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Universidade do Algarve

Instituto Superior de Engenharia

Física - Capítulo 2

Estática de um Ponto Material


Sistemas Equivalentes de Forças
Atrito

Licenciaturas em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores


&
Engenharia de Sistemas e Tecnologias Informáticas
Aulas teóricas Física Universidade do Algarve 2

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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS


1.1 – Introdução

MECÂNICA → ARISTÓTELES (IV AC)


"máquina “ "invento" "construção"

A técnica coloca aos Engenheiros problemas diversos:

• Cálculo de construções (edifícios, pontes, barragens, canais.....);


• Desenho e exploração de máquinas, motores, energias renováveis;
• Veículos, Barcos, Aviões, Naves, etc…

A solução destes problemas passa por fundamentos científicos comuns→


Leis gerais do movimento ou equilíbrio de corpos e interações entre os
mesmos → MECÂNICA
Forças: - internucleares
- gravíticas
- magnéticas
- eléctricas E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS


MECÂNICA
(conforme problema em estudo) (conforme propriedades do objeto em estudo)

 Ponto material
Estática Corpo rígido
 
Cinemática Corpo de m var iável

Dinâmica Corpo deformável
  Líquidos

Gases
Arquímedes (Sec. III AC) ⎯ Estática de gases
Galileu 
 Mec. Classica
Newton
Euler (1783) ⎯ Eq. Diferenciais
D'Alembert (1717 - 1783)
Lagrange
Einstein ⎯ Mec. Relativista E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS

Conceitos Básicos:
Posição no espaço – posição de um ponto ou coordenadas desse ponto
num referencial ortonormado.

Tempo – instante em que determinado evento ocorre.

Massa – usado para caracterizar e comparar os corpos em certas


experiências.

Força – grandeza vetorial que representa a ação de um corpo sobre outro.

Pontos Materiais: pequena porção de matéria que é considerada como


se ocupasse um ponto no espaço.

Corpos Rígidos: combinação de um grande número de pontos materiais


(partículas) que ocupam posições fixas relativamente umas às outras.

E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS


Leis de Newton:
1ª lei – o corpo encontra-se em equilíbrio se estava em repouso ou
se se move com velocidade constante (a=0).
    
F1 + F2 + F3 + F4 = 0
 n  
R =  Fi = 0
i =1

2ª lei – o corpo encontra-se em movimento com velocidade variável.

3ª lei – as forças de ação e reação entre os


corpos têm a mesma intensidade, mesma
direção e sentidos opostos.

Lei de gravitação de Newton – estabelece que dois pontos materiais


de massas M e m são mutuamente atraídos por forças iguais e
opostas. E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS


Noção de forças exteriores
Forças exteriores representam a ação de outros corpos sobre o corpo
rígido em análise. Estas forças são inteiramente responsáveis sobre o
comportamento externo do corpo rígido. Condicionam o seu
movimento ou a sua permanência em repouso.

Noção de forças interiores


Forças interiores são aquelas que mantêm unidas as diferentes
partículas que constituem o corpo rígido. Se o corpo rígido é
estruturalmente composto por várias partes, as forças de ligação entre
elas são também definidas como forças interiores.

Princípio da transmissibilidade
As condições de equilíbrio ou movimento de um corpo rígido não se
alteram, se uma força que atua num ponto for substituída por outra da
mesma intensidade, mesma direção e sentido, mas que atua num
ponto diferente desde que a sua linha de ação seja a mesma.
E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS

AXIOMA 1 - Se duas
 forças atuam sobre um corpo rígido livre, só ficará
em repouso se F1= F2

AXIOMA 2 – A ação de um sistema de forças sobre um corpo não se


altera se adicionarmos ou omitirmos um sistema de forças equilibrado.

F1 F2

F1 F2

F1 F2

Atenção – se não houver rigidez há cuidados a ter, as igualdades não se verificam

E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS

AXIOMA 3 – Regra do paralelogramo /triângulo

Lei do paralelogramo / Regra do triângulo: duas forças atuantes sobre


um ponto material podem ser substituídas por uma única força resultante.
  
➢ Regra do paralelogramo F =F1+ F2
F2

F = F12 + F22 +2F1F2 cos
 F ou
F = F12 + F22 −2F1F2 cos
F1

➢ Regra do triângulo
F2 F1 F
F2
= =
 180 - α  senγ senβ senα
F
F1 em que α = ( β + γ)
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS

AXIOMA 4 – Par ação / reação


AXIOMA 5 – O centro de gravidade (c.g.) de um corpo sobre a
ação de um sistema de forças conserva-se se o corpo for RÍGIDO.

N1
N
N2
Forças e Reações nos pontos de
contacto entre duas superfícies
Plano liso
Superfície de
contacto pontual

Tensões em cabos T

Cabos ou fios
E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS

Exemplo 1:

Um carro é puxado por duas cordas. A


tensão em AB é 400 N e  = 20º. Sabendo
B
que a resultante tem a direção do eixo do
carro (utilizando trigonometria), determine: 30º
A

a) A tensão em AC
C

b) A resultante.

E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS


1.2 – Componentes cartesianas de uma força

Por vezes há grande conveniência na decomposição de forças em duas


componentes normais (2D), segundo as direções x e y, ou em três
componentes (3D) (adiciona-se a direção z). As componentes segundo os
eixos são designadas de cartesianas.
y
As forças podem ser decompostas nas
suas componentes cartesianas a 2D ou 3D
F Assim, se tivermos vetores unitários:
u x e u y ( iˆ e ˆj )
  
 
Fy
F =Fx + Fy
 Então:
 
Fx =Fx iˆ F =Fx iˆ+ Fy ˆj ou F = Fx u x + Fy u y

Fy =Fx  ˆj Sendo:

uy
Fx = F cos  ; Fy = F sen 
ux Fx x
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS


  
Se tivermos, aplicadas num ponto as forças F1, F2, F3 a sua resultante será:
  
F1= F1x u x + F2 y u y
  
F2 =F2 x u x + F2 y u y  Fx = F1x + F2 x + F3x
  
 Fy = F1y + F2 y + F3 y
 
F3 = F3 x u x + F3 y u y
  
F = F x u x + Fy u y
Fx = Fkx

Isto é válido para três dimensões: Fy = Fky

Fz = Fkz

E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS

Exemplo 2:

Determine a resultante das forças que atuam no parafuso da figura seguinte:


y

F = 80 N
2

F = 150 N
1

20º

30º

15º x

F = 100 N
4

F = 110 N
3

E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS

1.3 – Equilíbrio de um Ponto Material


➢ Quando a resultante de todas as forças que atuam sobre um ponto
material é nula, este ponto está em equilíbrio (ou está em repouso
ou tem movimento retilíneo e uniforme M.R.U., conforme a 1ª Lei de
Newton).  n  
R =  Fi = 0
i =1

➢ Para que um sistema de forças esteja em equilíbrio, é condição


necessária e suficiente que a resultante destas forças seja nula.

➢ O equilíbrio das forças aplicadas a um corpo sólido livre é


necessária, mas não suficiente, para que o corpo esteja em
repouso, ou em equilíbrio.

➢ As condições que podem, ou melhor, devem satisfazer o equilíbrio


das forças podem ser expressas de forma analítica ou de forma
geométrica.
E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS


Forma Geométrica:
Para que a resultante do conjunto de forças atuantes esteja em
equilíbrio e igual a zero, é necessário que o polígono de forças
resultante seja fechado. F2

Técnica de somar vetores: F3


F1

A F4
Forma Analítica
A intensidade da resultante de um sistema de forças é dada
analiticamente por :
F = Fx2 + Fy2 + Fz2
Então, para que haja equilíbrio, é necessário que as forças aplicadas
satisfaçam as condições:
     
 Fk x =0;  Fk y =0;  Fk z =0
E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS


Aparecem problemas de dois tipos em Estática das partículas:

1) Conhecemos as forças aplicadas (total e parcial) e é necessário


determinar em que posição ou em que correlação de forças o corpo
está em equilíbrio.

2) Sabe-se que existe equilíbrio e é necessário determinar a magnitude


de todas as forças que atuam sobre o corpo.

Um grande número de problemas, que


 
envolvem estruturas reais, pode ser
reduzido a problemas referentes a um
P
3
ponto material, sendo a solução encontrada
P1 P
quando se recorre ao chamado
2
DIAGRAMA DO CORPO LIVRE.

(Note-se que há sistemas estaticamente indeterminados, o número de


reações de ligações desconhecidas é superior ao número de equações de
equilíbrio que contêm essas reações).
E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS

Exemplo 3:

B C

50º 30º

O caixote de massa m = 75 Kg é suportado por duas cordas que passam


pelas roldanas fixas B e C. Pretende-se determinar a tensão nas cordas
AB e AC, desprezando o peso das roldanas e considerando g=10m/s2.
Solução:  T AB = 660 N
T AC = 490 N E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS

1.4 – Forças no espaço (3D): Cosenos Diretores


z
Vamos agora ver como se resolve um
problema envolvendo três dimensões.
Fz
Consideremos uma força F no espaço,
a qual pode ser decomposta nas suas
j componentes vertical e horizontal:
F
Fy
Fz = F cos j
Fx Fh
y Fh = F sin j
 Mas Fh pode ser decomposta nas suas
x componentes cartesianas:
 Fx = F cos  sin j
Fx = Fh cos  
 F y = F sin  sin j
F y = Fh sin   F = F cos j
 z E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS


Aplicando o Teorema de Pitágoras podemos escrever:

F 2 = Fz2 + Fh2 e Fh2 = Fx2 + Fy2 Logo: F 2 = Fx2 + Fy2 + Fz2

Se denominarmos os ângulos de F com os eixos coordenados, de:


 x,  y e  z

e que os mesmos são chamados os CO-SENOS diretores, tem-se:


Fx =F cos x Fy = F cos y Fz =F cos z

onde
 = cos x u x + cos y u y + cos z u z

x y z
 
Então, simplificadamente: F =F E. Silva + P. Santos
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1 – ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS

Exemplo 4: Considere uma força de 50 N em duas situações diferentes.

a) z
b) z

j=30º A(3,2,5)
F
F
y
Fh
y
=45º
x
x
E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças

Neste capítulo estudaremos o efeito de um sistema de forças sobre um corpo


rígido (não considerado como ponto material), e iremos ver como substituir um
dado sistema de forças por um outro equivalente, mas para tal é necessário
conhecer o conceito de Momento de força em relação a um ponto ou um eixo.

2.1 – Momento de Uma Força em Relação a Um Ponto


  
M0 = r x F

E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças


Do conceito de momento decorre:

→ Condição de equivalência entre duas forças.


 
Duas forças F1 e F2 são equivalentes se e só se são iguais
têm mesma direção, sentido, módulo e têm
igual momento em relação a dado ponto.
F F
M =M 2
0
1
0 z
F1
Teorema de Varignon (1654 - 1722) F2
A soma dos momentos de todas as   
forças de um sistema de forças M1 = r x F1
   F3
concorrentes em relação a um ponto, M 2 = r x F2
é igual ao momento criado pela    r
resultante do sistema em relação ao M 3 = r x F3
mesmo ponto. y
     F
M1 + M 2 + M 3 = r  FR = M R
x E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças

2.2 – Momento de uma força relativamente a um eixo


L

M 0 → Momento de uma força em
y MOL relação a um ponto O do eixo
OL.
F
L

Mo
M 0 L → Momento de uma força em
relação a um eixo OL

r Define-se o momento de uma força
x
em relação a um eixo, como a
o
projeção sobre o eixo do momento
  de uma força relativamente a um
M 0 L =M 0 ponto desse eixo.
z
Assim o momento de uma força em relação a um eixo
OL é calculado como sendo o produto interno entre o
vetor unitário que define a direção do eixo e a o
momento em relação a um ponto. E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças

Ou seja, é a projeção do momento em relação a um ponto sobre o eixo.

Esta projeção é dado pelo produto misto:


  
M 0 L = (r x F )

O momento de uma força relativamente a um eixo caracteriza o efeito


rotativo dessa força sobre o eixo, do que resulta:

“O momento de uma força relativamente a um eixo tem um valor igual


ao do momento da sua projeção sobre o plano ao eixo, relativamente
ao ponto de intersecção do eixo com o plano”.

E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças

2.3 – Momento de um Binário



Quando  F = 0 , o sistema diz-se que está em equilíbrio, concluindo-se
que não tem movimento de translação. Mas pode ter movimento de
rotação, desde que sejam aplicadas duas forças paralelas de igual
intensidade, mas sentido oposto – chamado de binário de forças.
M   
M 0 = M1 + M 2
    

M1=r1 xF1 M1 = r1 . F1 sin 
r1
F1
    
0 M 2 =r2 xF2 M 2 = r2 . F2 sin 
d
F2
r2
Assim o momento de um binário é dado por:

M binário = d .F

E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças

Algumas notas:

1) O momento de um binário é o mesmo, seja qual for o ponto em


relação ao qual é calculado. (Por ex.: em relação ao ponto de
aplicação de uma das forças);

2) Dois binários são equivalentes se tiverem o mesmo vetor momento.

M binário = 2b.F
ou F 2b -2F

M binário = b.2 F b
2F

E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças

Algumas notas (Continuação):

3) Qualquer força que atua sobre um corpo rígido num ponto A,


pode ser deslocada para um ponto arbitrário O desde que seja
acrescentado um:   F
M = M0

M0 F
F
F

A A A
0 0
0 r

-F

E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças

2.4 – Sistemas equivalentes de forças

     
Dois sistemas de forças F1, F2, F3 e 1' , F2' , F3'
F

são equivalentes se e só se:  '


F = F
 '
 M0 =  M0

Na resolução dos problemas de estática é normalmente necessário


reduzir os sistemas de forças à sua forma mais simples. Assumem
particular importância:

A - Forças Concorrentes: naturalmente reduzíveis à sua resultante


R aplicada no mesmo ponto.

E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças


B - Forças Complanares: redutíveis a um sistema força-binário resultante.

R
F2

R
M0
F1

R
d R
M0
d=
A R
F3
z

C - Forças Paralelas: equivalente a um sistema força-binário resultante.


y

R
R

F1 F3
A
R z
0
0
x
MR
0 x
F2

z E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças


Exemplo 4: FORÇAS COMPLANARES: Determinar a resultante de forças e
encontrar o ponto onde a linha de ação da resultante corta o eixo dos xx‘.
y

F1 = 200 Kgf C 1 = 100 Kgf . m

1m C 2 = 80 Kgf . m
4m 4m

C1 C2
5m 4m
F3 = 150 Kgf F2 = 300 Kgf

2m 3m

z E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças

Exemplo 5: FORÇAS PLANARES: Determinar a resultante de forças e o


ponto de aplicação da força.

A placa é quadrada e tem 3m de lado. Considerar F1=100kN, F2=40kN,


F3=60kN e F4=200kN.

E. Silva + P. Santos
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2 - CORPOS RÍGIDOS: Sistemas equivalentes de Forças


Notas:

E. Silva + P. Santos
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3 – EQUILÍBRIO DE CORPOS RÍGIDOS

3.1 – Equilíbrio a duas dimensões


 
 Fx = 0
  Três equações, logo três
 M0 = 0 incógnitas associadas.
 
 Fy = 0

3.2 – Equilíbrio a três dimensões


   
 Fx = 0  Mx = 0

  Seis equações, logo seis



 
Fy = 0  My = 0 incógnitas associadas.

   
 Fz = 0  Mz = 0 E. Silva + P. Santos
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4 – ATRITO

Até agora temos andado a supor que as superfícies são lisas. Mas na
realidade elas podem ser rugosas.

Lisas → a força entre as 2 superfícies é normal a elas e o corpo pode


mover-se.

Rugosas → existem, para além das forças normais, forças tangenciais que
impedem o movimento.

➢ Na realidade não existe nenhuma superfície perfeitamente lisa.

➢ Quando 2 superfícies estão em contacto, aparecem forças


tangenciais denominadas de forças de atrito.

Seco: entre corpos rígidos em contacto


Atrito
Fluído: entre um corpo rígido e um fluído E. Silva + P. Santos
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4 - ATRITO

4.1–Coeficientes de Atrito
P
Q Q

Fa
N
Conforme o valor da força Q, pode ocorrer duas situações:

1) Q é pequena, o bloco não se move, logo vai ter que existir uma
força horizontal para equilibrar a força Q – força de atrito
estático.

2) Q aumenta – daí a força de atrito aumenta até um valor máximo


– movimento iminente. Se Q continuar a aumentar, o corpo
entra em movimento e a força de atrito passa a ser – força de
atrito cinético.
E. Silva + P. Santos
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4 - ATRITO

4.1–Coeficientes de Atrito
Fmáx =e N

Fam Fc =c N
Fac
e → Coeficiente de atrito estático

c → Coeficiente de atrito cinético


Q

Equilíbrio Movimento

E. Silva + P. Santos
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4 - ATRITO

Exemplo 6:

Considere-se um corpo de massa 50 kg e  e = 0 , 25 ;  c = 0 ,2

Determinar as condições em que o corpo se encontra quando


se aplica uma força Q horizontal, tal que o seu módulo seja:

a) 100 N

b) 120 N

c) 125 N

d) 126 N

E. Silva + P. Santos

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