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Auditoria Contabil Avançada 03
Auditoria Contabil Avançada 03
CONTÁBIL
AVANÇADA
Aline Alves
A472a Alves, Aline.
Auditoria contábil avançada / Aline Alves. – Porto
Alegre : SAGAH, 2017.
219 p. : il. ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-046-7
CDU 657.63
Introdução
Você sabia que o controle de estoques contempla os controles contá-
beis e também físicos? Sabe-se que o bom controle contábil de estoques
é realizado através de um sistema no qual as funções dos colabora-
dores sejam segregadas, ou seja, os colaboradores que realizam as
vendas ou efetuam o lançamento das compras não são os mesmos que
controlam os estoques.
Os estoques estão focados no método de contabilização e no valor
do custo que deve ser reconhecido como ativo e conservado na escri-
turação até que as referidas receitas sejam reconhecidas.
Neste texto, você vai estudar a relevância do controle de estoques,
identificar os custos que o abrangem e analisar a apresentação dos es-
toques nas demonstrações.
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Os estoques correspondem aos bens que foram contraídos e que possuem como
destino a venda. Consideram também as mercadorias, os terrenos e os imóveis que
foram adquiridos com intuito de revenda.
O valor realizável líquido corresponde ao valor que a empresa pretende efetuar com
a venda das mercadorias, já deduzidos os impostos. Já o valor justo contempla o
valor pelo qual o estoque pode ser trocado por meio de vendedores e compradores.
Controle interno
A definição de controle interno tem por finalidade proporcionar ao auditor a
base para estabelecer o propósito do seu trabalho. Ela o orienta quanto aos
métodos que ele deve utilizar, ao período e à extensão dos trabalhos.
O controle interno contempla os controles contábeis e os físicos. Um controle
contábil eficaz se define mediante um sistema em que as funções dos colabo-
radores sejam separadas. Ou seja, em um sistema no qual não seja possível
que o colaborador que fiscaliza os estoques tenha responsabilidade sobre o
faturamento das vendas da empresa ou sobre os lançamentos de compras. O
sistema precisa ser desenvolvido de modo que a movimentação dos dados
contábeis ocorra simultaneamente à movimentação dos estoques. Somente
será possível remeter o estoque após a aprovação das vendas e a autorização
do envio.
O faturamento relativo às compras não deve ser lançado nem autorizado
para pagamento sem que se tenha verificado os relatórios de recebimentos.
Estes devem estar corretos com relação aos itens que foram faturados. Os
inventários correspondem a um excelente controle.
25. O custo dos estoques, que não sejam os tratados nos itens 23 e 24,
deve ser atribuído pelo uso do critério Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair
(PEPS) ou pelo critério do custo médio ponderado. A entidade deve usar
o mesmo critério de custeio para todos os estoques que tenham natureza
e uso semelhantes para a entidade. Para os estoques que tenham outra
natureza ou uso, podem justificar-se diferentes critérios de valoração.
26. Por exemplo, os estoques usados em um segmento de negócio
podem ter um uso para a entidade diferente do mesmo tipo de esto-
ques usados em outro segmento de negócio. Porém, uma diferença na
localização geográfica dos estoques (ou nas respectivas normas fiscais),
por si só, não é suficiente para justificar o uso de diferentes critérios de
valoração do estoque.
27. O critério PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) pressupõe que os
itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam
vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens que perma-
necerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente
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Procedimentos de auditoria
O auditor precisa ler atentamente as recomendações da companhia para o
levantamento do inventário. Ele também deve verificar alguns dos principais
pontos:
Planejamento;
Monitoramento das etiquetas;
Corte das operações;
Fluxo interno e externo referente às mercadorias;
Identificação das mercadorias.
É preciso ainda definir quais serão os auditores externos que farão a apu-
ração das contagens. Isso é feito mediante reunião. Esses auditores recebem
orientações sobre a natureza do inventário e a particularidade das operações
da companhia. Além disso, nessa reunião se definem os setores em que cada
auditor vai atuar.
Durante o período da contagem, será necessário que o auditor siga os
seguintes critérios:
Leituras recomendadas
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios fundamentais e normas brasileiras
de contabilidade: auditoria e perícia. 3. ed. Brasília, DF, 2008. Disponível em: <http://
portalcfc.org.br/wordpress/ wp-content/ uploads/2013/01/livro_auditoria-e-pericia.
pdf>. Acesso em: 05 jan. 2017.
CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
SLOMSKI, V. Manual da contabilidade pública: um enfoque na contabilidade municipal,
de acordo com a lei de responsabilidade fiscal. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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