MERTON Robert K. 1968 8211 Estrutura Social e Anomia

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ESTRUTURA SOCIAL E ANOMIA Avr 14 Pouco TEMPO — ¢ outrora mutto mais —.podis-so talar de uma acontuads tendéncia nas teorias psicoldgieas e sociolégieas, de atti tuir o fimolonamento defeituaso das estrutures sociais as falhas do con trOle social sObre os imperiosos impulsos biolSgicos do homem. A ims- gem das retnghes enise 9 homem ea sociedade insinuada por esta dom trina 6 bastante clara mas € muito questionével. No comézo, existem os Impulsos bioiégicas do homer, os quais procuram expressgo total. Sur {fo depois a ordem social, essencislmente um aparelhamento para o ms nhejo dos Smpulsos, para o processamento socal das tenses para a “re rmincia As satisfngdes dos instintos", nas palarras de Freud, © incontor mismo com as exigéncias de uma estrutura social é assim admitido como estando arraigado na natureza original.? Sao os impulsos biclbgicamen te enraizados que de ver em quando irrompem eizavés do contxéle social E implicitamente, a conformidade ¢ o zesultalo de um ecélculo ulilitirio, ‘ou de um condieionamento nfo raciont Com © recente avango da citnela scelal, éste conjumto de concapeaes sofreu modifieacéo bisice, Um dos fatores observados € que j& mio pa- rece tio Sbrio que © homem seja colocado contra a socledade, numa guer 1a incessante entre o Impulso bfolégico e as restrigées socials. A imagem o homem como um indomado felxe de impulsos eomeca © parecer mais uma carfeatura do que um retvato. Por outro lado, as perspectivas s0- cloldsioas Uém eontribuido cada vea mais & andlise’ do comportamento ‘ie se desvia das normas preseritas, pois qualquer que seja o papel dos Impulsos biclogioos, ainda, permancco de né a questfio de se saber por que 1 Ver, por exomplo, 8. Prax, Cloiliztion and Hts Diseantents (passim e esp. pte. Ds Br owt Jones, Sool! Aspects af Dayehosnalats (Londres, 121), 20, Soa nopio evans ‘ama varledade dn doutrion do "pesado orisaal”, exsho e interpretagso ofereldn Des {to eatodo ume deuteina co "pecado sosilmente osivado” 208 Robert K. Merton 1B frequéneta do comportamento desviado varia dentro de estruturas so+ ciais diferentes, e por que sucece que os desvios t€m diferentes formas e moldes em estruturas diferentes, Hoje, como outrora, temos muito que aprender sobre os processos pelos quais as estruturas socials geram as cir- canstineias em que a infragio dos cédigos socials constitu! uma reagio “normal” (isto & que pode ser esperada)2 ste capitulo constitul uma tentativa de esclarecimento do problema, ‘A estrutura erigida neste ensalo pretende proporcionar um enfoque sistemético da anslise das fonles socigis ¢ culturais de comportamento transviado, Nosso objetivo prixcipal ¢ descoarit como é que algumas es truturas sociais exercem uma prossdo dafinida sdbre certas pessoas da soctedade, para que sigama condu'a néo conformista, ao invés de irilharem 0 caminho conformista, Se pudermos locatizar grupos peculiarmente sujel- tos a tnis prossdes, deveremos esperar encontrar proporgées moderada- mente clevadas de comportamento desviado em tais grupos, nfo porque stxes humanos, néles compreendidos, selam compostos de tendéneias bloldgicas diferentes, mas porque éles estéo reagindo normalmente @ si- tuagio social ma qual se encontram, Nossa perspectiva € soclolégica, ‘Othamos as variagGes nas provorgdes do comporiamento desviado, © nfo & sua incidénela. 3 Se nossa indageglo for bem sucedida, algumes formas de comportamento desviado sero oncontradss como sendo psicologion- monto normals, ¢ a cqungio do dosvio © da anormalidade psicolésien serd posta em duvida, PADROES DE METAS CULTURAIS E, NORMAS INSTITUCIONAIS Entre os diversos elementos das estruturas sociais e culturais, dois slo de imediata importéncia, Sio analiticamente separavels embora se 3 Worn no senido da regio detminadas condos sca, pislglarnteexperada te no cultures sprovnda- lita aig, evigenbomenie, ko hogs 0 Papa dt Siterescasbiolgies ede pentane, oa fag Ga initia comportagiento Ge ‘inca. Simplements, dre nfo peoblma ago consitrade 3) no mesmo orto, vim o conadero, que James 6, Pant fea. Ga "eayto novral do pesons formas 8 Snes anormat~s Ver soa Persmality ane the Cultural Fetters (Sova foane, 18, 3. A pesigio ago toma tem sds idamente deteta por Rawsrd Supt. *..08 probe ‘ras cincia saul ern dor problemas o compartment Indvidvel em gaa 8 tepteldcidae, noo de ume, Cath nlimacko a tepeto de eomoramento que dint ace, exist 0 plcatnnte, oie sa pepeincias stone» tng. de Temas etnias eu spor ce pecsnileast, couststum dai de plcogle om Ge pique “Ttadar 9 facvidua ou Sodium sf ovate, o8 treet ocomportaments, pers) Se tm tipo do Inaviéuo stn patcelbvesmente dtinig, mas. que preinds de to tos de comportamento Individual que rivet pesoss compertilnem 2 oval ou spl ans von deh, enone sramente expres, de elena sora Mee {cor eeclnt segunda personas embore eu renbe a tet estlso de falar dt tudes, aves egies, sek co ponto de vita de como et thine sos apacgio em tigen apes desitngtee. Ve api ology needs the peat, Pyeng, 38, 2, 18 sootologia — Teorta @ Estrutura 205 misturem em situagSes coneretas. © primetzo consiste em objetivos euk turalmente definidos, de propésitos e interésses, mantidos como objeti vos legitimes para todos, ou para membros diveramente localizades da socledade. Os objetivos so mais ou menos integrados — o grau de inte- gragio 6 uma questio de fato ompirico — ¢ apreximadamente ordenados em alguma hierarquia de valores. Envolvendo vétlos graus de sentimen. to 0 do sigaiticagéo, os objetivos predominentes compreendem uma arma io de referéneia aspirscional. Séo coises “qte valem o esfOrg0". $50 tum componente basico, embora nio exclusivo, do que Linton denominow ‘gesignios para a vide do grupo". embora alguns, no todos, de tals ohjetivos eulturais sejam diretamente relacionsdos acs impulsos bioléat- e05 do homem, nfo sio por éloi-determinados. Um segundo elemento da estrutura cullural define, regula ¢ controle os modos aceitévels de aleancar ses objetivos. Cada’ grupo soclal, inva ibvelmente, liga seus objetivos culturais regulamentos, enraizados ‘n08 cnstuines ot nas insituigdes, de procedimentos permissiveis para a proc. za de tals objetivos, Estas normas reguladores mo s40 nevessdriainen te identieas As normas técnleas ou de eticlénela, Muitos procedimentos que do ponto de vista de individuos isolados seviam os mais eficientes na ovienelo dos valores dosejados — o excrcicio da férga, da fraude, do po- der — esttio exciuidos da rea institucional dé conduta permitida Por ‘tzes, 0s procedimnentos desabonados inciuem alzo que seria eticiente para © grupo em si mesmo, por exemplo, os tabus histérieos contra a vivissoe fo, ow a respeito das experiéncias médieas, ou a andlise sociolégion das normas “sagradas” — desde que o critério de agsttabilidade nic € a eft slénoia tonics, mas sim os sentimentos cnrregados de valdres (apola- dos pela maior parte das membros do zrupo, ou por aquéles capazes de promover tais sentimontos através do uso simultineo do poder e da pro Paganda). Em todos 0s casos, a escolha dos expedientes para se esfor Gar na obtengfio dos objetivos culturais ¢ limitada potas normas institu ionatizndas. 03 socidloges alam treqtlntemente de tais contrOles como estando ‘nos costumes”, ou operando através das instinigdes sociais, ‘Tals afir tagées elipticamente so bastante verdadoiras, porém obscurecem 0 fa- to de que as pratieas culturaltente pedronizadas nfo so tédas de uma 86 pega, Sto sujeltas @ ume larga goma de contrbles. Estes podem re- Tresentar padres de comporiamento preserites em forma definida o1 Freferencial, ou permissive, ou proibide. Na avallago do funclonamento os controles sociais, estas variacées aproximadamente indieadas pelos tarmos presorieao, preferéncia, permissio e proibiefo devem ser natural~ yuente levadas em conta Ontrossim, dizer que os objetivos euiturais @ normas inetituetonaliza- as funelonam a0 mesmo tompo para modeler pritices em vigor, io significa quo elas exercem uma rele¢do consterte umas sObre as olitras, ‘Aéntase cultural-dada.a.certos objetivos varia independentemente do gra a Robert K. Merton de tntase sobre os metos insiitucionalizados. Podese desenvolver uma feusgo multo pesada, por vézes vistualmente exclusiva, sobre o valor de bjetives particulares, envolvendo em comparacio pouce prevcuzedtio conn os meios instituelonalmente recomendados de esforgar-se para a cof seougao de tais objetives. © caso limite désso tipo é aleangado quando f amptitude de procedimentos altemativos € governada apenas Delas nor taas Wenicas em vez das nommas institucionals. Neste cago extrema ¢ Tupotético, sexiam permitides todos ¢ quaisquer procedimentos que perfnt- fim atiagir esse objetivo to importante. slo constitu: um tipo de ultura tal integrada. Um segundo tipo limite ¢ encontrado em grupos nde as atividades originalmente concebidas como instrumentals sio trans. Saudades em préticas autocontidas, as quais faltem ulteriores objetives. ‘hs finalidades originals so esctecidas e e estreita aderéncia & conduta jnetitucionalmente recomendads torna-se um assunto de ritualt A con fonmidade ebsoluta torneo um valor centsal. Por algum tempo, a esti bitidade social 6 essegurada As expenses da flexibilidade, Desde que a amplitude Gos comportamentos alternatives, permitidos pela cultura, é Severamente Umitada, hé pouea base para adapté-la z novas condigoes. De- Stuvolvese entio uma sociedad: limitads pela tradigxo, *sagrada”, mar Sede pela neofobia, Bntre esses tipos extremos estfio as sociedndes que Shantem um equilibrio aproximada entre énfases sobre objetivos oulturals piprétices instituclonalizadas, e estas constituem as sociedades integra das ¢ relativamente estavets, embora mutéveis “pm equilibrio efetive entre essas duas fases da estrutura social shane tido enquanto as satistagées proporcionadas aos individuos se alustarn As Guss presses culturais, por exemplo, satisfagSes provententes da restlza: Go dos objelivos ¢ satisiagio ciretamente emergentes das formas de es forgo para atingtlos, instituclonalmente canclizados. ‘ostimady em fenmo do produto e em trmes do processo, em térmos do resuitedo @ em termes cos atividades, Assim devem derivar satisfagGes continas, da preouupagao #0 transterir exclisivamente para o resultado da compels éctipsar os competidores, se 9 propria ordem deve ser sustentada. 6 & Dreveupagfo se transferie exclisivamente para o resultado | da compet Ho, entso aquéles que perenenenta sofrem derrote podem, de modo bas {ante compreesivel, procurar alterar as regras do Jogo. Os sacrifieios + Geationaimente — e néo snvariavelmente, segundo Froud admitia — acar ‘otades pela conformidade com as normas instituclonais devern sex com JJensados pelss recompensas sccilicadas. A distribuigio do posigses st Gals através da competicao deve ser organizada de modo que se DYopor Siam incentives positives para a adesio As obrigagées da situagho, © “To sie Watliamo pode ase astosiado com ama titlogim que rnchonslie estas Hxtiens ko’ ue eins spnventemento retisinun soe atuagto como rico, portm, «presto eee eng e suaida ge eontormicnde ntuaises ett, Independents é= rises BS ntuasno € assim fanio male comple, quanto tals raccnalinacies nfo <0 Te equer provoesdas Sociologia — Teoria ¢ Bstrutura 207 trl ie do ¢ den tr, De nti Sa ae as San"? Se ata” wince hin ce ge a ceed as abe a ees 2 ices cures eee a anes para realizar essas aspiragdes. a fe eee at rman dy ete nada cope Sta tn i er i mm oe Seta ee ta Span ns Sar ‘dtr Sita "foe ae eon ciado devo ser bem explicado. Nonhuma sooiedade carece de normas go: ee ot emt eon oar ace ee Siege ites Cotte vol to an mae Sein orton ‘icles weet Sate cnn at svar waco AS eae SCS te eta ese peecse ea za ears Sect sire on ton bo ee grotinatr nua 2 Sie oe ki coil ates a yportamento dé muitos individues, figue sujeito apenas a conside- sea ecioed eesl ce eed ae eat peed eae cl a eee eee ee Sa uw ene tn poveae de ec ‘anomta” (ou auséneia de norma).¢ eee ontecio lv de Tawney. "Ma, yecade a nrbiena te € a. ealemidage ee Monet am Tada! atone Icon otteo ats don "era sero simboto bane Gn Tolzgsn soci ¢ snonn into como send pe ae um aindo de enon Win taior peopagae gat & com es consdttn : vesada énfase sObra o sucesso monetirio eomo obj pe viedade que nfo adaptou sus estrutura As correlagéer det = ‘Ome sadlze coe bina aula © crams sioatdnce ae anbor ae arose, ne unt CO {Somme ivan on fo gn a rnc tiga ne mee silo to fim fale bern ce nn ora tne intrest bce e potion por a. N- whitthead, te icon depls deter canada por Je ‘at sted For'Duthn, Ror tue eu setae me seco contnpeth ninco moaho po een eign orgie tts ore a Robert K. Merton funlonamento déste proeito que eventusinente reuia em aso ra pose aor facimente perebico numa série de cise, amllass ¢ we cca ombore aver tvs, Assim, aa competiolo de ati, nnn ne aan dna ess omegzg situa ¢¢ Giansgo toma se subentendio em “gashar cm : Segundo as roeras co og, sincear fnpntaent, nro e ncioglegtsines, poréra tenicamente aficenies. = Mo Ge futcbol eoncorrente € rubvepicammentegolpeado; 9 usados € fx Rpactado por seu oponete,abves de frien engomhces, pon UE Stet ov alunos ca universidnce emoobetamente do Wolo” aoe “estan Ce ea emg conn aan ‘Shae romtado ce lt mansra atanaoa a sastedes ceva, 3 Ste paracpagto na sia compare, que strente wm ruta SED tisdo fomnce a snaps. através ao mesmo proctic, a fe a pata peo doa Ge ganar noma para de pbqusr€ afrontada Pe wan Eetvaiao eo quate ston 88 proprio ot, qu4ndo o eato do suet? chegou ao extremo, pelo sagaz embaralhamento de cartas numa Paste se°Sesueta, 5 ddl postada de aletar no ckino exompo @ & nae Sir"Storeniia doe doites ew publi indcam earameste qe 5 r as insusonis do JOp0 lo conhecizos por aqules gue as desea. ‘Porem, 0 exiyoro vullaval (ow Siloscingréti) que confnn homer & ob (arSiverso de qualquer mensise, love a desprezar polo emoe roeoie proceso evidentemente nfo se resting ts competiaées esorth vas, quale simplesinent os fomneem imagens ralsrocdsmicas do ma. ferocasmo social. © prooesso pelo qual a exaltacio do fim gera uma te ‘Eon desmorataso, iso & Cesnstitcionaiagio dos meis, oemre em errand pennant quais os dois competentes ca estutars, socal ‘Hjem attamente. integrados. Sin yo otsr emus score arene svar sobre cjetvos de gat sem Eo eewainte sobre os mele sutucionls. Eventements sei Sea ‘eae eanijve a iqueze agurniada permansce sizitie como Wn si aan a iy Se Do oe Seco Sigame medida de embsatencie. Uma reelcte otenava rats int esr ne sae eee Omans nga em todos es grupos nao integrados, pela wao antes men rd 2 ater que a cofuse,pintpal vocm tbre op mos lnsissonas, © rst TSlotmammente um tipo de tule, em ver 6© anomtn | Sociologia — Teoria e Bstrutura 209 do sucesso, assim como seria trreal negar que os norteamericanos the atribuem um lugar saliente em sua escala de valores, Em grande parte, © dinheiro tem sido consagrado como um valor em si mesmo, além ¢ acims de seu gasto a tréco de artigos de consimo ou de seu uso para 0 aumento do poder. © “dinheiro” é pecullarmente bem adaptado 2 tor arse um simbolo de prestigic, Conforme Simmel salientou, o dinner zo é allamente abstrato e impessoal. Nio importando como’ é adauirt. do, fraudulenta ou dentro das Instituletes, pode ser usado para adquirir ‘os mesmos bens e servigos. A nnonimia da sooledade urbana, em con: jungiio com essas peculiaridades do dinheiro, permite que a riqueza, — ‘eujas origens podem ser desconhecidas da comunidade em que vive o pl toorata ou, quando conhecidas, podem ser purificadas pelo decurso do tempo — sixva como simbolo de elevado status. Ainda mais, no Sonho Norteamericano nfio ha ponto de parada final. A medida de “sucesso ‘monetrio" € convenientements indefinida ¢ relativa, Em cada nivel 42 renda, contorme verificou H. F. Clark, os norteamerteanos querem sem. pre uns 25% a mais (é claro que esta idéia de “um pouco mais” yolta a iunoionar logo epois que o slvo anterior fol atingido). Neste fluxo de padrdes em mudanga, néo hd ponto de cescanso estavel, ou, em outras palavras, € © ponto que se mantém sempre “un poteo adiante”. O ob. servador de uma comunidade na qual no so incomuns os salérios annals sepresentados por sels algarismos (isto , de 100.000 délares para cima) Telata as palavras angustiadas ge uma vitima do Sonho Americano: «Nes. {a cidade, sou sociatmente menosprecado, porque ganho apenas mil dé. lures por semana. Tsto doi.” Diver que o objetivo do sucesso monetario esta entrincheirado na et! tura norte-americana ¢ apenas repetir que os amerieanos sfo bombarden. os de todos os lados por preceites que afirmam o direlto ¢, freqante. mente, 0 dever de aleangar o chjetivo, mesmo em face @ repetidas frus- ‘ragdes. Prestigiosos representantes da sociecade reforgam essa énfase cultural, A familia, a escola e 0 loeal da trabalho — prinefpais organis- ‘mos que modelam a estrutura da personalidade © a formagéo dos objeti- vos dos norte-amenteanos — unemso a fim de impor a intensive discipli- hha nevesséiria para que um individuo consere intaela wma meta que esta, cada vex mais, fora do seu alcance ¢ que obrigue a motivar sew compor: famento pela promessa de wma recompensa que nic se cumpre. Tal co- mo voremos, os pais servem de correla de transmissio para os valores ® objetives dos grupos dos quais fazem parte, sobretudo os da sua clas. 40 social ou da classe com que se identificam. E as esootas sie evidente- ‘mente organismos oficisis para a transmisséo dos valores predomainantes, com uma grande proporgéo de livros usados mas eseolas da cidade, afir. endo implicitamente, ow mesmo de modo expleito, “que a educaglo con Guz & inielivéncia e conseqtientemente ao sucteso no emprézo e a0 éxi eo ©. Rosten, Motlywond (Nore Toraue, 264), 4 210 to monetario”. 12 temunham que o Sonho Norteam ‘a pessoa tenha as habilidades esi so de disciplinar 0 Povo, 1 prottips do mies, os con as rericano pode ser realizado contanto que a oasege canals ase Dre Robert I, Merton va fmm co mantéio préso as suas ihusbes imsatis: ee MGonsiderese a este Tespeito os seguintes trechos do Jornal ds Xe gocios, Nation's Business, extraidos oi ie uma grande quantidade de mats wr enélogs encontrada em comiunicagées de massa, estabelecendo oS V (Nation's Business, Vol. 71, m9 8, Bags yoot tem que ter mssckdo para tse mba, mw amiga, 00 ent BaF wan bere nto 6 um vetho sadetvo pach» ambi putes de car onion sta sesso, punte a fstes homes EOS, Spaconer a wen come 62 Sat Sihct's tae 8 2a fa pine eo rank 0. Ba, 0 pee 36 soa wt ot ae ne cr, eo, se eat penne co ze. esr, lt «in bemuene nopslo i 5° 99 Gro aicoim &, Masten, Scholars, Workers and Geatlemen (aeras6 PB! ores de cultura predominantes, no mundo dos negéelos: seas tmpllonyies Sectolésioas toito pertea pos pt eat wae ot ecnets ssi. do ih RSG cme ees coo parentrnts zene, en: ee ean divide, a Tettinidade mma atareaen sol uw oferece otaue, strand expe is ttre tr ae eas Stat : ‘ong cara atrmaston da tuneso 0 ser ‘Cimon St ttmunbos vot de a, See hare soo # tal coe peeite gut Seton ar coos pestnte |B co Siac pemonis. A reagto provoende pho fracuse daveris, portento, ser ditipiéa Por sto nko pare form conte a th woe proorsionn sen Hre © SECT err ores nthe eran, BS Sue", ewe a pont ce paride 28 2creee: ates. werdnde De lye ines alc Ae SEOCES SONS canerdas ntact prcttipo eo roceso i: Quaisaer att Facts rntaas dos eo © Tem © tacuro € sande ot SURE De Se uso nomen comum aipde Dade ae ce re, Teargeni,Poue ereee ee adet para sempre, mas fa eee eg aeeo_eonatiat goa "apres ae aiguem 20 47% (eam eect ety Pres, 150, Sociologia — Teoria e Bstrutura 5. Bevan, presidente do tninots Con teal Baron, gu aoe done ange exe mea fagevo no esoritrig de feete de. Nora a Protétipo 6 sucesso 11: Se a tentin- ‘ine seule de nota economia parece ar poue inceatvo. os pequenot neg fos, onto as pessoas podem subir dente Gas" gigstcseas oreeecis Gas exprians Demicues. G0 siguem J€ nto pose eer et no fmbito do sua propria crlapse, pee Jo menos goge ser uin presidente em en ‘er demeerssae ceonimiess, Seje quale ‘2 sltugie atua™ de um individ, mon0 _ Ye ester sempre thado pera e ale De diversas fontes jora uma pressio continua a fim de manter at tas ambiges. A literatura de exortagho 6 imensa, ¢ podemos escolher sdmente oprrendo 0 riseo de parecermos injustos, Lembremos apenas os seguintes: O Rey, Russel H. Cowell, cujo sermio Acres of Dlemonds fot fuvido e lido por centenas de milhares de pessoas, sendo seguido por ‘The New Day, ou Fresh Origortunities: A Book for Young Men, Tbert Hub- bard, que proferiu 2 famosa Mensegem a Garcia nos clubes de Chauteu- qua, por tdda @ extenstio do pais; Orison Swett Marden que, numa tor rente de livros, publicou em primeiro lugar The Secret of Achteverrent, slogiado por raitores de universidades; a seguir ensinou como “Ir para a fronts” am cou livre Pushing to tho Front, reoomendado pelo Presi Gente McKinley ¢ finalmente, nfo obstante éises tastemunhos democrd- ticos, cartografou os caminhos para fazer de todo homem um rel (Zvery Man a King). © simbolismo do homem comum, clevande & sitagio de realeza econémica, esté profundamente entrelacado & cultura norte-ameri= cana, encontrando talvez a sua definitive expressio nas palavres de slguém que sabia do que estavi:!falando, Andrew Camegie: “Seja um rei em seus sonhos. Diga a si mesmo “Meu lugar § no alto" ‘Unida a esta énfase positiva sobre a obrigacho de manter alvos ele- vvados, ha uma €nfase correlativa sobre o castigo daqueles que refrolam ‘suas ambig6es. Os norte.amerieanos so admoestades a “néo ser um dos que desistem” pois no dicionario da cultura dequele povo, tal como no 1é xlco da sua juventude, “no existe a palavra ‘tracasso'*. mantfosto cultural € claro: no se pode desistir, niio so deve moderar os esforeos, Rio se pote diminnir os objetives, pois “no 9 fracasso, mas 0 alvo bak x0 6 crime” Assim 2 cultura impbe a aceitagio de_tris axiomas_culturais. Pri- meio, foJos devem esforcarsa para atingir os mesmos elevados objeti Wos. J& que esto & disposigo de todos; segunio, o aparenta fracasso mo- ‘entineo 6 apenas uma esiacio no caminho da sueesso final; @ tercel- 20, 0 fracasso genuino consist» apenas na diminuteio ou retirada da am. hii, 1. ch, a. W. Grienatd, he American Cult of Succes (Yule Univers 21); R. 0. Garlon, “Personality Sebec Sly esters Besar, 680 A Soellgtea) Analjis (Govumbia Valves. a Robert K, Merton uma parifrase psleolégiea aproximativa, ésses axlomas representem fem prinelto lugar, um ref0rgo secundério stmpéiico do incentivo;, em Segundo lugar, um freio & ameaca de extinglo da reagdo mediante um se Hiutio associado; om terceiro lugar, o eumento da f6rga impuisora part Vespondey censtantemente ao ¢stimtlo, apesar Ga continuada austneia 62 xecompensa. ‘Na paréfrase sociolégica, tetes axiomas representa primeira o des vio da critica da estrutura social para a orftica do proprio indivicue, eo Joeat entre aquéles situados de tal forma na sociedade, que nio tem Ye fal e igdal acesso & oportunidade; segundo, a preservagio de uma estry ture do pover social, pela identificagio dos individuos dos estratos £9 Ghats inferiores, fo com seus pares, mias com aguéles que esto no aio fa quem bles finaliente #0 juntarfo); ¢ lereeiro, a atuagso de presses faveraveis & conformidade com os ditames culturais de ambigio irreDri- Tnvel, mediante a ameaga, para aquéles que nido se acomodam aoy refer: Gos sitames, de Ao serem oonsiderados plenamente pertencentés, 8 so- cledade. ME meses térmos ¢ alravés de tais processes que @ cultura norte-ameri- cana contemporanea continua @ ser caracterizada por uma pesada én sartne » rquere como simbalo hiisieo do sucesso, sem uma énfase bor Repondente sobre as legitimas vies nas quais se deve marcher em dite fio a este objetivo, Como reagan os individuos que vivem messe conker: fo entural? E como as nossas chservagies se reflotem na doutrina de fue 0 comportamento transviado deriva tipicamente dos impulsos biolé ficos que ‘rrompem através das restrig6es impostas pele cultura?’ in fPoucas palavres, quais so as conseqiiénoias do comportamento das pes vos situadas ein varias posigées na estrutura social de uma cultura, na Gam! a ontase sObre os objolives do sucesso dominante afastouse exis Gea mais de uma énfase equivalente sobre os provessos instituctonsliza: Gos para a obtengéo désses objetives? ‘TIPOS DE ADAPTAGAO INDIVIDUAL Doixendo éstes padres de cultura, examinaremos agora os tipos de pdapracéo dos individuos, dentro da socledade poriadora do cultura. | Emme ore noszo enfoque seja ainda @ génese cultural ¢ social das proporgoes Nonlaveis ¢ tipos de comporiamento divergente, nossa perspectiva s# Jransferies do plano dos moldes dos valores culturais para 0 plano dos tipes de aaaptapao a éstes valdres entre os pessoas que ccupam dlfere> tes posigdes na ostrutura social Consideramos aqui cinco tipos de adaptagio, tal como esto esquem ticamente dispostos na tabela seguinte, onde (+) significa “accttagio’s ‘> significa *r2jelgho”, e (4) significa “rejelgdo de val6res predominan: tes ¢ sua substituicio por novos valores” Sociologia — Teoria ¢ Estrutura as TIPOLOGIA DE MODOS DE ADAPTAGAO INDIVIDUAL” Modos de Adaplagio Metas Cuttursis Meio: penta Institucionalizados TT. Inovacéo a e HT, Rituatismo a 7 IV. Rotraimento ee = V. Rebeligo 18 = = sea ge 2 Bs soe sal prs tn eee rr treo indy ran on oto tn ads aerate Coren ev er eee on ong de Ge pes ee ie uma alternativa para outra, a medida que elas se 1 a Arenas estas de aude sic.” ss ettercrias 3 clerem 80 mapel comportamento em tipos especificos es, no h persons. oa soos co situngdes, oh person fan Sio oe co repo mateo genes Bunun lo poe to ganizagéo de personalidade. Considerat ésses tipos de adar oho em dh terse eterna de condbia intedusia ume complesdade tee seo" moar 35 sr domi ne exten dn cml, Por eta man, remot nos ozoer princes som alvende ezonbnin no st a ee troca, distribuigfio ¢ consumo dos bens ¢ servioos” : soci le competitiva, onde a riqueza ca fone osc sce eee aoe es Coat nee SAGE Ae SMe st ta oe Somes Sie emis Seo s. Rone surement of types of reaction to frustration", em eae ay © outrot, Exploritions In Fersooaliy (Nova iorgue, 1330), 85509) ¢ No bal 2S" at ster aac 2th Beh particularmente na estita Upeloria creadiana & perectva € de was et Ses aa ane oes sum constante preceupseio com a “cultura", “romey no expe 8 98 diferengas no impacto dessa culture 6b: valve 9 taaltaaor eo" men PLS TRn ra care ca ooh Soe aS Se eee ns Shes'Snoe ae tena tt Cae nee et sem eonsiderar ab eitereneas identities no trier a Soe oa aes ane ae wi ta W0s Ge Dollard, e, menos sistematic i os rosa ee eliaeeee iearbatn’ytty ctradmnen etnias seh =e rensigfo que procurs Institucionattzar novos objetivo: pec tstoneas parm muse & osrutur cal ‘Sloe tudor fret e sable exstenie, ao invés de acme ese ne Robert K. Merton I. CONFORMIDADE Na medida em que uma sociedade @ estével, o tipo T de adaptagio __ conformidade tanto cam os abjetivos culturais como com os melos Jnstituctonalizados — ¢ @ mals comum ¢ a mais difundida extensemen- caeege assum no f0sce, néo se poderia manter a establlidade © conti TRidade socials. 8 engrenagem de expectativas que constitut cada order ociai é sustentada pelo compertamento mosal do seus membros, repre: Sentando e conformidade com os pudroes culturais estabeleckgos, embora Geies estejam talver variando desde muitos stoulos, De fato € somen: te porque o comportamento é tipicamente orleutado em diregio 0s valo- Jeo basices da sociedade, que podomos falar de um agregedo humano ¢o- mo constituinte de uma sociedads. A menos que haja um repositério de Yaidres compertilhados por individuos que se intluem reciprocamente, Guistem relagdes sociais (se ¢ que assim possam ser chamadas as inte- Jaodes desordenadas), mas néo sociedade. ® assim que, em meados ‘Geste séoulo XX, serie possivel nos referirmos @ oxtinte “Liga das Ne- oes” principalmente como uma figura de lingaagem, ou como wm objeti- Yo imaginado, mas nao como uma realidade sociolsgien. Ja que o nosso interésse primordial se concentra. sobre as fontes de compartamenta desviado e 16 que temos examinado restrnidamente os me canismos que transformam a conformidade como @ reacio mods! aa so- ‘iedade norte-americana, poueo mais necessita ser dito neste ponto, etn relagio a éste tipo de adaptagio. II, INOVACAO ‘A grande énfase cultural sébre a meta de éxito estimula ste modo de adaptagso através de meics instituetonalmente proibides, mas 1 otientemente oficientes, de atinglr pelo menos 0 simulacro do sucesso,— & Tiqueza e 0 poder, Esta reagdo ocorre quando o individuo assinnilow & ninco cultural s6bre © alvo a alcangar sem ao mesmo tempo absorver iguaimente as normos instituclenais que governam os meios © Processes para o seu atingimento, ‘Do ponto de vista da psteologi2, podese esperar que um grande inte- résse emocional por determinado alvo em vista, produaa a disposiglo de faceitar riscos, € esta atitude pode ser adotads por pessdas de todas as famadas da sociedade. Do porto de vista da sociologia, surge enti est? Sergunta; cuals as caracteristices de nossa estrutura social que predis poem em direcio a ésse tipo de adaplagtio, produaindo assim maiores fre GUéneias de comportamento divergente em uma camada scbial do que mn outra? Nos niveis econdmicos mais elevados @ pressiio rumo & inovagfio ape ‘2a, com nfo poten freqiénela, a distineZio entre os esforgos normalmente fisados no mundo dos negécios, ou seja, no lado “lezal” dos costumes ¢ as Sociologia — Teoria ¢ Bstrutura 25 ee A historia das grandes fortunes norteamerieanas 6 um exemplo de ten: Sohertee meee hoe ae ses homens “astutos, hébeis e bem sucedidos, 6 wn produto da estrutse Garr ei Sovervagies sobre "amor dos novi-amenasars mst Sue SBR ss menage agra be entire main ade « gree aie de eentiags: ml ftv tectgns, pce private, Pete uw ler eau encetbrn oe cr sor peo Rotter Oo anh ue msi tear ou eta i de um tretante bem sueedide, nko sfo medidos por fuss relngtes com a reste ‘ures. Pee ‘ outrem o que queves que te fagam", mas afd apneciados pela sue “enpertarn”... Dian supine ig est ie fe seit ee sen nun une Pee Pps pnt Sur tema nae © aos x neste toe he tr ry pee, eat hn» See cater eee ae eee ec ee Shor’ "2 am ineviauo intwtenentedeeontado,dagradade e devas”? "Sm, enh, “Sante hm qa @ side sn meso? “Bem, shone fan ome eet Nesta, caricatura dos val6res culturais eonflltantes, Dickens er evi- dentemente apenas mais um désses espirltos agudos que demonstraram sem pledade as conseqiénclas da importancls dada 20 sucesso financel- ro, Os humoristas norteamericanos continvaram no ponto em que os estrangelros pararam, Artemus Ward satirizou os Tugares comuns da Vida smericana, ate que par%cessem estranbamente Ineongruentes. Os ‘il¢sofos de praca publica”, Bill Arp o Petroleum Voleano [mais tarde Vestivio] Nasby, puseram a sétira a servico da iconoclastia, quebrando ay imagens das figuras publices com prazer nao oculto. Josh Billings © seu alter ego, 0 'Tio Esck, tornaram explictio o que muitos nio podiam admitir livremente, quando éles observavam ae a satistagio é relativa, J& que “a maior parte da felleidade neste mundo eonsiste em possul 0 ‘que os outros no podem eonseguir®. “Todos se dedicaram a demonstrar as fungbes soclais do hnmorismo tendencios», tal como foi mais tarde toelando por Freud, em sin monogmfin setica de Wit end Its Relation @-the Unonscots, wsetdo gomo “ums arm do aiague tudo 0 que & fzande, agnitieade'& poderoso, cons ago que ett protesido por obs {euler saternos ou cireunstancins externas contra @ detagao dir. te + Post ives mnis epropriady tenha sido 2 exiiofo de esoito, fel por ambroso Bierce numa) forma que tomo evidente ave o emir 19 mio 50 havia destnoado de suas origens etimolégicas e ainda signift Robert K. Merton 216 snte sabe, aprende, ou pensa, Em seu en- cava o poder pelo qual a gente sabe, aprende, st se en aio caracteristieamente ironico ¢ profundo acérea do “eri = fetivos", Bleroe comech observendo que “0s socilogos tém longamente Gcbatido & teoria de que o itmpulso para cometer o oxime ¢ uma malts fia; os gue concordam com isso yarecem sofrer dessa mesma moléstis [Apes tal prelddio, desereve os modos pelos quis o malandro bem suoeds Go sleanga 2 legitimagio sooial e prossogue, snalisando as discrep! tenizo os valores culturais e as relagbes sociais aca, mss de satan via de resi, 0 Dom novteamercino 4 betta contro a weinaca, as de sfenen sua hip im amie sri ar sm ov abc oi xia € ests ees canter Poe ae Coes Be tiermor ean Rone, ber, st & ily rem, ment as Ot Thmseenmon ards cone mon, bavenon im es, ¢ FcR hemi, te ca aporantns ab aigum oil axptto, canwidamoies 86 nove see eesti sta Nona Heylater an as. er eieodio, “AED cDrevanee of sel acunt s mto H cout! © ‘A fdéla de que um patite dé qual ‘coder ¢ iso M contts vn panto stelene, atin a ane a tania toe dee ne pone, pare ter si unentado pot Sm x ao eae at nas, nt prvaymne tne Seo sh Fotos Ge tcmanels Se tsa feaco 0 ecmbannun sl se vas, Ge sin an rine eno lt vous cei mg etiam de nian, ns baios ont st Joa rene ‘velhagatia em troca das de ums vida honrat ors rent fe EVA Sern arta de apisio eto © supe demo, merit orgie teow perits “rerpltone” qe ato ot ouvergonham, de sen plo use sas em ty ao ie a os mics enamel em Fe Te gua se & rntate por tes epee Tes ar S snalor perte de nés fas iano mmuitas vies por din) ryote ono connie studs e no disse que elo @: Mas sebendo quo 4, 08 tt se 8 ste nfl ante ot nt pert, genes in spin peri 8 Ortaca, ta vont uigho ma vida em que esteja o canalha que ree SGotartanauidon, do scrda com © pscto i © ema a ee a rrtostns sins Go cus Dpserise acuadores, pols DS mals ens ene edo gue ecules cose stnton, ors cde um dos tame saeco mane re Eta on go aon anes bere medio eoanio nse oie ant mere ‘Trager uma éistinggo imagindria entre © cariter publico de am Pe or iter paricunn, comirenl ou pessoa, Bm POusns Dalsvi8s, © Pove omen i cri ajo anquante, mevees fr goubedo, Neabuma tel Damon pede eae i eee jaan: sins sbugar wna ‘et is ais © mals salute: "a i. mower fan X example, a aateko pet Ses de Dletons aio do sok American Notes (por samo, Was oot Boeten uma ance sonics cas tuner cote Berar mae tindencua, me vino conrpertie fs, RTE eer ae rege anllca peolgien ae Freud, i tid fardando © ADeTe Rimes. aoutors ronment sje. do carter 281} mrs enor gant Crsheiox Pusey Amarean Hae and Satie ‘ove Tonge: Sout Ua sey. Ne cura Ve Hutellecaal America (ore Tense: Combis ony gronndnmste it “Tbe Tease’, OA (Gora larg Seeciian, 1, ares fein aia, Ov SHEER EE ges aur bmn tte 0 espe io mates da sin nee Care etry i potty ino naraimecte tome son wm pesuano op OPUS. Suse atire *o avons Tins neva". © Sociologia — Teoria @ Estrutura ‘Vivendo ma ra em quo os bardes ladrves floresceram, Bierce no po- deria facilmento deixar de observar 9 que mals tarde se tornou conheal- do como “delinguentes de colerinho branco". Néo obstante, éle sabia jque nem todos ésses grandes ¢ draméticos afastamentos das normas ins: Uimcionais nos estratos superiores da economia sio conhecidos, ¢ que possivelmente vém & luz mimero menor de desvios entre as classes mé dias inferiores. Sutherland tem repetidamente documentado 2 predomi- naneia da “eriminalidade de colarinho branco” entre os homens de nego- ios. le nota, além disso, que muitos de tals erimes nfo foram levados go tribunal porque nfo foram descobertos; ou, se foram, devid ao “sta- tus social do homem de negcios, a tendénela contraria ao castigo, © 0 ressentimento publico relativamente no organizado contra os crimino- 08 de colarinho branco”.! Um estudo de aproximadamente 1.700 in viduos, predominantemente da classo média, roselou que as infragdes “ndo registradas” eram comuns entre membros inteiramente “respeltéveis” da sociedade. Noventa e nove por cento das pessoas pesquisadas confes- saram ter cometido uma ou mais das 49 infragdas & lei penal do Estado de Nova Torque, sendo cada uma de tals infragSes suficientementa séria pa ra ser passfvel de pena maxima de pelo menos ulm ano de prisio, O niimero médio de Infragdes em idade adulta — excluidas tdas as infra- ‘goes cometidas antes dos dezesseis anos — era de 18 para os homens & 0 11 para as mulheres, Maic de 61% doo homens e de 20% das mulheres reconheciam sta culpa em um ou mais casos de crimes graves © que, segundo as Iels de Nova Iorque, eo suficientes para privar a pessoa de todos 0 seus direitos de cldadio. Um caso frsante foi expresso por um eclestéstico, ao se referir as felsas deolaragbes prestadas por éle a res- peito de uma mercadoria que vendera: “Procure primeiramente dizer a verdade, mas nem sempre ela dé bom resultado”. Com base em tais 1e- sultados, os autores concluiram modesiaments que “o mimero de atos ue legalmente constituem crimes, excede de muito longe aquéle dos off cialmente denunciados. © comportamento legal, Jonge de ser uma mani- festagio anormal, do ponto do vista social ou peleolégico, é na verdade lin fendmeno muito comura”.6 o aval iret tio extonen cliogo, pode ser eneonivego em “The Gelecied Works of Ame Brose Bleroo (ova orale e. Weshington: Te Reale Publishing Company, i0), 4 XI Psa. qualquer que seo teu Yale, devo disonéar do ride « Hnjustiieads ja Bsuinento de Carell a rempeio de Bierce.” Parece sar menoe uma oplnito do que & ‘xpressto de um preconeeio que, na propia lakia que Biever isla do "preconselto™, feria apenas “oma epiniso vedla som qualquer cio visivel de pola”. B. H, Suthesland, “White ear criminals", op. ely “Crime and. bosinas", Annas ‘American academy of Pollen! and Sectal Seine “is malts ealar frime*? Anietitan Seclologial Review 195, 10, 18-199; Manat! B, Clima ‘Tho Mack Market; A Stuly of Wale Collar Crime (Sowa Torave: inehare & Coy 182; Donald. Cresey, Other Peoples Boney: A Sindy in the Soskl Pepchology of mbesaloment (Glencoe. ‘The Pree Press, 18, Somes 6. Walerstein and Clement Wl, “Our lawabiding fawneakar”, Pest a Robert K, Merton Porém, quaisquer que sejam as proporgées diferenciais do comporta- mento desviado nos diversos ostratos socials, e sabemos por multas fon tes que as estatisticas oficiais © respeito dos crimes mostram uniforme mente proporgses maiores nos esixatos inferiozes, e que elas nfio s8o dis- nas do confianga, resulta dr. nesta andlise que as maiores presses para } comportamento transviado sio exercidas sdbre as camadas inferiores. Gasos cue podemos apontar nos permitem descobrir os mecanismos socio- IGgices responsivels por essas prossGes, Diversas pesquisas tém mostra- do que as éreas especializadas de viclos ¢ crimes constituem uma reagio “normal” contra uma situagéo em que a énfase cultural sobre o suctsso pecunidrio tem sido assimilada, mas onde hé pouco acesso aos motos eon: Vencionals ¢ legitimos para que uma pessoa seja bem sucedida na vida. ‘As oportunidades ooupacionais das pessoas destas areas slo grandemen- te confinadas ao trabalho msnual ¢ aos pequenos empreges de, colariho pranco, Dada a estigmatizagio norteamericana ao trabalio manual, a qual se verificou ser bastante uniforme em iddas as classes sociais,.” ¢ @ ausénela de oportunidades realistieas para ultrapassar aquéle nivel, 0 re Sultado tem sido uma tendéncla acentuada em diregtio a0 comportamen to desvindo. A situagio social do trabalhador manual (nko especializa: do) e 0 conseqiente balxo rendimento nfo o habilitam s competi den- iro dos padres consagrados de honestidade, com as oportunidades de poder ¢ de alte rondimonto oferseidor polos sindiratos da viclo, da chan- tagem e do crime. 18 "Para as finalidades déste trabalho, estas situagies exibem duas oa racteristicas salientes, Primeito, os incentives para 0 éxito siio incwles- Gos pelas normas eslabelecidas da culture ¢ om segundo lugar, as vias disponivels para o acesso a éste objetivo, sfio téo limitadss pela estrut rma de classe, que nfo rest cutra safda seno apelar para os desvios de comportamonto. # a falte de estrosamento entre os alves propostos pelo Sos gros ern ar ey ag tac usoramsycua ta Saha cea ot Sates ee ee orn D. tana * obee in community studies", American 8¢- ier Sree oe, meme Mae is Gh ats ane Ss re rae ta zs cian sta ca Sociologia — Teoria ¢ Estrutura ambiente cultural o as possibilidades oferecidas pela eultura social qua pproduz intense pressio para 0 desvio do comportamento. O ¥e0irdo a Zonais loatimos para “entrar no dinkeiro” é limilado por wma strut a do classe a qual nip ¢ inteiramonte avessive, em todos os niveis, a homens de boa capacidade. Apesar de nosse persistente ideologia de oportunidades iguais para todos’,® 0 caminho para o éxito ¢ relativamen- te fechado ¢ notivelmenta difiel pera os cue tim pouiea instrugio formal @ pareos recursos. A pressio dominante conduz & atanuagio da wile fo das vias legais, mas ineficientes, e ao erescente uso dos expodientes ile tutimas, porém mais ou menos efieientes, ‘A cultura dominante faz exigénolas imeomrativeis, para os individuos simados nas camadas inferiores da estrutura social. ‘De um lado, a éles se pede que orientom sua conduta em ditegio & expectativa da’ grande riguera: — “Que cada homem soja um rei", cziam Marden, Carnesie ¢ Tong — € do outro lado, 2 éles se nozam, em lerga medida, es oportuni cades efetivas de assim fazer dentro das instituigdes vigentes. A conse- déncis desta inconsisiéuoie esirutursl ¢ uma grande poreentagem 4 comportamento transvindo. © equilibrio entre os fins @ os meios callie ralmente aceitos, tomas allamente instavel, devido & tendéncia erescen- fe a se atingir as metas carregndas de prestigi, por quslquer melo. Den- {ro dBsse erntexto, Al Capone representa o tritmfo da intoligeneia amo- tel sObre 0 “fracasso" que a more] presereve quando os eanais da mobil Gade vertical sti fechados ou estreitados mums soctedade que airibul ab to premio sdbre a afluencia econémica ¢ ascensGo social para todos os seus membros. 1 ‘Esta ultima qualiicagio ¢ de importincla sesonelal. Tis implica em due outros aspectos da estrutura social, além éa extrema énfase sObre 0 scesso peeunidtio, devem ser considerados, se quisermos entender as fon- tes sociais do comportamento desviado. Alte porcentagem de eompor tnmento deiviado nfo 6 gerada simplesmente pela ‘falta do oportunidade ou por exageradiénteso pecuniérla. Uma estrutura de classes compare tivamente rigida, uma ordem de castas, podem limiter as oportinidedes, rulto além do ponto que hoje se observa na sociedade norte-americana 4% Nomumsns ecndas tom cones que a plramide ceuenelonal funsiona para specie su uma grands proporgio de jovans inqestenavelmente Ribeis mas econsmicareate fesvsniaiedoe obtenham ume nstrueso formal sis ite. fate fato eosrea de noeia ‘tritira ce cates tem sigo obgervedo com desslento por exomplo, por Vannevar Biz fm sou relaticio a0 govérnn, Sclence; ‘The Bndles Frniier. Valese elnge W. Le Wer net, B. J. Havighusst © E.'H- Lanb, Wap Shall te Elwestod? (Nova Tora, 190, © papal Ristéico cambiante date Idelosis ¢ um anno que merece sr eshudado, 2 © papel co negro com veatio taste santa fax engin question tio tdnens coma prions, Jb fo) at ete grandes sepmentos da populagso nogre t€m esslmllngo oF v= leres da cesta dominaute, de sucasso pocunitslo © ca pyogTasso sceal, mas ste "ajstado Teriatlcamente” so "Nato" ce gus < atcentbo eocal # atvnlmente contnada ‘quase inteiamente eo movimento dentip gaques casts. Ver Dollard, Casie anil Class Is southern Town, paz 66 e segs; Donald Young, Amerlean minority Peopies, 81 Hovaet A. Warner, New Haven Nogeone (New Haven, 190), 4 Ver tambéon e sue ‘iene aigussio nent captio, 220 _ Robert K. Merton ® somente quando um sistema de valores culturais exaita, virtualmente acima de ‘ude 0 mals, eertos objetives de sucesso comuns & populacéo fem geral, enquanto a estrutura social restringe rigorosamente ot fecha compistamente © 2cesso aos modes sprovados de alcangar éstes objets vos, para uma parte considerével da mesma populagio, que 0 compor tamento desviado se apresenta em grande escala. Em outras palavras, nossa ideologia igualitéria nega implleitamente a existéncia de individuos © grupos nao competidores, na perseguigSo do sucesso pecuniério. AO in- és, 0 mesmo corpo de simbolos de sucesso 6 dado como se aplicando a todes. Afirmase que as metas transeendom os linhas de classe, nao sendo limitadas por elas, mas a organizagao social de hoje € tal que exis- tem diferengas de classe na acessibilidads a essas metas. Neste contex- to, uma virude cardesl norteamericana, a “ambi¢So", estimula um vicio cardeal também norteamericano, o ‘comportamento desviedo”. Bsia andlise tedrica pode auxiliar a explicar as correlagoes varidveis entre o crime e a pobreza. A “pobreza” néo ¢ uma varlavel isolada que opere precisamente da. mesma forma, cnde quer que seja encontrada; 6 apenas uma dentro de um camplexo de varidvels sociais © culturats, idontiticavois interdependentes. A pobreza om sie a consequente limi- tagdo de oportunidades no bastam para produsir uma proporgio alta 6 conspicua do comportamento crminoso. Mosmo ® notéria “pobreza no melo da opuléncia” nfo conduziré, necessiriamente, 9 éste resultado. Porem, quando 2 pobreza ¢ as cesvantagens 2 cla associadas, em compe: tigi com os. valores aprovados para todos os membros da sociedade es- to articuladas com uma énfase cultiral do éxito pecuniério como obje- tivo dominante, as alias proporpées de comportamento criminoso sfo o resultado normal. Assim, as eslatistieas dc crimes, rudimentares (e nfo necessdriamente dignas de confanga), sugerem que a pobreza 6 menos altamente correlacionada com a delingdéneia no sudosste da Europa do que nos Hstsdos Unidos. As opertunidades de vida econdmica dos pobres, ‘aquelas areas européias, pareceriam ser ainda menos promiseoras do que nnesie pais, de modo que nem @ pobreza ncm sua associaesio com opartu- nnidades Iimitadas € suficlente para justificar as diferencas de correla: ges. Contudo, quando consideramos a configuracio total — pobreza, ‘oportunidades limitadas ¢ inculrago de alvos culturals — aparece algumna ase para explicar a mais alta correlaglo entre a pobreza e o crime em 1, te esque ensition pode serie para reolver algunas das Inconsistncins aparesr tee na Teagio antiv o csina eo stator eondmise, meneionaées por P. A. Sorokin. He ‘Sherva, por sxemplo, qua "oo ¢ rm tds m pave, nem sempre, que ot pobres mot tvaim melon yroporeéa se crimes. mustor paises mals poores vim tio menos cme {Gus pasts mals sles... A tren econérnies. da sgunda motade do slenlo X05 © fio soméso do 2x, nko fo acomparhada pelo decrdsine da deingdtncis”. Ver so femporary Soollesoat hears (Kora Torsue, 32, #6085. Contudo, © ponte crucial ‘oe que’ Dniea stvapan evondmisn exerce um papel dindieo diferente, cm ert deve caperar ume correlagio Hace: entre o erlme € a pobresa. soctologia — Teoria ¢ Bstrutura at nossa socledade, do que em outras onde a estrutura de classes, rigida, 6 jssociada a simbolos de sucesso diferentes pam as diversas classes. ‘As vitimas dessa contradigéo entre a énfase cultural da ambigio pe- euniaria © 95 obsticulos socinis & oportunidade complete néo sto sempre sonsciontes das fontes estruturais de suas aspiragdes frustzadas. Corto- mente, clas s8o freaiientemente consciontes de uma discrenincia entre 0 valor pessoal © as recompensas sociais. Porém, elas nfio percebem, neces- sbriamente, como que isto ocorre, Aquéles que enconiram a fonte de tal fenémeno na estrutura social, podem tornarse alienados em zelaglo a essa estrutura © tomarse candidatos prontos para a Adaptagio V (re- ello). Porém outros, © isto aparentemente inclul grande maioris, podem stribulr suss diffouldades a fontes mais mistieas 9 menos soci”. légicas. Pols, contorme o distinto classiclsta © sociGlogo “apecar do si mesmo”, Gilbert Murray, tem observado em su2 oxplicagio geral, “O me. thor terreno para a superstigdo 6 uma sosiedade om que as fortunas dos homens parecem nao comportar praticamerte senhuma relagéo entze seus méritos e sous esforgos. Uma sociedade estével ¢ bem governada tende mais ou menos a assegurar que 0 Aprendiz Virtuoso e Industrioso sein ‘ben sucedido na vida, enquanto o Aprendiz Malvado Preguigoso vird fa fracassar. E em tal sociedade as pessoas tndem a por em evidéncia as correntes de causagio, razoiveis ou visivels. Porém, (numa socleda oe sofrendo de anomia).., as virhudes comuns da diligtnela, honestids- dee bondade parecer ser de pouca ulllidade”.% ® em tal sociedade as pessoas tendem a aliviar a tensdo através do misticismo: of efeitos da Fortuna, do Acaso, da Sorte De fato, tanto 0 individuo “hem sucedido” como 0 eminentemente “tra- cassado", em nosGa sociedade, freqilentemente atribui o resultado A “sor. te. Assim, 0 prdspero homem de negéclos, Julius Rosenwald, declarou ‘que 95% das grandes fortunas eram “devidas ® sorte’. E um impor. ‘ante jornal de negécios num editorial expliective dos beneficios socials de grande riqueza individual, dizia que a sabedoria complementada pela sorte eram os fatdres responsavels pelas grandes fortunas: “Quando um homem através de prudentes investimentos — suxillado, conforme reco- nhecemos, pela bos sorte em muitos casos — acumula uns poucos mi- thes, nem por isso tira algo do bélso dos cutras”.% De modo parecido, © trabathador freqitentemente explica a situago econdmica em térmos de ‘onso. *O trabalhador vé em seu derredor homens experimentados © fspocializados, que nfio encontram trabalho. Se éle trahalha, sentese ®. cimert aurmy, Five Stages of Greck Religion GNove Zonyse, 181), 19636, © cantte Go Prot. Mcroy = wapelo de “The Palle of Nerve”, qua) tel eee paragrato, eve certamanto ser clase entre ar mais cvilaudas « pesctanies enilets 20 Slolgleae de moar tempo, Yer 9 eltaio de uma entrevista em Gustaour Mare, History of the Great Ame rican Fortunes (Sova. Toraue, 2057, 70 4%. Nallon's Basin, Vole 7, Re, Dl. 88 0 erton Robert K. Me som ate $a nasa een, tc Su a ene wo Sar oom sn Ti a steno sa ee ar ey ml ioe, 2 Sin et on ot pene mie won os oe eis « De mae onc a Estfutura social que permite cub tal discrepéneia se torne fregtient fe pode prever de onde vem ¢ para onde vai, ento certamente éle sors feces eo ee ow ee Myst nxn «patente trae Gear sun autoestina, face so fracasso. ‘Também pode implicar a dis: pe con ee a none poe i a ch Seas a alton it in seme Soon eta nner um tae te a Tn gh atte st shame poms Sy see nomene de nenéelo of at profistes Hberais. Porianto, nA mit cost om sociologia — Teoria ¢ Batrutura © Entre oquéles que nflo aplicam 2 doutring éa sorte & separagio entre 0 mérito, os esforgos e as recompensas, poce-se desenvolver uma atitude individualistica e eimiea para com a estritura cooial, melhor exemplifies. {da no clich@ cultural de que “o que importa néo é 0 que voeé conhece, (quem vooe conhecs”. im sootedades como @ nossa, a grande énfase cultural sébre o sucesso pecuniério para todes, e uma estrutura social que indevidamente limita (9 recurso prdtico aos melos aprovados, estabelecem para muitos uma ten- ‘slo rumo s prétioas inovativas, em contzaste com es normas institucio- nais. Porém, esta forma de adaptagfio presupGe que os individnos te ham sido Imperfeltaments soolalizadas, de modo que abandonam os ‘meios institucionais, enquanto retém aspiragio ao éxito. Por outro lado, centre aquéles que tém assimilado completamente os valdres institucional rados, é mals provivel que uma situagso compardvel conduza @ ume rea: fo alternativa, na qual o alvo € abandonado, persistindo, porém, a con formidade aos costumes, fisse tipo de reagio requor exame ulterior mais, detinido. 228 i. RITUALISMO © tipo ritualista de adaptagao pode ser prontamento identitieaco, implica no abandono on na reduc dos clevadcs alvos culturals do gran- Ge sucesso pecunidrio e da répida mobilidade social, até o ponto em que possam ser satisfeitas as aspiragdes de cada wm. Porém, embore se re- jelle a obrigagao cultural de tentar “progreci aa vida", embora se tracem fos proprios horizontes, quase compulsivamente continuam a ser seguidas fas normas institucional Seria um J6go de palavras terminolégico perguntar se iso constitul um comportamento divergente. Desde que a adapiagio, com efeito, & tama decisio interna, e deste que 0 comportamento claro é institucio- nalmente permitido, emiora nfo soja eulturalmente preferido, nfo é ge mlmente considerado como representativo de um problema social. As ‘pessoas intimas dos individuos quo estejam farendo esta espécle de adap- ‘ago podem daz opinigo em térmos da énfase cultural predominante, € podem “ter pena déles”, e potlem, no caso individual, sentir que “0 vetho Jonesy esté cerlamente em decadéncia”. Quer isto seja oa nfo des- cite como um eomportamento deviado, claramente representa um afas- famento do modélo cultural no qual os homens sto obrigados 2 se esfor- corem ativamonte, sondo preferivel quo o fagam através dos provedimentos Institucionalizades, para eaminbarem para a frerte e para cima, na hierar quia social 5%, 105), 2, ok quate comeniam © grande interes pelo "go de nme entre oF Segvon norte-amerieance de base stuagio ceondimice, (W. do trade "Numbers game” luna Totes candestin, un tanto semethene ao "pizo do bicho" bree), 2s Robert , Merton Seria de esperar que ésse tipo de adaptagdo fOsse bastante freqilento numa sooiedade que faz a posigio social ce cada um, Jargamente depen caate das proprias realizagdes, Pois, conforme tem sido observado com Gnuita freqiéncia,® esta incessante Tuta competitive produz agudo esta. fo de ansiedade, Um dos zecu:sos pera suavigar estas ansiedades @ bal- caro proprio nivel de aspiragfo permanente. © médo produz a inagio, fou mais exatamente, a ago rotinizada, ‘O sindrome do ritualista social fanto ¢ familiar como tnstrusivo, Sua filosofia implicita de vida encorira expresso numa série de clichés cul fusate: “Niko estou pondo 0 meu pescogo para fora’, “vou Jogando ms ceria”, “estou satisteito com o que j& consegul”, “nfo aspire alto ¢ vooe ooo feara desapontado”. © tema que se entzemeia nessas atitudes 6 que sev altes ambiggee convidamn a frusizago e a0 perigo, ao passo que as aspiragées mais baixas produsen satistaco ¢ seguranga. £ ums rengio f uma situag&o que aparece ccmo ameacadora, © excite a desconflanga, sn atitude implictta entre travalhadores que xegulam cuidadosamente sua produggo a ume quota constante, nume orgeniza¢lo na qual tem oc ‘San de temer que "serfio observados” pelo pesos] da geréncis e “alguma toisa aconteceré” se sue producto subir e descer. @ a perspective do empregado assustado, do burocrata zelosamente conformista, na gaicls Ua Gana da ompresu bancétla pactiowlar oa no escritfrin da einprisa de tilidade publica. % Em pouces palavras, € 9 modo de adaptagio pars procurar individualmente uma fuga patitewar dos perlgos © frustragées que parecer a éles inerentes 12 competic&e pela obtensiio dos obj Drincipais, pelo sbandono da tals objelivos, agarrandose o quanto Tisis estyeltamente As rotinas segurzs e as normas institucionals. ‘Se esperdssemos quo 0s no:teamericanos das classes mais Daizas exi- pissem 2 Adapiagdo 11 — “inovagio” — as frustagdes ouja aderéncia: re sults da énfase predominante das grandes metas culturais ¢ do fato des equenas oportunidades soctats, deverlamos esperar que os smerioanos da Basse média inferior estivessem pasadamente representados entre of que $e incluem na Adaptagio I, “situalismo”. Pois é na classe médis infe- ior que os pais tipicamente exezoem pressfio sObre as eriangas a fim de fe paularem pelos mandatos morais do. sociedade, ¢ na qual a escalada social para cima apresenta menos possibllidade de encontrar sucesso do fque entre a classe média superior, © forte disciplinamento a favor da conformidade com os costumes reduz a probabilidade da Adaptagio TE ¢ Ge ven por cxompo, H. 6. sullen, Moder conceptions of prychiaty”, Ferehiiry, 18) EELS SRRER: Mesa, ana ep Your Powder Dry, (own Zorque, 104), Cap. VIE Merton, Piste «Curls, Mase Parsension, $020 ai eect, athe tour of aeton”, feurnal of Abnormal Payehology, 160, 16, 12010, © @ aaa esudo cop. Ze Wells, “Sol matsojustments: adentive session” rity 0 qual trate se pera 0 tp de ataptapio ecu examinado, 2, rf poeaisverger © W. 3, Dickzon, Management and the Worker, Cop. 18 * ns Ei Vamct e-store o tems male geal, st anotoqoes tipkementa perspicares de QHtt array, op. lly BIS, 1, Yor 9 0s cepituls seguintes Socloinoia — Teoria e Estrutura 205 esinsla probabicade oa Adeptack Acantagfo 311, 0 severo treiname com que muitos individuos carreguem mais tarde Sane is tarde posada carga, de a Gado. Os moldes de sollizagta da clase midis Interior extant ae tm a prnia etre cater mais predeposto wm drsto 80k tualismo, #4 ¢ € nesse estado, por conseguinte, que ocorre com . qiéncia 0 molde adaptative TIT. 38 fee ‘Deveros, porém, sallentac wreak Prk, alias norament, ta! camo a pinto esi, ae Stans eanando at modo Se aéatene s Cnt io ov mee te ae nor gine ee Ualdes, perese sor apliciel, com pouess modilegsen, populaste brenee a ante Sheet oa" el ant Pas ga Ee Ete ie to nt Pt a es te Sis» teu Set tena yea s*. “CGenarallside 9 pavtir da evldtucis aprevntads,pelns tetas, eames qh 1 eriatgas da clase middia (os autores nto lstingoer entre or estaton d@ mee bare fetes) sto smn tases ma meson bs ene ne a ee eee ldo fits com as experince de “nel do aoirgh, a gue explana dir smentalmente planejedha, Ha, totevig, un dbsticul, principal, siete aio satictes eorrs emo iat Ss Shown, Eat a Drohemas atts fe, qe em arcs fee nvero ante uae me Se i str ttn ie at et, He ee oer eo pra uma at Atmore a Set Eto, SS "cheney eo wl’? Serene te Sine ar Wa aoe “Ce Bite eae eee EAU cimetidine’ oh el oat eer 27 Sirus tom Sat a oat a 21 © métogo de inguisieza mais produtiv, een Robert K. Mert 225 ton ii pte ae pee 9, en a Ca nt Sense pers or aaa a Ha sears capecies impreasionantes de adiptagto ilfcits é bem dot Ss pn ese ee a oo i SG IV, RETRAIMENTO ‘Assim como @ Adaptegio I (conformidade) permanoce como mais Srogiiente, 2 Adaptagho IV (rejelgo dos objetivos eulturais ¢ meios inst fucionais) @ provavelmente © menos comum. As pessoas que se adap tam (ou mal se adaptem) desta manclra esifo, para. se falar ostcitamente nna sociedade, mas néo s6o da sociedade. Socioldgicamenta, fais pessoas ‘conslituem os verdadeitos estranhos. Nao compartilhando da escala co sc The Diller Box ove Torq, 364) Bonner Cx retenon est poe ST gant emildnn. sete elu or ich Prom, ete fom Tete Scone Ect Soup, tans, gode wer cada, som splcst arctagio ee see cane se reese Mae tenezanaInsene do bomen em divepto 20 sblogsend See Ge cxeapi de acu tommolngto socio: “Rogiante a@msSt 6 Peaeer tan anna pte dh casse ridin Sofie eaopea # causado por cain Be Shane erpetnclas gees con efragn, mal tno Sao gue nor fer x et apogee ina ce apse dares etm citer al, Goto, se entnn Se ano umm: fone ar remdonnmets co cue, eotiads wa euro de oss {Eee Touads‘ctgnes od ain eenma he PehE oe era eat ces o teanweivinente desta expen Go eatutra oe crite. (2 Costin, tavoreew 9 destovetiente dae eta coca Sob. "tye. ce fonmulagie derence ema enpece de snare Siena tore taut fuade coe bie: stern trib cers qoliaades p> Vie surenie‘ao nero uy neceieeh er sates. als Hpotane put Ss Tikes 's creer, eeuvoler « selear poomeilades «ue o owen Sysco eno a mibacs = coma, pon example, © tenleade de pensar cle Ute een Bumbtn any ge en eal ph cro 6 8 euviete pacslogiee i tencends Meldgie Iainven — festa om tencenle 4 “Sutaa ame © aerjo de Woesace& o Oto sxara a orca, ume vo que = IResth Se MGpstngo tondasuntal pee sulgoer eeimenio™ CHT, | | Sociologia — Teoria ¢ Estrutura 27 mum de valéres, podem ser incluidos como membros da sociedade (dis: finguindo-se da populagdo) sdmente num sentizo ficticio, Perlencem a esta categoria algumas cas etividades adaptativas dos ppsledticos, artistas, parlas, proseritos, errantes, mendigos, bébados eréni- os e viclados em drogas. 5 les renunclaram: aos objetivos culturalmen- te presezitos @ o seu comportamento nfo so ajusta as normas institucio: als. Isto nfio quer dizer que em alguns casos a fonte de seu modo de adaptagio nfo seja a propria estrutura socie} que éles efetivamente re- pudiaram, nem que sua prépria existencia dentro de uma area nfo cons: titua, um problema para os membros da sociedade. Do ponto de vista das suas fontes na estrutura social, éste modo de sdzptaglo ocorre com maior probabilidade quando 0s alvos culturais ¢ a2 pratieas Institucionals foram ambos intolramente assimilados pelo indi viduo e embebidos de afeto e de altos valores, sem que os caminhos ins- tubuelonais acessivos conduzam ao éxite. Daf resulta um duplo conilito: 2 obrigagdo moral assimilads, de adotar os meios institucionais, confi ta com as presses para recorrer a meios iliites (os quais podem atin gir 0 alvohe 0 individuo nfo pode utilizar melos que sejam ao mesmo tempo legitimas e eficientes. © sistema competitive € mantido, mas 0 individuo frustrade e que encontra empecithos que nfo pode sobrepujar, 6 exclutdo do sistema. © derrotismo, 0 quietiemo e a resienaeéo so mar nifestados om meeanismos de fuga quo postoriormente 0 levan a “fi gir” dos requisitos da sociedad, 2 assim um oxpediente que resulta do fraeasso continuado em aproximdpse da meta por mefos legitimos, e da ‘neapacidade om usar a rota ilegitima devido As proibigses assimilades; & este processo oeorre quando ainda ndo se den a remincla & concepgéo do valor supremo atribuido ao atingimento do éxito. © contlite é resol. vido, abandonando-se ambos os elementos confiitantes: os fins © 08 mesos, A fuga é completa, o conflito é eliminado e o individuo é astocializado Na vida publica © formal, esse tipo de comportamento desviado mais vigorocamente condenado pelos representantes convencionais da s0- ciodade. Tim contraste com 0 conformista que mantém funcionando as rodes da sociedade, ésse tipo de desviado representa uma responsabilida- ‘oe itaprodutiva; em contraste com o inovador que, pelo menos ¢ “sab do" © se esforca ativamente, ésle nfo di valor objetivo de sucesso na vida que a cultura conceltua tio altamente; em eontraste com o ritualis ta que se conforma pelo menos com os costumes, éle presta escassa aten- so As préticas instituclonais. ‘bvicimente, seta atiaapio 6 aiption. fstas indviuos poder reler alguma orients so dos valbves de sous proprios agrupamentes dente da socledsde mater. ou cca: Ioimacta, dos valores 4a propria sovednde conwanclenal my otras palavrer, tes p> dem mudar pare outton modes de sdoptacio. Port, a Adgpiagio IV pode ser ident fHende ficiimente, Nels Andorson velata 9 oomportamento © as tides do vagabudo, f tal rein poae, por example, sar pronlamente tefundide em Wrmor de nossD eae: ‘ma snaiico. Ver The Mobo (Ghiesgo, M2), #998, a! paseo. ea os a sta indiferentemente ésses reptidios de on at a aes ee a ee aa ina fe era le jo, em que se rednem a es ey pan ie + ten no poo Ge uma vo resins, esta on ACER See egors average des quran oo pidion do eet, 0 ‘lige ete € cto bevnn, ce TD a cen an ce eu ue =e esi en Sn en Be tans eta absense pent an te Sto Se ts stntnen sun eo mab gut ge 8 ee ae aac a veiice Yeaba dsinneior @ ainkinr Ho monte de feos dos tas Fe ene ee cao ante meu etna 0 aetsn en ria. al Fe tee compre um oromplat do The taw ef lnatclal Sct. Bip work how oe ure ene, crn do rtm, nr, agate, c sion usta aro muse a trnte ¢ ince Sananee ‘ na vi se, Yo tnstormanse woe tte cans conden momar cx ile isto nt” Bans oe a eae cl mumporm va eulinn eer mon Scr‘ oneeina mie emu to homom th ot cat ‘sores et stan por ear no aems, © pli care ate egsnnde” ce ae Sapin Conse See nut pny i ee tes ‘ive de some indo Wuco e clesconcertante, no qual éle niio tem lugar & ES coat Costestmente so pura deno de oma atte sass de vegebundogen. fe Es iat Ste Sein Bl St enna tsa a oe Saati contra er traces e tneapases, e contra isso nig pode reegir. No entant os wn ci es e's rn Bee a sc Dsas'co (neonate! endo ede tous valores, Porno, tle represent oe rere tartar spree ante on de ow eer enna na ile oe mr ant cas Sha a pee ss daserdados sci, 08 ste quarlo mado de adapagho 6 Pos, 0 dos quai, se"nao tem nenbuone io sotorapensae Proporlorades pela so aw. jold Coast and the Siam (Chicago, 1980, 108 a 5 nem Garnet eset rons Sve eve fry 1, 6 * fac slo howe). har ont peeligeas do In sociedad Cuése0: : soctotogia Teoria e Esirutura 209 dade, também tém poucas das frustragSes que espera aguéles que com tisuam @ buscer essas recompensas. Alem disso, representa wm mode de adeptagko mais particular que coletivo. Embora as peseoas que ext ‘bem éste comportamento desviado possam gravitar em diregho a centros onde chtrem cm contato com outros vagabundos © embora possam part Thar da subeultura désses grupos divergentes, suas adaptagses sig gram emente partioulares e isoladas em vez de screm unificedas sob @ égide de um novo esdigo cultural, Bss0 tipo de acaptacdo coletiva ainda esta para ser estudado, V. REBELIAO Esta adaptagio conduz os homens que esiSo fore da estrutura social circundante a encerar ¢ proturar trazer & luz uma estrutura social nova, isto , profundamente modificads, Bla pressupde 0 afastamento dos ob. Jetivos domingntes, ¢ dos padrées vigentes, os quais vém a ser conside. rados como puramente axbitrérios. Eo atbitrdrio é precisamente aqui. Jo que nom pode exigir sujeicéo, nem possui legitimidade, pols poderia muito bem ser de outra mancira, Em nossa sociedade, os movimentos organizados para a rebellgo, aparentemente, almejam introdusir uma es: frabara social ma qual os pairdee culturaia de éxito sesiain radlewimente modificados ¢ ma qual se adotariam medidas para uma correspondéncia mais estreita entre o mérito, 0 estorgo © a recompense. Antes de examinar, porém, a “robelifio” como um modo de adaptacéo @evemos distingulla de um tipo superticiaimente similar, mas essencial. mente diferente, o ressentimento, Introduzido mum sentido téenice es pecial, por Nietzsche, © oomceite de ressentimento fot adotado © deservol. Vido socioldgieamente por Max Scheler. 49 Esse sentimento completo tem {rés elementos entrolagados, Primeiro, sentimentos difusos de ddio, inve. J8 © hostitidade; sesundo, um senso de impeténcia pare expressar tls sentimentos, stivarnente, contra @ pessoa, ou estrato social que os evocute; © teroairo, @ consciéneia continua cesta hostilidede impotente.s! © por, to essenciat que distingue o ressentimento da rebeliao é que © primelto ‘Mo envolve uma genuina mudanca de valores © ressentimento implica (0. Sess Scboler, Whomme dh reeetinent (Paris, sim duty, fete ensaio spareceu primele Tamente em Wit; roveto = aumntatado, fot inclu ns sbva de Sebel, Auieetloasee ee Auistee, apurecendo depots om Vom Unsturs der Werte 18 lnedo ara a Usause france ‘Feve cunsiderdvel lenenela ein variedoslicloy oe Para uma excelente © bem equliorean daniets co ease os conceltos netietae, cuss. rientagion é fessonalmente brlhantes. Ver V. 2. 3c Poitospy” and” Phenooenotesial Reson ‘um papel secundirio ‘no ua Mid Giass Poychology: A Secoegien! Study (Crpentegte, 12a) iaes Seales, op. ct S688. Nenmume palavra inplsn resradus @ complexe ce slemaatce srntides ne palavrn ressentiment; sua aproxiagio maior em slemae sen scl fe sensi, gue os asprotos em que ale prefigunsa fanuidemeerateas ¢ ebretady sexy ntuledor “Behele's theory of sympatny an no om M2, 2, man. Oube telete en. gue a Robert K, Merton ‘uma altitude “uvas verdes” que simplesmente afirma que os objetivas de- sejados, mas nio atingivels, na vordade mio eacarnam os valores spre sados: — afinal, a rap6sa da fibula niio diz que renuncia so gosto pelas (vas; diz apenas que precisamenteaquelas uvas no esiiio maduras’ Pe Jo contrério a rebellfo envolve uma genuina transvalozagao, em que a cuperiéncia direta ou vieétia da frustracio condus & tolal dentincis cos Calgres anteriormente apreciados. A rapOsa rebelde simplesmente renun- Starla ao gésto geral pelas uvas maduras, No ressentimento, @ gents con ‘dena o ue secretamente ambiciona; na rebelido 8 gente condena a pr Guia embigho. Mas, etbora es duas coisas sejam dlstintes, = rebeiiio Crgenizade pode movimentar um vasto reservatério dos que scurmulam Sessentimento, e de deseontentes, & medida que se tornarm agudas as des ocaghes institucionais, ‘Quando o sistema instituoiensl € considerado como & barreira 4 st tistogio de objetivos legitimizados, esti preparado 0 paico para a rébe- Heo somo reagao sdapiativa, Para so passar i agdo politica organivada nde comente deverd ser zepudiada a loaldade & esirutura social predomt Nante, como também deverd ser transferida a novos grupos posstidos por netinave mito. @ A fungao ial do mito é locallzar a fonte de frustra Ypoes em large escala, na estrutura social, ¢ delinear wma estrufura ques Presumivelmente, $6 nao provocard « frustrecso doo individuas merecedo. ef um mapa para a agio. Neste contexte, as fungtes do contre: visto dos conservadores — brevemente esbocada numa secio anterior des ge eapituio — tornamese ainda mais claras: qualquer que seja & fonte da Srustragdo da mass, ela nfo sera encontrada na estrutura béslea da Medade, O mito conservador pode assim assegurar quo essas frustre oes esto ma niatureza das coisas © ocorreriaun ex gualguer sistem se alr "© aesemprégo em masse, periGdica, ¢ as depressies dos negsoics sas, podem ser eliminados por alos de Terisiagso; ¢ eomo uma pessow ave ae ite bemn hoje, e mal n0 dia seguinte"® Ou, se nflo se adota a teen Se Strevitabilidade, entio se apega & doutrina do ajustamento gradu * oe grin! “Umas poveas mudangas aqul ¢ al, © taromos as cotsis A aero too quavemente quanto possive”. Ou, talves, apregon = CoA Gionemtnstere @ cuipa da esiroturs social para o individuo que “faces see Mi que "realmente, neste peis, (odo individuo consogue atinglr ert Ge prosperidade que almeja” 2 re eettoe da rebeliao ¢ do conservadorismo, ambos trabalham ne O° fo ae um "monopolio da Imaginagso”, procurando definir e sini Hee Oe als que encaminnem o frustrado em direpio & Adapiagso ¥. cers an dela, acima de tudo o renegado que, embora ber clare! oeige. Teruncia aos vakores Vigentes, que so torna o alvo de maior Pes: Go Guonie B. Petes, The Process of Hevoltion (Morn Horaut, 138), 624 SER Go rane! de smonopatl da Smssinacto” ee Ae EMEA stele. ruaion (sora Torque, 307), 440, name aes Ehonescuinuses we exemple 0 mito conservedos ver paler Sociologia — Teoria ¢ Rstrutura 231 tilidade entre aquéles do seu grupo i ropo ovina, yols ele nfo 6 Janga a das sobre ’s, como O raalan ape sre co vrs cna 0 ar ¢ gro el, eam tabi te st woo ro sooo fom sn hide gure 0 eit ae ado com bastante Sregitnels, oy organizadors dos ressentidos © dos rebeldes em gr mrembron de‘uma cause ait ascenedo ern wes go" prover doe antea mais deprimidos. ot ‘TENDENCIA A ANOMIA ae rere rene ma ca Sent a ae a ‘visa a que c individuo “faga melhor” que os cc o a nal do “éxito”, a escolha dos meic mente dentro ao émbito cont ins tas courses Sa Sai nee ee cig eee ants woman “Se tat Ses ete ces enee tna ae culos de vantage pessoal © temor a 2 cal 9 castign sf o€ tinieas element provirem dos estratos sia tensfo sumo & anomia no opera usitormemente om score ade Ain et ss na recente uae Dav Sui Gls os eas mas viens proses fer™ tio coronaire « ir enter alrns dv esa ss us felon pera roa at pos Ghm o presto dese bio to Tinanctee foi tora conto o principal al, embora haja, evidentomenis,cbjlives tion o teri dos valéres comuns, Por exemplo, os campos da realizagéo ine ‘etual © artstica proporcionan tipos te cavrtra quo podem "no trae Senden eine psudries a medida an aie @ estar cl Flow peste tn noting ga eatin mi por ce ss 9 sslena puatee also mone tne po ts segur n tina gral edict conus ausienes ao ig A Drie 08 Sona ctinia em Seo b anomia; pn es as € quo 0 esquona analiieo aati eviabecelgo thaine ® afonslo. Dovese dizer deg ROSS er une palavra Sel agrupanio es impliagGes espeihe - extensio do discurso precedente, relativo a0 papel de- Sempenhado pela familia nos tipes de conduta divergente. Yer as perpicares obsavagtes de d fee de Georg Stowe, Stitogie (Lepdig, 2608), 21627 oe Robert H, Merton evidentemente a familia que funciona como importante correia de transmissio na difus%o dos padrées oulturais, em relagio & geragio_se guinte, Porém, 0 que tem passado desapercebido até ha pouco tempo, 6 que a familia transmite especialmente a porgio de cultura acess{ve} 20 estrato social © 20s grupos em que-os prdprios pais se encontram., 2, portanto, um mecenismo para disciplinar as criangas, em térmos dos ob- jetives culturais e dos costumes caracteristicos dessa estreita variedade e grupos. Nom ¢ a soelalizagéo limitada eo treinamento ¢ & disoiplina~ cdo diretos. © processo & “ortuito, pelo menos parciaimente, Inteira mente a parte de repreensbes ditetas, recompensas ¢ castigos, a erianga é exposta @ protétipos sociais no comportamento ditriamente testemunha- co e nas conversagées casuais cios pais. Ndo raro as criangas descobrem € incorporam uniformidades culturais, mesmo quando elas permanecem implicitas ¢ nfo foram redusidas « regras. Os padres de linguagem fornecem a meis impressionante evidén- cia, prontamente observivel como se fosse numa clinton, de que as crian- ‘eas, no processo de socializagio, descobrem uniformidades que nfo foram cxplicitamente formuludas para elas, pelos mais velhos ou contembori, neos e que néo séo formuladas pelas propriss criangas, Erros de lingua gem entre as crianges, so muito instrutivos, Assim, a crianga usard esponténeamente palavras tals como "“mouses” ou “moneys”, mesmo que jamais tenha owvido tais termos ou mao tne tenna sido enstnada a “reyrs de jormacao dos plurais". Ou ola crisrd palavras, como “falled”, “runned”, “singed”, “hitted” embora, nfo the tenham ensinado aos trés anos de ida- de, as “regras" da conjugagéo, Ou dir4 que um manjar predileto ¢ gooder” como 0 que outro menos apreciado, ou talver através de uma extensio Idgica, podera deserevt-lo como o “goodest” de todos.* Obvier mente, a crianga descobriu os paradigms implicitos para 9 expressio do plural, para a conjugactio dos verbos e a flexio dos adjotivos. A pré. pria natureza de seu érro e¢ 2 mé aplicagio do paradigma dao disso tes: ‘tomunho. & Pode-se, portanto, concluir, tentativamente, que 9 erlanga esté também laboriosamente ocupada em descobrir ¢ agir conforme os paradigmas im plicitos de avaliagéo cultural, de categorizagéo das pessoas e das coisas € de formagdo das metas dignas de estima, assim como assimilando a jorten taco cultural explicita, baseada na infinite corrente de ordens, explics TO, do tra, Talver convents Iembrar gus, om ingle, © plursl cometa de “mouse” & “nice; smoney" & Lnverivel, Rim ver de “lle”, “romned", tanged", hited”, © pre inte perteto cotta 6 "fo, “rm®, "sangre “niet. 0 aimentaliva de “ood nfo ¢ “pooder” mas “busier” 0 abwlula nfo 4 "geedert™ mes "Dee. © Que o SHIOF QU emonstsar € que 6 crlsgas tensa. adohar az formas veyulaes, nto 6 mals “O fina, em vee'das formas, iregueces qo0, como” o nome ‘india, fopen des 72s reguleres. 4s, W, Sra, rayehotgy of Bary hitghosd oSova Tors, 120,18, mnlora» ode Ge tats error tp oxy “tanked”, [Que sara 0 preerto penfeito regelar mas tncorrta)y Gh ee Go uinask™ (pretente pectite rerun, reas eoHstoD), porém nfo tire asia “ocias relives & dascoberta dor paradigms implies, Sociologia — Teoria © Estrutura 28 ges © exortagies a ela dlrigidas pelos pais. Parece que, além das im- pportantes Pesquisas das psicologias profimdas no processo de socializa- ‘fo, aja necessidade de tipos suplementares de observagdo direta da di- fusio da cultura na familia, Pode muito tem acontecer que a erian: ga retenha o paradigma implicito dos valores culturais, descoberto no comportamento diério do sous pais, mesmo quando © mesmo entre em conflita com seus conselhos © exorlagées exzlicitos. A projecto das ambigdes paternas sdbre a erianga tamhém tem im portineia fandemenial no assunto de que estamos tratando. Conforms bem se sube muitos pais confrontados com © “fracasso” pessoal ou um sucesso" limitado, podem sllenciar sua énfase sobre objetivos de sucesso © podein adiar ulteriores esforgos para o atingimento de tais obyetivos, tentando alcangé-lo “por procuragSo”, através de sous filhos. “A influen cia pode vir através da mie ou do pel. Precitentemente dise 0 caso de lum pai gue alimenta a esperanca de que seu fitho atinja alturas que éle ou a espoca dotxaram de atingir’. 4@ Numa recente pesquisa da ongent 2agtio sociut de conjuntos de residéncias consiruldas pelo govémo, temos encontrado, tanto entre negros como entre brancos, dos nivels ocupacio nais interiores, uma proporgio substancial com aspiragies de que seus ‘fos sigam uma profissdo liberal. Se tal descoberte for contirmada por pesquisas posteriores, teré grande significagao para o caso que 10s cups pots, Se a PrOJegso compensatoria ca ambigho dos pais sdbre as eriangas 16r muito acentuada, isto significars que precisamente os pais menos capazes de proporcionar a seus filhos féell acesso as oportimida: Ges — os “fracascados” © os “frustrados” — so os que exercem malor pressio sdbre os filhos para que éstes aloancem éxitos importantes. H ‘te sindrome de elevadas aspiragbes © limitacks opertunidades reals, ¢0- ‘mo temos visto, é precisamente © padr&o que provoea o comportamento desviado, Isto aponta claramente para a netessidade de serem realiza- das investigagdes focalizadas sGtre a formagio das metas ooupacionais nos diversos estratos, se quisermos entender, do ponto de vista do nosso esquema analitico, o papel que e disciplina familiar desempenha inadver Udamente na origem da condula divergente. NOTAS FINAIS Deve ficar claro que a diseusstio anterior néo € afineda @ um plano moralfstico. @uaisquer que sejam os sentimentos do leitor referentes & conveniéneia moral de coordenar as fases dos alvos € dos meios da es- fruura soclel, 6 claro que a imparfeita coordenaglo das duas condus & enomia. Se uma das fungdes mals gerais da estmutura social € 2 de fomnecer ums base para a previstilidade e a regularidade do comporta~ {% Baaiao eon esd de oreaagio ei is Comiddes planed, or Be ‘Merton, Patricia 8. West © M. Jahods, Pattorns of Secial Life, men Robert . Merton mento social, essa fungéc tornase crescentemente limitada om aficiénela, 2 medide que ésses elementos da estrutura social se tornam dissoctados. No ponto extremo, a previsibilldade é diminuida e sobzevém o que se pode chamar eorrstamente de aromia ou eaos cultural. ‘Bete enseio acérea das fontes estrutursis do comportamento desviado constitui apenas um prelidio, No inclui um estudo detalhado dos ele- ‘montos estruturais que predispsem om diregiio a uma ou @ outra das rea des allernativas, abertes aos individuos que vivem numa esirutura mal equilibrada; desprezcu em gronde parte, com todavia negi-is, a selevan- ‘ela dos provessos soclopsicoldgicos que eterminam a incidéncie espe. cifica desses reagées; apenas considerou resumidamente as fangbes' so- ciais preenchidas pelo eomportamento desviado; néo submeteu 0 poder explanatério do esquema analitico a um teste empirico completo, me- Glante a determinagio das variaySes dos grupos no comporiamento des viado © no conformista; abordou sé de leve 0 comportamento rebelde que procura reformular = armagao social ‘Sugerimos que éstes problemas, e outros que Ihes so relacionados, podem ser snalisados com vantazens, mediante © uso désse esquema

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