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AULA 12

CONVECÇÃO FORÇADA

ESCOAMENTO INTERNO
1
CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

 Um dos processos de transferência de calor por convecção mais importante, de um ponto de vista industrial, é aquele de
aquecer ou resfriar um fluido que está escoando dentro de um conduto fechado.

2
CONSIDERAÇÕES FLUIDODINÂMICAS

Escoamento Dinamicamente
Desenvolvido: a partir do local
onde ocorre a fusão da
camada-limite no eixo central
do tubo (𝑥𝑐𝑑,𝑣 ). A velocidade u
não varia mais com x, apenas
com r.

𝜌𝑣𝑚 𝐷
𝒙𝒄𝒅,𝒗 → Comprimento de entrada dinâmico para a velocidade ∗ 𝑅𝑒 =
𝜇
𝒙𝒄𝒅,𝒗 A velocidade média é normalmente
 Escoamento Laminar (Re < 2300): ≈ 𝟎, 𝟓𝟓𝑹𝒆 calculada na região plenamente desenvolvida
𝑫
𝒙𝒄𝒅,𝒗 2 𝑟
 Escoamento Turbulento (Re ≥ 2300): > 𝟏𝟎 𝑣𝑚 = 2 න 𝑢 𝑟 ∙ 𝑟𝑑𝑟
𝑫 𝑟0 𝑟0

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CONSIDERAÇÕES TÉRMICAS

Escoamento Termicamente
Desenvolvido: a partir do
local onde ocorre a fusão da
camada-limite no eixo central
do tubo (𝑥𝑐𝑑,𝑡 ).

 Obs 1: Em escoamentos desenvolvidos termicamente,


a forma relativa do perfil de temperatura permanece
inalterada, porém T(r,x)

𝒙𝒄𝒅,𝒕 → Comprimento de entrada térmico

 Escoamento Laminar (Re < 2300):  Escoamento Turbulento (Re ≥ 2300):

𝒙𝒄𝒅,𝒕 se Pr >1 implica 𝑥𝑐𝑑,𝑣 < 𝑥𝑐𝑑,𝑡 𝒙𝒄𝒅,𝒕


(Independe de Pr)
≈ 𝟎, 𝟓𝟓𝑹𝒆𝑷𝒓 > 𝟏𝟎
𝑫 𝑫
se Pr <1 implica 𝑥𝑐𝑑,𝑣 > 𝑥𝑐𝑑,𝑡

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CONSIDERAÇÕES TÉRMICAS

 Obs. 2: No escoamento desenvolvido,  TEMPERATURA MÉDIA:


h independe de x
Para perfis de T uniformes na entrada e saída:

𝑞ሶ = 𝑚𝐶
ሶ 𝑃 𝑇𝑠𝑎𝑖 − 𝑇𝑒𝑛𝑡

Para perfis não uniformes, define-se uma temperatura média de modo


que a taxa convectiva real possa ser obtida da seguinte maneira:

𝑚𝐶
ሶ 𝑃 𝑇𝑚 = න 𝜌𝑢 𝑟 𝐶𝑃 𝑇 𝑟 𝑑𝐴
𝐴
𝒓𝟎
𝟐
Para 𝐶𝑃 e 𝜌 constantes: 𝑻𝒎 = 𝟐 න 𝒖 𝒓 𝑻 𝒓 𝒓𝒅𝒓
𝒗𝒎 𝒓𝟎 𝟎

Pela Lei de Resfriamento de Newton: 𝒒ሶ = 𝒉𝑨 𝑻𝑺 − 𝑻𝒎

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CONSIDERAÇÕES TÉRMICAS

CONDIÇÕES NA SUPERFÍCIE DO TUBO

CASO A: FLUXO DE CALOR CONSTANTE AO LONGO DE X 𝒒" = 𝒄𝒕𝒆

 Para um fluxo constante na superfície a diferença de temperaturas


𝑻𝑺 − 𝑻𝒎 é constante ao longo do tubo na região completamente
desenvolvida

ሶ 𝑷 𝑻𝒎,𝒔𝒂𝒊 − 𝑻𝒎,𝒆𝒏𝒕
𝒉𝑨 𝑻𝑺 − 𝑻𝒎 = 𝒎𝑪

 A temperatura média varia linearmente ao longo da tubulação.

Na região de entrada, 𝑻𝑺 − 𝑻𝒎 aumenta pois h diminui (para que q seja


constante) até que seja atingida uma condição plenamente desenvolvida

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CONSIDERAÇÕES TÉRMICAS
CONDIÇÕES NA SUPERFÍCIE DO TUBO
CASO B: TEMPERATURA CONSTANTE AO LONGO DE X 𝑻𝑺 = 𝒄𝒕𝒆

 Para Ts constante na superfície a diferença de temperaturas 𝑻𝑺 − 𝑻𝒎


varia exponencialmente ao longo da tubulação.

𝒒ሶ = 𝒉𝑨∆𝑻𝑴𝑳 = 𝒎𝑪
ሶ 𝑷 𝑻𝒎,𝒔𝒂𝒊 − 𝑻𝒎,𝒆𝒏𝒕

∆𝑻𝒔𝒂𝒊 − ∆𝑻𝒆𝒏𝒕 𝑻𝑺 − 𝑻𝒎,𝒔𝒂𝒊 − 𝑻𝑺 − 𝑻𝒎,𝒆𝒏𝒕


∆𝑻𝑴𝑳 = =
∆𝑻𝒔𝒂𝒊 𝑻 −𝑻
𝒍𝒏 ∆𝑻 𝒍𝒏 𝑻 𝑺 − 𝑻 𝒎,𝒔𝒂𝒊
𝒆𝒏𝒕 𝑺 𝒎,𝒆𝒏𝒕

 Caso específico: Caso a temperatura do fluido externo T∞ e não TS for


especificada, os mesmos resultados podem ser utilizados substituindo
TS por T∞ na média e h por U (coeficiente global de transferência).
𝟏 𝑹𝑻 = 𝑹𝒄𝒐𝒏𝒗 + 𝑹𝒄𝒐𝒏𝒅
𝒒ሶ = 𝑼𝑨∆𝑻𝑴𝑳 𝑼 =
𝑨𝑹𝑻

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EXEMPLO 1
Vapor d’água condensando sobre a superfície externa de um tubo circular de parede fina, com diâmetro D = 50 mm e
comprimento L = 6 m, mantém uma temperatura na superfície externa uniforme de 100°C. Água escoa através do tubo a
uma vazão de 0,25 kg/s, e suas temperaturas na entrada e na saída do tubo são 𝑇𝑚,𝑒𝑛𝑡 = 15°𝐶 e 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 = 57°𝐶. Qual é o
coeficiente convectivo médio associado ao escoamento da água? Avalie o Cp da água em sua temperatura média.

𝒒ሶ = 𝒎𝑪
ሶ 𝑷 𝑻𝒎,𝒔𝒂𝒊 − 𝑻𝒎,𝒆𝒏𝒕
𝐷 = 50 𝑚𝑚 𝐿 =6𝑚
Temperatura na superfície
externa uniforme:

𝒒ሶ = 𝒉𝑨∆𝑻𝑴𝑳
𝑚ሶ = 0,25 𝑘𝑔/𝑠 𝑇𝑆 = 100°𝐶 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 = 57 °𝐶

𝑇𝑚,𝑒𝑛𝑡 = 15 °𝐶 ∆𝑻𝒔𝒂𝒊 − ∆𝑻𝒆𝒏𝒕


𝒉 =? ∆𝑻𝑴𝑳 =
∆𝑻𝒔𝒂𝒊
𝒍𝒏
∆𝑻𝒆𝒏𝒕

8
𝑚𝐶
ሶ 𝑃 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 − 𝑇𝑚,𝑒𝑛𝑡 = ℎ𝐴∆𝑇𝑀𝐿

𝑇𝑚,𝑒𝑛𝑡 + 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 15 + 57
*Avalie o Cp da água em sua temperatura média: 𝑇ത𝑚 = = = 36°𝐶 ≅ 310 𝐾
2 2

𝐽
𝐶𝑃 = 4178
𝑘𝑔. 𝐾

9
𝑚𝐶
ሶ 𝑃 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 − 𝑇𝑚,𝑒𝑛𝑡 = ℎ𝐴∆𝑇𝑀𝐿

∆𝑇𝑠𝑎𝑖 − ∆𝑇𝑒𝑛𝑡 𝑇𝑆 − 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 − 𝑇𝑆 − 𝑇𝑚,𝑒𝑛𝑡 100 − 57 − 100 − 15


∆𝑇𝑀𝐿 = = =
∆𝑇 𝑇 −𝑇 100 − 57
𝑙𝑛 ∆𝑇𝑠𝑎𝑖 𝑙𝑛 𝑇𝑆 − 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 𝑙𝑛
100 − 15
𝑒𝑛𝑡 𝑆 𝑚,𝑒𝑛𝑡

∆𝑇𝑀𝐿 = 61,6°𝐶

𝑚𝐶
ሶ 𝑃 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 − 𝑇𝑚,𝑒𝑛𝑡 0,25 ∙ 4178 57 − 15 𝑾
ℎ= ℎ= = 𝟕𝟓𝟓 𝟐
𝜋𝐷𝐿∆𝑇𝑀𝐿 𝜋 ∙ 0,05 ∙ 6 ∙ 61,6 𝒎 .𝑲

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO LAMINAR EM TUBOS CIRCULARES

1. CONDIÇÕES PLENAMENTE DESENVOLVIDAS

A) FLUXO TÉRMICO NA
B) TEMPERATURA NA
SUPERFÍCIE UNIFORME
SUPERFÍCIE UNIFORME

𝒉𝑫
𝑵𝒖 = = 𝟒, 𝟑𝟔 (𝒒′′ = 𝒄𝒕𝒆) 𝒉𝑫
𝒌 𝑵𝒖 = = 𝟑, 𝟔𝟔 (𝑻𝑺 = 𝒄𝒕𝒆)
𝒌

 Número de Nusset independe de Pr e da posição axial.

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO LAMINAR EM TUBOS CIRCULARES


2. CONDIÇÕES DE ENTRADA

A) CORRELAÇÃO DE HAUSEN:

𝑫  Temperatura na superfície uniforme


𝟎, 𝟎𝟔𝟔𝟖 𝒙 𝑹𝒆𝑷𝒓
𝑵𝒖 = 𝟑, 𝟔𝟔 + 𝟐/𝟑
 𝑃𝑟 > 5
𝑫
𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟒 𝒙 𝑹𝒆𝑷𝒓  𝑁𝑢: corresponde ao valor médio da entrada até x

𝑇𝑚,𝑒𝑛𝑡 + 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖
*Todas as propriedades devem ser avaliadas no valor médio da temperatura média: 𝑇ത𝑚 =
2

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO LAMINAR EM TUBOS CIRCULARES

2. CONDIÇÕES DE ENTRADA

B) CORRELAÇÃO DE SIEDER-TATE:

 Temperatura na superfície uniforme.


𝟏/𝟑 𝟎,𝟏𝟒 0,48 < 𝑃𝑟 < 16700
𝑹𝒆𝑷𝒓𝑫 𝝁  Aplicada para grandes variações de 𝑻𝑺 − 𝑻𝒎
𝑵𝒖 = 𝟏, 𝟖𝟔 𝜇 onde os efeitos da temperatura sobre a
𝒙 𝝁𝑺 0,0044 < < 9,75
𝜇𝑆 viscosidade são considerados

*Todas as propriedades, excedo 𝜇𝑆 (avaliada a TS) devem ser avaliadas no valor médio da temperatura média:

𝑇𝑚,𝑒𝑛𝑡 + 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖
𝑇ത𝑚 =
2

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO LAMINAR EM TUBOS NÃO CIRCULARES


 Para Escoamento Laminar Completamente Desenvolvido os valores de Nu podem ser obtidos com a
CORRELAÇÃO DE KAY-CRAWFORD, cujos valores são dispostos na tabela a seguir para diferentes geometrias
da seção transversal em função do diâmetro hidráulico da tubulação 𝐷𝐻

𝒉𝑫𝑯
𝑵𝒖 =
𝒌

4𝐴𝑡𝑟
𝐷𝐻 =
𝑃

∗ 𝑘 avaliado a 𝑇ത𝑚

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO TURBULENTO EM TUBOS CIRCULARES LISOS

A) CORRELAÇÃO DE DITTUS-BOELTER:

 Escoamento plenamente desenvolvido com gradientes moderados de temperaturas (𝑻𝑺 − 𝑻𝒎 )

0,6 < 𝑃𝑟 < 160

𝑅𝑒 ≥ 10.000
𝐿
𝑵𝒖 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟑𝑹𝒆𝟒/𝟓 𝑷𝒓𝒏 ≥ 10
𝐷
𝑛 = 0,4 (𝑎𝑞𝑢𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)
𝑛 = 0,3 (𝑟𝑒𝑠𝑓𝑟𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)

 Pode ser aplicada tanto para fluxo constante ou temperatura superficial constante.
 Propriedades avaliadas a 𝑇ത𝑚

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO TURBULENTO EM TUBOS CIRCULARES LISOS

B) CORRELAÇÃO DE SIEDER-TATE:

 Escoamento plenamente desenvolvido com grandes gradientes de temperaturas (𝑻𝑺 − 𝑻𝒎 )

0,7 < 𝑃𝑟 < 16.700


𝟎,𝟏𝟒
𝝁 𝑅𝑒 ≥ 10.000
𝑵𝒖 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟕𝑹𝒆𝟒/𝟓 𝑷𝒓𝟏/𝟑
𝝁𝒔
𝐿
≥ 10
𝐷

 Pode ser aplicada tanto para fluxo constante ou temperatura superficial constante
 Propriedades avaliadas a 𝑇ത𝑚

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO TURBULENTO EM TUBOS CIRCULARES RUGOSOS


C) CORRELAÇÃO DE PETUKHOV: D) CORRELAÇÃO DE GNIELINSKI::

𝒇Τ𝟖 𝑹𝒆𝑷𝒓 𝒇Τ𝟖 (𝑹𝒆 − 𝟏𝟎𝟎𝟎)𝑷𝒓


𝑵𝒖 = 𝑵𝒖 =
𝟏, 𝟎𝟕 + 𝟏𝟐, 𝟖 𝒇Τ𝟖 𝟏/𝟐 𝑷𝒓𝟐/𝟑 − 𝟏 𝟏 + 𝟏𝟐, 𝟕 𝒇Τ𝟖 𝟏/𝟐 𝑷𝒓𝟐/𝟑 − 𝟏

0,5 < 𝑃𝑟 < 2000


0,5 < 𝑃𝑟 < 2000

1 ∙ 104 < 𝑅𝑒 < 5 ∙ 106 3000 < 𝑅𝑒 < 5 ∙ 106

 Ambas podem ser aplicadas para escoamento plenamente desenvolvido, com fluxo ou temperatura da superfície constante.
 Propriedades devem ser avaliadas a 𝑇ത𝑚 .

𝑓 = 0,790 ln 𝑅𝑒 − 1,64 −2
(Tubos lisos)
*FATOR DE ATRITO:
Diagrama de Moody (Tubos rugosos)

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DIAGRAMA DE MOODY PARA CÁLCULO DE FATOR DE ATRITO

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO TURBULENTO EM TUBOS CIRCULARES


Para o escoamento turbulento plenamente desenvolvido envolvendo metais líquidos, tem-se as seguintes correlações:

E) CORRELAÇÃO DE SKUPINSKI ET AL.: F) CORRELAÇÃO DE SEBAN-SHIMAZAKI:

 Aplicada para fluxo constante na  Aplicada para temperatura constante


superfície e tubo liso na superfície e tubo liso
𝟎,𝟖𝟐𝟕
𝑵𝒖 = 𝟒, 𝟖𝟐 + 𝟎, 𝟎𝟏𝟖𝟓 𝑹𝒆𝑷𝒓 𝑵𝒖 = 𝟓, 𝟎 + 𝟎, 𝟎𝟐𝟓 𝑹𝒆𝑷𝒓 𝟎,𝟖

3 ∙ 10−3 < 𝑃𝑟 < 5 ∙ 10−2


3,6 ∙ 103 < 𝑅𝑒 < 9,05 ∙ 105
3,6 ∙ 103 < 𝑅𝑒 < 9,05 ∙ 105
𝑅𝑒𝑃𝑟 > 100
102 < 𝑅𝑒𝑃𝑟 < 104

 Propriedades devem ser avaliadas a 𝑇ത𝑚 .  Propriedades devem ser avaliadas a 𝑇ത𝑚 .

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO TURBULENTO EM TUBOS NÃO CIRCULARES

Para escoamento turbulento plenamente desenvolvido em tubos de seção não circular, utiliza-se as correlações anteriores
para seção circular substituindo o diâmetro D pelo diâmetro hidráulico da tubulação (DH)

𝟒𝑨𝒕𝒓 *A metodologia, para escoamentos turbulentos se aplica para Re ≥ 2300 e Pr ≥ 0,7.


𝑫𝑯 =
𝑷

 Exemplo de cálculo do diâmetro hidráulico: Tubo de seção quadrada de lado l.

𝐴𝑡𝑟 = 𝑙² 𝟒𝒍 ²
l 𝑫𝑯 = =𝒍
𝟒𝒍
𝑃 = 4𝑙

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO EM REGIÃO ANULAR ENTRE TUBOS CONCÊNTRICOS


 A transferência de calor por convecção na região anular pode ocorrer tanto na superfície do tubo interno quanto na
superfície do tubo externo:
 Os fluxos são dados por:

𝒒"𝒊 = 𝒉𝒊 𝑻𝑺,𝒊 − 𝑻𝒎 𝒒"𝒆 = 𝒉𝒆 𝑻𝑺,𝒆 − 𝑻𝒎

 Os coeficientes de película são calculador a partir:

𝒉𝒊 𝑫 𝑯 𝒉𝒆 𝑫 𝑯
𝑵𝒖𝒊 = 𝑵𝒖𝒆 =
𝒌 𝒌

 Sendo o diâmetro hidráulico dado por:

𝝅 𝑫𝟐𝒆 − 𝑫𝟐𝒊
𝟒𝑨𝒕𝒓 𝟒 𝟒
𝑫𝑯 = = = 𝑫𝒆 − 𝑫𝒊
𝑷 𝝅𝑫𝒆 + 𝝅𝑫𝒊

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO EM REGIÃO ANULAR ENTRE TUBOS CONCÊNTRICOS

1. CONDIÇÕES NA SUPERFÍCIE:

A) UMA SUPERFÍCIE ADIABÁTICA E A OUTRA A UMA TEMPERATURA UNIFORME

 Regime de escoamento: Escoamento Laminar Completamente Desenvolvido

 Propriedades devem
ser avaliadas a 𝑇ത𝑚 .

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO EM REGIÃO ANULAR ENTRE TUBOS CONCÊNTRICOS

1. CONDIÇÕES NA SUPERFÍCIE:

B) UMA SUPERFÍCIE ADIABÁTICA E A OUTRA COM FLUXO TÉRMICO UNIFORME

 Regime de escoamento: Escoamento Laminar Completamente Desenvolvido

 Propriedades devem
ser avaliadas a 𝑇ത𝑚 .

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CONVECÇÃO INTERNA FORÇADA

ESCOAMENTO EM REGIÃO ANULAR ENTRE TUBOS CONCÊNTRICOS

ESCOAMENTO TURBULENTO COMPLETAMENTE DESENVOLVIDO

Neste caso, tem-se que na região anular: 𝒉𝒊 ≈ 𝒉𝒆

 Utiliza-se o diâmetro hidráulico com a equação de DITTUS-BOELTER

0,6 < 𝑃𝑟 < 160

𝑅𝑒 ≥ 10.000

𝑵𝒖 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟑𝑹𝒆𝟒/𝟓 𝑷𝒓𝒏 𝐿
≥ 10
𝐷
𝑛 = 0,4 (𝑎𝑞𝑢𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜) ∗ 𝑫𝑯 = 𝑫𝒆 − 𝑫𝒊

𝑛 = 0,3 (𝑟𝑒𝑠𝑓𝑟𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)  Propriedades devem ser avaliadas a 𝑇ത𝑚


.

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EXEMPLO 2
Considere uma região anular entre dois tubos concêntricos na qual os diâmetros interno e externo são de 25 mm e 50 mm.
Água entra na região anular a 0,03 kg/s e com uma temperatura média de 25 °C.

a) Se a parede do tubo interno for aquecida eletricamente a uma taxa (por unidade de comprimento) de 3000 W/m,
enquanto a parede do tubo externo é termicamente isolada (taxa nula), qual deve ser o comprimento dos tubos para que
a água atinja uma temperatura média de 85 °C na saída?

b) Qual é a temperatura na superfície do tubo interno na saída, onde condições plenamente desenvolvidas podem ser
consideradas?

𝐷𝑖 = 25𝑚𝑚 = 0,025𝑚 𝐷𝑒 = 50𝑚𝑚 = 0,050𝑚

𝑇𝑚 = 25°𝐶
𝑚ሶ = 0,03 𝑘𝑔/𝑠

𝑞ሶ ′ = 3000 𝑊/𝑚 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 = 85°𝐶

CASO B) ESCOAMENTO ANULAR COM UMA SUPERFÍCIE


ADIABÁTICA E A OUTRA COM FLUXO TÉRMICO UNIFORME

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Cálculo do comprimento L do tubo:

𝑇𝑚,𝑒𝑛𝑡 + 𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 25 + 85
𝒒ሶ = 𝒎𝑪
ሶ 𝑷 𝑻𝒎,𝒔𝒂𝒊 − 𝑻𝒎,𝒆𝒏𝒕 𝑇ത𝑚 = = = 55°𝐶 ≅ 328 𝐾
2 2

𝑱
𝑪𝑷 = 𝟒𝟏𝟖𝟑
𝒎𝒐𝒍. 𝑲

𝐷𝑖 = 0,025𝑚 3000 ∙ 𝐿 = 0,03 ∙ 4183 85 − 25

𝐷𝑒 = 0,050𝑚

𝑚ሶ = 0,03 𝑘𝑔/𝑠 𝑳 = 𝟐, 𝟓𝟏𝒎

𝑇𝑚 = 25°𝐶

𝑞ሶ ′ = 3000 𝑊/𝑚

𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 = 85°𝐶

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Cálculo da temperatura na superfície do tubo interno na saída:

𝒒"𝒊 = 𝒉𝒊 𝑻𝑺,𝒊 − 𝑻𝒎

h? Qual regime de escoamento?


𝜌𝑣𝐷𝐻
𝑅𝑒 = 𝑚ሶ = 𝜌𝑣𝐴𝑡𝑟 𝐷𝐻 = 𝐷𝑒 − 𝐷𝑖
𝜇

𝐷𝑖 = 0,025𝑚 𝑚ሶ 𝐷𝑒 − 𝐷𝑖 𝜋 𝐷𝑒2 − 𝐷𝑖2


𝑅𝑒 = 𝐴𝑡𝑟 = = 1,47 ∙ 10−3
𝐴𝑡𝑟 𝜇 4
𝐷𝑒 = 0,050𝑚

𝑚ሶ = 0,03 𝑘𝑔/𝑠 𝑇ത𝑚 = 328 𝐾 → 𝜇 = 509 ∙ 10−6

𝑇𝑚 = 25°𝐶
0,03 0,05 − 0,025
𝑅𝑒 = = 1002,4 (𝐿𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎𝑟)
𝑞ሶ ′ = 3000 𝑊/𝑚 1,47 ∙ 10−3 ∙ 509 ∙ 10−6

𝑇𝑚,𝑠𝑎𝑖 = 85°𝐶

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B) UMA SUPERFÍCIE ADIABÁTICA E A OUTRA COM FLUXO TÉRMICO UNIFORME

 Regime de escoamento: Escoamento Laminar


Completamente Desenvolvido

𝐷𝑖 0,025
= = 0,5 𝑁𝑢𝑖 = 6,2475
𝐷𝑒 0,05

𝒉𝒊 𝑫 𝑯 𝑇ത𝑚 = 328 𝐾 → 𝑘 = 648 ∙ 10−3


𝑵𝒖𝒊 =
𝒌

ℎ𝑖 0,025
6,2475 =
648 ∙ 10−3

𝑾
 Propriedades devem ser avaliadas a 𝑇ത𝑚 . 𝒉𝒊 = 𝟏𝟔𝟗, 𝟒 2
𝒎 .𝑲

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Cálculo da temperatura na superfície do tubo interno na saída:

𝒒"𝒊 = 𝒉𝒊 𝑻𝑺,𝒊 (𝑳) − 𝑻𝒎,𝒔𝒂𝒊

𝑞ሶ 3000 ∙ 𝐿 3000
𝑞"𝑖 = = = = 38197,2 𝑊/𝑚²
𝐴 𝜋𝐷𝑖 𝐿 𝜋0,025

38197,2 = 169,4 𝑇𝑆,𝑖 (𝐿) − 85

𝑻𝑺,𝒊 𝑳 = 𝟑𝟏𝟎, 𝟓 °𝑪

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