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ESCOLA TÉCNICA ARIANO VILLAR SUASSUNA

ALUNO(S): Preenchimento Obrigatório

PROFESSOR: RODRIGO CÉSAR TURMA:


Preenchimento Obrigatório

LOGÍSTICA REVERSA
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Política dos 5 R’s

A preservação de recursos naturais e a redução do impacto das atividades humanas têm sido
pautas cada vez mais frequentes, sejam nas esferas governamental, corporativa ou na sociedade.
Isso se dá, principalmente, em decorrência aos problemas ambientais gerados pela produção e
consumo de produtos e serviços de forma desenfreada e ausência de políticas práticas que
possam inibir a degradação do meio ambiente. Nesse contexto, o equilíbrio entre eficiência
econômica e ambiental é a chave na busca pela reputação valorizada no mercado, através de
diversos mecanismos que visam resultar em práticas sustentáveis das empresas: economia
circular, logística reversa, reciclagem, tratamento de resíduos, política de redução ou zero waste,
entre outros. O movimento Zero Waste (desperdício zero, em inglês) é uma iniciativa em prol
de uma sociedade com menos desperdício e persegue, em última instância, a conscientização
ambiental por meio de ações que incentivem a construção de ciclos naturais
sustentáveis. Inicialmente surgido na década de 1970 e consolidado nos anos seguintes pela Zero
Waste International Alliance (ZWIA), o projeto tem como principal temática o lixo e a redução de
resíduos. O objetivo é evitar que os resíduos terminem sendo incinerados ou mandados para
aterros sanitários.

O QUE É A POLÍTICA DOS 5 RS: ENTENDA SEUS PRINCÍPIOS

O consumo exagerado, o desperdício de recursos naturais e as práticas adotadas em relação ao


tratamento e reutilização dos resíduos têm feito instituições do mundo todo desenvolverem ações
de reflexão sobre valores e hábitos da própria companhia e de seus colaboradores. Os 5Rs
fazem parte de um processo de conscientização sobre a importância de mudanças sobre o
consumo exagerado e desperdício. Essa indicação se diferencia da política dos 3 Rs na medida
em que, ao invés de focar somente na reciclagem, apresenta uma reflexão crítica a respeito do
consumismo. A parir de agora, vamos focar no conceito 5Rs que visa reduzir o impacto ambiental
através de 5 ações: Repensar, Reduzir, Recusar, Reutilizar e Reciclar

1 R – Repensar: O primeiro “R” refere-se à reflexão sobre os processos estratégicos,


operacionais e produtivos. Repensar significa analisar se o que uma organização está comprando
é realmente necessário para a operação, quais são os desperdícios que podem ser minimizados,
se existe uma ação de reaproveitamento implantada e quais estratégias podem ser desenvolvidas
para reduzir o consumo. É preciso reavaliar o comportamento da organização, desde os
processos produtivos até a distribuição, entendendo em quais atitudes cabe uma mudança do
ponto de vista da responsabilidade ambiental.
2 R – Recusar: No âmbito de recusar, entra uma avaliação mais apurada dos parceiros. Não
aceitar produtos ou serviços que, de alguma forma, impactam o meio ambiente de forma negativa
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é o fundamento de recusar. Na prática, isso significa que a empresa deve dar preferência a
métodos, itens e serviços que não agridam à natureza, considerando todas as suas esferas (solo,
ar, água, fauna e flora). Especificamente no tratamento de efluentes, essa diretriz se enquadra em
rejeitar parceiros que tomam atitudes irregulares, como o descarte inadequado de rejeitos pós
tratamento. Isso, inclusive, gera um problema para a organização, visto que, mesmo após o
encaminhamento do resíduos para estações externas, a empresa geradora pode ser indiciada por
corresponsabilidade.
3 R – Reduzir: Como o nome sugere, este R diz respeito à redução do consumo e geração de
resíduos. Isso se refere tanto à identificação do desperdício na operação, quanto no
reconhecimento de melhorias que elevem a eficiência e preservem o meio ambiente. A ação de
reduzir também é a segunda prioridade da Política Nacional de Resíduos Sólidos para a gestão do
lixo. Em resumo, consiste em buscar diminuir o máximo possível a geração de resíduos, buscando
prevenir desperdícios. Para colocar o conceito em prática, é necessário um entendimento da
cadeia de produção identificando desvios que geram desperdícios e os motivos pelos quais o
resíduo é gerado. Posteriormente, toma-se um plano de ação para a redução.
4 R – Reutilizar: A reutilização, além de ser uma prática sustentável, pode trazer economia de
custos para a empresa. Reutilizar recursos é um dos princípios chave de uma política dos 5 Rs
bem implementada. Afinal, ao incorporar políticas de reaproveitamento, automaticamente as
organizações já estarão colaborando com o objetivo de reduzir o consumo e o desperdício. Um
exemplo de ação que pode ser inserida é o reúso de água que vem ganhando destaque em
empresas dos setores industrial e urbano. Com os avanços nas tecnologias de tratamento de
efluentes, mediante a instalação de um sistema de reúso, a água passa por um processo de
purificação e tratamento especializado, alcançando parâmetros de qualidade estabelecidos pela
legislação brasileira, que torna o recurso útil para fins menos nobres. Além da contribuição com o
meio ambiente, uma indústria de médio porte que tem um sistema como esse, pode chegar
a reduzir em até 50% a dependência de água potável, gerando uma grande queda no valor da sua
conta de consumo.
5 R – Reciclar: Por fim, porém não menos importante, o último “R” é pautado na reciclagem.
Conceito já conhecido por muitos, a reciclagem é um processo de transformação de materiais que
tem potencial de voltar ao seu estado original ou se transformar em outro produto de valor
agregado. Na prática, cabe às empresas buscarem formas de reciclar seus resíduos sólidos
diminuindo ao máximo a geração de lixo que pode se tornar um problema para o planeta se
descartado inadequadamente. Acima do benefício ao meio ambiente, o ato de reciclar também
contribui para o desenvolvimento social gerando trabalho e renda para milhares de pessoas.

Por que adotar os 5 Rs?

A política dos 5 Rs traz ganhos para a organização como um todo, tendo como motivo para adotá-
la:

Reputação com aumento na percepção de valor: Segundo um levantamento feito pela


Economist Intelligence Unit (EIU), a pedido da WWF, as pesquisas na internet por produtos
sustentáveis tiveram crescimento de 71% nos últimos cinco anos. Isso significa que empresas que

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investem em responsabilidade ambiental se destacam junto a um mercado e consumidores cada
vez mais conscientes.
Valorização com práticas sustentáveis: Cada vez mais as empresas buscam se associar às
organizações comprometidas com causas ambientais, sociais e que desenvolvem boas práticas
na gestão empresarial, aumentando a percepção de valor e satisfação em seu ecossistema.
Gestão de riscos: Empresas trabalham instantaneamente na prevenção de riscos em diversas
áreas: reputação de imagem, vendas com a captação de novos negócios e retenção de clientes,
fuga de investimentos, além de riscos regulatórios.

OS FLUXOS REVERSOS DOS PRODUTOS

Os impactos que afetam o meio ambiente causados pelo aumento dos fluxos reversos nas
operações logísticas, relacionados com erros nos processos de produção, avarias, descarte de
materiais e embalagens reutilizáveis, cresceram significativamente nos últimos anos, tanto no
Brasil como em outros países. Toda a dinâmica do processo de Logística Reversa é realizada por
um conjunto de atividades que uma empresa realiza tanto na etapa de coletar, separar, embalar e
expedir itens usados, danificados ou obsoletos, dos pontos de consumo até os locais de
reprocessamento, revenda ou descarte.

Leite (2003) classifica a Logística Reversa em dois tipos:

● A logística de pós-consumo.
● A logística de pós-venda.

LOGÍSTICA REVERSA PÓS-CONSUMO

A grande preocupação da Logística Reversa está nos processos e caminhos percorridos por bens
ou por seus materiais constituintes, após o término de sua vida útil. Esses bens ou seus materiais
transformam-se em produtos chamados de pós-consumo, e podem ser enviados a destinos finais
de diversas maneiras, seja através da incineração, enviados aos aterros sanitários, ou retornar ao
ciclo produtivo por meio de desmanche, reciclagem ou reuso. Conforme Leite (2003), a Logística
Reversa de pós-consumo tem por objetivo fazer com que os resíduos reaproveitáveis retornem à
sua origem de modo eficiente e com baixo custo, de forma a serem reciclados sob as mais
diversas formas. A vida útil de qualquer bem sempre será definida pelo tempo, desde a sua
produção até o momento em que a pessoa que o adquiriu se desfaça dele, podendo este ser
classificado em três categorias: bens descartáveis, secundários e duráveis.

● Bens descartáveis: apresentam vida útil de média de algumas semanas, raramente superior a
seis meses. Sendo estes produtos de embalagens, brinquedos, materiais para escritórios,
suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos, revistas, entre outros.

● Bens secundários: apresentam duração de vida útil de alguns meses, raramente


características de bens duráveis ou descartáveis. São os bens como baterias de veículos, óleo
lubrificante, baterias de celular, computadores, revistas especializadas, entre outros.

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● Bens duráveis: apresentam vida útil variando de alguns anos a algumas décadas, e
constituem-se de bens produzidos para a satisfação da vida social e incluem bens de capital em
geral. Podemos classificar nesta categoria: os automóveis, motos, bicicletas, eletrodomésticos,
eletrônicos, edifícios, aviões, entre outros.

LOGÍSTICA REVERSA PÓS-VENDA

A Logística Reversa de pós-venda é a área de Logística Reversa que trata do planejamento,


operação e controle do fluxo físico e das informações correspondentes aos bens de pós-venda,
sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam à cadeia de distribuição.
Conforme Leite (2009), a Logística Reversa de pós-venda tem como objetivo estratégico agregar
valor a um produto logístico que é devolvido por razões comerciais: erros no processamento de
pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento no produto, avarias
no transporte, entre outros motivos. A Logística Reversa pós-venda é uma questão estratégica de
manutenção de imagem e de marca junto ao mercado consumidor, e em cumprimento às
cláusulas previstas no Código de Defesa do Consumidor. Ela ocorre em funções que vão desde
erros de pedidos, defeitos de fabricação, excessos de estoque, reparos, revisão, e ainda
abrangem a contaminação por falha de embalagem e se dão de duas formas principais:

● Up-grade: necessidade de revitalização do produto;


● Recall: quando detectado algum defeito antes da venda ao consumidor final, redistribuição para
readequação dos níveis de estoque, revenda na impossibilidade de devolução, devoluções de
embalagens reutilizáveis, entre outros.

IMPACTOS AMBIENTAIS

Os impactos ambientais, provocados na movimentação de materiais, projetos, embalagem dos


produtos, descartes indevidos, são significativos. Por isso, a preocupação da maioria das
empresas é crescente, principalmente com relação à reciclagem dos produtos e dos materiais,
provocando novos desafios aos projetistas de sistemas, que serão afetados pela necessidade de
assegurar que a logística tenha uma função ecologicamente correta.

No Brasil, os canais reversos não são muito eficientes, em função do pequeno volume atual de
retornos das fábricas ser concebido e localizado em função da matéria-prima virgem (proximidade
e custos), das transportadoras pouco profissionais, dos fretes elevados devido aos baixos
volumes. Podemos afirmar que no mundo de hoje, o nosso relacionamento com o meio ambiente
tem melhorado significativamente, visto as divulgações, estudos e, principalmente, a
conscientização para as pessoas de todos os níveis e idades, realizada em escolas,
universidades, empresas, e pelo fato de que o próprio governo tem realizado campanhas na
mídia, sobre a necessidade e importância de cuidarmos do meio ambiente e quais as
consequências que podemos sofrer. Porém, alguns países e algumas pessoas insistem em não
respeitar o meio ambiente, depositando, nas calçadas, móveis e eletrodomésticos, ou jogando-os
às margens de rios e encostas.

O mesmo acontece com sacolas de lixo que, ao invés de serem depositadas em local para o seu
recolhimento, são jogadas nas calçadas, rios e ribeirões. O resultado deste descaso se repete
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diariamente e pode ser observado no noticiário, onde, em cidades com chuva intensa, os bueiros,
rios, córregos, calçadas, ficam congestionados por sacolas de lixo, garrafas de plástico, móveis e
tantos outros dejetos que jamais poderiam ser depositados nesses locais, acarretando
alagamentos, poluindo os nossos rios com entulhos e contribuindo para os impactos ambientais.

MAS AFINAL, O QUE É IMPACTO AMBIENTAL?

Todo impacto ambiental é um desequilíbrio provocado pelo homem em relação ao meio ambiente.
Em outras palavras, é um descaso e desrespeito com o meio ambiente, como, por exemplo, os
desmatamentos, as queimadas, o abandono de materiais tóxicos em rios e áreas abertas, o
abandono de plásticos, pneus, eletrodomésticos e tantos outros materiais. O impacto ambiental
surgiu a partir da evolução humana, ou seja, no momento em que o homem começou a evoluir em
seu modo de vida.

Nos primórdios da humanidade, o homem mantinha uma relação de submissão com o meio
ambiente. Conforme os fatos relacionados pela história da humanidade, conta-se que, com o
passar do tempo, o homem descobriu o fogo, mas o impacto gerado por este era irrelevante para
a natureza; depois passaram a cultivar alimentos e criar animais, com isso o impacto ambiental
começou a aumentar gradativamente. Pela Resolução n° 01/86 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) no artigo 1º, o impacto ambiental é considerado como qualquer alteração
das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:

 A saúde, a segurança e o bem-estar da população.


 As atividades sociais e econômicas.
 A biota.
 As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente.
 A qualidade dos recursos ambientais.

Como o mundo está se adaptando à consciência ambiental?

Educação e conscientização são fatores que orientam a população a tomar decisões mais
responsáveis e compreender a importância de abordar com frequência assuntos relativos
aos impactos ambientais. Além disso, podem incentivar mudanças de atitudes, que sejam mais
benéficas para o ecossistema. Por isso, falar de consciência ambiental, ou consciência
ecológica para alguns, é tão importante atualmente. Ter consciência ambiental é compreender
que fazemos parte de todo o meio e perceber que as agressões à natureza, na verdade, refletem
em nossa própria vida. Essa consciência ecológica deve ser uma aprendizagem contínua ao longo
da vida, enfatizando a complexidade das problemáticas ambientais e o uso de abordagens
educacionais acessíveis para a sociedade inteira. consciência ambiental também é vista como
um elemento essencial em resposta às mudanças climáticas, envolvendo pautas
como desenvolvimento sustentável, aquecimento global, pegada de carbono, energia renovável e
até mesmo mobilidade urbana. Por isso, a participação ativa da sociedade e do governo, e a
responsabilidade individual e coletiva pelo meio ambiente são realmente necessárias.
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LOGÍSTICA REVERSA X CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

A logística reversa é um conceito fundamental para a conscientização ambiental e a gestão


sustentável de recursos. Ela se refere ao processo de coleta, transporte, reciclagem, tratamento e
disposição adequada de produtos, materiais e resíduos após seu uso, a fim de reduzir o impacto
ambiental e promover a reutilização de recursos. A relação entre logística reversa e consciência
ambiental é intrínseca e crucial por várias razões:

1. Redução de resíduos: A logística reversa visa minimizar a quantidade de resíduos que


acabam em aterros sanitários ou incineradores. Ao promover a coleta seletiva e o retorno de
produtos para reciclagem ou reutilização, contribui para a redução do desperdício e da poluição.

2. Economia de recursos naturais: A reciclagem e a reutilização de materiais reduzem a


necessidade de extrair recursos naturais, como minerais, água e energia, para a fabricação de
novos produtos. Isso ajuda a preservar os ecossistemas e a biodiversidade.

3. Redução da pegada de carbono: O transporte de produtos de volta para serem reciclados ou


reutilizados pode gerar emissões de carbono, mas essas emissões são muitas vezes
compensadas pela economia de energia e recursos na fabricação de novos produtos. A logística
reversa pode ser projetada para minimizar o impacto ambiental do transporte.

4. Responsabilidade compartilhada: A logística reversa envolve a participação de fabricantes,


varejistas, consumidores e governos. Isso promove uma cultura de responsabilidade
compartilhada, na qual todos têm um papel a desempenhar na gestão sustentável de produtos e
resíduos.

5. Conscientização do consumidor: A logística reversa também desempenha um papel


importante na conscientização do consumidor sobre a importância da reciclagem, da reutilização e
do descarte responsável. Os consumidores passam a considerar o impacto ambiental de suas
escolhas de compra e descarte.

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