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exPXeSsay POPULAR Karl flarx Nova Gazeta Jienana @rgdo da Bemocracia Organisacao, traducao, introdugdo e notas de Livia Cotrim Colonia, 9 de dezembro, Jamats oescondemos, Tlosso terreno nao 6 orerreno do diretto, é 0 terreno revoluciondrio. 0 gaverno agora ‘acaba de cbandonar, por sua yez. a hipocrisia do terreno do Airetto, Colocou-se sobre o terre no revoluciondrio, pois também 6 ferreno contrarrevoluciondirto revoluciondrio. 0 paragrato 6 a Let de 6 de abril de 1848 e5~ tabelece: “0 direito de apravasio fe todas as leis, a determinagao do orgamento do Estado e o dt~ eit de decretar tmpostes deve. em todos 05 casos. caber aos fi- uros representantes do povo”. 0 pardgrafo 13 da Lei de 8 de abril de 1848 diz: "A Assembleia reunida na base da presente lei 6 chamada a estubelecer. através de um acordo com a Coroa, a fu- fara constitutgiio, ¢ exercer pelo fempo de sua duragaio as atti- ‘Ymigdes que foram até agora dos antigos Estados-gerais do Impé- tio, nofadamente aquelas relati- ‘yas b aprevagaio de impostos”. @ governo manda a Assem- Dia Enientista ao didbo, dita ao pats de cima para baixo uma soi-disant — Constituigdio e concede a si mesmo o5 im- postos que 05 Tepresentantes do povo The haviam negado. 0 governo prussiana dew um fim damoroso i camphausenia- de, uma espécie solene de Job- sfade do diveito. Por vingan~ ga. 0 inventor dessa epopeia. o gvande Camphansen. continua franguilamente em Frankfurt como plenipotencidrio do mes- mo governo prussiano. pros- sequindo suas intrigas com 05 Bassermann a favor do préprio governo prussiano. fs5e Cam- phansen que inventon a teoria ententista pata sdlvar o terreno do diretto, ou seja. para defron- dar. antes de tudo. a revelugcio 12 edict " Pratt Trabalho assalariado e capital NGR, n. 264, 5/4/1849 K. Marx. 10s por nao termos apresentado Colonia, 4 de abril. De diversas partes censuraram-n' is das lutas de classe e lutas as relagies econdmicas que constituem os fundamentos material nacionais de nossos dias. Abordamos sistematicamente essas relagées apenas quando ir rompiam imediatamente nas colisoes politicas. Tratava-se sobretudo de acompanhar a luta de classes na histéria cotidiana e comproyar empiricamente, com os materiais hist6ricos disponiveis e os novos diariamente produzidos, que, com a subjugacao da classe trabalhadora, responsdyel por fevereito e marco, foram, vencidos 20 mesmo tempo seus inimigos— os republicanos burgueses na Franga, a burgue- sia € 0 campesinato que combatiam o absolutismo feudal em todo o continente europeu; que a vitéria da “honesta reptblica” na Franga foi ao mesmo tempo a queda das nagées que haviam respondido & Revolucio de Fevereiro com heroicas guerras de independéncia; que, finalmente, com a derrota dos trabalhadores revoluciondrios, a Europa recafa em sua dupla escravidao, a escraviclao anglo-russa. A batalha de junho em Paris, a queda de Viena, a tragicomédia do novembro berlinense,? os desesperados esforgos de poloneses, italianos ¢ hiingaros, 0 esgotamento da Irlanda pela fome — foram estes os momentos principai xetizou a luta de classes europeia entre a burguesia ¢ a classe trabalhadora, nos quais se € a partir dos quais demonstramos que toda insurreigao revolucionéria, por mais distante da luta de classes que seu objetivo parega estar, necessariamente fracassa até que a classe trabalhadora revoluciondria venga, que toda reforma social permanece uma utopia até que a reyolucao proletdria ¢ a contrarrevolugao feudal me¢am armas numa guerra mundial. Em. nossa exposicao, como na realidade, Bélgica e Suiga eram quadros tragicémicos e caricatt- rals no grande aftesco histérico, uma 0 modelo da monarquia eee outra o modelo "Para a histéria da génese da obra Trabalho ascala Aquia obra éapresentada de acordo coma Nona de editoriais, compatada coma edigio de 1891 essenciais propostos por ele sio aqui registrados ‘marces¢ pfennig adotadas por Engels na edigio 2 Bm 1891 incluido: de 1848. riado e capital, ver a Introdugio de Engels & edigio de 189! Gazeta Renana, onde pela primeira vez.foi publicada na form sara Engels. Todas as alteragdes ¢ complement «m notas de rodapé. As converses de francos ¢ céntimas em gnvepiiblica burguesa, ambas Estados casseS quanto ce revolucdo curopeia. ‘ngora, depois que nossos leitores-viram a luta d foxmas politicas colossais, é tempo de examinar mai nomicas nas quals se baseiam a burguesia & dao dos trabalhadores. jue imagi: oa ‘ue imaginavam ser tao independentes da luta de le classes se desenvolver, em 1848, em is minuciosamente as proprias relagoes ; sua dominagao de classe, assim como a ceseravis ne Faremos a exposicéo em trés grandes seg6es: 1) a relagéo do srabalho assalariado com inal, a esctavidao dos trabalhadores, o domini sane ee cap’ ra 8, 0 dominio dos capitalistas, 2) a inevixével ruina das clases médias vurguesas ¢ do campesinato' sob o sistema atual, 3) a subjugacao comercial eexploragao das classes burguesas das diversas nagées europeias pelo déspora do mercado mundial -a Inglaterra, Procuraremos apresentar o assunto do modo mais simples e popular possivel, sem dar como sabidos nem os mais clementares conceitos da Economia Politica. Queremos ser compreensiveis para os trabalhadores. Ademais, domina na Alemanha a mais peculiar ignorancia € confusao conceitual a respeito das mais simples relagoes econdmicas, desde entre os defensores explicitos da situag4o existente até entre os taumaturgos socialistas € os gins politicos incompreendidas, dos quais a fragmentada Alemanha € ainda mais rica do quede soberanos. Passemos, pois, & primeira questio: 0 que é salério? Como é determinado? Se perguntassemos a trabalhadores: de quanto é seu saliio?, um responderia: “Recebo um franco por dia de trabalho de meu burgués’s outro: “Reccbo dois francos” ete. Con- forme os diversos ramos de trabalho aos quais pertencam, informario diversas quantias de dinheiro que receber de seus respectivos burgueses por um determinado tempo de trabalho ou pela produao de um trabalho determinado, por exemplo, por tecer uma vara de pano gréfica. Apesar da diversidade de suas declaragoes, todos concordar4o num ponto:’ o saldrio é a quantia de dinheiro que o burgués paga por um determinado tempo de trabalho ou pelo fornecimento de um determinado trabalho. O burgues’ compra, portanto, seu trabalho com dinheiro, Por dinheiro, vocts vendem- “the seu trabalho.6 Com a mesma quantia de dinheiro? pela qual o burgués® comprou sex. ttbalhoj! por exemplo, com 2 francos, poderia cer comprado 2 libras de agicar ou uma ou pela composicao de uma pagina tipo; Fn 1891 ineluido: igualmence Fm 1891: assimn chamado campesina'0. En 1891 omitiu-se: por um determinado tempo dea Fm 1891 omitivese: um. Fn 1891: capitali Hulu I: capitalista, ¢ incluius art 3 cic Br 2691 tnclutuses Mas isto é apenas «aparénci. Na realidad dinheito ¢ sua for © capitalista compra ess forga de tt ito € cua forga de trabalho. capi crabalhador trabalhar pel , Mésetc, E depois de compré-la, ele a wriliz fazendo 0 trabalh crabalho ou. assim parece. 0 que-voets venddem ao capitalista por halho por um dia, uma semana, um Jo tempo estipulado. 4m 1891; capitalisca. 4m 1891: forca de trabalho. ra mereadoria. Os 2 francos com os quais ele comproy, ede agtcar, 052francos com os quais ele comproy trabalho. O trabalho" & portanto, um, ‘A primeira mede-se com 0 relégig es determinada quantia de qualquer out Dlibras de agticar sho o prego das2 libr: 1 hotas de trabalho’ sio 0 prego das 12 horas de ‘mercadoria, nem mais nem menos do que 0 acticar. a outra, com a balanga. Os trabalhadores trocam sua mercadoria, por dinheiro, ¢ ademais esta troca se realiza segundo uma ratte te Por 12 horas de tecelagem, 2 francos. E 0s 2 francos de dinheito por tanto de trabalho. Por ee ae «trabalho, pela mercadoria do capitalist, proporgao determinada, ‘Tanto nao representam todas as outras mercadorias que Poss a a ° de, portanto, o trabalhador trocou sua mercadoria, © trabalho; por a smercadorias de todo tipo, e ademais segundo uma proporcéo determinada, Dando-lhe o capitalista 2 francos, deu-lhe tanto de carne, tanto de roupas, tanto de lenha, tanto de luz ete, em troca de seu dia de trabalho, Os 2 francos, pois, exprimem a proporcao segundo a qual o trabalho” é trocado por outras mercadorias,*° 0 valor de troca de seu trabalho.” O valor de troca de uma mercadoria, avaliado em dinheiro, chama-se precisamente seu prego. O salério é, pois, apenas um nome especifico para o prego do trabalho, para o preco dessa mercadoria peculiar, que nao existe sendo na carne ¢ sangue humanos. Tomemos um trabalhador qualquer, por exemplo, um tecelao. O burgués*? Ihe for- nece 0 tear ¢ 0 fio. O teceléo senta-se para trabalhar ¢ o fio torna-se tecido. O burgués se apodera do tecido ¢ 0 vende, por 20 francos por exemplo. Entéo 0 salitio do tecelio é uma parte do tecido, dos 20 francos, do produto de seu trabalho? De forma alguma. O teceléo recebeu seu salario muito antes de o tecido ter sido vendido, talvez muito antes de tet acabado de tecé-lo. O capitalista nao paga, portanto, este salrio com o dinheiro que vai obter com o tecido, mas sim com dinheiro reservado. Como 0 tear € 0 fio nio so produtos do tecelao a quem o burgués 0s tinha fornecido,® assim também nao 0 sio as mercadorias ue reeebe em troca de sua mercadoria, o trabalho. Pode ser que o burgués nao encontre nenhum comprador para seu tecido. Pode ser que nao obtenha nem o salrio com sua 1? Bin 1891: uso da forca de trabalho. ‘1891: forga de trabalho. préprio trabalho nao faz. parte de judicou a um terceiro. jetivo de sua ativic ssmo € 0 salétio, ¢ rabalhador, que por 0, construcao, ida? Ao contrério. ar sua existéncia com ong: sex bala fi vendido de wma Yr PE codasa seu proprio: B uma mercadoria que pode passar das maos de um proprietirio as de outro Ele mesmo uma mercadoria, mas trabalho® nao € sua mercadoria. (0 servo vende somence wma Parte de seu trabalho Nj, G ele que recebe um salar ririo da terra: éantes o proprietrio da terra que recebe dele um tributo, O servo pertence a terrae entrega os frutos da terra ao proprietirig ede fato por partes. Ele leiloa 8,19, © rabathador lve, ao contatio, vende 2 i MES N> ferece mais, ao proprictirio das matérias 12,15 horas de sua vida, dia apos dia, a quem & -primas, dos instrumentos de trabalho e dos meios de subsisténcia, isto 6, aos capitalists, O trabalhador nao pertence nem a um proprietario, nem aterra, mas 8, 10, 12, 15 horas dleaua vida dria percencem Squele ques compra: O trabalhador abandona o capitalists a quem se aluga quando quiser, ¢ 0 capitalista o despede quando Ihe apraz, assim que nig possa extrair dele nenhum proveito Ou 0 proveito pretendido. Mas o trabalhador, cuja ‘nica fonte de rendimento é a venda do trabalho, nao pode abandonar toda a classe dos -compradores, isto é, a classe capitalista, sem renunciar @ sua existéncia. Ele nao pertence a creo tues burgé® ma burg? a dase bungie © problema dle consi ‘quem o queia, sto é encontrar um comprador nessa classe burgucsa. Antes de abordarmos com mais detalhea relagdo entre capital ¢ trabalho assalariado, Coen a mamas ‘ ee que devem ser consideradas na (0 salério é, como vimos, o preco de uma mercadoria determinada, o trabalho." Por a eis que determinam o prego de qualquer erta e procura, entre 0 te balla ¢ assegurarse as yyy derrotar os demai Ja venda, pelo mercado, C. » Portanto, Intam entre si sivel vender sozinho, pos vender © maximo possivel, e se los demais vendedores, Por; mle Barato GME © Outro. HE, pois, uma camry gy en o> Porisso, cada umvende : Fi a Concorrénc; peg da mercidoriasoferectte por cia entre os vendedores, que reduzo Mas ha também uma concorrénci ia entre 05 compradg F lor prego das mercadorias oferecidas, Praderes us, por seu lado, eleva 0 uma batalha em suas préprias fil Préprias tropas. O exército entre cujas tropas houver menos disputas ol brém a vitoria sobre o oponente. Admitamos que existam 100 fardos de algodao no mercado €, a0 mesmo tempo, compradores para mil fardos de algodao. Neste caso, quea oferta. Portanto, a concorréncia entre os compradores serd muito forte; cada um deles quer apoderar-se de um, se possivel de todos 0s 100 fardos. Este exemplo nao Cuma suposicio arbitréria. Na histéria do comércio, houve perfodos de escassez de algodao em que alguns capitalistas coligados tentaram comprar nao 100 fardos, mas todo 0 estoque de algodao da Terra. No caso dado, portanto, cada comprador tentard dettotar 0 outro no campo de batalha oferecendo um preco relativamente mais alto Pelos fardos de algodao. Os vendedores de algodao, que observam as tropas do exército a procuta é dez vezes maior do inimigo na mais violenta luta uns com os outros etém a venda da toralidade de seus 100 fardos assegurada, nem pensaréo em se engalfinhar pata reduzir 0s precos num Momento em que seus adversérios rivalizam entre si para fazé-los subir, Bis, portanto, 4 az subitamente estabelecida no exército dos vendedores. Confrontam os compra- dotes como um +6 homem, cruzam filosoficamente 0s Pee sere a “icontrariam qualquer limite se ndo encontrassem limites bem determinados as ofertas Mesmo dos mais interessados em comprar. ae an b inferior’) : mercadoria é infer cee cuimeamo nienhimayenneeswen eae i, -orréncia entre Bsn proporgo em que esta concoténcia dim uments concontnia nte o Topomeoem peepee compradoree ica, aumento mais ou menos significat a 7 pes E-sabido que a siruacdo oposta, com resultados opostos, é i een Cae éncia desesperada entre os vendedores; Safco da ofera em relagso" procursconcorténcia desap vo da oferta i dorias a pregos 1 'la de compradores; venda das merca éncia minima, ®orre apenas uma concorréncia minim infimos. 517 egos, 0 que significa prego ako ou py microscépio, € uma torre € pegy ~ minado pela relagao entre cea € nto ¢ queda dos de, observado 20 Ese o prego € deter entre oferta e procura? as. Ele nio hesitaré um s6 moment gués. Ele ol e nb g6rdio metafisico de um s6 golpe, Se S° Bolpe, Sea ou 100 francos, ele nos dir, ¢ obtenhy de um ano, entenda-se ~ este é un, Mas o que significa ume bpaixo? Um geto de areia € Bro comparada com procura, 0 que det Dirijamo-n0s 20 um outro Alexandre, igo da mercadoria uma montanha. ermina a relagao primeiro bom bur, ‘0 Grande, cortara ess que eu vendo me cust sa mercadoria— no prazo vo, Mas se recebo na troca 120; 130 francos, este ¢ um cos, seria um lucro extraordinatio, imenso. © gue acto? Os custos de produgio de sua mercadoria, ma de outras mercadorias cuja produgio produ 110 francos com ayenda des: ado, honesto, legiti ese chego a obter 200 fia urgués como medida do! ‘ca de sua mercadoria uma so} ero, Se recebe em troca de sua mercadoria uma soma de outras teve prejuzo. Ea queda ou aumento do luero Jucro civil Jucro alto; serve, pois, 20 Ge ele recebe em tr custou mais, obteve lt mercadorias cuja produgao calculada de acordo com o pata: dos custas de produgio. custou menos, marem que o valor de troca de sua mercadoria estve acima ou abaixo de zero — Vimos como a relacao varidvel entre oferta ¢ procura gera ora aumento, ora que dos precos, ota altos, ora baixos pregos. Se o prego de uma mercadoria sobe, dlesproporcional da procura, necessariamente de uma mercadoria apenas exprime em dinheiro ‘em decorréncia da baixa oferta ou do aumento 0 prego de qualquer outra mercadora ca hha mesma proporcios pois 0 preco relagio em que uma terceira mercadoria se troca por ela. Se, por exemplo, 0 prego de tuma vara de seda subir de 5 para 6 francos, o prego da prata em relagio a seda caiti do mesmo modo, o preco de todas as outras mercadorias que conservaram seu antigo preco caird em relagao & seda, Sera preciso dar em troca uma quantidade maior delas para obter a mesma quantidade de seda. Qual serd a consequéncia do aumento do prego de uma mercadoria? Uma massa ¢ capitais se lancar4 no ramo industrial florescente, e essa migraco dos capitais para o Ambit da indiistria privilegiada continuaré até que ela gere os lucros habituais, ou melhor alae de seus produtos, gracas & superproducao, caia abaixo dos custos de produc eae i. E vice-versa. Seo prego de uma mereadoria cai abaixo de seus custos de produss® ee da produgao dessa mercadoria. Excetuando 0 caso em que 1" industrial renha se tornad ‘ ae lo obsoleto, e portanto esteja fadado a desaparecer, « prod a mercat i é, iminnirs, amcor ts oferta, diminuird, gracas a esse fluxo de capit® responda & procura e porta : 4 Sie portanto seu preco se eleve novamente & altura de se tos de producio, ou melhor, até que a oferta cai ‘ Rs h a caia abaixo da procura, isto é, até prego suba novamente acima de seus custos de produca Be teiccad : producio, pois o prego courant ria estd sempre acima ou abaixo de seus ; custos de producti até que * Prego de mercado. YVemos 44° OS apitais continuamente vig « alto gera uma imigraca © e-vém prego ato B imigracdo acentuada demai vena dea a poderiamos demonstrar, de um ramo industrial a outro. ©0 preco baixo uma emigragao de um 4 Outro f i também a procura é determinada nas Ponto de vista, que nao somente a oferta, t los cu: Ae =a + demais de nosso objeto. stos de producao, Mas isso nos afastaria Vimos ha pouco como a oscilacao da oferta e d: prego de uma mercadoria aos seus custos de ee. ie smercadoria estd sempre acima ou abaixo dos custos lope a ae fo cnpens-e matuamsente de modo que, nin deurninade pede dec va Beco ¢ refluxo da undsthia computados, as mercadorias serio trocadas umas pelas au Jor seus: ausios de prodlusfo, portanto seu preco ser determinad por oe eel Essa determinagao do preco pelos custos de producao nao deve ser ee no entido dos economistas. Os economistas dizem que o preco médio das mercadorias & {gual aos custos de producao; esta seria a /ei. O movimento andrquico pelo qual a subida écompensada pela queda ¢ a queda pela subida é considerado por eles como casualidade. Com igual razao, como também aconteceu com outros economistas, poderfamos consi- derar a oscilagao como a* lei ¢ a determinagao pelos precos de produgao como casuali- s oscil dade. Mas sao precisamente es laces, que vistas mais de perto trazem consigo a mais tremenda devastacao e que, qual terremoto, abalam a sociedade burguesa em seus alicerces, s4o precisamente essas oscilagées que determinam, em seu curso, 0 prego pelos custos de produgao. O movimento geral dessa desordem é sua ordem. No curso dessa’ anarquia industrial, nesse movimento circular, a concorréncia compensa, por assim dizer, uma extravagancia com outra. tanto: o preco de uma mercadoria é determinado por seus eustos de 1 os periodos em que o prego dessa mercadoria sobe acima dos custos de produgéo é compensado pelos periodos em que ele cai abaixo dos custos de producao, e vice-versa, Isso, naturalmente, nao vale para um dado produto industrial dustrial. Portanto, também nao vale para in- Vemos, por produgao de tal modo qu isolado, mas apenas para todo 0 ramo i dustriaisisolados, mas apenas para coda ad a Bic A detetminagao do prego pelos custos de produsso € igua * leterminagao do preco pelo tempo de trabalho necessario para a produgao de uma mercadoria, pois os custos ) matérias-primas ei instrumentos, isto ¢ produtos indus- ; f ho, que, portanto 3 tidade de dias de trabalho, que; p , ttiais cuja produgao custou uma certa quan ae ap et “minadat” quantidade de tempo de trabalho; e 2) trabalho imediato, uma determinada Cuja medida é igualmente 0 temP0- aumentado, Suponhamos, finalment enquanto o prego de todos os produtos Novas maquinas, esta¢ao mais favoravel a 1” 1891: forca de trabalho. ~ £1891; acrescentado das minas ™: ‘ Fm 1891: forca de trabalho. », 1m 1891: erco de impress: Fn 1891: forca de trabalho. burguesia no século XVI7" menos pao, mas porque o val heiro do trabalho permane¢a o mesmo, anufacurados, gragas 4 utilizacao de ido. Com 0 mesmo dinheiro, os te, que o prego.em din agricolas € m: Jere, tenham cai jcas ¢ mais Faceis de explorar da ais ricas © m: XVI. mais mercadorias de todo género. Portanto, seu res poderiam comprar, entao, 7 ee : iro nao se modificou. salério aumentou, exatamente porque seu valor em dinheiro ni jee . O prego em dinheito do trabalho, o salério nominal nao coincide, pois, oe ° salitio real, isto é, com a quantidade de mercadorias que é realmente dada em troca do sali, Portanto, ao falarmos de aumento ou queda do salério néo devemos ter em vista somente © preco em dinheiro do trabalho, o salério nominal. Mas nem o salério came & aquantia em dinheiro pela qual o trabalhador se vende ao capitalista, nem o saléio real, isto é, a quantidade de mercadorias que pode comprar com esse dinheiro, esgotam as relagées contidas no salario. O salario é, sobretudo, determinado eiodal pela sua relacio com o rendimento, o lucro do capitalista — salrio relativo, ptoporcional. O salario real expressa 0 prego do trabalho em relagao ao prego das demais merca- dorias, 0 saldrio relativo, em contrapartida, o prego do trabalho imediato em relagao ao preco do trabalho acumulado, o valor relativo do saldrio e do capital, o valor reciproco de capitalistas ¢ trabalhadores. O salatio real pode permanecer 0 mesmo, pode inclusive aumentar, ¢ 0 salério rela- tivo, nao obstante, cair. Suponhamos, por exemplo, que os pregos de todos os meios de subsisténcia baixaram em 74, enquanto o saldrio didrio baixou somente em um tergo, portanto, por exemplo, de 3 francos para 2. Embora o trabalhador disponha, com estes 2 firancos, de maior quantidade de mercadorias do que antes com 3 francos, ainda assim seu salério diminuiu em relagao ao lucro do capitalista. O lucto do capitalista (por exem- plo, do fabricante) aumentou em 1 franco, isto é, por uma quantia menor de valores de troca que ele paga ao trabalhador, 0 erabalhador deve produzir uma quantidade maior de valores de troca do que antes. O valor do capital em relacao ao valor’> do trabalho subiu. A divisao da riqueza social entre capital e trabalho tornou-se ainda mais desigual. % Em 1891, este parigrafo foi fortemente modificado e complementado por outro. Na versio redigida por Engels, a passagem diz o seguinte =O salirio real expressa.o prego do trabalho em relacio ao prego das demais mercadorias, osalitio rlativo, 20 contratio, a parte do trabalho imediato no novo valor criado acumulado, a0 capital =Dissemosacima, pégina 14 [ver p,437}:“O salitio, portanto, por ele em relagao a parte que cabe ao trabalho x 2 fio éuma parte do trabalhador na mercadoria. produzida por ele, O slério a parte das mercadoria jé existences com a qual ocapsalista compe Pats tuma quantidade determinada de forca de trabalho produtiva” : Mas o capitalista deve recuperar novamente «se slério do prego pelo qual cle vende o produto eriade pelo trabalhador, deve peniperilovde nods a0m fem fegra, reste unto ainda um excedente, um lucro, sobre seus custos de producéo adiantados. O prego de wena da mescadoriacriada pelo trabalhador divide-se para. capitaista em trés partes: primeina,a reposiO do prego da matéria-prima adiantada por cle, junto da reposicao do desgaste das fer f frniquinas © utes melos de trabalho igualmenteadiantados por cle, segunda, a teposindo do ella licnacda pot eles€ clucro do capitaista. Enquanto. py " 0 capitalista comanda, com 0 ™esmo capital ie apical er da classe capitalisca sob eT pest eb dane 1 Cltse tabalhadoraaumen ie deeeaico eabaladrs devo dees mas um degre ee ual es ), a lei geral ie telagio & itali Qual Gentio) a lel geral ue determina a quedacoanne ety na relagdo reciproca? 0 aumento do saliirio e do lucro em fatto em relacto inversa. O valor de trpeq als roporgdo em que o valor de troca? dp tr do capital, do lucro, aumenta na mesma na medida em que o salario cai, ab yike lho, do saldvio, cai, e vice-versa. O lucro sobe Pode-se, talver, objetar que o capital » uma quantidade maior de trabalho. O ani cai na medida em que 0 salério sobe ta pode luctar gracas & troca vantajosa de seus mento da procura por suas mercadorias, seja et he iter seja em decorréncia de necessidades ee elhos mercados etc, portanto que o luero do capi- talista pode aumentar gra¢as ao prejuizo de outro capitalista, independentemente do aumento ou queda do salitio, do valor de troca do trabalho ou 0 Lene poderia também aumentar gracas ao aperfeicoamento dos instrumentos de trabalho, fpmemprego dis forcas naturais etc: , proutos com OUtTOS capitalistas, pelo tm decorréncia da conquista de novos mi omentaneamente ampli Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que o resultado permanece o mesmo, embora cheguemosa ele por caminhos opostos. De fato, 0 lucro nao aumentou porque 0 salério diminuiu, mas 0 saldrio diminuiu porque o lucro aumentou. O capitalista adquiriu, com ‘mesma quantidade de trabalho/? uma quantia maior de valores de troca, sem por isso ter pago mais pelo trabalho, ou seja, o trabalho é, pois, pior remunerado em relacao a0 produto liquido que o capitalista obteve. ‘Ademais, lembramos que, apesar das oscilagdes dos precos das mercadorias, 0 preco médio de qualquer mercadoria, a relagéo em que ela se troca por outta mercadoria, € de= terminado por seus custos de produgao. Assim, os prejuizos no interior da classe capitalista compensam-se necessariamente. O aperfeigoamento da maquinaria, onovo emprego das forcas naturais a servico da produ¢ao capacitam a criar, em um dado tempo de trabalho, com amesma quantidade de trabalho e capital, uma massa maior de produtos mas de modo algum uma massa maior de valores de troca. Se, empregando a maquina de fiar, ra mais fio do que antes de sua inv ‘oca dessas 100 libras*® mais mercadorias do que antes por ue, com © mesmo custo, posso fornecer em uma hor encao, por exemplo 100 libras €m vez de 50, nao recebo em tr 50, porque os custos de produga poss0 fornecer o dobro de produtos. ; : a classe capitalista, a burguesia, Finalmente, qualquer que seja a proporsfo cm i ‘ vida entre ros O Seja de um pais, seja de todo mercado. |, divida entre seus membros 0 produto cafram pela metade, ou pord} mundia 3 ld, "ld, {Bm 1891: forca de trabalho. 1, 2m 1891: acrescentado estranhado. Fn 1891: acrescentado a longo pra?” A Iiquido é sempre apena . ,ducao, a soma total desse produto Penas a soma d, liquido da produs: | foi ampliado pelo trabalho vivo.*' Esta soma el rabalho acumulado em ger trabalho vivo!" E see ee cresce na proporco em que o trabalho amplia o capital, isto &, na proporeig menta contra o salario. mo permanecendo 79 interior da relagéo entre capital ¢ do capital eos intereses do trabalho asialariado se contra. portanto, em que © lucro aut ‘Vemos, portanto, que mes srabalho assalariado, os interesses poem diretamente, Um répido aumi pode aumentar rapidamentese 0 yalor de tro lecairrapidamente. O saldtio relativo pode cair apesar deo salario real, simultaneamente go salétio nominal, 20 valor em dinheiro do trabalho, aumentar, bastando nio subir na mesma proporcio que o lucro. Se, por exemplo, em perfodo bom para os negécios, 0 salirio subir 5% e 0 lucro, em contrapartida, 30%, 0 saldrio proporcional, relative nao ento do capital égualmente um répido aumento do lucro. Olucro x5 4® do trabalho, se o salirio relativo também aumentou, mas sim diminuiu. ‘ado trabalhador aumenta com o rapido crescimento do capital, Se, pois, a receit: emp o abismo social que separa o trabalhador do capitalist, au- aumenta a0 mesmo t penta ao mesmo tempo o poder do capital sobre o trabalho, a dependéncia do trabalho em relagao ao capital. Dizer que o trabalhador tem interesse no répido crescimento do capital significa apenas: quanto mais rapidamente o trabalho amplie a riqueza estranha, tanto mais ticas migalhas sobram para ele, tanto mais trabalhadores podem manter-se ocupados ese reproduzir, tanto mais pode se multiplicar a massa de escravos dependentes do capital, Vimos, portanto: Mesmo a situaeao mais favordvel para. classe trabalhadora, crescimento o mais rdpido jpossivel do capital, por mais que possa melhorar a vida material dos trabalhadores, nao abole o antagonismo entre seus interesses € os interesses burgueses, os interesses dos capitalistas. [ucro e saldrio permanecem, agora como antes, em relagdo inversa. Crescendo rapidamente o capital, 0 saldrio pode aumentar; mas 0 lucro do capital aumenta desproporcionalmente mais rapido. A situacao material do trabalhador melhorou, ‘mas & custa de sua situagao social. O abismo social que o separa do capitalista se alargou- Finalmente: Dizer que acondigao mais favorével para o trabalho assalariado 6 0 crescimento mais rapido possivel do capital significa apenas: quanto mais rapidamente a classe trabalhadors ‘multiplica e aumenta o poder que Ihe € hostil, a riqueza estranha que a comanda, tant dyes serdo as condigGes sob as quais Ihe seri concedido trabalhar novamente licacao da sue) burguesa, para o aumento do poder do capital, satisfeita sma os grilhdes dourados com os quais a burguesia a arrasta atrds de s- GR," 269, 11/4/1849 Colénia, 10 de abril. Crescimento . t 0 capital pro, sao inseparavelmente ligados como ee dutivo e aumento do saliério estao de Fato : i jon creditar cegamente neles, Nao lomistas burgueses? 10s Be eerne Nie Seomessceiinssandn deen , : : rr fem demais para compartil serdseucscravo. A butguesa etaveida detnaty eae arti : arecida demais, caleula e Spara compastilhat 0 preonceios dosed on Giadagem. As condicdes de existenci, is, que ostentam o brilho de sua da burguesi x 5 guesia a obri Devemos, portanto, examinar mais deulhadamene - te: p Como atua 0 crescimento do capital produtivo sobre 0 saldrio? Crescendo 0 capit f pital produtivo da sociedade burguesa em geral, ocorre uma acumula- 40 multifacttica de trab: fie yl ee a Se ae

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