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Universidade Federal de Campina Grande

Centro de Ciências e Tecnologias – CCT

Unidade Acadêmica de Física – UAF

Curso: Engenharia Elétrica

Disciplina: Física Experimental I Turma: 07

Professor: Jossyl

Aluna: Lucas Viana


Neves de Sá

Mat: 118210627

MOVIMENTO ACELERADO –
DESLOCAMENTO E VELOCIDADE

12/06/2019
Campina Grande - PB

1 Introdução

Seguem relatados os métodos e os resultados obtidos, decorrentes da experiência


“Movimento Acelerado: Deslocamento e Velocidade ”, no âmbito da disciplina “Física
Experimental I” (Turma 07) na UFCG.

1.1 Objetivos

Determinar a relação entre o deslocamento e a velocidade do ponto central de


uma esfera abandonada a partir do repouso e que se move numa pista inclinada.

1.2 Material

-Corpo Básico (1);

-Armadores do Corpo Básico (2.1);

-Sistema de Medição de Inclinações (2.7);

-Esferas com e sem gancho (2.2);

-Grampo (2.18);

-Escala Milimetrada (2.17);

-Folha de papel ofício;

-Fita durex;

-Cordão.
1.3 Montagem

Obs: O Corpo Básico já se encontrava montado, estado o mesmo fixo na mesa pelo
Grampo e o Sistema de Medição de Inclinações já estava instalado

2 - Procedimentos e Análises

Primeiramente, o Sistema de Medição de Inclinações foi zerado, através de uma


esfera sobre a Pista. Em seguida, inclinou-se o plano que contém a Pista para Móveis
(1.2) até que ela formasse um ângulo positivo de 10° e 25° com a horizontal, fixando o
plano nessa posição.

A Esfera com ganchojá se encontrava amarrada ao cordão (formando um


prumo). Com a ajuda do prumo, projetou-se, no chão, o ponto mais baixo da Pista para
Móveis. Este é o ponto a partir do qual foi medido o alcance horizontal da Esfera ao
abandonar da Pista.

A altura da queda H da Esfera e o ângulo θ de inclinação da Pista foram medidos


e anotados. Com giz, foram marcadas, na Pista, as seguintes posições com relação à
base: 5,0 cm; 10,0 cm; ...; 40,0 cm.

Abandonou-se, a partir do repouso, a Esfera sem gancho no ponto mais alto da


Pista para Móveis, isto é, no seu inicio (x=40,0 cm da base).

A partir do ponto mais baixo da Pista para Móveis, que foi projetado no chão,
foram fixadas no chão, com o durex, três folhas de papel ofício, uma após a outra, de
forma a alcançar o ponto onde a esfera colidiu. Colocou-se o carbono sobre a primeira
folha de papel ofício.

Com tudo pronto, a esfera foi abandonada a partir do ponto mais baixo da Pista
para Móveis, isto é, no seu fim (x=5,0 cm). Esse processo foi repetido 5 vezes. Foi
tomado o cuidado para não deixar a Esfera re-picar sobre o carbono, marcando o papel
novamente em outra posição. O alcance L da Esfera (distância média dos pontos
marcados pelo carbono até a projeção do ponto mais baixo da Pista) foi medido e
anotado.

Os procedimentos necessários para medir os alcances correspondentes aos


seguintes deslocamentos sobre a Pista: x=10,0;15, 0; ...;40,0 cm. Os alcances
correspondentes foram anotados na tabela I.

2.1 Dados coletados


Altura de queda H=105,0 cm ou H=1,050 m
Ângulo de inclinação θ =15°

Tabela I

x(cm) 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0

L(cm) 19,0 26,0 31,4 36,0 39,8 43,4 46,3 49,0

2.2 Fundamentação teórica

O movimento parabólico é caracterizado


por dois movimentos simultâneos em direções
perpendiculares, mais especificamente um deles
um Movimento Retilíneo Uniforme e outro
um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
Dadas essas circunstâncias o móvel se desloca
segundo uma parábola. Tais circunstâncias podem
ser observadas num simples lançamento oblíquo,
onde, desprezando o atrito do ar e demais efeitos o objeto se desloca verticalmente
acelerado pela ação da gravidade local, e, horizontalmente se desloca seguindo
velocidade constante.

Fazendo então a decomposição para o lançamento desse projétil:

 Na horizontal (MRU):

L=V o cosθT

L
T= (i)
V o cosθ

 Na vertical (MRUV):

¿²
H=V o senθT + (ii)
2
Fazendo a substituição de (i) em (ii):


g
V o ² cos ² θ
H=V o senθT +
2

1 L²
( H−Ltgθ )= g
2 V o ² cos ² θ

V o=
L
√ g
cos θ 2( H−tanθ L)

Convertendo os dados coletados para o M.K.S. e, com os alcances da tabela I,


foram calculadas as correspondentes velocidades da Esfera na saída da Pista, utilizando
a equação obtida anteriormente, criando a tabela II:

Tabela II

x(m) 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400

v(m/s) 0,44 0,60 0,73 0,84 0,94 1,03 1,10 1,17

Com os dados da tabela II, um gráfico da velocidade V versus o deslocamento X


da Esfera, foi plotado em papel milimetrado (o mesmo se encontra em anexo,
juntamente com os devidos cálculos).
Pode-se observar a curva parece descrever uma função do tipo V = A X B , pois ela tem a
aparência de uma parábola com vértice na origem. Então, para linearizar a função, um
novo gráfico V versus X foi plotado em papel milimetrado.
A partir do gráfico linearizado, foram determinados A e B:

A = 5,2 e B = 2,14
Logo, V= 5,2X2,14
3. Conclusões

Reescrevendo a equação que descreve o gráfico ( V = A X B) para VC = DX, onde


C = 1/B e D = A1/B tem-se:

V0,47= 2,17X

A expressão acima é conhecida como equação de Torricelli (V²=V 0²+ 2aX),


quando Vo=0, que se aplica ao movimento uniformemente variado.
O erro percentual cometido no arredondamento do expoente C para o número inteiro 2,
é:

E%= (|Vt – V|)/Vt * 100


E% = ((|2 – 2,14|)/2) * 100
E% =7,00%

Pela equação obtida acima, temos que a aceleração (a) será 0,015m/s2. Já pela
fundamentação teórica, temos que a aceleração pode ser obtida por:

5
a= ×g×senθ
7
5
a= ×9 , 81×sen15 °
7
a=1 , 81m/ s2

Com isso podemos concluir que não se deve confiar plenamente nos dados
coletados, pois eles possuem erros consideráveis resultantes da imprecisão do
experimentador, e dos erros sistemáticos cometidos. Dos erros sistemáticos cometidos
durante a experimentação, o mais importante foi desconsiderar a resistência do Ar
quando a esfera estava em queda.
A partir dos dados coletados, observa-se que existe um alcance limite para a
esfera. Este alcance é obtido quando a esfera não descreve uma trajetória parabólica e
sim uma trajetória retilínea, isso acontece quando a velocidade da esfera tende a valores
muito grandes. Utilizando a função trigonométrica tangente, temos:

H H
tg θ= L=
L⇒ tgθ
A aceleração da Esfera pode ser predeterminada se fizermos V = a.Z Z = X1/2 e
utilizarmos o método dos mínimos quadrados:

V = a.Z Z = X1/2

V7 = a.X71/2 1,10 = a (0,35) ½

a = 1,85m/s2

ANEXOS

 Cálculos para a Tabela II:


0 , 19 9 , 81 v2=0,269171806×2,236828298
v1= ×
cos15 ° 2 ( 1 , 05−0 ,19×tg15 ° ) v2=0,60 m/ s

v1=0,196702474×2,215732231
v1=0,44m/s
v 3=
0 , 314

×
9 , 81
cos15 ° 2 ( 1 , 05−0 ,314×tg 15 ° )


0 , 26 9 ,81 v3=0,32507672×2,25352057
v 2= ×
cos15 ° 2 ( 1 , 05−0 ,26×tg15 ° ) v3=0,73m/ s

0 , 36 9 ,81 v6=0,449309862×2,291994067
v 4= ×
cos15 ° 2 ( 1 , 05−0 ,36×tg15 ° ) v6=1,03 m/s

v 4=0,372699424×2,268038577
v 4=0,84 m/s
v 7=
0 , 463

×
9 , 81
cos15 ° 2 (1 , 05−0 , 463×tg15 ° )


0 , 398 9 ,81 v7=0,479332871×2,301591233
v 5= ×
cos15 ° 2 ( 1 , 05−0 ,398×tg15 ° ) v7=1,10 m/ s

v5=0,412039919×2,280245708
v5=0,94m/s
v 8=
0 , 49
×
√ 9 , 81
cos15 ° 2 (1 , 05−0 , 49×tg15 ° )


0 , 434 9 , 81 v8=0,507285328×2,310635761
v 6= ×
cos15 ° 2 ( 1, 05−0 , 434×tg 15° ) v8=1,17m/ s

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