You are on page 1of 27

300.017.

126-67

1
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

CARD 02 – DROPS MAGISTRATURA | DIREITO PROCESSUAL CIVIL1

Olá, galera! Estão prontos para mais um CARD do DROPS da MAGISTRATURA? Como vocês sabem esse
material procura abranger todos os principais pontos de destaque das matérias destacadas!!! O quadro abaixo
serve para guiar vocês em quais são os pontos em comum dos principais editais da magistratura que serão
abordados.

CARD 1 – NOÇÕES INICIAIS E NORMAS PROCESSUAIS FUNDAMENTAIS

1. Direito material e direito processual. Normas processuais fundamentais. Boa-fé, eficiência e colaboração
processual. Direito processual e Constituição. Acesso à Justiça. Lesão e ameaça a direito. Instrumentalidade,
efetividade, adequação, tempestividade e eficiência da tutela jurisdicional. Princípio de economia processual.
Garantia da duração razoável do processo. Meios adequados de resolução de conflitos. Conciliação e
mediação. Arbitragem. Aplicação das normas processuais.

1 Lei nº 13.105/2015 e suas alterações (Código de Processo Civil).

2 Constituição e Processo. Princípios constitucionais e infraconstitucionais do processo civil. Garantias


constitucionais do processo. Autonomia do Direito Processual. Institutos e normas fundamentais do processo
civil. Direito Processual Constitucional.

3 Normas processuais civis.

NOÇÕES INICIAIS E NORMAS PROCESSUAIS FUNDAMENTAIS

#MAPEIA NO VADE

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


Art. 2º Art. 3º Art. 4º
Art. 5º Art. 6º Art. 7º
Art. 8º Art. 9º Art. 10
Art.12 Art. 14

#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI #TESTAEDEPOISOLHAOVADE


Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, _____ as exceções
previstas em lei.
a) Inclusive
b) Salvo

Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.

§ 1º É _________ a arbitragem, na forma da lei.


a) vedada

1
Por Thaís Kronemberger

2
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

b) permitida

§ 2º O Estado promoverá, _________, a solução consensual dos conflitos.


a) obrigatoriamente
b) sempre que possível

§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos _____ ser estimulados por
juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo
judicial.
a) deverão
b) poderão

Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável,
decisão de mérito justa e efetiva.

Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum,
resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a
razoabilidade, a _________, a publicidade e a eficiência.
a) impessoalidade
b) legalidade
c) moralidade

Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:


a) à tutela provisória de urgência, às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II
e III, à decisão prevista no art. 701.
b) à tutela provisória de evidência, às hipóteses de tutela da urgência previstas no art. 311, incisos II
e III, à decisão prevista no art. 701.

Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não
se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, _______ se trate de matéria sobre a qual deva decidir
de ofício.
a) salvo
b) ainda que
c) desde que

Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão,_______, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença
ou acórdão.
a) preferencialmente
b) obrigatoriamente

§ 1º A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública
em cartório e na rede mundial de computadores.

§ 2º Estão excluídos da regra do caput :

3
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido;


II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos
repetitivos;
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas;
IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932 ;
V - o julgamento de embargos de declaração;
VI - o julgamento de agravo interno;
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.

§ 3º Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as preferências
legais.

§ 4º Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1º, o requerimento formulado pela parte não altera
a ordem cronológica para a decisão, _______quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do
julgamento em diligência.
a) inclusive
b) exceto

§ 5º Decidido o requerimento previsto no § 4º, o processo retornará à mesma posição em que anteriormente
se encontrava na lista.

§ 6º Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1º ou, conforme o caso, no § 3º, o processo que:

I - tiver sua sentença ou acórdão anulado,_____ quando houver necessidade de realização de diligência ou de
complementação da instrução;
a) inclusive
b) exceto

II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II .

Art. 14. A norma processual _______ e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os
atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
a) poderá retroagir em casos excepcionais
b) não retroagirá

O Processo Civil é o ramo do direito que contém as regras e os princípios que tratam da jurisdição civil, isto
é, da aplicação da lei aos casos concretos, para a solução dos conflitos de interesses pelo Estado-juiz.

O conflito entre sujeitos é condição necessária, mas não suficiente para que incidam as normas de processo,
só aplicáveis quando se recorre ao Poder Judiciário, sendo-lhe apresentada uma pretensão.

Primeira acepção: Advém da Teoria da Norma Jurídica. Processo é o modo de produção de norma jurídica.
Há o processo legislativo (norma jurídica legal), o administrativo (norma jurídica administrativa) e o
jurisdicional (norma jurídica jurisdicional). Pela jurisdição se produzem duas espécies de norma jurídica: a
primeira é a norma jurídica individualizada, que resolve o caso concreto, e a segunda é o precedente, que é a
norma aplicável a/reguladora de casos futuros.

4
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

Segunda acepção: Advém da Teoria do Fato Jurídico. Processo é um ato jurídico complexo, ou seja, um
conjunto de atos jurídicos organizados, concatenados, que têm por propósito a produção de um ato final, qual
seja, a decisão (visão holística do processo).

Terceira acepção: Perspectiva da Eficácia Jurídica. Também é fruto da Teoria do Fato Jurídico. Processo é o
conjunto/amontoado das situações/relações jurídicas decorrentes dos fatos jurídicos que o compõem.
Situação jurídica, nesse contexto, consiste em direitos, deveres, capacidades, ônus e competências
processuais. O Processo é essencialmente dinâmico. Nas palavras de Carnelutti, “O processo é um feixe de
relações jurídicas”.

#SELIGANADIFERENÇA

Direito material: São os bens jurídicos que são tutelados por uma pessoa.

Direito processual: Um conjunto de normas e princípios que regulamentam a melhor forma para a aplicação
do direito material.

#UMPOUCODEDOUTRINA #DETABELAÉMAISFÁCIL

FASES DA HISTÓRIA DO PROCESSO BRASILEIRO


Praxismo (pré-histórica - até o final do século XIX) Caracteriza-se por uma indistinção entre o processo
e o direito material. Não se estudava o processo
enquanto fenômeno autônomo.

Fase de autonomia da ciência do processo ou do Caracteriza-se pelo surgimento e construção da


processualismo (final do século XIX até o século XX) ciência do processo.

Caracteriza-se pelo reconhecimento das construções


desenvolvidas na fase do processualismo. Passa,
todavia, a estudar o processo sob uma nova
perspectiva, como a sua efetividade, o acesso à
justiça, os novos direitos (direitos coletivos), dentre
Fase do instrumentalismo (pós-II Guerra Mundial) outros (abordagem holística, interdisciplinar). Há
uma reaproximação do direito material, passando o
processo a ser visto enquanto instrumento de
efetivação/realização/concretização do direito
material.

Para alguns processualistas, o processo civil


brasileiro encontra-se ainda na terceira fase, a do
instrumentalismo. Para Fredie Didier, todavia, vive-
se uma quarta fase da ciência do processo, qual
seja, a de reconstrução a partir das transformações
Neoprocessualismo ou Formalismo-valorativo havidas no pensamento jurídico (últimos cem anos).
Fala-se, portanto, em “Neoprocessualismo” – a
expressão preferida por Didier, por remeter
principalmente ao Neoconstitucionalismo – e em

5
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

“Formalismo-valorativo” – Carlos Alberto Álvaro de


Oliveira.

#FALADOUTRINADOR Norma processual, de acordo com Fredie Didier, “é aquela de cuja incidência resulta um
fato jurídico processual; seu consequente normativo se direciona a estruturar um procedimento, atual ou
futuro, ou algum de seus atos ou, ainda, a criar, alterar ou extinguir situações jurídicas processuais”.

Características das normas processuais:

→ Generalidade: dirige-se a todos;


→ Imperatividade: impõem um dever;
→ Autorizamento: a parte lesada pode exigir o seu cumprimento;
→ Permanência: prevalece até ser revogada;
→ Emanação: emana da autoridade competente.

Fontes das normas processuais:

1) A Constituição Federal é a primeira das fontes das normas processuais. Os princípios do devido processo
legal (art. 5º, LIV, da CF), da ampla defesa e do contraditório (art. 5º, LV, da CF), a regra da motivação das
decisões judiciais (art. 93, IX, da CF) e a proibição do uso de provas ilícitas (art. 5º, LVI, da CF) são alguns dos
exemplos de normas processuais constitucionais.

2) A lei federal é a principal fonte de normas processuais, tal qual estabelece o art. 22, I, da CF. O Código de
Processo Civil entra como a fonte processual por excelência, mas não se pode esquecer de outras leis (ditas
leis extravagantes, porque estão fora do CPC), como a Lei dos Juizados Especiais Federais (Lei 10.259/2001), a
Lei da Ação Civil Pública (Lei 7.437/85), a Lei da Ação Popular (Lei 4.717/65) e o Código de Defesa do
Consumidor (Lei 8.078/90).

3) Os tratados internacionais também entram na composição das fontes das normas processuais, conforme os
exemplos revelados pelo Pacto de São José da Costa Rica e pelo Protocolo de Las Leñas.

4) Os precedentes dos tribunais podem, igualmente, ser considerados fontes do direito processual, de acordo
com o posicionamento majoritário da doutrina e tendo em vista a própria regulação do direito positivo, que
vem progressivamente caminhando para dar uma feição vinculante a certos julgados.

5) Os negócios jurídicos passaram a ser importante fonte de norma jurídica processual, na medida em que é
dado às partes promover um autorregramento da vontade – possibilidade já mencionada no art. 190 do
CPC/2015.

6) Os regimentos internos dos tribunais também são fontes de normas do processo, de acordo com a
autorização conferida pelo art. 96, I, “a”, da CF. Por isso, temas como distribuição, competência e prevenção
são abordados pelos regimentos de cada tribunal, constituindo-se em regras sem as quais o procedimento dos
recursos e das chamadas ações originárias ficaria inviável.

#FALADOUTRINADOR Segundo Fred Didier: “Mudanças feitas pelo STF em seu Regimento Interno, posteriores
à CF/88, não têm natureza de lei; somente as normas regimentais produzidas até 1988 têm essa natureza. A
observação é importante, pois, após a CF/1988, pode o legislador federal editar leis que revoguem as normas
processuais criadas pelo STF em seu Regimento Interno, bem como não pode mais o STF criar normas
processuais nem revogar as normas processuais decorrentes do seu RISTF e produzidas ao tempo em que ele,
STF, possuía essa competência legislativa excepcional.”

6
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

7) As Resoluções do Conselho Nacional de Justiça, órgão que possui poder normativo de acordo com o
comando do art. 103-B, § 4º, I, da CF.

8) As Leis Estaduais despontam como tema interessante porque, de um lado, a regra do art. 22, I, da CF diz
que compete à União legislar sobre processo”; de outro, o art. 24, XI, dessa mesma CF revela que cabe aos
Estados legislar sobre “procedimentos em matéria processual”.

#SELIGANADIVERGÊNCIA
A primeira corrente defende que cabe à União legislar sobre pressupostos processuais e condições da ação
(que seria o processo propriamente dito), ficando para os Estados tratar da forma e do encadeamento dos
atos processuais (procedimento).
Já a segunda corrente, que não vê diferença entre processo e procedimento, defende que a União ficaria com
as normas gerais e os Estados poderiam suprir omissões da legislação federal (com foco nas cortes estaduais,
como, por exemplo, a regulação do procedimento de revisão e de cancelamento de súmulas do Tribunal de
Justiça).

#ATENÇÃO #VAICAIR
As medidas provisórias, que antes eram consideradas fontes de normas jurídicas processuais, deixaram de sê-
lo desde a Emenda Constitucional 32/2001. Mas as MPs que estivessem em vigor em data anterior à
publicação dessa Emenda (a EC 32 foi publicada em 12/09/2001) permaneceriam válidas até que outra MP
ulterior as revogasse explicitamente ou até a deliberação definitiva do Congresso Nacional.

PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Princípio do Devido Processo Legal - DueProcessOf Law

O Devido Processo Legal é um princípio do qual emanam vários outros que podem estar expressos na CF ou
implícitos, como: contraditório, a igualdade, a publicidade, a duração razoável, a necessidade de motivação
das decisões, a proibição de prova ilícita, adequação, efetividade e a boa-fé processual.

Processo devido é o processo adequado, sendo que os direitos fundamentais possuem eficácia vertical para
regular as relações entre cidadão e Estado e possuem uma eficácia horizontal, aplicando-se às relações entre
particulares.

A doutrina costuma dividir o devido processo legal em duas dimensões:

a. Dimensão formal ou processual é o conjunto das garantias processuais mínimas. É nesse contexto que
se tem o contraditório, a ampla defesa, a proibição de provas ilícitas, dentre outras garantias.

b. Dimensão substancial ou substantiva diz respeito a um processo adequado, proporcional, razoável,


contendo uma decisão equilibrada. É uma garantia para tutelar direitos fundamentais implícitos, ou
seja, tutelar além daqueles previstos. Foi referendado pela jurisprudência, especialmente do STF que
o identificou como fundamento da proporcionalidade.

#TABELALOVERS
FORMAL OU PROCESSUAL SUBSTANCIAL

7
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

Consiste no conjunto de garantias processuais Controla o conteúdo das decisões, ou seja,


formais para o exercício do poder: contraditório, sua justiça.
ampla defesa, juiz natural etc.

#OLHOOGANCHONADOUTRINA2 - O processo deve ser devido porque, em um Estado Democrático de Direito,


não basta que o Estado atue de qualquer forma, mas deve atuar de acordo com regras preestabelecidas e que
assegurem, amplamente, que os interessados na solução da questão levada ao Judiciário exerçam todas as
possibilidades de ataque e de defesa que lhe pareçam necessárias, isto é, de participação. O princípio do
devido processo legal, nesse contexto, deve ser entendido como o princípio regente da atuação do Estado-
juiz, desde o momento em que ele é provocado até o instante em que o mesmo Estado-juiz, reconhecendo o
direito lesionado ou ameaçado, crie condições concretas de sua reparação ou imunização correspondente.

#DEOLHONAJURIS
Para que haja a condenação ao pagamento da indenização por litigância de má-fé, prevista no art. 81 do novel
CPC, é necessário que haja comprovação de prejuízo pela parte? NÃO! Esse é o entendimento do STJ, que pode
ser confirmado através do REsp 1133262-ES. Aliás, tal indenização tanto por ser pleiteada pela parte quanto
concedida de ofício pelo juiz.
A indenização prevista no art. 18, caput e §2º, do CPC 1973 (art. 81, caput e § 3º do CPC 2015) tem caráter
reparatório (ou indenizatório), decorrendo de um ato ilícito processual. Apesar disso, é desnecessária a
comprovação do prejuízo para que haja condenação ao pagamento da indenização prevista nesse dispositivo.
Em outras palavras, é desnecessária a comprovação de prejuízo para que haja condenação ao pagamento de
indenização por litigância de má-fé (art. 18, caput e § 2º, do CPC 1973/art. 81, caput e §3º do CPC 2015). STJ.
Corte Especial. EREsp 1.133.262-ES, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 3/6/2015 (Info 565).
O dano processual não é pressuposto para a aplicação da multa por litigância de má-fé prevista no art. 18 do
CPC/1973 (art. 81 do CPC/2015). Trata-se de mera sanção processual, aplicável inclusive de ofício, e que não
tem por finalidade indenizar a parte adversa. STJ. 3ª Turma. REsp 1.628.065-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel.
p/acórdão Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 21/2/2017 (Info 601).

Princípio da Contraditório (arts. 9º e 10, do NCPC)

#COLANARETINA - O contraditório é formado por um tripé:

1. Poder de informação (aspecto formal)


2. Poder de participação ou direito de reação (aspecto formal)
3. Poder de influência na decisão (aspecto substancial)

Para efetivar os seus direitos, os sujeitos do processo devem ter ciência de todos os atos processuais (arts.
236/275, do NCPC – acesso aos autos, intimações, publicações, visualizar os documentos), tendo eles o direito
de reação como garantia de participação na defesa de seus interesses em juízo (art. 9º, do NCPC - as partes
participam do processo alegando e provando).

O contraditório terá efeitos distintos quando o litígio versar sobre direitos disponíveis ou indisponíveis. Os
direitos disponíveis a reação só ocorre quando a parte reagir; já nos direitos indisponíveis a reação é jurídica,
de maneira que mesmo a parte não reagindo, há normas que preveem os efeitos jurídicos da reação. Neste
caso, cria-se uma ficção jurídica de que houve reação. Podemos exemplificar pelo art. 345, II, do NCPC, na qual
a revelia não produzira seus efeitos de se presumem verdadeiros, quando a demanda versar sobre direitos
indisponíveis.

2
Manual de Direito Processual Civil - 8ª edição 2022 - Cassio Scarpinella Bueno. P. 107.

8
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

Por fim, para a garantia do aspecto substancial, o princípio do contraditório tem como elemento o poder de
influência das partes na convicção do juiz (arts. 10 e 486, § 1º, do NCPC). É na fundamentação da sentença
que o juiz demonstra que considerou o contraditório das partes.

Mesmo nas questões em que juiz pode considerar de ofício, ele deve conceder o contraditório. A capacidade
de influir na decisão é fundamental para a efetivação do contraditório. A observância do contraditório é capaz
de evitar a prolação da decisão surpresa (art. 10 do NCPC), com a observância da regra da congruência.

Porém, não causa nulidade dos atos e do processo, se o seu desrespeito não gerar prejuízo à parte em relação
ao direito que seria protegido pela sua observação. Assim, somente se abre oportunidade para a parte
manifestar nos autos se for possível de ocorrer prejuízo àquela parte. Suprime o contraditório de forma útil.

Por exemplo, na sentença proferida inaudita altera parte, sem a participação da outra parte, que julga o mérito
em favor do réu que não foi citado (art. 332 do NCPC), permite-se que o contraditório seja afastado evitando
o chamado “contraditório inútil”.

Por fim, o art. 9º, § único, do NCPC, estabelece algumas exceções ao contraditório antecipado, que é a regra.
Trata-se do chamado contraditório diferido/postecipado, que ocorre nas hipóteses: Tutela provisória
(urgência e evidência) e tutela monitoria (art. 701, do NCPC). Nestes casos o juiz pode decidir antes de ouvir o
réu.

Princípio Adequação (implícito)

As regras processuais devem ser adequadas. Ou seja, o processo para ser devido, deve ser adequado. São
critérios de adequação:

a) Adequação OBJETIVA do processo: o processo deve ser adequado ao seu objeto. Ex.: não dá para
executar alimentos e um cheque no mesmo processo. Está ligado a instrumentalidade do processo e
os procedimentos especiais são forma de sua exteriorização.
b) Adequação SUBJETIVA do processo: o processo tem que ser adequado aos sujeitos que irão se valer
do mesmo. Ex.: idoso. Deve ser dado tratamento diferenciado para se adequar às circunstâncias dos
sujeitos que são partes.
c) Adequação TELEOLÓGICA: as regras processuais devem ser adequadas aos fins do processo. Ex.:
juizado especial e celeridade processual.

Hodiernamente, fala-se que tal princípio da adequação se dirige não somente ao legislador (adequação geral
– em abstrato) como também ao juiz (adequação jurisdicional ou da adaptabilidade, adequação formal ou
elasticidade), que deve promover a adequação do processo às peculiaridades do caso concreto. Enquanto o
legislador promove a adequação geral, o juiz deve fazê-la no caso concreto. Ex.: juntada de 100 documentos
com a inicial e prazo de defesa de apenas 15 dias.

Princípio da Demanda/Inércia/Dispositivo e Impulso Oficial (art. 2º, do NCPC)

O processo não pode ser instaurado de ofício pelo juiz. Está na disponibilidade da parte em iniciar a demanda.
Depois que começou, o processo é impulsionado de ofício.

O Princípio da Adstrição (arts. 141 e 492 do NCPC) é um dos reflexos destes princípios, no qual o juiz está
restrito ao pedido da parte para proferir sentença. Neste sentido, o STF, na reclamação n. 13.200, entendeu
que o juiz não pode fixar de ofício o dano social, eis que violaria o Princípio da Demanda, Inércia ou Dispositivo,

9
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

devendo ser requerido de forma expressa pelo legitimado ativo coletivo, considerando ser a coletividade a
vítima. Lembrando que o dano social seria uma fixação da indenização punitiva, punitive damage, para os casos
de comportamentos manifestamente ímprobos, exemplarmente negativos.

O Princípio da Demanda e do Impulso Oficial é mitigado pelo art. 322, § 2º do NCPC, admitindo-se pedidos
implícitos, bem como o art. 370 do NCPC, que aplica o princípio inquisitivo, mitigando os poderes instrutórios
do juiz.

Ademais, o NCPC traz regra expressa prevendo que, mesmo que a decisão judicial seja omissa quanto aos
honorários, ainda assim será possível cobrá-los mediante ação autônoma. (art. 85, § 18, do NCPC). Diante
disso, com a entrada do CPC 2015, a súmula 453 do STJ fica superada.

Por fim, temos como exceções aos referidos princípios os art. 322, § 1º; 323; 712; 730; 738 do NCPC, que são
de suma importância a sua leitura.

Princípio da Ação ou Inafastabilidade do Controle Judicial (art. 3º do NCPC)

A lei não pode impedir a todos lesados ou ameaçados de seu direito do acesso ao poder judiciário. A CF
prescreve que a lei não pode afastar da apreciação jurisdicional a lesão ou ameaça de direito. Já o NCPC
inverteu essa ordem e diz ameaça ou lesão a direito. Isso tem reflexos práticos para evidenciar a preferência
legal pela tutela preventiva.

Esse princípio comporta exceções constitucionais previstas nos artigos 142, § 2º e 217, § 1º, da CF. No caso da
justiça desportiva, por ser um órgão administrativo, deve-se primeiro esgotar as instâncias da justiça
desportiva, para o poder judiciário admitir as ações relativas à disciplina.

O Princípio da Ação também foi excepcionado pelo STF no RE 631.240 (prévio requerimento administrativo de
benefício previdenciário, mas foi negado total ou parcialmente pelo INSS ou o INSS não deu decisão no prazo
máximo de 45 dias ou o benefício pleiteado trata de matéria sobre a qual o INSS tem posição
manifestamente contrária ao pedido feito pelo segurado) e pelo STJ para a ação de exibição de documentos.
Neste último caso, somente se admite ajuizar a ação de exibição de documentos, se o autor previamente
requer documento para o banco, conforme Informativo 553 do STJ. Passa a ser uma condição da ação –
interesse de agir necessidade.

Há limitação ao Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional, no que toca às liminares contra o Poder
Público previstas nas leis 9.494/97 e 8.437/92 e art. 1.059 do NCPC.

#OLHAOGANCHO #NÃOCONFUNDA
Art. 7º, § 2º da Lei de Mandado de Segurança: inconstitucional
Art. 7º (...)
§ 2º Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega
de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a
concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza.

O STF considerou inconstitucional impedir ou condicionar a concessão de medida liminar, o que caracteriza
verdadeiro obstáculo à efetiva prestação jurisdicional e à defesa do direito líquido e certo do impetrante. A
Corte concluiu que:
É inconstitucional ato normativo que vede ou condicione a concessão de medida liminar na via
mandamental.

10
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

STF. Plenário. ADI 4296/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes julgado
em 9/6/2021 (Info 1021).

O NCPC cita em seu artigo 3º sobre a arbitragem (artigos: 189, IV, 237, IV, 337, § 6º, 485, VII, 515, VII, 960, §
3º, do NCPC) e os outros meios alternativos de resolução de conflito (autotutela, autocomposição e mediação)
como exceções à jurisdição (artigos: 154, VI, 381, II, 165/174, 334, 565, do NCPC).

Princípio da Razoabilidade Temporal (art. 4º do NCPC e 5º, LXXVIII, da CF)

#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, _____ a atividade
satisfativa.
a) excluída
b) incluída

O NCPC traz o conceito de razoável duração do processo, e não de celeridade. Os artigos 4° e 6º do CPC/2015
reproduzem os princípios da economia e da eficiência processuais, no contexto de uma razoável duração do
processo.

Um dos reflexos deste princípio é a tutela de evidência (art. 311 do NCPC), na qual será concedida
independentemente da demonstração do perigo da demora, pois o direito é tão provável, que não se faz
necessário aguardar até o final do processo para ter o direito resguardado.

Outro reflexo seria o denominado processo de resultados previsto no art. 139, inciso IV, do NCPC. Buscando a
efetivação do processo, o NCPC cogita um modelo de atipicidade das medidas executivas, de modo a compelir
o devedor a pagar a quantia devida de outra forma que não apenas a penhora. Abriu-se uma nova vertente a
bem do cumprimento das obrigações de modo razoável. Como exemplo poderia ser cogitada a suspensão da
CNH, enquanto o devedor não pagasse o credor.

Por obvio, há limites à busca de efetivação do processo estabelecida no art. 139, inciso IV, do CPC. Assim, antes
de aplicar a medida deve-se: esgotar os meios executivos típicos, que seria a penhora; observar o
contraditório; a medida deve ser proporcional e respeitar as garantias constitucionais.

➢ Princípio da Solução Consensual dos Conflitos

#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI
Art. 3º, § 2º: “O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
Art. 3º, §3º: A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser
estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, _____no curso do
processo judicial”.
a) salvo
b) inclusive

A solução consensual dos conflitos deve ser, sempre que possível, promovida pelo Estado, devendo a
conciliação, a mediação e outras formas de solução consensual ser estimuladas por juízes, advogados,
defensores públicos e membros do Ministério Público. O magistrado tem o dever de, a qualquer tempo, buscar
conciliar as partes (art. 125 do CPC 1973/art. 139, V, do CPC 2015).

O parágrafo 2º do artigo 3º do NCPC é uma nova norma fundamental processual, que consagra a resolução
125/10 do CNJ, que regulamentava o tópico.

11
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

O novo CPC é estruturado nesse sentido de estimular a autocomposição, tanto que a mediação e a conciliação
estão detalhadamente regradas pelo novo CPC. O primeiro ato do processo, após a petição de inicial, em regra,
é a designação de uma audiência de conciliação. O novo CPC estimula que as partes se autocomponham,
dispensando o pagamento de custas, se houver transação. O acordo pode incluir outras lides e outras pessoas
por força do estímulo que o novo CPC procura dar a autocomposição.

Mesmo após a prolação da sentença ou do acórdão que decide a lide, podem as partes transacionar o objeto
do litígio e submetê-lo à homologação judicial. Assim, a publicação do acórdão que decide a lide não impede
que as partes transacionem. STJ. 3ª Turma. REsp 1.267.525-DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
20/10/2015 (Info 572 do STJ).

Princípio da Boa-fé (art. 5º do NCPC e 422 do CC)

Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

A boa-fé pode ser:

a) Subjetiva: encarada como um fato de intenção, crença subjetiva de alguém de estar em situação
regular. É analisada nas questões possessórias, por exemplo.
b) Objetiva: norma que impõe comportamentos éticos, não importando se o sujeito está ou não de boa-
fé (intenção). Analisa-se a conduta padronizada pelo sujeito. O comportamento é considerado devido
para as circunstâncias do caso.

#ÉPRECISOIRALÉM: Para o professor Leonardo Greco, o princípio da boa-fé advém do dever geral de
solidariedade previsto no art. 3º, I, da CRFB/88. Já para Didier Jr. e o STF, o Princípio é extraído da cláusula do
devido processo legal.

Princípio da Cooperação (art. 6º do NCPC)

Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável,
decisão de mérito justa e efetiva.

Há três modelos de processo: inquisitivo, dispositivo e cooperativo. O Princípio Cooperativo baseia-se nos
princípios do devido processo legal, da boa-fé processual e do contraditório.

Objetivando definir o modo de como o processo civil estrutura-se, o Princípio da Cooperação redimensiona o
princípio do contraditório e inclui o Estado-juiz como sujeito do diálogo processual e não como um espectador
do litígio entre as partes.

Todos devem contribuir para um resultado mais efetivo e rápido. A ideia é de democratização do processo ou
processo dialógico, que deve prevalecer. O juiz é um órgão cooperador que tem por espoco ajudar as partes a
achar uma decisão mais justa.

Assim, o Estado-juiz passa a ter no processo uma dupla função: é isonômico (simétrico) no conduzir do
processo, devendo ser conduzida conjuntamente com as partes. E será assimétrico no decidir a demanda
(manda mais).

Em relação às partes também há vários deveres processuais que decorrem desse princípio, entre eles estão os
deveres de esclarecimento (art. 330 §1º, CPC/2015), lealdade (art. 80, CPC/2015) e proteção.

12
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

Um dos reflexos deste princípio encontra-se no art. 191 do NCPC (calendarização). O juiz e as partes podem
fixar um calendário para a prática dos atos processuais. O processo terá seu andamento de acordo com o
calendário que ficou estabelecido, sem necessidade de publicar nenhum ato.

#COLANARETINA #VAMODETABELA
MODELO COOPERATIVO
Redimensionamento do Princípio do Contraditório.
Ausência de destaque para qualquer sujeito.
Compatibilidade com a Democracia (Fredie Didier Jr.).
Deveres de conduta para todos os sujeitos do processo.
Independe de regras jurídicas expressas sobre os deveres.
Modelo paritário na condução do processo e assimétrico no momento da decisão (Daniel Mitidiero).
Comunidade de trabalho.
Decorrência dos princípios da boa fé, devido processo legal e contraditório.
Policentrismo processual.

Princípio da Isonomia (art. 7º do NCPC e 5º, caput e I, da CF)

Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades


processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao
juiz zelar pelo efetivo contraditório.

Busca-se não somente a garantia da igualdade formal, mas também a igualdade material. Tratar os iguais de
forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades.

O Novo Código de Processo Civil possui vários dispositivos que versam sobre a aplicação desse princípio. O art.
139, I, do NCPC aduz que o juiz assegurará às partes igualdade de tratamento. O art. 178, II, do CPC assegura
a intervenção do Ministério Público nas causas em que há interesses de incapazes.

O princípio da isonomia respeita as desigualdades, no intuito de superá-las e igualar os homens perante o


ordenamento jurídico. Nos termos do art. 53, por causa da emancipação da mulher e real igualdade, não se
verifica mais o foro competente do domicílio da mulher nas causas de divórcio, mas sim do guardião do menor.

#OLHAOGANCHOEMOUTROPRINCÍPIO - O “princípio da imparcialidade” não tem previsão expressa na CF. A


doutrina, contudo, não hesita em entendê-lo como decorrência do “princípio do juiz natural” ou, mais
corretamente, como fator que o complementa. O que há na CF, de maneira expressa, de mais próximo ao
“princípio da imparcialidade” são as prerrogativas que o art. 95 reconhece ao magistrado, forma garantística
de viabilizar a ele o exercício pleno de suas funções processuais, ao lado das vedações arroladas no parágrafo
único do dispositivo.
Não basta, apenas, que o órgão judiciário preexista ao fato a ser julgado. Isso, por si só, pode não garantir a
realização concreta de todos os valores idealizados por aquele princípio. Também a pessoa natural que ocupa
o cargo de magistrado no órgão competente para julgamento deve ser imparcial. Imparcialidade, nesse
contexto, significa acentuar que o magistrado (o juiz, propriamente dito, e não o juízo, que é indicativo do
órgão jurisdicional) seja indiferente em relação ao litigio. Seja, no sentido comum da palavra, um terceiro,
totalmente estranho, totalmente indiferente à sorte do julgamento e ao destino de todos aqueles que, direta
ou indiretamente, estejam envolvidos nele.

Princípio da Publicidade e Motivação (art. 11, do NCPC e arts. 5º, LX e 93, IX, da CF)

13
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

Esse princípio determina que toda decisão judicial deve ser motivada sob pena de nulidade.

O art. 489, § 1º, IV do NCPC aduz que o julgador está obrigado a responder a todas as questões suscitadas
pelas partes.

Conforme se extrai do informativo n.º 585 do STJ, a motivação deve ser substancial, ou seja, o julgador não
precisa enfrentar todos os argumentos aduzidos pelas partes, devendo o fazer apenas nas questões capazes
de infirmar (enfraquecer) a conclusão adotada na decisão recorrida. Assim, não caberão embargos de
declaração contra a decisão que não se pronunciou sobre determinado argumento que era incapaz de infirmar
a conclusão adotada.

Princípio da Primazia do Julgamento de Mérito (arts. 4º, 139, inciso IX, e 1.029, §3º, do NCPC)

Art. 4º As partes têm direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade
satisfativa.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: IX - determinar o
suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais;

A solução integral de mérito é prioridade. O CPC/2015 consagra este novo princípio, pois privilegia o
julgamento de mérito, com sentença definitiva (que resolve o mérito) à sentença terminativa (sem resolução
de mérito).

Nos termos do art. 139, inciso IX, é dever do juiz determinar a correção dos vícios processuais. Com isso,
impede-se que o processo seja extinto sem resolução do mérito. Outro exemplo é que a apelação contra
qualquer sentença que extinga o processo sem exame do mérito tem juízo de retratação (arts. 331, 332, §3º,
art. 485, §7º, do NCPC) exatamente para permitir que o juiz possa reconsiderar e possa julgar o mérito. Ainda,
por força do artigo 1.029, §3º, do NCPC, o STF ou o STJ poderá desconsiderar um defeito de recurso tempestivo
como forma de garantir o julgamento de mérito.

Atenção as normas de direito intertemporal!

Sobre o tema, devemos ter atenção à teoria do isolamento dos atos processuais, que determina a aplicação
da nova lei aos procedimentos em contraditório em curso, respeitados os atos processuais praticados e as
situações jurídicas consolidadas, conforme artigo 1.046 do CPC.

Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso,
respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma
revogada.

Atualmente, não há mais divisão entre procedimento sumário e ordinário, sendo o procedimento do CPC/15
denominado de comum. Porém, de acordo com o parágrafo primeiro do artigo 1.046, as ações que foram
distribuídas antes da vigência do novo código, sob o rito sumário ou dos procedimentos especiais, tramitarão
sob esses procedimentos até que seja proferida da sentença.

Porém, quando da abertura do prazo para a interposição de recurso, surge um novo direito para a parte – o
direito subjetivo ao recurso-, e por isso é perfeitamente possível, a partir daí, sejam impostas as regras do CPC
sobre recursos e seu processamento.

14
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

O Fórum de Processualistas Civis entende que ele se aplica aos procedimentos cautelares: Enunciado 568 FPPC
– Também se proposta cautelar antes da vigência do novo código esta ação também se enquadra na hipótese
do parágrafo primeiro do artigo 1046.

Artigo 1046. A norma processual quando entra em vigor atinge todos os atos vigentes.
§ 1º - Nas ações de procedimento sumário e procedimentos especiais que forem revogadas, serão aplicadas
às ações propostas e não sentenciadas até o início da vigência do novo código, as regras dos procedimentos
previstas no antigo CPC.

No que tange às provas, o marco será a data do seu requerimento, de maneira que, se requerida na vigência
do CPC/73, este será aplicado mesmo que a decisão que a defira tenha sido proferida após a vigência do
CPC/15.

#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI
Art. 1.047. As disposições de direito probatório adotadas neste Código aplicam-se apenas às provas
requeridas ou determinadas _______ a partir da data de início de sua vigência.
a) de ofício
b) a requerimento
c) de ofício ou a requerimento

Com relação aos recursos, de acordo com o STJ, a lei vigente à época da publicação da decisão que se pretende
reformar é que rege o cabimento e a admissibilidade do recurso.

Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes,
ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
§ 1o As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, relativas ao procedimento sumário e aos
procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas até o início
da vigência deste Código

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Subjetivos:
1) Juiz: órgão investido de jurisdição;
2) Parte: capacidade de ser parte.

#APROFUNDANDO: Neste tópico, a capacidade de ser parte refere-se à aptidão


genérica e absoluta dos sujeitos de direito para ser sujeito de relação jurídica ou
DE EXISTÊNCIA assumir uma situação jurídica processual (personalidade jurídica). Aplica-se
somente ao polo ativo da demanda, uma vez que o réu ainda não integra a relação
jurídica processual.

Objetivo:
Demanda: objeto litigioso (pedido e causa de pedir).

Subjetivos:
1) Juiz: competente e imparcial;
DE VALIDADE 2) Parte: capacidade processual + capacidade postulatória + legitimidade ad
causam.

15
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

#APROFUNDANDO:
- A capacidade processual refere-se à capacidade para estar em juízo
pessoalmente ou através das pessoas legalmente indicadas (representação
processual, capacidade processual das pessoas casadas, e curatela). Aplica-se ao
polo ativo e ao polo passivo da demanda.
- Já a capacidade postulatória refere-se à capacidade técnica para a prática de atos
processuais. Aplica-se ao polo ativo e ao polo passivo da demanda.
- Por fim, a legitimidade ad causam refere-se à pertinência subjetiva da ação. É
aferida diante do objeto litigioso, uma vez que depende do que está sendo
discutido em juízo. Pode ser ordinária ou extraordinária. Aplica-se ao polo ativo e
ao polo passivo da demanda.

Objetivos:
1) Intrínseco: Respeito ao formalismo processual;
2) Extrínsecos:
2.1) Negativos: Inexistência de perempção, litispendência, coisa julgada ou
convenção de arbitragem;
2.2) Positivo: Interesse de agir.

#APROFUNDANDO: A doutrina indica algumas dimensões ao interesse de agir. A


primeira dimensão seria a utilidade da tutela jurisdicional, presente sempre que o
processo puder propiciar ao demandante o resultado favorável pretendido. A
segunda dimensão seria a necessidade da tutela jurisdicional, presente sempre
que o processo for necessário ao fim almejado. Por fim, parte da doutrina indica a
existência de uma terceira dimensão, qual seja o interesse-adequação, ou seja, a
adequação do pedido e do procedimento à utilidade pretendida (a escolha
inadequada do procedimento acarretaria ausência de interesse de agir).

#VAMOSALÉM
ONDAS DO ACESSO À JUSTIÇA34:

Mauro Cappelletti e Bryant Garth, na célebre obra “Acesso à justiça”, dividiram em três ondas os principais
movimentos renovatórios do acesso à justiça.

A primeira onda diz respeito à assistência judiciária aos pobres e está relacionada ao obstáculo econômico do
acesso à justiça. Os estudo de sociologia da justiça revelaram, de forma científica, o conhecido déficit de
concretização de direitos nas camadas menos abastadas da sociedade.

NO BRASIL: o primeiro diploma legal sobre o assunto foi a Lei 1.060/1950, sobre a assistência judiciária
gratuita. Hoje, com a Constituição Federal de 1988, a assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos está inserida no catálogo dos direitos e garantias fundamentais, mais
precisamente no inciso LXXIV do artigo 5.º.

3 Esse tema foi cobrado na prova discursiva de 2ª fase do Concurso de Juiz de Direito Substituto do TJBA, em 2019, pela
banca CEBRASPE. O padrão de resposta encontra-se disponível em: <
http://www.cespe.unb.br/concursos/tj_ba_18_juiz/arquivos/PADRO_DE_RESPOSTA_DEFINITIVO___PROVA_ESCRIT
A_I.PDF>.

4
Material retirado da apostila de Humanística do Professor Pedro Mattos.

16
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

A Defensoria Pública foi consagrada no artigo 134 da Constituição como “instituição essencial à função
jurisdicional do Estado” e, por ser uma garantia institucional, não pode ser suprimida do ordenamento jurídico.

A segunda onda refere-se à representação dos interesses difusos em juízo e visa contornar o obstáculo
organizacional do acesso à justiça. Nesta fase, identifica-se que a tutela coletiva de direitos é mais eficiente do
que o tradicional processo voltado para a tutela individual, já que promove a solução de diversos conflitos
potenciais em apenas uma decisão, que por sua vez gera segurança jurídica ao tutelar de forma igual
pretensões equivalentes.

NO BRASIL: o primeiro diploma legal a instituir um processo de tutela coletiva de direitos foi a Lei da Ação
Popular (Lei n. 4.717/1965). Os maiores avanços vieram com a entrada em vigor da Lei da Ação Civil Pública,
em 1985, e do Código de Defesa do Consumidor, em 1990, que, conjuntamente, formaram o microssistema
processual de tutela dos interesses de massa.

A terceira onda, denominada de “o enfoque do acesso à justiça”, detém a concepção mais ampla de acesso à
justiça e tem como escopo instituir técnicas processuais adequadas e melhor preparar estudantes e
aplicadores do direito. Destaca-se, o papel do magistrado, na condução do processo, com o objetivo de
incentivar a sua atuação ativa e direcionada a contornar os obstáculos burocráticos e formalísticos que
impedem seja a sua prestação jurisdicional efetiva. Além disso, os métodos alternativos de solução de
conflitos, ganham papel relevante dentro do processo, como a utilização da arbitragem, da mediação e da
conciliação, na tentativa de suplantar os obstáculos ao acesso à justiça.

NO BRASIL: destacam-se algumas situações em que é possível o juiz agir de ofício: a) conceder medidas
cautelares, em situações que se apresentem necessárias para assegurar o resultado final a ser imposto pela
sentença; b) determinar a conversão do procedimento para o mais adequado; c) determinar a produção de
provas ao verificar a inércia das partes; d) evitar, de modo severo, que as partes litiguem de má fé ou que se
utilizem do processo para obtenção de pretensões ilícitas; e e) acelerar a entrega da prestação jurisdicional,
por meio da ativa fiscalização do andamento do feito, com o objetivo de cobrar a realização dos atos
processuais das partes e dos serventuários. Some-se a isso a criação dos Juizados Especiais (Lei 9099/95), Lei
da Arbitragem (Lei 9307/96) e a previsão de criação de Centros Judiciários de Solução Consensual de Conflitos
- CEJUSC, para a realização de audiências de conciliação e mediação (art. 165 a 175 do CPC e Resolução
125/2010 do CNJ).

Essas três ondas de acesso à justiça são as mais tradicionais, por isso as mais cobradas em prova. Mas vamos
além? #APROFUNDAPROF

Alguns autores já sustentam a existência da quarta onda de acesso à justiça relaciona-se ao “valor justiça”, ou
seja, como os operadores do direito interpretam o ordenamento jurídico em prol de ideais éticos e de uma
democracia social, abrangendo os profissionais da área jurídica desde a sua formação. Segundo Marcos
Gomes, a presente onda, criada por Kim Economides em 1997, é extremamente importante e inovadora, pois
deixa de lado aspectos instrumentais e procedimentais, passando a ter um enfoque valorativo. Em uma país
marcado pela corrupção, é evidente a importância dessa onda, uma vez que a corrupção corrói as bases de
um Estado de opção democrática, aprofundando a desigualdade social e a marginalização.

Segundo Economides, os obstáculos de acesso à justiça não estariam mais restritos ao acesso dos cidadãos à
justiça, passando a incluir os operadores do direito. Isso porque “o acesso dos cidadãos à justiça é inútil sem o
acesso dos operadores do direito à justiça” – sem que os juristas tenham consciência ético-moral e padrões de
comportamento funcional de acordo com essa consciência, de nada adiantaria o acesso “formal” ao Judiciário.

17
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

Em relação à quinta onda de acesso à justiça, fala-se em internacionalização da proteção dos direitos
humanos, com fundamento no art. 4º, II, CF, o qual dispõe que a República Federativa do Brasil se rege nas
suas relações internacionais pela prevalência dos direitos humanos. Quando se fala de proteção global de
direitos humanos, o embate entre soberania nacional x relativização dessa soberania em prol de Cortes
Internacionais se torna evidente obstáculo ao acesso à “justiça global”. Como sustenta a doutrina, existem
diversos entraves no que tange ao acesso à justiça em âmbito global, pois: nem todos os países possuem
sistemas de proteção dos direitos humanos; existe a problemática da capacidade postulatória perante os
órgãos internacionais de proteção (na maioria dos casos apenas os Estados podem apresentar petições e ter
acesso à jurisdição internacional); mesmo quando os Estados-nação são condenados por violação a direitos
humanos, existe pouca ou nenhuma efetividade da decisão em âmbito interno, pois ainda é pouca a
capacidade de coerção das decisões, dentre outros problemas.

Já existe doutrina sustentando, ainda, a existência da sexta onda renovatória de acesso à justiça, a qual diz
respeito à informatização do acesso à justiça e à consequente exclusão digital dos hipossuficientes.

Segundo pesquisa do IBGE publicada em abril de 2020, uma a cada quatro pessoas no Brasil não tem acesso à
internet. Em número totais, isso representa cerca de 46 milhões de brasileiros que não tem acesso à rede.
Dessa forma, resta evidente o cenário de exclusão digital vivenciado no nosso país, de forma que a
informatização do acesso à justiça se torna um entrave sério à sua efetivação.

Por isso, a sexta onda renovatória de acesso à justiça propõe que os juristas e estudiosos pensem em soluções
efetivas para amenizar o problema da vulnerabilidade digital, criando verdadeiro abismo ao acesso à justiça
para quem dela mais necessita. Essa problemática se tornou ainda mais grave em tempos de pandemia, onde
o trabalho remoto virou regra e houve uma aceleração da informatização do acesso à justiça que não foi
acompanhada de acesso à internet pela população hipossuficiente.

#SISTEMATIZANDO: PRIMEIRA ONDA: assistência judiciária aos pobres → obstáculo econômico do acesso à
justiça. SEGUNDA ONDA: representação dos interesses difusos em juízo → contornar o obstáculo
organizacional do acesso à justiça. TERCEIRA ONDA: denominada de “o enfoque do acesso à justiça”, →
concepção mais ampla de acesso à justiça → instituir técnicas processuais adequadas e melhor preparar
estudantes e aplicadores do direito. QUARTA ONDA: dimensão ética do Direito. QUINTA ONDA:
INTERNACIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS. SEXTA ONDA: VULNERABILIDADE DIGITAL.

MEIOS ADEQUADOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

POLÍTICA PÚBLICA DE AUTOCOMPOSIÇÃO:


Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. (…).
§2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
§3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados
por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo
judicial.

SISTEMA DE JUSTIÇA MULTIPORTAS. #DEOLHONOCONCEITO! Remete à utilização da Mediação, Conciliação


e Arbitragem. Em regra, tais meios são tratados como ALTERNATIVAS à Jurisdição, por isso, costumam ser
chamados de meios ALTERNATIVOS de solução de conflitos. Uma visão contemporânea, contudo, sustenta que
esses meios não são alternativos, mas que, na verdade, devem estar INTEGRADOS à Jurisdição. Por isso,
compõem um sistema de múltiplos meios de solução de conflitos, de modo que as diferentes espécies de
conflitos sociais encontrem solução no ordenamento jurídico. Desse modo, ante a integração de mediação e
da conciliação como etapas do procedimento comum no Novo CPC, pode-se afirmar que a nova ordem
processual civil brasileira adotou um SISTEMA MULTIPORTAS DE JUSTIÇA!

18
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

#OLHAOGANCHO #FOCANALETRADELEI

#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de _____,
devendo ser citado o réu com pelo menos ______ de antecedência.
a) 40 (quarenta) dias; 30 (trinta) dias;
b) 30 (trinta) dias; 20 (vinte) dias;
c) 20 (vinte) dias; 15 (quinze) dias.

§1º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de


mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
§2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo ___________da
data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
a) exceder a 2 (dois) meses
b) exceder a 3 (três) meses
c) exceder a 4 (quatro) meses

§3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
§4º A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por
petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os
litisconsortes.
§7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato
atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar
e transigir.
§11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.

§12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo
______de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
a) máximo
b) mínimo

Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de ______, cujo termo inicial será a data:
a) 5 dias
b) 10 dias
c) 15 dias

I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não
comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo
réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I;

19
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.

Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela
realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas
destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição.
§1º A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo tribunal, observadas as normas
do Conselho Nacional de Justiça.
§2º O ________, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes,
poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou
intimidação para que as partes conciliem.
a) conciliador
b) mediador

§3º O _________, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes,
auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam,
pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios
mútuos.
a) conciliador
b) mediador

Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da
autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.
#COLANARETINA.
§1º A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor
não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes.
§2º Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros
de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da
mediação.
§3º Admite-se a aplicação de técnicas negociais, com o objetivo de proporcionar ambiente favorável à
autocomposição.
§4º A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia dos interessados, inclusive no que
diz respeito à definição das regras procedimentais.

Mediação: Nessa modalidade de resolução de conflitos, as partes, por si só, devem alcançar a solução do
litígio, com o auxílio do mediador que irá facilitar a comunicação dos envolvidos.

#COLANARETINA
Princípios:
I - imparcialidade do mediador;
II - isonomia entre as partes;
III - oralidade;
IV - informalidade;
V - autonomia da vontade das partes;
VI - busca do consenso;
VII - confidencialidade;
VIII - boa-fé.

#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI #LEI 13.140/2015


§ 2º Ninguém será obrigado a permanecer em procedimento de mediação.
Art. 3º Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos

20
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

indisponíveis que admitam transação.


§ 1º A mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte dele.
§ 2º O consenso das partes envolvendo __________ deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do
Ministério Público.
a) direitos indisponíveis, mas transigíveis;
b) direitos disponíveis, mas transigíveis

Art. 4º O mediador será designado pelo tribunal ou escolhido pelas partes.


(...)
§ 2º Aos necessitados será assegurada a gratuidade da mediação.
Art. 5º Aplicam-se ao mediador as mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz.
Parágrafo único. A pessoa designada para atuar como mediador tem o dever de revelar às partes, antes da
aceitação da função, qualquer fato ou circunstância que possa suscitar dúvida justificada em relação à sua
imparcialidade para mediar o conflito, oportunidade em que poderá ser recusado por qualquer delas.
Art. 6º O mediador fica impedido, pelo prazo de______, contado do término da última audiência em que
atuou, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes.
a) 3 anos
b) 2 anos
c) 1 ano
Art. 7º O mediador não poderá atuar como árbitro nem funcionar como testemunha em processos judiciais
ou arbitrais pertinentes a conflito em que tenha atuado como mediador.
Art. 24. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização
de sessões e audiências de conciliação e mediação, pré-processuais e processuais, e pelo desenvolvimento de
programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição.
Parágrafo único. A composição e a organização do centro serão definidas pelo respectivo tribunal, observadas
as normas do Conselho Nacional de Justiça.
Art. 25. Na mediação judicial, os mediadores não estarão sujeitos à prévia aceitação das partes, observado o
disposto no art. 5º desta Lei.
Art. 26. As partes deverão ser assistidas por advogados ou defensores públicos, ressalvadas as hipóteses
previstas nas Leis n º 9.099, de 26 de setembro de 1995 , e 10.259, de 12 de julho de 2001 .
Parágrafo único. Aos que comprovarem insuficiência de recursos será assegurada assistência pela Defensoria
Pública.

Arbitragem: Na Arbitragem, um terceiro, escolhido pelos conflitantes, julga/decide a causa. Trata-se de


heterocomposição: forma de jurisdição privada. O árbitro é escolhido pelas partes.

Art. 3º. Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.


§1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.

Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz, não necessariamente formada em Direito, escolhida pelas partes. Há
a possibilidade de exercer a arbitragem um árbitro ou um Tribunal deles.

Pode a arbitragem, ademais, ser institucional ou não. Diz-se não institucional quando desvinculada de qualquer
instituição (ex.: Câmara de Comércio, FGV).

Pode se valer da arbitragem qualquer pessoa capaz, inclusive a Fazenda Pública. É vedado, nesse caso, o sigilo.
Segundo a Lei 9.307/1996:

Art. 1º. (...) §1º. A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos
relativos a direitos patrimoniais disponíveis.

21
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

§2º. A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração de convenção de
arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou transações.
Art. 2º. (...) §3º. A arbitragem que envolva a administração pública, ______________.
a) poderá ser de direito e respeitará o princípio da publicidade.
b) será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade.

A Lei de Arbitragem estabelece que o método serve à solução de conflitos envolvendo direitos patrimoniais
disponíveis (aqueles que podem se resolver mediante acordo). Esta também é a explicação para a possibilidade
de aplicação da arbitragem no âmbito do Poder Público. Fala-se até mesmo em arbitragem envolvendo direitos
coletivos (direitos trabalhistas, por exemplo).

A arbitragem se constitui por meio de um negócio jurídico, no mínimo bilateral, escrito, chamado de
“Convenção de Arbitragem”. Consiste, portanto, na fonte normativa da arbitragem. São espécies do gênero
Convenção de Arbitragem:

a) Cláusula compromissória: consiste na Convenção de Arbitragem feita sem referência a conflito concreto.
Ex.: “Se sobrevier um conflito no futuro, este será resolvido por meio de arbitragem”. Costuma estar inserida
nos contratos. Pode ser do tipo cheia ou vazia. Vazia é a cláusula que somente diz que o fato será resolvido
por meio de arbitragem. Já a cheia disciplina detalhada e previamente uma série de regras, indicando, por
exemplo, quem é o árbitro, a instituição, o procedimento.

#DEOLHONAJURIS O Poder Judiciário pode decretar a nulidade de cláusula arbitral (compromissória) sem que
essa questão tenha sido apreciada anteriormente pelo próprio árbitro? Regra: Não. Segundo o art. 8º,
parágrafo único da Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/96), antes de judicializar a questão, a parte que deseja
arguir a nulidade da cláusula arbitral devem formular esse pedido ao próprio árbitro. Exceção: compromissos
arbitrais patológicos. O Poder Judiciário pode, nos casos em que prima facie é identificado um compromisso
arbitral "patológico", isto é, claramente ilegal, declarar a nulidade dessa cláusula, independentemente do
estado em que se encontre o procedimento arbitral. STJ. 3ª Turma. REsp 1.602.076-SP, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 15/9/2016 (Info 591).

b) Compromisso arbitral: Refere-se a conflito já existente. O compromisso arbitral, portanto, pode ou não ser
precedido de cláusula compromissória.

Segundo o CPC:
#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI
Art. 337. (...) §5º. Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá ______
das matérias enumeradas neste artigo.
a) a requerimento
b) de ofício
c) de ofício ou a requerimento
Art. 337. (...) §6º. A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste
Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.

O juiz não pode conhecer de ofício da Convenção de Arbitragem. Deve ser suscitada pelo réu em virtude de o
autor ser o desobediente. Funciona como uma espécie de distrato, ou seja, de renúncia à jurisdição arbitral.

#DEOLHONAJURIS: É válida a cláusula compromissória que excepcione do juízo arbitral certas situações
especiais a serem submetidas ao Poder Judiciário. STJ. 4ª Turma. REsp 1.331.100-BA, Rel. Min. Maria Isabel
Gallotti, Rel. para acórdão Min. Raul Araújo, julgado em 17/12/2015 (Info 577).

22
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

#AJUDAMARCINHO: Imagine que um contrato preveja uma confissão de dívida (líquida, certa e exigível). Neste
mesmo contrato, há uma cláusula compromissória dizendo que eventuais divergências sobre o ajuste deverão
ser dirimidas via arbitragem. Se a parte que se obrigou a pagar o valor confessado mostrar-se inadimplente, a
parte credora poderá executar o contrato na via judicial ou terá que instaurar o procedimento arbitral? Poderá
propor diretamente a execução na via judicial. Ainda que possua cláusula compromissória, o contrato assinado
pelo devedor e por duas testemunhas pode ser levado a execução judicial relativamente à cláusula de
confissão de dívida líquida, certa e exigível. Isso porque o juízo arbitral não possui poderes coercitivos
(executivos). Ele não pode penhorar bens do executado, por exemplo, nem levá-los à hasta pública. Em outras
palavras, o árbitro até decide a causa, mas se a parte perdedora não cumprir voluntariamente o que lhe foi
imposto, a parte vencedora terá que executar esse título no Poder Judiciário. Logo, não há sentido instaurar a
arbitragem para exigir o valor que já está líquido, certo e exigível por força uma confissão de dívida. Portanto,
SENDO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, DEVE-SE AJUIZAR DIRETAMENTE UMA EXECUÇÃO. JUÍZO ARBITRAL
NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA EXECUTAR. STJ. 3ª Turma. REsp 1.373.710-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 7/4/2015 (Info 560).
A prerrogativa de imparcialidade do julgador aplica-se à arbitragem e sua inobservância resulta em ofensa
direta à ordem pública nacional – o que legitima o exame da matéria pelo Superior Tribunal de Justiça,
independentemente de decisão proferida pela Justiça estrangeira acerca do tema. STJ. Corte Especial. SEC
9.412-EX, Rel. Min. Felix Fischer, Rel. para acórdão Min. João Otávio de Noronha, julgado em 19/4/2017 (Info
605).
O art. 32 da Lei nº 9.307/96 elenca hipóteses nas quais a sentença arbitral é nula. Essa nulidade é declarada
pelo Poder Judiciário. Verificando alguma das situações do art. 32, a parte interessada poderá propor ação de
declaração de nulidade da sentença arbitral. A ação de declaração de nulidade deve ser proposta em, no
máximo, 90 dias após o recebimento da notificação da sentença arbitral. Imagine agora a seguinte situação:
em fevereiro de 2014 foi proferida sentença arbitral parcial; em abril de 2014, foi prolatada sentença arbitral
final. Suponhamos que a parte interessada deseja anular a sentença arbitral parcial. O prazo para a ação
anulatória começou a correr em fevereiro ou em abril? Em fevereiro. O prazo decadencial de 90 dias para o
ajuizamento de ação anulatória (art. 33, §1º, da Lei nº 9.307/96) em face de sentença arbitral parcial conta-se
a partir do trânsito em julgado desta (sentença parcial), e não do trânsito em julgado da sentença arbitral final.
Obs: neste julgado o STJ afirmou que, mesmo antes da alteração promovida pela Lei 13.129/2015, era possível
a prolação de sentença arbitral parcial, especialmente na hipótese de as partes signatárias assim
convencionarem. STJ. 3ª Turma. REsp 1.519.041-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 1º/9/2015
(Info 568).

A instituição arbitral, por ser simples administradora do procedimento arbitral, não possui interesse processual
nem legitimidade para integrar o polo passivo da ação que busca a sua anulação. STJ. 3ª Turma. REsp
1.433.940-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 26/09/2017 (Info 613).

#VAMOSTREINAR

Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: TJ-MS Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto

Em relação aos princípios constitucionais do processo civil, considere os enunciados seguintes:5

I. A publicidade processual é a regra geral prevista tanto na Constituição Federal como no Código de Processo
Civil; as exceções a esse princípio são estabelecidas por meio de rol taxativo em ambas as normas legais citadas.
II. O princípio da isonomia processual não deve ser entendido abstrata e sim concretamente, garantindo às
partes manter paridade de armas, como forma de manter equilibrada a disputa judicial entre elas; assim, a

5
Gabarito: D

23
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

isonomia entre partes desiguais só pode ser atingida por meio de um tratamento também desigual, na medida
dessa desigualdade.
III. A razoável duração do processo abrange sua solução integral, incluindo-se a atividade satisfativa,
assegurados os meios que garantam a celeridade da tramitação processual.
IV. O princípio do contraditório processual aplica-se apenas à matéria dispositiva, mas não às matérias de
ordem pública, casos em que o juiz poderá agir de ofício prescindindo-se da oitiva prévia das partes.

Está correto o que se afirma APENAS em


Alternativas
A - I e IV.
B - I e II.
C - III e IV.
D - II e III.
E - II, III e IV.

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto

De acordo com os princípios constitucionais e infraconstitucionais do processo civil, assinale a opção correta.6

A - Segundo o princípio da igualdade processual, os litigantes devem receber do juiz tratamento idêntico, razão
pela qual a doutrina, majoritariamente, posiciona-se pela inconstitucionalidade das regras do CPC, que
estabelecem prazos diferenciados para o Ministério Público, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública se
manifestarem nos autos.
B - O conteúdo do princípio do juiz natural é unidimensional, manifestando-se na garantia do cidadão a se
submeter a um julgamento por juiz competente e pré-constituído na forma da lei.
C - O novo CPC adotou o princípio do contraditório efetivo, eliminando o contraditório postecipado, previsto
no sistema processual civil antigo.
D - O paradigma cooperativo adotado pelo novo CPC traz como decorrência os deveres de esclarecimento, de
prevenção e de assistência ou auxílio.
E - O CPC prevê, expressamente, como princípios a serem observados pelo juiz na aplicação do ordenamento
jurídico a proporcionalidade, moralidade, impessoalidade, razoabilidade, legalidade, publicidade e a eficiência.

#TAVANOSIMULADO #SIMULADOCICLOS
Pessoal, veja como esse assunto já foi cobrado em um dos nosso simulados Ciclos:

O Código de Processo Civil estabelece, que todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que
se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. De acordo com o Código de Processo Civil,
trata-se do:

a) Princípio da Isonomia.
b) Princípio da Inércia.
c) Princípio da Inafastabilidade do Controle Judicial.
d) Princípio da Cooperação.
e) Princípio da boa-fé processual.

6
Gabarito: D

24
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

COMENTÁRIOS:

A) INCORRETA.

Assertiva errada. O princípio da Isonomia encontra-se no art. 7º do CPC e estabelece:

Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades


processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao
juiz zelar pelo efetivo contraditório.

B) INCORRETA.

Assertiva errada. O princípio da Inércia pode ser encontrado no art. 2º do CPC e estabelece:

Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções
previstas em lei.

C) INCORRETA.

Assertiva errada. O princípio da inafastabilidade do Controle Judicial encontra-se no art. 3º do CPC:

Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções
previstas em lei.

D) CORRETA.

Os princípios que regem o Código de Processo Civil, não podem deixar de ser estudado pelo aluno, tendo em
vista que a FCC já exigiu em alguns concursos que o aluno demonstrasse o conhecimento e a diferenciação dos
diversos princípios que fundamentam o processo civil. A maior parte, encontra-se disposta nos primeiros
artigos do Código, e a simples leitura para fixação deles, já é o suficiente para o acerto da questão.

O art. 6º do Código de Processo Civil, é de suma importância, pois que, foi incluído pela alteração do Código
de Processo Civil de 2015. Anteriormente, a despeito da necessidade de cooperação entre as partes, já ser um
tema discutido pelos doutrinadores, não havia a menção expressa na legislação acerca dessa necessidade.
Assim, o CPC de 2015 inovou ao trazer, expressamente, a exigência de que todas as partes devem colaborar
no processo.

Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável,
decisão de mérito justa e efetiva.

E) INCORRETA.

Assertiva errada. O princípio da boa-fé processual encontra-se no art. 5º do CPC:

Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

Gabarito: “D”.

25
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

#JURISEMFRASES

Para que vocês não percam tempo com jurisprudência, separamos aqui algumas frases retiradas de
informativos que vão ajudar você a acertar aquela questão objetiva que você tem certeza de que já leu e não
lembra dos termos da questão! Vale muito relembrar rapidinho!

JURIS EM FRASES
INFO 730 STJ A falha induzida por informação equivocada prestada por sistema eletrônico de tribunal
deve ser levada em consideração, em homenagem aos princípios da boa-fé e da confiança,
para a aferição da tempestividade do recurso.
INFO 783 STJ O juízo de verificação da pertinência temática para a proposição de ações civis públicas há
de ser responsavelmente flexível e amplo, em contemplação ao princípio constitucional do
acesso à justiça, mormente a considerar-se a máxima efetividade dos direitos fundamentais.
INFO 700 STJ A parte tem o direito de se fazer representar na audiência de conciliação por advogado com
poderes para negociar e transigir.
INFO 680 STJ É aplicável ao INSS a multa prevista no art. 334, § 8º, do CPC/2015, quando a parte autora
manifestar interesse na realização da audiência de conciliação e a autarquia não comparecer
no feito, mesmo que tenha manifestando seu desinteresse previamente.
INFO 679 STJ A regra do art. 489, §1º, VI, do CPC, segundo a qual o juiz, para deixar de aplicar enunciado
de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, deve demonstrar a existência
de distinção ou de superação, somente se aplica às súmulas ou precedentes vinculantes,
mas não às súmulas e aos precedentes apenas persuasivos, como, por exemplo, os acórdãos
proferidos por Tribunais de 2º grau distintos daquele a que o julgador está vinculado.
INFO 615 STJ Cabe agravo de instrumento contra o provimento jurisdicional que, após a entrada em vigor
do CPC/2015, acolhe ou rejeita incidente de impugnação à gratuidade de justiça instaurado,
em autos apartados, na vigência do regramento anterior.
RESP Aplicação imediata de um novo entendimento jurisprudencial não viola a segurança jurídica.
1595438/SP
INFO 539 STJ A "nulidade de algibeira" ocorre quando a parte se vale da “estratégia” de não alegar a
nulidade logo depois de ela ter ocorrido, mas apenas em um momento posterior, se as suas
outras teses não conseguirem ter êxito. Dessa forma, a parte fica com um trunfo, com uma
“carta na manga”, escondida, para ser utilizada mais a frente, como um último artifício.
INFO 511 STJ Aplica-se o venire contra factum proprium para atos praticados pelos serventuários.
INFO 503 STJ Juiz deve respeitar o princípio da boa-fé objetiva.
AgInt no Não existe óbice a que o julgador, ao proferir sua decisão, acolha os argumentos de uma das
AREsp partes ou de outras decisões proferidas nos autos, adotando fundamentação que lhe
1440047/SP pareceu adequada. O que importa em nulidade é a absoluta ausência de fundamentação.
INFO 709 STJ A impugnação ao cumprimento de sentença arbitral, devido à ocorrência dos vícios
elencados no art. 32 da Lei nº 9.307/96, possui prazo decadencial de 90 dias.
INFO 648 STJ É possível a penhora no rosto dos autos de procedimento de arbitragem.
INFO 569 STJ No âmbito do cumprimento de sentença arbitral condenatória de prestação pecuniária, a
multa de 10% (dez por cento) do artigo 475-J do CPC 1973 (art. 523, § 1º do CPC 2015)
deverá incidir se o executado não proceder ao pagamento espontâneo no prazo de 15
(quinze) dias contados da juntada do mandado de citação devidamente cumprido aos autos
(em caso de título executivo contendo quantia líquida) ou da intimação do devedor, na
pessoa de seu advogado, mediante publicação na imprensa oficial (em havendo prévia
liquidação da obrigação certificada pelo juízo arbitral).
INFO 522 STJ É possível a existência de conflito de competência entre juízo estatal e câmara arbitral. Isso
porque a atividade desenvolvida no âmbito da arbitragem tem natureza jurisdicional.

26
300.017.126-67

CARD 01 | DROPS MAGISTRATURA


Ciclos Método

Meus amores de Toga!!!! Isso é tudo que há de mais importante sobre os temas selecionados para o nosso
primeiro CARD de MAGIS! Espero verdadeiramente que vocês tenham aproveitado!

Lembrem-se de que estaremos sempre juntos com vocês até a POSSE!

“Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar
mais uma vez.” - Thomas Edison.

27

You might also like