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A comida bahiana é capaz de fazer uma pessoa “viajar sem sair do lugar”, explorando sabores e aromas de

todas as regiões do estado.

A culinária da Bahia é fruto de uma rica herança cultural deixada por negros, indígenas e colonizadores
europeus que, com seus costumes, agregaram ainda mais sabor aos pratos baianos.
Neste artigo você vai descobrir quais são as principais iguarias tradicionais, veganas e vegetarianas do
estado, as origens dos quitutes e muito mais! Vamos lá?

Comida Baiana: Os melhores pratos e quitutes da Bahia!


No caso da comida baiana, é o poder de criar a sensação de proximidade com a cultura local e com os
hábitos de sua população.
A comida preparada de maneira tradicional, e de preferência na sua terra de origem, tende a carregar
todos esses significados e nuances.

Melhor do que experimentar um acarajé em sua cidade é experimentar o tradicional acarajé das baianas,
preparado com o legítimo azeite de dendê e o inconfundível feijão fradinho.

Não é coincidência que o turismo gastronômico na Bahia tem conquistado cada vez mais turistas.

Além das belezas naturais, a gastronomia já é o quinto motivo que mais leva viajantes ao estado, de
acordo a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador!
Qual a origem da culinária baiana?

Fonte: Pxhere
A história da Bahia se mistura com a história brasileira: foi na costa baiana que os colonizadores
portugueses desembarcaram pela primeira vez, em 1500.

É por isso que alguns povos associados ao período do descobrimento acabam surgindo quando falamos
sobre as origens da culinária baiana, como indígenas, africanos e portugueses.
As comidas típicas baianas possuem, em seus sabores, reflexo direto dessas influências: que vai desde a
mandioca e o milho dos indígenas aos frutos do mar e cozidos dos portugueses.
À medida que aumentou a população negra no Brasil, um novo elemento foi apresentado à gastronomia
da Bahia: os temperos africanos, como a pimenta malagueta, o gengibre e o azeite de dendê.
Temperos esses que também influenciaram diretamente no preparo de outros pratos típicos do Brasil.
Comida baiana e comida nordestina: características e influências
A gastronomia nordestina, rica em cores e aromas acaba sofrendo transformações de acordo com a região
da Bahia em que você se encontra.
No Recôncavo Baiano e na região litorânea é mais notável a influência da culinária africana, percebida no
uso liberado de azeite, óleo de coco, leite de coco, pimentas variadas, gengibre e o tradicional azeite de
dendê.
Na região do sertão, por sua vez, a gastronomia ganhou os ares da Caatinga, com uso generoso de
ingredientes como carne seca, cuscuz, pirão e doces de frutas.
Nada melhor do que experimentar a tradicional comida baiana preparada com ingredientes frescos e nos
mais belos cenários da Bahia, certo?
Que tal desfrutar desses sabores, elogiados em todo o mundo, com economia?

Quais os pratos típicos da Bahia?


A comida baiana é rica em sabor, tempero e é bem conhecida por ter pratos considerados bem
apimentados.

Da moqueca ao vatapá, passando pelo beijú e pela cocada, a culinária da Bahia apresenta o que há de
melhor nas gastronomias da África, da Europa e das Américas, misturando sabores milenares para criar
pratos icônicos.

Confira os pratos típicos da Bahia!

Arroz de Polvo
Famoso no litoral da Bahia, o arroz de polvo é um prato diretamente ligado à África. Foram os escravos
africanos que apresentaram o hábito de comer arroz à gastronomia brasileira.
A iguaria, como o próprio nome indica, mistura o arroz a frutos do mar fresquinhos.
Os ingredientes são refogados em cebola, folhas de louro, azeite de oliva, alho, pimenta, sal, vinho branco,
salsinha e outros temperos, e posteriormente cozidos em uma panela de pressão.

O polvo é cozido inteiro e picado apenas depois de pronto, o que garante máxima absorção dos sabores e
aromas, além de uma textura macia.
Mininico de carneiro
Bastante comum no sertão da Bahia, o mininico de carneiro é uma releitura da buchada de bode e é um
dos pratos mais pedidos em bares e bodegas no interior baiano.
Esse cozido de vísceras de carneiro tem origem árabe e chegou trazido pelos árabes que vieram ao Brasil
trabalhar nas lavouras de cacau, no século XVIII.
Em geral, o prato é servido com pirão e farinha de mandioca temperada com pimenta e limão.

Sarapatel de miúdos
O sarapatel de miúdos é uma herança portuguesa que chegou ao Brasil nos primeiros anos de colônia. O
prato consiste em vísceras de porco picadas em cubos, refogadas e então cozidas com temperos.
Para garantir a textura ideal do caldo, acrescenta-se sangue de porco coagulado durante o preparo da
iguaria. Em geral, o prato é servido com arroz branco ou farinha de mandioca.

Caruru
Tradicional comida baiana, o caruru é um refogado de quiabo e outros vegetais em azeite de dendê, que é
servido como um dos recheios do acarajé e pode ser acompanhado por peixes, frutos do mar, frango,
carne e farofas.
De origem africana, o quitute é considerado o prato oficial do Dia de São Cosme e Damião, preparado com
cebola, castanha, amendoim, gengibre e outros ingredientes bastante populares na Bahia.
Comida baiana e vegana
Embora a culinária da Bahia seja rica em pratos à base de carnes, frango, peixes e frutos do mar, uma
revolução silenciosa tem ocorrido nos últimos anos, com a popularização da comida baiana e vegana.

Os tradicionais pratos da gastronomia baiana têm ganhado releituras veganas e vegetarianas, sem o uso
de carnes ou ingredientes de origem animal.
O acarajé, por exemplo, originalmente preparado com camarão, pode levar camarões veganos, de
cenoura. O mesmo acontece com o vatapá, o caruru e o abará.
Desta forma, mesmo que você não consuma produtos de origem animal vai ser possível experimentar os
ricos sabores da cozinha da Bahia!

A comida baiana é uma das mais famosas no Brasil. Não apenas por conta de sua história e tradição. Mas
também porque é cantada em prosa e verso. Para começar bem, um bom exemplo é a canção “Você já foi
à Bahia?”, de Dorival Caymmi.
Em geral, a culinária baiana tem forte influência africana e alguma ascendência portuguesa. Os nativo
americanos, embora estivessem presentes desde antes da chegada do europeu, deixaram menor herança.
Da África, veio muito do nosso gosto por arroz, pimenta, leite de coco e, sem dúvida, azeite de dendê.
Aliás, tem como pensar em comida baiana sem logo fazer associação com o óleo produzido a partir do
dendezeiro?
Aos portugueses, devemos muito por conta dos ensopados e guisados, bem como dos doces. Já os índios
contribuíram com o conhecimento acerca das melhores frutas, plantas e peixes locais.
Além disso, a comida baiana é muito marcada pela presença de peixes e frutos do mar. Também pudera,
não é mesmo? A Bahia é o estado brasileiro com o maior litoral. Só por curiosidade: são mais de 1.000
km! Mas não é por esse motivo que outras carnes não merecem destaque.

Comida baiana
As iguarias africanas são especialmente populares em Salvador, bem como na região próxima à capital,
conhecida como Recôncavo. Ademais, têm forte influência das religiões de matriz africana. Inclusive, há
uma diferenciação no que é servido nos terreiros, para os orixás, e no tabuleiro da baiana.
Apesar disso, cabe fazer a ressalva de que o nosso consumo de comida afro-baiana não é tanto como
propagado. Sem dúvida, o caruru é uma tradição dos restaurantes a quilo nas sextas-feiras.
Mas, no dia a dia, a “culinária sertaneja” tem mais espaço. Ou seja, guisados e carnes secas, em geral,
acompanhados de algum tipo de feijão e farofa são mais recorrentes em nossas mesas.
Sem mais delongas, vamos ao que realmente interessa? Desejo que você sinta daí a explosão de sabores
da minha terra. E, acima de tudo, que você tenha a oportunidade de experimentar a culinária baiana
muito em breve!

1- Comida baiana: Acarajé


Acarajé – Comida Baiana
Quais palavras eu posso usar para descrever este bolinho de feijão fradinho temperado com cebola e sal,
frito em azeite de dendê? Porque eu acredito que as palavras não sejam suficientes para falar sobre
esta iguaria que figura como das mais importantes na culinária baiana!
O acarajé foi trazido pelos africanos na época da escravidão, quando aliás começou o seu comércio. Dos
terreiros de candomblé, onde era ofertado aos orixás Iansã e Xangô, tornou-se popular entre todas as
classes sociais ao longo do tempo.
Tradicionalmente, o acarajé pode ser recheado com vatapá, caruru, salada e camarão seco. Como quem
avisa amigo é, vou logo dizendo para ter cuidado com a pimenta da baiana, pois ela é bem forte!
Uma curiosidade: o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) reconheceu o ofício da
baiana de acarajé como Patrimônio Nacional e o inscreveu no Livro dos Saberes em 2005. Por fim, o
dia Nacional das Baianas de Acarajé é celebrado em 25 de novembro.

2- Comida baiana: Vatapá baiano

Vatapá – Comida baiana


Outro ícone da comida afro-baiana, o vatapá tem origem controversa. Ao contrário de outros pratos
vindos da África, este não é dedicado a nenhum orixá de religião de matriz africana.
Inclusive, há quem encontre relação com outras receitas indígenas ou portuguesas. Assim, os africanos do
Recôncavo teriam se apropriado da receita e acrescentado o azeite de dendê.
A origem pode ser controversa, mas o seu sabor é uma certeza! Embora a receita varie de acordo com a
região e tradição, camarão seco, leite de coco, amendoim, castanha de caju e azeite de dendê
são ingredientes básicos. Alguns estados da região norte também têm variações da receita do vatapá.
Uma vez diante de um tabuleiro de baiana de acarajé, não deixe de experimentar o vatapá como seu
acompanhamento. Sem dúvida, será uma boa experiência!

3- Comida baiana: Moqueca baiana

Moqueca baiana
Importante prato da culinária baiana, é preciso pontuar que a moqueca é tipicamente brasileira. Sua
origem remonta ao povo tupi, que preparava peixes e carnes envoltos em folhas e cozidos em uma grelha
especial.
As famosas panelas de barro, tradicionais no preparo da moqueca, entraram em cena conforme os
assentamentos litorâneos cresceram.
Em geral, trata-se de um ensopado, especialmente de pescados, acrescido dos ingredientes típicos de cada
região. No caso da Bahia, entram em cena o leite de coco e o azeite de dendê.
Agora, seja a moqueca de peixe, camarão, frutos do mar ou mista, sabe o que não pode faltar como
acompanhamento? O pirão, claro! Mistura de farinha de mandioca com o caldo do preparo da moqueca,
vai bem também com o arroz e a farofa de azeite de dendê.
Anote essa dica: se você visita a Bahia, não pode deixar de conhecer a moqueca baiana!
E leia abaixo o que diferencia a moqueca baiana da moqueca capixaba:
Moqueca baiana ou capixaba – qual você prefere?

4- Comida baiana: Bobó de camarão

Bobó de camarão – Comida baiana


O bobó de camarão pode até ser considerado afro-baiano, mas, com certeza, deve muito aos indígenas. A
priori, o bobó era feito com inhame. Com o passar do tempo, no entanto, ele foi substituído pelo aipim
– também conhecido como mandioca ou macaxeira.
O fato é que a combinação do purê preparado com o aipim, mais camarão, coentro, dendê e leite de coco
produz um resultado de muito sabor! Primordialmente, o arroz branco é o companheiro ideal para o
bobó. Entretanto, há ainda quem goste de um bom pirão para acompanhar.

5- Comida baiana: Lambreta

Lambreta baiana
Se você vai à Bahia, definitivamente, tem que experimentar a lambreta sentado em um dos bares da orla
da cidade. Preferencialmente, bebendo uma roska ou caipirinha! Ah, claro, uma cervejinha também é bem-
vinda!
Mas, antes de seguir adiante, um aviso: a lambreta é conhecida por ser afrodisíaca. Portanto, cuidado!
kkkkkkk
Na culinária baiana, o molusco chega à mesa depois de cozido. Cebola, tomate, limão, coentro e sal são os
temperos que fazem parte do processo. Embora pareça simples, é bem saboroso. Tanto é que
algumas pessoas tomam o caldo do preparo puro.
A minha dica é que você deguste lambretas enquanto assiste ao pôr do sol nesta terra abençoada.

6- Comida baiana: Abará

Abará – Comida baiana


Podemos dizer que o abará é um irmão do acarajé. Afinal, também está presente no tabuleiro da baiana
de acarajé. Inclusive, os ingredientes são os mesmos: feijão fradinho moído, azeite de dendê, pimenta
e cebola. Até os acompanhamentos podem ser iguais, como vatapá e camarão seco.
O diferencial, entretanto, está no preparo. O acarajé é frito no dendê. Já o abará, é enrolado em folhas
verdes de bananeira antes de ser cozinhado. Ao final, sua textura é mais macia e seu sabor, mais delicado.
Por certo que o abará também está presente na tradição africana como oferenda aos orixás. Neste caso, a
iguaria é oferecida a Obá, orixá que traz em seu corpo a marca do amor incondicional.
E, mais uma vez, a dica aqui é para que você tome cuidado com a pimenta da baiana! O preparo envolve
torrar a pimenta e, depois, cozinhar no azeite. Dessa forma, a pimenta tanto adquire coloração escura
como amplia seu ardor.

7- Comida baiana: Tapioca

Tapioca – Comida baiana


Primeiramente, cabe um esclarecimento. É que, mesmo na Bahia, muitas pessoas confundem tapioca e
beiju. É algo que pode parecer pequeno, mas que representa uma diferença.
A goma da mandioca dá origem à tapioca. O que chamamos de “tapioca” é o produto final, ou seja, após a
goma se unir e formar um disco quando aquecida em uma frigideira.
Já no caso do beiju, ele tem como base a massa de mandioca ralada e peneirada. Assim, com a mandioca
moída, o beiju também pode ir ao forno, não apenas à frigideira.
Embora a tribo fitness aprecie bastante a tapioca hoje em dia, o fato é que ela tem origem indígena. Sem
dúvida, os índios que viviam por aqui não usavam queijo coalho, coco e outros recheios doces.
Digamos que, com o passar do tempo, nós aprimoramos a receita original e deixamos ela ainda mais
gostosa! kkkkk

8- Comida baiana: Caruru

Caruru – Comida baiana (foto @cozinhabaianagourmet)


Os baianos celebram em grande estilo o Dia de São Cosme e São Damião em setembro. É nesta data que,
tradicionalmente, muita gente corre atrás do caruru.
Quem não é convidado para algum não passa aperto, pois os restaurantes a quilo costumam servir o prato
toda sexta-feira.
Aliás, o caruru é considerado por muitos como a maior prova do sincretismo na Bahia. Sim, a culinária tem
origem na África. Mas não deixa de ter certa influência indígena, já que os índios preparavam seu “caruru
de folhas” com taioba ou bredo-de-santo-Antônio. Além disso, tem a homenagem aos santos católicos…
Já percebeu que há uma mistura de tradição, cultura e história aqui, não é mesmo? E ainda nem mencionei
que vatapá, xinxim de galinha, arroz branco, feijão fradinho, farofa de dendê, banana frita e pipoca
são alguns dos acompanhamentos desse prato!
Parece ser muita comida, não é mesmo? Mas saiba que os carurus são um bom motivo para reunir as
pessoas. Não apenas no dia dos santos gêmeos, mas o ano todo. Aniversário, batizado etc.: tudo é motivo
para celebrar e reunir os chegados.

9- Comida baiana: Cocada

Cocada baiana
Branca, preta, com frutas, castanha ou rapadura: acredite, há sempre uma receita que pode deixar a
cocada ainda mais gostosa! Fácil de fazer, a receita original leva apenas o coco ralado, açúcar e um pouco
de água.
Há quem diga que a nossa cocada se originou aqui na Bahia mesmo. Os escravos africanos teriam chegado
à receita nas senzalas. Daí para o produto industrializado, foi um pulo!
Mas não se engane: a cocada boa de verdade não é tão açucarada e dura!
A cor da cocada varia de acordo com o ponto de preparo ou da tonalidade do açúcar utilizado. E, claro,
depende também de outros ingredientes adicionados, como abacaxi ou goiaba.
A cocada também é bastante popular em outros países, como nossos vizinhos latino americanos e em
Angola.

10- Comida baiana: Bolinho de estudante

Bolinho de estudante – comida baiana


Por que o bolinho frito à base de tapioca e coco, coberto de açúcar e canela, tem esse nome? Bem, há uma
lenda urbana por aqui referente ao seu valor. É que os ingredientes seriam tão baratos que até
um estudante poderia comprar um desses para se deliciar!
Ademais, você encontra o bolinho de estudante com muita facilidade. Assim como o acarajé e o abará, ele
também marca presença no tabuleiro da baiana. Por isso, ele disputa com a cocada o posto de
sobremesa por também ser doce.

11- Comida baiana: Casquinha de siri


Casquinha de siri – comida baiana
Há um debate em torno da origem da casquinha de siri. Mas tem como resistir ao petisco acompanhado
de uma cerveja ou caipirinha?
O grande diferencial da casquinha de siri não é tanto o seu preparo. Mas, sim, a apresentação, pois
comemos a carne do siri dentro do crustáceo. Outrossim, países como França, Espanha e Portugal fazem
o mesmo.
Enfim, o tradicional na Bahia é que uma farofa acompanhe o siri. E, certamente, um bom molho de
pimenta também!

12- Comida baiana: Peixe vermelho frito com farofa e salada

Peixe vermelho frito com farofa e salada


Por mais que o peixe frito não seja particularidade da Bahia, tem o seu espaço. Com efeito, essa é uma
pedida muito popular entre os baianos que frequentam a praia.
Embora muitas barracas não ocupem mais a faixa de areia na cidade, ainda é possível encontrar a pedida
em alguns estabelecimentos.
Como não poderia deixar de ser, na culinária baiana, farofa e salada acompanham o peixe frito, que chega
à mesa inteiro. Aliás, devo acrescentar que o vermelho é um peixe de carne branca muito saboroso!
Já entendeu o recado, né? Se você vem à Bahia, então, precisa experimentar o peixe vermelho frito com
farofa e salada!

13- Comida baiana: Mungunzá


Mungunzá – comida baiana
Em primeiro lugar, é melhor começar com um esclarecimento. Para nós, nordestinos, o mungunzá é o
mesmo que canjica no Sudeste. E o que a gente conhece como canjica é algo diferente, mas também
preparado com milho.
Esta delícia afro-baiana tem um pé na África, pois o saber culinário vem do outro lado do Atlântico. Porém,
este foi adaptado aos ingredientes encontrados no Brasil. Assim, leite de coco, canela e cravo se unem
ao milho branco para formar uma combinação incrível.
O mungunzá é especialmente popular na época do São João. Mas, para as religiões de matriz africana, ele
é um presente aos orixás. Por isso, prepara-se mugunzá na primeira sexta-feira do mês em homenagem
a Oxalá – orixá associado à criação do mundo e da espécie humana.

14- Comida baiana: Rabada

Rabada: Comida baiana


Prato típico de boteco, a rabada chegou ao Brasil com os portugueses. Inicialmente, o prato à base de rabo
de boi conquistou os sertanejos para só mais tarde encantar o povo da cidade.
Há quem diga que o prato surgiu como um guisado com legumes e verduras, além de temperos frescos e
secos. Mas o fato é que ele foi abrasileirado. E que ninguém resiste a ele, quer tenha arroz, polenta
ou batatas como acompanhamento!
Sem contar que, hoje em dia, há receitas até mais refinadas para fazer jus ao boi. Desde vinho tinto a coco
verde, a criatividade só aumenta o potencial do seu sabor.

15- Comida baiana: Sarapatel

Sarapatel – Comida baiana (foto @cozinhabaianagourmet)


Sarapatel é uma comida da culinária baiana quente e de gosto forte. Mas vou logo avisando: é um prato
com alto teor gorduroso, ou seja, é só para os fortes! E este é um elemento importante, pois a gordura
contribui muito para o sabor.
Miúdos e carnes de porco fazem parte da receita, que ainda conta com hortelã e pimenta de cheiro. E a
sua origem é portuguesa, tendo conquistado o coração (e o estômago!) de brasileiros e indianos da
porção colonizada por Portugal.
A minha dica é: não se esqueça de acrescentar farinha antes de comer!

16- Comida baiana: Xinxim de galinha

Xinxim de galinha – comida baiana


O xinxim de galinha, é mais um prato de origem africana que, inclusive, aparece à mesa junto ao caruru e
vatapá. Diz-se que sua história já tem séculos. E que começou na casa grande, com as escravas africanas
improvisando a partir de receitas indígenas e portuguesas.
Amendoim, castanha, camarão seco e temperos fazem parte do seu preparo. Aliás, qualquer carne pode
ser usada, não apenas galinha. Ademais, o modo de preparo, apesar da passagem do tempo, não foi
alterado.

17- Comida baiana: Caranguejo

Caranguejo – comida baiana


Esta é mais uma pedida ideal para um barzinho na orla, aproveitando as delícias do nosso litoral. Se
possível, claro, acompanhada de cerveja.
Cebola, limão, coentro e sal são os elementos que dão sabor ao caranguejo. Pode ainda ter como
acompanhamento um escaldado. E se prepare: é preciso ter técnica para dar conta do bichinho. Diria mais:
comer caranguejo é uma arte!

18- Comida baiana: Caldinhos


Caldinhos baianos – comida baiana
Os caldos são mais uma pedida ideal para bares e botecos. Fazem parte dos petiscos e têm uma boa
variedade: feijão, camarão, polvo, sururu etc.
O sururu (palavra de origem tupi), por exemplo, é um molusco bem popular no Nordeste. Já em outras
partes, também é conhecido como mexilhão. Se você precisa de uma boa desculpa para experimentar,
então diga que o bichinho tem alto valor nutricional e seja feliz!
De maneira geral, os caldinhos são uma boa pedida para iniciar os trabalhos, por isso são uma boa dica.

19- Comida baiana: Feijoada baiana

Feijoada com feijão mulatinho

Feijoada baiana com feijão preto


Sem dúvida, a feijoada é o prato emblema do Brasil. E, por sinal, há uma confusão quanto à sua origem.
Diz-se que foi criado por escravos que juntaram as partes menos nobres dos animais ao feijão para criar
um alimento de sustância.
No entanto, hoje, os estudiosos associam a nossa feijoada a outros pratos europeus preparados com
carnes e feijão, especialmente o branco. É o caso, por exemplo, do cassoulet francês.
Isso sem contar que não havia “partes menos nobres dos animais”. Afinal, a carne não tinha presença
constante nem mesmo na mesa dos senhores.
Na culinária baiana, a feijoada tradicional leva feijão mulatinho (em Salvador) ou feijão preto (interior da
Bahia) , carne fresca de boi e carne salgada de porco, além de linguiça e paio. Para acompanhar, arroz e
salada crua. Além, claro, de farinha – essa não pode faltar!
E, antes de encerrar, acho digno de nota mencionar os bolinhos de feijoada. Caso tenha a oportunidade de
passar por um boteco baiano, não deixe de experimentar!

20- Farofas

Farofa: comida baiana


Antes mesmo de os portugueses chegarem ao Brasil, os índios tupis-guaranis já consumiam farofa. De lá
para cá, muita coisa mudou.
A farofa, por exemplo, também caiu no gosto dos portugueses. Bacon, cebola, alho e tantos outros
ingredientes entraram na história.
Sem contar a infinidade de farofas que variam em seu preparo: d’água, de ovo, de dendê, com banana e
com couve, dentre outras. Quando recebe um incremento, é prato principal. Se não, é
acompanhamento mesmo. A farinha de mandioca, no entanto, segue como ingrediente principal.

Comida baiana: passe bem!

Como boa baiana que sou, fiz questão de trazer para vocês um pouco da nossa culinária tão famosa no
Brasil e no mundo, pois gosto demais da nossa comida.
Eu espero que este texto o ajude a perceber que você vai passar muito bem enquanto estiver na Bahia. Há
pratos para todos os gostos e ocasiões.
E algo que precisa ser dito é que muitas dessas iguarias já têm versão vegetariana. Ou seja: mais pessoas
podem conhecer a culinária baiana!
Enfim, aguardo a sua visita por aqui, na Bahia.
Por último, peço que deixe um comentário abaixo dizendo qual prato abriu o seu apetite. Ou, se acha que
esqueci algo muito marcante da nossa culinária, conte também!

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