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ENCONTRO DE NEODISCÍPULOS

INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO NA VIDA

DO SER HUMANO

Joaçaba, 02 de setembro de 2023


AUDIÇÃO

Conferência pronunciada pelo Maestro Raumsol na sede da Fundação Logosófica em Montevidéu na data de 22 de
outubro de 1955

1. Boa noite, discípulos! Sentem-se.

2. Parece que o tempo não os segurou e puderam chegar esta noite novamente a esta Casa, para
escutar algumas palavras mais. Vou ser breve. Esta noite não sinto vontade de falar. Ademais,
estive escutando que alguns estavam tossindo, e eu não gostaria que, por demorar em minhas
exposições, fossem se resfriar. Os que tenham impulso de tossir, ponham uma pastilhinha na
boca; procurem não tossir.

3. Bem, discípulos. Estão contentes, não?

DISCÍPULOS: Sim, Maestro.

4. MAESTRO: O essencial é isso, porque senão... Não, não tenho vontade de falar-lhes. Estão
contentes?

DISCÍPULOS: Sim, Maestro.

5. MAESTRO: Mais forte!

DISCÍPULOS: Sim, Maestro.

6. MAESTRO: Ah! Assim me agrada, que vibre o “sim”! Isto é o essencial!

7. Bom, prosseguindo com o propósito de iluminar os discípulos sobre os mistérios que a


psicologia humana encerra, vou tratar nesta noite de dois pontos. Pelo que os discípulos já
puderam perceber, a psicologia humana é uma série de complexos entrelaçados que dificultam
em grau extremo o conhecimento de si mesmo. Propus-me guiá-los através desse labirinto e o
estou fazendo, desde faz muitos anos. Detém-me, às vezes, o fato de estar desenredando essas
passagens difíceis em que há malhas tecidas com tantas complexidades, e os discípulos se
enredam, e é preciso ficá-los desenredando. Assim, têm podido perceber como os conceitos
dados pela Logosofia, ao destruírem os antigos, permitem discriminar cada um dos grandes
valores que o ser humano possui. Assim, por exemplo, têm o conhecimento da mente, o
conhecimento do espírito, da alma, enfim, de tantas coisas, de outros valores. Mas,
naturalmente, sempre, sempre, devo adicionar algo mais, e o faço porque sempre o discípulo
trata de subtrair uma parte do que dou, e não o faz de propósito, não o faz porque queira, mas
sim porque sua capacidade não dá para abarcar cem por cento do que lhe dou. Abarca uns dez,
uns vinte, uns trinta; então, devo ir aumentando essa porcentagem. Mas, por minha vez, reclamo
também que os discípulos aumentem sua porcentagem de discípulos. Estamos na mesma.

8. Vamos ver, nesta noite, as vantagens e desvantagens da mente, da mente iluminada pelo
conhecimento e da mente que não é iluminada pelo conhecimento. Se dirigimos o olhar através
de todo o mundo, por todas as partes, veremos como se agrupam os seres humanos nas religiões,
nas filosofias, em diversas instituições, buscando quiçá um pouco de paz para o espírito, segundo
eles, um pouco de tranquilidade e, enfim, de passagem, alguma revelação que nunca chega.
Todas essas mentes, naturalmente, carecem de conhecimentos e, portanto, são sugestionáveis.
São sugestionadas ao se fazer com que todos admitam cegamente o que lhes é exposto;
instituem-se dogmas, crenças que vão passando de geração em geração. As mentes ficam
totalmente indefesas; são sugestionáveis. A mente sugestionável, naturalmente, tem uma
desvantagem muito grande, porque em verdade já não pertence a quem possui essa mente; é
dono apenas numa pequena parte; a outra, a outra parte, foi – como eu poderia dizê-lo? –
Hipotecada não, porque não lhe dão nada; foi enganosamente entregue, sob o império dessa
sugestão, a uma religião, a uma crença, e assim passam a vida. E, enquanto isso ocorre,
desenvolvem suas atividades físicas e também têm que satisfazer as suas tendências, as suas
inclinações, que os levam por um lado, por outro, cometem erros, cometem, enfim, toda classe
de desvios, que depois devem padecer em silêncio e, outras vezes, aos gritos. Foi-me perguntado,
a respeito, se nessas circunstâncias, enquanto os seres se conduzem sem governo, se a
consciência tem algo a ver com isso. Ontem, expliquei que a mente era nisso a responsável. Hoje,
confirmo-o, fazendo uma revelação: a consciência é insugestionável. É como vocês estão
ouvindo: a consciência é insugestionável. De modo, pois, que se apresenta aos seres um dilema
claro e preciso: se a consciência não é sugestionável, e a mente sim, é necessário, então, que a
mente se pareça com a consciência, quer dizer, que seja insugestionável. Para isso, deve-se
enriquecer com os conhecimentos que tenha depositado na consciência e que, reativados, fluem
na mente. Por outra parte, a consciência é insubornável, e isto é o grande. Ninguém pode
subornar a consciência, porque a consciência não necessita de nenhum suborno. Se é rica em
conhecimentos, não lhe interessa ser subornada; e, se é pobre, com que a vão subornar? É a
mente que é a subornada.

9. E vou-lhes dizer mais sobre por que a consciência é insubornável. Porque nela, na consciência,
é onde residem os grandes sentimentos, na consciência. Ali estão, na consciência, radicados o
sentimento de pai, de mãe, de irmão, de filho, enfim, todos os grandes sentimentos, os mais
nobres, os maiores; estão ali, na consciência. E é por isso que a consciência é insubornável, e é
por isso que tantas vezes tenho sugerido aos discípulos, e tenho ensinado, não descuidar do
processo de evolução consciente, porque é justamente nesse processo que o ser pode aquilatar
seus verdadeiros valores morais; é nesse processo, durante o qual se verifica a mudança dos
elementos que configuram a psicologia humana; é durante esse processo de evolução consciente
que o discípulo consegue se apossar, sem egoísmo, dos conhecimentos que haverão de lhe servir
para ser útil a seu espírito e ser útil a todos os demais.

10. De modo que, portanto, tendo em conta tudo isso que acabo de ensinar sobre a consciência,
os discípulos haverão de experimentar, primeiro, uma sensação muito agradável de bem-estar e
de segurança e, segundo, uma orientação clara, precisa, sobre a conduta que deverá reger cada
um de seus atos. O essencial é, compreendendo este ensinamento, tratar de que a mente seja
tão insugestionável quanto a consciência. E, quando tenha conseguido isto, se haverá
estabelecido um equilíbrio, uma comunhão entre a mente e a consciência. E, então, os
conhecimentos que estão depositados nesta refluirão para a mente instantaneamente, tão logo
a mente necessite deles. Se a mente constantemente esquece o que sua consciência tem, a
consciência do ser, logicamente, não pode aspirar a que os conhecimentos que nela estejam lhe
sirvam nos momentos em que mais necessita deles. É necessário saber chamar os conhecimentos
e tê-los presentes, usá-los em todo momento, agilizando a mente e agilizando a consciência. É,
então, viver uma perfeita vigília, ativa e consciente, e penso que isto alonga a vida, porque lhe
dá um sentido mais elevado, faz com que a desfrute com maior intensidade, e os momentos que
se vivem têm sabor de eterno, têm um sabor sublime, em vez de tantos momentos que se vivem
sem saber por quê: passam como passam tantas coisas, inadvertidamente. E é assim para tantos;
e assim no mundo acontece que até a própria vida passa inadvertidamente. Só em momentos
antes de fechar os olhos para sempre é que se pensa quanto faria se vivesse muito mais,
esquecendo-se de tudo o que poderia ter feito até esse momento.

11. Lembro que, certa vez, faz muito tempo, havia chegado a uma cidade da Argentina um
hipnotizador. Havia uma pessoa muito dona de si mesma e, quando pediu que fosse alguém da
plateia para ser hipnotizado, após o primeiro foi ele. O hipnotizador compreendeu em seguida
que era muito difícil fazê-lo e lhe disse: “Finja de adormecido, faça o que eu lhe digo! ”. Parece
que a pessoa que foi ao cenário o olhou com uns olhos um pouco sugestivos, e me contam que
o hipnotizador lhe disse: “Por favor, não me faça fazer um papelão! Tenho quatro filhos, minha
mulher, minha mãe, todos... Por favor, não me faça fazer um papelão! ”. O que aconteceu depois,
vou contar noutra oportunidade. É assim, discípulos: sempre, no campo das experiências podem
ser recolhidos muitos elementos de valor. Naturalmente, eu gosto de recolher esses elementos;
depois, vou até meu laboratório, ali eu trabalho, faço joias com esses elementos e, depois, as
entrego aos discípulos. Agora, é claro que muitos discípulos fazem uso da joia e ... e a mostram.

12. Se dan... E como chamam isso que põem nos rios?

DISCÍPULO: ...dique. 1 N.T.: Se dan dique (gíria). A expressão darse dique significa “fazer alarde,
exibir-se, ostentar”.

13. MAESTRO: Hein! E para isso eu estive trabalhando dia e noite, para fazer essa joia, para que
depois, quando o discípulo atende um aspirante... (Ininteligível.)

14. Não. Agora lhes vou ensinar para que cada um saiba fazer essas joias de todos os elementos
que encontram neste grande campo experimental. O que acham? Já deviam saber fazê-las, mas
parece que são maus joalheiros, hein? Não obstante, pouco a pouco irão aprendendo.

15. Eu estou seguro de que, dentro em pouco, dentro em pouco, não mais do que isso, alguém
virá nem que seja com uma medalhinha de couro, com um escudinho em relevo, alguma coisinha,
não? Depois, começará com os metais; no final, polirá pedras preciosas e, mais além, outros
elementos que estão mais acima, mais acima, mais acima. Essas joias invisíveis, que os seres
humanos tanto cobiçam, querendo tomá-las nas mãos, e, como estas são impalpáveis, não se
deixam pegar. É necessário tomá-las com a mente, suavemente, acariciá-las com muito carinho,
fazer delas algo para que, hoje e sempre, tenham o mesmo valor, que sejam acariciadas sempre
com o mesmo afeto, com o mesmo amor, e que alguma vez possam servir de talismã de bem-
aventurança, de felicidade, para todos!

16. Nada mais, discípulos.

17. Hasta siempre, discípulos!


NÚCLEO I

Perguntas para reflexão

1. Percebo diferenças conceituais entre a mente e a consciência? Quais mistérios dessa


arquitetura interna o Maestro está revelando para mim?
2. Quais são as vantagens de uma mente iluminada pelo conhecimento?
3. Como descrevo uma mente sugestionável? O que uma mente nessas condições favorece
na influência dos pensamentos?

Bibliografia

Conferência de 22/10/1955
PLENÁRIA I - A ARQUITETURA INTERNA: O SISTEMA MENTAL

Perguntas para reflexão

1. Quais as funções e prerrogativas de cada uma das duas mentes?


2. Que relação tem o conceito de Sistema Mental trazido pela Logosofia com a grande
prerrogativa humana?
3. Como tenho vivido as primeiras experiências logosóficas relacionadas a meu sistema
mental?

Bibliografia

Classe Especial, Buenos Aires, 07/04/60, §5

Desde hace casi treinta años, vengo preparando las mentes de los discípulos para que funcionen
como debieran funcionar todas las mentes a esta altura de los tiempos.

Al instituir el proceso de evolución consciente como vía única para conocer las verdades sin
deslumbrarse, lo hice, porque en el proceso de evolución consciente, hallaría cada uno la clave
de su propio enigma y conocería también los secretos que les fueron vedados desde que el
hombre comenzó a usar su razón.

Logosofia: Ciência e Método, lição 3

ESTRUTURA DO SISTEMA MENTAL

Nossa ciência hierarquiza a mente humana, ao apresentá-la numa concepção que a eleva à
categoria de sistema.

Tal sistema está configurado por duas mentes: a superior e a inferior, ambas de igual
constituição, mas diferentes em seu funcionamento e em suas prerrogativas.
A primeira tem possibilidades ilimitadas e está reservada ao espírito, que dela faz uso ao
despertar a consciência para a realidade que a conecta ao mundo transcendente ou metafísico.
O destino da segunda é atender às necessidades de ordem material do ente físico ou alma, e em
suas atividades pode intervir a consciência.

As duas mentes, a superior e a inferior, têm exatamente o mesmo mecanismo, constituído pelas
faculdades de pensar, de raciocinar, de julgar, de intuir, de entender, de observar, de imaginar,
de recordar, de predizer, etc., as quais são assistidas em suas atividades por outras faculdades
que chamaremos de acessórias, e que têm por função discernir, refletir, combinar, conceber, etc.
Todas as faculdades formam a inteligência. A Logosofia a chamou de faculdade máxima, porque
abrange a todas em conjunto.

As faculdades de ambas as mentes funcionam independentemente, embora possam fazê-lo de


forma combinada.

Integram também o sistema mental, na zona dimensional que lhes corresponde em cada mente,
os pensamentos, entidades psicológicas animadas que cumprem um papel preponderante na
vida humana.

Quando o sistema mental é usado pelo ente físico ou alma em atividades de natureza
exclusivamente comum ou material, permanece limitado ao funcionamento da mente inferior;
quando as atividades físicas ou comuns se enlaçam com as requeridas pela vida superior, ambas
as mentes participam, ou seja, o sistema em conjunto; quando é o espírito que se vale dele,
obedecendo a exigências de ordem transcendente, usa apenas a mente superior, mas sem privar
o ente físico de usar a que corresponde ao atendimento de suas necessidades comuns.

Salta à vista, nos dois últimos casos, a harmoniosa combinação do sistema mental, quando o
processo de seu desenvolvimento e exercício não sofre alterações nem é interceptado por pensa-
mentos que se opõem a seu funcionamento normal.

AS DUAS MENTES

Estabelecida a semelhança entre ambas as mentes no que diz respeito à sua estruturação,
apontaremos de modo breve as peculiaridades que determinam seu diferente funcionamento.
A mente inferior ou comum tende em geral para o conhecido, para o exterior, e, salvo exceções,
funciona sem intervenção direta da consciência, ou só com sua participação circunstancial. Isto
poderá ser mais bem compreendido tão logo se avance no estudo dos temas que aprofundam
esta matéria.

Quando a mente inferior se supera em suas funções – referimo-nos aos casos em que permanece
fora dos auspícios do conhecimento transcendente –, pode acercar-se dos domínios da mente
superior e até penetrar neles, em virtude da relação que existe entre ambas, participando em
certo grau dos elementos que assistem a esta última; mas, por altos que sejam os níveis que
alcance em seu desenvolvimento, suas prerrogativas são sempre limitadas.

A mente superior se organiza em função dos conhecimentos transcendentes, cuja finalidade


essencial é pôr em atividade a consciência. A influência desta mente sobre o destino da vida
humana se faz sentir quando esses conhecimentos começam a traduzir-se numa conduta que
coincide com as disposições de seus elevados preceitos.

A atividade criadora da mente superior se inicia com o despertar da consciência, o que significa
que seu funcionamento se acelera em razão do estímulo crescente que a consciência, ilustrada
no conhecimento, exerce sobre ela.

Classe de 11/10/1943

8. Ahora bien; he hablado de un Sistema Mental que en realidad existe y comprende la existencia
de dos mentes, pero no he hablado de dos órganos. Las dos mentes actúan, pero la que más
actúa, la que más cobra volumen en la actividad común es la inferior, porque está condicionada
a todas las cosas físicas y a algunas de orden moral y espiritual, pero dentro de las necesidades
de la vida humana, llámense actividades de las ciencias o de las filosofías. Esta mente inferior
comprende siete facultades cuyas funciones llenan holgadamente las necesidades que las
exigencias de la vida imponen. Estas facultades pueden desarrollarse, unas más otras menos,
hasta donde lo permita la amplitud de esa mente común. Pero hace unos momentos expresé que
la razón superior tendía a identificarse con la Razón Esencial y que una parte ponderable de su
función era la de captar todos los elementos que la Razón Esencial ofrece a la superior para que
ésta pueda, a su vez, actuar con mayor precisión.
9. Del mismo modo, la mente inferior trata de tomar elementos de la superior y a medida que se
desarrolla llega a tomar contacto con la superior. Esto es lo mismo para todas las facultades y
todas ellas cuando se desarrollan en conjunto, cada una tomará los elementos superiores y
llegará un momento en que se trasfundan. Es el momento en que la razón inferior desaparece,
porque ha habido una transfusión de funciones y, naturalmente, es cuando el hombre ha
alcanzado los más altos grados del perfeccionamiento humano. Pero esto no quiere decir que
haya de quedar inhibido en el plano común para atender a las necesidades de ese plano, sino
que lo hace con amplitud, con volumen si se puede decir así. Lo que antes requería un gran
esfuerzo y agitaciones mentales, luego queda reducido a meros movimientos mentales que
rápidamente condicionan la vida a un medio fácil, donde ella pueda resolverse sin implicar un
obstáculo para la evolución consciente. Distinto es cuando no existen las capacitaciones y la
mente inferior continúa estrecha.

10. De modo que en realidad existen dos mentes que no son órganos. Dos mentes con sus
respectivas facultades que se entrelazan entre sí, una para lo físico y otra para la vida
trascendente, universal. La mente común está limitada a todo lo que concierne a la vida humana;
la otra a lo universal y, siendo así, no pueden facultades limitadas comprender y dominar
conocimientos que atañen a grandes verdades y que solo se pueden mostrar cuando existe la
capacitación para comprender y que la mente se haya abierto a los efluvios de esa capacitación
universal. Luego, entonces, la mente inferior puede desarrollarse hasta identificarse con la
superior.

11. Esto no quita que las facultades superiores no obren en las inferiores, pero son hechos
circunstanciales, porque no se perpetúan y porque no existe la conciencia del hecho cuando se
produce esa conexión y muchas veces han sido pensamientos emitidos por facultades de otros
seres que influyen sobre otros seres, pero esto no es conexión. Y aún en esto, si
circunstancialmente logrará sonidos armónicos, si no se tiene conciencia del hecho no se lo
puede repetir.

Discípulo: La mente común se refiere a lo físico y mental común. ¿Qué actúa ahora en nosotros?

12. MAESTRO: Están desarrollando las facultades inferiores para transfundirlas en las superiores.
Logosofia: Ciência e Método, lição 3

AÇÃO COORDENADA DAS FACULDADES DO SISTEMA MENTAL

À medida que as atividades da inteligência se organizam dentro da mente inferior, respondendo


às diretrizes do método logosófico, as faculdades da mente superior, abandonando sua
imobilidade, iniciam gradualmente suas funções, e dessa forma as atividades de ambas as mentes
se enlaçam; queremos dizer com isso que, ao produzir-se o contato das faculdades inferiores,
adestradas nas disciplinas do conhecimento transcendente, com as faculdades superiores,
ativadas pelo avanço consciente, estabelece-se a coordenação harmoniosa dos movimentos que
articulam o mecanismo das duas mentes.

A inteligência da mente comum, ao assimilar os conhecimentos logosóficos com os quais a


consciência individual se vai integrando, estende os limites de suas possibilidades até tomar
contato com a esfera da mente superior, que amplia por sua vez o volume de sua capacidade
criadora e cognoscitiva, tanto quanto o permita a evolução que o ser vá realizando.

Logosofia: Ciência e Método - O processo interno

As primeiras realizações do processo interno cumprem-se gradual e firmemente, como ocorre


com o processo pré-natal do ser. Esta semelhança está além disso determinada por numerosas
circunstâncias nas quais é fácil comprovar a existência de uma nova vida que pugna por
manifestar-se na realidade de singulares aspectos e qualidades não existentes antes no ser.

Mecanismo da Vida Consciente, páginas 39 e 40

No rigor da verdade, a causa primeira da vida do homem, ou melhor ainda, de seu ser consciente
– psicológica e espiritualmente falando –, é sua mente. Ao dizer isso, queremos assinalar que a
mente é o único meio usado pelo espírito para suas manifestações inteligentes.

Conferência Montevidéu, 5 de outubro de 1952

05. Quando comecei esta Obra, sabia muito bem – e que por muito tempo aconteceria a mesma
coisa – que os discípulos não estavam capacitados para pensar; pensar como a Logosofia
estabeleceu: conscientemente. Então, o espírito não podia se manifestar, e eu vim para instruir
o espírito, e não o ser físico. Apresentava-se para mim, então, um problema que parecia
insolúvel: não estando os discípulos capacitados para pensar conscientemente, não era então
possível atrair o espírito, a fim de que me escutasse e pudesse, por sua vez, auxiliar o discípulo a
quem ele animava. Então, conhecendo todas as particularidades da psicologia humana,
conhecendo profundamente a alma dos seres, tomei outro caminho, mas sem que, em nenhum
momento, deixasse de lado o propósito firme de alcançar o objetivo que me havia proposto:
fazer o discípulo pensar e que o espírito se manifestasse através de seu pensar consciente.

Conferência 8 de dezembro de 1956

El ser que no piensa no vive en el plano mental, en el plano del real existir; vive la vida parasitaria,
sedentaria, la vida que no tiene, como la de los animales, un fin superior.

Tratado Elemental de Enseñanza, página 64

La mente superior es en el hombre un punto invisible en estado de posibilidad de manifestación,


una potencialidad estática que para convertirse en realidad dinámica debe ser fecundada por la
fuerza energética de una corriente superior representada en este caso por la Logosofia como
expresión potencial de la mente-espíritu del Maestro. Ese punto invisible toma forma y crece, de
igual modo que en el óvulo materno el germen genésico.

Classe de 11 de agosto de 1962

Enquanto nesse mundo físico existe um plano mental onde se movem, atuam, vivem e lutam
muitos pensamentos, há outros planos mentais, superiores a este, que por sua vez são
intermediários de outros mais acima ainda... Foi num desses planos, sobretudo no superior, onde
se configurou a concepção, a magnífica concepção logosófica que deu nascimento a este grande
movimento de superação humana.
Introdução ao Conhecimento Logosófico, página 354

O trabalho extraordinário, complexo e delicado que deve ser realizado em cada mente obedece
ao fato de que se vem em busca do conhecimento logosófico com a mente cheia de coisas; deixa-
se apenas um pequeno espaço para que possa penetrar algum ensinamento, o qual, uma vez
dentro da mente, deve fazer sacrifícios heroicos para não se asfixiar ou morrer atingido pelas
tantas coisas que se movimentam nela. Além disso, precisa lutar contra aqueles pensamentos
que se opõem a que o conhecimento que conduz permaneça na mente, mesmo que tenha sido
atraído pelo próprio anelo, pela própria razão ou pela própria sensibilidade do ser.

Classe de 09 de junho de 1956

O aperfeiçoamento é o pensamento central, o Pensamento Autoridade; todos os demais têm que


girar em torno a essa autoridade. É a aspiração do discípulo concentrada nesse pensamento
autoridade. Ou pode haver outro superior a esse? Não pode haver outro, qualquer outro seria
um ditador.

Conferência Valle de Rosario, marzo de 1933

24. … Entonces comienza la nueva generación de pensamientos, que es como una nueva
civilización en el continente humano, y al llegar a ese estado es ya una nueva mente, la mente
superior, y los pensamientos que provienen de esa mente pueden controlar y fiscalizar la entrada
al recinto mental de aquéllos que son ajenos a los propósitos de renovación total del ser.

Introdução ao Conhecimento Logosófico, página 280

Cada ser humano tem uma partícula divina. A ela se devem dirigir os melhores anelos e exaltá-
la, para que o homem encontre sua verdadeira condição de humano e para que, depois da
transição que isso implica, possa experimentar dentro de si a sensação de sentir-se acima da
limitação que o envolvia e com liberdade para elevar o seu pensamento, nas asas do qual
penetrará nos planos onde poderá indagar, investigar, perguntar e receber respostas que, como
raios de luz, penetrarão em sua mente para iluminar sua inteligência e enchê-la de
conhecimentos.

Conferencia de 07 de octubre de 1950

23. La inteligencia, pues, no es una facultad. Parecería, ahora, que contradigo la misma
enseñanza, ¿no? Dije una facultad cumbre; al decir una facultad cumbre es porque está por
encima de todas las facultades, es porque es la que reúne el conjunto de todas las facultades, la
que enfoca todos los movimientos de la mente, y la única, la inteligencia, la única que tiene
conexión directa con la conciencia. De modo que la razón, el entendimiento, la memoria, la
intuición y la imaginación y todas las demás facultades de la mente, todo eso se llama
inteligencia, resumidas todas en la facultad cumbre que está en la mente; de modo que la
inteligencia pone en juego en determinado momento la razón, en determinado momento la
intuición o la imaginación o la memoria, el entendimiento, y aun psíquicamente, todos los demás
resortes psicológicos: la voluntad, la sensibilidad, y todos los demás elementos que configuran el
sistema mental psicológico del ser humano. Es inteligencia, y está interligada a la conciencia,
porque la conciencia solamente puede manifestarse en el hombre a través de la inteligencia, y a
su vez, la conciencia recibe el efluvio de todas las verdades que penetran dentro del ser por la
inteligencia en forma de conocimientos, y cuando desciende a la conciencia los conocimientos
con los cuales la conciencia forma su gran caudal, luego es la conciencia la que usa a la inteligencia
para todas sus manifestaciones. De ahí, naturalmente, que cuando la conciencia está actuando,
la inteligencia, o sea la configuración de todas las facultades, está vibrando en tensión y
dispuestas todas a obedecer al más simple movimiento de la conciencia. Si no fuera así, no podría
el hombre expresar sus pensamientos a grandes velocidades y correlacionarlos sin pensarlos; es
la conciencia que los ha ordenado, y que correlacionados todos unos con otros, ordena luego
que sean manifestados a las demás conciencias por intermedio de las inteligencias.
Núcleo II - Influência do pensamento na vida do ser humano

Perguntas para reflexão:

1. O que mudou em minha vida a partir do momento que tomei conhecimento do conceito
logosófico sobre os pensamentos?
2. Como os pensamentos atuam dentro de minha mente?
3. Quais influências percebo ocorrer com a atuação dos pensamentos superiores?

Bibliografia

Coletânea da Revista Logosofia Tomo III, página 241

Se considerarmos a vida individualmente, concebendo-a do ângulo das sensações, veremos que


um ser que não teve contato com as possibilidades superiores do espírito não sabe que existem
prazeres que superam os comuns, nem sequer o concebe, enquanto sua vida na maioria das
vezes vai se tornando sombria, sua idade avança, resvalando sobre o tempo sem mais sensações
que as de uma estéril vertigem.

Muito diferente é o que acontece com quem toma contato com pensamentos que levam para
outros destinos. De imediato, começa a experimentar as diversas sensações que concorrem para
criar a felicidade, a sentir como se uma nova vida se infiltrasse em seu ser ao perceber a influência
de pensamentos de uma qualidade até então desconhecida. O simples fato de observar como se
promove na mente dessa pessoa uma atividade que difere da costumeira indica, já, uma
mudança ponderável em seu modo de existir, pois se antes era indiferente, por ignorar toda
razão que estivesse além de sua possibilidade mental, agora experimenta a existência dentro de
uma nova forma de existir, porque os pensamentos aludidos têm a virtude de despertar em sua
consciência a vida adormecida de muitos outros que ali ficaram como mumificados. E quanto
mais potente for o pensamento que brote na consciência, tanto maior a força com que ele
despertará para a vida os que permanecem ali imóveis, inanimados, mas não mortos nem em
estado de decomposição.
Vem ao caso destacar, com menção especial, a ação do conhecimento logosófico, que, ao
penetrar nos mais profundos âmbitos do ser humano, tende a despertar e a vitalizar todos
aqueles pensamentos que possam existir na consciência individual, a fim de que, utilizando as
próprias reservas, caso existam, possa progredir num processo consciente e constante rumo às
mais elevadas metas da perfeição humana.

Convirá explicar aqui o trabalho de alguns pensamentos, para demonstrar a efetividade de sua
vida e sua influência no ânimo de cada um. Suponhamos que várias pessoas estejam conversando
sobre assuntos sem transcendência, dos quais nenhum motivo surge para que os participantes
experimentem sensações capazes de promover neles uma reação. Em tal circunstância, a
chegada de um pensamento em forma de notícia traz como mensagem, por exemplo, a
possibilidade de se alcançar em pouco tempo um objetivo cuja simples imagem, tomada como
perspectiva, projeta um futuro imediato de felicidade ou oferece rápidos meios para consegui-
la. Isto, não mais, é suficiente para promover nos presentes as sensações e reações próprias do
caso. Diria-se que a vida, até então encerrada em estéril mutismo, se abre prontamente sob a
influência do citado pensamento, em busca da expansão prometida, e que as coisas mudam de
forma e de significado por ação desse mesmo pensamento.

Isto explica por que qualquer triunfo obtido na vida provoca alegria. Por pequeno que seja, o
triunfo é sempre resultado de uma série de pensamentos que foram aplicados numa
determinada direção e tiveram uma feliz culminação. A própria vida, nesses instantes, parece
não caber dentro de seu invólucro físico, tanto que busca transmitir a outros os êxitos alcançados
e fazê-los participantes de sua felicidade. É como se, pela primeira vez, a pessoa experimentasse
a sensação de existir, e essa existência passasse a ter, para ela, a importância que antes não lhe
tinha sido dada. Diferentemente disso, um pensamento sombrio hospedado na mente, ou que
tenha penetrado nela atraído por um instante de aflição, deprime e retira toda sensação de
existir. Nunca alguém está tão próximo da morte nem tão familiarizado com ela como nos
momentos de grandes sofrimentos. O ser humano, ao não experimentar a verdadeira, a doce
sensação de existir, sente condensada toda a amargura da aflição, que não é outra coisa que a
própria vida que se contrai, subtraindo-se às sensações gratas da existência.
Deixamos fundamentada, pois, a razão de muito do que acontece com a vida humana durante
sua passagem pelo mundo. O homem luta buscando alegrias para viver e experimentar a
sensação de existir, e essa luta, às vezes tão dura, tão amarga, tão violenta, é justamente para
sobreviver aos pensamentos de aflição que ameaçam devastá-la e exterminá-la, e, em cuja
defesa, busca, como uma inclinação natural, o conteúdo dessa mesma vida em tudo aquilo que
sirva para perpetuá-la. Mas, quando o empenho é individual e se nutre unicamente da própria
experiência, em vez de nutrir-se também da alheia, é fácil sucumbir na luta. Devem importar ao
homem não só as alegrias que ele possa alcançar, mas também as que os demais desfrutem;
sobretudo deve ir em busca de apoio, de força, pela união recíproca, e em busca de luz mental
pelo intercâmbio das compreensões e a iluminação das inteligências em conjunto. Assim, por
exemplo, se um objeto qualquer tivesse sido escondido e várias pessoas se propusessem a
encontrá-lo, é muito seguro que individualmente demorariam muito nessa tarefa, e talvez nem
conseguissem dar com ele. Mas, se todas, em conjunto, com as mentes atentas, resolvessem
buscar esse objeto, não há dúvida de que cada inteligência promoveria uma série de sugestões
e, unidas, não demorariam a descobri-lo.
PLENÁRIA II: A ASPIRAÇÃO DIVINA

Perguntas para reflexão:

1. O que eu buscava ao me acercar da Logosofia? Que aspirações e inquietudes me


trouxeram até aqui?
2. Em minha aspiração de ser melhor, quais pensamentos influenciam minha vida e minhas
atitudes?
3. Qual a importância de relacionar as Disciplinas Logosóficas diárias com a aspiração divina,
de modo a favorecer o despertar e nascimento da mente superior?

Bibliografia

Introdução ao Conhecimento Logosófico, página 280

Cada ser humano tem uma partícula divina. A ela se devem dirigir os melhores anelos e exaltá-
la, para que o homem encontre sua verdadeira condição de humano e para que, depois da
transição que isso implica, possa experimentar dentro de si a sensação de sentir-se acima da
limitação que o envolvia e com liberdade para elevar seu pensamento, nas asas do qual penetrará
nos planos onde poderá indagar, investigar, perguntar e receber respostas que, como raios de
luz, penetrarão em sua mente para iluminar sua inteligência e enchê-la de conhecimentos.

Introdução ao Conhecimento Logosófico, página 415

Os conhecimentos logosóficos interpenetram a vida; estão na alma de todos, muitas vezes


adormecidos desde tempos imemoriais, às vezes enraizados na existência desde épocas remotas.
Como pedras de toque, eles fazem surgir e despertar nas mentes fervorosos anelos de superação,
de capacitação e de aperfeiçoamento.
O Espírito, página 11

Não obstante, houve zonas de sua mente que permaneceram alheias a esse desenvolvimento
evolutivo. Estamos nos referindo às zonas que abarcam: 1º) o conhecimento de si mesmo; 2º) o
conhecimento do mundo metafísico ou transcendente; 3º) o conhecimento de Deus.

O Espírito, página 82

Os conhecimentos logosóficos fazem as vezes de ponte e, ao mesmo tempo, servem de meio


para alcançar esse acontecimento maravilhoso, impossível de conseguir por outros meios. Isso
implica, segundo já ressaltamos, um comportamento ajustado a tal aspiração, para não se
defraudarem as próprias esperanças e cair no engano. O empenho e a constância no
prosseguimento da empresa, para que os melhores resultados sejam assegurados, deve manter-
se firme, como um imperativo irrenunciável. Nada melhor, nesse caso, que recorrer ao
logosoficamente denominamos “pensamento-autoridade”. Trata-se de um pensamento
instituído na mente pela vontade do próprio indivíduo. É o encarregado de dar permanência a
suas aspirações e propósitos, fazendo com que prevaleçam sobre toda ingerência que atente
contra sua determinação de evoluir conscientemente, ou seja, evoluir de conformidade com a
preceptiva logosófica e com o cabal cumprimento das leis universais. Fixar no pensamento-
autoridade a imagem de que nada é comparável a esse magnífico transcender – obstáculo após
obstáculo – as limitações humanas, é fazer-se merecedor de uma recompensa infinitamente
superior ao esforço, e de efeitos perduráveis.

O Senhor de Sándara, página 379

Os conhecimentos cujas virtudes enalteço têm a propriedade de penetrar na vida psicológica e


mental do indivíduo, ali onde o homem se torna dono de seu destino, enquanto aprende a usar
sua inteligência, sua vontade e energias, dirigindo-as para o ponto no qual se dá o sublime enlace
de sua vida com o pensamento que anima a Criação.
Senhor de Sándara, página 478

Ao considerar que, em princípio, o que deve preocupar mais profundamente o homem é a


descoberta desse elo que há de uni-lo a Deus, não existe em mim o propósito de diminuir o
mérito dos esforçados paleontólogos, dedicados a encontrar um lugar adequado para seus
achados, pois não admite esmorecimento algum o nobre afã que existe na aspiração de conectar
os fios truncados da História e dissipar o mistério que envolve a vida humana em seus alvores.

Senhor de Sandara, página 299

– Você é bondosa, Griselda...

– Tenho aspiração de ser, o que não é a mesma coisa. E sinto que me animam, nessa aspiração,
pensamentos que já se aninham em mim, sugerindo novas formas de sentir e de agir. É como se
uma outra vida se anunciasse aos meus sentidos, deleitando minha sensibilidade. A linha que no
horizonte separa o céu do mar me fez pensar, muitas vezes, em sua semelhança com a que separa
os dois mundos, o transcendente e o outro, o comum, dentro do qual minha alma se reanima
com o só saber que aquele mundo existe e se oferece às possibilidades de minha vontade e de
meu esforço.

Coletânea da Revista Logosofia, página 88

Que outra coisa pode exigir a natureza da empreitada a realizar – que é a de aproximar-se de
Deus pelo conhecimento – que não seja o constante auspício da consciência em todos os atos
que se pratiquem, para experimentar mais profundamente a responsabilidade que isso implica?
Chegamos aqui ao canal que nos conduzirá ao grande oceano onde queremos navegar. Aludimos
à evolução consciente que a Logosofia preconiza como único e absoluto fator determinante do
processo que o homem deve realizar, até alcançar a meta que ele concebe como suprema
aspiração de sua existência.
Coletânea da Revista Logosofia, página 122

A igualdade deve constituir o supremo anelo da alma humana, a suprema aspiração; mas, para
que isso tenha toda a força necessária, a fim de encarnar um grande ideal, deve-se entender que
esta igualdade terá de ser obtida quase que exclusivamente por esforço próprio e representar o
objetivo essencial, qual seja se igualar àquele que é mais no sentido amplo da palavra.

Coletânea da Revista Logosofia, página 142

A dúvida deve conter uma sadia aspiração de saber; ela haverá de ser construtiva, caso se queira
edificar a verdade em si mesmo. Tem que ser como o adubo para a terra, o qual propicia a
germinação das sementes, convertendo-as em realidades tangíveis; porém, não se pode
esquecer que isso não é o suficiente, se a terra não é cultivada adequadamente para cada cereal,
para cada planta. Para que a inteligência possa semear o próprio campo com valiosos
conhecimentos, primeiramente se devem eliminar todas as dúvidas possíveis, a fim de não
entorpecer o livre desenvolvimento dos conhecimentos, que são, precisamente, as únicas
árvores que, em vez de dar sombra, dão luz.

Coletânea da Revista Logosofia, página 195

Uma palavra que expressa um anelo, por exemplo, encerra uma aspiração, que tanto pode ser
definida ou indefinida.

Curso de Iniciação Logosófica, § 63

É nesse instante que se unificam dentro de nós as aspirações de bem que sustentávamos, os
propósitos de aperfeiçoamento, os anelos de saber para que viemos à vida, para onde vamos,
que faremos depois... Enquanto não despertarem essas nobres e humanas inquietudes do
espírito, permanecer-se-á na superfície do ensinamento. A falta de assimilação por parte do ser
é consequência inevitável de tê-lo tratado friamente, como simples fator de ilustração. Nunca
será suficiente prevenir contra essa forma errônea de encarar nossos estudos, porquanto não
cumpriria nenhum fim construtivo, e o esforço, por isso mesmo, seria estéril.
Curso de Iniciação Logosófica, § 140

A juventude, por exemplo, sofre a falta de uma preparação básica para a vida. Não recebe
diretrizes precisas que lhe determinem a conveniência de seguir uma conduta reta, conduta que
deve ser ilustrada com imagens claras a respeito das responsabilidades que cada indivíduo
assume, tanto na família como na sociedade. É necessário que o jovem chegue a compreender a
fundo que toda infração aos princípios morais e sociais de convivência humana introduz uma
perturbação em sua vida, em prejuízo do conceito que merece. Além de atender a todos esses
aspectos, o ensinamento logosófico vai mais além: ensina o jovem a ser consciente de seus
pensamentos e atos. Desse modo, adverte-lhe que suas aspirações de êxito na vida deverão
condicionar-se a um comportamento que não desvirtue a legitimidade das mesmas.

Classe de 09 de junho de 1956

O aperfeiçoamento é o pensamento central, o Pensamento Autoridade; todos os demais têm que


girar em torno a essa autoridade. É a aspiração do discípulo concentrada nesse pensamento
autoridade. Ou pode haver outro superior a esse? Não pode haver outro, qualquer outro seria
um ditador.
PLENÁRIA III: ENCERRAMENTO

Perguntas para reflexão:

1. O que sinto pelo Maestro e pela Obra ao receber conhecimentos transcendentes que
oportunizam mudar a minha vida e a minha existência?
2. Quais repercussões vivi neste encontro? Que imagens se ampliaram? Quais perspectivas
se apresentam?
3. Com os elementos que recebi, como sinto que poderei ampliar minha colaboração com a
humanidade?

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