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ANTUNES, R.

Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a qualificação e a negação do


trabalho. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2009. cap. I a IV.

Introdução
Na introdução Antunes cita o neoliberalismo, ou seja, menor interferência do estado na
economia, cita também, o desemprego estrutural, onde os trabalhadores são
substituídos pela modernização das atividades e maquinários que fazem a mão de
obra do trabalhador.
Em outro trecho ele cita multi nacionais que exploram países onde a mão de obra é
mais barata (Wal-Mart, K-Mart e Sears, Nike), fazendo com que o trabalho seja
alienante e não dê nem para eles comerem tão baixo é a troca.
Antunes cita ainda o quão é importante ficarmos atentos das transformações que
estão acontecendo no mundo do trabalho, já que não conseguimos eliminá-lo.
Antunes aponta a (des)sociabilização humana, onde o ser humano perde
inconscientemente o sentido do trabalho, que por muitas vezes não se sabe nem o
que está a produzir

o sentido do trabalho que estrutura o capital acaba sendo


desestruturante para a humanidade; na contrapartida, o
trabalho que tem sentido estruturante para a humanidade é
potencialmente desestruturante para o capital.
capitulo 1:
O SISTEMA DE METABOLISMO SOCIAL DO CAPITAL E SEU SISTEMA DE MEDIAÇÕES
O homem que até então retirava da natureza produtos para sobreviver, agora neste momento
surge um outro ser humano que se aproveita deste que agora é subordinado a ele que
intermedia a retirada do produto. Exemplo um homem com uma vara pescava, agora surge um
outro homem que intermedia a pesca dele para obter lucro, surge o capital

O sistema de mediações de primeira ordem


É a relação de sobrevivência do homem com a natureza, onde se retira dela o que
necessitamos para sobreviver, economizando no sentido de poupar usar pouco, não deixar a
acabar, seus recursos que necessitamos. Ou seja, o homem coleta da natureza o que ele
precisa para sua sobrevivência, também surge a consciência de poupar para não faltar;

- SISTEMA DE TROCA

- REGULAÇÃO NO PROCESSO, CRIANDO PRÁTICAS PARA QUE NÃO FALTE O PRODUTO


NECESSÁRIO

- Estabelecer sistema de trocas entre os seres, visando otimizar os produtos existentes

- Organização e realizar multi atividades pensando em sua sobrevivência

- Cuidar da natureza para que não falte, exemplo não poluir os rios que eles bebem das águas

Por fim, este sentido de ser do ser humano em momento algum necessita do capital para
intermediar.

Mediação de segunda ordem


Na mediação de segunda ordem entra o capital, ou seja, na primeira ordem o homem tinha
relação direta com a natureza, agora se coloca uma segunda pessoa no meio, duas pessoas e a
natureza, onde um ser humano é subordinado ao outro, que daí se tem o valor de troca maior,
entra o fator da mediação, alienante, que quanto mais produz mais ganha, que o valor de uso
(há um ganho de um sobre o outro), Em outras palavras é a mediação do uso dos bens
naturais.

A finalidade do capital é expandir ao máximo o valor de troca, onde todas atividades humanas
desde alimentícias até culturais estão subordinadas a ele.

O valor de uso de uma mercadoria é determinado pela sua utilidade para as pessoas, que
não precisa ser sempre prática (pode também ser simbólica). Marx dizia que o valor de uso
satisfaz “do estômago ao espírito” Por isso, o valor de uso é determinado socialmente, e
nunca unilateralmente, ou seja, são as relações sociais em torno de uma determinada
mercadoria que constituem seu valor de uso. No capitalismo, essa utilidade serve como
suporte para o valor.
Valor de troca geralmente se mede pelo esforço de horas gastas para sua
produção. O valor de troca (produtos) todos os produtos fabricados desde
alimentos até obras de artes vão ser fabricadas pelo capitalismo. Ou seja, para
converter a produção do capital em propósito da humanidade era preciso separar
valor de uso e valor de troca.

Na sociedade de primeira ordem quando havia o valor de uso a separação das


atividades eram diferentes, onde se dividiam as atividades, sendo colhido da
natureza o necessário para sobreviver.

Já com o valor de troca, as limitações da sociedade não se levam em conta, pois o


capitalismo impõe uma produção desregulada, onde se visa o ganho, por muitas
vezes o trabalhador não sabe nem para que serve o que estão produzindo, neste
momento há hierarquia (chefes, lideres) cuja o crescimento é vertical, onde quem
ganha sempre é o capital.

Para implantação do capitalismo o homem teria que produzir inconscientemente


para o capital, ou seja, alienado, fora de si, produzindo para ter ganho e não para
sua sobrevivência – Também seria necessário fazer com que o capital se tornasse
importante e humanizando a ele.

Nesse sentido, são alteradas a mediações de 1° ordem, agora o homem atende


ao capital para poder sobreviver, inconscientemente acredita que sem um trabalho
“não terá o que comer”

Nas mediações de segunda ordem, se cria um tripé consistente - trabalho, capital,


estado – (é inconcebível emancipar o trabalho sem simultaneamente superar o
capital e o estado, ou seja, o reformismo não altera o capitalismo, para isso é
necessário a revolução).Dentro do estado não mudaremos o estado, para isso
temos que romper.

Página 27 – O capital que surgiu da história, tem uma estrutura de controle


totalizante das mais poderosas. Para conseguir atingir seus efeitos o capital
necessita de suas personificações para conter o sujeito rebelde (o trabalhador), ou
seja, fazer com que o trabalhador exerça suas atividades inconscientemente
atendendo o capital sem rebeldia.

Página 26 – O capital tem a deficiência estrutural, que é o antagonismo social, ou


seja, os conflitos, pois o capital quer destruir os seres humanos, pois o que o
humano tem de mais valor é o trabalho. Porém o ser humano quer sobreviver, eis aí
o conflito com o capital x humanos.
Antes de falar da união soviética, temos que comentar referente também a guerra
fria, onde teve a grande disputa do socialismo x capitalismo. Com fundação da
URSS não conseguiu-se eliminar os três eixos do tripé, pois houve sobrecarga do
estado, pois o mundo globalizado não permitiu a eliminação do estado e do
capital, acredito que para se dar certo esta experiência a URSS deveria ter ganho a
guerra fria, pois para implantação da sociedade livre do capital com o mundo
globalizado como está atualmente, deveria se global, ou seja todos países
implantando este sistema

o sistema de regulação do capital segundo meszaros não funciona, pois ele foi
criado para ser incontrolável, um exemplo que podemos citar de arte manha do
capitalismo é a questão do petróleo, para manter o preço alto eles retiram menos
petróleo do que a capacidade pode gerar.

Pagina 28 – Outro item a destacar referente ao capitalismo, é a necessidade de


trocas de objetos adquiridos, pois hoje percebemos que muitos de nossos móveis
eletrodomésticos tem a vida útil reduzida, ou outro exemplos que podemos citar
celulares e computadores, o capital faz com que o ser humano sempre tenha o
modelo mais novo e torne os produtos obsoletos para que seja trocado de em
tempo reduzido e assim fazendo com que o capital produza mais.

São duas grandes nefasta do capitalismo, a destruição da era moderna, da força


humana que trabalha e a degradação crescente do meio ambiente.

Outro exemplo de degradação citado neste parágrafo é que se for aproveitado


apenas 10% e perdido 90% das matérias primas para fabricação de um produto,
envolvidas no processo são plenamente justificadas, desde que sintonizadas com
os critérios de ‘eficiência’, ‘racionalidade’ e ‘economia’ capitalistas, em virtude da
lucratividade comprovada da mercadoria em questão”

Página 29 – É de se pensar na questão energética dos EUA, que tendo 5% da


população usam 25% do total de recursos energéticos, se os demais países do
mundo tivessem esta demanda teríamos que cada vez mais degradar a natureza,
agora fico a pensar, se toda a população da China tivessem acesso a veículos e
itens de primeiro mundo (nada mais justo, porém seria uma desgraça), teríamos
que ter praticamente outro planeta para poder atender esta demanda.
Capítulo II

DIMENSÕES DA CRISE ESTRUTURAL

DO CAPITAL

Doutrina keynesiana - o Estado deveria intervir na economia sempre que fosse


necessário, afim de evitar a retração econômica e garantir o pleno emprego
A crise se deu pelos motivos abaixo
1 – queda da taxa de lucro, pois teve conquistas sociais onde os salários dos
trabalhadores teve uma adição
2 – Sistema Taylorista e fordista estavam com os estoques cheios, devido a retração
do consumo que se acentuava, na verdade era a síntese do desemprego devido a
substituição dos trabalhadores pelas máquinas.

3 - Os juros da dívida dos países periféricos extraíam expressiva soma das reservas internas. A
crise já afetava as economias centrais e a depressão se instaurou.

4 - fusões entre as empresas monopolistas e oligopolistas; fazendo com que não haja
concorrência assim tendo poucos vendedores o preço fica alto

5 - Welfare State: Estado de bem-estar social, é uma forma de organização política e


econômica que posiciona o governo como um agente assistencial.
6 - privatizações, - tendência generalizada às desregulamentações e à flexibilização do
processo produtivo, dos mercados e da força de trabalho, entre tantos outros
elementos contingentes que exprimiam esse novo quadro crítico
Com a resposta a crise teve o advento do neoliberalismo, onde não há intervenção do
estado
Pagina 32 – Devido a expansão da produção de países como Japão e Alemanha, a
fatia do lucro foi dividida com mais países, caindo a taxa de lucro
A crise do capital é principalmente devido a falta de lucro, pois o capital não aceita
sequer empatar, e logo fecham mercados, fábricas e daí por diante
Esta grande crise continua nos anos 90, com a guerra intercapitalista os países
imperialistas engolem os países menores, pois eles se expandem mundo a fora
Pagina 35 - Neste mesmo tempo há um grande salto de desemprego estrutural,
substituindo trabalhadores por máquinas. Como desculpa para diminuir a crise, o leão
capitalista, mesmo com a tecnologia já avançada, explora os trabalhadores, tendo a
Inglaterra a maior jornada de trabalho europeia e o Japão que já tem alta carga de
horária alta para os trabalhadores sugere ao governo aumentar mais ainda a carga
horária. Tudo isso para se obter mais lucro, pois quanto mais trabalham, mais
produzem, e conseguem baratear os produtos.
Capítulo III
Página 40 – Uma forma de sociabilidade fundada no “compromisso” que implementava
ganhos sociais e seguridade social para os trabalhadores dos países centrais, desde que a
temática do socialismo fosse relegada a um futuro a perder de vista. Quem sustentava este
compromisso do capital com os países desenvolvidos eram os países de terceiro mundo, pois a
mão de obra deles era barata e explorada pelo capital – Atualmente as conquistas destes
países desenvolvidos muito foram as custas dos países da américa latina, África ou seja do
chamado “terceiro mundo”.

A primeira a geração é substituída pela nova geração, a primeira geração onde havia o ritmo
de trabalho acelerado bem como não saber o que estava produzindo.

Surgem os sindicatos representantes dos trabalhadores, quem negocia é o representante da


categoria, e não mais o trabalhador, colocando mais uma pessoa entre proletário e capital –
Surgem partidos políticos, colocam o estado como garantidor para o proletário, pois o estado
garantirá a seguridade social, salário mínimo bem como reajustes e normas trabalhistas.

Com a vinda da segunda geração é questionada o uso da máquina, o que estavam produzindo,
sua segurança, pois não estavam dispostos de perder sua vida para ganha-la.

Pag – 46 – Então o capitalismos atendendo a solicitação do proletário, que acreditava que


poderiam realizar mais atividades do que eram designados a eles, não somente atividades
mecânicas e braçal, com o avanço da tecnologia eletrônica e os computadores, que
modelaram os sistemas de administração das empresas, implantando o toyotismo, a qualidade
total e outras técnicas de gestão. Ou seja, o capital aproveitou da revolta dos trabalhadores
para usar isto a seu favor, agora com o Toyotismo os trabalhadores são polivalentes A
cooperação fica reforçada no processo de trabalho, aumentando por isso as economias de
escala, em benefício do capitalismo.
Capítulo IV

O TOYOTISMO E AS NOVAS FORMAS DE

ACUMULAÇÃO DE CAPITAL

Downsizing em português significa "diminuição de tamanho" ou


"achatamento"

Segundo alguns autores, elas seriam responsáveis pela instauração de uma nova forma de
organização industrial e de relacionamento entre o capital e o trabalho, mais favorável
quando comparada ao taylorismo/fordismo, uma vez que possibilitaram o advento de um
trabalhador mais qualificado, participativo, multifuncional, polivalente, dotado de “maior
realização no espaço do trabalho”.

Com o Toyotismo é implantado o just in time – onde aas empresas não trabalham com
estoques, e sim com demanda de vendas, este é um fator de críticas, pois com demanda
vinda urgente os trabalhadores terão que se apressarem para produzir e atender a demanda,
pois neste momento não há estoque

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