You are on page 1of 50

Universidade Federal do ABC

Por Nicolas Souza Lopes


 Objetivo: Este curso tem como objetivo
introduzir os fundamentos de composição e
interpretação musical.
 Introdução: As Seis Propriedades do Som
 Tom (Pitch)
 Volume (Amplitude)
 Timbre
 Duração
 Envelope (Articulação)
 Localização
 Primeira Parte: Estruturas Musicais e Suas
Representações
 Elementos Musicais
▪ Notas
▪ Escalas
▪ Acordes
▪ Intervalos
 Elementos Rítmicos
▪ Duração
▪ Pausa
▪ Nota Pontuada
▪ Tercina
▪ Ligadura
 Segunda Parte: Composição
 Melodia
 Harmonia
 Rítmica
 Textura
 Dinâmica
 Timbre
 Forma
Introdução
 A tonalidade de uma onda sonora é descrita pela
sua frequência.
 O padrão frequencial foi desenvolvido pela
Acoustical Society of America, e tem como base a
nota lá da oitava central, de frequência 440Hz,
equivalente ao quarto lá em um piano padrão de
88 teclas.
 O dó central de um piano tem frequência de
aproximadamente 261Hz.
 O volume de uma onda sonora é descrito pela
sua amplitude (Em decibels).
 O timbre é a característica principal que
diferencia uma onda sonora de mesmo volume e
tom de outra. Ele é formado por uma
sobreposição de vibrações harmônicas que são
relacionadas com a tonalidade fundamental.
 Uma onda sonora gerada por um instrumento
possui um espectro de frequências onde cada
frequência possui uma determinada intensidade
em um certo tempo.
 O espectro de frequências de uma onda pode ser obtido a
partir da Transformada de Fourier, que afirma que qualquer
onda periódica pode ser reproduzida como uma soma de
séries de ondas senoidais em múltiplos inteiros de uma
frequência fundamental.
 A duração refere-se a medida de tempo de uma onda
sonora.
 O envelope descreve a forma do som durante o
tempo que ele está soando. É composto de quatro
fases:
 Attack: Tempo necessário para o som alcançar a amplitude
máxima (Partindo do zero).
 Decay: Tempo necessário para o som alcançar a amplitude
de sustain.
 Sustain: Amplitude do som enquanto é mantido.
 Release: Tempo necessário para o fade-out do som.
 A localização de um som é uma consequência da
capacidade do cérebro de perceber a direção de uma
onda sonora.
 O som pode ser caracterizado como monofônico ou
stereofônico (Quadrafônico, Surround, 5.1, 10.2).
Primeira Parte
 Solfejo: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si
 Cifra: C, D, E, F, G, A, B
 Intervalos
 Tom: Intervalo de duas teclas
 Semitom: Intervalo de uma tecla
 Acidentes:
 Sustenido (#) : Adiciona 1/2 tom à nota
correspondente.
 Bemol (♭): Reduz 1/2 tom à nota
correspondente.
 Partitura: Representação escrita da música.
Símbolos que se associam à sons. Notas são figuras
rítmicas posicionadas em determinadas linhas.
 Acidentes: O acidente vem antes da nota na
partitura. Na cifra ele vem depois (Como em C#).
 Bequadro: O bequadro anula acidentes.

Em uma partitura, um acidente se aplica à todas


as notas de um mesmo compasso, a menos que
seja anulado por um bequadro.
 Exemplo: Vamos representar esta sequência de
notas:
Sol#, Sol#, Sol, Sol

Reparem que não foi necessário repetir a marcação


de sustenido, da mesma forma que não foi
necessário anular o sustenido com o bequadro mais
de uma vez.
 Escala: Sequência de notas em harmonia.
 Maior Diatônica: Tom, Tom, Semitom, Tom, Tom,
Tom, Semitom
 Menor Diatônica: Tom, Semitom, Tom, Tom,
Semitom, Tom, Tom

Exemplo de Escala Maior: Começando em Dó, temos


Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó.
Intervalos: Basicamente, os intervalos são a distância
entre duas notas na escalas.
 Acorde: Conjunto de duas ou mais notas tocadas
simultaneamente.
 Tríades: Acordes formados pela tônica (Nota que
identifica o acorde), terça e a quinta.
 Acordes com 7ª: Formados pelas tríades com
adição da 7ª.
 Compasso: O compasso é um segmento musical
definido por um certo número de “tempos” ou
“pulsos”.
 Exemplo:

 Numerador - O compasso possui 4 unidades de


tempo.
 Denominador – A figura que ocupará uma
unidade de tempo do compasso tem valor 8
(Colcheia).
Com isso podemos concluir que o compasso é formado por 4
colcheias.Se 1 colcheia vale 1/2 tempo, o compasso vale 2 tempos!
 Nota Pontuada: O ponto representa metade do
valor da nota que o precede. Só vale se estiver no
compasso!

2 + 2/2 = 3

 1 + 1/2 = 1,5
 Ligadura: Liga duas notas iguais, representando
um som prolongado de duração igual à soma dos
dois valores.

Neste caso, o Sol começa no 4º tempo do


primeiro compasso e se estende por mais um
tempo, no segundo compasso.
 Tercina: Subdivisão do tempo onde três notas
ocupam o tempo que normalmente duas
ocupariam.
 Partitura  Composição
 Elementos Musicais ▪ Melodia
 Notas ▪ Harmonia
 Escalas ▪ Ritmo
 Acordes ▪ Textura
 Intervalos ▪ Dinâmica
 Elementos Rítmicos ▪ Timbre
▪ Forma
 Duração
 Pausa
 Nota Pontuada
 Tercina
 Ligadura
Segunda Parte
 Melodia: A melodia, ou tema, é a parte mais
importante da composição, e consiste em
uma sequência de notas despadronizadas
que captam a atenção do ouvinte.
 Exemplos: Marcha Turca, Sinfonia Nº9,
Canon em Ré.
 Harmonia: A harmonia é o acompanhamento
que complementa a melodia. Uma mesma
melodia, quando sujeita à diferentes
harmonias pode mudar de entonação
drasticamente.
 A harmonia geralmente é composta de
acordes que se relacionam com a escala
tocada na melodia. Arpeggios (Sequência de
notas que formam um acorde tocada
individualmente) também são empregados
na harmonia.
 Textura: A textura de uma música ou obra é
definida como o modo em que os elementos
harmônicos, melódicos e rítmicos estão
combinados em uma composição. Além
disso, a textura é descrita de acordo com o
número de vozes de uma composição e a
relação entre essas vozes.
 Monofônica - Uma só linha melódica sem
acompanhamento harmônico.
 Polifônica - Duas ou mais linhas melódicas
independentes.
 Homofônica - Textura composta por diversas vozes
em que uma delas, a melodia, destaca-se das demais,
que criam um acompanhamento de fundo. Se todas
as partes têm o mesmo ou quase o mesmo ritmo,
então a textura homofônica pode ser descrita
como homorrítmica.
 Heterofônica - Textura musical em que há vozes de
diferentes caráteres, movendo-se em ritmos
contrastantes
 Dinâmica: Aspectos de execução de uma
determinada peça.
 Dinâmica Articulada (Envelope):
 Marcato: Deve-se tocar a nota ou acorde de
forma que fique mais alto que o restante.
 Legato: Deve-se tocar a sequência de notas de
forma que elas fiquem suavemente ligadas.
 Staccato: Deve-se tocar a nota reduzindo sua
duração.
 Dinâmica Funcional (Intensidade):
 p (Piano): Suave
▪ mp (Mezzo-Piano): Razoavelmente Suave
▪ pp (Pianissimo): Muito Suave
 f (Forte): Alto
▪ mf (Mezzo-Forte): Razoavelmente Alto
▪ ff (Fortissimo): Muito Alto
 sfz (Sforzando): Aumento súbito de intensidade
 < (Crescendo): Crescimento gradual do volume
 > (Diminuendo): Redução gradual do volume
 Timbre: Característica sonora que distingue sons de
mesma frequência produzidos por fontes
diferentes. O timbre é um dos elementos mais
importantes de uma composição, pois com ele vem
uma bagagem única de caraterísticas rítmicas e
dinâmicas que dependem da origem e cultura
daquele som.
 Forma: A forma de uma composição é seu layout,
quando a separamos por seções. Hoje em dia não há
uma convenção quanto à forma musical.
Entretanto, os artistas clássicos seguiam
rigorosamente os padrões de forma binária,
ternária, rondo, sonata clássica, etc.
 Ferramentas:  Estrutura:
 Notas  Melodia
 Escalas  Harmonia
 Acordes  Estilo
 Rítmica  Forma
 Dinâmica
 Timbres
 Estude o estilo musical que deseja compor:
Não se prenda à ele, mas também não fuja
totalmente. Seu objetivo é atingir um
determinado público. Estilos musicais não
são convenções nem padrões, porém as
composições de um determinado gênero
compartilham pelo menos a maioria de seus
aspectos.
 Use mais de uma tonalidade: Não tem problema
nenhum em compor uma música apenas usando uma
escala, mas uma mudança no tom ‘quebra o gelo’.
 Evite repetir frases: Mesmo se quiser manter uma
frase para o verso. Altere pelo menos algumas notas.
 Destaque cada instrumento: Quer colocar um solo
de guitarra, um de teclado, um de bateria e um de
baixo? Um de cada vez, por favor.
 Componha com calma: Se você não estiver inspirado
e só conseguiu criar uma melodia, guarde-a, ela com
certeza será usado posteriormente.
 Invista nas melodias: São elas que ‘ficam na
cabeça’.
 Inove com cuidado: Colocar um elemento
exótico em sua música pode tanto diferenciá-la
como torna-lá ridícula.
 Comece por onde se sentir melhor: Gostou de
uma sequência de acordes? Encaixe uma
melodia por cima. Criou uma melodia?
Desenvolva um ritmo para ela.
 Dê um título característico: Ele é como a capa
de um livro. E sim, as pessoas julgam o livro pela
capa.
 Coloque um pouco de teclado: O teclado tem
timbres de quase tudo: Piano, Órgão, Flauta,
Cordas, Saxofone, Trompete, etc. Independente
do estilo, alguma coisa você usará.
 Não termine uma música do nada: Mas
também não crie um final épico para cada uma
delas. Existem várias formas de se encerrar uma
música.
 Fale sobre temáticas interessantes: Não se
prenda ao clima gerado pelo estilo musical
escolhido.
 E por último, componha para você e não para os
outros!
 Softwares recomendados:

 Audacity: Editor e gravador de áudio totalmente


gratuito, com recursos avançados e vários efeitos.
 Guitar Pro: Editor e compositor de músicas em formato
midi com uma interface em partitura.
 eJay Series: Série de programas para a criação de
música eletrônica, tanto com o uso de samples quanto
com desenvolvimento próprio.
 Cubase, Fruity Loops, Logic Pro, Cakewalk: Softwares
profissionais para composição, gravação e mixagem de
músicas.
 Facebook: http://www.facebook.com/niicsl
 Blog: http://arquiteturamusical.wordpress.com

You might also like