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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR


UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AMBIENTAL

HIDRÁULICA APLICADA

Professora: Rosinete Santos


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PLANEJAMENTO

1. Noções Básicas
2. Escoamento em condutos forçados
1 Perda de carga contínua
2 Perda de carga localizada
3 Materiais e traçado dos condutos
4 Problemas hidráulicos
5 Condutos Equivalentes
3. Condutos interligando reservatórios
1 Derivação lateral
2 Problema dos três reservatórios

2
ESCOAMENTO EM
CONDUTOS FORÇADOS

Perda de carga localizada

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Perda de carga

A perda de carga é definida como a dificuldade que o fluido tem


de passar pela tubulação em função dos sistemas não uniformes.
Sua unidade dimensional de medida é o metro [m].

Para Woodrow (2006), perdas de carga são as resistências em


uma tubulação, como joelhos, tês e registros.

Pag. 110

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Para Brunetti (2008), a perda de carga pode ser classificada em
dois tipos: o primeiro se refere ao atrito das partículas do fluido ao
longo de uma tubulação linear; o segundo, o fluido perde energia
em função de válvulas, curvas, obstruções parciais, etc.

Pag. 110

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Para Fox, McDonald e Pritchard (2010), pode haver perda de
carga ou de energia por transferência de calor, mas que as maiores
perdas geralmente ocorrem por fatores de atrito (válvulas, redução
de diâmetro, presença de bombas, etc.). Os autores ainda
acrescentam que devem ser atribuídos à perda de carga o conceito
de número de Reynolds e o fator de atrito e rugosidade (diagrama
de Moody-Rouse).
Munson, Young e Okiishi (2004) explicam que grande parte da
perda de carga está vinculada às válvulas de controle, que têm a
capacidade de promover uma resistência ao escoamento – o que
pode ser significativo para o sistema.
Pag. 110

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Perda de carga localizada

Adicionalmente às perdas de carga contínuas que ocorrem ao


longo das tubulações, têm-se perturbações localizadas, denominadas
perdas de carga localizadas.
As perdas de carga singulares ou localizadas, surgem quando
acessórios como válvulas, curva, junção, tês, cotovelos,
estreitamentos e alargamentos, medidor e outros dispositivos mudam
a configuração do escoamento, e também provocam dissipação de
energia.
Em tubulações muito longas, com vários quilômetros de extensão,
como nas adutoras, a perda de carga localizada pode ser desprezada.

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8
http://www.deg.ufla.br/site/_adm/upload/file/HfLocalizada2007.pdf
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Perda de carga em alargamentos bruscos

Equação de Borda representa bem o valor da perda de carga


levantada experimentalmente no alargamento brusco. Utilizou as equações
de Bernoulli, da quantidade de movimento e da continuidade

𝑽𝟏 − 𝑽 𝟐 𝟐
∆𝒉 =
𝟐𝒈

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Figura – Alargamento brusco 10


Equação geral da perda de carga localizada

𝑽𝟐
∆𝒉 = 𝑲
𝟐𝒈

Sendo:
- V a velocidade média de uma seção tomada como referência;
- K um coeficiente adimensional que depende da geometria da
conexão, do número de Reynolds, da rugosidade da parede e, em
alguns casos, das condições do escoamento.

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▪ Em geral, K é determinado experimentalmente
▪ Para valores elevados de Reynolds, superiores a 100.000, pode-se
assumir um valor constante, retirados das tabelas e gráficos apresentados
na literatura.

Pag. 71

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Valores do coeficiente K

Pag. 80

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Valores do coeficiente K

▪ Na entrada de uma canalização (saída de reservatório)

Pag. 122

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Valores do coeficiente K

▪ Na saída de uma canalização (entrada em reservatório)

Pag. 123

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Valores do coeficiente K

▪ Curvas

Pag. 123

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As válvulas proporcionam o controle da vazão nos sistemas de fluídos
porque podem induzir uma perda de carga variável no sistema.

Válvula globo → é
projetada para uso geral
e, normalmente, fornece
um controle adequado
entre totalmente fechado
e aberto.

Válvula agulha → é
projetada para fornecer o
Válvula gaveta controle fino da vazão.
Válvula globo

Válvula de retenção →
impede a inversão do
sentido do
escoamento.

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Válvula de retenção Válvula de verificação


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Figura – Estrutura interna de várias válvulas.
Valores do coeficiente K
▪ Válvula de gaveta

Pag. 79-80

Válvula de gaveta (registro) → Válvula em que o


elemento vedante é constituído de um disco circular
(ou retangular) que interrompe a passagem do 18
escoamento, movimentando-se verticalmente.
Valores do coeficiente K

▪ Válvula de gaveta

▪ Pode oferecer uma grande resistência ao escoamento


▪ Tem perda de carga sensível mesmo quando totalmente aberta

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Valores do coeficiente K

▪ Válvula borboleta

Pag. 79

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Valores do coeficiente K

▪ Válvula borboleta

▪ São dispositivos usados para controle de vazão


▪ Podem ser operadas de modo manual ou com auxilio de dispositivos
elétricos

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Valores do coeficiente K

▪ Válvula de retenção

Válvula de retenção → Evitar


o retorno do fluxo quando a
bomba pára o seu movimento

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Valores do coeficiente K

▪ Válvula de retenção

▪ Válvula auto operada


▪ Também chamadas válvulas de não retorno
▪ Permite a direção do fluxo em um só sentido, retendo-o quando
ocorre refluxo
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Valores do coeficiente K

▪ Válvula esférica

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Valores do coeficiente K

▪ Válvula esférica

▪ Abertura e fechamento rápido (1/4 de volta)


▪ Não é recomendada em fluidos que possuem
camadas sólidas em suspensão

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Válvula de pé → Base de tubulações de recalque, quando a bomba
não estiver afogada, para que a canalização não se esvazie quando a
bomba está parada.

Crivo → Proteger contra entrada de materiais (galhos, folhas, peixes e


etc) em estações de recalque, antes da válvula de pé - geralmente
metálico, composto por um de cesto com furos.

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Tabela geral

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28
29
Exemplo 3.2: Uma tubulação de PVC, com 200 m de comprimento e 100 mm de
diâmetro, transporta para um reservatório a vazão de 12 l/s. No conduto há
algumas conexões e aparelhos que estão mostrados na figura a seguir. Pede-se
calcular:
a) A perda de carga contínua
b) A soma das perdas de carga locais e sua percentagem em relação à perda de
carga contínua
c) A perda de carga total

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Dados: L=200 m D= 100 mm Q=12 l/s=0,012 m3/s

a) A perda de carga contínua


Pag. 80
𝟏,𝟕𝟓
𝑸
Pela equação de Flamant: 𝑱 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟖𝟐𝟒 𝟒,𝟕𝟓
𝑫

(𝟎, 𝟎𝟏𝟐)𝟏,𝟕𝟓
∆𝒉 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟖𝟐𝟒 . 𝟐𝟎𝟎 ∆h = 4,04 m
(𝟎, 𝟏)𝟒,𝟕𝟓

b) A soma das perdas de carga locais e sua percentagem em relação à perda de


carga contínua

Quadro 3.9 pag. 80

Cálculo da velocidade:
𝑄 0,012
𝑉= = => 𝑉 = 1,53 𝑚/𝑠
𝐴 𝜋. (0,1)2
4
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Equação geral da perda de carga localizada

𝑽𝟐
∆𝒉 = Σ𝑲
𝟐𝒈
(𝟏, 𝟓𝟑)𝟐
∆𝒉𝒔 = 𝟒 ∆h = 0,48 m
𝟐. 𝟗, 𝟖𝟏

∆𝒉𝒔 𝟎, 𝟒𝟖
. 𝟏𝟎𝟎% . 𝟏𝟎𝟎% = 𝟏𝟐 %
∆𝒉𝒄 𝟒, 𝟎𝟒

c) A perda de carga total

∆𝒉 = ∆𝒉𝒄 + ∆𝒉𝒔 ∆𝒉 = 𝟒, 𝟎𝟒+ 𝟎, 𝟒𝟖

∆𝒉 = 𝟒, 𝟓𝟐 𝒎
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PARA CASA

33
OBRIGADA!

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https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/124142/pdf/0
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