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78UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências

Curso de licenciatura em ensino de Geografia

IMPORTÂNCIA DAS CORRENTES DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO NO


ENSINO DE GEOGRAFIA

Nome: Florinda Abrão

Lichinga, aos 00 de agosto de 2023


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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em ensino de Geografia

IMPORTÂNCIA DAS CORRENTES DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO NO


ENSINO DE GEOGRAFIA

Nome: Florinda Abrão

Trabalho de campo a ser submetido


na coordenação do curso de
licenciatura em ensino de geografia da
unisced
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Lichinga, aos 00 de agosto 2023


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Índice
1. Introdução..................................................................................................................4

2. Conceito de espaço.....................................................................................................5

3. Conceito de território.................................................................................................5

4. População...................................................................................................................7

5. O pensamento geográfico e sua relação com o ensino de geografia..........................7

5.1. O Determinismo geográfico................................................................................8

O argumento usado para o determinismo geográfico....................................................8

6. Consideraçoes finais...................................................................................................9

7. Referências Bibliográficas.......................................................................................10
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1. Introdução

Desde os primeiros relatos no que diz respeito à história da humanidade, o homem vem
tentando responder questionamentos, buscando explicações sobre o que seria a
geografia e as questões relativas ao conhecimento geográficos a influência deste frente a
humanidade. Tais fatos ajudaram no desenvolvimento de uma geografia, que busca
compreender as incógnitas referentes à natureza, ao homem, a relação entre ambos e a
sociedade em geral, ocasionando um leque de temas para o ensino de geografia. Frente
às várias tendências concepções do pensamento, como a tradicional, a quantitativa, a
humanística e acrítica, construída a luz dos referenciais teóricos como
Harvey(2001)Kozel e Filizola(1996), Straforini(2008), Vesentini(2004) e
Lacoste(2012), verifica-se que pensamento geográfico sempre vivenciou processos de
renovação, de rachaduras e instabilidade na formação e suas ressignificações.
Percebendo que há uma grande complexidade que cerca o ensino da disciplina,
pretende-se fazer uma abordagem na conjetura histórica das correntes de pensamento da
ciência geográfica, com o intuito de possibilitar uma reflexão sobre os papéis de alunos
e professores perante a realidade que os circundam.
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2. Conceito de espaço

Espaço é um termo que vem do latim spatĭum e que admite varias acepções. A principal
diz respeito à extensão que contém a matéria existente.

Num sentido semelhante, o espaço é a parte que ocupa um objecto sensível e a


capacidade de terreno ou lugar. Por exemplo: “Sinto muito, mas já não há mais espaço
no salão”, “Vamos ter de trocar de cama, já que esta ocupa demasiado espaço”.

A noção de espaço também pode fazer referência ao espaço exterior (a região do


universo que está mais além da atmosfera terrestre):

Outro uso do termo está associado também ao decurso do tempo entre dois eventos:
“Garanto-te que a Marta esteve a chorar desconsoladamente no espaço de duas horas”,
“Tenho um espaço livre entre a reunião das duas da tarde e a consulta das sete”.

E foi através de pessoas que habitam (e também das que habitaram) em distintos
lugares, utilizando a organização econômica, social, cultural e técnica, que esse espaço
fora modificado. O espaço geográfico compreende ainda as áreas do planeta terra que
podem ser catalogadas e classificadas por meio da geografia.

No meio da televisão e da rádio, o espaço é um programa ou uma parte da programação:


“Este canal precisa de mais espaços desportivos para atrair o público masculino”,
“Quando acabar o espaço informativo, vai começar o filme”.

A separação entre as linhas de um texto, ou entre as suas palavras ou letras também


recebe o nome de espaço: “Não entendo bem o que diz no texto: por favor, aumenta a
letra, deixa um espaço duplo e volta a imprimir”.

3. Conceito de território

é usualmente definido como uma área do espaço delimitada por fronteiras a partir de
uma relação de posse ou propriedade, seja essa animal ou humana. Essa última
apresenta versões políticas, culturais, econômicas, regionais, entre outras. O termo
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território vem do latim “territorium”, expressão que se referia a uma terra delimitada ou
sob uma dada jurisdição.

Apesar dessa definição simples, o conceito de território é polissêmico e transformou-se


muito ao longo do tempo, o que torna difícil a sua elaboração, haja vista que, conforme
a abordagem empregada, o território passa a ser visto com uma nova roupagem.

Para o geógrafo suíço, Claude Raffestin, o território não é precisamente estabelecido


apenas pela construção e delimitação de fronteiras. Para que um território seja
estruturado, mais do que isso são necessárias a sua afirmação e a apropriação a partir de
uma relação de poder. Territorializar, nesse sentido, significa manifestar um poder em
uma área específica.

Já Robert Sack, pensador norte-americano, contribuiu em muito com esse debate,


sobretudo quando ele “livrou” o conceito de território da noção de Estado e considerou
que as relações de territorialidade, ou seja, de imposição dos territórios, transformam-se
no tempo e no espaço. Um exemplo foi apontado por Marcelo Lopes de Souza ao
mencionar o território das prostitutas em uma rua do Rio de Janeiro. Esse território é
estabelecido em oposição ao dos travestis e apenas em uma temporalidade específica, o
período noturno. O território é, dessa forma, alvo de diferentes definições e debates,
sendo construído não somente por suas fronteiras (uma vez que essas nem sempre são
precisas ou visíveis), mas principalmente pelas relações simbólicas, estruturais e de
poder que garantem a sua existência e dinamicidade.

Por Me. Rofolfo Alves Pena

A paisagem é, pois, os aspectos perceptíveis do espaço geográfico, isto é, a forma como


compreendemos o mundo a partir de nossos sentidos, tais como a visão, o olfato, o
paladar, entre outros. É claro que a visão é, geralmente, o mais preponderante dos
sentidos quando falamos em compreensão da paisagem, porém não é o único, de forma
que podemos perceber o espaço também pelos seus cheiros, sons, sabores e aspectos
externos.

A paisagem carrega consigo aspectos naturais e também aspectos culturais ou


humanizados. Quando uma determinada área é formada apenas pelos elementos da
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natureza, falamos de uma paisagem natural, mas quando ela apresenta alguma
intervenção humana, então falamos de paisagem cultural, também chamada de
“paisagem humanizada” ou de “paisagem geográfica”.

4. População

População é o conjunto de indivíduos que habitam uma determinada localidade. Os


estudos populacionais são de suma importância para o planeamento territorial.
A população é um conceito demográfico que designa o total de habitantes de
um território. Esse conceito é muito importante nos estudos demográficos, pois é
utilizado em diversas análises populacionais. A população mundial cresceu de forma
acentuada ao longo do século XX, devido à diminuição da mortalidade e elevação da
natalidade. Porém, o século XXI apresenta forte tendência de redução do crescimento da
população global, especialmente devido à diminuição da natalidade.

5. O pensamento geográfico e sua relação com o ensino de geografia

A sistematização das ciências do homem, mais especificamente da Geografia se dá no


século XIX, após as ciências da natureza, sustentadas pelo método experimental e o
cientificismo ao seu lado. As ciências humanas inseridas num contexto histórico,
político e ideológico, se viu diante de dificuldades no que tange sua objetividade.
Straforini (2008, p.56) sobre o assunto escreve que: O papel da educação e, dentro
dessa, o do ensino de geografia e trazer à tona as condições necessárias para a
evidenciação das contradições da sociedade a partir do espaço, para que no seu
entendimento e esclarecimento possa surgir um inconformismo e, a partir daí, uma outra
possibilidade para a condição da existência humana. Segundo Harvey (2001),caso não
haja uma atitude reflexiva, a educação ficaráa mercê da hegemonização do capitalismo
monopolista, pois a sociedade atual tem vivenciado a compressão espaço-tempo de
forma contundente, o que implicações severas para o ensino de uma disciplina que lida
com conceitos de espacialização, lugar, paisagem, região, e territorializações de
fenômenos sociais e naturais, como a geografia são consequência de transformações
ocorridas nas políticas educacionais, bem como do surgimento de novas abordagens da
ciência geográfica, estas, por sua vez, também influenciadas pelo atual contexto
político, econômico e cultural. Podemos mesmo afirmar com segurança que nenhuma
outra disciplina escolar- a Matemática, a Biologia, a Química, a História, a Língua
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Portuguesa etc.-vem conhecendo uma pluralidade tão grande de tentativas de renovação


quanto a Geografia. Não que inexistam renovações, tentativas de mudar conteúdos e
estratégias nas demais disciplinas escolares. Existem sim, mas elas, por via de regra,
seguem caminhos mais ou menos previamente traçados e amplamentediscutidos.
(VESENTINI, 2004; p. 220-221) O contexto educacional segundo o autor precisa que o
professor seja também um cientista, que vá além das expectativas e se torne bacharel,
geógrafo. Desse modo o ensino de geografia passaa ser uma disciplina escolar
fortalecida com o apoio da ciência, ligados a epistemologia da geografia que é ao
mesmo tempo cercada de dúvidas e incertezas.Destaca-se assim que o professor de
geografia, deve ter a compreensão de conceitos para entender o contexto onde está
inserido.

5.1. O Determinismo geográfico

O determinismo geográfico é a crença de que o ambiente determina os padrões da


cultura humana de um determinado local e seu desenvolvimento social. Neste caso são
levados em consideração principalmente os fatores físicos, como formas de relevo e
clima.

Os especialistas que acreditam no determinismo geográfico afirmam que somente os


fatores ecológicos, climáticos e geográficos são responsáveis pelas culturas humanas e
decisões individuais.

Além disso, eles afirmam que as condições sociais praticamente não têm impacto sobre
o desenvolvimento cultural.

O argumento usado para o determinismo geográfico


O principal argumento para o determinismo geográfico é de que as características físicas
de uma área, como o clima, têm um impacto essencial e direto na vida dos habitantes do
local.

Essa perspectiva afirma que isso ajuda a definir o comportamento geral e a cultura de
uma sociedade. Por exemplo, foi dito que as áreas nos trópicos de câncer e capricórnio
eram menos desenvolvidas do que as latitudes mais altas.
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6. Consideraçoes finais

Nesta fase intermediaria da pesquisa percebemos que o ensino de geografia no Ensino


Fundamental apresenta-se como um componente curricular importante na formação de
crianças e adolescentes matriculadas na escola pública, mas o que observamos quanto
aos conceitos, características e estruturas do desenvolvimento do ensino da disciplina, e
sua relação com o pensamento geográfico, decorre de uma fragmentação do
conhecimento geográfico, e que apesar de os professores compreenderem a relevância
da Geografia Crítica, ainda persistem práticas docentes mais próximas da Geografia
considerada Tradicional.
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7. Referências Bibliográficas

Equipe editorial de Conceito.de. (3 de Agosto de 2013). Atualizado em 4 de Julho de


2019. Espaço - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/espaco

PENA, Rodolfo F. Alves. "O que é território?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-territorio.htm. Acesso em 16
de agosto de 2023.

BUITONI, Marísia M. Santiago. Geografia: ensino fundamental. Ministério da


Educação, Secretaria da Educação Básica, (Coleção Explorando o Ensino; v.
22).Brasília: 2010.

VESENTINI J. W. Realidades e Perspectivas do Ensino de Geografia no Brasil. In:O


Ensino de Geografia no Século XXI. (Org.) 7ª Ed – Campinas, SP: Papirus, 2004. p.
220- 248.

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