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Disciplina de Máquinas Elétricas

Prof. Msc. Samuel Polato Ribas

Atividade Prática de Máquinas Elétricas

OBJETIVO
Desenvolver o raciocínio na resolução de problemas envolvendo Máquinas
Elétricas, e apresentar os cálculos que mostrar a solução dos problemas.

MATERIAL UTILIZADO
A Atividade Prática de Máquinas Elétricas deverá ser desenvolvida com base
no material da Rota de Aprendizagem e nos livros indicados nas Bibliografias
Básica e Complementar, cujos livros estão disponíveis nas Bibliotecas Virtuais
Pearson e Minha Biblioteca.

ORIENTAÇÕES PARA A ENTREGA (ATENÇÃO!!!!!!!)


• Utilize três casas decimais na resolução dos exercícios.
• Todos os exercícios devem ser entregues manuscritos.
• Todos os cálculos devem ser apresentados de maneira organizada e
com letra legível.

INTRODUÇÃO
As máquinas elétricas são uma parte indispensável do sistema elétrico de
potência e das instalações elétricas industriais. Elas estão presentes no sistema de
geração, com os geradores síncronos, no sistema de transmissão, com
transformadores trifásicos, no sistema de distribuição também com
transformadores, e nos consumidores industriais, principalmente na forma de
motores elétricos trifásicos e de corrente contínua.

Assim, é de extrema importância que o funcionamento destas máquinas seja


entendido na sua forma plena, sabendo como determinar características de
operação, a partir de dados de ensaios, parâmetros de circuitos equivalente, entre
outras situações. A partir de agora será abordada a importância de cada máquina
elétrica.

Os transformadores monofásicos são dispositivos utilizados em sistemas


elétricos de pequena potência, em comparação aos transformadores trifásicos.
Entretanto, o seu estudo e compreensão é o que possui uma das maiores
importâncias, se não a maior. Porque é com o transformador monofásico que se
conhecem os conceitos de conversão de energia, de tensão induzida, as não
idealidades existentes nos enrolamentos e no núcleo de máquinas elétricas, além

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de mostrar como os ensaios a vazio e a plena carga são realizados, e os cálculos


que podem ser desenvolvidos com eles.

Nos transformadores trifásicos são aplicados todos os conhecimentos


estudados nos transformadores monofásicos. Porém, devem ser levados em
consideração as particularidades dos sistemas trifásicos. Nisso estão envolvidos
os diferentes tipos de ligação existentes, conceitos de tensão e corrente de fase e
de linha e potência trifásica.

Como os transformadores trifásicos são destinados à aplicação em sistemas


de alta potência, é comum utilizar o paralelismo de transformadores, e para isso se
deve conhecer todos os requisitos que devem ser atendidos para que este tipo de
ligação seja possível. Esta aplicação está presente no sistema de transmissão e
distribuição de energia, e também nas subestações de grandes consumidores
industriais.

Entrando no ramo industrial a maior parte da carga das industriais é devido a


máquinas que operam a partir de motores elétricos, portanto, para o sistema
elétrica a carga efetiva são os motores trifásicos. São eles que influenciam no fator
de potência visto pela concessionária, são eles que devem ser dimensionados
adequadamente. Sendo assim, é imprescindível saber como os motores elétricos,
principalmente os trifásicos, funcionam. Por isso, o estudo do circuito equivalente,
escorregamento, fator de potência, campo magnético girante, ensaios a vazio e
com rotor bloqueado, torque e rendimento, por exemplo, são tão relevantes.

Ainda falando em cargas industriais, aplicações específicas podem requisitar


o uso de motores de corrente contínua. E como é estudado na disciplina de
Máquinas Elétricas, há diferentes formas de ligação de motores de corrente
contínua e cada uma delas possui características próprias de operação, e um
comportamento particular frente a variações de carga. Por esse motivo é de
extrema importância que estas características e particularidades sejam estudadas
e compreendidas.

Mas tudo isso só é possível devido ao sistema de geração de energia.


Obviamente que atualmente há uma contribuição significativa dos sistemas de
energia alternativa, principalmente energia eólica e fotovoltaica, mas a grande
parcela da energia gerada é devida as grandes usinas termoelétricas e
hidroelétricas. E estas usinas operam com geradores síncronos de polos lisos e
polos salientes, respectivamente. Na maior parte do tempo, estas máquinas
operam com velocidade constante devido a atuação dos reguladores de
velocidade, e é necessário que elas disponibilizem tensão nominal nos seus
terminais. Por isso, o estudo destas máquinas em regime permanente, e o
entendimento de como elas funcionam é indispensável para o engenheiro

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eletricista.

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Considerando a importância das máquinas elétricas, encontre a resposta para
os exercícios a seguir.

1) Em uma situação prática a única forma de medir diretamente a relação de


transformação de um transformador é medir diretamente a tensão da fonte de
alimentação, e a tensão aplicada sobre a carga. Entretanto, esta relação de
transformação pode ser determinada a partir do conhecimento de dados de ensaios
realizados no transformador. considere, que são dados de ensaio de um
transformador monofásico de 10000VA, 380/220V, temperatura de trabalho
referente a classe de isolamento B (130ºC):

Tensão Temperatura
Enrolamento Corrente (A) Potência (W)
aplicada (V) Ambiente (ºC)
AT aberto 2,73 220 270 25º
BT curto-
26,32 15,2 250 25º
circuitado

Colocando este transformador em operação como abaixador de tensão e


alimentando carga nominal indutiva com fator de potência de 0,95, determine.
Fonte: Adaptado de SOBRINHO, A. I. B, Apostila de Transformadores
Monofásicos.

a) A regulação de tensão percentual quando a tensão nominal está sendo aplicada


à carga.

𝑃1𝑃𝐶,𝑡𝑖 250
𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑖 = 2 = = 0,360 Ω
𝐼1𝑃𝐶 26,322

234,5 + 𝑡𝑓 234,5 + 130


𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓 = 𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑖 ( ) = 0,360 ∙ ( ) = 0,505 Ω
234,5 + 𝑡𝑖 234,5 + 25

𝑉1𝑃𝐶 15,2
𝑍1𝑃𝐶,𝑡𝑖 = = = 0,577 Ω
𝐼1𝑃𝐶 26,32

2 2
𝑋1𝑃𝐶 = √𝑍1𝑃𝐶,𝑡𝑖 − 𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑖 = √0,5772 − 0,3602 = 0,45 Ω

2 2
𝑍1𝑃𝐶,𝑡𝑓 = √𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓 + 𝑋1𝑃𝐶 = √0,5052 + 0,452 = 0,676 Ω

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𝑋1𝑃𝐶 0,45
𝜑 ′ = arctan ( ) = arctan ( ) = 41,703º
𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓 0,505

arccos[cos 𝜃2 ] = arccos 0,95 = 18,194º

𝑉̅1 = 𝑘 ∙ 𝑉2 ∡0º + 𝐼1𝑃𝐶 ∡𝜃2 ∙ 𝑍1𝑃𝐶,𝑡𝑓 ∡𝜑 ′

𝑉̅1 = 1,727 ∙ 220∡0º + 26,32∡ − 18,194º ∙ 0,676∡41,703º

𝑉̅1 = 396,38∡1,026º 𝑉

|𝑉̅1 | 391,38
− |𝑉̅2 | 1,727 − 220
𝑅𝑒𝑔(%) = 𝑘 × 100 = × 100 = 4,327%
|𝑉̅2 | 220

b) O rendimento do transformador na temperatura de regime.


2
𝑃1𝑃𝐶,𝑡𝑓 = 𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓 ∙ 𝐼1𝑃𝐶 = 0,505 ∙ 26,322 = 349,83 𝑊

𝑆𝑁𝑂𝑀 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜃2
𝜂(%) = × 100
𝑆𝑁𝑂𝑀 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝜃2 + 𝑃𝑂 + 𝑃1𝑃𝐶,𝑡𝑓

10000 ∙ 0,95
𝜂(%) = × 100 = 93,87%
10000 ∙ 0,95 + 270 + 349,93

c) A relação de transformação prática para carga com tensão nominal.

|𝑉̅1 | 396,38
𝑘𝑃𝑅Á𝑇𝐼𝐶𝑂 = = = 1,801
|𝑉̅2 | 220

2) São dados de placa de um transformador monofásico: 25kVA, 13800/220V,


impedância percentual de 4,5% a 70ºC. Se o ângulo interno do transformador é 55º
e o transformador tem enrolamentos de cobre, calcule o valor da potência
consumida pelos enrolamentos no ensaio a plena carga a uma temperatura de
25ºC, sabendo que a corrente medida foi de 2,3A. (Adaptado de SOBRINHO, A. I.
B, Apostila de Transformadores Monofásicos)

𝑍1𝑃𝐶,𝑡𝑓 ∙ 𝑆𝑁𝑂𝑀 𝑍1𝑃𝐶_𝑡𝑓 ∙ 25000


𝑍(%) = 2 × 100 → 4,5 = × 100 → 𝑍1𝑃𝐶,𝑡𝑓 = 342,79 Ω
𝑉𝑁𝑂𝑀,𝐴𝑇 138002

𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓 𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓 𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓


𝜑 ′ = arccos ( ) → 55º = arccos ( ) → cos 55º = cos [arccos ( )] →
𝑍1𝑃𝐶,𝑡𝑓 342,79 342,79

𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓
→ 0,57 = → 𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓 = 195,39 Ω
342,79

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2 2
𝑋1𝑃𝐶 = √𝑍1𝑃𝐶,𝑡𝑓 − 𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓 = √342,792 − 195,392 = 281,65 Ω

234,5 + 𝑡𝑓 234,5 + 𝑡𝑖
𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓 = 𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑖 ( ) → 𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑖 = 𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑓 ( )=
234,5 + 𝑡𝑖 234,5 + 𝑡𝑓

234,5 + 25
= 195,39 ( ) = 166,51 Ω
234,5 + 70
2
𝑃1𝑃𝐶,𝑡𝑖 = 𝑅1𝑃𝐶,𝑡𝑖 ∙ 𝐼1𝑃𝐶 = 166,51 ∙ 2,32 = 880,83 W

3) Os terminais de alta tensão de um banco de transformadores monofásicos estão


ligados a um sistema trifásico com tensão de 69 kV. Os terminais da baixa tensão
deste banco estão ligados a uma subestação de 3 MVA por uma linha trifásica de
tensão de 13,8 kV. Especificar os valores das tensões e das correntes de linha e
de fase, em ambos os lados e cada um dos transformadores monofásicos do banco,
diante das seguintes combinações de ligações nele adotadas:

Enrolamentos de alta tensão ligados em Y e de baixa tensão ligados em Δ.

a) Tensão de linha do lado de alta tensão, VL,AT.


b) Tensão de fase do lado de alta tensão, VF,AT.
c) Corrente de linha do lado de alta tensão, IL,AT.
d) Corrente de fase do lado de alta tensão, IF,AT.
e) Tensão de linha do lado de baixa tensão, VL,BT.
f) Tensão de fase do lado de baixa tensão, VF,BT.
g) Corrente de linha do lado de baixa tensão, IL,BT.
h) Corrente de fase do lado de baixa tensão, IF,BT.

𝑉𝐿,𝐴𝑇 = 69 𝑘𝑉

𝑉𝐿,𝐴𝑇 69
𝑉𝐹,𝐴𝑇 = = = 39,83 𝑘𝑉
√3 √3

𝑆𝑁𝑂𝑀 3 ∙ 106
𝐼𝐿,𝐴𝑇 = 𝐼𝐹,𝐴𝑇 = = = 25,1 𝐴
√3 ∙ 𝑉𝐿,𝐴𝑇 √3 ∙ 69 ∙ 103

𝑉𝐿,𝐵𝑇 = 𝑉𝐹,𝐵𝑇 = 13,8 𝑘𝑉

𝑆𝑁𝑂𝑀 3 ∙ 106
𝐼𝐿,𝐵𝑇 = = = 125,51 𝐴
√3 ∙ 𝑉𝐿,𝐵𝑇 √3 ∙ 13,8 ∙ 103

𝐼𝐿,𝐵𝑇 125,51
𝐼𝐹,𝐵𝑇 = = = 72,46 𝐴
√3 √3

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Enrolamentos de alta tensão ligados em Δ e de baixa tensão ligados em Y.

i) Tensão de linha do lado de alta tensão, VL,AT.


j) Tensão de fase do lado de alta tensão, VF,AT.
k) Corrente de linha do lado de alta tensão, IL,AT.
l) Corrente de fase do lado de alta tensão, IF,AT.
m) Tensão de linha do lado de baixa tensão, VL,BT.
n) Tensão de fase do lado de baixa tensão, VF,BT.
o) Corrente de linha do lado de baixa tensão, IL,BT.
p) Corrente de fase do lado de baixa tensão, IF,BT.

𝑉𝐿,𝐴𝑇 = 𝑉𝐹,𝐴𝑇 = 69 𝑘𝑉

𝑆𝑁𝑂𝑀 3 ∙ 106
𝐼𝐿,𝐴𝑇 = = = 25,1 𝐴
√3 ∙ 𝑉𝐿,𝐴𝑇 √3 ∙ 69 ∙ 103

𝐼𝐿,𝐴𝑇 25,1
𝐼𝐹,𝐴𝑇 = = = 14,49 𝐴
√3 √3

𝑉𝐿,𝐵𝑇 = 13,8 𝑘𝑉

𝑉𝐿,𝐵𝑇 13,8 ∙ 103


𝑉𝐹,𝐵𝑇 = = = 7,96 𝑘𝑉
√3 √3
𝑆𝑁𝑂𝑀 3 ∙ 106
𝐼𝐿,𝐵𝑇 = 𝐼𝐹,𝐵𝑇 = = = 125,51 𝐴
√3 ∙ 𝑉𝐿,𝐵𝑇 √3 ∙ 13,8 ∙ 103

4) Em sistemas de potência, a tensão gerada tem seu valor elevado para a


interligação com o sistema elétrico, transmitida em tensões maiores do que as
geradas, e posteriormente rebaixadas para o uso dos consumidores. Entretanto,
entre a elevação e o rebaixamento da tensão, pode haver grandes consumidores
que devem ser atendidos em alta tensão. Um exemplo disso é o circuito da figura
a seguir onde a carga B possui uma potência de 8 MVA, com fator de potência de
0,98 capacitivo, a carga C possui uma potência de 10 MVA, com fator de potência
de 0,87 indutivo, e a carga A possui uma potência de 5 MVA, com fator de potência
de 0,99 indutivo.

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Com base nestas informações, determine o valor da potência aparente trifásica


fornecida pelo gerador e o fator de potência com que ele opera.

𝑆𝐴 5 ∙ 106
𝐼𝐴 = = = 41,83 𝐴
√3 ∙ 𝑉𝐴 √3 ∙ 69 ∙ 103

cos 𝜃𝐴 = 0,99 → 𝜃𝐴 = arccos 0,99 = 8,10º

𝐼̅𝐴 = 41,83∡ − 8,10º 𝐴

√3 ∙ 289
𝐾𝑇𝑅2 = = 7,25
69

𝐼𝐴 41,83
𝐼𝐴′ = = = 5,76 𝐴 → 𝐼̅𝐴′ = 5,76∡ − 8,10º 𝐴
𝐾𝑇𝑅2 7,254

𝑆𝐵 8 ∙ 106
𝐼𝐵 = = = 9,22 𝐴
√3 ∙ 𝑉𝐵 √3 ∙ √3 ∙ 289 ∙ 103

cos 𝜃𝐵 = 0,98 → 𝜃𝐵 = arccos 0,98 = 11,47º

𝐼̅𝐵 = 9,22∡11,47º 𝐴

𝑆𝐶 10 ∙ 106
𝐼𝐶 = = = 11,53 𝐴
√3 ∙ 𝑉𝐶 √3 ∙ √3 ∙ 289 ∙ 103

cos 𝜃𝐶 = 0,87 → 𝜃𝐶 = arccos 0,87 = 29,54º

𝐼̅𝐶 = 11,53∡ − 29,54º 𝐴

𝐼̅𝐷 = 𝐼̅𝐴′ + 𝐼̅𝐵 + 𝐼̅𝐶 = 5,76∡ − 8,10º + 9,22∡11,47º + 11,53∡ − 29,54º

𝐼̅𝐷 = 25,20∡ − 10,66º 𝐴

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√3 ∙ 289
𝐾𝑇𝑅1 = = 23,83
21

𝐼𝐸 = 𝐾𝑇𝑅1 ∙ 𝐼𝐷 = 23,83 ∙ 25,20 = 600,51 𝐴

𝐼̅𝐸 = 600,51∡ − 10,66º 𝐴

𝑆𝐺 = √3 ∙ 𝑉𝐺 ∙ 𝐼𝐸 = √3 ∙ 21 ∙ 103 ∙ 600,51 = 21,8 𝑀𝑉𝐴

cos 𝜃𝐺 = cos 10,56º = 0,98

5) Um motor de indução trifásico, de 8 polos, 60 Hz, 2300 V, gira em vazio com a


tensão e frequência nominais, e solicita uma corrente de 18 A e uma potência de
entrada de 12kW, dos quais 15% são perdas mecânicas. O estator está conectado
em Y e sua resistência é de 0,5 Ω. A resistência do rotor, r2’, é 0,3 Ω por fase.
Também, x1 = x2’ = 0,75 Ω por fase. O motor gira com um escorregamento de 2,5%
quando está entregando potência a carga. Para esta condição, determine o torque
desenvolvido na saída do motor.

𝑉̅1 2300∡0º
√3 √3
𝐼̅2′ = ′ = = 105,47∡ − 6,84º 𝐴
𝑟2 ′ 0,3
𝑟1 + 𝑠 + 𝑗(𝑥1 + 𝑥2 ) 0,5 + + 𝑗(0,75 + 0,75)
0,025

2 𝑟2′ 0,3
𝑃𝐺 = 𝑞 ∙ 𝐼2′ ∙ = 3 ∙ 105,472 ∙ = 400,46 𝑘𝑊
𝑠 0,025

𝑃𝑀 = 𝑃𝐺 (1 − 𝑠) = 400,46 ∙ 103 (1 − 0,025) = 390,48 𝑘𝑊

𝑃𝑆 = 𝑃𝑀 − 𝑃𝑅𝑂𝑇 = 390,48 ∙ 103 − 12 ∙ 103 ∙ 0,15 = 388,68 𝑘𝑊

120 ∙ 𝑓 120 ∙ 60
𝑛𝑆 = = = 900 𝑟𝑝𝑚
𝑝 8

𝑛𝑠 − 𝑛 900 − 𝑛
𝑠= → 0,025 = → 𝑛 = 877,5 𝑟𝑝𝑚
𝑛𝑠 900

2𝜋𝑛 2 ∙ 𝜋 ∙ 877,5
𝜔𝑚 = = = 91,89 𝑟𝑎𝑑/𝑠
60 60
𝑃𝑆 388,68 ∙ 103
𝑇𝑆 = = = 4229,84 𝑁𝑚
𝜔𝑚 91,89

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6) O circuito equivalente de um motor de indução trifásico pode ser utilizado para


determinar características de operação do motor. Conhecendo o valor dos
parâmetros do circuito equivalente, é possível determinar a corrente absorvida da
fonte e o fator de potência da entrada, e também o rendimento do motor, com o
auxílio do conhecimento dos valores das potências internas. Com base neste
contexto, considere um motor de indução, conectado em Y, de seis polos, 20 HP,
220 V, 60 Hz, que possui os seguintes parâmetros, por fase: r1 = 0,18 Ω, r2’ = 0,11
Ω, x1 + x2’ = 0,543 Ω, rc = 200 Ω e xc = 12 Ω. As perdas rotacionais são iguais as
perdas no núcleo do estator. (Adaptado de DEL TORO, Vincent. Fundamentos de
Máquinas Elétricas, 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994). Para um escorregamento
de 4% determine:

a) A potência de entrada do motor.

𝑉̅1 220∡0º
√3 √3
𝐼̅2′ = ′ = = 42,61∡ − 10,49º 𝐴
𝑟2 ′ 0,11
𝑟1 + 𝑠 + 𝑗(𝑥1 + 𝑥2 ) 0,18 + + 𝑗(0,543)
0,04
𝑟𝐶 ∙ 𝑗𝑥𝐶 200 ∙ 𝑗12
𝑧𝐶 = = = 11,97∡86,56º Ω
𝑟𝐶 + 𝑗𝑥𝐶 200 + 𝑗12

𝑉̅1 220∡0º
𝐼̅𝐶 = √3 = √3 = 10,60∡ − 86,56º 𝐴
𝑧𝐶 11,97∡86,56º

𝐼̅1 = 𝐼̅2′ + 𝐼̅𝐶 = 42,61∡ − 10,49º + 10,60∡ − 86,56º = 46,31∡ − 23,32º 𝐴

cos 𝜃1 = cos 23,32 º = 0,918

𝑃1 = √3 ∙ 𝑉1 ∙ 𝐼1 ∙ cos 𝜃1 = √3 ∙ 220 ∙ 46,31 ∙ 0,918 = 16,2 𝑘𝑊

b) O rendimento do motor.
𝑉̅1 220∡0º
𝐼𝑟𝑐 = √3 = √3 = 0,635 𝐴
̅̅̅
𝑟𝐶 200

𝑃𝐶 = 3 ∙ 𝐼𝑟2𝐶 ∙ 𝑟𝐶 = 3 ∙ 0,6352 ∙ 200 = 241,93 𝑊

𝑃𝑅𝑂𝑇 = 241,93 𝑊

2 𝑟2′ 0,11
𝑃𝐺 = 𝑞 ∙ 𝐼2′ ∙ = 3 ∙ 42,612 ∙ = 14978,8 𝑊
𝑠 0,04

𝑃𝑀 = 𝑃𝐺 (1 − 𝑠) = 14978,8(1 − 0,04) = 14379,64𝑊

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𝑃𝑆 = 𝑃𝑀 − 𝑃𝑅𝑂𝑇 = 14379,64 − 241,93 = 14137,71 𝑘𝑊

𝑃𝑆 14137,71
𝜂(%) = = = 87,2 %
𝑃1 16200

c) As perdas no cobre do rotor e do estator.

𝑃𝐶𝑈1 = 3 ∙ 𝐼12 ∙ 𝑟1 = 3 ∙ 46,312 ∙ 0,18 = 1158,1 𝑊

𝑃𝐶𝑈2 = 𝑠 ∙ 𝑃𝐺 = 0,04 ∙ 14978,8 = 599,15 𝑊

d) O torque necessário para suprir as perdas rotacionais.

120 ∙ 𝑓 120 ∙ 60
𝑛𝑆 = = = 1200 𝑟𝑝𝑚
𝑝 6

2𝜋𝑛 2 ∙ 𝜋 ∙ 1200
𝜔𝑠 = = = 125,66 𝑟𝑎𝑑/𝑠
60 60
𝑃𝐺 14978,8
𝑇𝑅 = = = 119,2 𝑁𝑚
𝜔𝑠 125,66

𝑛𝑠 − 𝑛 1200 − 𝑛
𝑠= → 0,04 = → 𝑛 = 1152 𝑟𝑝𝑚
𝑛𝑠 1200

2𝜋𝑛 2 ∙ 𝜋 ∙ 1152
𝜔𝑚 = = = 120,63 𝑟𝑎𝑑/𝑠
60 60
𝑃𝑆 14137,71
𝑇𝑆 = = = 117,2 𝑁𝑚
𝜔𝑚 120,63

𝑇𝑅𝑂𝑇 = 𝑇𝑅 − 𝑇𝑆 = 119,2 − 117,2 = 2 𝑁𝑚

7) Um gerador síncrono de polos salientes, trifásico, conectado em Y, 220 V, 5 kVA,


é empregado para fornecer potência a uma carga com fator de potência de 0,8
adiantado. Por meio de um teste de escorregamento, a reatância síncrona de eixo
direto é determinada como sendo 12 Ω e a reatância de eixo em quadratura, 7 Ω.
Considere que a corrente nominal é entregue à carga na tensão nominal e que a
resistência de armadura é desprezível. (DEL TORO, Vincent. Fundamentos de
Máquinas Elétricas, 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994).
Com base nas informações do texto determinar a tensão de excitação do gerador.

𝑉𝑁𝑂𝑀 220
𝑉𝑡 = = = 127 𝑉
√3 √3

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𝑆𝑁𝑂𝑀 5000
𝐼𝑎 = = = 13,12 𝐴
√3 ∙ 𝑉𝑁𝑂𝑀 √3 ∙ 220
𝑉𝑡 ∙ sen 𝜃2 + 𝐼𝑎 ∙ 𝑥𝑞 127 ∙ sen(−36,86º) + 13,12 ∙ 7
𝜓 = tan−1 = tan−1 = 8,75º
𝑉𝑡 ∙ cos 𝜃2 127 ∙ cos(−36,86º)

𝛿 = 𝜓 − 𝜃2 = 8,75º − (−36,86º) → 𝛿 = 45,61º

𝐼̅𝑞 = 𝐼𝑎 ∙ cos 𝜓 ∡𝛿 = 13,12 ∙ cos 8,75º ∡45,61º = 12,96∡45,61º 𝐴

𝐼̅𝑑 = 𝐼𝑎 ∙ sen 𝜓 ∡(𝛿 − 90°)

𝐼̅𝑑 = 13,12 ∙ sen 8,75º ∡(45,61º − 90°)

𝐼̅𝑑 = 2∡ − 44,39º 𝐴

̅̅̅
𝐸𝑓 = 𝑉̅𝑡 + 𝑗𝑥𝑞 𝐼̅𝑞 + 𝑗𝑥𝑑 𝐼̅𝑑

̅̅̅
𝐸𝑓 = 127∡0º + 𝑗7 ∙ 12,96∡45,61º + 𝑗12 ∙ 2∡ − 44,39º

̅̅̅
𝐸𝑓 = 112,84∡45,61º 𝑉

8) Um gerador síncrono de polos lisos, trifásico conectado em Y, 14000V,


40000kVA, tem resistência de armadura desprezível e uma reatância de dispersão
de 0,1 Ω por fase. Outros dados pertinentes são os seguintes.

Característica de curto-circuito: Ia = 7If


Linha do entreferro, em volts por fase: E = 33If
Característica de circuito aberto, por fase: E = 21300If / (430+If)

A equação para característica de circuito aberto não é válida para valores de If


próximos da origem. Para uma tensão terminal constante de 14000V de linha,
calcule a variação do módulo da corrente de campo, de em vazio a plena carga,
para uma carga com fator de potência de 0,8 indutivo. Use o método geral de
análise não-linear (DEL TORO, Vincent. Fundamentos de Máquinas Elétricas, 1.
ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994). Recomenda-se utilizar três casas decimais nos
cálculos.

𝑉𝑁𝑂𝑀 14000
𝑉𝑡 = = = 8082,9 𝑉
√3 √3

𝑆𝑁𝑂𝑀 40000 ∙ 103


𝐼𝑎 = = = 1649,57 𝐴
√3 ∙ 𝑉𝑁𝑂𝑀 √3 ∙ 14000

Com o gerador a vazio tem-se que

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𝐸𝑎 ∡𝛾 = 𝑉𝑡 ∡0° + 𝐼𝑎 ∡𝜃2 ∙ (𝑟𝑎 + 𝑗𝑥1 )

𝐸𝑎 ∡𝛾 = 8082,9∡0° + 0∡ − 36,86° ∙ (𝑗0,1)

𝐸𝑎 ∡𝛾 = 8082,9∡0° 𝑉

Da equação característica de circuito aberto tem-se que

21300𝐼𝑓 21300𝐹0
𝐸= → 𝐸𝑎 =
430 + 𝐼𝑓 430 + 𝐹0

430𝐸𝑎 430 ∙ 8082,9


𝐹0 = = = 262,96 𝐴
21300 − 𝐸𝑎 21300 − 8082,9

À plena carga tem-se que

𝐸𝑎 ∡𝛾 = 𝑉𝑡 ∡0° + 𝐼𝑎 ∡𝜃2 ∙ (𝑟𝑎 + 𝑗𝑥1 )

𝐸𝑎 ∡𝛾 = 8082,9∡0° + 1649,57∡ − 36,86° ∙ (𝑗0,1)

𝐸𝑎 ∡𝛾 = 8182,9∡0,924° 𝑉

Da equação característica de circuito aberto tem-se que

21300𝐼𝑓 21300𝑅
𝐸= → 𝐸𝑎 =
430 + 𝐼𝑓 430 + 𝑅

430𝐸𝑎 430 ∙ 8182,9


𝑅= = = 268,24 𝐴
21300 − 𝐸𝑎 21300 − 8182,9

𝑅̅ = 𝑅∡(90° + 𝛾) = 268,24∡(90° + 0,924°) = 268,24∡90,924° 𝐴 𝑐. 𝑒.

Da reta de curto circuito tem-se que

𝐼𝑎 1649,57
𝐼𝑎 = 7𝐼𝑓 → 𝐼𝑎 = 7𝐴 → 𝐴 = = = 235,65 𝐴 𝑐. 𝑒.
7 7
𝐹̅ = 𝑅̅ − 𝐴̅ = 268,24,5∡90,92° − 235,65∡ − 36,86º = 452,66∡115,21° 𝐴 𝑐. 𝑒.

Assim, a variação do módulo da corrente de campo é dada por

Δ𝐹 = 𝐹 − 𝐹0 = 452,66 − 262,96 = 189,64 𝐴

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9) O motor de corrente contínua série nunca deve ser energizado com tensão
nominal sem carga aplicada ao eixo. Isso porque o fluxo magnético gerado no
enrolamento de campo série é muito pequeno, o que fará com que a armadura do
motor atinja velocidades muito acima da nominal. Sendo assim, considere um motor
série de 100 HP, 300 V, 1200 rpm solicita uma corrente da rede de 120 A, para
saída nominal. As resistências dos enrolamentos de armadura e de campo série
são de 0,12 Ω e 0,09 Ω, respectivamente. (Adaptado de DEL TORO,
Vincent. Fundamentos de Máquinas Elétricas, 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994).
Determine a redução percentual do torque desenvolvido na armadura do motor, e
a elevação percentual da velocidade da armadura, quando a corrente da armadura
é reduzida para 82 A.

𝐸 = 𝑉𝑡 − 𝐼𝑎 (𝑟𝑎 + 𝑟𝑠 ) = 300 − 120(0,12 + 0,09) = 274,8 𝑉

2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑛 2 ∙ 𝜋 ∙ 1200
𝜔𝑚 = = = 125,66 𝑟𝑎𝑑/𝑠
60 60
𝐸 ∙ 𝐼𝑎 274,8 ∙ 120
𝑇= = = 262,42 𝑁𝑚
𝜔𝑚 125,66

𝐸 ′ = 𝑉𝑡 − 𝐼𝑎′ (𝑟𝑎 + 𝑟𝑠 ) = 300 − 82(0,12 + 0,09) = 282,78 𝑉

𝐸 ′ 𝑘3 ∙ 𝜙𝑆′ ∙ 𝑛′ 𝑘3 ∙ 𝑘𝑆 ∙ 𝐼𝑎′ ∙ 𝑛′ 𝐸 ′ 𝐼𝑎′ ∙ 𝑛′


= = → = →
𝐸 𝑘3 ∙ 𝜙𝑆 ∙ 𝑛 𝑘3 ∙ 𝑘𝑆 ∙ 𝐼𝑎 ∙ 𝑛 𝐸 𝐼𝑎 ∙ 𝑛

𝐸 ′ ∙ 𝐼𝑎 ∙ 𝑛 282,78 ∙ 120 ∙ 1200


→ 𝑛′ = = = 1807,09 𝑟𝑝𝑚
𝐸 ∙ 𝐼𝑎′ 274,8 ∙ 82


2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑛′ 2 ∙ 𝜋 ∙ 1807,09
𝜔𝑚 = = = 189,23 𝑟𝑎𝑑/𝑠
60 60


𝐸 ′ ∙ 𝐼𝑎′ 282,78 ∙ 82
𝑇 = ′
= = 122,53 𝑁𝑚
𝜔𝑚 189,23

𝑇′ 122,53
Δ𝑇(%) = (1 − ) × 100 = (1 − ) × 100 = 53,30%
𝑇 262,42

𝑛′ 1807,09
Δ𝑛(%) = ( − 1) × 100 = ( − 1) × 100 = 50,59%
𝑛 1200

10) Um motor em derivação de 10 HP, 200 V, 1350 rpm, tem uma resistência de
armadura de 0,16 Ω. Em determinada condição de operação, o motor absorve da
fonte de alimentação 8 kW. O enrolamento de campo tem uma resistência de 80 Ω.
Desprezando o efeito da desmagnetização da força magneto matriz da armadura,

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determine a velocidade do motor, quando o motor desenvolve um torque de 27 Nm.


(Adaptado de DEL TORO, Vincent. Fundamentos de Máquinas Elétricas, 1. ed.
Rio de Janeiro: LTC, 1994).

𝑃𝑡 8000
𝐼𝐿 = = = 40 𝐴
𝑉𝑡 200

𝑉𝑡 200
𝐼𝑓 = = = 2,5 𝐴
𝑟𝑓 80

𝐼𝑎 = 𝐼𝐿 − 𝐼𝑓 = 40 − 2,5 = 37,5 𝐴

𝐸 = 𝑉𝑡 − 𝑟𝑎 𝐼𝑎 = 200 − 0,16 ∙ 37,5 = 194 𝑉

2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑛 2 ∙ 𝜋 ∙ 1350
𝜔𝑚 = = = 141,37 𝑟𝑎𝑑/𝑠
60 60
𝐸 ∙ 𝐼𝑎 194 ∙ 37,5
𝑇= = = 51,46 𝑁𝑚
𝜔𝑚 141,37

𝑇′ 𝑇 𝑇 ′ ∙ 𝐼𝑎 27 ∙ 37,5
= ′ → 𝐼𝑎′ = = = 19,675 𝐴
𝐼𝑎 𝐼𝑎 𝑇 51,46

𝐸 ′ = 𝑉𝑡 − 𝑟𝑎 𝐼𝑎′ = 200 − 0,16 ∙ 19,675 = 196,852 𝑉

𝐸 ′ ∙ 𝑛 196,852 ∙ 1350
𝑛′ = = = 1369,84 𝑟𝑝𝑚
𝐸 194

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