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PSICOLOGIA

Código de Ética Profissional do Psicólogo – Teoria III


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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO – TEORIA III

CÓDIGO DE ÉTICA DO PSICÓLOGO

Estrutura do Código de Ética:


1. Apresentação;
2. Princípios Fundamentais (I ao VII);
3. Das Responsabilidades do Psicólogo (Art. 1º ao Art. 20º);
a. Art. 1º: Dos Deveres Fundamentais do Psicólogo;
4. Das Disposições Gerais (Art. 21º ao Art. 25º).

Os arts. 1º e 2º do Código de Ética são os mais longos dentro dessa parte que trata das
responsabilidades do psicólogo. Além disso, são muito explorados em provas de concur-
sos públicos.

Artigo 1º – Deveres Fundamentais do Psicólogo:


São, ao todo, 12 alíneas que trazem diretrizes para guiar os psicólogos em temas
específicos.
É importante lembrar que esse Código de Ética pretender ser menos um conjunto de
normas e mais um guia, que traz diretrizes gerais que ajudam o psicólogo a refletir sobre
suas práticas.
Os deveres fundamentais determinam o que os psicólogos devem fazer. Ou seja, quais
as ações obrigatórias aos psicólogos.
Vale lembrar que, no âmbito do Código de Ética, o psicólogo não é tido como um profis-
sional passivo, mas sim atuante. Diante disso, o legislador irá elencar deveres que são fun-
damentais na atuação do psicólogo em determinadas situações.
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Em provas, as bancas examinadoras costumam misturar as informações do art. 1º com
as do art. 2º, que trata das vedações. Assim, é importante lembrar que o art. 1º trata dos
deveres fundamentais, ou seja, nas ações obrigatórias.
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ARTIGO 1º – SÃO DEVERES FUNDAMENTAIS DO PSICÓLOGO:

Alínea “a”: Conhecer; divulgar; cumprir; e fazer cumprir este Código.


Nesse sentido, o Código de Ética deve ser a base da ação dos psicólogos. Além disso, a
relação desses psicólogos com o Código de Ética é muito mais do que apenas cumpri-lo, pois
deve fazer com que ele seja conhecido pela população e cumprido por todos os profissionais
com quem eles lidam.

Alínea “b”: Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as


quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente.
Nesse sentido, se um psicólogo recebe um paciente para atendimento, mas não tem for-
mação para lidar com o caso trazido por esse paciente, deve encaminhá-lo para um outro
profissional que tenha qualificação para tratá-lo.
Além disso, espera-se que o profissional em psicologia, ao realizar um determinado
trabalho, que esteja capacitado teórica e tecnicamente para isso, mas também em termos
pessoais. Isso significa que, em determinadas situações, por mais que o psicólogo tenha
conhecimentos teóricos ou técnicos sobre um determinado assunto, é possível que detenha
alguma implicação pessoal que o impeça de fazer a escuta ou de prestar aquele serviço (ex.:
vínculos pessoais, vínculos profissionais, questões pessoais etc.).
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Alínea “c”: prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas


e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e téc-
nicas reconhecidamente fundamentados: na ciência psicológica, na ética e na legislação
profissional.
Nesse sentido, o primeiro ponto para que um serviço psicológico seja prestado com quali-
dade é que ele seja realizado em condições dignas, isso em todos os sentidos (tempo, remu-
neração, espaço etc.). Além disso, essas condições também devem ser apropriadas quanto
a natureza desse serviço. Um exemplo disso é um espaço que garanta o sigilo dos atendi-
mentos que são feitos nele.
Além disso, um serviço de qualidade também é aquele em que o profissional age de
maneira ética e com respeito à legislação profissional, que tem a função fundamental de
garantir os direitos do usuário.
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Vale lembrar que, além da concepção de homem, o Código de Ética também dispõe uma
concepção do que é a psicologia dentro do campo de uma ciência psicológica.
Nesse sentido, é importante destacar os critérios para que um “modelo psicoterápico”
seja considerado consolidado segundo Cordiolli:
1. Deve ser embasado em uma teoria abrangente, que ofereça uma explicação coerente
sobre origem, manutenção e forma de eliminar os sintomas;
2. Os objetivos a que se propõe devem ser claramente especificados;
3. Devem existir evidências empíricas da efetividade da técnica proposta;
4. Deve haver comprovação de que as mudanças observadas são decorrentes das téc-
nicas utilizadas e não de outros fatores;
5. Os resultados devem ser mantidos a longo prazo.

Segundo a Resolução CFP 010/2000, psicoterapia é:


“Prática do psicólogo por se constituir, técnica e conceitualmente, um processo científico
de compreensão, análise e intervenção que se realiza através da aplicação sistematizada
e controlada de métodos e técnicas psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e
pela ética profissional, promovendo a saúde mental e propiciando condições para o enfrenta-
mento de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos”.
Existe uma grande discussão dentro da psicologia acerca de qual é o campo epistemo-
lógico do qual algumas abordagens partem. Nesse sentido, há todo um discurso no sentido
de que o saber não se restringe apenas à ciência, mas pode ser produzido de outras formas.
No entanto, apesar da importância dessas discussões para o dia a dia dos profissionais
em psicologia, é importante lembrar que polêmicas não são cobradas em provas de con-
cursos públicos e não compõem documentos que servirão de diretrizes e bases. Assim, ao
realizar uma prova, é importante que o candidato traga aquilo que já está pacificado, que é
justamente a ideia de que a psicologia abrange um campo científico, que pode ser definido
da seguinte maneira:

Científicas
As teorias e práticas precisam ser Sistematizáveis
Comprováveis em sua efetividade
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Alínea “d”: Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de


emergência, sem visar benefício pessoal.
O disposto nessa alínea “d” é bastante cobrado em provas de concursos públicos. Nesse
sentido, é importante lembrar que em situações de calamidade pública ou de emergência, o
psicólogo tem a obrigação de oferecer os seus serviços sem ter em vista um benefício pes-
soal (dinheiro, reconhecimento etc.). Isso foi o que aconteceu no caso do rompimento da
barragem em Brumadinho, em que muitos psicólogos se voluntariaram para prestar um apoio
às vítimas.

Alínea “e”: Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do


usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia.
Os direitos dos usuários são dispostos no Código de Ética e também nas resoluções do
Conselho Federal de Psicologia do Brasil (CFP).

Alínea “f”: Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informa-


ções concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional.
Na prática, esse “a quem de direito” trazido pelo Código de Ética possui um espaço de
abertura na interpretação, pois, em vários momentos, pode assumir posições diferentes.
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Nesse sentido, um psicólogo está aplicando testes em um processo seletivo para ingresso
em uma empresa, existem dois sujeitos que têm direito a receber essas informações: a orga-
nização que contratou o psicólogo e o sujeito que foi submetido aos testes.
Assim, antes de começar um trabalho, o psicólogo deve fornecer, a quem é de direito, as
informações acerca do que será realizado. No entanto, a questão é que o psicólogo não deve
fornecer todas as informações, mas apenas as informações efetivamente necessárias para o
desenvolvimento e o alcance dos objetivos do trabalho que será realizado.
Dessa forma, tomando como base o exemplo acima, não é de direito da empresa ter
acesso a informações pessoais do candidato, pois precisa apenas saber se o candidato está
apto ou não para exercer o cargo. Já o candidato tem o direito de saber como está dentro dos
pontos que foram testados.

Alínea “g”: Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de ser-


viços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões
que afetem o usuário ou beneficiário.
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Percebe-se que a alínea “g” traz uma informação parecida com a da alínea “f”, o que
reforça a ideia de que as informações devem ser dadas com bom senso e a quem é de direito.

Alínea “h”: Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a


partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os docu-
mentos pertinentes ao bom termo do trabalho.
Nesse sentido, o psicólogo deve fazer os devidos encaminhamentos a quem é de direito.
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Assim, voltando ao exemplo disposto acima, o psicólogo pode apontar quais os elemen-
tos devem ser utilizados para que o candidato fortaleça o seu currículo ou qual é o cargo mais
indicado para o seu perfil.
Vale lembrar que esse acompanhamento é dado ao usuário e dentro da medida do que
ele precisa saber.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Fabiola Maria de Carvalho Izaias.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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