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7 Passos para uma CIPA de sucesso

Hoje estamos apresentando uma entrevista que fizemos com o colega, o gaúcho Tiago Minozzo.
Nós participamos de um evento sobre a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) em
Caxias do Sul. Ambos na condição de palestrante.
O Tiago apresentou um Case sobre o sucesso da CIPA na empresa dele. Fiquei encantado com
tudo que ele apresentou! Aproveitei para gravar uma entrevista na hora mesmo, no improviso,
porque certamente seria complicado ter outra oportunidade.
Aproveito para agradecer ao colega pela entrevista. É muito importante estar de olho em quem
está fazendo a diferença como ele…

O Tiago Minozzo irá apresentar 7 passos para ter uma CIPA de sucesso. Tenho certeza que todos
os 7 passos que ele mencionou são implementáveis. Tal qual disse logo no início da entrevista ter
uma CIPA de sucesso é uma construção, demanda algum trabalho. Portanto, não apenas escute
os 7 passos, mas, trabalhe para coloca-los em prática. Tenho certeza que colherá os resultados
desejados.

7 PASSOS PARA UMA CIPA DE SUCESSO

1 – O SESMT precisa acreditar na CIPA

Quando se fala em CIPA acredito que a grande questão e o próprio profissional de segurança
acreditar. Precisamos ver a CIPA como uma ferramenta importante de prevenção e não como um
fardo pesado a ser carregado.

2 – Envolver pessoas na gestão de SST

No momento em que trabalhamos e temos o objetivo comum de melhorar continuamente o


ambiente de trabalho, e proporcionar uma qualidade de vida para os nossos colegas, quanto mais
pessoas incluídas nessa gestão melhor.
Não podemos pensar que o SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho), Engenheiro, Técnico de Segurança do Trabalho ou qualquer outro
profissional irá fazer o trabalho sozinho. Precisamos a cada dia mais estabelecer parcerias para
facilitar o nosso trabalho.

Acredito que fortalecendo as parcerias trazendo pessoas para participar o resultado vem
naturalmente.

3 – investir na qualidade da capacitação do Cipeiro

Quando começamos a trabalhar, identificamos a necessidade de fortalecer a CIPA (Comissão


Interna de Prevenção de Acidentes). E o primeiro passo que pegamos firme foi a capacitação.
Temos o treinamento de 20 horas obrigatório para a comissão, temos ele pronto e aplicamos nas
organizações, seja na indústria ou em qualquer outro segmento. Porém é importante pensar e as
particularidades de cada empresa?
É isso que precisamos trabalhar. Então desenhamos junto com RH (Recursos Humanos) empresa
as particularidades, e o que nós esperávamos da CIPA dentro da nossa empresa.
4 – Definir objetivos para a CIPA

Foi importante trazer o gestor para participar! Nós precisávamos mudar a imagem da CIPA. E
precisávamos que a CIPA trabalhasse e desse resultado para adquirir credibilidade.

Sem credibilidade dificilmente qualquer profissional consegue desempenhar suas atividades com a
participação dos outros. Então passamos por aí capacitação, apoio do gestor e a CIPA
trabalhando.

A questão da credibilidade é fundamental, até mesmo para convencer aqueles trabalhadores que
irão fazer parte das próximas gestões da CIPA.

Um problema que enfrentamos na nossa empresa é que os empregados acreditavam que só


participava da CIPA quem queria estabilidade. Por isso, os empregados não queriam atrelar o
nome deles à CIPA…

Tivemos que trabalhar para desvincular a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) da
imagem da estabilidade. E hoje temos na CIPA pessoas que realmente querem trabalhar e estão
olhando para a prevenção. Então passou por aí também… Essa credibilidade vai muito pelo
trabalho da CIPA. Qual o nosso papel enquanto o trabalho técnico é fomentar isso.

Antes de participar da CIPA o postulante a vaga responde um questionário para mostrar o que de
fato ele deseja fazer na CIPA. Temos interesse em pessoas interessadas em fazer uma CIPA
melhor! Com esse comportamento afastamos as pessoas que só querem a CIPA por causa da
estabilidade.

5 – Estimular a CIPA continuamente

Temos que buscar práticas inovadoras, desafiadoras, desafiar comissão porque se não estivermos
colocando lenha na fogueira a chama vai baixar! Somos as pessoas que alimentam, e isso tem que
ser feito continuamente. E esse é nosso desafio para com a CIPA enquanto profissionais da área
de segurança.

6 – Inovar constantemente

A SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes) na nossa empresa tem ganhado força,
inovamos a cada dia. Já tivemos SIPAT com 20 dias, 10 dias, essa última agora voltou a ser de
uma semana.

O ano passado organizamos um arraial. Envolvemos toda empresa. Cada setor organizou uma
banca e esse setor dizia para as pessoas o que eles faziam dentro da empresa. Estávamos
estimulando a interação entre os colegas. E onde a CIPA entrava nisso?

A comissão foi dividida, em cada setor tinham dois cipeiros. Esses cipeiros faziam o levantamento
de risco do setor e apresentava junto com as pessoas do setor para quem estava visitando. Essas
coisas dão trabalho, mas, é isso que faz com que consigamos motivar a CIPA.

Se você quer ter uma CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) eficiente você tem que
se dar ao trabalho de buscar trabalho! Se ficarmos sentado atrás de uma mesa esperando
acontecer, simplesmente não vai acontecer! Nós temos que buscar estabelecer desafios, pesquisar
formas de fazer acontecer e adaptar para nosso ambiente de trabalho. Tudo isso dá trabalho.
Trabalhar dá trabalho!
BUSCAR INDICADORES

Quais são os indicadores principais que vocês usam para mostrar a CIPA para o empregador?

Temos três indicadores macro que são Taxa de Frequência e Gravidade e temos um indicador bem
específico que é Índice de Melhorias Sugeridas e Implementadas.

Antes o que acontecia era que a gente sugeria muito só que as coisas não saíam do papel… Essa
é uma dificuldade que se tem muitas vezes. A forma que encontramos para mudar isso foi montar o
indicador.

Nós entendemos que quando sugere algo na área da segurança é porque temos algum risco no
momento. Quando resolvermos aquele problema diminuo o risco, e esse indicador é um dos que
acho fantástico junto com a taxa de Gravidade e a Frequência que vem para complementar.

Temos outros indicadores mais setoriais números de inspeções, e assim por diante, mas, além do
indicador temos que analisar o que está por trás do indicador. Qual o resultado tivemos? Porque
chegamos ao resultado? Porque não atingimos a meta?

Tem outro muito importante, mas, que muitas vezes as pessoas deixam de fazer que é Por que
atingimos a meta? Se atingimos a meta precisamos entender o que deu certo, o que há de bom por
trás desse resultado.

7 Divulgar as vitorias da CIPA

Uma das ações que temos na empresa é apresentar números, apresentar resultados e registrar. É
importante também apresentar os resultados para todos empregados na reunião de final de ano.

Apresentar resultados publicamente também é uma forma também de trazer pessoal para o nosso
lado e já lançar o desafio para o próximo ano.

Quando se mostra bons números de redução de acidentes, afastamento. São pessoas da equipe
deles (empregados) que estão trabalhando e deixaram de ser acidentar, pessoas que poderiam
estar em casa acidentadas e estão lá, produzindo. Isso que temos que mostrar também.

Analisar os indicadores e trazer as pessoas. Apresentar isso quer dizer eles estão participando,
eles são frutos disso, eles fazem parte daquele resultado.

Oque acontece ás vezes é que peço a parceria dos demais trabalhadores e não divulgo as vitórias.
“Fico com os louros da fama”, essa atitude e uma forma de afastar a parceria
ECONOMIA COM O FAP (FATOR ACIDENTÁRIO PREVIDENCIÁRIO)

Investir em segurança do trabalho através da CIPA nos levou a ter uma redução tão grande no
FAP que em um ano que daria para comprar duas máquinas injetoras novas.

O FAP é um bom exemplo de trabalho a médio prazo. De nada adianta fazer um trabalho excelente
em um ano se não manter ou melhorar no próximo. Isso aconteceu em nossa empresa, tivemos um
resultado FAP bom e um ano e que no outro já foi ruim. E o que fizemos? Trabalhamos firme em
parceria com a CIPA e nosso FAP voltou a cair.

DESENVOLVER ESTRATÉGIAS É IMPORTANTE

Nós identificamos os problemas e traçamos um plano de ação. O RH (Recursos Humanos) entrou


por ter os dados do pessoal afastado e o SESMT entrou na questão do acidente de trabalho em
parceria com a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), ou seja, criamos uma força-
tarefa!

Se pensarmos que sozinhos podemos fazer resultados a médio e longo prazo estaremos nos
enganando. Parceria é importante o tempo todo.

CONCLUINDO

Tal como falei logo no início da palestra, acredito que uma das grandes formas de aprendizado é
compartilhar informação. Porque no momento em que estamos falando estamos, estamos
compartilhando temos que nos preparar para isso, e assim cresço.

Fico feliz por poder contribuir ainda que minimamente de alguma forma com nosso conhecimento,
esse é o nosso combustível.

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