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UNIVERSIDADE CEUMA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
COORDENADORIA DO CURSO DE PSICOLOGIA

EDUARDO DOS SANTOS ROSA

A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NA INVESTIGAÇÃO DE


SINTOMAS DEPRESSIVOS EM ALUNOS RECÉM ADMITIDOS NO CURSO DE
PSICOLOGIA DE UMA UNIVERSIDADE PARTICULAR

São Luís
2021
EDUARDO DOS SANTOS ROSA

A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NA INVESTIGAÇÃO DE


SINTOMAS DEPRESSIVOS EM ALUNOS RECÉM ADMITIDOS NO CURSO DE
PSICOLOGIA DE UMA UNIVERSIDADE PARTICULAR

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso


de Psicologia da Universidade CEUMA
como pré-requisito para obtenção de nota
na disciplina TCC I.

Orientador (a): Me. Michelle de Sousa


Fontes Martins
Resumo

Objetivou-se analisar o desenvolvimento adaptativo dos estudantes recém-admitidos


no curso de psicologia de uma universidade privada, a sua relação com o aparecimento de
sintomas depressivos e qual o impacto negativo gerado no aperfeiçoamento das habilidades
deste discente na graduação. Deste modo através da abordagem da T.C.C (Terapia
cognitivo comportamental), pode-se ter um entendimento direcionado sobre os
reforçadores destes sintomas e suas possíveis causas. Para esta pesquisa será utilizado o
método científico dedutivo, classificado como natureza aplicada, com abordagem
quantitativa, com objetivos da pesquisa explicativa e com procedimentos técnicos de
pesquisa experimental, além disso, a pesquisa será do tipo transversal, tendo uma limitação
no tempo para a investigação do tema abordado. Os resultados adquiridos serviram para
mensurar os sintomas depressivos, seus impactos na vida dos discentes e o quanto uma boa
adaptação a universidade está ligada a qualidade de saúde mental dos alunos.

Palavras-chave: Depressão. Psicologia. Adaptação. Saúde Mental.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 05

1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 00

2 HIPÓTESES................................................................................................... 00

3 OBJETIVOS .................................................................................................. 00

3.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 00

3.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 00

4. METODOLOGIA ........................................................................................... 00

5 DESFECHO PRIMÁRIO ................................................................................ 00

6 DESFECHO SECUNDÁRIO .......................................................................... 00

7 CRONOGRAMA ............................................................................................ 00

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 00
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INTRODUÇÃO

O desenvolvimento humano na fase da adolescência para a juventude se apresenta


como um desafio a muitas pessoas, pois demanda um crescimento que vai além dos
eventos da puberdade. Não tem uma fórmula que facilite a passagem por esse processo
que se apresenta também, como um momento de escolhas e decisões partidas desse
indivíduo que ainda não possui um repertório comportamental sobre muitas vivencias, e
seus cuidadores, em alguns casos, não conseguem se posicionar de forma assertiva a
ajudar esse “adolescente jovem”.
A escolha de um curso superior é tida por muitos como um dos momentos difíceis na
vida pois existe uma pressão social vinda de todos os lados (familiares, amigos, escola,
etc), para que a escolha seja assertiva, que seja um curso de “grande status positivo”,
conseguinte a escolha de estudar numa universidade e se graduar, adquirindo assim
conhecimentos para tal profissão escolhida.
Muitos necessitam até mesmo “sair do ninho” da casa de seus pais e familiares,
renunciar as amizades de infância para morar em outra cidade que tenha a universidade
e curso desejados, outros precisam renunciar a seus relacionamentos amorosos para
focar mais nos estudos e, em muitos casos, trabalhar para gerar sua renda, pois muitos
universitários fazem uso de bolsas escolares ou financiamento estudantil e ganham
pouco dinheiro de seus familiares para fazer o próprio gerenciamento financeiro,
(Carleto et al., 2018, p. 02).
“As transições para cada nova etapa da vida constituem sempre experiências
significativas para qualquer individuo, tendo em vista os desenvolvimentos biológico,
psicológico, social e cultural” (Vizzotto; Jesus; Martins, 2017, p. 60).
Neste momento de início na jornada acadêmica, a depressão é fator de risco, pois
essa transição é marcada como um impacto que exige do discente um envolvimento
intenso, e são inúmeras as causas com potencial de contribuir para um futuro
adoecimento psicológico no primeiro ano de ingresso a universidade.
Os sintomas depressivos podem ser desencadeados através do sofrimento psíquico
vivido pelo estudante que é exposto a eventos inéditos, novos valores, experiências na
vida acadêmica e social, distanciamento familiar e falta de recursos financeiros
possibilitando o discente a entrar num estado de sofrimento e gerar sentimentos de baixa
autoestima, tristeza, pessimismo, medo, estresse e altos níveis de ansiedade.
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Em muitos casos o estudante que vem de outra cidade precisa morar com parentes
ora distantes ou com outros universitários que podem ter comportamentos e costumes
totalmente diferentes do seu convívio anterior, ou até mesmo comportamentos aversivos
em relação ao novo integrante daquela composição social pois a inserção de um novo
individuo em qualquer outro grupo, sejam parentes distantes ou outras pessoas, não é
fácil, em certos casos.
Diante da nova condição de um aluno recém admitido na universidade com os fatores
supracitados, este discente poderá sofrer um processo de esquiva de tais atividades que
produzam sintomas depressivos e até mesmo recorrer ao alto-isolamento, afetando
consideravelmente sua performance na vida social e acadêmica de forma precoce
(Fagundes, 2019).
O estado de humor deprimido e de sofrimento é comum em certos casos, pois na vida
é possível passar por situações que gerem uma alteração com rebaixamento do humor e,
consequentemente, a falta de vontade de agir e fazer as atividades diárias que são
comuns para cada pessoa; se a persistência dessas emoções e sentimentos, a condição de
humor deprimido e perda de interesse do sujeito em desenvolver suas atividades
cotidianas durar no mínimo duas semanas, se caracteriza um episódio de transtorno
depressivo maior (depressão), (DSM-V, 2013).

O indivíduo deve experimentar pelo menos quatro sintomas adicionais,


extraídos de uma lista que inclui mudanças no apetite ou peso, no sono e na
atividade psicomotora; diminuição de energia; sentimentos de desvalia ou culpa;
dificuldade para pensar, concentrar-se ou tomar decisões; ou pensamentos
recorrentes de morte ou ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio (DSM-V,
2013).

Sendo assim, “A depressão pode ter diferentes faces: pode ter início rápido ou lento,
pode ser leve ou grave, pode acontecer uma vez ou muitas vezes durante a vida ou pode
até mesmo estar sempre presente como plano de fundo” (GREENBERGER;
PADESKY, 2016, p. 183).
Diante das demandas que as doenças mentais, como a depressão, trouxeram para a
sociedade, um docente chamado Aaron T. Beck, M.D., que trabalhava na Universidade
da Pensilvânia, contribuiu fortemente para a formulação de um novo modelo de
tratamento para a saúde mental da época e até os dias atuais. Dr. Beck era psicanalista
por formação e atuante, ele considerava que a aceitação da psicanálise como um método
de tratamento psicoterápico validado cientificamente e aceito pela comunidade de
medicina, se daria através de comprovação empírica validada.
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Neste sentido, ele dedicou-se a criar sucessivos experimentos para comprovar


perfeitamente as teorias por ele defendidas (BECK, 1960 apud J. BECK, 2014). Ao
contrário do que Dr. Beck imaginava, o desfecho de seus experimentos o instigou a
investigar outras explicações para a depressão. Ele descobriu que as pessoas acometidas
pela depressão tinham pensamentos e crenças negativas e distorcidas.
Então através de toda a bagagem cientifica adquirida, Aaron Beck desenvolveu uma
nova psicoterapia que ele mesmo nomeou de “Terapia Cognitiva” e que atualmente é
chamada de “TCC - Terapia Cognitivo-Comportamental” (BECK, 1960 apud J. BECK,
2014). Diante disso, a TCC, explica a depressão como a comprovação ou até mesmo a
formulação de novas crenças e comportamentos com potencial de produzir pensamentos
disfuncionais e, consequente, rebaixamento do humor, e sentimento de culpa, (BECK,
1960 apud J. BECK, 2014).
A proposta de tratamento da TCC tem como característica uma psicoterapia com
duração prévia e direcionada às queixas do indivíduo, buscando encontrar uma forma de
melhoria de vida através da identificação dos pensamentos depressivos disfuncionais e
criando formas para gerar pensamentos funcionais e voltados a realidade para produzir
uma mudança emocional e comportamental duradoura (BECK, 1960 apud J. BECK,
2014).
Este modelo de terapia possibilita ao sujeito, a percepção de seus pensamentos
automáticos disfuncionais através de exercícios para se auto conhecer e o psicoterapeuta
é um facilitador e direciona toda a terapia de acordo com o desenvolvimento funcional
do cliente nas sessões de terapia.
Em sua teoria, Beck afirmava: “Uma ideia central na TCC é que nossos pensamentos
sobre um evento ou experiência influenciam fortemente nossas respostas emocionais,
comportamentais e físicas a tal evento ou experiências” (GREENBERGER;
PADESKY, 2016, p. 24).
A Terapia Cognitivo Comportamental e outras psicoterapias existentes na atualidade
são resultado de muitos anos de pesquisa e colaboração de grandes estudiosos e
cientistas que buscaram a cura ou o alivio de sintomas de várias doenças
neuropsicológicas que comprometem a qualidade de vida das pessoas, a exemplo disso,
o Transtorno Depressivo Maior (Depressão).
“Segundo Kline, a depressão tem causado mais sofrimento humano do que qualquer
outra das doenças que afetam a humanidade” (BECK; ALFORD, 2011, p. 14).
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A depressão tem sido uma doença prevalente na sociedade atual e que traz inúmeras
consequências negativas para a pessoa adoecida, sua família e amigos próximos. A
investigação de sintomas depressivos nos estudantes que estão no primeiro ano do curso
de psicologia de uma universidade particular é de grande relevância pois em muitas
dessas instituições de ensino, por uma questão cultural e por normas de órgãos
regulamentadores, têm suas prioridades em formar profissionais que estejam de acordo
com o mínimo desempenho acadêmico e frequência acadêmica exigidos.
O aumento da busca por um curso superior tem aumentado em cada ano e esta
pesquisa tem o papel fundamental de mostrar que a qualidade de vida no cotidiano do
estudante tem efeito diretamente proporcional na sua trajetória pela graduação.
E dessa forma, analisar quantitativamente os motivos do sofrimento vivido por
esses alunos, o porquê das desistências precoces do curso e do baixo rendimento
acadêmico. Desta maneira, apresentando dados importantes para contribuir com a
pesquisa para a sociedade e apoio para formular métodos de intervenção e suporte
psicológico para esta classe de estudantes.

2. HIPÓTESES
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A mudança na rotina de estudantes recém-admitidos na universidade, afeta sua saúde


mental,
A depressão em alunos no início da graduação de nível superior, em uma instituição
privada, trás sérios prejuízos psicológicos e dificuldades em acompanhar o currículo da
universidade.

3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral

Investigar sintomas depressivos em alunos recém-admitidos no curso de psicologia em


uma universidade particular

3.2 Objetivos Específicos

Mostrar através de questionário, as principais demandas dos alunos no curso de psicologia,


no primeiro e segundo períodos;

Citar as principais influencias externas para o desenvolvimento dos sintomas depressivos;

Descrever os sintomas de Depressão sob a luz da Terapia Cognitivo Comportamental.

4. METODOLOGIA
Para a elaboração desta pesquisa será utilizado um estudo com método científico
dedutivo, classificado como natureza aplicada, com abordagem quantitativa, com objetivos
da pesquisa explicativa e com procedimentos técnicos pesquisa experimental.
Além disso, a pesquisa será do tipo transversal, tendo uma limitação no tempo para a
investigação do tema abordado.
4.1 Participantes da Pesquisa
Serão convidados a participar deste estudo, os alunos que estiverem cursando o
primeiro e o segundo período do curso de Psicologia da Universidade Ceuma. Utilizaremos
os critérios de inclusão: ser o primeiro curso superior, ter entre 18 e 25 anos, assinar o
TCLE. Como critério de exclusão: estudar em outra faculdade, ter feito algum curso de
nível superior anteriormente.
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4.2 Local da Pesquisa


Somente na Universidade Ceuma Campus Renascença, na Cidade de São Luís -
Maranhão
4.3 Instrumentos
A coleta de dados ocorrerá através de dois questionários; um sociodemográfico
acadêmico e o outro próprio para a pesquisa
4.4 Análise de dados
A análise dos dados ocorrerá através da leitura de características pessoais (o que o
individuo trás como sentimentos e possíveis pensamentos disfuncionais), psicossociais (o
quão importante é para esse aluno as suas relações familiares e amizades), carreira (os
sonhos e perspectivas que este aluno tem de futuro, e se isso tem sido um ponto forte a
move-lo para o estudo e empenho na universidade), Institucional (o olhar que o aluno tem
mediante a universidade onde estuda, e a participação desse discente nas atividades extra,
oferecidas)
4.5 Aspectos éticos

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