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HISTORIA DA ANALISE ECONOMICA Parte IV — De 1870 a 1914 (¢ posteriormente). Pants V — Bsbégo dos Progressos Modernos, JOSEPH A. SCHUMPETER CENTRO DE PUBLICAGOES TECNICAS DA ALIANCA oy. WISSHO HORTE-AMERICAMA DE COOPERAGAD fg ECONOMICA E TECNICA HO BRASIL-USAID is RIO DE JANEIRO — 1964 Seeonpe Tes its Hacer ensrévin OK mufuse Rou ca, caPiruto 4 *sCepuve o% : 26 SOZIALPOLITIK E 0 M£TODO HIST6RICO™ 4 2. Soztaurourve (4 Inftucncle sobre 0 tradatho anaittica (0) Verein fdr ‘Soviatpotitie (©) © probiema dos julsamentos de vator 2. © Mét009 Hisrésico (2) A “vera” escola historica (&) A “nova” escola historica (©) 4 atethodenstrett (@) A “novissima” escola. histérica: A. Weber (9) 4 uteri Beonomica © @ Economia Historica na Inglaterra Spiethosf, Sombart, ¢ wo. 1. Sozialpolitile O § EcoNoMmistas sopnenast a influéncia da nova atmostera da miesma forma que tinham sofride a do liberalismo anterior © da mesma forma que iriam experimentar, nos nossos dias, a do so, ismo. Isto signifiea, em todos éstes casos, que, nio apenas, ou nem mesmo primiriamente, fatos e problemas novos, mas também novas atitudes ¢ crengas (estas extracientificas)? e, em conse. gii@neia, pelo menos por certo tempo, uma revolta contra as restri, ses que os analistas se sentem no dever de impor a si mesmor om cada época, A medida que a mesina so gasta ci medida que 0 enten siasmo inicial arrefeee. Os escritores “mercantilistas” nao tinken Aeseoberto que o ceonomista pode fazer tudo, exceto propor medidas © Por clas lutar; os ceonomistas da cra “liberal” nio estavam em melhores condigées, embora tenham eventualmente descoberto a dic ferenga entre um teorema ¢ uma recomendagio; ¢ os do periodo em estudo, eedendo no que o leitor pode classifioar indiferentemen. fe como tentagio ou o chamado de dever, desviaram-se, igualmente, do caminko pedregoso da conquista cientifica, [a) A influéncia sébre o trabalho analitico.] mancira pela qual os cconomistas da época permitiram que 0 sou trabatho analitico fGsse influenciado pelo névo espirito de polities ceondmica, entretanto, diferiu grandemente, tanto entre patses como entre grupos. Na Inglaterra, a contiuuidade na pesquisa e no ensino nunea sofreu qualquer perigo sério. O pequeno grupo de economistas ingléses evoluin com os tempos, sem diivida — 0 que niio era dificil para os alunos de J. $. Mill — mas no jogou fora, juntamente com os velhos julgamentes de valor, nenbum pedaga © gran ea i ' ' I | SOZIALPOLITIK EO Mez0D0 IMtsTonIco o de sua aparelhagem cientifiea. Isto, em parte, se deveu ao fato de gue © comum dos cconomistas ingléses entendia muito melhor a teorin econdmiea do que a média dos cconomistas dos outros paises, € estava, portanto, em melhor posigio para compreender o espace de que dispunha para as suas preferdneiss om matérias de eredo social. Quanto ao resto, aquéle feliz estado de coisas era simples. macnte resultado da liberdade pura que se gozava uo ambiente in. slés ¢ que removia muitas fontes de irritagio. / A oposigio ao que muitos acreditavam ser uma alianga entre a citneia econémica ¢ a to dentro como fora do pequeno politien do laissez-faire, existia ta Mas esta oposigio néo chegou a grupo de socialistas ortodoxos. se constituir em nada de muito ponderivel. Nio chegou, principal. mente, a formar uma nova eorrente de pensamento. (Uma anotagio indieava que J. A. S. tinha a intengio de eserever um parigrafo sobre 0s fabianos, neste ponto.) nos Estados Unidos nio era assim tito Mas o “‘radicalismo” do comum dos membros da profissio econémien nio foi além dos pontos cobertes pela velha doutrina, antagonismo 20 proteciouismo ¢ aos monopélios, que se desenvol Yeu até constituir a aversio favorita dos cconomistas americanos, Os processes do capitalismo competitive também foram submetidos a eritien — alguns economistas simpatizavam com o movimento “populacionista”, outros derain apoio qualifieado is idéias ‘de Menry George, ¢ pontos de vista hostis &i ordem eapitalista, como fal, no estiveram ausentes, embora bem pouieos os enunciassem de forma tio direta como o £8 Thorstein Veblen, Mas essas eriticas foram fraeas. A grande maioria dos ceonomistas conformnau-se com fs conviegdes ostensivas dos homens de negdeies, que ainda nie compartilhavam das diividas de seus colegas europeus. Nenhuin ceonomista capaz de reecber 0 titulo de “destacado", em qualquer sentido, se identifiearia com qualquer esquema radjeal de refor. 1a social, Uncompleto: JAS. evidentemente tinha a intense de esbogar 0 Gesenvolvimento da reforma soclal na Franca ¢ na Alemanha, antes de assar aoa parigrafos eguintes.] Eu niio h ilaria em dizer que esta conquista foi tima das mais importantes na histéria da profissio eondmiea, ‘Tendo dei, xado isso bem claro, espero que o que se vai seguir nio scja mal compreendido, “Aquela conquista, embora eulminante, nie pertenee, evidentemente, i esfera da anilise cientifiea. EB uma ver ste livro € uma histéria de andlise eientifien, ndo nos eaberia tratar déste assunto. © que ‘nos compete tratar aqui.¢ outro de Sens nspectos — cnja menor importineia en me apresso"s confirmer _ sia ci nee at A we 1 DR one A iy — ® rostREtonMRNTH: SOZIALPOLITIE EO MmeTODO TISTERICO = qual soja a sua infludneia sdbre a pesquisa eo ensino. Um exame: dessa influénein nos oferceeri oportimidade de tocar, na medida, em que nos & necessirio fazé-lo, no proplema dos julgamentos de valor do economista, “A eficigneia do ensino, sem qualquer diwvida, sofreu. Ja acen- tuci, antes, a responsabilidade das classes universitirias na divulga. gio do espirito de reforma social. Os “‘socialistas de eftedra”” ale- mniies eertamente preencheram 0 ideal dos politicos e leigos progres- sistas — 0 ideal do professor que prega a reforma e denuncia os interésses obstrutivos. Lujo Bretano dirigia-se 4s suas classes como se elas fossein rennides politieas, ¢ respondiam-The com aplausos © apupos. Adolf Wagner* gritava ¢ snedia os punhos para oponentes imayginarios, pelo menos enananto a letargia da vellice nio o acal- mot, Outros tinham menos espirito ¢ eam menos efetivos, mas niio menos exortatdrios em inteneio. Prelecdes déste tipo no siio neees- mente fracas, relativamente ao nivel téenieo, mas via de regra cram. Para os que pensain que éste prego é baixo pela tien & ardor que se obtém, pego que considerem © que seria, por exemplo, © nivel atual da eigneia médica se seus professires, em ver de se presiuparem em dosenvolver os podéres analitieas de seus alunos, isassem 0 sett tempo em digressies retGrieas sobre a arte de curar, ‘Um niimero ereseente de estudantes deixon as wniversidades ¢ entron. para as carreiras abertas ¢ economistas com um equipamento Tamen- tavel, ¢ alguns dos melhores dentre éles deixaram as universidades completamente decepcionados.* [b) Verein fiir Sosiatpotitit.]_ No que diz respeito & pes- quisa, 6 preciso que se reconhega, de inicio, um ponto a ser louvado. assinalamos anteriormente que 0 zélo reformador dos economis- tag alemies coneentrou-se em problemas on medidas individunis, muito dentro do estilo dos fabianos na Inglaterra; a reconstrugio dos fondamentos da sociedade viria com o tempo, mais como wn snbproduto do que como o resultado direto de esfargos que a visas: tem diretamente. fiste procedimento implica acurmulagio de fatos cin larga eseala ¢ as impressionantes séries da Schriften des Fe- reins fiir Sozialpolitik — 188 “volumes”, a maioria dos quais se constitufa, na realidade, de varios tomos — que testemunham uma pareela de nosso conhecimento efetivo. Muito trabalho adicional do mesmo tipo ern realizado por individnos ¢ grupos ligados on niio Aquele esforgo associndo da profissio? Se, devido ao espago de que dispomos, as Schriften sio o Yinieo exemplo que mostramos déste tipo de anilise, devemos, entretanto, Iembrar-nos que clas afin também stm exemplo da que enti eran maior parte do trabalho vontade ineansivel de esquadrinhar, & qual devemos uma vi realizado pelos economistas de todos os paises — na Inglaterra, como anteriormente, era feitn parcialmente para as Comissies Reais Muitos dos volumes apresentaram trabalho de alto nivel, que era exemplar nfo sbinente,devido A sua atengio aos detalhes,- mas tambéhi-em set sentido analitico. Tra inspirado por consideragées de necessidade cientifiéae pritica, Os estndos gerais de pregos da Verein, que eomegaram em 1910, podem servir como exemplo. A maioria déles, entretanto, néo era nem melhor nem pior do que ste tipo de estudo costuma ser, em totes os paises ¢ épocas. Mas, © estudo sobre a influéneia da produgio de ouro, dirigido por Arthur Spicthoff (Der Binfluss der Golderzeugung auf dic Pre- isbildung. 1890-1913, vol. 149 das Schriften), que era wma parte Aéstes estuudos, clevou-se a um nivel muito superior aos demais. De um modo geral, entretanto, os economistas responsiveis pelos relatGrios que encheram todos aquéles volumes dns Schriften, preo- euparam-se poco com o refinamento da anilise. Nio analisaram 0s seus fatos a raiz, mas a maioria pulon diretamente de suas impressies sobre 0 comportamento dos fates para as recomenda- ses, exatamente como seria de se esperar de qualquer nio-profis- sional. Eles no usaram nem contribuicam para a téeniea tebrien on" estatistiea, apesar das oportunidades dbvias que tiveram para faztlo. Ba aparelhagem analitien da economia nio s6 niio melho- Tou, mas mesma piorou, em suas mos. Além disso, Se as qualidades necessirins arn dderever ns * pritieas comerciais dos distribuidoyes de leite, mais wma fervente adesio aos ideais da Verein — glorificados, sem dtivida, por um poco de filosofia ¢ outros elementos da cultura alemi — era tudo fae mn pessoa precisava para se estabelecer como economista, ¢, no tempo devido, reccher honras académicas, nfio devemos sur- preender-nos se a oferta amoldow-se A procura. omens execlontes Beixarain de se preocupar com as esferas mais altas de rigor e invengio cientifiea. Homens que mio podem ser deseritos como execlentes, abandonaram-nias com alivio e orgulharam-se disse. E embora houvesse sempre wns poueos que tentassem manter ban- Geiva ergnida,? a teoria eeondmien, como era entendida na Ingla- terra, Pstava quase que completamente abandonada em muitos 1u- gares, no apenas como um eampo de pesquisa, como também um aneio de trcinar estudantes em Iabites cientificos de pensar. Quan--2if¥> do, na primeira déeada deste seulo, uma rengio comegou a so ve-% rifiear, mediante influéneia austriacn e estrangeira, contra sa “economia sem ponsamenta”, o dana frita refletince na fata de Be 2 be 4979 A 1944 — B PosTeRionuensE que as pessoas dificilmente sabiam 0 que significava teoria econd- miea: muitos pensavam que era uma espécie de filosofia da vida econdmica, ou entio simplesmente metodologia. Muitos observa dores estrangeiros culparam a escola hist6riea por éste estado de coisas, ‘Mas a escola hist6riea, embora cultivando um outro tipo ‘de interdsse cientifieo, ainda eultivava um interfsse cientifieo; mio eve ser acusada por aqueln substituigdo de racioeinio por con- viegio. [e) © provlema dos julgamentos de valor.) preocupa sdbre 0 futuro da ciénein econémiea pode ter sido uma das razdes, pela qual um mimero creseente de pessoas acreditou ser desejével modifiear a Verein no sentido de transformi-la em algo de mais semelhante a uma socicdade cientifica ¢ quando isto tinha sido conseguido dentro de eertos limites, levantaram a questo sdbre se 05 economistas estavam dentro de seus direitos ao formular julga- mentos — morais ou de outra natureza — sdbre os problemas que analisassem. Durante a primeira década do século, éste problema da Werlurteid (julgamento de valor) causou diseussies inflamadas, que culminaram no que foi quase um conflite, na reunigio de Viena, em 1909. A muitos parecer a priori Obvio que éste ataque aos principios da pritica histériea da Verein partisse de economistas que nio simpatizassem com,as politicas por cla defendidas. Isto, entretanto, nfo era verdade, Os inimigos da Verein sempre obje- taram, cortamente, A sna falta de “objetividade” cientifica. Mas, dentro de Verein,'os Iideres mais preeminentes na campanha pela iberdade de julgamento (Wert/reiheit) foram M, Weber ¢ Som- bart, ambos pertencentes & ala radieal da Verein, e podiam ser tudo, menos expoentes de interésses capitalistes, Nio obstante, € bem claro, pelo que foi dito até agora, que nfo 0 problema epistemolégico implicito ¢ responsivel plo ealor da controvérsin, mas consideragées de outra ordem. % possivel que uma pessoa ‘nio se interesse pelo status Igico dos julgamentos de valor dentro de uma ciéneia, mas defender a posigio de que: a) a substituicio da lnbilidade amalitiea por uma erenca, como crité- rio de selegio de pessoal eientifico, prejudicaré 0 avango da cién- ia; b) aquéles que professam dedicar-se ao alargamento‘e ‘apro- fundamento do cenheeimento humano, bem como i “operacionali- zaciio” do mesmo, e que se julgam com direito aos privilégios que ag sociedades civilizadas concedem aos que se devotam a éste tipo de atividade, deixam de cumprir o seu contrato se agasalham, sob a protecio do seu titulo de cientista, o seu tipo particular de propaganda polities. 1-6 fécil ver que 0s que pensavam diferen- temente pereebiam que o que se disputava no era um ponto de SOZIALPOLINI 1 0 MeTODO HisToRIco légiea cientifiea, mas a sua posigio profissional ¢ tudo o que thes era mais caro em sua atividade, 0 problema epistemolégico, em si mesmo, niio 6 nem muito di- fieil nem muito interessante ¢ pode ser tratado em poueas palit yras. Sera conveniente fazi-lo com referéneia ao ambiente inglés, ‘onde o problema surgit no curso natural das coisas — quando um: cigneia atinge a maturidade, seu instrumental eritico volta-se pra as suas atitudes ¢ pritieas habituais — ¢ onde a acritlez, politica, qne em outros Iugares afetou o tratamento da questio, foi muito tnenos importante. JA vimos como o problema surgin ¢ como foi tratado pela sucesso de economistas, entre Senior ¢ Cairnes. A distingio entre o racioeinio sabre “o que 6” ¢ 6 racioeinio sébre o qque “deveria ser” j4 tinha sido bem estabelecida anteriormente, xendo a interpretagio correta desta distingio formulada por Sidgwick!' de wna maneira que pouco ou nada deixou a desejar © que foi accita, pelo menos em prineipio, por Marshall ¢ seus su cessores mediatos. ‘Um “deveria ser”, isto &, um preceito ow conselho pode, para ‘os nossos objetivos, ser reduzido a uma declaragio xdbre preter cia ou “eonveniéneia”. As diferengas relevantes entre uma afir- muativa desta natureza — como por exemplo: ““é desejivel pro- mover maior igualdade ceondmiea” — ¢ wma afirmativa de rela — como “o montante que as pessoas tentario poupar em wmix rendla nacional determinada depende, entre outras coisas, do inode pelo qual a renda é distribuida” — revelam-se no fato de que a acci- taco da sezunda depende exelusivamente de regras Tgiens de abservacio ¢ inferéneia, enquanto que a accitagio da primeira (0 Sulzamento de valor) requer sempre, adicionalmente, wn accitasio de outros julgamentos de valor. Esta diferenga € de pequena im. portaneia se 0 valor “iiltimo”, ao qual somos levados & medida que prosseguimas indagando par que o individno adota os valires que Adota, @ eontum a todas os homens er im dado ambiente cultural ‘Assim, ado hi nenkum ial na afirmagio do médieo de que o ronselio que da se haseia em premissas cientifieas, porque, estrita- inente falando, 9 julgamento de valor extracientitico implicito comum a tgilos os homens normais de nosso ambiente cultural: todos nés qileremos dizer a mesma coisa quando falamos da safle © achamos desejavel ter satide, Mag nfo queremos dizer a mes- ra coisa quando falamos da beneficio da comunidad, simplesmen- te porque difcrimos inarredivelmente daquelas visies eulturais r°- tivamente As qihais o bem comnm tem que ser definide em qual- qner caso particular. Sidgwick participa plenamente da confiunga tipicamente: bri- Hiniea nos “valdves siltimos” que ncontesam prevaleeer em wm " DE 110 A 1914 — © POSTERIORNSNTE lado pais e em uma época determinada. le reconheceu, portanto, 1ém das fronteiras da “ciéncia” da Economia, a existéncia de uma correspondente, cujas proposigdes seriam preceitos, porém fos anuito menos ponderiveis do que as proposigées ‘do tipo légico-real. Ble viu, entretento, o verdadeiro problema conforme ‘mostrou em uma exeslente ilustragio que, ligeiramente amplificada, serviri para resumir o ponto central da controvérsi ‘Umi niimero indefinido de impulso ¢ consideragées ontram na formagio de um protecionista ou de um partidirio do coméreio wre. Entre éles, existem wns tantos ligados aos gastos pessoais relativamente a estilos e ideais nacionais. Neste caso, portanto, nenlum argumento cientifico pode compeli-lo a aderir ao prote. sionismo ox abandoni-lo12 Mas a sua motivagio pode implicar, 0 ‘que via de regra se verifiea, proposigdes sobre causa c efeito, al- gumas das quais podem ineluir-se na esfera do analista econdmico Se fésse 0 enso, por exemplo, de ser o nosso homem um protecioni: ta por acreditar que a protegio € um remédio para o desemprégo, ‘entiio o cconomista estaria em seu direito, se Ihe apontasse que isto & verdade em wns casos mas nio em outros, e que, neste sentido, uma pesson “nio deve” ser incondicionalmente protecionista. 0 leitor pereeberd que consideragées déste tipo reduzem grandemen- te a importineia pritica do problema, no seu aspecto puramente pistemolégico, Se, particularmente, wm economista & inspirado nelo sentido tipicamente histérico de ambiente, pode oferceer — partindo de seu conheeiniento de que certos julgamentos de valor vsti associndes com um ambiente certo — conselhos em funggo da relatividade histérica, sem abandoriar os limites de sua competén- ia profissional. Isto justifiea, em parte, mas nio inteiramente, vs julgamentos de valor dos economistas. Também explica, pelo menos em parte, por que a polémica sdbre julgamento de valor nio produziu resultados importantes. Mas isto nfo altern o fato de que 0 progresso da economia — inclusive o progresso em sua utili- Ande pritien — tem sido © continua sendo bastante perturbado elas atividades quase-politicas dos economistas. 2. 0 método histérico ‘Um dos principais objetivos déste livro é desfazer 0 mito de que 6 houve uma época em que os economistas, em seu conjunto, Gavam pouca:importineia A pesquisa dos fatos’histéricos ou con. temporineos, on quanto a economia, de modo geral, era puramente especulativa, ou nio tinha 0 seu complemento conereto. Qual é, entio, a earacteristica prépria do grupo que se denominou Escola MistOrfea, © como foi possivel a scus membros ericararem 0 seu SOZIALPOLITIK E © MeroDo smsToRIco Programa como um novo ponto de partidat Eyidentemente, azo € possivel incluir nesta escola todos os que reconhecem que a hist6. via econdmica é uma fonte importante da verdade econdmiea. . Nem: Podemos tragar os limites de forma a que incluam todos os! que’ demonstraram um bom dominio dos fatos hist6ricos, ou um sentido % do fluxo hist6rico das politicas econdmieas ¢ da relatividade histé, riea das proposigées: pois isto ainda incluiria List, Marx e° Mar: Ae shall. Nem mesmo a realizagio de trabalhos hist6ricos é uma carac- ¢ teristica sufieiente, pois nfo haveria sentido em uma definigdo que ” {eTODO HISTORIC 1" ‘que as raizes, tanto de seu trabalho como de seu programa, so en- contradas exelusivamente no pasado alemio: 0 nivel elevado da hhistoriografia; 0 respeito pelo fato histérico; o nivel baixo da eco- nomia teSrica; a falta de respeito pelos seus valéres étieos; a im- porténeia suprema atribuida ao Estado; a pequena importincia atribufda a tudo o mais — éstes pontos individualizam a escola ¢ todos @les eram tipicamente alemies, tanto em seus pontos fortes como em seus pontos fracos, Em tereeiro lugar, Schmoller sempre protestou contra uma anflise “isolante” dos fendmenos economicos — éle e seus segui dores falavam de um “método de isolamento” — e mantinba a idéia de que perdemos a esséneia dos mesmos se os isolames. Tal ponto de vista, sem diivida, nada mais foi do que @ conseqiiéneia de sen processo de alimentar a economia exclusivamente de mono- grafias histérieas, pois os seus materiais, bem como os seus resul- tados, so dbviamente refratérios a qualquer tentativa de isola- mento — na verdade, na maioria dos casos éles perdeu o sentido, se isolados. Embora perfeitamente compreensivel — e, para os cconomistas pouco inclinados & “teoria”, perfeitamente aceitivel — esta conseqtiéncia indiea uma limitagio do campo da anélise econ’ mica do tipo schmolleriano, & qual corresponde uma extensio quase ilimitada do assunto sob a'sua algada, Nada no cosmo — ou caos — social esti verdadeiramente fora da economia schmolleriana. Em prinefpio, se nao na prética, o economista schmolleriano, era um sociologista histdricamente orientado, no sentido mais amplo do térmo sociolégico, Neste nivel, a especializagio impor-se-ia natural- mente, 2 medida que se quisesse produzir trabalho decente. Mas as especialidades seriam determinadas em fungio do material e sc- riam do mesmo tipo das que existem entre, digamos, medievalistas ¢ romanistas. % Gste o sentido cientifico de,nome que Schmoller dew A sua escola. Ble nad a denominou simplesmente histériea, mas histéri- caétiea. A denominagio era também portadora de um outro senti- do: constitufa um protesto contra a imaginiria defesa da caga do Iuero privado que se supunha ser caracteristica dos “cléssicos” in- sléses. Mas, além désse sentido superficial, sem divida de muita utilidade para o piblico em geral, havia uma outra que nio sugeria tanta militaneia: a escola professava 0 estudo de tddas as facétas de um fendmeno econdmieo; conseqiientemente, de tédas as facétas do comportamento econdmico, e nfo apenas a sua l6gica intrinseca, © que abrange, portanto, todo o conjunto das m como aparecem na hist6ria, incluindo indistintamente as motiva:» Ges especifieamente econémicas ¢ as demais, as quais se adaptava’< pee 0 DR 1879 A 191) — B POSTERIORYENTE © térmo étieo, presnmivelmente porque éste parece acentuar com ponentes hiperindividuais. Bm quarto Tugar, constitui certamente um equivoco esperar yne os resultados de pesquisas hist6rieas em mouografias iro fun dir-se em uma economia geral, apenas com um esfdrgo de coorde- nagio ¢ sem a ajuda de operacées mentais outras que no as «jue produziram as monografias. Mas nio devemos passar por cima do fato de que, embora tal pesquisa juntamente com um estudo coor- denador de seus resultados, nio scja jamais eapaz de produzir teo- remas articulados, éles podem produzir, em uma mente adequada- ‘mente condicionada, algo de muito mais valioso. Podem transmi- tir ama mensagem Sutil, formar tima compreensio intima dos pro- cossos sdeiais, ot! dos especifieamente econdmicos, um senso de perspeetiva histériea ou, se se preferir, um sentido da eoeréncia orgiiniea das coisas, que é extremamente dificil, se niio impossivel, formular. ‘Talvez a melhor mancira de explieé-lo seja pela analo- ‘com a experiéneia eliniea de um médieo — ou parte da mesma. Essas considerages contribuem bastante para esclarceer as possibilidades de sintese que estavam dentro do aleance da escola de Sebmoller. A mais ébvia 6, sem divida, uma histéria econdmica completa e 0 exemplo mais destacado, para a Idade Média na Ale- manha, é a obra de Inama-Sternegg, Deutsche Wirtschoftsgeschi- ehte (1879-1901). ‘Mas o proprio Schmoller visualizou outra pos- Sibilidade, Quando os detalhes se adensaram, procurou utilizar 0 que éle e seu grupo tinham conseguido ou tentado conseguir ¢ mostrar ao mundo um tratado sistemético da eseola histériea. Um “esbigo” (Grundriss)# de dois volumes foi o resultado. Mas na ocasido em que ficou pronto, Schmoller j4 tinha desaprendido, sem alarde, as ligies do “historismo” extremo. Em um quadro de refe- yéneia que néo fugia fundamentalmente da tradigio mais antiga, Je enquadrou 0 rieo material da histéria econémica, dando para cada tipo ov institnigéo um delineamento (em alguns detalhes, ma- gistral) da sua evolugio histérien em térmos da sua teoria pessoal a Fespeito — no eapitulo sobre classes sociais, por exemplo, o mate- ial histérico ¢ etnolégico 6 disposto & volta de uma teoria baseada hha divisio do trabalho. le teve, naturalmente, que usar uma aparcthagem conceitual, ¢, ocasionalmente, raciocinar do mesmo modo que 0s teoristas econdmicos, tradicionalmente assim chama- dos. ‘Teorizon fracamente — to fracamente, na verdade, que a sua teoria nio € (neste sentido) nem mesmo completamente mi — mas nfo exibin qualquer relutineia em fazé-lo. No que respeita valor ¢ preco, Schmoller adotou, ou teve a intengéo de adotar, os ensinamentos de Carl Menger. Son tentado a resumir 0 assanto da SOMALPOLITIK. EO METODO HISTORICO a coguinte forma: pense no tratado de J. 8. Mill; imagine wm outro dav trate of aspectos institneionais com & mesma énfase e compe- Geneia com que Mill tratou a teoria no sentido tradicional ¢ veduza Correspondentemente 0 expago ¢ 0 pensamento dedicado no resto © terse 0 Grundriss de Schmoller, isto, & claro, abstraidos os fn- Gamentos politico-filoséfices, que aqui no nos dizem respeito [c) A Mcthodenstreit.] Asim, o ides, embainhiou, a espad. (© que 6 ainda mais importante, a maré do “historiador” comegou fh regredir e tim sentimento de tolerineia passou a prevalecer. A\sse- frurados da sobrevivéneia de ambos os partides, podemos deixi-los we tado por um momento para considerar 0 famoso encontro entre os economistas tedrieos e os economistas histéricos, o qual passaris B posteridade com a denominagio de “A Batalha dos Mctodos” (idethodenstreit). Os prineipais fatos so os seguintes: Quando 8 “historismo” estava no auge, Carl Menger, em 1883, publicou um Tivro sobre metodologia,® que tratava de forma ample os problemas Tundamentais do método nas cigneias sociais, mas que tinha o obje tivo-claro de lntar pelos diveitos da andlise teSriea c colocar & c ola de Schmoller em seu devido lugar — no caso wm Tugar bem Seeundirio;*. Schmoller analisou o livro desfavorivelmente em seu Jahrbuch e Menger replicon em um panfleto intitulado Erros do “Tistoricismo?5 altamente inflamado ¢ desafiador. Isto nio apenas erion bastante mal-estar, como originou wn fluxo de literatura a Sespeito, sendo que tanto o mal-estar como a literatura levaram al- fqumnas déeadas para desaparecer. Apesar de algumas contribuigies qoisentido do esclarecimento de fimdamentos légicos, a histéria desta literatura & prineipalinente uma histdria de energias desperdigadas, que poderiam ser usadas de forma muito mais proveitosa em outros assuntos. ‘Uma vez que nio pode haver qualquer questi séria, tanto s4- bre a importincia da pesquisa histériea em uma eiéneia que estuda hum processo histérieo, quanto sdbre a necessidade de desenvolver dim conjanto de instrumentos analiticos para trabalhar material bhtido, esta controvérsia, como thdas as controvérsias do mesmo g@- wnero, poderia pareeer-nos inteiramente sem sentido. Bsta impressio f fortalecida pelo surpreendente fato, que é suficientemente claro fa quem quer que se dé 00 trabalho de olhar além da super fgitada dos argumentos polémicos das expresses batidas, de que nenhuma das partes questionava totalmente as razies do_opositor. M" FSCUNSHO Cra Feferente A precedéncia e importincia Telativa ¢ poderia ter sido resolvida deixando que cada tipo de trabalho Eneontrasse © Ingar a que o seu péso o eredenciasse. As razies ppelas quais nenhuma das partes se sentiu eapaz, por algum tempo, de dotar este ponto de vista tio suficientemente importantes a his- vo 2 DE 1810 4 1915 — B POSTRRIORMRNTE da eigncia — de qualquer ciéneia — para exigir a sua formulagio explicita, ‘A primeira coise a sor obsorvada relativamente a tédas ae con- vérsing entre correntes cientifieas € a grande falta de compreen- itna que nelas se verifica. ste alemento nfo esté ausente mesmo nas ciéncias mais avangadas, onde se poderia esperar que 0 treino homogéneo, os hibitos de rigor de expresso e 0 nivel cleva- do de competéneia geral pudessem evité-lo. Mas, em ciéneias como a Eeonomin, onde as condigies sfo imensamente menos favordveis, nos aspectos cima, do que em fisiea ou em matematica, as pessoas, com freqiitneia, nfo tém senfo uma nogio muito inadequada a rospeito do que est preooupando os outros. Em conseqiiéneia, uma boa parte da Inta é dirigida contra posigées que so, na imaginacto @o guerreiro, fortalezas, hostis, mas que a um exame mais detido Gemonstram ser apenas inofensivos moinhos de vento, Bm segundo lugar, esta situagio & piorada pelo fato de que choques metodolégicos so, muitas vézes, choques de temperamen- tos ¢ tendéncias intelectuais. Isto foi o que ocorreu em nosso caso. Existem coisas tais como temperamentos te6ricos temperamentos histéricos. Isto 6, existem mentes que se deliciam com todos os aspectos dos processos histérieos e dos padrées culturais indi vais, Bxistem outras que dio preferéncia absoluta a um teorema enxato, Ambos os tipos so ‘iteis. mes no foram feitos para se apreciarem mituamente, Hé, neste particular, um paralelismo nas ciéneins fisiens: os experimentalistas ¢ os teSricos mio esto sem- pre na melhor harmonia, Entre estas duas tendéncias, as coisas sero mais diffceis onde nenhum dos lados puder apresentar suees- sos espetaculares que conciliem e impressionem, Além disso, todo © trabalhador decente ama o seu trabalho, o que por si s6 basta para fazer com que alguns de nés nfo gostemos de outros “méto- dos”, Ievades por um impulso perfeitamente irracional. Bm tereciro Iugar, nto dovemos esquecer que as escolas genui- nas sio fendmenos sociol6gicos, isto 6, séres vivos. las tém suas estraturas — relagées entre Iideres e liderados — suas bandeiras, seus gritos de guerra, seus impulsos ¢ seus interésses humanos. Os seus antagonismos se enquadram na sociologia geral dos antagonis- mos de grupos ¢ dos eonflitos partidérios. Vit6ria e conquista, errota a porda de terreno so, em si mesmas, valéres para as es- colas ¢ parte de suas existéncias, las tentardo apropriar-se de qualificatives que considerain honorificos — no nosso easo am. bas as partes procuraram aplicar a mesmas epftetos tais como “empfrica”, “realista”, “moderna”, “exata” — ¢ atribuir 3 oponen- te qualificatives derrogatérios, como “‘especulativa”, “f4tj1” e Ysu- OZIALPOLITI E © METODO HISTORICO " bordinada”. Bstes rétulos podem significar poueo ou nada por si ‘mesmos, mas niantém viva a controvérsia ¢ adquirem uma vide propria, Tudo isto di vez a vaidades, interésses e propensdes para Gisputas pessoais, que podem, tanto quanto em politica nacional ow internacional, ser mais importante do que os problemas reais — na verdade a ponto de obliterar os problemas reais [a) A “novissima”” escola histérica: Spiethoff, Sombart ¢ M. Weber.) A controvérsia diminuin de intensidade, conforme geral em controvérsins désse tipo, ¢ o zélo pela monografia histériea volton a0 normal. Mas 0 trabalho da escola de Schmoller prosse- gin sob a liderauga de novos homens, que derivaram seu pense. mento de Schmoller, que experimentaram a influéncia de sua men- sagem nos seus anos de formagio ¢ que, embora déle diferindo. ¢ Giferindo entre si em objetivos, desempenho ¢ métodos de pesquisa, permaneceram fiéis aos principios fundamentais de que Schmoller tinba sido o maior defensor. Podemos quase falar de uma “novis- sima” escola histériea Por larga margem, 0s seus membros mais destacados sio Spiethoff, Sombart ¢ 3f. Weber No que diz respeito ao treino téenico, Spiethoff nao é de forma alguma um historiador. Mas os preceitos fundamentais de Schmol- ler influiram em seu método de abordagem dos problemas da se- guinte maneira: no infeio de cada um de seus grandes projetos de pesquisa, havia uma estrutura conceitual simples, construfda com euidado, mas tendo em vista a observagio especifiea a que se ‘lestinava, mais do que refinamento t6orieo por si proprio; com esta estrutura © uma hipétese ou idéia analitica proviséria, éle estudava detalhadamente conjuntos de fatos que a estrutura ca hipétese indicassem como relevantes, indo as vézes ao ponto de ana~ lisar a economia de um certo edificio de apartamentos ou de uma companhia isolada; finalmente, éle deserevia as caracteristicas ge- rais dos padrdes que se desenvolviam sem a ajuda de qualquer método elaborado e estas earacteristicas gerais, devidamente adapta- das as questées a serem respondidas, eram os seus resultados “te6- ricos”, Imagino que o leitor nao esteja muito impressionado com a novidade do processo, que Ihe pode pareeer consistir apenas do mais Gbvio senso comum, Mas o processo era novo em sua simpli- cidade, em sua distingfo clarissima entre as varias fases do traba- Tho, e na igual atengio a cada uma destas fases, no sucesso pelo qual Spiethoff nao se batia, mas que ocorreu, de “teorias” realistas de um certo tipo. Devemos observar que éle, embora fésse um homem de amplos interésses culturais, permaneceu um pesquisador exclusivamente dentro das fronteiras tradicionais da economia. Nao " DE 4810 A 101) — 5 Posrsnronsanre se preoenpou em fundir a economia em uma sociologia que abar- easse tudo, Neste particular, nao segniu o exemplo de Schmoller. Mas Sombart seguiu, ¢ pondo de lado t0das as preoeupagies sobre os limites da competéneia profissional, chegou a ser mais schmolleriano do que Sehmoller. 0 sex Modern Capitalism — eujo titulo cobre, na realidade, uma érea muito mais vasta — representa um tereciro tipo de sintese da escola histérica, a ser distinguido tanto da historia econémiea geral como do tipo da Grundriss de Schmoller. 1 uma visio do processo histérico que tem uma quali Gade artisticn, ¢ que é mantida dentro do campo cientifico por ser alimentada com fatos histérieos e expressa através de um esquema ‘analitico primitive. % uma histoire raisonnée com a tonica no ra- tioefnio, e uma hist6ria sistematizda com énfase no sistema aqui entendide como uma suecssio de retratos de estados sociais. 0 tipo de teoria histériea que dai se desenvolve € melhor ilustrada pela teoria de Sombart — embora esta tenha suas raizes em Mars fe apesar de éle a ter abandonado na segunda edigio — de uma primitiva acumulagio de capital industrial a partir do aluguel da terra: ela consiste de hipéteses explanatérias sugeridas pelos fatos Shas teorias, entretanto, no sio exelusivamente, ou mesmo primi- riamente, econdmieas. ‘Tentativas do seu tipo desafiam quaisquer esforcos de departamentalizagio. Todos os fatéres operatives na totalidade do processo histérico devem ser inclufdos e 0 sio: guer- yas e judeus entram no mesmo nivel:das poupangas ¢ descobertas de onro. E tudo isto € muito certo, desde que nos lembremos: a) que tal generalidade 6 privilégio shmente daquele tipo tinieo de trabalho cientifieo; b) que o tipo mencionado nio pode sobreviver senfo alimentado por ontros tipos de trabalho eientifieo; caso con- tririo, degeneraré em diletantismo irresponsivel; ¢ ¢) que 0 su- cosso de Sombart dependen de uma combinagio de qualidades pes- soais que nio é comumente encontrada em um mesmo individuo nos graus necessirios, e que nao pode ser obtida por meio exclusive de vontade —o que deve ser levado em conta partieularmente tendo em vista 0 sucesso internacional da obra de Sombart, Os pronuneiamentos “‘metodelégicos” de Sombart seguem a moda muito de perto para serem interessantes, Tnicialmente, éle toreen devidamente o nari para aquéles que “davam trabalho a Robinson Crusoé” (veja-se, mais adiante, Cap. 6, seg. 1, n. 2). Quando os ventos mudaram, éle procurou ser reconhecide como um teorista e accitou erédito por ter usado, em certos pontos, 0 “‘méto- do dedutivo”. Ao se considerar a relagio de seu trabalho com o institueionalismo americano, 6 importante que se lembre esta mu- danga de linha de frente. | # muito mais importante, entretanto, nota n mesma auséneia de hostilidade em relagio & teori econé- SOZIALPOLITIK EO METODO HISTORICO a mica (no sentido estrito da palavra) om Max Weber, enjos pontos de vista sobre a natureza dos processos légicos nas eiéneias sociais foram de muito maior importincia” ‘Weber nilo se resteingiu a meras profissdes dle £6 metodolégica, apoiadas om frases gerais. Aprofundou-se realmente na matéris, ¢ avatisou as formas de pensamento efetivamente usadas dentro da tua esfera de competéneia, que compreendiam principalmente as formas de pensamento usadas por economistas histéricos ¢ por so- cidlogos, Ede seus trabalhos exaustivos emergiu. wma douttina Gefmmida © positiva. Esta dontrina usa dois conecitos: 0 “Tipo {deal” ¢ 2 “Significagio Pretendida”. Weber sustentava que mns cigucias socinis exocutamos operagdes de um tipo completamente Giferente das operagdes das citncias fisicas. Nas ciéncias fisicns, fos explicagées no signifieam nada além de uma deserigio. Nas Gianeins sociais, a explicagio implica o conhecimento dos “eonteit- Gos culturais”, a interpretagio das “Significagies”: dai o térmo Sociologia Interpretativa” (Verstehende Soziologic).. Além do enuneiado da lei da gravidade, néo ha sentido em perguntar « Dropésito de que a pedra esti caindo. Mas lif sentido em perguntar ual o propésito de uma unidade familiar consumidora. Para se ‘evar avante a andlise desta wiltima — e de todos os fendmenos sociais — 0 observador deve entender 0 objetivo de sua pesquise de uma forma que éle nao pode nem necesita entender a respeito Ge uma pedra que cai. Com éste fim, deve eriar tipos que, embora hide nesessdrianente puros como o homem eeondmico, sejam abstra- es que possuam todas as propriedades essenciais ¢ nio tenham as CGoccwenciais: isto 6, ideais légicos. EB tentamos compreender 0 {que o tipo em questio faz, sente ¢ diz, nfio indagando © quo suas edes, sentimentos e exprossées signifieam para nés, 08 observado- tes, mas 0 que sgnifieam para o tipo pesquisndo, ov, em outras palavras, tentamos desenterrar os signifieados que o tipo atribui pea c a0 set. comportamento. Se isto iluminar de alguma forma O Ieitor, éle perecbers que esta teoria da légien das cigncias socinis oSndependentemente de seus méritos ou limitagdes e de suas rai- jon na filosofia profissional — 6 bastante neutra entre as diferentes “Formas de atividades analiticas. Em partienlar, a teoria ccondmi- carne sentido tradicional, nfo 6 exclufda. TE pouen diferenga fax para os trabalhos praticor do teorista 0 {ato de S. Bxa.. 0 Sr. Me- fodologista Ihe dizer que, ao investigar as condigées de maximizagio de lucro, esti investigando “‘sentides pertinentes” de wm, “tipo deal”, ot qute 0 sou objetivo € a formulagio de “leis”, ou “teore- mmas”, Na verdade, na époea de seu pensamento inais fecundo, ML Weber nao deixava de declarar que, dentro do que the permitia julgar a sma quase completa ignorineia, nilo via qualquer abjesio, “ DE 1610 4 191) — B POSTSRIORNENTS em principio, ao trabalho dos economistas teGrieas, embora nfo concordasse com éles naquilo que éles pensavam estar fazendo, isto 6 na interpretagio epistemolégica de seu processo?* Ble nio foi, na verdade, um cconomista, Em uma atmostera nio perturbada por entrechoques profissionais, teria sido dbvio qualifieg-lo como sociélogo. seu trabalho e os seus ensinamentos 8m muito que ver com o desenvolvimento da Sociologia Eeondmi- ca, no sentido de uma anilise das instituigées econdmicas, eujo re- conhecimento como um eampo separado esclarece tantos problemas mnetodol6gicos”. Até agora, temos tratado um fenémeno especificamente alemio, que se desenvolven de raizes especificamente alema e que apresen- ton qualidades e fraquezas tipienmente alemis. Sem drivida, al- guns dos fatdres responsdveis pelo surgimento de eseola histérica ferminien estavam em téda parte. Além disso, em ontros paises ccorteram fatdres que favoreeeram movimentos paralelos — 0 com- tismo um dos mais importantes dentre éstes. Finalmente, o traba- Tho da escola alema foi demasiadamente importante para_nio ter, influéneia no eurso dos acontecimentos em outros paised, ‘ Nao" obstante, ¢ importante ter em conta que éstes movimentos.paralelos, embora semelhantes, eram, entretanto, essencialmente diferentes; aeveram menos ao exemplo alemio do que se poderia supor; e, com exeegio do Institucionalismo amerfeano, nenhum dfles foi su” Sicientemente forte para quebrar as tradigSes e reorientar a pesqui sa, em parte porque a tradigio foi mais forte © melhor dofendida Na Itlia, 0 desenvolvimento alemio foi notado com simpatia por alguns, o que acontecen com a Sozialpolitik alemi. Mas nenbu- ma das duas influéneias perturbon os padrdes vigentes. A econ nia polftiea italiana sempre foi forte no Indo “‘eoncreto” das e sas, e continuon a ser. A ninguém ocorreu lutar pelas idéias alemis, Embora alguns dos lideres — como Binandi — realizas- sem wma — talvez a maior — parte de sew trabalho po campo da ; historia econdmiea, dificilmente ocorreria a qualquer um falar de uma escola histériea italiana como corrente eientifien auténoma, © mesmo ¢ aplicdvel 4 Franga. A grande tradigio da histo- riografia francesa continuo, decerto, e, aeompanhando os interés- ses dn Gpoca, a hist6ria ccondmiea reecben atengio adicional. AAlguns eeonomistas realizeram trabalho histérico. Meneionarei apenas Levasseur. Mais tarde, algum trabalho foi feito dentro de linbas que se assemelhavam is de Sombart como, por exemplo, por Henry Sée. E aquéles brilhantes historiadores e soviélogos hist6rieos, como Iyppolyte Taine ou Alexis de Tocqueville antes dale, enjas obras Se tornaram leitura obrigatéria para qualquer SOZIALPOLITIK E 0 MeTODO MISTORICO a pessoa culta, pintaram em boa parte com cdres econémicas. Nada disso signifieou qualquer névo ponto de partida para a economia profissional.2” Mas a obra e o credo metodolégico de Simiand trou- Xeram um névo ponto de partida. Embora nada devesse a influén- cia alemi — se houve alguma fonte, no passado, para a sua obra, foi Comte — seus pontos de vista sdbre a teoria tradicional, a qual devia ser substitufda pela sua théorie expérimentale, ¢ sous argu- mentos contra 2 mesma (eastelos especulatives no at ¢ outros do zénero) assemelhavam-se muito aos de Schmoller. Apenas ocorreu que nenhum grupo aderin as suas idéias [e) A histéria econdmica ¢ @ economia histérica na Inglater- ra.) Passando a Inglaterra, notamos em primeiro Iugar a quanti- ade e a qualidade de trebathos feitos pelos historiadores ceonémi- cos, que se elevaram a novos niveis durante 0 periodo ¢ langaram as bases para avangos ainda maiores em nossa época. desem- penho de Cunningham pode servir como exemple? Ble realizou, 2 sentin que estava realizando, um trabalho que foi e que sempre tem sido “essencial para a ciéncia econémiea”, que € “primaria- mente analitiea”, conforme suas préprias palavras_ (Growth of English Industry and Commerce, vol. 1, pig. 18). Desejou ver 2 histéria econdmiea usada pelos teoristas, ¢ defenden a necessidade a inelusio da mesma no curriculo dos economistas. Mas, embora expressando a crenga de que a aparelhagem conecitual da ecgnomia malitice nio ¢ imediatamente aplicivel as condigdes anteriores & Spoca eapitalista, em parte alguma indiea a vontade de vé-la subs- titufda por generalizagdes origindrias de pesquisas histéricas. Esta posigéo a favor da histéria econémiea néo encontrou ne- nhuma resisténcia aprecifvel. Diversos economistas, como Rogers, foram, fundementalmente, historindores econdmicos, pelo menos no que diz respeito aos respectivos trabalhos de pesquisa. Alfred Mar- shall era um historiador melhor do que a maioria daqueles que ais tarde atacaram a sua obra por nio-histériea, especulativa ¢ assim por diante. sen Industry and Trade, apenas, basta para provar isto, embora a extensiio de seu cabedal histérico nio fésse comhecido fora de seu cirenlo de relagées até a publieagio do en- saio biogréfico de Keynes. Nestes circunstincias, nfo havia evidentemente oportunidade para uma escola hist6riea no sentido de um partido cientitico em-"- penhado em lutar por um “precursor”, Jones EB mais tarde, nia época da ascendéneia da escola de’ Schmoller na Alemanha,’{- alguns ceonomistas ingléses professaram adesio a prineipios maig i ou menos similares. Os nomes mais importantes a serem lembrados, so Ashley, Ingram ¢ Cliffe Leslie.25 z DE 110 A ty — B Posrenionusyrs sozIALPOLITIK EB 0 METODO IISTORICO eger de tnterprstagion tendenclosy © ve #e ain poderla ter alte para prot ie Mas, embora todos éstes trés homens atraissem atengio e mar- rats sporpeenay neta cexssem seus pontos, nenhun déles teve sucesso em formar um gra- 5. roe de, organ ot th We soto po, muito menos um grupo militante. Isto foi verdade mesmo na tenoin colette mals ndiante, Cap. 6 Seto 7.) cap. & wgto 4 @ Cam & década de 1870. Mais tarde, quando a lideranga de Marshall fir- Sy amere A eam, vejacse mals “ eae ‘mou-se, a maioria dos economistas (e pritieamente todo o talento) seRde Fo estou attrmande que os semindlos ¢ 28 10, eceacto,, Via oe aderin as sias hostes. Havia alguma oposi¢do, mas apenas par- fasclnanten, On deis exomien, menceaMrequentemente amparelade Pa, cialmente de natureza metodolégiea, Podemos meneionar Hobson Tegra, arora ngulanmente serine ¢ os Webbs A modesta quantidade de literatura polémica nfo y Miaeg Tormaa,oraliminare® x "rua experiencia po precisa deter-nos mais. Devemas, entretanto, meneioner ovexcelen. | Mmuatacgrmaloretets "a, estan. te livro de John Neville Keynes, que resolveu a maioria.daqucles Nonigade ere etatee 6 oe ee problemas metodotépicos dentro’ de um espirito de ponderagio c i sac, de_rnmenaten mark 8, cuit eM ie uit hom senso ¢ de wma forma satisfatéria & profissdo, Durante duas Se gta hea, Heataciee AE & Sin? geadas, 0 Seu livro manteve una merecida posieao de autoridade. Guests, ae toenail aitante,cotTenl ds ese, an cama don OPT en ‘A mun Ieitura atenta pode ser recomendada apesar da distineia no nel OF, Sener nena "Ayouth WRENN, fad" xara tempo, devido aos seus méritos e ao seu sucesso.” Sexe ge uma, alter alert, ne egpate 2 pou Me, PERM c°Taaua inte | 10 manuscrito déste capitulo termina aqui. A secdo relativa ao ‘inna ae neculr a mots do, est8ARh Sip, portanta, a, cine eo wera instituelonalismo americano aparentemente nunca fol eserit Feamada, em Me. SafOrar Tea “gatiafaner on oxaminadoret, ST, gndo afiemar. Tnsttuelonal ‘ Yat eserita. ae anne, inato™ Sho er coer sobre, Guct, ‘ora estes ox Tadroes G&, MmalOTiG, Om ATO Ay “Gavemos, tamer, NOTAS DO CAPITULO 4 Ss" tdatrmo.enngerar a, portance, Go" Seay eal do atco denen 5s noe mare ae tees eum ere 1, {ite te Oranzatora,_ tte eaptlo ala ehegow a fm, fl en ee ee ee angle Or, tel mu, merado am estado insatistatorio, ‘ae tinha thulo nem suntitules os que A rotate protiasionals ¢, con aia atin "Sos argaeadee, MiSs ‘ited us Cees’ Sips nat ae engin peter So Set aay oh io per Sch ns introduc a Fara TW, «aa comete Ievras Sgtuizte? sem, principaimente Sos Webel Mec cna, as dade ete faze nae sees est eat? ema | So SE Speeeaiatan thas abt setae ge ms estan as oy eit, Stn tenon ena te i Tavis, (Na parte exieriog Gn pasta astava escrito “Parte IV/4.5", mas o ‘Rates individuos © Doragores « integravam os trabal 2 quando e" autor decidle Incorgorat todo taboraeorniicado was Schriften ommateriai erm wn capitslg éalea, em ver de dois separation. ‘Nal Parle 1, Cap. 1, sete 2, lava, da Parte, JAS. raferiu-se ao pre mite ean e gg gpl, a aeiylae mnntira® +A" seul encontrencse comand rncla Dara & cael tel Sibre ola grupor aliadau ‘de "homens ede idtlas, “ue siattad Eapttulo Teste Bait ase Inento ‘separade: 0" grupo caso" trapaine ‘centraisov-se etigumas, dessas comissbes caloe, Tatty i poraneo ‘em reforma aocinl, sco i ‘para. mencior Issa Figg secmemicn, DOOgTIoE iideres foram com "singular intelicdade a ee etSsata devin da anailee sconamice, Pest, Shamnidos roclallstas Ge ehteden. (iCetheternsoctallaten) 0 TUDO due Tol fo Intereanan Oe Pete “Ci8Ea)e A, OFerta Se COTM pg chammade, ''chamavase a al mesmo, a‘acola histories’ (Capftulea i's 6). Jas, na Merieho ido do, Comércia. arieature (SEL) Fo Mrtatarioy, Ow. ¢ Prats CERT), 1990) — fora da Organtcadera, Nese Den 9 platstt. Gpoenhelmer © Lexis} nal E weer relncko ‘Ov irataments dot” socialists de chtedea eaté vastante Incomplete. Na pint, even: "Delxar espico DAT nots yerdaden parece que uma sephe inteira sobre les foi emitidn Gbvlo que i Pleeveta wa Orgenizadara. T-A.S: eC Gaigia dest de'aezemora Ge 1208 A‘coola danegto-abtee a ecole esters sobre “ombart} sonemy, 1863 (ter ae ae faneico ‘de So, E Tula oe erat Sipecee Gatmativas apematin ictus, eta geod ie foetal ‘a partic de’ principios ‘a "é"adul "publicada "porque. Scharpet Yalhon de mulion economistas Unum sido prejudieadon. por acta Sulgamentos sas Ceycia canes a levee Ae de, alors enue" to nko’ rm ‘necesArio em lagho ha renpectvaa andiions f reneae ice mean cao fcelne a8, 8 iista"‘crenga ‘alte aos olhos em tudo o ave fle. cecreven. os ator pertinentes Sayer éatea, taion ¢ com, {realness taer ‘Otratamento da exeoln hatérien estar também. incompleta. Avés alzuma SSE" alton, pares ‘a iscunato sobre ‘an escoinn veiha” nora’ ea Méthodensirelt, setus-en ume Sedum oe. wrna imponsiel she te Siceamato da” cconeminnisGrien Yfora"én “Alemanha, eapectaiments na Franck Pre atrimmente Sem aoa economlea-em ranese Sa Ee ina Inglaterra "Stas nada exits sobre 0 inettveonaliene americans © Sobre Ao eae, temps, ween. gu inolopensavel: une, Ver QUe eka mpl Ss"Hstados Unidos, prometides no plano a Parte] siqmag’ ciate Ieencr inpettans,*e aig nembre sanale 2. (Note da Oronsicadora. No. alto da. Aging, havia,multas notas ta. eaten da melon “a rasiotaio & Part nctamente, por sigum (10 avisratadan © 4 semuinte anotacho felts per IAA 8.0 Bu to! eel) au fae a ce 0 DE 480 4 1915 — 8 PosTentonuayre: sconomicon,suue-se ave, ve a4 bares do riiocinio nfo sto corretay, a con- SSSR pols Be itt“ caso” Te. Devew oovervar que fet mio gnifea, nem 9 conviades de eco- nopista, opomser fat ediielsns"s” ankle eietices Sent ‘ain’ een ‘Neo Soe “ininaedtcs” So. yeimana cao, otemay susrerexplca® ‘pad ‘uk sem atta SE rio Timms “ine Dwicto “astermineca a Neapito Ge See tee Tree miee Tal unalone pertiamente, denn 6 Stade Chala Gorter Ge state um scoamibt you Teter a aite seam atlites ieth dase Sebhomist tm ucrtig pole bar sshcntge icicle cin leaiggs ‘pare "autem Que tale ene emiuise at S*profna So aad wataen tant. Tar oremos quo agaist cima exbopade de mttode Nstrico_ nada tam a vor come ote? siiistea Senate eas WlecomerSenfonto SSD GUST SN HaoRaNee ss 2 htods nitric ‘ae aaresntaci. 1." 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Grind jn dar Soniaipeiltte send “Wiosenacheftolehre {18817 neste ‘tim, “especial. too set Impertante"dlacutee ‘Teortan em “Mutagho ” Veraaies Esubeleeliag no Campo. das Clenclas Socials"): o's ditima edigto de sex Aitico, “Volkswirtschafe und, Volkewirtschattlehre’, ‘na enciclopélia alent Clandasérterbueh der Stoatswissenschaften), que oferece 9 seu pensamento main heceeteres a Sistema Sites er Exerc Sle ald oy hte tas tte eer Eire ic Sa ie a Sean, tay tne cae Sect Bike ie Toe ied katy Sty Seber yearn cl ‘Provoram,aa factidades neceagtring ‘para a publicagho do trabalho da escolh- AVN cee eeccter aaa Seen pm 9 reads ga " to, 0 Tengo artigo fhe Bekmotier ‘fas, nina ‘assim. 5 ‘8,0 trabatho de Georg Hanssen (1809-94) — ser suflclente mencloner © sed igrarnatorlache Abhandtungen (1800-81) —~ © seu ensing em Gottingen i SOZIALPOLITIK E 0 METODO HISTORICO a {foram originals, metodeldeleamente, em dois aspéetos: par um indo, tle ensinow Ger eeus_ alunos’ a comecarcm na reconsttulelo, Ua hetdrla, agritia, a part ‘das "Gonaigdes” da epoca. em que viviam, desenvolvendo, asim, '@ vale? nailed ‘ou explanatorio os materials" yassado com uma vida ‘¢ uma, rea. propria Bor “outro lado, ‘desenvowven ‘ulna nova, fonts Us materi; mapas. suites SGhamenten topogratiam reietdo Re formas prmtivas’ ce provriedade, Fal ‘Este. material fol explorade.plenamente por August MCeltzen (1822-1910), que rouse A tarefa. a sua experiencia. de. ation. Ov seu Sledeting. and Agrarwenen ‘der ‘Westgermanm: ant Ostyermancny der’ Ketion, Homer, Plane Slt iaRb) "Sem eitro tog, ‘uma ensue detrever"e-Zomparar Slanejaram suas economias, Ban, para cx nossor cbjetivos, tim ainda mater Frnportincla "os usos anaiicos elf dor rensltagos, este’ monumental tea ‘eitzen tentow trap’ conclusées da istibuigho eeogrAfiea Ttenica ‘Agricola, de neon. contomes ede mua, ascendencia Beat Waegtruie shorn ounada, sa" ay ng Sneaparam a ertas, ‘Georg Frieirlen Knapp (1842-1926) permancceu cm seu campo — que nada tema ver com on cuttos dois, onde tkmuem ne destacnu — durante coves {e"quinze ‘anos, durante es quale"preduslu dua gbfas-primas —~ “claseicon hho dentiuo tncamitsiico a paievra = te Houeraverreiany wd der Uraprang ster Tenuarteiter (isst), © Ghunanerrachaft wna /uterpue CI¥st), que cescreves S"petamorfore de mando agrarlo alemag ocorrido. no inicio dx era capitalist, © foi tanto ‘uma conequéscia “da erolugia.anclat como” um ‘fator ‘em aus Settiminatta, "A: andloe de 2imapp do. sventa crown padi. paren ao" ehnino econsmico crvenie..'& wha pena que mig” se Ponsa. eM mt eaboco Erato do. detaihe, por ‘exemple, € sige de” poue ser entido e, senvo ‘Ser ile spreendito, ras nto” pode ‘ser deserts, em poucas palavras. "Parecs flaro-qe sim fomem ‘empenbada. mom trabalho. deste tipo reramente ow mune {era necranidade de Urelnamenta teorice, cua alta The provaria uma: detiettnela Serta"tno campo Ja tmoeda edo. credits. 20. {Nota da, Oroanicedora.. J.A.S. tina, aparentemente, Intensto de, delete sgt try ate"aanuto) BAS" rimels ‘papinns Ua sek 22a 21," Karl ‘Theodor Von Inama-Sternegs (1512-1208) ol vin cconominta f estatiata que, mo fim, da earrelra, qranieoa,reputacio. (nlernactonsl por sed frabatno. a Teeite. do" servigo umiriago de estatiotics (aeveriamon alzer ‘inaho ‘estatistiea”) e por ava atividase simultanen come professor ve ints Poderosamente sobre ‘uma geragho de economistas.« estatisas, HRistrative,O8 carrera cenifien ate homem eminente eat, Tato eave Score’ storia.” Langou_Guas™ monograting ‘puramiente. Nstoriens, ‘nas quais Spresentou a chamadn ‘Teoria. Senhorinl, ato €, 3 tearim de quem organtengto its manages senhorisls fol um fator prifmerdial na, cristae. de mereades, cldaden SHUR Tadeaciat na aurora de eanltlizme, “A” stern mencionada mn nowo eno fnierneaaltere Mgntesntemente da Titi do sitene Ge im Biter 12," Grundriss der aligemetuen Volkswirtachartstehre (1900-1308) ponziin Umtgrnuchungen her dle Authode der Sostabelanentehalton wnt er fototorin. propriamante é iimitads, nov pedemon aqui fazer justion “a Ot Aro ae2 Een nin, om dan iano tmertanten poy rar, ora, ne ito"n “oportomidaie pare citar, aoa teitores Interessadge ‘em ‘matodologin. > eclente tatado. do Prot Pele Kautmann,Methodentehre. dep" Soutalessens GHGHe SSC a neha tb otal iethodolony oy" tne Socal Scenes. 24. Um poven main tarde, o mesmo asmunta, peaticarente, fol retomado pelos seguldores de. Menser, Iderades por Bohmfiawerke (une Material vs. BrerDedtiuive Afethod in Poltieal Beonemy" Annals of the American Academy of Political and Soctal Sclence, 1830), ¢ pelon tecrlstaa aleries que nfo. cram Seguicores, ms ‘oponenten do’ entind tedrico. de Stenger, particularmente TE Dietzel (Belteige tur ‘Methoabe cer ‘Wwirtschattewinerctiatten” Janroueker [ee Hationelokonom, 1884, 6 ooteas: publlensses)- ‘ras o "valor > A 115 — & rosrmsionmexTe Dig Serthimer dea Iitoriamus (x der deutschen aw: oss Sa fr) Ee ema Seite od cian strnobtinee Se iantoae Sonata rei ‘A remagio ntemacona) ds! Arinar srletott — gue fol durante malt temps fete Uetethett fe Again tot tig Gaps edig ae Jone Serpe htt Sn Sth anty S Se Pn See's aaa a do gets tetera oeemeae HRN", Magna ne deny ace ete soe jo arent cena esterase ialdade Pint oallde nse “Es, Simei Seat ehetate = Sear es tate meas sere ere, He es SojeMAligemtine “Voom hhetexto"¢"iuetrado tin ‘seu lio Boden and. Wohiung -- (i980, Umm estilo ‘bree prego daw. bbitagbes "ee. aluguel don terrenos ‘urbatoa, “¢ por das ‘trlen dle ‘publlcacden de sous estudanten por Ale organizadan eta’ eapervisie Sxerceu ‘com main minuciose cuidate: "2" Howat Stdatemserouchanber¢ Bettrage “aur “xriorschung ier. ‘wirtsohafilichen Weehsellagen (Comttieulcben Ro entuto’ Soa cielon econdmicos). (Weta, de Organtendor Quanto J.A.8. ensinon em Ronn, (1926-38) ‘trayou contiecimento, com, Spithott, nue Tot seu colegs prestiman 6 amigo fil ‘Apo a morte de S:A.S.." Splethoft, juntamente ‘com’ Erich” Schneider. 9 oveua™publicacte” em. alemfo de umn colocko ‘de. mottos fenanios de" Sehumpter. "O primelro dos tets. volumes aparvcera. em 1982.) ‘Como hemem 'e como intelectual, Werner Sombart (1863-1011) fol. ab todon of aspecton, 0 oposto de ‘splethatt. “A ‘iferenca entte fama do ambos SiN ho aperas erm melo no. pOblleg. em gersl == ako aie pensae, Para fon inceressadon a" nocloiogia. dae clencias. “O'anico Go seta trabainos ave Brecleamos mencionar nasi, "Modern Capitalism (Der Modeme, Ionita 1504, surundneietg nem “Ampliadn’ em 191-21) Chocow 4 Hlstoriadores Bes! finsignats’ por, teu brio. frequententente nein contetde. ‘bles’ nko: paderam Yer tna ho ivr que putessem chamar de pesiulsn — o raatertal do livre fhm werdaae, fol intelramente de, ‘agunda. tho ™——'e protemtaram conten ai fine, aling faan" de" euidado-" "ano ivro ot wing das matores congulsas Diax Weber (1864-1820) fot uma das personaildadea maiy poderoms que i entrou me -cendrio da clencla academick "A profuntainflueneia ta. ue iigetanca’ *° om grande parte devide a, ust ardor” cavaietroas em Tatar else sohsamgetinnaruge ey Stuan chedaraa te” guowsca 7—"sohrocolaras Horém uma fdren"‘vitalsante Coriadera, de tient Ree ¢,Impoaalval dei ocomentirio. que tls, eo contrarig de Sombart, reallsou pestulss. Wst6sien fe gamtte proisional de’ dren Aa Douens nentonene do texto An qua deve Bina ‘obra "monumental sero empregadon sm reCarinclan oe segvintse tra venkl oR, Rrotetant Biro an the. spirit of Ca Gominanie ‘na forimacio da" mentalidade” capitalists edo ‘proprio. capital, Atraiu "multo mais a atengo do que ok extudor_ de, socioiogla” Gas) rrandes TRG aun an, egaih, (em Woteren posterior, Go" Archiv), alimentos (2 “Rocher und Knies und die logischen Probleme der historischen Natio: SOZIALPOLITIK FO MeTODO HISTORICO a nalskonomie®, Schmolle's Jaurbuch, 1903, o mle importante de seus muitos ‘etudormetodolonices, (2) “General Economie History, notas de wm curso dado na Universidade de Munique'e compilado princlpaimente dae’ anotaghes Joa alunos} traduside Dire o Inglés pela figura competente de Frank i esiehts (4) Beonomy and. Society (Wirtechaft wd Gesellsche/t), wma, parte do Gminarise der Sosteldkonomit ‘(eraosina. de "multes’ values de diversos ‘autores, "que comecou a parecer em 1911), organisado e isiciado or. Weber ue, einaee #8" owstmos mendlonar do yameagtn, & ‘um marco Taporante '\E) “Adaptation and. Selection in the Zabor Force (uma inventigaite paretida pela Verets fie sosidipaitie's ar dio Sonieeiia;: Spotas Teapstontes Foran publleados naa. Schriften), aie" menciono. sments_ como "exempio, da Mida'e "da, originaildade ‘de suat Satias, e- como “iustraess. Ge. ino de Probe abe atne crores, Dromtaments, "asta exemnlo também sera” Ut 21. Bm sous eatudos metodelégleos, M. Weber utilizow (nem rome com vantagem) ov elementos qua pensive hover aproyelit de fitout ‘conte poranen.” A“inciuencia de Hckert e também de Whdeltand &, geasionsimente, Bem visi aa_fecria ecopeinic, ido marsha Preorine (esbdgo da hstorla dag Goutrinas e metouos para’ sew Grundriss der Soeieli~ onomik, “als sma vex Isto € importante, em vista do fato.ae.qve dle € a ‘yisea" citado' como. umm. campedlo” da eccnomia’ Instituclonal incadora, “On dois grandes parudarles da “toorla cian Joseph Ac Sehun felor'e Pricrich ‘Von Wiener.” © asheay sobre 2a." Dire ‘Dole Lever (SU2L301). Sy ohrag mals nouns tga ee hte oat in tg Bl erie BEE sats naan US ae ae ler dete refoe deh Zs" pag Nett” leh ae etal tes Saget Saltese ately “a"all se Secebetas fais as ant Sea lester ont ntette ™ St Fate sie oi taut eke nay tha 8 ego menensde ne ge Bish EST SE oh 10, ieoen Pott lotr oxvdo falar no name do canons vei imi ge" Lave CNEL Sy Btn Haste Jet, Sree SPS heel dea ulti taal ith mat sr oEMteaao og “a” Soha nd lade ates ee Beet ees a bala ate ener eae ay Pinar leat Sot Bal a te deat Site eu pdgrmenae'as qa density techcseNath at gene Saas Sua tarte ae Sarees Sat BP ats 2p Repel Siang Garis far 6 ey cree metotnin om 2 Min Pe aerate aes, Re eta de otto ae lds

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