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SP 7 - Dor Torácica
SP 7 - Dor Torácica
Causa cardíaca:
Isquemia/Lesão miocárdica
Doença pericárdicas e outras miocárdicas
Doença de Aorta = Dissecção aórtica aguda
Causas pulmonares:
Embolia pulmonar
Pneumotórax
Metastase
Tumor
Condições gastrointestinais:
Causas musculoesqueléticas:
Transtorno do pânico
ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOR TORÁCICA:
Qualidade da dor:
Localização da dor:
Subesternal com irradiação para pescoço, mandíbula, ombros, braços = típico de dor miocárdica
isquêmica
Irradiação para ambos os braços IAM
Dor altamente localizada bem incomum na angina
Dor retroesternal considerar imediatamente dor esofágica
Dor exclusivamente acima da mandíbula ou abaixo do epigástrio raramente é angina
Dor grave e que irradia para as costas entre as escapulas síndrome aórtica aguda
Dor com irradiação para a crista do trapézio característica de dor pericárdica e não costuma ocorrer
com angina.
Surge em questão de minutos, exacerba com atividade e diminui com o repouso dor miocárdica
isquêmica
Atinge o ápice da intensidade momentaneamente dissecção aórtica, embolia pulmonar ou
pneumotórax momentâneo.
Dor passageira raramente é isquêmica
Começam pela manhã refluxo gástrico e isquemia miocárdica
Fator de piora e de melhora da dor:
Fatores associados:
Isquemia miocárdica = Diaforese (suor), dispneia, náuseas, fadiga, desmaio, eructações (arroto).
A dispneia sempre sugere uma etiologia cardiopulmonar
Inicio de dificuldade respiratória deve-se considerar embolia pulmonar e pneumotórax espontâneo.
Hemoptise embolia pulmonar ou uma etiologia pulmonar paraquimentosa
Síncope ou pré-sincope considerar embolia pulmonar, repercussão hemodinâmica ou dissecção
de aorta e arritmias isquêmicas.
Náuseas e vômitos distúrbio gastrointestinal e IAM
Gravidade de dor
EXAME FÍSICO:
o Taquicardia, hipotensão – indicam pesquisa rápida de condições mais graves como IAM,
embolia pulmonar, pericardite com tamponamento e pneumotórax hipertensivo
o Hipertensão grave = emergência aórticas
o Taquicardia sinusal = manifestação de embolia pulmonar
o Taquipneia e hipoxemia = indicam manifestação pulmonar
o Febre baixa é um sinal bem inespecífico
Exame dos pulmões
Exame do sistema cardíaco
o Ausculta pode revelar disfunção sistólica ou diastólica, sopros de insuficiência mitral, pode indicar
insuficiência aórtica. Pode revelar sons de atrito pericárdico, que indicam inflamação no pericárdio.
Abdominal
o Na palpação uma sensibilidade abdominal pode indicar uma causa gastrointestinal.
o Caso tenha problema cardiopulmonar crônico ou disfunção direita ventricular pode ocorrer congestão
hepática.
Definição: O termo infarto do miocárdio significa basicamente a morte de cardiomiócitos causada por
isquemia prolongada
Fisiopatologia:
● Em geral, essa isquemia é causada por trombose e/ou vasoespasmo sobre uma placa
aterosclerótica. TEM NECROSE DO MIOCÁRDIO
● O processo migra do subendocárdio para o subepicárdio.
● A maior parte dos eventos é causada por rotura súbita e formação de trombo sobre placas
vulneráveis, inflamadas, ricas em lipídios e com capa fibrosa delgada.
● Uma porção menor está associada à erosão da placa aterosclerótica
● Existe um padrão dinâmico de trombose e trombólise simultaneamente, associadas a
vasoespasmo, o que pode causar obstrução do fluxo intermitente e embolização distal (um dos
mecanismos responsáveis pela falência da reperfusão tecidual apesar da obtenção de fluxo na
artéria acometida).
● Dentro de um espectro de possibilidades relacionadas com o tempo de evolução, o miocárdio sofre
progressiva agressão representada pelas áreas de isquemia, lesão e necrose sucessivamente.
● Na primeira, predominam distúrbios eletrolíticos, na segunda, alterações morfológicas reversíveis e
na última, danos definitivo.
● Da mesma forma, essas etapas se correlacionam com a diversidade de apresentações clínicas que
variam da angina instável e infarto sem supra até o infarto com supradesníveldo segmento ST
● É por isso que o manejo do infarto é baseado no rápido diagnóstico, na desobstrução imediata da
coronária culpada, manutenção do fluxo obtido, profilaxia da embolização distal e reversão de suas
complicações potencialmente fatais (arritmias, falência cardíaca e distúrbios mecânicos)
Quadro clínico:
● Dor precordial em aperto à esquerda, irradiada para o membro superior esquerdo, de grande
intensidade e prolongada (maior do que 20 minutos) passa de meia hora
● Não melhora ou apenas tem alívio parcial com repouso ou nitratos sublinguais
● A irradiação para mandíbula, membro superior direito, dorso, ombros e epigástrio também é
possível.
● Em pacientes diabéticos, idosos ou no período pós-operatório, o infarto pode ocorrer na ausência
de dor, mas com náuseas, mal-estar, dispnéia, taquicardia ou até confusão mental.
ANGINA:
● A angina é uma síndrome clínica caracterizada por dor ou desconforto em quaisquer das seguintes
regiões: tórax, epigástrio, mandíbula, ombro, dorso ou membros superiores. geralmente usa
referindo ao quadro cardiotoráxico
● É tipicamente desencadeada ou agravada com a atividade física ou estresse emocional, e
atenuada com uso de nitroglicerina e derivados
Fisiopatologia:
Pode ser classificada conforme sua severidade (Classificação da angina elaborada pela Sociedade
Canadense de Cardiologia):
Angina instável:
● Um quadro anginoso é considerado estável se vem ocorrendo por várias semanas sem evoluir para
um evento coronariano agudo.
● As crises aparecem tipicamente em condições onde é imposto um maior consumo de oxigênio ao
miocárdio em um paciente com mais de 70% de obstrução da luz de uma ou mais artérias
coronárias.
Quadro clínico:
● Dor torácica geralmente descrita como sensação de peso, pressão, constrição, sufocação ou
asfixia e apenas raramente dor franca.
● Sinal de Levine: Quando pede para o pct localizar a sensação, ele geralmente coloca a mão sobre
o esterno, algumas vezes com o punho cerrado, para indicar a dor central subesternal constritiva.
● Geralmente dura de 2 a 5 minutos
● Pode irradiar para: um dos ombros ,para os dois braços, dorso, região interescapular, base do
pescoço, mandíbula, arcada dentária e epigástrico.
● Episódios são desencadeados e/ou agravadas por esforço ou emoções e atenuados pelo repouso.
ESTÁVEL INSTÁVEL
Duração: até 10min Duração: mais de 10min (até 20min)
Dor atenuada no repouso Dor continua no repouso
Pode evoluir para infarto a qualquer momento (maior
morbimortalidade)
Definição:
Uma dissecção aórtica ocorre quando a camada média da artéria é rompida longitudinalmente,
formando um falso lúmen que se comunica com o lúmen verdadeiro.
Classificação de Stanford:
o Dissecções do tipo A (superior) envolvem a
aorta ascendente independentemente do local
de ruptura e da extensão distal;
o Dissecções do tipo B (inferior) envolvem a
aorta transversa e/ou descendente sem
envolvimento da aorta ascendente.
Classificação de DeBakey:
o Dissecção tipo I envolve a aorta ascendente à descendente (parte superior esquerda);
o Dissecção tipo II é limitada à aorta ascendente ou transversa, sem a aorta descendente
(parte superior central + parte superior direita);
o Dissecção tipo III envolve apenas a aorta descendente (parte inferior esquerda).
Fisiopatologia:
Pico de pressão já vai ter a parede lesionada por alguma coisa e ai ela rompe
Segmento da aorta de onde sai o tronco celíaco pode obstruir o fluxo do tronco lesão de órgão
alvo por destruir o ramo nos pcts com hipertensão, já tem uma força maior. Qnd a dissecção
encontra uma placa (aterosclerose) estaciona a progressão
Começa quando uma ruptura na íntima da aorta expõe a camada média doente à pressão
sistêmica do sangue intraluminal ou quando os vasa vasorum (pequenos vasos sanguíneos
encontrados ao redor de paredes de grandes vasos na camada adventícia) em sangramento criam
um hematoma intramural.
Esse hematoma pode permanecer localizado ou pode propagar-se longitudinalmente ao longo de
um comprimento variável da aorta e romper através da íntima e para o lúmen aórtico.
Com a dissecção, a média divide-se longitudinalmente em duas camadas, produzindo assim um
falso lúmen cheio de sangue que se propaga, em geral, distalmente, mas por vezes
retrogradamente, dentro da parede da aorta em uma distância variável do local de ruptura da
média.
A aorta abdominal raramente disseca, exceto como uma
extensão de uma aorta torácica dissecante.
Súbito aparecimento de dor muito intensa e dilacerante associada com diaforese (transpiração
excessiva). diferente do infarto que é em queimação
Tende a migrar conforte vai tendo a dissecção
A dor é localizada na parte anterior ou posterior do tórax (região interescapular), e irradia com a
propagação da dissecção.
Outros sintomas: síncope, dispneia e fraqueza.
Sinais e sintomas relacionados com a propagação da dissecção → insuficiência aórtica, oclusão de
artéria coronariana direita, hemopericárdio, acidente vascular cerebral, isquemia mesentérica ou
neuropatia periférica isquêmica.
Achados físicos: podem estar presentes → hipertensão ou hipotensão, pulsos impalpáveis,
insuficiência aórtica, edema pulmonar, hemiplegia, hemianestesia, isquemia da medula espinhal
(paraplegia), isquemia intestinal, hematuria e isquemia miocárdica, diferença da PA de um braço
para o outro antes da dissecção, os ramos q saem perfundindo ok dps da dissecção
alguns ramos comprometidos
Tipo A: síndrome da veia cava superior dor torácica
Diagnóstico: Ecocardiografia, TC e RM
US transesofágica: exame mais rápido. Bom para dissecções da aorta proximal ascendente, mas
é menos útil para dissecção do arco aórtico e da aorta torácica descendente; é muito precisa na
identificação das dissecções da aorta torácica ascendente e da descendente, mas não do arco. E
fornece informações importantes sobre a presença e intensidade da insuficiência aórtica.
TC e RM: são extremamente precisas na identificação de retalhos (flap) da íntima e da extensão da
dissecção, envolvimento de artérias maiores e são úteis para o reconhecimento das hemorragias
intramurais e úlceras penetrantes. Porém, são menos indicadas para pacientes instáveis. Nas
dissecções envolvendo a aorta ascendente, a radiografia de tórax com frequência revela
mediastino superior alargado.
Exame de escolha: angiotomografia
Padrão ouro: aortografia ou angiografia da aorta
ECG: distinguir de outras doenças
Identificar os traçados e ritmos cardíacos q podem tirar a vida do pct
Tratamento:
Já é iniciado na suspeita, antes dos resultados dos exames, para suspender a progressão adicional
e reduzir o risco de ruptura.
Tratado em emergencia
Terapia clínica de emergência direcionada para reduzir a pressão artérial (MEDIDA IMEDIATA)
geralmente abaixo de 120 mmhg (SISTOLICA) e a fc, em geral inferior a 60 batimentos/min,
mantendo ao mesmo tempo a perfusão para o cérebro, coração, rins e outros órgãos cujo
fornecimento arterial possa ser comprometido pela dissecção. controle dos parâmetros
hemodinâmicos , avaliar a presença de lesão em órgãos alvo
Analgesia com morfina
Opção mais comum → labetalol intravenoso (iv) (α) e β-bloqueadores combinados, inicialmente
administrados a 20 mg durante um período de 2 minutos, seguidos de doses
o Vasodilatadora: bloqueador de canal de cálcio
o Nitroprocitato de sódio
Adicionais de 20 a 80 mg a cada 10 a 15 minutos, até uma dose máxima total de 300 mg, e depois
continuar a infusão a 2 a 8 mg/min).
Definição
A definição atual de DRGE engloba um conjunto de distúrbios que têm em comum o fato de que
são causados pelo refluxo gastresofágico, que causa sintomas incômodos ou diversas
manifestações esofágicas e extraesofágicas potenciais.
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) se desenvolve quando o refluxo de conteúdos
estomacais no esôfago provoca sintomas complicados ou que incomodam.
Epidemiologia
Estima-se que a DRGE, definida como pelo menos um episódio de pirose ou regurgitação de ácido
semanal, tenha prevalência entre 10% e 20% no mundo ocidental e de 5% na Ásia.
A prevalência também tende a ser maior na América do Norte do que na Europa e maior no norte
europeu do que no sul.
Mais comum em: brancos, afeta mais homens, acima de 45 anos, obesos (obesidade como
principal fator de risco) e grávidas
Um componente genético também pode ter um papel importante, pois a DRGE é mais comum em
pacientes com histórico familiar positivo e com gêmeos monozigóticos do que dizigóticos.
Alimentos: principalmente gordurosos, café, chocolate
Refluxo mais frequente: recém nascido
Existem mecanismos que fazem com que o ácido não chegue até o epitélio esofágico, sendo
neutralizado. Esse processo é conhecido como clearence esofágico (constituído pela contração
primária e secundária, como também, pela saliva).
Primeira contração quando engolimos um alimento
Segunda contração quando algo impacta o esôfago.
Saliva neutraliza o ácido estomacal.
Existem também barreias anatômicas que se relacionam com o processo como:
a) EEI (esfíncter esofágico inferior)
b) Ligamentos fonoesofágico
c) Angulação de Hiss
Assim, em condições anormais e de doença, ocorre o aumento de relaxamento do EEI;
aumento da pressão intra-abdominal, contrações anormais esofágicas, hérnia de hiato.
O esôfago é protegido dos efeitos nocivos dos conteúdos gástricos refluídos pela barreira
antirrefluxo na junção gastroesofágica, pelos mecanismos de liberação esofágica e pelos
fatores defensivos epiteliais.
A barreira antirrefluxo é formada pelo esfíncter esofágico, diafragma (musculo exerce pressão),
parte do esôfago q tá dentro do abdome (pressão positiva)
crural, ligamento frenoesofágico e ângulo de His, que causa uma entrada oblíqua do esôfago no
estômago.
EPITELIO ESOFAGO: escamoso pavimentoso não queratinizado não foi feito pra suportar ácido
lesão inflamação no esôfago (esofagite), pode haver erosão (qnd ultrapassa a muscular da mucosa é
uma ulcera), como tá tendo inflamação pode haver formação de um tecido fibrótico
Ou seja, possibilidades: esofagite (inflamação do esôfago), erosão, ulcera, estenose péptica,
perfuração e metaplasia (alteração do epitélio, processo adaptativo, escamoso q se transformou no
epitélio colunar, o qual produz MUCO) PRESENÇA DO EPITELIO METAPLASICO (ESOFAGO DE
BARRET)
Não são todos os pcts q tem doença do refluxo gastroesofagico q vão ter esôfago de barret (média
10% dos pcts evoluem para ele)
Em cima desse epitélio metaplásico pode acontecer o que? DISPLASIA existem 2 tipos
displasia de baixo grau (pouca atipia celular) displasia de alto grau (muita atipia celular)
Depois da displasia: ADENOCARCINOMA
É a minoria que tem esôfago de Barret que vão ter displasia
Esôfago de barret Se tem displasia de baixo grau, a chance de evoluir p/ adenocarciona risco
de 0,7% os de alto grau 7%
Plasia: forma desornedada, anormal, tamanho alterado, característica do núcleo alterada...
+ alterações cromossômicas, mecanismos epigenéticos
Incompetência
O subgrupo mais bem definido de pacientes com DRGE, embora represente a minoria dos casos
totais, tem esofagite.
A esofagite ocorre quando o ácido gástrico e a pepsina refluídos causam necrose da mucosa
esofágica, que acarreta erosões e úlceras.
É importante salientar que é normal encontrar algum grau de refluxo gastresofágico, que
fisiologicamente está associado ao mecanismo da eructação (relaxamento transitório do EEI), mas
a esofagite resulta do refluxo excessivo, em geral acompanhado de eliminação reduzida do
suco gástrico refluído.
A limitação do refluxo a um nível fisiologicamente desejável depende da integridade anatômica e
fisiológica da junção esofagogástrica, um esfíncter complexo formado pelo EEI (esfíncter esofágico
inferior) e o diafragma crural circundante.
Fatores agravantes
Entre os fatores que tendem a agravar o refluxo, independentemente do seu mecanismo, estão
obesidade abdominal, gravidez, estados de hipersecreção gástrica, retardo do esvaziamento
gástrico, supressão da peristalse esofágica e a glutonaria.
Depois do refluxo ácido, a peristalse devolve o líquido refluído ao estômago e sua eliminação é
concluída com a neutralização do ácido residual pelo bicarbonato existente na saliva deglutida.
Desse modo, duas causas de eliminação ácida mais lenta são peristalse anormal e salivação
reduzida.
O esvaziamento peristáltico reduzido pode ser atribuído à peristalse anormal ou ao refluxo
coexistente associado a uma hérnia de hiato.
o Quando há refluxo coexistente, o líquido retido dentro de uma hérnia de hiato por
deslizamento reflui de volta para o esôfago durante o relaxamento do EEI induzido pela
deglutição, um fenômeno que não ocorre normalmente.
Suco gástrico, bile, pepsina e enzimas pancreáticas
Quadro Clínico
Sintomas clássicos: pirose e regurgitação acídica, disfagia, azia (1 a 2x ao dia com duração de 1
hora). SINTOMAS DO REFLUXO BAIXO
Sintomas atípicos: halitose, rouquidão, pneumonia, faringite, dor de ouvido, gengitive, erosão do
esmalte dentário SINTOMAS RELACIONADOS AO REFLUXO ALTO
Manifestações extraesofágicas associadas: podem incluir tosse, laringite, asma e erosões
dentárias, mas esses sintomas podem ser atribuídos ao refluxo apenas se vierem acompanhados
de sinais e sintomas clássicos de doença do refluxo.
Vários outros distúrbios, inclusive faringite, bronquite crônica, fibrose pulmonar, rinossinusite
crônica, arritmias cardíacas, apneia do sono e pneumonia de aspiração repetida, também foram
supostamente associados à DRGE.
o “Associação” NÃO “causalidade”.
o Os distúrbios provavelmente coexistem porque os mecanismos patogênicos são
semelhantes, embora não haja uma relação causal estrita.
Os mecanismos potenciais das manifestações extraesofágicas da DRGE são regurgitação com
contato direto entre o material refluído e as estruturas supraesofágicas, ou um reflexo vasovagal
por meio do qual a ativação dos nervos aferentes esofágicos pelo refluxo desencadeia reflexos
vagais eferentes, inclusive broncospasmo, tosse e arritmias.
Quando os conteúdos gástricos superam os fatores protetores da mucosa no esôfago, a esofagite
pode se manifestar como erosões ou ulcerações do esôfago e pode causar fibrose com constrição,
metaplasia colunar (esôfago de Barrett) ou adenocarcinoma esofágico.
o Aproximadamente dois terços dos indivíduos com sintomas de refluxo não apresentam
evidências de danos esofágicos na endoscopia.
Diagnóstico
Quando a DRGE se apresenta com sinais e sintomas típicos, como pirose e regurgitação ácida, que
respondem à terapia antissecretora, nenhuma avaliação diagnóstica é necessária.
Imagem:
A endoscopia diagnóstica é necessária em indivíduos que não conseguem responder à terapia ou
que têm sinais e sintomas alarmantes, como disfagia, perda de peso, anemia, sangramento
gastrointestinal ou pirose persistente ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA.
◆ A endoscopia permite a detecção de esofagite erosiva e complicações, tais como constrição
péptica e esôfago de Barrett.
◆ A biópsia da mucosa, que é crucial nestes casos, também exclui condições que imitam a
DRGE, como esofagite eosinofílica. CONFIRMA SE TEM ESOFAGO DE BARRET,
DISPLASIA
◆ Contudo, a maioria dos pacientes não tem danos na mucosa observados durante a
endoscopia, independentemente de estarem ou não em terapia antissecretora.
Salvarmiler
A manometria esofágica é útil para excluir acalasia em pacientes com sintomas sugestivos.
peristalse e tonus
O teste do refluxo esofágico por monitoramento transnasal no período de 24 horas, através de
dispositivos de 48 horas fixados no lúmen esofágico ou pela combinação de monitoramento de pH e
impedância, pode ser realizado enquanto os pacientes não estiverem em terapia para detectar o
refluxo ácido e não ácido patológico, bem como para correlacionar os episódios do refluxo com
sintomas atípicas, principalmente em pacientes com endoscopia normal.
pH metria padrão ouro
A radiografia com bário não tem papel na avaliação diagnóstica dos pacientes com doença do
refluxo.
Tratamento
Evitar alimentos e bebidas que possam provocar sintomas, como álcool, café, alimentos
apimentados e refeições tarde da noite faz sentido fisiológico.
A elevação da cabeceira da cama dos pacientes com regurgitação noturna ou pirose também é
lógica.
Considerando associação da obesidade e sintomas de DRGE, a perda de peso deve fazer parte
de qualquer programa de tratamento para pacientes obesos.
A inibição de secreção de ácido gástrico é a base do tratamento agudo da DRGE, e os
inibidores de bomba de próton (IBP) PRIMEIRA LINHA omeprazol, 20mg/dia)
ranitidina,
◆ Entretanto, a cicatrização da esofagite é mais previsível do que a melhora dos sintomas da
pirose, mesmo com IBP.
Não há grandes diferenças na eficácia do tratamento entre os vários IBP, sendo que uma única
dose diária é adequada.
Dada a cronicidade dos sintomas do refluxo, a terapia de manutenção a longo prazo com IBP
normalmente é necessária, com titulação da dose ao mínimo necessário para controlar os
sintomas.
O perfil de segurança de IBP é excelente, mas os episódios adversos a curto prazo podem ocorrer,
como dor de cabeça e diarreia.
Embora os IBP sejam superiores aos antagonistas receptores de H2 para a terapia de manutenção
a longo prazo, bem como para alívio a curto prazo, os antagonistas receptores de H2 são úteis
em pacientes intolerantes aos IBP, e podem ser usados na hora de dormir para suplementar os
IBP em pacientes com sintomas persistentes.
A cirurgia antirrefluxo (QND NÃO TEM ALIVIO COM MEDICAÇÃO) é uma opção para pacientes
com esofagite documentada e para os intolerantes aos IBP ou que não apresentam resposta a este
tipo de tratamento.
◆ Para cicatrizar a esofagite, a fundoaplicatura laparoscópica produz resultados
comparáveis à terapia continuada com IBP.
◆ Contudo, a cirurgia possui várias complicações que podem afetar a qualidade de vida,
incluindo disfagia, lesão do nervo vago, síndrome de retenção gasosa e diarreia.
MEDICAÇÃO Q INTERFERE AUMENTANDO A MOTILIDADE DO ESTOMAGO
VANPERIDONA/DOMPERIDONA (ANTIDOPAMINÉRGICO) PRÓ-CINÉTICO
SE É ALTO GRAU TURA TUDO 3 MESES PRIEMIRO ANO, 6 MESES NO SEGUNDO DPS
PASSA PARA ANUAL
OBJETIVO DO TTO DO PCT QUE TEM BARRET IMPEDIR DISPLASIA TEM Q ACOMPANHAR O
PCT ATUALMENTE RECOMENDA ENDOSCOPIA A CADA 3 A 5 ANOS
Motilidade descoordenada.
Sem movimento peristáltico
Contrações simultâneas difusa,
Esfíncter esofagiano é NORMAL,se tem que relaxar ele relaxa, se tem que contrair ele contrai...
Quadro clínico: Tem como sintoma disfagia e dor torácica devido a contrações esofágicas anormais
com relaxamento normal do esfíncter esofágico inferior.
A fisiopatologia e história natural da doença não são bem esclarecidas.
Radiologicamente se caracteriza por contrações terciárias ou esôfago em saca-rolhas
Pelo consenso de estudos da manometria o espasmo é definido pela ocorrência de contrações distais
com latência curta em comparação a contração faríngea.
Isso seria decorrente de uma disfunção dos neurônios inibitórios no plexo mioentérico.
A dor decorrente da EED é muito semelhante a angina Pectoris presente na isquemia miocárdica. É
descrita como: dor prolongada, dor intensa no exercício/esforço, interrompe o sono, se relaciona
com as refeições e é aliviada por antiácidos.
◆ Pode irradiar para mandíbula, costas...
◆ Contrações demoradas, com pressão elevada...
É acompanhada por pirose, disfagia e regurgitação.
Teste manométrico (contrações não coordenadas úmidas com amplitude > 30mmHg) e Rx
(esôfago em colar de rosário/ saca-rolhas)
O diagnóstico deve ser feito apenas após a exclusão de distúrbios clínicos mais comuns. O diagnóstico
é feito por manometria. A endoscopia ajuda a encontrar outras lesões estruturais e inflamatórias. No
exame radiológico terão achados de esôfago em saca rolha, esôfago em conta de rosário,
pseudodivertículos e ondulações no esôfago.
Endoscopia: avalista esôfago tubular e
O diagnóstico diferencial principal é a acalasia. --\> DIFICULDADE/AUSENCIA DE RELAXAMENTO
Tratamento: quando há predomínio de disfagia bloqueador do canal de cálcio (diltiazem 180 a
240mg/d). Predomínio de dor torácica diltiazem 180 a 240mg/d. ou imipramina 25 a 50mg/d se
não responder (botox ou sidenafila)
Os resultados de pesquisas sobre o tratamento dessa disfunção não são animadores. Alguns têm
mostrado benefícios com nitratos, bloqueadores do canal de cálcio, hidralazina, toxina botulínica e
ansiolíticos.
O tratamento cirúrgico – miotomia longitudinal ou esofagectomia – só deve ser considerado em casos
extremos de emagrecimento e dor insuportável.
1. Dor torácica
2. Disfagia
3. Pirose
4. Regurgitação
5. Queixas otorrinolaringológicas
6. Dispepsia
Sintomas de depressão e ansidade