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Escola Nacional de Defesa Cibernética

Capítulo 04 | Sessão 8
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Arquitetura e Protocolos
de Rede TCP/IP
Capítulo 4
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Endereçamento IP (parte 2)

Objetivos
Apresentar o tratamento de endereços de super-redes, incluindo atribuição, agregação e
subdivisão de blocos de endereços. Descrever o processo de cálculo de sub-redes com máscara
de tamanho variável (VLSM), e o processo de tradução de endereços privados (NAT), além de
introduzir o endereçamento IPv6 e sua necessidade.

Conceitos
Super-redes ou blocos de endereços, CIDR e VLSM, endereços privados e tradução NAT, conceitos
básicos de endereçamento IPv6.

Endereços privados
O crescimento exponencial da internet requer mecanismos que permitam aproveitar melhor o espaço de endereça-
mento global, para assim evitar a indisponibilidade de endereços em um futuro próximo. Nesse sentido, o conceito de
endereço privado foi introduzido, provendo um conjunto de endereços reservados que podem ser usados livremente
por qualquer organização, sem autorização prévia.
Essas faixas de endereços estão representadas na figura 4.22. Observe que um único endereço de rede classe A é
reservado. No entanto, para as classes B e C, o número é bem maior, sendo reservados 16 endereços de rede classe B
e 256 endereços de rede classe C. Ver RFC 1918.

Figura 4.22: Faixas de endereços privados

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Endereços públicos x privados
Podemos dizer que o espaço de endereços IPv4 é dividido em dois:
•• Endereços públicos – possuem unicidade global e somente podem ser atribuídos para uma organização por uma
instituição autorizada da internet. Assim, qualquer organização que necessite acessar a internet deve obter endere-
ços públicos de uma instituição autorizada;
•• Endereços privados – podem ser usados livremente por qualquer organização porque não são oficialmente atri-
buídos por instituições autorizadas da internet. Possuem apenas unicidade local, ou seja, são únicos apenas na inter-
-rede privada, mas não identificam de forma única as estações na internet.
Como endereços privados não possuem unicidade global, as diversas estações e redes privadas não devem ser visí-
veis externamente na internet. Logo, informações de roteamento sobre redes privadas não podem ser propagadas na
internet. Além disso, datagramas IPv4 com endereços privados trafegam apenas internamente e não devem, portan-
to, ser roteados para fora da inter-rede privada.

Endereços privados – motivação


•• Escassez de endereços IPv4 disponíveis;
•• Mudanças de provedor de internet (ISP);
•• Segurança.

Figura 4.23: Notação CIDR para endereços privados


Na figura acima, a primeira faixa representa a classe A 10.0.0.0/8, a terceira faixa representa um bloco de 256 classes C:
192.168.0.0/16 é equivalente às redes: 192.168.0.0/24, 192.168.1.0/24, ... 192.168.255.0/24.
A faixa 172.16.0.0./12 tem 12 bits no prefixo e em binário corresponde a:
10101100.00010000.00000000.00000000 – 172.16.0.0
10101100.00011111.11111111.11111111 – 172.31.255.255
Portanto, a faixa de endereços 172.16.0.0/12 é composta de um bloco de 16 redes Classe B, cujos endereços de redes
são: 172.16.0.0/16, 172.17.0.0/16, 172.18.0.0/16, até 172.31.0.0/16, porque o prefixo de rede original deste bloco é /12,
que significa o primeiro octeto e os primeiros 4 bits do segundo octeto. Variando os últimos 4 bits do segundo octeto
de “0000” até “1111” obtemos os valores decimais de 16 até 31 no segundo octeto.
Estações privadas podem se comunicar com outras estações (públicas ou privadas) dentro da inter-rede privada, mas
não possuem conectividade IP com qualquer estação fora da inter-rede privada. Embora não possuam conectividade
direta, estações privadas podem acessar serviços externos por meio de tradutores de endereços, comumente imple-
mentados por soluções Network Address Translation (NAT).

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NAT – Técnica de reescrever endereços IPv4 nos cabeçalhos e dados das aplicações,

 conforme política definida, baseada no endereço IPv4 de origem e/ou destino dos pacotes
que trafegam pelos equipamentos que implementam NAT.

A vantagem da adoção de endereços privados para a internet é conservar o espaço de endereçamento global, não
atribuindo endereços públicos onde a unicidade global não é requerida, ou atribuindo blocos relativamente peque-
nos de endereços públicos onde a unicidade global pode ser contornada com o uso de soluções NAT. Além disso,
como estações e redes privadas não são visíveis externamente na internet, endereços privados também são adotados
como mecanismo de segurança.

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