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Cap.15 Flexão Composta (2015)
Cap.15 Flexão Composta (2015)
A verificação da suficiência de elementos sujeitos a flexão composta, envolve três etapas, a saber:
a) Verificação a tração axial ou compressão simples;
b) Verificação a flexão;
c) Verificação a efeitos combinados de flexão e tração ou compressão.
Nsd
ex
CG
MSd,x
x
CG
x
b/2
(a) (b)
Figura 01: Flexão composta (Flexo-compressão ou flexo-tração)
Nsd Nsd
ex
MSd,y
Plano x-x
x
MSd,x
x
y CG y
y y
Plano y-y ey
CG
x
b/2
h/2 h/2 b/2
(a) (b)
Figura 02: Flexão composta oblíqua
2
Verificação a efeitos combinados de força axial de tração ou de compressão e de
momentos fletores (segundo 5.5.1.2 da NBR 8800:2008)
Segundo o item 5.5.1.2, pag 54 da NBR 8800:2008, para a atuação simultânea da força axial de
tração ou de compressão e de momentos fletores, deve ser obedecida a limitação fornecida pelas
seguintes expressões de interação:
N Sd
a) Para 0,2
N Rd
N Sd 8 M x, Sd M y , Sd
1
N Rd 9 M x, Rd M y , Rd
N Sd
b) Para 0,2
N Rd
N Sd M M y , Sd
x, Sd 1
2 N Rd M x, Rd M y , Rd
Onde:
Obs: Na verificação do estado limite de Flambagem Lateral com Torção dos elementos sujeitos a
esforços combinados, adotar Cb = 1,0.
3
Análise elástica de segunda ordem – Efeito global P e local P , Anexo D da
NBR 8800:2008:
Este método é aplicado para a execução de análise elástica aproximada de segunda ordem, levando em
conta os efeitos global P∆ e local Pδ.
Neste método, consideram-se combinações das ações de cálculo de forças verticais e, se houverem,
horizontais (item 4.7.7.2), considerando-se o efeito das imperfeições geométricas iniciais e das
imperfeições iniciais e material conforme 4.9.7.
Uso do método:
Em cada andar das estruturas analisadas momento fletor e a força axial solicitantes de cálculo, M sd e Nsd,
devem ser determinados por (figura D1):
M Sd 1 M nt 2 M lt e
N Sd N nt 2 N lt
Mnt e Nnt são, respectivamente, momento fletor e força axial solicitantes de cálculo, obtidos por análise
elástica de 1ª (primeira) ordem, com os nós da estrutura impedidos de se deslocar horizontalmente
(figura D1-b da NBR 8800:2008);
Mlt e Nlt são, respectivamente, momento fletor e força axial solicitantes de cálculo, obtidos por análise
elástica de 1ª (primeira) ordem, correspondente apenas ao efeito os deslocamentos horizontais dos nós da
estrutura (efeito das reações das contenções fictícias aplicadas em sentido contrário , nos mesmos pontos
onde tais contenções foram colocadas - Estrutura lt Figura D.1-c).
4
O coeficiente 1 é dado por:
L2
Cm 1,0
M1 M1
M1
A relação 0 (negativa) quando os momentos provocarem curvatura simples.
M2
Curvatura reversa: Curvatura simples:
M1 M1
M1 M1
Linha elástica da peça
Linha elástica da peça
M2 M2
M2 M2
M1 M1
0 0
M2 M2
5
1
O coeficiente 2 : 2
1
1 h N sd
Rs h H sd
Para estudo pormenorizado de 2 , ver item D.2.3, pag. 119 da NBR 8800:2008.
Pela facilidade de cálculo, considerando apenas o efeito de segunda ordem local Pδ, com boa
aproximação, vem:
M Sd 1 M nt 2 M lt 1 M nt
e
N Sd N nt 2 N lt = Nnt β1Mnt
Mnt
β1 Mnt
β1 Mnt
Para β1 < 1,0
N Sd
a) Para 0,2
N Rd
N Sd 8 M x, Sd M y , Sd
1
1 y
N Rd 9
1 x
M x, Rd M y , Rd
N Sd
b) Para 0,2
N Rd
N Sd M M y , Sd
1x x, Sd 1 y 1
2 N Rd M x, Rd M y , Rd
6
Exercícios resolvidos:
7
Solução:
E ca E
Segundo F.3.2: bef 1,92 t 1 b
fy b fy
t
200.000 0,34 200.000
ca = 0,34 e bef 1,92 x 0,475 1 23,1 cm
250 48,63 250
Aef 2 b f t f bef tW
Aef 2 x 16 x 0,95 20,7 x 0,475 Aef 40,23 cm 2
Aef 40,23
Qa Qa 0,972
Ag 41,4
Segundo E.1.1 da NBR 8800:2008, adota-se para Ne o menor dos valores abaixo;
Segundo E.2.1.2 da NBR 8800:2008, para barras contraventadas, adota-se Kx = 1,2 e Ky =1,0;
Segundo E.2.2 da NBR 8800:2008, para barras com rotação impedida nas extremidade, Kz=1,0.
8
2 E Ix 2 x 20.000 x 4.886
Ne x 3.028,89 kN 3029 kN
( kx lx )2 ( 1,2 x 470 ) 2
2 E Ix 2 x 20.000 x 649
Ne y 579,35 kN 579 kN
( k y ly )2 ( 1 x 470 ) 2
1 2 E CW
Ne z 2 GJ onde:
K z lz
2
r0
kz = 1 ; Perfil I: como G = C, x0 = y0 = 0
r0 r x
2
ry2 x02 y02 = 10,87 2
3,96 2 0 2 0 2 = 11,57 cm
1 2 x 20.000 x 93.808
Ne z 7.700 . x 9,59 = 1127 kN
11,57 2 1 .x 470 2
Q . Ag . f y 0,972 x 41,4 x 25
0 = 1,32 < 1,5
Ne 579
Q Ag f y 0,482 x 1 .x 0,972 x 25
N C , Rd =
a1 1,1
N C , Rd 440,81 kN
a.3. Conclusão:
9
b) Suficiência a flexão simples em estados limites últimos, para flexão no plano do desenho (neste
caso, em torno do eixo de maior inércia = eixo x-x):
h 231 E
48,63 < p 5,70 = 161,2 não há F.L.A.
tW 4,75 fy
M pl Zx fy 429,0 x 25
Assim, M R , d M R , d 9.750,0 kN .cm
x
a1 a1 1,1
M pl Zx fy 429,0 x 25
Assim, M R , d M R , d 9.750,0 kN .cm
x
a1 a1 1,1
1,38 Iy J 27 CW 2
r 1 1
1
com:
ry J 1 Iy
EJ 200.000 x 1297,9
3 3
bf t f h t3 1,6 x 0,95 3 23,1 x 0,475
J IT 2 w J IT 2 = 9,59 cm4
3 3 3 3
r
1,38 649 x 1297,9
1 1
27 x 93.808 x 2,636 . 10 4 2
1.322,09
3,96 x 1.297,9 x 2,636 . 10 4 649
r 1.322,0 cm
Como p r , dimensiona-se no regime elasto-plástico com:
10
Cb p M pl
M Rd M pl M pl M r
a1 r p a1
M pl 10.725,0
Como M Rd x 9.558,8 kN .cm 9750,0 kN .cm ,
a1 1,1
1,5 W x f y 1,5 x 391 x 25
e M Rd x 9.558,8 kN .cm 13.329,5 kN .cm
a1 1,1
b.2) Conclusão:
Dos três estados limites acima, adota-se o menor dos valores de MR,d x.
Neste caso, o menor é M Rd x 9.559,0 kN .cm .
Aceita-se a seção a flexão simples, para flexão em torno do eixo de maior inércia.
c) Suficiência a flexão simples em estados limites últimos, para flexão no plano perpendicular ao do
desenho (neste caso, em torno do eixo de menor inércia = eixo y-y):
Aceita-se a seção a flexão simples, para flexão em torno do eixo de menor inércia.
C m, x Cm , y
1 , x 1,0 e 1 , y 1,0 , com Ne,x e Ne,y calculados com (KL) = (1L)
N Sd1 N Sd1
1 1
N e, x N e, y
11
Calculando-se Ne,x para Kx = 1,0, vem:
2 E Ix 2 x 20.000 x 4.886
Ne x 4.361,6 kN
( kx lx )2 ( 1,0 x 470 ) 2
MdB,x = 17,0 kNm
M1 x
C m x 0,6 0,4 , onde:
M2x
M 1x M dA, x 9
0 (curvatura reversa)
M 2 x M dB, x 17
9
C m x 0,6 0,4 0,388 MdA,x = -9,0 kNm
17
C m, x Plano x-x
0,388
1 , x 0,417 1,0 Curvatura reversa
N Sd1 300
1 1
N e, x 461,6
Adota-se 1 , x 1,0
M 1y M dA, y 2
0 (curvatura simples)
M2y M dB, y 2,5
2
C m y 0,6 0,4 0,92
2,5 MdA,y = 2,0 kNm
Adota-se 1 , y 1,91
300 8 17 2,5
1 1,91 1,07 1,0 ,
440,81 9 95,59 18,41
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e) Máxima força cortante de cálculo VSd a ser aplicada na seção transversal da coluna;
h 231
48,63
tW 4,75
a 4.500
19,4 3 KV= 5,0
h 231
KV E
p 1,1
fy
5,0 x 200.000
p 1,1 69,9
250
Vpl
Como < p VR , d
a1
Vpl = 178,5 kN
V pl 178,5
VR,d
a1 1,4
V R , d 162,27 kN
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Exercícios propostos:
L=3500 mm
420,0 C C 186,0
210,0 186,0
720 300
L=3500 mm
B
186,0
186,0
L=3500 mm
contraventos
210 A A 93,0
022 Plano do pórtico = Plano A-A Plano perpendicular ao do pórtico = Plano B-B
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