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FLAVIO VARELA TORRES

DEUS
D E V O C I O N A L

DEUS
E EU
E EU
REFLEXÕES PARA SUA DEVOÇÃO
E CRESCIMENTO ESPIRITUAL
FLAVIO VARELA TORRES

DEUS
D E V O C I O N A L

DEUS
E EU
E EU
REFLEXÕES PARA SUA DEVOÇÃO
E CRESCIMENTO ESPIRITUAL
INTRODUÇÃO

Certamente vivemos tempos difíceis! Fomos marcados


recentemente por uma pandemia que deixou marcas
mundialmente: COVID-19. Neste tempo desafiador, fomos
desafiados a não deixar de sonhar, como também podemos
compreender a importância da comunhão com Deus e a comunhão
familiar.
Desenvolvi esse e-book pensando nessas três dimensões:
Deus, sonhos e família. Os textos que você tem acesso aqui, e
disponibilizado de maneira gratuita, nasceram do meu desejo de
abençoar você e seu lar. Eles foram extraídos dos meus livros:
“Segredos de José do Egito” e “Segredos de Jó”.
Te convido a seguir nessas páginas, com o coração aberto e
desejo de conhecer mais a Deus e sua palavra. Boa leitura!
Para refletir:
GÊNESIS 37.58
"Teve José um sonho, que contou a
seus irmãos; por isso o odiaram
ainda mais.E disse-lhes: ouvi,
peço-vos, este sonho, que tenho
sonhado: eis que estávamos atando
molhos no meio do campo, e eis que
o meu molho se levantava, e também
ficava em pé, e eis que os vossos
molhos o rodeavam, e se inclinavam
ao meu molho. Então lhe disseram
seus irmãos: tu, pois, deveras
reinarás sobre nós? Tu deveras
terás domínio sobre nós? Por isso
ainda mais o odiavam por seus
sonhos e por suas palavras".
CAPÍTULO 1

Como lidar
com os meus
sonhos?
Nossas primeiras colocações sobre o cuidado com quem
dividimos nossos sonhos deve seguir com uma reflexão, e quero
utilizar aqui a vida de José como um modelo para nossa análise
deste tema importante.
A vida de José nos permite observar que existirão pessoas
ao nosso lado capazes de chorar e enfrentar os dilemas e
sofrimentos conosco, mas em muitos casos estas pessoas jamais se
alegrarão ou permanecerão ao nosso lado nos momentos de
alegria, conquistas e realizações. E isto acontece porque estes não
querem ver nossas realizações. Sem dúvida, chorar com os que
choram é fácil, mas celebrar ou não com aqueles que celebram,
demonstra claramente o que preenche o nosso coração!

Não compartilhe os
"Existirão pessoas ao nosso lado seus sonhos com quem
capazes de chorar e enfrentar os não está disposto a
dilemas e sofrimentos conosco, fazer parte deles – nem
todo mundo que está
mas em muitos casos estas
perto de você está
pessoas jamais se alegrarão ou
torcendo para que você
permanecerão ao nosso lado nos e as obras de suas mãos
momentos de alegria, conquistas deem certo.
e realizações."
OS SONHOS DO COPEIRO-CHEFE E DO
PADEIRO-CHEFE DO FARAÓ

Certa noite, esses dois homens tiveram um sonho enigmático


e acordaram perturbados e tristes porque não entenderam o
significado dos sonhos e nem encontraram alguém capaz de
interpretá-los. Por que tendes, hoje, triste o semblante? (40.7).
Eles responderam: [...] Tivemos um sonho, e não há quem o possa
interpretar. Disse-lhes José: Porventura, não pertencem a Deus as
interpretações? Contai-me o sonho (40.8).
José, ao ouvir os sonhos dos prisioneiros, não arroga a si a
capacidade de interpretação, mas afirma a suficiência de Deus
para dar entendimento e interpretação aos sonhos, pois Ele
confere o dom a quem Ele quer (41.16; Dn 2.24-49).
O mesmo autor destaca ainda, que a capacidade de José de
interpretar sonhos também lhe fornece a capacidade de
interpretar a Providência (45.5-8; 50.20).

JOSÉ INTERPRETA O SONHO DO


COPEIRO-CHEFE

O sonho do copeiro foi um sonho metafórico ou parabólico,


isto é, ele contém informações sem trazer orientação divina direta.
Bräumer diz que, no sonho do copeiro, da plantação de uvas, do
processo de fabricação do vinho, até o momento da entrega do
copo ao faraó, tudo acontece como em um filme acelerado. Na
metáfora, o copeiro vê as uvas amadurecendo, espreme-as no
copo do faraó e entrega-o a seu senhor.
Com base na metáfora, José retrata uma ação bem sucedida
e constata a inocência do copeiro. Os três ramos da videira
representavam três dias, ou seja, dentro de três dias ele seria
reconduzido ao seu posto de honra.
JOSÉ INTERPRETA O SONHO DO
PADEIRO-CHEFE

Na metáfora ou parábola, o padeiro leva três cestos sobre a


cabeça, porém os pássaros comem a comida que está no cesto
superior, de modo que o padeiro não consegue servir a comida ao
rei. José percebe que o sonho contém punição ou medo e vê nisso
a culpa do padeiro. O sonho do padeiro-chefe tinha a ver,
portanto, com sua atividade. Ele transportava três cestos sobre a
cabeça, e, no cesto mais alto, havia todos os manjares do faraó, a
arte de padeiro; porém, antes de o faraó saborear esses manjares
que levava no cesto superior, as aves os comiam ainda no cesto na
sua cabeça (40.17).
Os três cestos também falavam de três dias, contudo, o
destino do padeiro-chefe seria diametralmente oposto ao do
copeiro-chefe, o que significava que, em três dias, ele seria
decapitado por ordem do faraó e seu corpo, exposto numa estaca
até que as aves comessem sua carne, enquanto o copeiro-chefe
seria reconduzido ao seu posto de honra.
Como José destaca em sua interpretação, para o padeiro-
chefe, a cabeça levantada não representa reabilitação, mas
execução e vilipêndio de seu cadáver. Nós seres humanos
gostamos de trocar a realidade pelo otimismo, com isso, temos
dificuldades de entender que somos inseridos numa determinada
circunstância por conta dos nossos próprios erros.

O terceiro dia apontado pelos


"Sem sonhos, a vida não tem sonhos e interpretado por José
brilho. Sem metas, os sonhos era o dia do aniversário do faraó
não têm alicerces. Sem (40.20), quando este deu um
prioridades, os sonhos não se banquete a todos os seus servos e,
tornam reais. Sonhe, trace no meio do banquete, reabilitou o
metas, estabeleça prioridades e copeiro-chefe e condenou o
corra riscos para executar seus padeiro-chefe. O copeiro-chefe
sonhos. Melhor é errar por tinha novamente a honra de servi-
tentar do que errar por se lo, mas o padeiro-chefe foi
omitir!" AUGUSTO CURY enforcado, como José havia
interpretado (40.21,22).
Para refletir:
JÓ 1.4-5
"Os filhos de Jó se revezavam em
preparar banquetes em suas casas
e convidavam suas três irmãs
para celebrar com eles. Quando
terminavam esses dias de festas,
Jó mandava chamar seus filhos, a
fim de purificá-los. Levantava-
se de manhã bem cedo e oferecia
um holocausto em favor de cada
um deles, pois pensava: "Pode
ser que meus filhos tenham
pecado e amaldiçoado a Deus em
seu coração". Essa era a prática
habitual de Jó."
CAPÍTULO 2

INTERCESSÃO
FAMILIAR: JÓ E
SUA FAMÍLIA
Seria difícil imaginar um epitáfio melhor como resumo de
uma vida que essa declaração sobre Jó: homem íntegro e reto,
temente a Deus e que se desviava do mal. Para demonstrar esse
caráter piedoso, transformado por Deus, os primeiros versículos
do livro descrevem a piedade desse homem no contexto do seu lar.
Essa abordagem não deve nos surpreender - é o que
encontramos em 1Timóteo 3 e Tito 1, quando o apóstolo Paulo
elabora as qualidades de caráter do homem chamado para
pastorear a família de Deus. Se o lar é o lugar onde "somos o que
somos", nada melhor que o contexto familiar para peneirar o
caráter do homem de Deus.

Ao lermos essa
descrição do caráter do
"Se alguém não cuida de patriarca Jó, temos que

seus parentes, e reconhecer que Jó não é o


foco principal do texto,
especialmente dos de muito menos do livro. O
sua própria família, livro de Jó começa com
uma apresentação da
negou a fé e é pior que integridade do patriarca,
um descrente." 1 Tm 5.8 que prepara o palco para
o drama celestial a ser
desenrolado.
Em tudo, o caráter de Deus mais que a inocência de Jó fica
em jogo. Jó serve como o ator principal de suporte no palco, em
que a dignidade de Deus será provada por Satanás, o qual acusa
Deus de ser um "Teólogo da Prosperidade" que só recebe louvor
porque suborna suas criaturas. Jó é considerado um dos livros
mais antigos da Bíblia, fora do fluxo normal da história sagrada que
focaliza o povo de Israel. Como sacerdote da sua própria família,
Jó exemplifica para nós o pai que se responsabiliza por alcançar o
coração de seus filhos.

O PASTOREIO DA FAMÍLIA
Com esse pano de fundo, o texto começa a descrevera
família de Jó, como demonstração da integridade do seu caráter.
Esse espaço social chamado família, é o lugar por excelência da
formação do indivíduo e da construção de seu caráter.

A PRÁTICA DOS FILHOS: CELEBRAÇÃO


FAMILIAR
Lendo nas entrelinhas, podemos especular um pouco sobre
a bênção de Deus que também caía sobre a família de Jó. Note as
frases-chave no texto. Seus filhos iam às casas uns dos outros: No
mínimo, podemos imaginar uma família em que os filhos se
gostam. Se os filhos já têm casas, provavelmente já são casados.
Com a maioria dos filhos casados, podemos imaginar vários
genros, noras e netos em grandes confraternizações familiares.
Compartilhar refeições era sinal de comunhão e intimidade no
mundo antigo (e ainda hoje!). A família de Jó era uma família
alegre! E faziam banquetes, cada um por sua vez: Parece que havia
algum tipo de rodízio que foi feito, talvez, para celebrar
aniversários de casamento ou de nascimento.
E mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e
beberem com eles: Mesmo que as irmãs já tivessem suas próprias
famílias, e que ficassem sob a liderança do marido e dos seus pais
(como de costume num mundo patriarcal), elas e suas famílias
faziam questão de também. participar dessas festas familiares.
Tragicamente, descobrimos mais tarde na narrativa que foi
num desses encontros familiares que o pior aconteceu. Um
mensageiro chega até Jó e relata:... Estando teus filhos e tuas
filhas comendo e bebendo vinho, em casa do irmão primogênito,
eis que se levantou grande vento da banda do deserto e deu nos
quatro cantos da casa, a qual caiu sobre eles, e morreram... (v.
18,19). Mal podemos imaginar a dor de um pai que perdeu todos
os seus filhos em um dia.

A PRÁTICA DO PAI: INTERCESSÃO


FAMILIAR
O Dr. David Merkh compreende que o versículo 5 descreve
a integridade de Jó no pastoreio da sua família. Decorrido o turno
de dias de seus banquetes: A passagem nos informa que Jó
oferecia sacrifícios no final do período dos banquetes, ou,
literalmente, quando "completaram seu circuito" talvez uma
referência à última "festa de aniversário" do ano. Chamava Jó a
seus filhos e os santificava: É interessante notar o aparente
respeito dos filhos (já criados) para com o pai. Jó chamava, e os
filhos atendiam ao chamado. A atuação de Jó como "sacerdote do
lar" leva muitos a entenderem uma época bem remota nos tempos
bíblicos, antes do estabelecimento do sistema sacerdotal em
Israel. A palavra "santificava" não necessita de uma interpretação
mística, como se Jó passasse uma vara mágica sobre os filhos que
automaticamente os protegia de influências más. A palavra reflete
a ideia de separação, ou seja, consagração de um objeto (ou
pessoa) para um propósito especial.
Na opinião de Merkh, Jó se preocupava com a consagração
da vida dos seus filhos ao Deus verdadeiro. Qualquer propósito de
vida menos que a glória de Deus em tudo que faziam seria plena
perda na concepção do patriarca. Levantava-se de madrugada e
oferecia holocaustos segundo o número de todos eles: A ideia de
levantar de madrugada nas Escrituras traz o conceito de urgência e
expectativa.
Jó não via a hora de apresente com alhos sobre o altar do
Senhor? O "holocausto" foi uma oferta por completo, ou seja, um
boi inteiro sacrificado para cada um dos filhos. Mas que qualquer
um preço alto a pagar, mesmo para um "ricaço", mas que Jó fazia
com alegria e desprendimento.
Nada valia mais que a alma de seus filhos. .. pois dizia:
Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado conta Deus em
seu coração: Aqui encontramos a verdadeira motivação de um pai-
pastor. O foco de Jó foi interno, e não externo. Não foi uma
preocupação com meras aparências, comportamento ou
religiosidade somente (1Sm 16.7b). Jó mirava o centro de controle
dos seus filhos - o coração deles.
É muito provável que Jó não sabia de nada específico na
vida dos filhos que merecesse uma exortação. A palavra "talvez"
sugere que, do lado de fora, parecia estar tudo bem com eles.
Contudo, como os filhos poderiam ter "blasfemado" contra Deus
no coração?" O texto não nos diz, mas podemos imaginar uma
cena comum em filhos de grandes executivos, donos de
multinacionais, empresários que proporcionam uma vida
confortável e herança invejável aos descendentes.
A prosperidade pode ser um caminho curto para a apostasia
da fé, especialmente quando o orgulho faz com que o beneficiado
pense como O grande rei Nabucodonosor, muitos anos depois:...
Não é esta a grande Babilônia que Eu edifiquei para a casa real,
com o MEU grandioso poder e para glória da MINHA majestade?
(Dn 4.30). Se existe um pecado que Deus odeia mais que qualquer
outro, é o orgulho e a arrogância: Deus resiste aos soberbos,
contudo, aos humildes concede a sua graça (1Pe 5.5).

Então o Senhor perguntou:


"Você reparou em meu

Jó mirava o centro servo Jó? Não há ninguém


na terra como ele. É homem
de controle dos íntegro e correto, teme a
seus filhos: o Deus e se mantém afastado
do mal". Jó 1:8
coração deles.
CONCLUSÃO

Percorremos aqui uma jornada de fé, através de dois


marcantes personagens da escritura: José e Jó. Aprendemos sobre
a importância da comunhão com Deus, de elevar nossa visão e
coração aos céus, podendo assim ousar sonhar além das dolorosas
circunstâncias. Ainda fomos desafiados a olhar para o nosso
contexto familiar, certamente aqui fomos despertados a enxergar
Deus no ordinário das nossas vidas, no mais simples gesto do
assentar a mesa, no almoço de domingo e em tudo aquilo que
glorifique a Deus.
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FLAVIO
VARELA
TORRES

É natural de Recife/PE, bacharel em Direito pela Faculdade


Maurício de Nassau(Recife/PE), advogado, pós- graduado em Direito
Civil e Processo Civil pela Universidade Cândido Mendes (Rio de
Janeiro/RJ), especia- lista em Direito Condominial e Consultoria
Estratégica Empresarial, advogado Diretor do escritório Varela
Torres Advocacia, Empresário, professor na pós-graduação do
Instituto Foco de Pós Graduação (IFPG), professor da Rede Juris
Escola Jurídica, Youtuber do canal @dr.flaviovarelatorres, escritor
de livros, escritor de artigos para revistas e portais jurídicos,
palestrante e apresentador do programa de TV Varela Torres -
Momento Jurídico (Rede Capital de Comunicação). Pastor
evangélico na igreja Assembleia de Deus Catedral da Família, casado
com a Dra. Deborah Varela Torres, pai do Gabriel, Davi e Sarah.

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