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A NECESSIDADE DE REINVENTAR A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS NO BRASIL

Edicleia Aparecida Alves dos Santos (Mestranda em Educação)


Margareth Leonardi Kuhn Stremel (Mestranda em Educação)
Rita de Cássia da Silva Oliveira (Doutora em Educação)
Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

Resumo:
O presente artigo faz uma reflexão sobre a educação de jovens e adultos no Brasil, sua
formação e constituição enquanto política pública.
Constata-se que o número de analfabetos existente no país hoje, é reflexo de um processo
histórico de produção e manutenção do fracasso da educação infantil e das diversas campanhas
de alfabetização de adultos desenvolvidas, constituindo-se numa imensa dívida social,
conseqüência das diversas intervenções e rupturas ocorridas no movimento de nossa história.
Entretanto, deve-se lembrar que a história de um povo é construída como uma história de
possibilidades e todos são sujeitos históricos e portadores de direitos.

Palavras- chaves: Educação jovem / adulto, políticas públicas, campanhas, concepções, formação.

The need of reinventing the history of the education of young and adults in Brazil.

Abstract: The present article aims at reflecting on the education of young and adults in
Brazil, its formation and constitution while public politics. It gets evident that the existing
number of illiterates in the country today is a reflection of a historical process of
production and maintenance of the failure of children’s education and the diverse
campaigns of literacy developed to the adults, consisting of an immense social debt,
consequence of the diverse interventions and ruptures occurred in the movement of our
history. However, it must be remembered that the history of a people is constructed as a
history of possibilities where everybody is a historical citizen and has his/ her rights

Key-words: Adult / young education, public politics, campaigns, conceptions, formation


A NECESSIDADE DE REINVENTAR A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS NO BRASIL

Vive-se a era da globalização da economia, com a introdução de novas tecnologias e


materiais no processo produtivo. Essas transformações ocorrem de forma acelerada, exigindo das
pessoas novas aprendizagens. Por outro lado, a internacionalização da economia e a supremacia
dos interesses do mercado de capitais sobre os humanos têm contribuído para o aumento do
poder de algumas nações, e em contrapartida no plano social aumentou o desemprego e a má
distribuição de renda no interior dos países menos desenvolvidos. Esse contexto contribui para a
constituição de valores como o individualismo, a violência, a intolerância etc.
Neste quadro, torna-se importante destacar que são colocados grandes desafios para a
sociedade e conseqüentemente para a educação, uma vez que o setor educacional está sendo
edificado a partir de critérios de eficiência e eficácia em consonância com os interesses do
mercado que alicerçam mudanças de várias ordens nos sistemas de ensino. Esses critérios são
determinados e levados a cabo por órgão multilaterais de financiamento, como as agências do
Banco Mundial (BID e BIRD), e por órgãos voltados para a cooperação técnica como o Fundo
das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a UNESCO (Curyl, 2000).
Na última década do século XX intensificou-se a preocupação com a melhoria da
educação, não apenas em termos de atendimento à demanda escolar, mas sobretudo, com a
permanência dos alunos nas escolas, bem como sobre as condições necessárias para assegurar aos
alunos aprendizagens imprescindíveis para o desenvolvimento total de suas capacidades e
inserção no mercado de trabalho.
Essa educação com qualidade deve contribuir para a formação de cidadãos capazes de
corresponder aos desafios impostos pela sociedade globalizada, ou seja, de cidadãos que saibam
agir de forma autônoma, flexível, responsável, selecionando o que é importante, investigando,
pesquisando, questionando e refletindo sobre esses conhecimentos.
Esse processo se dá através da construção e reconstrução do conhecimento, o qual
depende das condições de aprendizagem de natureza objetiva e subjetiva, que leva ao
desenvolvimento de diferentes capacidades, afetivas, cognitivas, físicas.
Com base nessas necessidades é que os quatro pilares da Educação (DELORS, 1996) -
aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser - foram elaborados
por especialistas de vários países, visando dar aos alunos acesso ao conhecimento e também ao
convívio em sociedade.
Nessa perspectiva, exige-se que a profissão do docente não fique reduzida ao
domínio dos conteúdos das disciplinas e das técnicas para transmiti-la, mas que seja um
conhecimento em construção fundamentado na ação-reflexão-ação e, principalmente, que
tenha cunho político, ético e moral, contribuindo para a efetiva formação do aluno-
cidadão dentro de uma sociedade em constante transformação.
A docência, nesse contexto, não está mais arraigada somente ao estudo do
conteúdo e à técnica de transmissão desse conteúdo. É uma aprendizagem que deve
ocorrer dentro de uma problemática, ou seja, de situações concretas que se dão no
contexto escolar; é um ir e vir constante. Exige ainda que, além dos conhecimentos, sejam
trabalhadas atitudes para o desenvolvimento de uma prática reflexiva competente.
Portanto, a formação de professores é como um continuum, ou seja, ela deve ocorrer
durante toda a vida.
Analisando toda a trajetória da Educação de Jovens e Adultos (EJA), verifica-se que
aconteceram alguns avanços, porém os problemas básicos continuam, devido à falta de uma
política educacional específica que constantemente sofre rupturas e descontinuidades e também
porque os professores dessa modalidade de ensino geralmente não têm propostas pedagógicas
específicas e concretas voltadas para essa realidade.As concepções da educação de jovens e
adultos sempre foram norteadas por interesses políticos, econômicos e ideológicos, que seguem
os procedimentos metodológicos transplantados das experiências com a alfabetização de
crianças.
As ações pedagógicas na modalidade de educação de jovens e adultos atualmente
adquirem novas significações, exigindo necessariamente uma revisão das propostas e programas
concebidos pelas diferentes instituições, sejam governamentais ou não governamentais.
Apesar de constantemente estar presente o discurso da não neutralidade das ações
educativas, na educação de jovens e adultos ainda permanece este equivoco, muito embora
velado, de que se for adotada uma concepção mais crítica do trabalho com esse segmento,
buscando desvelar os diversos interesses presentes no contexto, se está fazendo política,
beneficiando um determinado segmento da sociedade, confundindo tais ações ou colocações
como política partidária.
Ora, se pretende desenvolver ações pedagógicas pautadas nos princípios educativos de
Paulo Freire, visando uma concepção libertadora de educação é evidente que se está fazendo
política, mas não política partidária, como na maioria das vezes é difundido.
Assim, como quando são realizadas ações pedagógicas visando somente trabalhar com o
conhecimento, também, se está privilegiando a determinados interesses a serviço de uma
ideologia.Não existe política nessas ações? A política também se faz presente.
Em pleno início do século XXI, faz-se urgente desmistificar esses conceitos frente ao
trabalho com a educação de jovens e adultos e assumirmos uma postura ético-profissional que
venha respaldar os discursos, para que se possa construir uma identidade para essa modalidade da
educação básica.
É necessário compreender, que os resultados referentes à quantidade de analfabetos
existente em nosso país hoje, é reflexo de um processo histórico de produção e manutenção do
fracasso da educação infantil e das diversas campanhas de alfabetização de adultos
desenvolvidas, constituindo-se numa imensa dívida social, conseqüência das diversas
intervenções e rupturas ocorridas no movimento da educação. Ressalta-se que a história de um
povo é construída como uma história de possibilidades e todos são sujeitos históricos e
portadores de direitos.
“...É na História como possibilidade que a subjetividade, em relação dialético-
contraditória com a objetividade, assume o papel do sujeito e não só de objeto das transformações
do mundo” (FREIRE, 1.993, p.51).
Esse desequilíbrio ocorre porque, vive-se num mundo onde o poder se sobrepõe ao ser,
onde a lei do mais forte prevalece, assim, nesse contexto, o futuro é problemático, mas não
inexorável, portanto, é passível de se construir uma educação de adultos que garanta tanto a
aquisição do conhecimento científico por parte do educando, quanto possibilitar o resgate de sua
dignidade enquanto sujeito, independente de sua condição sócio-econômica.
Não se pode permanecer com discursos evasivos, precisa-se compreender o que é uma
ação pedagógica embasada na concepção freireana de educação e mobilizar os educadores de
jovens e adultos proporcionando reflexões sobre as ações pedagógicas a serem desenvolvidas
objetivando a construção de uma educação de adultos como práxis libertadora.
Mais do que campanhas isoladas de alfabetização de adultos e uma pretensa escolarização
desenvolvida pelo Ensino Supletivo, torna -se urgente criar uma proposta de educação de jovens
e adultos consistente, coerente que garanta o conhecimento, não permitindo que os mesmos
retornem a condição de analfabetos funcionais, garantindo de fato a concretização da EJA
enquanto modalidade de ensino, garantindo a todos um direito outrora negado.
Nessa perspectiva, busca-se uma verdadeira política pública de educação de jovens e
adultos, que possibilite a formação de cidadãos críticos e ativos, na qual educandos e educadores
possam refletir juntos sobre que tipo de conhecimento está se produzindo e quais orientações
devem ser implementadas no decorrer do processo.
Outro ponto a ser resgatado, constitui - se na atenção especial que deve ser delegada ao
educador da EJA, ele é o mediador entre o conhecimento e o educando, sendo assim qualquer
pessoa não pode assumir essa função, emerge a necessidade de desmistificar essa visão. Alguns
questionamentos se fazem necessários. Qual a formação a ser destinada a esse educador? A quem
compete formar esse educador? Sua formação deve estar a serviço de quem?
É imprescindível que o mediador entre o conhecimento e o educando adulto tenha uma
formação adequada de acordo com as especificidades da alfabetização de adulto bem como, dos
conhecimentos frente as diferentes concepções e visões de mundo integrantes do trabalho com o
jovem e adulto, constituindo-se num profissional especializado, levando – se em consideração os
processos de construção de conhecimento por parte do educando adulto.
Acredita-se ser necessário que os cursos de licenciaturas, principalmente a Pedagogia
comece revendo seu currículo e acrescentando reflexões acerca do como o jovem adulto constrói
seu conhecimento, qual é o perfil de nosso educando de EJA, e quais propostas curriculares ou
concepções são mais adequadas para atender esse segmento respeitando suas características e
necessidades de aprendizagem.
Uma proposta real e significativa para atender essa modalidade de ensino deve considerar
as especificidades da educação de jovens e adultos, ao qual, traduz-se nos princípios educativos
ensinados por Paulo Freire(1997), acreditando que estes eixos podem ser norteadores tanto para a
formação dos educadores quanto pertinentes ao processo ensino / aprendizagem dos educandos:
• “Não há docência sem discência”;
• “Ensinar exige rigorosidade metódica”;
• “Ensinar exige pesquisa”;
• “Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos”;
• “Ensinar exige criticidade”;
• “Ensinar exige estética e ética”;
• “Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo”;
• “Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática”;
• “Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural”;
• “Ensinar não é transferir conhecimento”;
• “Ensinar exige conhecimento do inacabamento”;
• “Ensinar exige o reconhecimento do ser condicionado”;
• “Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando”;
• “Ensinar exige bom senso”;
• “Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores”;
• “Ensinar exige apreensão da realidade”;
• “Ensinar exige alegria e esperança”;
• “Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível”;
• “Ensinar exige curiosidade”;
• “Ensinar exige comprometimento”;
• “Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo”;
• “Ensinar exige liberdade e autoridade”;
• “Ensinar exige tomada consciente de decisões”;
• “Ensinar exige saber escutar”;
• “Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica”;
• “Ensinar exige a disponibilidade para o diálogo”;
• “Ensinar exige querer bem aos educandos”.
Pautados nestes eixos e na concepção de que capacitar é diferente de formar, deve-se
rever os cursos de capacitação de alfabetizadores e/ ou professores.Segundo o dicionário
Aurélio de Língua Portuguesa, capacitar é tornar capaz, habilitar, e formar significa dar forma
a algo, instruir, educar, aperfeiçoar, destinar a estudos....
Sendo assim, questiona-se. Dentro dessa visão, deve-se buscar uma capacitação ou
formação do educador de EJA visando à consolidação de uma política pública? Uma
capacitação ocorre através de cursos aligeirados de 30, 80 ou 120 horas somente, ou busca-se
conhecer os processos e concepções que devem nortear as ações educativas sobre
alfabetização, escolarização dos jovens e adultos?
As campanhas de alfabetização de adultos desenvolvidas não trouxeram os resultados
esperados porque trazem em seu bojo uma visão utilitarista, de segunda classe, com ações
paliativas visando mascarar uma problemática maior, sem definição de recursos suficientes
para realização das ações educativas.
Os programas desenvolvidos pelas diferentes esferas governamentais não se constituíram
em política pública, devido as constantes rupturas ocorridas, evidenciando que tais
campanhas eram fruto de uma política de governo, sem uma maior preocupação em resgatar o
adulto analfabeto de sua condição.
Independente de se criar programas de alfabetização é necessário possibilitar condições de
execução desses com recursos, concepções e estratégias definidas visando a sua continuidade,
com ações que respaldem não somente a escolarização, mas que possibilite o acesso e
condições de permanência para a conclusão da educação básica, fazendo com que a sociedade
civil, através de seus diferentes segmentos, ONGs, associações , igrejas, entidades
empresariais... não se vejam obrigados a assumir uma função ao qual muitas vezes, não estão
preparados.
“É obrigação do Estado assegurar aos jovens e adultos trabalhadores o direito à educação
pública, gratuita e de qualidade social, garantindo que ela se dê, prioritariamente, com o
aproveitamento da estrutura pública de ensino, capacitada nos planos teórico - metodológico,
profissional e material para o atendimento pedagógico adequado as especificidades dessa
modalidade de ensino.”(GENTILI, 2.003,p. 64)
A sociedade civil pode colaborar e participar, mas, sendo a educação de jovens e adultos
uma modalidade da educação básica, com suas especificidades não compete a qualquer um
trabalhar com ela.
É importante a existência de recursos e garantia de sua execução com qualidade, havendo
pessoas qualificadas para que de fato possam ser chamadas de educadoras.Isso exige, uma
formação inicial e continuada buscando uma formação do educador, visando refletir sobre o
perfil de nosso educando, suas condições concretas de existência para possibilitar o
desenvolvimento de ações pedagógicas consistentes, promovendo a criação de materiais
didáticos respaldados nas especificidades do educando, com currículos, metodologias e uma
formação de professores adequada a essa modalidade de ensino da educação básica.
É inegável, por outro lado, a relevância seja de campanhas de alfabetização de adultos ou
outras ações dos diversos setores da sociedade, destacando-se a Lei de Diretrizes e Bases
5.692/71 que pela primeira vez a educação de adultos foi discutida com prioridade,
dedicando-se a ela um capítulo objetivando garantir a sua oferta, através dos Centros de
Estudos Supletivos(CES), dos Cursos de Suplência, do Ensino Regular noturno, contribuindo
para que hoje se possa reivindicar uma real política pública de educação de jovens e adultos.
Decorrente dessas pressões que a Constituição de 1.988 veio a garantir a educação para
todos, inclusive àqueles que não tiveram acesso a educação, independente de sua faixa etária,
sendo reforçada na LDB 9.394/96 esse direito, revelando uma conquista legal no campo das
políticas públicas, apesar de não definir estratégias e garantias de recursos para sua execução,
veio a contribuir para consolidar as poucas iniciativas existentes no âmbito dessa modalidade
da educação básica.
Somado a essas ações teve-se a intervenção da UNESCO ampliando o conceito de
alfabetização e criticando as experiências aligeiradas de alfabetização ao qual não permitiam
o domínio da leitura e da escrita.
A década de 1.990, considerada o Ano Internacional da Alfabetização (AIA), promoveu
eventos significativos incentivando e respaldando as ações nacionais: a IV Conferência
Mundial de Educação de Adultos promovida pelo Conselho Internacional de Educação de
Adultos ( ICAE ), organismo da sociedade civil (Tailândia) e a Conferência Mundial de
Educação Para Todos (Tailândia), promovida pelo Banco Mundial, UNESCO E UNICEF sob
a bandeira da Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem (SOUZA, 1.998), apesar
de priorizar a educação de crianças, demanda uma efervescência na educação de jovens e
adultos havendo o engajamento dos diversos setores da sociedade civil, através de seus
diversos segmentos sociais: ONGs, prefeituras, fóruns estaduais e nacional, os Encontro
Nacional de Educação de Adultos (ENEJAS), tornando-se cada vez mais expressivo seu
poder de intervenção, na criação de diretrizes para a educação de jovens e adultos junto aos
órgãos governamentais, contribuindo para a melhoria da qualidade de atendimento.
Nesses encontros foram elaborados um documento evidenciando as realizações e as metas
da educação de jovens e adultos, oportunizando uma rica fonte de pesquisa e revelando
alguns entraves e conflitos que perduram até o momento atual.
Um deles se evidencia, na dicotomia existente entre a formação para o mercado de
trabalho ou formação geral.Preocupação expressa pelo então Ministro da Educação Paulo
Renato Souza, integrante do Governo Fernando Henrique Cardoso, quando se refere ao
desafio que a EJA representa: “recuperar para que jovens e adultos que ficaram à margem do
processo educativo, a oferta de uma formação que lhes garanta condições mínimas de
ingresso e competição no mercado de trabalho” (RIBEIRO, 2.001,p. 204). A educação do
jovem / adulto voltada apenas para atender aos interesses do mercado não passa mais uma vez
de uma visão utilitarista, cuja função é transferir saberes e técnicas na tentativa de assegurar
uma qualidade do processo produtivo, fazendo com que a concepção de trabalho enquanto ato
educativo se reduza em instrumento de domesticação e alienação do sujeito transformando-o
em mero objeto.
Reverter essa visão é urgente, a medida em que se deseja ter homens e mulheres
conscientes, criativos e transformadores em nosso processo histórico, tornando-se de fato,
sujeito, produto e produtor de história.
Reafirma-se ser imprescindível que o mediador entre o conhecimento e o educando,
seja do jovem ou adulto, tenha uma formação adequada de acordo com as especificidades
dessa modalidade de ensino, incorporando os conhecimentos frente as diferentes concepções
e visões de mundo integrantes do trabalho, constituindo-se num profissional especializado,
levando – se em consideração os processos de construção de conhecimento por parte do
educando jovem/ adulto.
Reinventar a educação de jovens e adultos revendo as práticas e concepções adotadas,
para que se possa desmistificar a visão de uma ação educativa, seja na alfabetização ou
educação básica de segunda classe, podendo ser realizada por qualquer pessoa.

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