um mesmo intervalo pertinente. Exemplo: cabeça de
poço ou árvore de natal (em algumas situações de abandono temporário)
• Elemento de CSB Verificado: Elemento de CSB cuja eficácia foi verificada por meio de
avaliação pós-instalação ou de observações registradas durante sua instalação. Por
exemplo, a verificação do cimento no anular como elemento de CSB poderá ser feita por
meio de perfis de avaliação de cimentação ou pela constatação de ausência de
anormalidades durante a operação de cimentação primária, tomando como base os
parâmetros operacionais executados. Os processos de Verificação se dividem em duas
categorias:
A1) Teste: Verificação de elemento de CSB através da aplicação de pressão no sentido
do fluxo, considerando pressão diferencial igual ou maior do que a máxima prevista.
B1) Confirmação: Verificação de elemento de CSB através da avaliação dos dados
recolhidos durante e/ou após a sua instalação.
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2.3.2 - Tipos de Barreiras
De uma forma geral podemos classificar as barreiras em: Barreiras mecânica e
barreiras de fluido. Mas além disso, é de boa prática entender que existe a barreira
operacional. Barreiras operacionais, são barreiras que não estão presentes para conter a
pressão. As barreiras operacionais são usadas para alertar, informar ou controlar. São
exemplos de barreiras operacionais:
- Sensor de vazão (flow line – fluxo de retorno)
- Sensor de nível (tanques de lama)
- Métodos de controle de poço (Sondador, Engenheiro, Volumétrico, etc).
2.3.2.1 - Barreiras mecânica
As barreiras mecânicas são barreiras físicas que tem a função de segurar, vedar ou
evitar vazamento. A barreira mecânica podem ser o BOP, a árvore de natal, o revestimento,
packer, válvulas de segurança, etc.
As barreiras devem ser instalados e verificados em aderência com seus
procedimentos e critérios de aceitação, bem como alinhados às melhores práticas.
Para cada poço , deve ser preparado um esquemático indicando as barreiras
pertinentes e os elementos que o compõem. Além da árvore de natal, BOP, válvulas de
segurança de coluna, também podemos considerar as seguintes barreiras abaixo como
barreiras mecânicas.
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2.3.2.2 – Barreiras de Fluidos
Importante:
A barreira de fluido é considerada uma barreira temporária, e deve ser usada enquanto o
poço estiver passando por operações de perfuração, completação e intervenção. A barreira de
fluido pode ser modificada caso ocorra mudança no nível de fluido que está no poço ou no peso
específico do fluido. Além disso, é importante mencionar que quando o poço está sendo
circulado a barreira de segurança feita pelo fluido pode variar devido as perdas de carga do
anular e do ECD que influencia diretamente no BHP.
a) Barreiras de Hierarquia
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Os controles de perigo na hierarquia são, em ordem decrescente de eficácia / segurança:
Eliminação
Substituição
Controles de Engenharia
Controles administrativos
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Trabalhar com contenção - significa operar o equipamento de forma a evitar que uma pessoa seja
exposta a um risco de travamento de queda.
Trabalho em suspensão - pode ser em equipamentos de acesso, como guinchos manuais, onde
as pessoas são cuidadosamente abaixadas para um local para realizar o trabalho, ou,
alternativamente, utilizando os princípios de acesso por corda, onde há risco limitado de queda
quando as práticas de trabalho são empregadas para evitar uma queda livre ou evento de
travamento de queda.
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2.4 – Fundamentos do Influxo
Influxo é um fluxo de fluido que sai da formação para o poço. O influxo pode ser de água,
óleo ou gás. Se um influxo entrar no poço porque a pressão hidrostática estiver menor que a
pressão da formação, ou seja, se o poço tiver em underbalance (sub-balanceado) então esse
influxo será chamado de kick. É importante lembrar que um kick só irá parar de entrar no poço
se o poço for fechado.
Quando você estiver fazendo uma manobra para puxar a coluna para fora do poço, pode
ocorrer um pistoneio, ou seja, você pode ter puxado fluidos da formação (influxo) para dentro do
poço. Se for confirmado através do tanque de manobra que entrou influxo no poço, devemos
fazer um flow check para confirmar se o poço está em kick, ou seja, se o influxo ainda continua
entrando no poço. Sendo assim, podemos afirmar que nem todo fluido que entra no poço é um
kick.
Um kick pode ocorrer a qualquer momento, desde que a pressão dos fluidos da formação se torne
maior do que a pressão hidrostática do interior do poço.
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2.4.2.2 - Falha em manter o poço cheio durante as manobras
Os kicks que ocorrem durante as operações de manobra podem ser consequência da
redução de pressão hidrostática da lama, devido a redução da altura (H), causada pela falta de
enchimento do poço com o volume de lama correspondente ao volume de aço retirado, além disso
durante a retirada da coluna, ocorrerá uma redução adicional na pressão de fundo devido ao
pistoneio hidráulico.
Estas são as principais causas da ocorrência de kicks durante as manobras. Toda ênfase
deve ser dada no sentido de alertar a turma para o fato de que durante as manobras, para efeito
prático, é como se o peso da lama tivesse sido reduzido devido ao pistoneio e a pressão
hidrostática é reduzida devido a perda de nível da lama no poço.
Para se evitar um kick durante a manobra, o poço deve ser preenchido com um volume
de lama equivalente ao volume de aço que é retirado do poço, além dos cuidados para evitar o
pistoneio, que veremos adiante.
De uma forma geral é importante saber que se a equipe falhar em manter o poço cheio
durante a manobra, isso poderá diminuir a pressão no fundo do poço devido a queda de nível de
lama no poço.
Durante a manobra seja para tirar a coluna do poço (puxando para fora) ou descendo a
coluna no poço, a equipe deve alinhar o tanque de manobra (trip tank) com linha de retorno do
poço. Comparar o volume observado no tanque de manobra com o volume calculado na planilha
de manobra (trip sheet) pode ajudar a equipe a identificar ganhos (kick) quando o volume do trip
tanque estiver maior do que o volume calculado, e também perda de circulação quando o
volume do trip tanque for menor do que o calculado na planilha.
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O volume de aço Vaço, em barris, que provoca a queda Δh, em metros, no nível de lama
pode ser calculado por: Vaço = (Crev - Caço). Δh, onde:
Crev = capacidade do revestimento em bbl/m;
Caço = capacidade do tubo em bbl/m.
O comprimento de tubos Lm, em metros, que provoca uma redução de pressão quando
Vaço
retirado do poço, é dado por: Lm =
C aço
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Pistoneio hidráulico: quando a coluna de perfuração vai sendo retirada do poço, a lama
tende a acompanhar a ascensão dos tubos criando uma espécie de perda de carga ascendente,
que reduz a pressão hidrostática no poço. Este efeito constitui-se no pistoneiohidráulico.O valor
estimado do pistoneio hidráulico ΔP (também conhecido como swab) ou surge pressureque é o
efeito de sobrepressão devido a descida da coluna e tem o mesmo valor do swab, pode ser
calculado pela seguinte equação:
(L ⋅ LE) (L ⋅ VP ⋅ V )
∆P = +
60,96(Dh − Dp) 18287(Dh − Dp)2
ΔP = pressão de pistoneio (psi);
L = comprimento da tubulação (m);
LE= limite de escoamento (lbf/100ft2);
VP = viscosidade plástica do fluido (cP);
Dh = Φ do poço ou Фint do rev. (in);
Dp = Ф externo da tubulação (in);
V = velocidade manobra (ft/min).
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2.4.5- Peso da Lama (Mud Weight)
a) Corte de lama por gás
À medida que os cascalhos de uma formação portadora de gás são transportados anular
acima, o gás, inicialmente contido em seus poros, expande-se. A maior parte dele deixa esses
poros e se incorpora à lama. Diz-se então que a lama está cortada por gás.
O corte de lama por gás não implica obrigatoriamente na presença de um kick, desde que
a redução observada na densidade da lama seja provocada pela rápida expansão do gás quando
se aproxima da superfície.
É importante que se faça uma verificação da redução da pressão no fundo do poço para
cada ocorrência de corte de lama por gás e caso não seja aceitável, deve-se tomar uma ou mais
das seguintes providências:
1. Reduzir a taxa de penetração; 2. Aumentar a vazão, se possível;
3. Parar a perfuração e circular a intervalos regulares, para limpar o poço.
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2.4.3 – Detecção de Influxo
Existe uma sequência bem definida de eventos que precedem um kick. Quando perfurando,
esta sequência de eventos sempre se processa segundo um modelo fixo, embora a falta de um
sistema de alarme adequado possa dificultar a percepção de toda esta sequência.
Quanto mais rápido o kick for identificado, menor será o volume de kick no poço, menor
será a redução na pressão hidrostática no poço e menor será as pressões SiCP na linha da choke
e mais fácil será o controle de poço.
2.4.3.1 - Redução na pressão de bombeio e/ou aumento na velocidade de bombeio
Uma redução na pressão de circulação com um consequente aumento na velocidade da
bomba pode ser uma indicação de que um kick está ocorrendo. Neste caso o poço deve ser
fechado e verificar a existência de pressões ou se o poço flui.
Quando a pressão de bombeio diminui, pode ser que a densidade e a viscosidade de fluido
que está no poço tenha diminuído com a entrada de influxos da formação para o poço. Quando a
bomba sentir que está mais fácil circular o fluido ela terá um tendência de aumentar a velocidade,
mas devido a maioria das bombas serem automática a velocidade permanece constante no painel.
Caso a pressão de bombeio aumente ou a velocidade da bomba diminua, isto pode indicar
um funcionamento incorreto do atuador da bomba.
Contudo, sempre que ocorrer uma variação na pressão de bombeio ou na velocidade da
bomba deverá ser tomado providências imediatas para detectar a causa do problema.
Uma variação lenta e gradativa na pressão de bombeio ou na velocidade da bomba poderá
ser uma indicação de que um kick está reduzindo gradativamente a pressão exercida no fundo do
poço ou que há um furo na coluna.
44
2.4.4 – Mudança na Pressão de Superfície
As pressões de superfície também podem ser um indicativo que o kick está entrando no
poço. Se a bomba estiver desligada iremos observar um aumento de pressão nos manômetros. É
importante lembrar que os manômetros de SITP e SICP mede a diferença entre a pressão da
formação com a pressão hidrostática na coluna e no anular respectivamente. Sendo assim:
SITP = Pressão da Formação (ou BHP) – PH no interior da coluna
SICP = Pressão da Formação (ou BHP) – PH no anular do poço.
É importante lembrar que SICP será zero se o packer estiver instalado na coluna de produção
com vedação total.
45
só iremos saber que esse pequeno influxo tinha entrado no poço quando circularmos o poço. Isso
pode provocar na superfície um “gofada” devido a expansão do gás quando o mesmo atinge a
superfície.
2.4.8 – A importância de se identificar o poço rapidamente.
Quanto mais rápido o kick for identificado, mais rápido o operador poderá fechar o poço.
Isso significa que entrará menos kick no poço.
Quanto menor for o volume de kick no poço, mais fácil será de fazer as operações de
controle de poço para retirar o kick e reestabelecer as pressões para voltar as operações de
completação e intervenção.
Por isso, é importante que toda a equipe esteja preparados para identificar um kick e reagir
nos procedimentos de fechamento de poço. Qualquer alteração ou anormalidade devem ser
informadas ao operador rapidamente, essas informações podem contribuir para o operador
identificar um possível kick.
É importante levar em consideração que a identificação de um influxo pode ajudar e
prevenir muitos acidentes como: liberação de gás no piso da sonda, fogo, explosão, perda de vida,
blowout e poluição, entre outros.
Identificar um kick com antecedência pode ajudar o operador a tomar providências para
prevenir acidentes graves na sonda e principalmente pode realizar as operações para amortecer
o poço com mais segurança e com maior margem de segurança operacional.
46
2.5 – Características e Comportamento do Gás
Através da fórmula acima podemos calcular um novo volume (v2) ou uma nova pressão
(p2), ou seja, se um gás que estava no fundo do poço com um volume V1, ao atingir a superfície
ele estará com um volume V2. Sendo assim, podemos concluir que na superfície o gás encontrará
sobre ele uma pressão baixa, logo ele terá um grande volume.
Observe no gráfico abaixo que o volume e a pressão podem variar com a condição de
Temperatura constante, ou seja, num sistema isotérmico.
Então podemos concluir que pressão e volume na lei de Boyles são inversamente
proporcionais, ou seja, se uma aumentar a outra irá diminuir.
O fluido de completação geralmente também é uma solução salina, mas que possui
algumas impurezas devido as atividades de intervenção. Essas atividades de workover
geralmente deixa o fluido de intervenção em contato com incrustações, parafina, cera e outros
agentes contaminantes. É muito importante lembrar que na intervenção é realizada um conjunto
de operações no poço durante a vida produtiva, com o objetivo de corrigir problemas de modo a
permitir que a produção ou injeção de fluidos retorno ao nível normal ou operacional. Sendo assim,
os fluidos de intervenção podem apresentar características específicas para cada poço.
• Não deve ser corrosivo, ou seja, deve conter inibidores de corrosão para evitar de
danificar a coluna de produção, packer e outras ferramentas utilizadas nas operações.
Sabendo que os fluidos de completação são usados em frente à zona de produção e são
projetados para evitar danos indesejados à formação e que os fluidos do packer (packer fluid) são
deixados entre a tubulação e o revestimento acima do packer. Então esses fluidos devem ser
estáveis, não corrosivos, manter o controle da pressão e poder circular. Além disso é importante
que tenha não tenha grande diferencial de pressão entre eles durante as operações para evitar
de sobrecarregar o packer que está assentado entre a coluna de produção e o revestimento do
poço.
O Controle de perdas de fluidos (Fluid Loss Control) também estão relacionadas as funções
dos fluidos de completação e workover principalmente para evitar que os fluidos de completação
e workover sejam perdidos para a formação. O fluido de completação e Workover, ao contrário do
fluido de perfuração, são limpos de partículas sólidas por isso são mais propicio a ocorrência de
perdas de fluido para a formação principalmente por ter baixa viscosidade. Por isso, temos
observado que a indústria de tecnologia de fluido tem apresentado muitas novidades nesse
mercado principalmente para que o fluido de completação e workover apresente características
importantes para ter a função de controlar a perda de fluido e suportar alta pressão positiva. Por
exemplo, fluidos de workover sem sólidos geralmente usam polímero como redutor de filtrado para
controlar a perda de fluido. O gel de polímero usado como pílula de perda de fluido de workover e
completação de poços é um dos métodos mais usados, embora se concentre principalmente no
uso de mecanismo de reticulação (crosslinking mechanism). Além desses métodos mencionados
acima, também pode ser utilizado fluidos múltiplos e plugs para controlar as perdas de fluido de
completação e workover para a formação.
49
2.6.2 – Líquidos
Os fluidos de completação e workover são salmouras. Isso significa que o que eleva a
densidade do fluido é a presença do sal. Mas o sal pode precipitar a solução, uma vez que
podemos classificar a solução salina em:
Para que seja possível ter um fluido de completação e workover mais pesado (maior
densidade) e que não ocorra precipitação de sal, pode-se usar mais de um tipo de sal,
conforme ilustra a figura abaixo:
a) Densidade: É a principal propriedade do fluido que está relacionada ao controle de poço. Pois
a densidade e a altura do fluido geram a pressão hidrostática no poço para manter o fluidos da
formação dentro das rochas, ou seja, a densidade do fluido é responsável para criar a primeira
barreira de segurança. A densidade é a massa por unidade de volume do fluido. A densidade do
fluido de completação e workover é a responsável pela pressão hidrostática no interior do poço.
Para se aumentar a densidade de um fluido usam-se sal ou aditivos especiais.
m
d=
v
Unidades: lb/gal ou ppg
51
c) PH : A acidez e a alcalinidade medem o potencial hidrogeniônico (pH) do fluido. A escala de
pH varia de 0 a 14. Sendo alguns intervalos característicos: pH = 7 (fluido neutra); 0 pH < 7
(fluido ácida); 7 < pH 14 (Fluido alcalina). Em geral usa-se lama alcalina (pH 9). Para se reduzir
a acidez de um fluido a base d’água adiciona-se soda cáustica (NaOH) e para fluidos sintéticos o
hidróxido de cálcio (CaCO3).
52
e2) Solução saturada
Se colocarmos exatamente o coeficiente de solubilidade (36 g), teremos uma solução
saturada, isto é, solução que contém a máxima quantidade de soluto em uma certa quantidade de
solvente e em uma determinada temperatura. No exemplo que demos em que se colocaram 50 g
de sal e 14 g não se dissolveram, temos uma solução saturada com corpo de fundo. Para obter
somente a solução saturada, basta realizar uma filtração.
c) Solução supersaturada
Agora, se nós aquecermos essa solução saturada com corpo de fundo, o precipitado
dissolver-se-á totalmente, pois, a uma temperatura mais elevada, o seu coeficiente de solubilidade
aumenta. Se deixarmos essa solução em repouso, até ela voltar para a temperatura de 20 ºC,
obteremos uma solução supersaturada, que é muito instável, pois contém mais soluto dissolvido
do que o coeficiente de solubilidade naquela temperatura. Assim, se adicionarmos a ela um
pequeno cristal do soluto, ocorrerá a precipitação dos 14 g de sal, que é a quantidade dissolvida
acima da quantidade possível para a saturação (36 g). Ao adicionarmos um pequeno cristal a uma
solução supersaturada de acetato de sódio, por exemplo, a cristalização inicia-se. Isso pode ser
visto na figura a seguir:
f) Temperatura e Pressão
53
2.6.4 – Comportamento do Fluxo Fluidos
Quando os fluidos de completação e workover são circulados com a bomba em baixa vazão
as perdas de cargas (fricção ao escoamento) serão baixas. Mas quando a bomba é ajustada para
alta vazão as perdas de cargas irão aumentar. Isso significa que a vazão da bomba (SPM)
influencia diretamente na fricção ao escoamento.
De uma forma geral o caminho do fluxo irá interferir diretamente nas perdas de carga por
fricção, uma vez que o escoamento pode está sendo feito por dentro de tubulações e
equipamentos de fundo de poço com diferentes formatos, diâmetros, tamanhos, etc..
54
2.6.5 – Tipos de Fluidos
Fluidos à base de água - Muitas vezes os fluidos de perfuração que contêm sólidos são
modificadas para serem usadas como fluidos de completação. Fluidos à base de água têm sido
usados porque são relativamente econômicos, de fácil manutenção e disponíveis. A menos que o
poço seja perfurado em Under balance (subbalanceado) e, em seguida, deseja-se colocar em
produção de fluxo. Fluidos de perfuração modificadas devem ser evitadas durante as operações
de completação, uma vez que sólidos de lama podem causar danos permanentes à formação. A
barita, por exemplo, um aditivo de lama comum usado para aumentar a densidade do fluido de
perfuração, é um sólido muito prejudicial para a formação quando o poço estiver numa operação
de completação e workover, pois é muito difícil de remover quimicamente.
Fluidos à base de óleo - Esses fluidos são geralmente selecionados para proteger argilas
sensíveis à água contra danos de formação de produtos químicos. Os fluidos à base de óleo
contêm quantidades variáveis de sólidos dissolvidos e suspensos. Esses sólidos podem obstruir
os poros de formação, formar um precipitado ou sedimentar com o tempo. Esses fluidos são
menos prejudiciais e mais caros do que as lamas à base de água, mas geralmente são mais
prejudiciais do que os fluidos de completação sem sólidos.
55
carbônico CO2 ou gás natural. As operações de completação ou workover podem ter a finalidade
de uma operação de injeção de gás diretamente no poço injetor, sendo assim um gás muito
utilizado será o CO2. Este gás ao entrar no reservatório ele irá pressionar os fluidos da formação
dentro da rocha, o que poderá ajudar no escoamento pelos poros permeáveis até o poço,
aumentando assim o índice de produção do poço. Além disso, as novas tecnologias tem usado o
CO2 para faturamento controlado na formação. O fraturamento de CO2 tem vantagens
incomparáveis na reforma do reservatório, que pode significativamente melhorar a recuperação
de petróleo e gás em recursos de petróleo e gás não convencionais. O comportamento do fluxo
do poço é uma das questões fundamentais de fraturamento de CO2.
56
Nas plataformas de petróleo é comum encontrar o viscosímetro de orifício conhecido como
funil Marsh. Tal equipamento é composto de um tubo ou orifício, geralmente disposto na vertical,
com comprimento pequeno quando comparado ao seu diâmetro. A indústria tem usado o
viscosímetro de orifício devido à simplicidade e rapidez na operação, tornando-se úteis para
determinações relativas de fluidos newtonianos ou não-newtonianos.
Os principais componentes da árvore de natal são: Master Valve superior (válvula mestras
superior), Master Valve inferior (válvula mestra inferior), Válvula de pistoneio (Swab), Válvula
lateral (Wing), Válvulas da flow line e válvula choke.
É importante saber que a válvula mestra inferior só deve ser fechada em situação de
emergência e não deve ser usada para isolar a pressão e fechar o poço.
B2 – Válvula Mestre - Master Valve inferior (Só deve ser usa em caso de emergência)
C – Válvula de Pistoneio
Observação 1 - Quando a árvore de Natal for submetida a um teste de pressão deve-se está
instalada a válvula de retenção de duas vias (two way check valve).
Observação 2 - Na retirada da árvore de natal, deve ser instalado no suspensor de coluna (tubing hanger)
uma Válvula de Contra-Pressão (back pressure valve).
58
A válvula de segurança de superfície (SSV) é uma válvula-gaveta à prova de falhas
acionada hidraulicamente para a produção ou teste de poços de petróleo e gás com altas taxas
de fluxo, altas pressões ou a presença de H2S. O SSV é usado para desligar rapidamente o poço
a montante em caso de sobre-pressão, falha, vazamento no equipamento a jusante ou qualquer
outra emergência de poço que requeira desligamento imediato.
Vários modelos SSV estão disponíveis para diferentes condições de poço (pressões,
temperaturas e taxas de fluxo) e com várias conexões, como união de martelo ou flanges API-6A.
Todas as SSVs são fabricadas sob aprovação de tipo ou revisão de verificação de projeto
e fornecidos com um certificado de conformidade e arquivo de qualidade total.
Observação 2: Para manter a pressão na linha de controle da SCSSV ao efetuar uma manobra
de retirada da coluna de completação devemos manter a válvula aberta e impedir o acúmulo de
gás abaixo da válvula.
59
O objetivo das válvulas de segurança é proteger as pessoas, o meio ambiente e a
propriedade da produção descontrolada.
Dm = Pvc – Pm /G
60
a) Teste de Pressão da árvore de Natal - Pressure Testing the Tree
• Monte o lubrificador
• Instale um BPV de 2 vias no suspensor de tubulação.
• Instale a linha de descarga da bomba no topo da árvore ou na lateral wing. Em ambos os
casos, certifique-se de que os flanges corretos sejam instalados e as tampas (caps)
removidas.
• Antes de bombear no topo da árvore, abra a coroa da válvula de Pistineio (Swab), a valula de
segurança de superfície e também a válvula mestra.
• Feche a válvula borboleta (wing valve). Em seguida, pressione até a pressão nominal de trabalho
da árvore.
• Interrompa, repare e verifique novamente qualquer conexão com vazamento até obter sucesso.
• Feche e teste sistematicamente cada válvula, verificando se há vazamentos ao redor das hastes.
61
b) Back Pressure Valve
62
2.7.2 – Cabeça de Poço (Wellhead)
63
(seja líquido ou gasoso) é “sugado” da terra. Esses revestimentos são telescópicos, o que significa
que são compostos de vários tubos que diminuem de diâmetro à medida que alcançam
profundidades cada vez mais profundas e se encaixam uns nos outros como um telescópio. Eles
evitam desmoronamentos e vedam o poço de formações indesejadas na terra. As válvulas de
revestimento (Cansing Valve) são parte de um conjunto de cabeça de poço e são colocadas logo
acima de onde o revestimento de poço começa. A válvula de revestimento (Cansing Valve) fornece
acesso ao espaço entre esses tubos telescópicos (também conhecido como espaço anular) e
pode evitar que material indesejado e/ou movimento ocorra entre os revestimentos. Esses
espaços anulares são frequentemente preenchidos com concreto para fortalecer o poço, e
válvulas de revestimento podem ser usadas para bombear concreto ou descarregar o excesso de
material, dependendo do projeto. Eles fornecem alívio de pressão e outras medidas de segurança
e são um componente vital do petróleo.
64
Diagrama simplificado de uma válvula de revestimento (Casing Pressure) típica;
Além das funções selar as pressões entre os tubos e acessos ao anular do poço
conforme escrito no texto acima é importante saber que o uso da Válvula Removal (VR) plugs é
muito importante para a operação descrita acima.
Os plugues de remoção da válvula (plugues VR) podem ser usados para tampar uma
passagem de fluido e manter a pressão no conjunto da cabeça do poço (por exemplo, um anular
em torno de um furo de produção), de modo que uma válvula (por exemplo, uma válvula de
gaveta, uma válvula de esfera, etc. ) pode ser instalado atrás do plugue VR.
Os plugues de remoção da válvula (VR) são roscados que podem ser instalados na
cabeça do poço para permitir a remoção da válvula-gaveta sob pressão. No caso da válvula
principal de saída lateral da cabeça do revestimento estiver vazando, é necessário usar o VR
Plug se quiser fazer a manutenção da pressão.
VR Plugs
65
2.7.3 – BlowOut Preventer (BOP) Stack e Componentes
BOP é uma abreviatura, utilizada no meio técnico da indústria petrolífera, do termo “Blow
Out Preventer”.
66
A principal função do BOP stack é ser a segunda barreira de segurança do poço, ou seja,
evitar que um kick que entrou no poço transforme-se em um blowout, mas isso só será possível
se o BOP for fechado o mais rápido possível quando o kick for identificado no poço.
67
2.7.3.1 – Equipamentos do Preventos
68
O BOP anular é utilizado no sistema para permitir flexibilidade quanto ao fechamento do
poço, com vários tamanhos de tubos. Ele também permite o fechamento do BOP e a descida da
coluna de perfuração até o fundo do poço caso ocorra um kick.
69
Figura 93
Borracha Natural
A borracha natural é adequada para as perfurações com fluido base de água. Ela pode ser
utilizada a temperaturas de trabalho de -30 °F a 225 °F (-35° to107°C). Externamente, pode ser
identificada pela ausência de uma banda decor.
Borracha Nitrílica
A borracha nitrílica é um composto sintético e é utilizado com fluido base óleo ou com
aditivos com óleo. Ela é adequada para temperaturas entre 20 °F a190 °F (-7 °C a 88 °C). Pode
ser externamente identificada por uma banda de cor vermelha (veja a figura 93).
Borracha Neoprene
A borracha neoprene é usada para operações em baixas temperaturas e para fluido base
óleo. Ele pode ser usado em temperaturas de operação entre -30 °Fa 170 °F (-35 °C a 77 °C) e é
identificada, externamente, por uma faixa verde.
O desempenho dos materiais elastoméricos (packing units, inclusive) pode variar
significativamente dependendo de sua natureza e tempo de exposição ao sulfeto de hidrogênio
(H2S). O técnico deve monitorar, frequentemente, a integridade de vedação de pressão, para
garantir que não haja degradação do material e problemas de desempenho.
Geralmente, recomenda-se que as unidades packing sejam armazenadas em local fresco,
seco e escuro, pois a atmosfera clara e quente acelera a deterioração dos produtos de borracha.
É importante saber que o BOP alunar não possui sistema de trava. Apenas as gavetas
podem ser travadas na posição fechada. As gavetas do BOP mantém-se fechadas por trava
mecânica se o sistema hidráulico estiver vazando.
70
As gavetas podem ser dos tipos:
• Gaveta cega: Só pode ser fechada se não tiver ferramenta dentro do poço, como arames,
tubos, etc., ou seja, a gaveta cega só pode ser fechada em poço aberto.
• Gaveta Cisalhante: Gaveta de corte de tubo.
• Gaveta Cega-Cisalhante: Tem a função de cortar o tubo e vedar (selar) o poço.
• Gaveta de tubo de diâmetro fixo: É uma gaveta que só pode fechar em um diâmetro
específico de tubo.
• Gaveta de tubo de diâmetro variável: É uma gaveta que pode fechar em mais de um
diâmetro, dentro de um Range específico, como por exemplo de 3 ½” até 5”.
• Gaveta Casing Shear: É uma gaceta específica de grande abertura para cortar tubos de
revestimento.
• Gavetas de Stripping (HWO): Um blowout preventer do tipo Gaveta (ram) é usado para
fornecer controle de pressão primário em operações de amortecimento de alta pressão. As
gavetas de stripper são usados quando a pressão da cabeça do poço é maior do que as
limitações de um stripper bowl. Veja abaixo a sequencia de uma operação de stripping
entre gavetas:
71
De acordo com as normas API o tempo de fechamento de um preventor anular e preventos de
gaveta não deve exceder ao tempo máximo permitido, conforme mencionado abaixo:
I) Recomendação
Todas as recomendações seguem no mínimo o padrão API, assim como toda a indústria. Mas as
regras e regulamentos locais podem ser diferentes e, ainda, com padrão mais elevado.
Componentes de uma gaveta: Bloco da gaveta (conjunto todo), Selo frontal, Selo superior
e Plate (estrutura metálica)
Gavetas Fixas
(Veja os exemplos da Cameron Iron Works nas figuras abaixo).
O conjunto de uma gaveta consiste em corpo, selo frontal e selo de topo. Para montar o
corpo da gaveta, o selo frontal deve ser instalado primeiro. O selo de topo é, então, instalado,
travando o selo frontal na posição.
73
O conjunto de gaveta fixo pode ser obtido em diferentes tamanhos, que variam de 2 3/8” a
6 5/8”.Os packers da gaveta e o selo de topo devem estar em bom estado. Não deve faltar
borracha na área de contato do tubo, no selo frontal, ou mesmo no selo de topo. Como regra geral,
os packers da gaveta podem ser considerados como aceitáveis quando 80% da borracha na área
de contato com o tubo ainda está no lugar.
Gavetas Variáveis
Um conjunto de gaveta variável pode ser utilizado para selar um range de tubos. Quando
instalados em um BOP, o conjunto economiza o retorno de um BOP submarino a superfície caso
houvesse a necessidade de mudança de gaveta quando é usado um diâmetro diferente de coluna.
O conjunto possui um backup para dois ou mais tamanhos diferentes de gavetas de tubos padrões
ou serve como gaveta primária para um determinado tamanho e seu backup.
74
Gaveta Cega-Cisalhante
Para sua montagem do corpo desta gaveta (C), a lâmina ou selo frontal (F) é instalado
primeiro.
Os packers laterais (B) são instalados para manter o packer da lâmina no lugar e,
finalmente, o top packer (E) é inserido para bloquear os packers laterais.
• Atuar como pistões para expulsar borracha feedable no ponto de contato com tubo.
Placas de extrusão também são usadas pelos fabricantes na sua concepção de packer da
gaveta de cisalhamento.
Em uma gaveta do BOP, a pressão do poço que atua por baixo deve ser retida pelas
gavetas. A capacidade de retenção de pressão destas gavetas é determinada pelas razões de
abertura e de fechamento das gavetas BOP.
Razão de fechamento pode ser definida como a relação entre a área defechamento do
pistão e a área do eixo da gaveta.
75
2
área de fechamento do pistão 𝑑𝑑𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ã𝑜𝑜
𝑅𝑅𝑓𝑓 = ou𝑅𝑅𝑓𝑓 = 2
área do eixo da gaveta 𝑑𝑑ℎ𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
Quando uma gaveta é fechada contra a pressão do poço, a pressão atua deforma igual e
sentido oposto em todas as direções sobre o corpo gaveta. A única parte do corpo da gaveta que
está fora de equilíbrio é sua área de eixo (ver a figura abaixo). A pressão do poço agindo sobre o
eixo da gaveta se opõe a pressão hidráulica da unidade de controle. A taxa de fechamento é a
relação entre estas duas áreas.
Uma vez que pressão é igual à força por unidade de área (Força / Área), razãode
fechamento pode também ser definido em termos de pressões como:
76
Por exemplo, se uma gaveta do BOP tem uma pressão de trabalho de 10000psi e uma
razão de fechamento de 7:1, a pressão mínima necessária para oslinhas hidráulicas, com pressão
de trabalho no poço será:
𝟏𝟏𝟏𝟏 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
𝑃𝑃𝑓𝑓 = = 1429 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
7
Uma vez que, nem sempre temos a pressão de trabalho da gaveta, estenúmero pode não
ser necessário, no entanto, esta será a pressão disponívelnas linhas hidráulicas.
Gaveta Cameron
A BOP Cameron tipo-U é o BOP-gaveta mais utilizado para operações em terra, superfície
ou no mar.
Ela tem um formato diferente de abertura, para permitir a mudança de gavetas. A gaveta
cisalhante em um BOP Cameron pode ser facilmente identificada olhando seus os flanges
intermediários. Caracteriza-se por um conjunto de gavetas com o flange intermediário mais amplo
e que segura a gaveta de cisalhante devido ao maior tempo de viagem para fechamento quando
comparada com outras gavetas.
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Para abrir os bonnets, deve-se aplicar a pressão de fechamento das gavetas (indicado em
vermelho) ao BOP. Isso permitirá a extensão do cilindro de troca de gaveta e então, a abertura
dos bonnets.
Outros fabricantes estão usando o design de portas, onde a energia hidráulica é fornecida
através das dobradiças, mas as operações principais são as mesmas. E estes princípios existem
desde o primeiro BOP, em 1926.
O BOP gaveta da Cameron pode ser equipado com um sistema de fechamento hidráulico.
78
Este sistema é chamado Wedgelock e pode ser montado em qualquer equipamento. O
sistema não é de bloqueio automático, mas pode ser tanto bloqueado quanto desbloqueado
remotamente.
A pressão aplicada à área de fechamento irá mover a cunha para bloquear a operação do
pistão. Ele compensará o uso da borracha à medida que vai se movimentando. Enquanto o
Wedgelock é regulado, as gavetas estarão na posição fechada, mesmo sem a pressão de
fechamento atuando.
Outros fabricantes têm maneiras diferentes na atuação de trava das gavetas, todos com
diferentes nomes mas, em comum, a proposta de manter o BOP fechado, caso a energia hidráulica
seja perdida. Alguns BOPs de superfície estão equipados com travamentos manuais e, no caso
de uma perda total de energia, podem ser usados para fechar o BOP.
As válvulas laterais do BOP, também chamadas de válvulas das linhas de kill e choke, tem
a função de conectar o interior do poço com a choke line e kill line para conduzir o fluxo para o
choke manifold.
Nas saídas laterais do BOP nas linhas de Kill e Choke podemos observar duas válvulas:
Válvula manual (interna) e a válvula rêmora (externa). Durante as operações de a válvula manual
deve está sempre na posição aberta, para evitar que seja manuseada quando estiver pressurizada
e causar acidentes. Porém a válvula remota pode estar aberta ou fechada dependendo da
operação. Esta válvula é operada remotamente por ação de força hidráulica (ou pneumática,
dependendo da sonda), mas é importante mencionar que durante as operações de perfuração a
válvula interna manual fica na posição aberta e a válvula remota externa fica na posição fechada.
A junta tipo anel ring gaskets (RTJ) é um anel forjado que se encaixa na ranhura usinada
de um flange RTJ. O anel tipo gasket (gaxetas) podem ser octogonais ou ovais em seção
transversal (cross-section). Os anéis gaskets RTJ são geralmente usadas para aplicações de alta
pressão e alta temperatura.
80
Eles vedar criando uma carga unitária muito alta, contato de linha de metal com metal com
flanges de acoplamento especiais. Os metais são normalmente escolhidos de modo que o a junta
do anel é mais macia do que o material do flange, a fim de evitar danos aos flanges e, assim,
causando o fluxo de plástico da junta nas faces do flange. O design da junta ou cruz seção é
escolhida com base na configuração de flange existente e pressão máxima projetada do sistema.
Superfície de gaxeta e flange acabamentos e precisão dimensional, juntamente com dureza da
junta deve ser cuidadosamente controlado, a fim de obter e manter um vedação eficaz.
I) Os tamanhos padrão dos gaskets - Estilo R: São fabricados de acordo com as especificações
ASME B16.20 e API 6ª
II) As características de design do gaskets Style RX a tornam mais resistente à carga de choque,
teste choque de pressão e vibração de perfuração.
III) Todas Gaskets Style BX incorporam uma passagem de pressão para permitir o
aprisionamento pressão para se equilibrar na junta. As juntas de anel gaskets tipo BX só podem
ser usadas com flanges API BX e não são intercambiável com Style RX.
81
Características: Todas os aneis gaskets são completamente identificados com permanentes
marcações indicando estilo, número do anel, material e aplicável padrões. Todos os aneis gaskets
devem estar em total conformidade com o padrão ASME B16.20 e o API spec 6A (onde aplicável).
São denominadas como válvulas de prevenção interna as válvulas que constituem barreiras
de segurança pelo interior da coluna e por essa razão todas elas devem ter a mesma pressão de
trabalho do BOP de gavetas, são elas: Inside BOP, Dropping Check Valve, Válvula de Segurança
de Coluna, Válvulas do Kelly e Válvulas do Top Drive. Embora a float valve não seja considerada
como barreira de segurança, ela será abordada neste capítulo como uma válvula auxiliar de
prevenção interna, pois com certeza essa válvula, na pior das hipóteses, minimizará a entrada de
gás para o interior da coluna em um kick, principalmente se este for causado por pistoneio
mecânico.
a) Kelly Valve - Válvulas do Kelly e do Top Drive
As válvulas, tanto do Kelly quanto do top drive , têm como função proteger os equipamentos
de baixa pressão do sistema de circulação da sonda e em condições normais, operam sempre
abertas e no caso do top drive a válvula superior é de acionamento remoto, denominada de I-
BOP. Tanto no sistema de Kelly quanto com top drive, deve -se prevê uma situação em que a
82
pressão pelo interior da coluna venha a exceder a pressão de trabalho dos equipamentos de
circulação da sonda e neste caso a circulação somente poderá ser feita com a unidade de
cimentação.
As válvulas Kelly Cock são dispositivos que permitem o fechamento do burado interno da
coluna de perfuração mantendo a coluna de lama no top drive ou a Kelly ao desconectar da coluna
de perfuração. Ele controla o fluxo da lama durante as operações normais de perfuração e é
operado a partir do piso da plataforma.
As válvulas do top drive também são duas: Válvula superior que é fechada remotamente
por pressão hidráulica e a válvula inferior que é fechada manualmente por uma chave.
83
b) Válvula de Segurança de Coluna (TIW – Full open safety valve FOSV)
Quando a válvula de segurança de coluna FOSV não estiver sendo usada ela deve está
disponível no piso da sonda, na posição aberta e pronta para ser instalada a qualquer momento.
2.7.3.3 – Acumuladores
Fig. 129
84
Quando as garrafas são utilizadas pela primeira vez, o nitrogênio é bombeado através da
ligação superior da garrafa para a bexiga de pré-carga. Depois de as garrafas terem sido pré-
carregadas, o fluido de hidráulico é bombeado através da ligação inferior para pressurizar
completamente a garrafa, comprimindo, consequentemente o nitrogênio. Fluido de hidráulico é,
então, retido dentro da garrafa, pronto a operação de um componente do BOP.
ARMAZENAMENTO DO FLUIDO HIDRÁULICO:
Volume de fluido recuperado do sistema dos acumuladores entre a pressão máxima de trabalho
e a pressão de pré-carga.
DESCARTE DO FLUIDO HIDRÁULICO:
Volume de fluido recuperado do sistema dos acumuladores entre pressão máxima de trabalho e
200 psi acima da pressão de pré-carga.
PRESSÃO MÍNIMA DE TRABALHO CALCULADA:
Pressão mínima calculada para fechar e selar efetivamente o BOP gaveta contra a máxima
pressão do poço.
PRESSÃO MÍNIMA DE TRABALHO:
Pressão mínima de trabalho para fechar e selar efetivamente o BOP gaveta ou anular em
condições normais de operação, conforme prescrito pelo fabricante.
I) Reguladores hidráulicos
Reguladores são usados para ajustar a pressão de entrada de alta pressão para uma
pressão de trabalho para as operações de controle de poço. Existem dois diferentes reguladores
no sistema de controle; um que regula a pressão de admissão e outro que controla da pressão
para o anular.
II) Sistema de Bomba
Fig. 130
A bomba, que recebe o abastecimento do reservatório, deve ter, no mínimo, duas fontes de
energia independentes em plataformas mais antigas que são, frequentemente, elétricas e
pneumáticas. Em sistemas mais novos, muitas vezes bombas elétricas ligadas ao circuito principal
e de emergência.
85
As bombas são equipadas com sensores de pressão para iniciar e parar asbombas a
pressões pré-determinadas e válvulas de alívio adequadas. Para manter o fluido no nível máximo
no acumulador em um sistema 3000 psi, os witch de pressão está programado para cessar a ação
das bombas a 3000 psi.
A válvula de alívio abre a 3500 psi.
O fluido migra da bomba para o banco de acumulador. Estes acumuladores servem a dois
propósitos; em primeiro lugar, que armazenam energia hidráulica, que pode ser utilizada quando
é perdida a capacidade de bombeamento. Em segundo lugar, eles fornecem fluidos a taxas muito
mais elevadas do que a capacidade da bomba e são usados para obter tempos mais rápidos BOP
de atuação.
86
a) Função do Painel de Controle do BOP (PAINEL REMOTO DE AR)
O painel remoto de ar controla a pressão do ar da plataforma para os cilindros na válvula
de controle do coletor de controle hidráulico para operar as funções do coletor
Um módulo de interface de ar é necessário na unidade acumuladora e uma interconexão
de ar é necessária para conectar o painel remoto de ar ao módulo de interface
Painéis ar-elétricos, adicionalmente, têm estações de luz à prova de explosão para cada
função de pilha BOP para indicar o status aberto-fechado das válvulas coletoras hidráulicas
87
III) Pressão de Ar da Sonda (120 psi)
Se as pressões ou níveis dos itens listados acima caírem abaixo do nível previamente
determinado, as luzes vermelhas indicativas se acedem, dando o alerta ao sondador. O sondador
deve verificar as baixas pressões e os baixos níveis de líquidos e restabelecê-los a níveis
aceitáveis antes de prosseguir com as operações do sistema de controle. Quando qualquer uma
das luzes de advertência vermelha acender, uma alarme sonoro também será acionado no Painel
de Controle do sondador.
IV) Medidores de pressão do sistema
O painel de controle do sondador deve permitir que o sondador monitore as pressões
necessárias para desempenhar as função no BOP e para permiti-lo entender o que for ocorrer. O
medidor de pressão do acumulador indica a pressão de linha ou a principal fonte hidráulica das
principais garrafas de acumulador para os stacks de funções. Quando uma determinada função é
acionada, a pressão deve cair abaixo de2700 psi e a bomba deve iniciar e aumentar a pressão de
volta para 3000 psi. A pressão do piloto só deve reagir muito ligeira e brevemente.
As leituras do medidor corretas são as seguintes:
Pressão do Piloto: 3000 psi
Acumulador de pressão: 3000 psi
Pressão de ar da sonda: 100 a 125 psi
b) Reguladoras de Pressão
Nas linhas hidráulicas entre os acumuladores e as gavetas (ou HCR) existe uma válvula by
pass que tem a função de fornecer toda a pressão disponível nos acumuladores para as gavetas.
Essa válvula by pass é muito usada quando é necessário fechar a gaveta cisalhante onde precisa-
se de maior pressão para cortar o tubo.
Quando o Painel do BOP é acionado para fechar ou abrir qualquer componente do BOP, o
fluido hidráulico no acumulador sairá através das linhas hidráulicas para acionar o fechamento ou
abertura do BOP anular (gaveta ou HCR). Isso significa que o fluido hidráulico será usado e a
88
pressão no acumulador irá diminuir. Sendo assim, a bomba hidráulica deve recarregar os
acumuladores com fluido hidráulico, ou seja, as bombas levarão fluido do tanque para os
acumuladores. As bombas são ajustadas para operar remotamente para recarregar os
acumuladores quando a pressão no acumulador cair 10% da sua pressão máxima (cair 300 psi).
Sabendo que a pressão máxima dos acumuladores de BOP de superfície é de 3000 psi, então a
bomba deve dar partida quando a pressão no acumulador atingir 2700 psi.
O choke manifold é um conjunto de válvulas que são alinhadas pelo choke manual ou
remoto para levar o fluido do poço para o separador atmosférico.
No choke manual o controle de poço dever ser feito in loco, ou seja, essa operação não é
recomendada. O controle de poço deve ser feito usando o choke remoto para aumentar ou diminuir
a contra-pressão no fundo do poço através da abertura ou fechamento do choke remoto.
Sabemos que o choke remoto é localizado no choke manifold, mas ele é operado no painel
do choke, usando a alavanca para abrir ou fechar o choke remoto.
89
Painel do Choke
No painel do choke assim com no painel do operador pode ser observado o Contador de
strokes da bomba e também indicador de fluxo.
Quando a bomba dá um ciclo significa que foi bombeado um volume de fluido, por isso
sua unidade é bbl/strokes. Exemplo: Quantos strokes (ciclos) serão necessários a bomba dar
para bombear 190 bbls de fluido. Sabendo que a capacidade da bomba é de 0,19 bbl/stk.
90
2.7.3.6 – Accumulador - Drawdown Test
- Se, após realizar o drawdown test, a pressão não tiver se recuperado para os 200 psi
desejados acima da pressão de pré-carga, observe a taxa de acúmulo.
Conforme o gás nos acumuladores aquece, a pressão deve atingir a pressão desejada em 15 a
30 minutos. Se após 30 minutos a pressão desejada não for atingida, o sistema do acumulador
requer mais inspeção e manutenção.
Uma pressão de pré-carga é geralmente aplicada usando nitrogênio para garantir que todo
o óleo possa ser expulso da garrafa quando necessário. A pré-carga podem variar de 500 (pressão
mínima) - 3.000 psi (pressão Máxima), com a pressão pré-carregada desejada dependendo das
condições de serviço durante a retirada do fluido. A figura baixo é uma curva de rebaixamento
para três pressões de pré-carga diferentes e é usada para dimensionar preventivos em relação à
pressão do acumulador.
91
O acumulador deve ser equipado com vários dispositivos reguladores de pressão para que
diferentes estágios de pressão possam ser mantidos com a unidade. Por exemplo, uma pressão
de acumulador de 3.000 psi é recomendada na maioria dos casos, mas a pressão deve ser
regulada para fornecer 1.500 psi para os esféricos. Consequentemente, outros membros da pilha
podem exigir diferentes pressões operacionais. Uma válvula de desvio é embutida no acumulador
para uso caso seja necessário usar a pressão total para fechar os preventores em condições de
emergência.
92
93
c) Cálculo de Fluido Usado
Na Situação 1 – Pré-Carga
Usando a Fórmula: p1 x v1 = p3 x v3
1000 x 10 = 3000 x v3
V3 = 3,3 gal
94
2.7.3.7 – Coluna de Trabalho e Tubo de produção (Workstring and Production Tubing)
Tubulação é o conduíte através do qual o petróleo e o gás são trazidos das formações de
produção para as instalações de superfície do campo para processamento. A tubulação deve ser
suficientemente forte para resistir a cargas e deformações associadas à produção e workover.
Além disso, a tubulação deve ser dimensionada para suportar as taxas esperadas de produção
de petróleo e gás. Claramente, a tubulação que é muito pequena restringe a produção e o
subsequente desempenho econômico do poço. Tubulação que é muito grande, no entanto, pode
ter um impacto econômico além do custo da própria coluna de tubulação, porque o tamanho da
tubulação influenciará o projeto geral do revestimento do poço.
• A forma de fabricação
• Grau de aço
• Tipo de juntas
• Faixa de comprimento
• A espessura da parede (peso unitário)
Força do tubo: Para projetar uma coluna de revestimento confiável, é necessário saber a
resistência do tubo sob diferentes condições de carga. As propriedades mecânicas mais
importantes do revestimento e da tubulação são:
95
b) Inside de BOPs (IBOPs)
O inside BOP deve ser instalado sobre a válvula de segurança de coluna (VSC) para a
realização do stripping e neste caso não devemos esquecer de abrira VSC. Veja a figura abaixo.
O inside BOP não deve ser utilizado para o fechamento do interior de coluna de drill pipes
quando no fechamento de um poço em manobras, por apresentar restrição ao fluxo, mesmo
estando aberto, o que torna sua instalação muito difícil quando existe fluxo pelo interior da coluna.
Lembre-se que um kick em manobra é causado ou por falta de ataque ao poço ou por pistoneio
mecânico, e neste último caso o kick gera um fluxo pelo interior da coluna. Ver a figura abaixo.
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Durante as operações normais na sonda a Inside de BOP (IBOPs) deve estar disponível no
piso da sonda e apta para ser usada a qualquer momento, ou seja a válvula deve estar na posição
de instalação para facilitar seu acoplamento no tubo.
c) Falhas no tubo
Polished Bore Receptacle (PBR) é um dispositivo que é afiado com o diâmetro interno da
superfície de vedação. É usado principalmente em revestimentos de amarração e para assentar
um conjunto de vedação de tubulação de produção. Ele é instalado em uma coluna de
revestimento para lidar com as operações de serviço do revestimento durante a perfuração.
97
O PBA pode ser colocado em qualquer lugar na coluna de tubulação para fornecer uma
vedação flutuante e manter o ID de tubulação equivalente. É mais comumente usado acima de
um packer de produção ao executar uma completação superior em uma manobra de
movimentação simples (sozinha).
Usado em aplicações que requerem grandes furos, vedação dinâmica e capacidade de recuperar
a completação superior.
O PBR e o conjunto de vedação (seal Unit) são projetados para duas aplicações
específicas.
1) Como uma junta de expansão, fornece comprimento de curso para movimento extremo da
tubulação durante o tratamento e a produção do poço. Como uma ferramenta de separação,
permite a remoção da coluna de tubulação de produção, enquanto deixa um orifício polido e
conjunto de vedação de âncora definido no packer.
2) Usado como uma junta de expansão, é fixado em uma posição de cisalhamento, montado na
coluna de tubulação e, em seguida, executado no poço acima do packer. O número de pinos de
cisalhamento usados é determinado pelo peso da tubulação abaixo do PBR. Os pinos de
cisalhamento devem ter resistência suficiente para sustentar o peso na junta lisa ao operar o
packer. Os pinos são cortados pela aplicação de forças superiores.
98
2.7.4 – Equipamentos de Completação
a) Visão Geral
Durante a maioria das operações de completação e workover, uma coluna de fluido forma
a barreira de controle de poço primária, evitando um influxo de fluido do reservatório. Se a barreira
primária falhar e os fluidos do reservatório entrarem no poço, o equipamento de controle de
superfície do poço é usado para proteger o poço.
b) Tubing hanger
99
Cameron Dual Tubing Hanger
• Os selos vedam a parte superior do anel.
• Os ganchos de tubulação contêm roscas internas ou um perfil usinado para
instalação de uma válvula de contrapressão (BPV).
• O suspensor de tubulação pode ser um ponto de ancoragem para a (s) linha (s) de
controle no caso de completação de várias colunas, para as válvulas de segurança
subterrâneas controladas por superfície.
Este componente fica na parte superior da cabeça do poço, dentro do flange da cabeça
do tubo e serve como suporte principal para o tubo de produção. O suspensor de tubulação
(Tubing Hanger) pode ser fabricado com anéis de vedação de borracha ou polímero para isolar a
tubulação do anular.
• Selar o anular
• Suportar o peso da coluna
• Fornece bloqueio ou perfil roscado para Perfil do Tubing Hanger (TBH)
100
c1) Sistema de Segurança de Superfície
• Linhas de controle
• Existem dois tipos de válvulas de segurança de subsuperfície: O tipo antigo é controlado pela
vazão através da tubulação e não é conectado à superfície. Todos os poços completados desde
1º de janeiro de 1980 têm o tipo mais novo, que é controlado pela pressão fornecida da
superfície (SCSSV).
• A válvula deve estar localizada pelo menos 100 pés abaixo da linha de lama (mud line). A função
da válvula é bloquear o fluxo ascendente através da tubulação quando existe uma condição de
emergência.
• A pressão hidráulica é transportada dos dispositivos no painel hidráulico para as SCSSVs por
meio de tubos de aço inoxidável chamados de linha de controle (1/4 ”ou 3/8” OD). Haverá uma ou
duas linhas de controle para cada SCSSV, dependendo do tipo de válvula. A linha de controle
entra no poço através de uma pequena válvula de agulha na árvore. Esta linha conecta a unidade
de controle hidráulico na superfície ao SCSSV na coluna de tubulação.
101
IV) O sistema de segurança de superfície inclui o :
• Dispositivos de superfície
•Tubulação
• Pressão pneumática
• Painéis
102
d) Packers
Tipos de Packer
•Permanente
• Permanente recuperável
• Conjunto Mecânico
• Conjunto Hidráulico
103
•Quais são as vantagens de usar uma ferramenta de isolamento squeeze packer?
104
Exemplo 1 - Este poço possui 3 zonas produtivas. A empresa quer acidificar / fracassar a
zona e limpá-los. Definir um packer e coluna de tubulação (tubing string) como coluna de
produção (production string).
Resposta - O tipo de packer deve ser um packer de parede de gancho (hook wall packer)
com botões de retenção hidráulica.
b) Todas essas coisas podem ser realizadas em uma viagem ou você deve fazer várias
viagens?
Resposta: Sim, podem, se você não tiver uma zona de ladrão (neste caso, todas as 3
zonas têm a mesma pressão com longarinas de xisto entre as areias produtivas).
Após fraturar a zona, o packer é liberado. Em seguida, espere até que o elemento de
vedação retorne à sua forma original ou o mais próximo possível. (aproximadamente 15-
20 minutos).
105
• Em seguida, abaixe o packer não assentado no buraco lentamente e reverta os detritos
excessivos.
• Em seguida, pegue o packer acima das zonas após limpá-los e reconfigure o packer.
106
d) Landing Nipples and Tubing Plugs
Para algumas aplicações, como na configuração de um packer hidráulico com uma válvula
de equalização permanente, nenhum dispositivo de travamento é necessário. Em tais casos, um
nipple com um no-go superior (top no-go) não passa na extremidade superior e um furo polido é
usado. A standing Valve fica encostada no diâmetro interno reduzido do furo do packer e veda na
seção polida.
107
Tubing Plug: O plug consiste em uma esfera e uma sede e permite que o tubo seja
preenchido conforme é executado. A esfera pode ser jogada no lugar ou deixada cair da
superfície. Depois que o packer é assentado, o aumento da pressão da tubulação corta o plug e
a esfera e a sede caem para o fundo do poço.
• Uma ferramenta de tração padrão é executada para recuperar o pino para equalização.
• Outra manobra é feita para puxar o corpo do plugue.
108
f) Slidind Sleeves and Ported Nipples
109
f2) Ported Nipple: É um tipo de nipple com uma porta de acesso lateral para o anular. Ported
Nipple são niples de assentamento da válvula de segurança que são portados para comunicação
de fluido da linha de controle da superfície para operar uma válvula de segurança de fundo de
poço. Os landing Nipples também são projetados para suportar cargas da coluna de tubulação
para garantir a confiabilidade de longo prazo do sistema de válvula de segurança da ported Nipple.
g) Válvula de Gás Lift – É uma válvula usada em um sistema de elevação de gás para controlar o
fluxo de gás de elevação no conduíte da tubulação de produção. A válvula gas-lift está localizada
no mandril gas-lift, que também fornece comunicação com o suprimento de gás lift no anular da
tubulação. A operação da válvula de elevação de gás (gás lift) é determinada pelas pressões de
abertura e fechamento predefinidas na tubulação ou anel, dependendo da aplicação específica.
110
Um sistema de gas lift normalmente é requido na tubulação de produção (production
tubing)do poço. Essas válvulas abrem em sequência, injetando o gás que força o fluido da
tubulação para a superfície. O hardware que conecta a válvula à tubulação é chamado de mandril.
Existem duas categorias gerais de mandris e qualquer que seja sua escolha pode ter um impacto
sobre como o seu poço opera e é mantido. A primeira variedade de mandril é o mandril
convencional.
As válvulas são fixadas na parte externa dos mandris, que são inseridos na coluna de
tubulação em intervalos regulares. Todo o conjunto de tubulação, mandril e as válvulas
conectadas são executados no poço juntos. Isso significa que quando uma válvula precisa de
manutenção ou troca, tudo precisa ser puxado, o que requer uma equipe de trabalhadores.
Outro componente importante para o sistema de gas lift convencional é o packer acima das
perfurações da tubulação, que veda o espaço anular. Esse espaço também é fechado na parte
inferior, de modo que o gás que é alimentado nessa área pelo compressor na superfície para ativar
o sistema.
111
A operação de gás lift está relacionada a:
- Injeção Contínua: A injeção contínua é o método mais comum de gas lift. O gás de alta pressão
é injetado continuamente no anular, através de uma válvula de elevação de gás, e na tubulação,
criando um gradiente de fluido mais leve, redução da pressão do poço na formação, o que resulta
em rebaixamento entre o poço e a formação. Este rebaixamento permite que a formação produza
os fluidos desejados.
Passo 1: Depois que um poço foi completado / workover, no caso de um novo fluido do poço está
mais frequentemente na superfície ou mais perto da superfície, tanto no revestimento quanto na
tubulação. Estudar à pressão hidrostática dos fluidos do poço, muitas vezes ser muito alta, isso
dificultar a formação de produzir hidrocarbonetos. Quando as válvulas de levantamento de gás
são instaladas, uma combinação de pressão hidrostática no revestimento e na tubulação é
suficiente para superar a pressão de abertura de todas as válvulas de fundo de poço. Quando o
gás de alta pressão é injetado no anular, o fluido no anular é empurrado através das válvulas
superiores até que a válvula superior (válvula # 5) seja descoberta (destampada ou aberta).
112
Passo 2: Uma vez que a válvula nº 5 foi descoberta, injete tubos de gás em U na tubulação através
dessa válvula, torna o gradiente de fluido mais leve e levanta o fluido para a superfície. Enquanto
o gás está fluindo pela válvula nº 5, o fluido continua a ser empurrado pela válvula nº 4 (se a
pressão da tubulação permitir.)
Passo 3: A pressão da tubulação caiu o suficiente para permitir que o fluido flua através da válvula
nº 4 até o ponto onde a injeção de gás foi obtida. O gás de injeção é compartilhado entre as
válvulas nº 4 e 5 brevemente, enquanto a pressão do revestimento começa a cair devido ao
aumento na área de fluxo compartilhada entre as duas válvulas superiores.
113
PASSO 4: A pressão do invólucro agora caiu o suficiente para cair abaixo da pressão de
fechamento da válvula # 5, fechando-a e encerrando a comunicação entre o invólucro e a
tubulação. A válvula nº 4 é agora o único ponto de injeção de gás. Todas as válvulas inferiores
ainda permanecem abertas devido à combinação de pressão hidrostática e pressão de injeção.
114
Etapa 5
A válvula nº 3 agora foi descoberta e o processo continuará até que o ponto mais profundo de
injeção seja obtido. Na figura à direita, o ponto mais profundo de injeção é a válvula # 2, que
chamamos de "válvula operacional". A válvula # 1 está em uma situação de profundidade / pressão
em que Tp> Cp, resultando na válvula de retenção em uma posição fechada. A válvula nº 1 está
aberta devido à combinação de pressão hidrostática e pressão de injeção, mas o gás de injeção
não é capaz de passar devido à verificação selada. Uma vez que as condições do poço mudem o
suficiente para que TP seja menor que CP, o fluido começará e continuará a ser descarregado da
parte traseira e a injeção de gás através do ponto mais profundo possível (válvula nº 1) será obtida.
Os aumentos da taxa de fluxo podem forçar a válvula de operação a "verificar", evitando que o
gás de injeção entre na tubulação naquela profundidade, resultando em um aumento da pressão
do revestimento. Conforme aumenta a pressão do revestimento, as válvulas superiores começam
a abrir. (https://epiclift.com/how-it-works/)
115
2.8 – Procedimentos
a) Nível dos tanques alto/baixo: Os limites dos tanques ajustados em máximo e mínimo
pode ajudar o operador a identificar um aumento no nível dos tanques (quando o nível
passar do limite máximo), informando que está tendo um ganho nos tanques, ou seja
um possível kick. Além disso, o limite mínimo pode ajudar o operador a identificar se
está ocorrendo um perda de fluido para a formação, isso poderá ser observado quando
o alarme soar quando o nível do tanque ficar abaixo do limite mínimo.
b) Sensor de fluxo de retorno: É importante mencionar que o senso de fluxo de retorno
instalado na flow line (linha de retorno nas peneiras) pode ajudar o operador a identificar
um kick. Isso ocorrer quando ajustamos os sensor em dois range (máximo e mínimo).
Quando a vazão de retorno aumentar acima do limite máximo o alarme irá soar e o
operador irá observar que existe um aumento no fluxo de retorno, o que pode ser um
indício de kick. Mas se o sensor soar devido a uma diminuição no fluxo de retorno isso
pode indicar perda de circulação parcial. É importante ficar atento que se o fluxo de
retorno diminuir para zero significa que o poço pode estar em situação de perda total,
ou seja, todo o fluido do poço está sendo pérfido para a formação. Numa situação de
perda total é importante saber que devemos abastecer o poço com água ou fluido leve
para evitar que o poço fique vazio.
c) Sensor de alarme para gás inflamável, explosivo e H2S: Numa situação em que os
alarmes de gás soam é necessário que a equipe esteja treinada para se proteger usando
os EPIs para segurança e usam a rota de fuga para um lugar seguro para evitar que
sejam contaminados.
O BOP é um equipamento de segurança de poço que deve ter uma taxa de falha
praticamente de zero. Quando uma manutenção for realizada não devemos usar peças de
reposição usada, para evitar problemas e diminuir a segurança e confiabilidade do equipamento.
Sendo assim, é importante o uso de componentes originais nos equipamentos. Quando a equipe
116
coloca o BOP no test stamp, o departamento de serviço de manutenção deve ter peça em seu
estoque para o serviço solicitado. Os reparos, devem ser feito apenas com peças dos Fabricante
de Equipamento Original (OEM). No entanto, se você a manutenção do equipamento e trocar
pesas danificadas por peças reutilizada ou de fabricante desconhecido, ou até mesmo fabricante
diferente do BOP em questão, provavelmente você conseguirá resolver o problema normalmente
mas com sérias possibilidades de grandes acidentes e desastres.
2.8.2 – Fechamento
c) Numa sequência de fechamento durante a manobra de tubos, primeiro deve ser instalada
a válvula de segurança de coluna abertas, em seguida fechar a válvula de segurança com a chave,
e seguir a sequencia de fechamento de poço, seja pelo:
- Método Soft (Choke remoto ajustável aberto) – Abrir as válvulas laterais do BOP, fechar
o BOP anular ou gaveta, fechar o choke remoto hidráulico e aguardar as pressões de fechamento
se estabilizarem (SITP, SICP) e volume ganho.
- Método Hard (Choke remoto ajustável 100% fechado) – Fechar o BOP anular o gaveta,
abrir as válvulas laterais do BOP, e aguardar as pressões de fechamento se estabilizarem (SITP,
SICP) e volume ganho.
117
2.8.3 - Verificação de Fechamento:
2.8.3.1- BOP anular: Após o fechamento o poço com BOP devido uma situação de kick,
devemos checar que a válvula do BOP anular ou gaveta, realmente está vedando o poço.
Isso significa que devemos alinhar a linha de retorno para o trip tank, para checar se existe
fluxo de retorno. O BOP deve está estanque, ou seja, propor 100% de vedação. Caso isso
não acontece o kick não irá parar de entrar no poço e as pressões não irão se estabilizar.
Isso pode potencializar a ocorrência de blowout.
118
c) Também é importante checar os acumuladores. As pressões registradas nos
manômetros de pressão Máxima (2700 – 3000 psi), pressão no manômetro da reguladora
do anular (500 – 1500 psi) e a pressões no manômetro da reguladora do manifold (1500
psi). Verificar se há vazamentos nas linhas hidráulicas, se o sensor de pressão da bomba
hidráulica está em perfeito estado.
Apesar das palavras stripping e snubbing serem utilizadas para definir uma operação em
comum, ou seja, descida ou retirada da coluna, há uma diferença básica entre elas e esta
diferença é simples.
Na operação de snubing a pressão exercida na área do tubo é maior que o peso da coluna.
Logo se faz necessário o uso de equipamentos auxiliares que consigam superar esta diferença de
forças. Neste caso a coluna terá que ser forçada para dentro do poço e mantida mecanicamente.
Já nas operações de stripping a pressão exercida na área do tubo é menor que o peso da
coluna. O peso da coluna é suficiente para superar a força do poço. Outra maneira de descrever
esta diferença é que se for necessário empurrar a coluna para dentro do poço teremos que realizar
uma operação de snubbing, e se a coluna, cair livremente no poço, devido ao seu próprio peso,
faremos uma operação de stripping.
Dependendo da pressão, tubos, comandos, tool joints, talvez não sejam movimentados pelo
seu próprio peso, requerendo assim uma força adicional (snubbing) para serem deslocados dentro
de um poço sob pressão. A força requerida para empurrar a coluna para dentro do poço
(snubbing), através dos preventores contra a pressão do poço e a fricção do preventor pode ser
calculada da seguinte forma:
Swt = (0,7854 x D2 x P) + F
Onde:
0,7854 = π ÷ 4
D = diâmetro do comando ou tool joint mais largo a passar pelo preventor em polegadas
119
2.8.5.1 – Alinhando a manobra para a utilização do stripping tank
2- Monitoramento do volume de fluido do riser com o BOP fechado, com o objetivo de detectar
a existência ou não de gás no interior do riser.
Nota: Durante uma manobra de retirada da coluna o trip tank mantém o poço sempre cheio e como
conseqüência a pressão hidrostática no fundo do poço se mantém constante, exceto quando
ocorrer um pistoneio hidráulico (swabing) causado pelo movimento relativo entre a coluna e o
fluido do poço.
120
2.8.5.3 – Requisitos para o Strip Tank
c) Ter volume mínimo que comporte o deslocamento de três seções de drill pipe de 5
polegadas e 19,5 lb/pé de peso
Stripping é a tecnica de mover a coluna através do BOP quando o poço está fechado e
sob pressão. Na maioria dos casos o stripping se faz necessário para retornar a coluna ao fundo
depois que o poço é fechado com a coluna fora do fundo.
Plano de contingência:
•Migração do gás ?
Desde que o tipo de influxo geralmente não é conhecido, é prudente planejar o procedimento
levando –se em consideração o pior cenário, um gás no qual irá migrar.
121
Os volumes drenados do poço podem ser precisamente medidos, drenando- os pelo choke em
direção a um tanque de manobras calibrado e logo drenando- o para um strip tank usado para
medir o deslocamento quando se tem uma coluna com válvula de retenção no fundo
O acumulo de lama no trip tank deve- se à expansão do gás a medida que este migra e pode ser
precisamente medido
A vida útil do preventor anular, pode ser extendida significantemente pelo uso de garrafas
acumuladores de stripping.
É um pequeno componente, instalado através da saída de uma válvula de cabeça de poço, usada
para isolar a pressão do poço.
122
Os plugues de remoção da válvula (Valve Removal Plugs - VR Plug) são roscados que
podem ser instalados na cabeça do poço para permitir a remoção da válvula gaveta sob pressão.
No caso da válvula principal de saída do cabeçote da carcaça estar vazando, é necessário usar o
Plug VR se quiser fazer a manutenção da pressão.
b) Lubricator (Lubrificador)
O lubrificador mesmo sendo uma ferramenta, nas operações com arame (wire line) é
considerado a primeira barreira de segurança do poço. Sendo assim o BOP de wire line é a
segunda barreira de segurança do poço, veja a ilustração da operação de wire line abaixo:
123
2.8.7 - Cálculos
São necessários fazer alguns cálculos básicos sobre pressão quando for puxar uma válvula
de gás lift e camisa deslizante. Isso é requerido para evitar problemas de pressurização de
equipamentos e acidentes na sonda. São necessários levar em consideração as seguintes
informações:
Uma coluna com válvulas de elevação a gás de vários estágios é projetada de acordo com
os requisitos de descarga. O tipo de válvula gas-lift deve ser selecionado e as profundidades de
configuração das válvulas dos estágios devem ser calculadas. Consulte o método de cálculo do
projeto de produção de gas-lift.
- Um método para completar um poço envolve a colocação de uma série de uma camisa
deslizantes (sliding Sleeve) ao longo de uma coluna de revestimento de produção no poço e inclui
soltar uma bola de fraturamento no poço e pousar em um assento associado a uma camisa
deslizante superior. A pressão é aplicada para ativar a camisa, abrir portas ao longo do
revestimento e fraturar uma formação de subsuperfície circundante em uma zona selecionada. Os
seladores de esfera são bombeados para o poço e colocados dentro das portas da camisa.
Pressão de fluido adicional é aplicada para fazer com que a camisa se desloque ainda mais para
baixo no poço e libere a bola, após o que a bola de fratura é bombeada para uma próxima luva
inferior. Este processo pode ser repetido para várias luvas em várias zonas para perfurações de
múltiplos estágios de cima para baixo.
124
2.9 – Preparação para Matar o Poço na Intervenção do Poço
As técnicas mais comuns para matar um poço nas operações de controle de workover
(intervenção) é Circulação Reversa e Recalque (Bullhead). Sabendo que o objetivo do controle de
poço é de tirar o kick e balancear o poço (matar o poço) para voltar as atividades de operação de
intervenção do poço, muitas vezes não é possível realizar a operação de controle de poço com
circulação (ou fluxo de bombeio). Neste caso será necessário realizar um método de controle que
possa permitir tirar o kick do poço sem circulação, como por exemplo o uso do método volumétrico.
As técnicas de controle de poço devem ser apropriadas para cada operação, onde por exemplo
em poço vivo, encontramos uma formação perfurada com pressão suficiente para colocar o poço
em blowout, então as técnicas de matar o poço deve ser usada de maneira segura para realizar o
controle de poço para tirar o kick e balancear a pressão da formação, geralmente estas técnicas
são método do sondador, engenheiro ou volumétrico.
125
Além disso é importante mencionar que as operações de intervenção podem ocorrer em
poços não surgentes (poço morto), onde a técnica de circulação reversa e bullhead podem ser a
mais apropriada. A circulação reversa permite circular o poço bombeando pelo anular e retornando
pela coluna de produção. Entretanto a técnica de Bullhead está relacionada a empurrar (devolver)
o kick de volta para a formação.
O principal objetivo é reestabelecer a pressão hidrostática no poço, fazendo com que ela
fique igual ou um pouco maior (margem de segurança) do que a pressão da formação. Isso é
importante para que as operações de intervenção sejam feita com segurança.
2.9.2 – Bullheading
A definição básica da operação de controle de poço Bullhead é que trata-se de uma técnica
para devolver os fluidos da formação de volta para a formação. Está técnica é muito usada quando
por exemplo queremos evitar que fluido tóxicos cheguem à superfície, como por exemplo H2S.
Além disso, esta técnica pode ser usada quando o volume de kick é muito grande podendo gerar
altas pressões na superfície ou também por questões de limitação do separador atmosférico
(Bernadão).
A desvantagem dessa técnica é que ela não funciona quando existir obstrução pela coluna
de produção como areia, cera, incrustações ou ferramentas com defeito dentro da coluna que
possa impedir o bombeio. Além disso é importante que a porosidade e permeabilidade da rocha
seja suficiente para permitir a injeção do influxo de volta para formação sem que exceda qualquer
limite de pressão. É importante lembrar que um dos fatores limitantes para a operação de
bullheading é a resistência da coluna de produção e dos equipamentos como por exemplo a
bomba. Geralmente um recurso que é utilizado para aumentar o limite de resistência da coluna é
pressurizar o anular do poço.
126
Uma das vantagens do bulheading é que podemos evitar que fluido tóxicos cheguem a
superfície. Em algumas operações de perfuração, principalmente quando um kick de H2S é
tomado o procedimento de segurança é muito importante e nesta ocasião é preferível bombear o
H2S de volta para a formação, ao invés de trazê-lo para a superfície.
Nas operações de workover, o bulheading tem aplicações limitadas e está sujeita a muitos
problemas, tais como :
A alta viscosidade dos fluidos de formação pode dificultar e consumir muito tempo para
devolvê-los para a formação.
Devemos lembrar que a decisão para efetuar-se o bullheading na perfuração deve ser feita
previamente como o procedimento de fechamento do poço. Se houver alguma demora antes de
tomar qualquer decisão para o uso do bullheading, o gás irá migrar, reduzindo as chances de
devolver o influxo para o reservatório. Sendo assim, a velocidade da bomba deve ser
suficientemente maior do que a velocidade de migração do gás para que a operação de Bullhead
tenha sucesso.
Mesmo optando-se por bombear desta maneira aumentando a pressão no fundo do poço,
a pressão de fratura na sapata, no revestimento ou em algum outro ponto fraco do poço poderia
ser alcançado.
127
Fig – Esta tabela mostra a janela operacional durante a devolução do fluído produzido
(bullheading) para a formação
Se uma quantidade de fluido muito grande for bombeado pode ocorrer fratura da formação
e sabendo que qualquer aumento na pressão de bombeio deve ser tomada como um indicativo
de que o fluido de matar atingiu o fundo.
128
• Procedimentos para o Bulheading
1 – Com o poço fechado, determine a pressão do bengala (se realizado pelo espaço anular,
determine a pressão do revestimento )
2 – Prepare uma tabela de pressão x strokes. Comece com 0 stks e com pressão de fechamento
do bengala.
À medida que ligamos a bomba com a pressão mínima necessária para vencer o
desbalanceio, o fluido injetado irá comprimir o gás ou fluido produzido pela formação até que a
formação comece a aceitar este fluido. Este procedimento pode ocorrer a algumas centenas de
PSI acima da pressão de fechamento do bengala. Tome cuidado para não exceder nenhuma
máxima pressão permissível. Bombeia a taxas planejadas. Geralmente a bomba é ligada
vagarosamente, logo uma injeção estabilizada, a bomba é trazida para a velocidade desejada e
reduzida novamente quando o fluido de amortecimento estiver chegando próximo ao intervalo
produtor.
3 – Uma vez que o fluido de controle começa a entrar na formação. Dado que geralmente não é
o mesmo tipo de fluido da formação, um aumento da pressão era notado no manômetro de
bombeio. Interrompa a bomba, a menos que um sobre – deslocamento tenha sido aprovado, feche
o poço e monitore.
Se ainda alguma pressão for vista , então o gás deve ter migrado mais rápido do que se
estava bombeando, ou o fluido de amortecimento não tinha a densidade correta.
Deve-se lembrar que o poço não deve ser considerado amortecido até que o fluido de
amortecimento tenha deslocado completamente o antigo fluido.
Fig - Mostra o sistema de injeção de um poço equipado com uma árvore de natal seca.
130
É importante que a equipe fique muito atendo durante a operação de Bullhead (recalque)
porque essa operação tem como objetivo aumentar a pressão no fundo do poço BHP para fazer
com que o influxo volte ´para a formação. Mas devemos ter o cuidado para que a pressão de
fratura não atinja a pressão de fratura da formação.
O primeira passo para a programação do controle de poço é preparar a Kill Sheet (planilha
de controle de poço). Nela iremos colocar os dados de fechamento de poço: SITP, SICP e volume
ganho (influxo). Em seguida iremos calcular a pressão mínima para matar o poço, ou seja, calcular
a pressão mínima observada no manômetro da coluna para bombear o fluido pela coluna e fazer
com que o influxo entre no poço.
𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺𝑺
ρ𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎 = + ρ𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐
𝟎𝟎,𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏 𝒙𝒙 𝑻𝑻𝑻𝑻𝑻𝑻 𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕 𝒅𝒅𝒅𝒅𝒅𝒅 𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄
Sendo assim é importante calcular a vazão mínima da bomba que seja capaz de vencer a
migração do gás poço acima. Para isso, veja o exemplo abaixo:
131
Fórmula A – Vazão (Q) é igual a velocidade de migração do gás (vgás) x Capacidade da coluna
Q = vgás x Capcoluna
Q = 20,32 x 0,0124 = 0,2519 bbl/min
𝑸𝑸
Velocidade da bomba (SPM) =
𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪 𝒃𝒃𝒃𝒃𝒃𝒃𝒃𝒃𝒃𝒃
0,2519 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏/𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚
Velocidade da bomba (SPM) = = 4,75 = 5 SPM
0,0530 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏/𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
Durante o bombeio do fluido de matar pela coluna de produção para devolver o influxo para
a formação, as perdas de carga da coluna não afetaram a pressão no fundo do poço BHP, porque
a fricção tem sentido oposto ao escoamento. Mas a pressão interna da coluna de produção irá
aumentar e isso pode fazer com que a coluna de produção seja submetida a uma pressão interna
maior do que a resistência do material seja capas de suportar (burst pressure of tubulars) então
uma maneira que o operador pode recorrer é aumentando a pressão no anular do poço,
considerando que na base da coluna de produção o packer esteja vedando (selando) a
comunicação da coluna de produção com o anular do poço. Também devemos lembrar que um
bombeamento de fluido para pressurizar a coluna de produção pode evitar um colapso quando a
pressão no anular do poço for muito maior que a pressão no interior da coluna.
Para que o Bullhead (Recalque) seja realizado com sucesso devemos bombear um volume
mínimo referente ao volume da coluna de Produção mais o volume do final da coluna até a
base dos canhoneados (MD da base dos canhoneados). Mas também devemos levar em
consideração o volume da linha de superfície, que é o volume da linha entre os tanques e o topo
da coluna de produção.
132
de matar bombeado pela coluna menor será a pressão de SITP, ou seja, menor será o
underbalance do poço.
Para verificar se o poço foi morto (amortecido) com sucesso devemos observar no
manômetro da coluna quando a bomba for desligada uma pressão igual a Zero.
Se durante o bombeio de fluido de matar pela coluna de produção para matar o poço
usando o método Recalque for observado um aumento de pressão no manômetro da superfície,
significa que está acontecendo alguma obstrução, como por exemplo a coluna de produção está
obstruindo ou os poros da formação estão ficando bloqueados (obstruídos), isso geralmente
ocorre quando sujeiras da coluna como parafina, areia, cera, incrustações são bombeadas para a
formação.
Além disso, também devemos saber identificar quando a pressão no manômetro na coluna
não esteja diminuindo suficientemente devido ao fluido de matar está com peso abaixo do que
seria ideal para matar o poço. Isso por sua vez não fará com que a pressão de fechamento SITP
diminua o suficiente para chegar a Zero quando a bomba for desligada.
O bullheading não deve ser feito de forma aleatória devido à possibilidade de danificar os
tubulares do poço, danificar a formação de produção ou fraturar formações adjacentes. Em alguns
casos, o bullheading não é possível ou desejável. Exemplos disso são: tubulação severamente
desgastada com baixa pressão de ruptura, baixa resistência à fratura de formação e equipamento
de cabeça de poço danificado ou deteriorado com pressão de trabalho limitada. Por isso é
importante identificar qual é o elo mais fraco numa operação de Bullhead.
133
2.9.3 - Lube and Bleed
a) Método Volumétrico
Neste método, o influxo de gás é levado até a superfície por meio de migração e expansão
controlada. Este processo envolve drenagem (Bleed) do volume calculado de lama na superfície
até que o influxo alcance a superfície, permitindo assim que a pressão do revestimento aumente
para manter o BHP constante. Depois que o influxo de gás é trazido para a superfície desta
maneira de expansão controlada, o volume calculado de lama é bombeado para o poço e o influxo
de gás é drenado, permitindo assim que a pressão do revestimento diminua enquanto mantendo
o BHP constante. A base do método volumétrico é que cada barril de lama contribui com uma
certa pressão para o fundo do poço. Isso pode ser medido como psi / bbl.
Este termo de psi / bbl deve ser coordenado com o volume do poço ou volume do tanque
de manobra para que o número de barris possa ser lido diretamente. Um registro da pressão do
revestimento é mantido, se a pressão do revestimento aumentar, a lama pode ser drenada do
poço de acordo com o valor psi / bbl calculado para manter uma pressão constante do fundo do
poço. O método volumétrico funciona drenando (ou adicionando) lama porque o BHP é a soma da
pressão do revestimento e a pressão exercida pela coluna de lama.
O método volumétrico de controle de poço não deve ser equiparado com os métodos
tradicionais de matar o poço como o método do sondador e engenheiro. Método volumétrico é
usado para controlar BHP dentro dos limites coordenando o aumento (por causa da migração de
gás) ou diminuição (por causa da drenagem de lama na superfície) na pressão da superfície do
anular com a diminuição ou aumento correspondente na pressão hidrostática anular (por diminuir
ou aumentar a altura / peso da coluna de lama no espaço anular). O método volumétrico é
implementado principalmente em duas etapas, ou seja, “drenagem” e o processo de “lubrificação”.
Sabendo que a pressão no fundo do poço BHP deve permanecer constante enquanto o gás
migra para a superfície de forma controlada devemos através da abertura controlada no choke
(BIN) drenar o volume de gás correspondente ao aumento de pressão criada pela migração do
gás.
De acordo com a lei dos gases para temperatura constante, quanto mais próximo da
superfície maior será a pressão no poço:
P1 x V1 = P2 x V2
E também, podemos usar a seguinte fórmula para drenar o volume de fluido correspondente
ao aumento de pressão no poço:
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉
Vol = Cap x Haltura ou Haltura=
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶
Substituindo:
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉
P = ρfluido x 0,1704 x
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶
Logo:
𝑃𝑃 𝑥𝑥 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶
Voldrenado =
0,1704 𝑥𝑥 ρ𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙
Para drenar uma pressão de 50 psi, referente a uma lama de peso 10,0 lb/gal em um espaço
anular de capacidade 0,2304 bbl/m ou 9,6768 gal/m
50 𝑥𝑥 0,2304
Voldrenado = = 6,8 bbl
0,1704 𝑥𝑥 10 𝑙𝑙𝑙𝑙/𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
135
b) Lubricate and Bleed
Sendo assim o processo de controle de poço usando o método Lubricate and Bleed se
inicia quando o gás está na superfície. A lubrificação da pressão hidrostática no anular do poço é
aumentada pela injeção de um volume de lama pesada ou lama de matar (Top Kill) através da
linha de matar (Kill Line) enquanto o BHP é mantido constante através da drenagem de gás na
linha do choke (choke line) mais especificamente no choke (Choke Hidraulico Remoto – Bin ou
Estrangulador) e reduzindo a pressão da superfície na mesma proporção. O processo pode ser
repetido várias vezes até que todo o gás é totalmente removido do anular e a pressão da superfície
no manômetro do anular (manômetro do Revestimento) é trazido para zero.
Tendo em vista que para manter a pressão no fundo do poço BHP constante no método
Lubricate and Bleed devemos através da abertura controlada no choke (BIN) drenar o volume de
gás correspondente ao aumento de pressão criada pelo top kill, ou seja, pela lama de matar
bombeada para o poço pela linha de matar (kill line).
136
Para que o método Lubricate and Bleed seja realizado com sucesso devemos primeiro
bombear o fluido de matar pela kill line e em seguida drenar em ciclos.
O método Lubricate and Bleed também chamado de segunda fase do método volumétrico
é implementada utilizando-se o procedimento de bombeio controlado. É muito importante entender
que o procedimento de bombeio de lama de matar pela linha de kill aumenta a pressão interna no
poço e cria uma margem de trabalho ao drenar o gás pela linha de choke. A margem de trabalho
é um aumento de pressão que adicionamos ao poço durante a operação para evitar um influxo
adicional durante o controle de poço, diferente da margem de segurança que é o aumento no peso
do fluido que balanceia a formação. Veja as etapas desta segunda fase (Lubricate and Bleed):
1- Injetar pela linha de matar um volume de lama nova (Vm) até que a pressão no choke
(Pck) aumente de 100 psi, isto é, Pck + 100. Registre esse volume e calcule o ganho de pressão
hidrostática no fundo do poço (∆P) pela fórmula:
3 – Drenar o gás pelo choke até que a pressão no choke caia para Pck - ∆P
4 – Repetir o processo a partir do passo 1 até que todo o gás tenha sido substituído pela
lama adensada.
Durante a execução dessa fase, a pressão no choke decresce ao longo do tempo, enquanto
a pressão no fundo do poço é mantida aproximadamente constante.
Para verificar se o controle de poço foi realizado com sucesso, primeiramente devemos
entender que quando o gás é totalmente substituído por um fluido no poço com massa específica
suficientemente alta para amortecer o poço iremos observar que a pressão no manômetro do
choke será igual a zero.
137
2.9.4 – Circulação Direta (Convencional) – Método do Sondador
1ª Circulação tem como objetivo circular o kick para fora do poço usando o fluido original que está
no poço.
2ª Circulação tem como objetivo circular o poço para trocar o fluido original que está no poço pelo
fluido novo chamado de fluido e matar.
É importante saber que a pressão de fratura está relacionada com a MAASP. Se a pressão
de fratura é a pressão que faz a formação fraturar (falhar) na altura da sapata, então a podemos
dizer que a pressão de fratura é a soma da pressão hidrostática na altura ad sapata com a pressão
no manômetro da superfície (revestimento):
138
Durante a circulação direta é possível observar a pressão no manômetro da coluna. Se o
poço estiver sendo circulado sem kick, como por exemplo durante a perfuração a pressão lida no
manômetro da coluna marcará a pressão de circulação PC. Se a vazão da bomba estiver reduzida,
geralmente com valor abaixo de 50 SPM ou entre 1 a 3 bbl/min, a pressão no manômetro da
coluna marcará a Pressão Reduzida de Circulação PRC (SCR). A pressão de circulação PC ou
pressão reduzida de circulação PRC é a soma das perdas de cargas (fricção) por onde o fluido
escoa. Num poço em kick sendo circulado na vazão de matar, a pressão lida no manômetro da
coluna será a Pressão Inicial de Circulação PIC.
Numa circulação direta apenas a perda de carga no anular (fricção do anular) do poço afeta
a pressão no fundo do poço BHP. A fricção (perda de carga) tem sentido oposto ao escoamento
do fluido, ou seja, a fricção é contrária ao sentido do movimento do fluido. Então, se o fluido está
subindo pelo anular do poço a perda de carga do anular faz pressão no fundo do poço.
Sendo assim, o BHP pode ser calculado através da soma da pressão hidrostática do fluido
com a perda de carga do anular (APL Anular):
Durante o controle de poço pelo método do sondador, podemos nos deparar com alguns
problemas para matar o poço ao realizar uma circulação direta, como por exemplo coluna
parcialmente obstruída, problemas na bomba que possa variar o SPM, mudanças na pressão no
manômetro do choke (revestimento), Choke plugado ou lavado, variação no nível dos tanques.
Essas situações podem atrapalhar o operador a manter a pressão no fundo do poço BHP
constante. Se houver problemas durante o controle de poço ao circular o poço usando o método
do sondador, desligue as bombas e feche o choke, ou seja, coloque o poço em segurança e
verifique a situação.
Se durante a primeira circulação do método do sondador, que tem como objetivo, manter
PIC constante, houver um aumento na SPM da bomba, o operador do choke (supervisor) não
deve abrir o choke para aliviar o aumento de pressão observado no manômetro da coluna, ele
simplesmente deve considerar uma nova Pressão Inicial de Circulação, isso porque ao aumentar
o vazão da bomba (SPM) a pressão reduzida de circulação PRC aumentou, fazendo com que PIC
esteja num valor maior do que o calculado. Sendo assim, observe que PIC aumentou por questões
139
operacionais e não porque a pressão no fundo do poço tenha aumentado. O mesmo se aplica se
a vazão da bomba SPM diminuir durante o controle de poço. Além disso, é importante lembrar
que problemas que alteram as propriedades do fluido, como por exemplo, bombear fluido de
massa específica errada para dentro do poço podem mudar o valor da PRC e variar a pressão de
PIC, e mais uma vez não deve-se abrir ou fechar o choke para compensar a variação de PIC no
manômetro da coluna.
O processo de ligar a bomba para colocar na vazão de matar ou para desliga-la deve ser
feita mantendo a pressão no fundo do poço constante, e para isso deve-se fazer de forma correta
para que a pressão BHP não aumente muito para não fraturar e nem caia muito para não ocorrer
outro influxo.
ICP Inicial Circulation Pressure (Pressão Inicial de Circulação PIC) deve ser mantida
constante no manômetro da coluna para que a pressão no fundo do poço também fique constante,
durante a primeira circulação do método do Sondador (Driller’s Method).
Durante a primeira circulação, observamos que o poço está parcialmente aberto via choke
hidráulico (BIN) e por isso permite que o gás expanda. A expansão do gás pode ser observada
através do aumento no nível dos tanques. Além disso, a expansão do gás faz com que a pressão
hidrostática no anular do poço diminua e isso fará com que a pressão no choke aumente, mas
esse aumento está sendo controlado, uma vez que o supervisor está mantendo PIC constante.
140
2.9.5 – Circulação Reversa
A vantagem de realizar a circulação reversa é que podemos circular o poço evitando que
as impurezas e sujeiras da coluna como incrustações, areia, parafina, cera sejam circuladas para
o fundo do poço e cause dano à formação. Essas sujeiras podem obstruir os poros da formação
e dificultar a produção. Entretanto a desvantagem da circulação reversa é que as perdas de cargas
da coluna forneceram maior pressão no fundo do poço, isso porque a perda de carga (fricção) da
coluna é alta devido o pequeno diâmetro da coluna. Então podemos concluir que os diâmetros
dos equipamentos por onde o fluido escoa afeta diretamente na perda de carga (fricção).
Além disso, é importante lembrar que os equipamentos de fundo de poço como por exemplo
as válvulas da coluna de produção podem aumentar ainda mais a fricção da coluna. Quanto menor
for a passagem para o fluxo de fluido, maior será a dificuldade de escoamento do fluido e então
maior será a perda de carga na coluna e consequentemente maior será a pressão no fundo do
poço.
141
2.9.6 – Início de Bomba e Procedimento de Fechamento
Sabendo que o principal objetivo de controle de poço é manter a pressão no fundo do poço
BHP constante, não podemos esquecer que quando iniciar o controle de poço ligando a bomba
ou ao finalizar uma etapa ao desligar a bomba a BHP deve manter-se constante e pelo menos
igual a pressão da formação.
Devemos ligar a bomba gradativamente de 5 em 5 strokes (5, 10, 15, 20,...), abrindo o
choke remoto (BIN) aos poucos para manter a pressão no fundo do poço constante. Mas a
abertura do choke será realizada para manter a pressão de SICP constante no manômetro do
revestimento. Devemos seguir esse procedimento até que a bomba atinja a vazão de matar.
Para desligar a bomba devemos seguir o mesmo procedimento, ou seja, devemos desligar
a bomba gradativamente e fechando o choke para manter a pressão de SICP constante no
manômetro do revestimento.
Se o operador da sonda não tirou (mediu) a PRC (Pressão Reduzida de Circulação), então
devemos fazer o processo de entrada de bomba corretamente, ou seja, mantendo SICP constante
até que a vazão de matar seja atingida. Então a pressão lida no manômetro da coluna será PIC.
A partir daí devemos manter PIC constante até que todo o kick seja removido do poço, ou seja,
durante a primeira circulação deve-se abrir um pouco o choke se a pressão na coluna aumentar
o valor e ficar muito maior do que PIC, ou deve-se fechar um pouco se a pressão na coluna ficar
muito próximo de PIC.
Enquanto o kick estiver no anular e sendo circulado para fora do poço a pressão no
manômetro do revestimento terá uma tendência de aumentar, devido a expansão do gás.
142
É muito importante ficar atento quando o kick (influxo) estiver entrando na choke line, pois
a operação de controle no choke (BIN) tornará mais sensível. Quando o gás estiver saindo na
superfície iremos observar uma variação na pressão do choke, ou seja, um aumento de pressão.
Após o ajuste da bomba para a vazão de matar pode ocorrer que a pressão lida no
manômetro da coluna tenha sido maior do que PIC calculada. Isso pode ocorrer porque a PRC
pode não está atualizada e a soma de PRC mais SITP pode está menor do que a PIC observada.
É importante saber que existe um limite de vazão da bomba para o controle de poço. O
limite da vazão da bomba está associado a MASP dos equipamentos e também com a capacidade
máxima de operação do separador atmosférico (Bernadão).
143
2.10 – Situações Especiais
Durante as operações podemos nos deparar com problemas na coluna e no poço devido a
obstrução parcial ou total dos mesmos. Na coluna de produção podemos encontrar obstruções
causadas pela presença de parafina, areia, cera, incrustações entre outros que podem dificultar o
controle de poço pelo método Bullhead. Por isso é conveniente usar a circulação reversa para
limpar ou desobstruir a coluna de produção, uma vez que na circulação reversa a sujeira será
circulada para fora do poço. Além disso, na coluna de produção pode conter válvulas de contenção
que pode causar gás trapeado abaixo da válvula, como por exemplo podemos encontrar gás
trapeado numa DHSV na posição fechada.
Em relação o controle de poço um bloqueio causado por obstrução total ou parcial pode
fazer com que a coluna de produção possa romper devido ao excesso de pressão interna e
também pode aumentar a pressão no fundo do poço BHP numa circulação reversa e causar uma
fratura da formação.
2.10.2 – Hidratos
O hidrato é uma mistura sólida (gelo sujo) formado por água e gás que em condições
adequadas de temperatura e pressão pode ser formado. Geralmente o hidrato é formado sobre
alta pressão e baixa temperatura.
Para evitar a ocorrência de hidratos podemos adicionar Glicol (mistura de glicol) no fluido.
Mas para combater um hidrato devemos adicionar um produto químico chamado de Metanol.
No controle de poço, um hidrato ocorre quando o fluido de perfuração no poço é base água
e ocorre um kick de gás. Quando esse gás é circulado para fora do poço ele estará submetido a
uma diminuição de temperatura e pode ocorrer então um hidrato. Em BOP submarino a formação
de hidrato ocorre com mais frequência quando o gás atinge o riser ou ao entrar na choke line.
Nesse momento o gás estará sujeito a uma diminuição de temperatura devido a baixa temperatura
da água do mar.
144
2.10.3 – H2S
O H2S é um ácido sulfídrico. Esse ácido pode ser obtido pela dissolução do sulfeto de
hidrogênio em água. É um gás incolor com o odor fétido característico de ovos podres. É
venenoso, corrosivo e inflamável.
a) Características:
• Muito tóxico
• Incolor
• Mais pesado que o ar
• Tem odor de ovo podre a baixas concentrações, mas inibe o sentido do olfato em
concentrações elevadas
• Forma misturas explosivas com o ar
• Ataca o aço e selos de borracha rapidamente
• Também conhecido como gás sulfídrico e sulfeto de hidrogênio
Os efeitos de um intoxicação com este gás são sérios, similar aos do monóxido de carbono
porém, mais intensos, e podem permanecer por um longo período de tempo podendo causar
danos permanentes. Este gás tóxico paralisa o sistema nervoso que controla a respiração,
incapacitando os pulmões de funcionar, provocando a asfixia.
Abaixo, são apresentados os efeitos do H2S nos seres humanos de acordo com a concentração:
b) Concentração de H2S (ppm) partes por milhão - efeito nos seres humanos
• 0,3 a 1,0 Detectável pela maioria das pessoas pelo sentido do paladar, mais do que pelo
do odor.
• 3 a 5 Facilmente detectável. Odor moderado
• 8 Inicia processo de irritação dos olhos. Nível de exposição permissível para 8 horas de
exposição
• 20 a 30 Odor forte e desagradável, mas não intolerável. Provoca tosse e imediata irritação
dos olhos. Máxima concentração permissível para curto período de exposição (10 minutos
por turno de 8 horas)
• 50 Pronunciada irritação dos olhos, garganta e pulmões, mas é possível respirar por alguns
minutos.
• 100 Tosse, irritação dos olhos, perda do olfato após 2 a 5 minutos de exposição.
• 200 Inflamação nos olhos e irritação no sistema respiratório após uma hora de exposição
• 500 Perda da consciência e possível morte em 30 minutos a uma hora.
• 700 a 1000 Inconsciência imediata, paralisação da respiração e morte. Poderá resultar em
danos cerebrais permanentes.
• 1000 a 2000 Inconsciência instantânea, com parada respiratória e morte em poucos
minutos. A morte poderá ocorrer mesmo se houver remoção para ambiente não
contaminado. Ocorrem danos cerebrais
145
c) Como detectar o H2S ? (Equipamentos de detecção)
Durante o controle de poço pode ocorrer problemas e devemos agir com tranquilidade e
consciência para não prejudicar a operação como todo. Não importa se você esta com o choke
manifold com vazamento ou plugado, se o choke remoto (BIN) esta lavado ou plugado, se a bomba
parou durante o controle de poço, ou qualquer outros problemas que possa ocorrer. O
procedimento é deixar o poço seguro, como por exemplo desligara bomba e fechar o poço via
choke remoto e verificar ou avaliar a situação do poço.
146
A chave do sucesso para qualquer problema operacional é a comunicação, principalmente
a comunicação do Supervisor e do operador com a sua tripulação.
É importante que a equipe registre na planilha de matar algumas informações para facilitar
a identificação e comunicação de informações como volume, massa específica do fluido, posição
do estrangulador (choke remoto – BIN), vazão de matar, etc.
Durante o controle de poço para amortecer o poço deve-se ter um ponto estratégico para
avaliar o andamento da operação. Então além da equipe está atenta a operação para que ela
ocorra de forma precisa e eficiente, é necessário avaliar a operação em algum momento. Como
por exemplo, quando o fluido de matar estiver preenchido a coluna, pode-se desligar a bomba e
fechar o choke para observar a pressão no manômetro da coluna. Neste ponto espera-se que a
pressão lida seja zero. Caso ocorra uma pressão maior que zero na coluna e levando em
consideração que não existe sobre pressão no poço, pode-se concluir por exemplo que o fluido
de matar não chegou ao anular do poço ou que o fluido de matar está com massa específica
menor do que o necessário para matar o poço.
Quando um fraturamento hidráulico é realizado devemos ter o cuidado para que a pressão
usada na operação não seja excessiva o suficiente para causar um fraturamento descontrolado
da formação. Geralmente é realizado o mini Frac, ou seja, um mini fraturamento hidráulico para
conhecer os parâmetros que serão usados no fraturamento hidráulico convencional controlado.
Estas práticas são presentes durante as operações de intervenção de controle de poço. Sendo
assim, concluímos que nas operações de fraturamento hidráulico existe um limite de pressão
permitida para que o procedimento ocorra com sucesso.
148
2.11 – Organizando uma Operação de Controle de Poço
Além disso é importante que antes de iniciar todas as operações, a tripulação deve ser informada
sobre o que é:
• Planejado
• Esperava-se deles como uma tripulação
• Esperado deles como indivíduos
• A segurança pré-trabalho também deve ser enfatizada.
Sondador
149
Representante da Empresa
Torrista
Plataformista (Roughnecks)
Eletricista / Mecânico
Cimentador
Pessoal de serviço
A comunicação é essencial para o controle adequado do poço. Sendo assim, antes de iniciar o
turno - as reuniões de segurança são convocadas antes dos trabalhos para explicar as tarefas e
deveres de cada membro da tripulação para o trabalho específico.
Fazer perguntas e aprender seus deveres é fundamental para o controle adequado do poço.
• Se algo fora do normal ocorrer, deve ser relatado imediatamente para evitar situações
desastrosas.
• Mudança e documentação - notas de entrega devem ser preparadas para o próximo turno, junto
com uma explicação sobre o que aconteceu durante o dia de trabalho, quais tarefas foram
realizadas e quais tarefas ainda precisam ser feitas.
150
Pre-Planejamento e Drills: O pré-planejamento envolve a definição de um plano de ação de
controle de poço para todas as operações esperadas.
• Uma vez que um plano de ação foi criado, a tripulação deve aprendê-lo por dentro e por fora.
Além disso os exercícios planejados (drills) devem ser realizados para garantir familiaridade dos
membros da equipe com a operação. As simulações não planejadas irão testar as reações do
pessoa por isso os exercícios de simulados não deve ter data e hora marcada. O operador
(Sondador) e os supervisores da plataforma também devem participar.
151
2.12 – Testes de Pressão e Teste de Função
De acordo com as boas práticas os testes de pressão devem ser realizados iniciando pelo
teste de baixa (baixa pressão – aproximadamente 300 psi) e em seguida o teste de alta (alta
pressão – máxima pressão permitida). De acordo com a norma API o teste de pressão não pode
exceder a 21 dias.
De acordo com a norma API os teste de função não deve exceder entre 7 à 14 dias.
152
12.2.2 – Teste de Equipamentos de Completação
a) Packer:
Testes de influxo (teste negativo) geralmente são realizados para verificar se há
comunicação com a formação através do revestimento, liner, packer ou através de um tampão
de cimento (bridge plug).
Um teste negativo no Packer é realizado quando se reduz a pressão hidrostática acima do
Packer testado, circulando a parte superior do Packer um fluido mais leve. Então a pressão abaixo
do Packer ficará maior do que a pressão acima do packer, isso levará a um aumento no diferencial
de pressão. Durante o teste negativo podemos observar o comportamento do Packer com o poço
fechado, checando se há algum aumento de pressão no manômetro do revestimento, ou se o
poço estiver aberto deve-se checar a linha de retorno para os tanques. Se o Packer apresentar
algum vazamento então este equipamento não passou no teste negativo.
b) Deep-set Plug
Um test plug é usado em testes de pressão de uma árvore de Natal e BOP no topo de uma
cabeça de poço de petróleo ou gás. O tampão de teste inclui um corpo cilíndrico com um diâmetro
externo ligeiramente menor do que o furo da cabeça do poço e uma pluralidade de dentes de
suporte que se encaixam em uma ranhura anular na cabeça do poço para apoiar o tampão durante
o teste de pressão. Porém o test-set plug é quando o teste ocorre numa certa profundidade dentro
do poço, especificamente na coluna de produção. A válvula Plug foi projetada para ser uma
barreira de pressão ao implantar o equipamento de completação. (9 5/8 "de tamanho e é
certificado V0). Inicialmente aplica-se uma pressão acima da válvula usando N2 como material de
pré-carga. E em seguida faz-se o teste necessário ou finaliza-se.
Após um número (especificado pelo cliente) de ciclos, a válvula é ativada e travada na posição
aberta.
153
2.13 – Well Control Drills
Este procedimento deve ser conduzido tanto no poço aberto quanto no polo revestido. No
entanto, se o “drill” for conduzido quando a coluna está no poço aberto, o poço não será fechado.
Quando a coluna está no fundo, o seguinte procedimento pode ser usado como um guia
para o “drill”:
- Levantar o Kelly (ou Topdrive) até que a junta esteja livre e a válvula do Kelly esteja
acima da mesa rotativa.
- Desligar as bombas
- Reportar o representante
Quando a broca tiver sido levada até a sapata, outro “drill” pode ser conduzido e resultará
no fechamento do poço.
Portanto, a chegada da broca à sapata, o seguinte procedimento pode ser usado como um
guia para o “drill”:
- Desligar as bombas
154
- Fechar o preventor anular
Antes de a manobra ser iniciada, o programa de instruções para o sondador terão sido
postados. Isso irá detalhar a ação que a tripulação deverá tomar no evento de um kick.
- Parar as operações
O encarregado deve garantir que a equipe está corretamente implantada e que cada
indivíduo tenha compreendido suas responsabilidades.
Tendo fechado o poço, preparações devem devem ser feitas para o levantamento da
coluna. Esse procedimento inclui o alinhamento do equipamento como requerido, delegando
responsabilidades individuais e preparando a “Stripping Worksheet”.
Choke Drill é um dos treinamentos de controle de poço que irá melhorar a competência da
tripulação no método do sondador. As vantagens do choke drill são as seguintes:
- Familiarize-se com a prática de controlar a pressão por meio de um choke, localizado no choke
manifold, mas com operação remota atarvés do painel do choke.
- Obter mais compreensão sobre o tempo de latência (Delay hidráulico), tempo entre a ação da
operação no choke e a reação observada.
- Obter mais práticas ao tentar aumentar a velocidade da bomba, desacelerar a bomba e alterar a
taxa da bomba.
2. Encha o tubo e faça circular a água do mar ou lama por alguns minutos
4. Pressão acima do anular para 200 psi (a pressão pode ser diferente dependendo da política da
empresa)
5. Alinhe a bomba
156
6. Bombeie lentamente para abrir a float valve e obter a pressão do tubo de perfuração
8. Anote a pressão no manômetro da coluna após o tempo de espera para a estabilizar a sua
pressão após o ajuste do choke.
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2.14 – Regras, Ordem e Políticas das Empresas, Indústrias e do Governo.
O objetivo central da API é dar suporte e auxiliar nas indústrias petroleiras. Existe um
grande número de associações nacionais e estrangeiras que emitem normas, recomendações,
especificações e boletins, voltados para a indústria do petróleo. Dentre estas instituições podemos
citar o American Petroleum Institute (API) como uma das associações mais ativas nesta área. Os
documentos técnicos emitidos pelo API são, via de regra, claros, com informações precisa se
objetivas, com um texto linear, ou seja, com princípio, meio e fim,
O conjunto das normas API abrange os seguintes campos de atuação da indústria do petróleo:
• equipamentos de produção;
• segurança e combate a incêndio;
• manual de medição;
• equipamentos de segurança e anti-poluentes;
• sistemas de despressurização;
• material para treinamento;
• vasos e tanques;
• controle de processos;
• equipamentos mecânicos;
• instalações e equipamentos elétricos;
• estruturas offshore;
• válvulas e cabeças de poços;
• equipamentos de perfuração;
• completação de poços;
• tubos plásticos;
• produção submarina;
• inspeção de equipamentos.
158
A sigla ISO denomina a International Organization for Standardization, ou seja, Organização
Internacional de Padronização. Em outras palavras, é um meio de promover a normalização de
produtos e serviços, utilizando determinadas normas para que a qualidade seja melhorada.
De acordo com a ISO 9001:2008, o objetivo é fornecer um conjunto de requisitos que, bem
implementados, garantem mais confiança de que a organização é capaz de fornecer regularmente
produtos e serviços que atendam às necessidades e as expectativas de seus clientes, e que estão
em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis.
Esta Norma introduz o conceito de garantia da produção dentro dos sistemas e operações
associados à exploração, explotação, processamento e transporte de petróleo, petroquímicos e
de gás natural. Esta Norma abrange instalações e atividades upstream (incluindo subsea),
midstream e downstream. Focaliza a garantia da produção de petróleo e gás, processamento e
atividades associadas e abrange a análise de confiabilidade e manutenção dos componentes.
159
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é o órgão regulador
das atividades que integram as indústrias de petróleo e gás natural e de biocombustíveis no Brasil.
Vinculada ao Ministério das Minas e Energia é a autarquia federal responsável pela execução da
política nacional para o setor.
É a Agência que subsidia o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) nas decisões
sobre quais áreas serão licitadas para concessão. Com os dados técnicos do pré-sal, a ANP
colabora com o Ministério de Minas e Energia na definição das áreas a serem licitadas sob o
regime de partilha.
Decididas as áreas, a ANP elabora editais e minutas dos contratos, tanto para concessão
quanto para partilha. Promove as licitações para a concessão e para a partilha de produção (esta
em áreas do polígono do pré-sal). No caso da concessão, assina os contratos em nome da União
e fiscaliza o cumprimento de todas as fases dos contratos, tanto de concessão como de partilha
da produção.
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Em relação fiscalização da segurança operacional destaca-se:
Em mar
Em terra
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2.15 – Considerações Auxiliares
Existem vários perigos ao processar óleo e gás, desde a combustibilidade até gases
nocivos e mortais. A detecção de gás é crítica para proteger pessoas e propriedades desses
perigos. Por isso necessário que a sonda esteja equipada de equipamentos de detecção de gás.
Os sistemas de detecção de gás devem ser projetados para resistir aos ambientes mais adversos
e com desempenho confiável.
O uso de detecção de gás tóxico, presumindo que seja necessário, seguirá os requisitos de
avaliação de risco. Existem vários fatores que devem ser considerados ao definir os níveis de
alarme em detectores de gás tóxico para minimizar o risco de níveis de exposição potencialmente
perigosos para o pessoal em uma área específica do local de trabalho. Em muitas situações, no
entanto, a discussão desses fatores ou não ocorre ou é extremamente breve, e os valores “padrão”
são normalmente usados. Enquanto esses valores podem ser adequados para a tarefa
necessária, ou seja, para satisfazer a avaliação de risco ou caso de segurança, uma análise mais
completa dos requisitos e das circunstâncias reais revelar-se benéfico e provavelmente levar a
uma mitigação de risco mais robusta.
O papel dos detectores fixos é alertar sobre um vazamento e evitar a entrada de pessoas
em uma área monitorada caso ocorra um vazamento de gás naquele local; para alertar o pessoal
que está trabalhando na área, especialmente aqueles que não estiverem carregando detectores
portáteis; e para avisar o pessoal em áreas adjacentes para sair. Os detectores fixos também
162
incluem detectores que não se destinam a ser detectores portáteis, mas que podem ser facilmente
removidos um lugar para outro, mas servem ao propósito (temporário) de um detector fixo.
A localização de um detector fixo é importante, pois isso afetará o tempo para qualquer
liberação de gás para alcance o sensor de gás e, se a concentração for alta o suficiente, ative o
alarme.
A consideração das fontes prováveis e do tipo de vazamento de gás deve ser realizada a
fim de garanta a posição ideal para o (s) detector (es), o que minimiza o tempo de alarme.
163
É importante que a máxima pressão de operação do separador atmosférico seja respeitada,
ou seja, a capacidade de processamento do separador é um fator limitante. Sendo assim, a vazão
da bomba para matar o poço deve ser escolhida de acordo com a capacidade máxima do
separador para processar a operação. Na parte superior do equipamento existe um tubo para
saída de gás, que por sua vez deve-se levar em consideração o seu comprimento e também o
seu diâmetro para potencializar a capacidade de processamento do separador. Além disso, é
importante saber que este equipamento tem um selo hidráulico no seu interior através de um tubo
em “U” onde através do cálculo da pressão hidrostática, levando em consideração o peso do fluido
e a altura do selo hidráulico, podemos calcular o selo hidráulico do equipamento. Sendo assim, se
o selo hidráulico for vencido podemos ter gás nas peneiras e nos tanques, gás este que não foi
processado porque o separador perdeu o selo hidráulico:
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O equipamento chamado de separador à vácuo tem como função remover pequenas
concentrações de gás que estão misturadas ao fluido. Mesmo após o kick de gás passar pelo
separador atmosférico, pode ocorrer que uma pequena quantidade de gás tenha chegado nas
peneiras e nos tanques. Por isso, é importante saber que o separador à vácuo poderá remover
este gás. Além disso, este equipamento também pode ser usado para remover pequenas
concentrações de gás presentes em situação de fluido cortado por gás, ou seja, quando gás se
mistura com o fluido durante a perfuração, mas o poço não está em Underbalance (sub-
balanceado), ou seja, não se trata de um kick, e sim apenas gás da formação que está se
misturando com o fluido em pequenas proporções.
Conforme ilustra na figura abaixo, o separador à vácuo puxa o fluido com gás do tanque e
processa a separação, removendo o gás do fluido.
165
O console ESD ou painel de controle ESD consiste em vários componentes como bomba
hidráulica movida a ar, válvulas piloto, válvula de retenção, filtro, tanque de líquido SS com
indicador, indicadores de pressão, válvulas de agulha, válvulas de controle de fluxo de
reguladores, botão de pressão, regulador, válvulas de esfera, cilindros e outros componentes
auxiliares. Como material de construção para painel de controle e estação geralmente é usado
aço inoxidável. Para transporte e operação convenientes, HC pode projetar patins especiais com
pulmões de elevação feitos de aço carbono.
O fluxograma abaixo mostra como o painel de controle ESD se conectou aos componentes
dos sistemas de teste de poço de superfície. As válvulas de emergência fail-safe requerem força
hidráulica para mantê-las abertas durante a operação, de modo que a força hidráulica é
constantemente fornecida às válvulas do console ESD por mangueiras hidráulicas. Pilotos de
pressão são instalados a jusante (downstream) da válvula de estrangulamento (Choke) no
cabeçalho (data header) ou linha de dados, e outros pilotos de pressão são instalados no manifold
do separador de teste ou no corpo do separador para detectar aumento repentino na pressão
(geralmente até 1300 psi). Depois que o aumento da pressão é detectado, os pilotos ativam o
painel ESD para desligar as válvulas a montante. Além disso, botões adicionais são instalados na
parte traseira e na cabeça do skid do separador de teste, permitindo que o operador desligue a
linha de fluxo imediatamente.
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d) Acumulador
Os acumuladores são usados para armazenar fluido hidráulico sob pressão para acionar
os componentes do BOP. Geralmente em acumuladores de BOP de superfície temos:
Pressão Máxima de Operação (trabalho) – 3000 psi (pressão feita pelo fluido hidráulico).
Pre-carga – Pressão feita apenas com gás nitrogênio N2. De acordo com a norma API a
pre-carga deve ser 1/3 da pressão máxima de operação (trabalho), ou seja, para BOP de
superfície 1000 psi.
I) Especificação Exigida
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II) Requerimento Drawdown
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