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Universidade Federal do Ceará

Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Elétrica
Disciplina: Laboratório de Eletrotécnica
Professor: Ernande Eugenio

Prática: No 08 – Projeto de Instalações Elétricas Residenciais

Nome: _______________________________________________ Mat.:_________________

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1. OBJETIVOS
- Familiarização com projetos de instalações elétricas residenciais.

2. MATERIAL UTILIZADO
- Caneta, lápis, borracha;
- Calculadora.

3. INTRODUÇÃO TEÓRICA
3.1-Introdução a NBR 5410:

✓ Condições para estabelecer a potência mínima de iluminação.


- A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da residência. Em área igual ou inferior a 6m2,
atribuir no mínimo 100VA. Em área superior a 6m2, atribuir no mínimo 100VA nos primeiros 6m2, acrescidos
de 60VA para cada aumento de 4m2 INTEIROS.
✓ Condições para determinar a quantidade mínima de pontos de tomadas e a potência mínima.
Tabela 1
Potência
Quantidade mínima
Local mínima Observações
(VA)
(VA)
A uma distância de no mínimo 60cm da banheira ou
Banheiros (local com
1 junto ao lavatório 600 do box. Se houver mais de uma tomada, a potência
banheira e/ou chuveiro)
mínima será de 600VA por tomada.
600VA por
ponto de
Cozinha, copa, copa-
tomada, até Acima de cada bancada deve haver no mínimo dois
cozinha, área de serviço, 1 para cada 3,5m, ou
3 pontos, pontos de tomada de corrente, no mesmo ponto ou em
lavanderia e locais fração de perímetro
100VA por pontos distintos.
similares
ponto
adicional
Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na
própria varanda, mas próxima ao seu acesso, quando,
Varanda 1 100
por causa da construção, ela não comportar ponto de
tomada.
1 para cada 5m, ou
No caso de salas de estar, é possível que um ponto de
fração de perímetro,
tomada seja usado para alimentação de mais de um
Salas e dormitórios espaçadas tão 100
equipamento. Por isso, é recomendável equipá-las com
uniformemente quanto
a quantidade de tomadas necessárias.
possível
1 ponto de tomada para Quando a área do cômodo ou da dependência só for
cada 5m, ou fração de igual ou inferior a 2,25m2, admite-se que esse ponto
Demais dependências 100
perímetro, se a área da seja posicionado externamente ao cômodo ou à
dependência for superior dependência, no máximo a 80cm da porta de acesso.
a 6m2, devendo esses
pontos serem espaçados
tão uniformemente
quanto possível

✓ Divisão da Instalação em Circuitos Terminais.

- A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em circuitos terminais. Isso facilita a manutenção
e reduz a interferência entre pontos de luz e tomadas de diferentes áreas. Conforme as recomendações da
norma NBR 5410, a previsão dos circuitos terminais deve ser feita da seguinte maneira:
o Os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de pontos de tomadas e dos
circuitos independentes;
o Todos os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias
e locais semelhantes devem ser atendidos por circuitos exclusivos;
o Todo ponto de utilização previsto para alimentar equipamento com corrente nominal superior
a 10A, de modo exclusivo ou ocasional, deve constituir um circuito independente;
o Além desses critérios, o projetista precisa considerar também as dificuldades referentes à
execução da instalação.

Tabela 2 - Demonstração do Método de Instalação B1

4. PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS.
4.1- De acordo com a norma NBR 5410/2004, elabore o Projeto Elétrico da Residência abaixo:
1º: determina-se os perímetros e áreas de
3,25m cada ambiente. Assim, pelo critério
mínimo, determina-se o número mínimo de
pontos de luz e de TUGs, bem como de
potência. Nesse passo, se forem adotados
outros valores de pontos e/ou de potência,
eles devem ser declarados aqui sem
justificativa necessária. Exemplo:
-pelo critério mínimo, na sala teríamos 3
TUGs de 100 VA cada, mas iremos adotar
4 TUGs de 100 VA cada. O contrário,
menos do que o critério mínimo
estabelece, não é permitido ou deve ser
devidamente justificado no memorial de
cálculo.
A determinação do quantitativo de pontos
e potência para cada cômodo, deve ser
mostrado no memorial de cálculo.
4,00m

O esquema unifilar pode ser feito a partir do 3º passo!

Figura 1
2º: elabora-se uma tabela (quadro estimativo de cargas) informando os números de pontos de luz, TUG e TUE, bem como suas potências individuais e subtotais (em VA e W), por cômodo. Lembrando que para a
iluminação, pode-se usar lâmpadas incandescentes (fator de potência, FP = 1), qualquer outro tipo de iluminação deve ser declarada no memorial de cálculo (com informações técnicas do fabricantes em anexo). As
TUGs podem ser consideradas com FP = 0,8 (FP = 1 para as TUGs, será considerado errado). O FP das TUEs dependerá das especificações técnicas do fabricante considerado (também devem estar em anexo), com
exceção de chuveiro elétrico (cujo FP = 1). A tabela ao lado serve de exemplo simplificado. A potência total em W (carga instalada) e em VA também devem ser informadas nessa tabela. CUIDADO para a potência total
em VA e, consequentemente, o FP resultante da instalação, pois a soma de potências ativas (P) e reativas (Q) é escalar, mas a aparente (S) NÃO! Lembre-se que iluminação, TUGs e TUEs terão FPs diferentes.
4.2- Preencha o quadro de cargas de acordo com o seu projeto acima: DICAS:
-encontre Ptotal e Qtotal e depois: Stotal = RAIZ(Ptotal^2 + Qtotal^2), assim:
FPtotal = Ptotal/Stotal;
-ou, por aproximação, faça uma média entre os fatores de potência.
Tabela 3 Ambas as formas devem ser informadas no memorial de cálculo.

DIMENSÕES Potência Tomadas de Uso Geral (TUGs)


de Quantidade Potência
DEPÊNDENCIA Perímetro
Área (m²) Iluminação Nominal
(m) 600 VA 100 VA
(VA) (VA)

4.3- Faça a divisão dos circuitos terminais, de acordo com o quadro de cargas determinado e preencha a Tabela
4.
3º: segundo a NBR5410, divida os circuitos terminais, descrevendo-os, como a tabela abaixo. Atente para as regras previstas no critério mínimo. Não crie circuitos únicos, por exemplo: um circuito terminal de
iluminação para toda a instalação, divida pelo menos em dois. A potência (em VA e W) de cada circuito terminal deve ser informada. A partir desse passo, finalize o desenho do esquema unifilar em cima da planta do
projeto. LEMBRE-SE dos circuitos reservas, previstos pela NBR5410 (tabela do slide 37 da Aula_10).
Tabela 4 A potência dos reservas é
estipulada por você
(geralmente 3 kVA, com
FP = 1) e deve ser usada
no dimensionamento do
alimentador geral (ramo
ENEL + Quadro de
medição + Quadro de
distribuição).

4º: a fim de manter uma organização e não se perder nos procedimentos do projeto, você pode fazer uma tabela similar a tabela abaixo. A maioria das cargas são monofásicas, assim, aqui no Ceará, podemos dividir a
potência em VA de cada circuito terminal por 220 V e obtermos a corrente de projeto (Ip) de cada circuito. O fator de agrupamento, FA, (único fator de correção exigido no projeto), deve ser determinado para cada
circuito terminal visando o pior caso de agrupamento em cada caso (consultar o desenho do esquema unifilar e a Tabela A5 nos anexos deste material). DICA: se você considerar um único eletroduto saindo do quadro
de distribuição, esse será o pior caso de carregamento para todos os circuitos terminais, logo o FA será o mesmo para todos os circuitos terminais. Com o FA de cada circuito, encontre a corrente corrigida (Ic) de cada
circuito.
4.4- De acordo com a divisão dos circuitos e a planta baixa preencha a Tabela 5. Ic = Ip/FA
Para cada circuito temrinal, teremos:
A corrente suportada pelo condutor comercial
escolhido (consultar a Tabela 36 deste
Tabela 5 material), Icond, deve ser:
Corrente Fator de Ic < Icond.
Nº de Corrente Seção do
Potência Potência Fator de de Disjuntor correção A corrente do disjuntor comercial escolhido
circuitos corrigida fio
(VA) (W) Potência Projeto (A) (circuitos (consultar a internet ou material das aulas), Id,
agrupados (A) (mm²) deve ser:
(A) agrupados)
Ip < Id < Icond.
Circuito LEMBRE-SE, a corrente corrigida é para os
1 condutores e a de projeto é para os
disjuntores. Além disso, o condutor
encontrado nesse passo (e que pode ser
Circuito informado nessa tabela, caso você queira
2 usá-la no seu memorial de cálculo) é o de
fase. Os condutores de neutro e terra de cada
circuito terminal, a partir do condutor de fase,
Circuito são encontrados usando as tabelas A3 e A4
3 deste material.

ATENÇÃO, esse passo deve ser mostrado no


Circuito memorial de cálculo, com os cálculos e
decisões tomadas.
4

4.5- Determine a seção dos condutores para o condutor neutro e de proteção. Preencha Tabela 6.
5º: neste passo, você pode
Tabela 6 usar a tabela ao lado para
organizar os condutores
Seção do condutor de selecionados para cada
Seção da fase (mm2) Seção do neutro (mm2) circuito terminal.
proteção (mm2)
Circuito 1
Circuito 2
Circuito 3
Circuito 4
6º: último passo do memorial de cálculo. Com a potência total instalada (carga instalada) em W (de todos os circuitos, bem como dos reservas) e consultando a Tabela 1 (ENEL ET-124, nos anexos deste material), o
tipo de fornecimento, condutor mínimo de alimentação e disjuntor geral devem ser determinados.
ATENÇÃO, use a potência total em VA para encontrar a corrente de projeto total (Iptotal) e se certificar que a corrente suportada pelo condutor mínimo de alimentação (Icond) e o disjuntor geral (Id), continuam
obdecendo a inequação: Iptotal < Id < Icond. Caso a inequação não seja atendida, escolha o condutor comercial imediatamente superior ao previsto pela ET-124 e um disjuntor comercial que satisfaça a inequação.
OBSERVAÇÃO, a tabela da ET-124, informada neste material é para atendimento aéreo, se você quiser usar padrão subterrâneo (informando no memorial de cálculo) a tabela muda (consultar ENEL, ou material das
aulas).

4.6- Determine a carga total instalada e determine o tipo de fornecimento da residência, Condutor de
Alimentação e Capacidade do Disjuntor Geral e preencha Tabela 7.
ATENÇÃO! Se a sua instalação for monofásica: Iptotal = Stotal/220. Se a sua instalação for trifásica: Iptotal = Stotal/[RAIZ(3)*380]. Se for bifásica: Iptotal = Stotal/[2*220], evite esse tipo de fornecimento, ajustando o
projeto para ser monofásico ou trifásico (tirando carga acrescentadas além do previsto pelo critério mínimo ou acrescentando mais cargas). LEMBRE-SE, em uma instalação polifásica (bifásica ou trifásica), os circuitos
terminais (além dos reservas) devem ser distribuídos de forma homogênea entre as fases, com base em suas potências em W, para que as equações citadas anteriormente para a determinação do Iptotal sejam
válidas. Tabela 6 Ou seja, em circuitos
polifásicos, a instalação
Carga total instalada Condutor mínimo de Disjuntor geral elétrica (cargas em estrela)
Tipo de fornecimento 2
deve ser a mais equilibrada
(kW) alimentação (mm ) (A) possível entre as fases,
para reduzir os esforços de
corrente no neutro.

4.7- Desenhe o Diagrama Unifilar do Projeto Elétrico Elaborado:

Assim, como o 7º: o diagrama unifilar ao lado pode ser usado de modelo para o
esquema ENEL diagrama unifilar do seu projeto. ATENÇÃO! lembre-se de usar pelo
menos um DR (como geral, em série com o disjuntor geral). O DR deve
unifilar, o ter sua corrente de suportabilidade (Ir) maior ou igual ao do disjuntor
geral (Id). Os valores comerciais de DR podem ser consultados na
diagrama internet.

unifilar pode
ser feito a
partir do 3º esse símbolo é para
disjuntor mnofásico.
passo,
contudo, as ENEL
informações
do alimentador
geral só
podem ser
fornecidas esse símbolo é
para disjuntor
após o 7º trifásico.

passo.

LEMBRE-SE de representar nesse diagrama


unifilar os circuitos reservas (sendo informado
apenas o disjuntor previsto para cada
reserva, dimensionado tal como os circuitos
terminais a serem implementados).
ANEXOS

TABELA PARA DIMENSIONAMENTO


ET-124 CNC-OMBR-MAT-18-0124-EDCE/2022
(Tabela 36: Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1,
B2, C e D – NBR 5410)

Tabela A3 (Tabela 48: Seção reduzida do condutor neutro – NBR 5410)


Tabela A4 (Tabela 58: Seção mínima do condutor de proteção – NBR 5410)

Tabela A5 (Tabela 42: Fatores de Correção Aplicáveis a Condutores Agrupados – NBR 5410)

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